Logo Passei Direto
Buscar

Resumos e questões de Anatomia Sistêmica dos animais domésticos

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

Prévia do material em texto

Prezados alunos,
Neste conteúdo estão os exercícios de ED que deverão ser realizados e JUSTIFICADOS. Para
justificativa solicitamos que consulte a bibliografia recomendada para a disciplina.
Bom estudo!
Exercício 1:
A Anatomia é a base para outras diciplinas aplicadas do curso de Medicina Veterinária, seu
nome deriva do Grego e significa:
a) Destruir em várias partes
b) Separar em diferentes regiões
c) Cortar em partes (sem destruir)
d) Unir estruturas adjacentes
e) Compreender a função dos órgãos
Exercício 2:
Dos grandes Artistas da história, um deles envolveu-se profundamente com a Anatomia
Comparativa. De quem estamos falando?
a) Charles Chaplin
b) Rodin
c) Pablo Picasso
d) Leonardo da Vinci
e) Mozart
Exercício 3:
Leia as frases abaixo e assinale a alternativa correta, no que se refere à Nomenclatura
Anatômica Veterinária (N.A.V.). I) A N.A.V. foi realizada pela primeira vez em 1968, por um
Comitê Internacional, nomeado pela Associação Mundial de Anatomistas Veterinários. II) A
N.A.V. compreende 6545 termos em latim, que podem ser traduzidos em cada país de acordo
com as normas gramaticais locais. III) A N.A.V. aplica-se à anatomia dos animais domésticos,
ou seja, especificamente o canino, o felino, o suíno, o ovino, o caprino, o bovino, o eqüino e as
aves. IV) A N.A.V. utiliza-se atualmente de epônimos, para facilitar a memorização das
estruturas e dos grandes anatomistas da história.
a) A afirmativa II está incorreta.
b) A afirmativa IV está correta.
c) As afirmativas I e II estão incorretas.
d) As afirmativas III e IV estão incorretas.
e) As afirmativas II e III estão corretas.
Exercício 4:
Em relação aos termos de direção é incorreto afirmar que:
a) O termo rostral aplica-se às estruturas da cabeça, quando estas estão mais afastadas das
narinas.
b) O termo dorsal pode ser aplicado às estruturas do membro torácico, abaixo da região do
carpo.
c) O termo ventral não é aplicado às estruturas do membro.
d) O termo plantar pode ser aplicado às estruturas do membro pelvino, abaixo da região do
tarso.
e) O termo caudal pode ser aplicado às estruturas da cabeça, em oposição ao termo rostral.
Exercício 5:
Em relação aos termos de direção é correto afirmar que:
a) O termo rostral aplica-se às estruturas da cabeça, em semelhança ao termo cranial no
restante do corpo.
b) O termo oclusal é utilizado para os dentes, na região em que estes se relacionam com a
gengiva.
c) O termo distal é utilizado para as estruturas dos membros, que estão voltadas para a cauda
do animal.
d) O termo axial é normalmente utilizado nos membros dos eqüinos, por este animal possuir
apenas um dígito.
e) O termo caudal é utilizado para designar os cirros da parte posterior do animal.
Exercício 6:
Leia as frases abaixo e assinale a correta.
a) O eixo crânio-caudal percorre o animal de cima para baixo.
b) O eixo látero-lateral aplica-se tanto para o lado direito, quanto para o lado esquerdo do
animal.
c) O eixo dorso-ventral é constituído pelos planos de construção, dorsal e ventral.
d) O eixo crânio-caudal é formado através dos planos de delimitação, cranial e caudal.
e) Os eixos de construção são formados a partir dos planos de construção.
Exercício 7:
Os eixos utilizados para a construção do plano mediano são: 
A) dorso-ventral e médio-lateral
B) dorso-medial e crânio-caudal
C) crânio-caudal e látero-lateral
D) dorso-medial e médio-lateral
E) dorso-ventral e crânio-caudal
Exercício 8:
O osso carpo intermédio pode ser classificado como:
A) Plano
B) Longo
C) Curto
D) Irregular
E) N.d.a
Exercício 9:
Os músculos podem ser classificados quanto a arquitetura como:
A) Penado, fusiforme, estriado, liso
B) liso, estriado, em fita, bipenado
C) Liso, estriado, penado, em fita
D)
Em fita, fusiforme, penado, bipenado
E) N.d.a
Exercício 10:
A coluna vertebral do cão é composta por:
A) 6 vértebras cervicais, 13 vértebras torácicas, 7 vértebras lombares, 3 vértebras sacrais e 20
vértebras caudais
B) 7 vértebras cervicais, 13 vértebras torácicas, 7 vértebras lombares, 3 vértebras sacrais e 20
vértebras caudais
C) 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 7 vértebras lombares, 3 vértebras sacrais e 20
vértebras caudais
D) 7 vértebras cervicais, 13 vértebras torácicas, 6 vértebras lombares, 3 vértebras sacrais e 20
vértebras caudais
E) N.d.a
Exercício 11:
Os músculos que formam o grupo ventrolateral do abdômen são:
A) M. reto do abdômen, m. escaleno, m. oblíquo externo e m. oblíquo interno
B) M. reto do abdômen, m. escaleno, m. oblíquo externo, m. transverso
C) M. escaleno, m. oblíquo interno, m. oblíquo externo, m. transverso
D) M. reto do abdômen, m. oblíquo externo, m. oblíquo interno, m. transverso
E) N.d.a
Exercício 12:
Os componentes da túnica externa do olho são:
A) Esclera e córnea
B) Esclera e corpo ciliar
C) Esclera e cristalino
D) Esclera e coróide
E) N.d.a
Exercício 13:
A definição de sinóvia é:
A) Líquido encontrado na cavidade abdominal
B) Líquido encontrado no interior das articulações
C) Líquido encontrado nos vasos linfáticos
D) Líquido produzido pelo plexo coróide
E) N.d.a
Exercício 14:
As meninges que recobrem o Sistema Nervoso Central são respectivamente:
A) Dura-máter, aracnóide, pia-máter
B)
Pia-máter, dura-máter, aracnóide
C) Aracnóide, tua-máter, sua-máter
D) Dura-máter, membrana encefálica, aracnóide
E) N.d.a
Exercício 15:
A câmara anterior do olho está delimitada por:
A) Córnea e retina
B) Esclera e córnea
C) Córnea e iris
D) Córnea e cristalino
E) N.d.a
Exercício 16:
Os ossículos que encontramos na orelha média são:
A) Bigorna, foice e martelo
B) bigorna, foice e palatino
C) bigorna, foice e vômer
D) Martelo, bigorna e malleus
E) Martelo, bigorna e estribo
Exercício 17:
O seio interdigital é encontrado em qual das espécies domésticas abaixo:
A) Caninos
B) Felinos
C) Bovinos
D)
Caprinos
E)
Ovinos
Exercício 18:
Os ossos do carpo no eqüino são:
A) Carpo radial, talo, carpo acessório, carpo ulnar, quarto carpiano, segundo carpiano terceiro 
B) Carpo acessório, carpo ulnar, carpo radial, calcâneo, segundo carpiano, terceiro carpiano,
quarto carpiano 
C) Carpo acessório, carpo ulnar, carpo intermédio, estapédio, segundo carpiano, terceiro
carpiano, quarto carpiano 
D) Carpo radial, carpo intermédio, carpo ulnar, malleus, segundo carpiano, terceiro carpiano,
quarto carpiano
E) N.d.a
Exercício 19:
Assinale a alternativa que contém um osso esplâncnico:
A) Sesamóide
B) Fíbula
C) Osso frontal
D) Fabela
E) Osso peniano
Exercício 20:
Dentre os ossos citados abaixo, um deles não apresenta cavidade medular, apesar de ser
tipicamente um osso longo e, por isso, alguns anatomistas o denominam de alongado. Que
osso é este?
A) Rádio
B) Tíbia
C) Coxal
D) Escápula
E) Costela
Exercício 21:
A sínfise pélvica recebe esta alcunha porque entre os 2 ossos coxais há:
A) Fibrocartilagem
B) Tecido conjuntivo frouxo
C) Tecido conjuntivo denso
D) Fibras musculares
E) Cartilagem hialina
Exercício 22:
Os ossos curtos facilitam a movimentação, um tipo especial está relacionado com os
tendões musculares e permitem o trabalho muscular com um menor esforço, por atuar como
uma roldana. Que tipo de osso é esse?
A)
Primeiro carpiano
B) Terceiro carpiano
C) Sesamóide proximal
D) Quarto carpiano
E) Segundo carpiano
Exercício 23:
A gonfose não é considerada uma articulação, porque não une um osso a outro. Que
estruturas anatômicas ela une?
A) Osso com músculo
B) Osso com dente
C) Osso com  meninges
D) Osso com meniscos
E) Osso com corpo cavernoso
Exercício 24:
Quanto ao tecido ósseo é correto afirmar:
A) Os osteócitos são as células produtoras de osso
B) Os osteoclastos são as células que absorvem o osso e só existem nos animais idosos
C) Os osteoblastos são células ósseas diferenciadas que surgem apenas após o nascimento,
pelas exigências físicas do animal
D) Os osteoclastos são células que absorvem o osso e existem desde o período fetal
E) Os osteoblastos são células produtoras do osso e só existem nos fetos
Exercício 25:
Qual tipo de articulação que diminui em quantidade nos animaisque se aproximam lembram a aparência das margens cortantes de uma serra (ex.:entre o
osso parietal e o osso frontal); as suturas escamosas aonde as margens ósseas se
sobrepõem, como se fossem as escamas de um peixe (ex.:entre o osso parietal e o osso
temporal), e, as suturas folhosas, existentes apenas em suídeos, aonde as lâminas ósseas
são delgadas e amplas lembrando as folhas de caderno (ex.:entre o osso frontal e o nasal). A
esquindilese é uma sutura aonde um osso se encaixa em uma canaleta formada por outro
osso, como a articulação envolvendo a crista do vômer. Enquanto a gonfose seria uma sutura
se fosse uma articulação entre ossos, porém ela é a união entre um dente e um osso, ou seja,
o encaixe do dente em um alvéolo dentário mediante tecido conjuntivo fibroso.
As articulações cartilaginosas podem ser unidas por cartilagem hialina, nas chamadas
sincondroses, ou por uma mistura de tecido conjuntivo fibroso e cartilaginoso formando a
fibrocartilagem, como ocorre nas sínfises (ex.:articulação entre o corpo de duas vértebras
torácicas, no local onde se interpõe o disco intervertebral, pois este disco apresenta uma
parte externa de cartilagem e uma parte central de tecido conjuntivo denso, o núcleo
pulposo).
As sincondroses podem ser subdivididas em intra-ósseas e interósseas. As intra-ósseas
existem apenas em filhotes e são representadas pela linha de crescimento dos ossos, local
que apresenta cartilagem hialina separando partes de um mesmo osso (ex.:entre a epífise
proximal do Fêmur e a diáfise do Fêmur). As interósseas, como o próprio nome diz são
aquelas entre ossos diferentes (ex.:entre o osso Occipital e o osso Esfenoidal).
As articulações sinoviais são aquelas unidas por líquido sinovial, que recebe este nome por
ser parecido com a clara do ovo. A classificação destas articulações sinoviais relacionada à
forma das superfícies articulares e quanto aos movimentos, serão descritas no estudo das
articulações sinoviais.
Termos antigos em desuso, como sinartroses (unidos e sem movimento), anfiartroses (unidos
e com pouco movimento), diartroses (unidos e com grande movimentação), sinostose (unidos
por tecido ósseo) e sinsarcose (unidos por músculos), ainda podem ser encontrados em livros
textos.
JUNTURAS SINOVIAIS
As junturas sinoviais eram consideradas as articulações verdadeiras e
possuem como sua principal característica a presença de uma cavidade
articular, delimitada pela cápsula articular, e preenchida por líquido sinovial, ou
sinóvia (nome originado de sua aparência com a clara do ovo). Além disto,
visualizamos sempre a presença das cartilagens articulares do tipo hialino, que
recobrem as superfícies ósseas que participam da articulação, denominadas
superfícies articulares. Todo este conjunto trabalha permitindo uma
deformação e uma elasticidade para tentar impedir a ocorrência de fraturas
ósseas.
A quantidade de ossos participantes de uma articulação pode ser maior do que
dois, mas esta é a quantia mais comum. O número de cartilagens articulares
varia de acordo com o número de ossos e, se considerarmos algumas
articulações como um todo (Ex.: Articulações Társicas), veremos que um osso
pode ter mais do que uma cartilagem articular.
Então, as estruturas anatômicas que sempre estão presentes nas articulações
são: o líquido sinovial, a cavidade articular, a cápsula articular e as cartilagens
articulares (recobrindo as superfícies articulares).
A cápsula articular é constituída de dois estratos: o estrato fibroso externo e o
estrato sinovial interno. O estrato fibroso, por apresentar um tecido fibroso
resistente, serve de proteção para a articulação, além disso, são ricamente
inervadas (sensíveis a dor) e pobremente vascularizadas (de difícil regeneração
em traumas). O estrato interno, também conhecido como membrana sinovial, é
rico em vasos, nervos e células, sendo que, estas células estão dispostas na
camada mais íntima e fazem fagocitose de material da sinóvia e fornecem
material para ser secretado neste líquido.
O líquido sinovial é secretado pelo estrato sinovial, tem aparência semelhante à
clara do ovo e funciona para diminuir o atrito entre as cartilagens articulares,
protegendo-as de lesões, e para nutrir a cartilagem articular, que não é
vascularizada (existem controvérsias), não é inervada (existem controvérsias) e
não é revestida pelo pericôndrio. A sua insensibilidade é um ponto ruim, pois as
lesões progridem antes do paciente perceber. Existem depressões em algumas
cartilagens articulares, revestidas com tecido conjuntivo, chamadas de fossas
sinoviais (fóveas), que podem ter indícios de locais de produção de sinóvia,
também (Dyce et al., 1997). Estas fossas sinoviais servem em algumas
articulações como pontos de inserção de ligamentos e podem ser confundidas
pelos pouco estudiosos como lesões articulares.
Existem outros componentes que podem completar o conjunto de estruturas
anatômicas para auxiliarem na união, como por exemplo, os ligamentos, os
coxins adiposos, os meniscos e os discos articulares. Os meniscos e os discos
articulares são estruturas fibro-cartilaginosas, que permitem  uma melhor
adaptação das estruturas articulares para estabilizar as articulações. Os
ligamentos são faixas fibrosas que unem os ossos e acabam evitando alguns
movimentos, podem ser classificados de acordo com a posição em intra-
capsulares, capsulares e extra-capsulares.
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Podemos classificar as articulações segundo a forma das superfícies, porém
esta classificação é dependente dos tipos de movimentos permitidos, o que é
influenciado por outros fatores além da forma.
Assim, encontramos a articulação plana, onde encontramos duas superfícies
opostas retas e paralelas, que permite apenas o movimento de deslizamento; a
articulação esferóide com uma esfera encaixada em cavidade correspondente,
que permite movimentos variados e amplos, por isso, multiaxial; as elipsóides
com uma superfície ovóide encaixada em cavidade correspondente,  os
gínglimos (uma superfície em cilindro e outra escavada recebendo-a, como
uma dobradiça), as condilares (os côndilos arredondados encaixados em áreas
côncavas), as trocóideas (como um pino encaixado em um anel) e as selares
(duas superfícies invertidas e encaixadas, com áreas convexas e côncavas
alternando).
Apesar das articulações sinoviais serem chamadas de articulações
verdadeiras, ou móveis (diartrose), gostaria de enfatizar que o papel de uma
articulação não é o de criar o movimento, mas sim, o de evitar o movimento,
organizando os movimentos desejados para cada região do corpo, conforme as
necessidades da espécie. Afinal, articular significa unir ou juntar e, para isso,
desenvolveram-se todas as estruturas anatômicas das junturas sinoviais.
Assim, a estabilidade é o objetivo final, para controlar os movimentos que são
realizados pelos músculos (componentes ativos da locomoção) ou pelas forças
externas (gravidade).
MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Podemos estudar e classificar os movimentos que existem nas diferentes
articulações, comparando-os entre as espécies. Então, encontramos os
movimentos de deslizamento, os angulares e os rotatórios. Os movimentos
angulares ainda podem ser divididos em flexão/extensão e adução/abdução.
Este princípio básico de movimentação levou os estudiosos a estabelecerem
uma outra classificação, aonde são considerados os eixos pelos quais uma
articulação pode se movimentar (sendo ditas: uniaxiais, biaxiais e multiaxiais).
Entretanto, não descreverei mais sobre este assunto por acreditar que para os
animais domésticos este tema ainda é limitado.
Referências
DYCE, K.M.,SACK,W.O.,WENSING,C.J.G. Tratado de Anatomia
Veterinária. Cap.4. São Paulo, Elsevier, 2004.
KÖNIG, H.E., LIEBICH, H-G. Anatomia dos Animais Domésticos.
Vol.1, Introdução. Porto Alegre, Artmed, 2002.
SCHALLER, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. São
Paulo, Manole, 1999.
GETTY, R. Sissin/Grossman Anatomia dos Animais Domésticos. Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan,e
alargam o ventre, voltando a se unirem na terminação, originam os músculos em forma de
fuso. Quando as fibras formam anéis, podemos chamá-los de músculos orbiculares ou em
forma de círculo, são músculos que agem como esfíncteres para controlar a abertura de
cavidades.
Quando as fibras partem de um tendão central para as extremidades, como se fossem as
penas de uma ave, originam os músculos penados. De acordo com a quantidade de tendões
e a disposição das fibras podem ser: semi-penados e multipenados. Estes padrões
musculares tendem a ser fortes em relação à sua massa, pois estes músculos conseguem
acomodar maior quantia de fibras musculares.
Os tendões são estruturas cilíndricas alongadas de tecido conjuntivo diferenciado, que
formou suas fibras colágenas modeladas em resposta às trações exercidas. Pela riqueza de
fibras colágenas são brancos e inextensíveis, entre as fibras colágenas existe a substância
fundamental amorfa e fibroblastos. Suas fibras se entrelaçam para distribuir a força
uniformemente, mas se dispersam na terminação, para que partes sucessivas recebam a
força total de tração. Quando a inserção abrange uma grande área, o tendão produz um
movimento mais poderoso, porém mais lento e menos extenso. Outros músculos possuem
tendões longos e o ventre muscular próximo do tronco, assim usam menos energia para o
movimento que realizam.
IRRIGAÇÃO e INERVAÇÃO MUSCULAR
A irrigação muscular é abundante, mesmo que o músculo seja penetrado por apenas uma
artéria existe uma ampla distribuição pelo ventre muscular. As artérias acompanham os
septos de tecido conjuntivo no interior do músculo e formam os capilares no endomísio. As
veias são satélites das artérias, ou seja, fazem o mesmo percurso, porém o sangue caminha
em sentido inverso. Os tendões são pouco vascularizados, o que afeta a sua cicatrização.
Quando as fibras musculares contraem-se ocorre uma pressão nos vasos e isto permite a
circulação dentro do músculo, porém as contrações em massa interrompem a circulação e
são nocivas se mantidas por muito tempo.
Os vasos linfáticos são encontrados dentro dos maiores tratos de tecido conjuntivo do ventre
muscular, embora alguns autores discordem.
A maioria dos músculos recebe apenas um nervo, mas os músculos do tronco e alguns
outros, recebem inervação múltipla. O trajeto dos nervos no interior da massa muscular
acompanha aos vasos. Existem fibras motoras terminando em placas motoras e fibras
sensitivas terminando em fusos musculares, fusos neuro-tendíneos e outros receptores.
Está descrita na literatura a unidade motora, esta unidade é formada por um neurônio e as
fibras musculares que este inervará, considerada a unidade fisiológica da contração.
Acredita-se que, quanto menos fibras existirem por uma unidade, maior a capacidade de
controle dos movimentos, como por exemplo, a grande habilidade da tromba do elefante.
AÇÕES MUSCULARES
A ação normal é alterar os ângulos das articulações onde se conectam, por isso, para
produzirem um movimento os músculos devem percorrer mais do que uma articulação. Um
músculo pode agir de modo diferente durante as fases da locomoção, por exemplo, o
músculo bíceps femoral flexiona o joelho quando o membro é erguido e provoca extensão
quando o pé está apoiado.
Quando um músculo está produzindo um movimento ele é denominado de agonista para
aquele movimento e os músculos que se opõem à sua ação são chamados de antagonistas.
Assim, na flexão do joelho o m. bíceps femoral é um dos agonistas e o m. quadríceps femoral
é antagonista a ele. Quando vários músculos movem uma articulação, uns podem iniciar o
movimento e outros completam a ação, por possuírem uma contração mais demorada.
Quando um músculo age para completar ou modificar a ação de um agonista, ele é
denominado de sinergista.
As ações musculares podem ser classificadas de acordo com a maneira pela qual os ossos
são movimentados. Assim, teríamos as ações de flexão, de extensão, de adução, de
abdução, de pronação, de supinação, de elevação, de depressão, de dilatação, de constrição
e de fixação (estabilização).
Um músculo está em estado de contração mínima contínua, através da ação reflexa para
produzir equilíbrio e a prontidão para a ação.
ANEXOS MUSCULARES
Existem estruturas corpóreas com íntima relação com os tendões, atuando na sua proteção
ou facilitando a sua ação, estas estruturas são denominadas de anexos musculares.
Quando existir muita pressão do tendão sobre um osso, forma-se uma bolsa sinovial, que
possui uma cavidade com líquido envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo, e a
superfície de contato do tendão com o osso pode se tornar cartilaginosa.
Quando existe muita movimentação, ou mudanças de direção, o tendão é circundado por
uma bainha sinovial, é um tubo bilaminado e enrolado ao redor do tendão. É como se fosse
uma bolsa sinovial, porém dobrada para envolver todo o tendão.
Quando for necessária muita força muscular, polpa o músculo pela presença de ossos
sesamóideos junto aos tendões, agindo como se fossem polias de uma roldana.
Quando auxiliam como reforços para a contenção dos tendões, encontramos os retináculos,
que atuam como faixas moderadoras de tecido conjuntivo.
Auxiliando na contenção de todo o músculo existe a fáscia profunda, esta estrutura emite os
septos de tecido conjuntivo intermuscular. A loja fascial é uma área do corpo delimitada
pelos folhetos da fáscia, apresentando um músculo ou um grupo muscular em seu interior. O
espaço entre duas fáscias pode ser denominado de fenda fascial.
CLASSIFICAÇÕES MUSCULARES
QUANTO AO TECIDO
Existem dois tipos básicos de fibras musculares: as lisas e as estriadas. As fibras estriadas
podem ser diferenciadas, sendo o ponto principal a localização, por isso, denominados de
músculo estriado esquelético (ligado aos ossos) e músculo estriado cardíaco (miocárdio).
QUANTO À FORMA
Os músculos podem assumir formatos variados, como: triangulares, quadriláteros, planos, em
fuso, em fita e em forma de pena. Sendo que, os músculos com a forma de pena podem
possuir uma haste com as inserções apenas de um lado, que seriam metades de uma pena
(semi-penados), ou apresentando várias hastes com inserções variadas (multi-penados).
QUANTO A AÇÃO
Os músculos podem diminuir o ângulo de uma articulação, em relação ao eixo transversal a
ela, ou aumentar o ângulo. Temos os músculos flexores e extensores, respectivamente.
Alguns podem fazer com que os membros se afastem do tronco, em direção lateral, ou
aproximarem-se dele. São os músculos abdutores e adutores, respectivamente.
Se lembrarmos que, alguns músculos fazem uma região movimentar-se em torno de um eixo
longitudinal a ela, podendo ser movimentos em direções laterais ou mediais, descreveremos
assim, os músculos supinadores e os pronadores, respectivamente.
Existem movimentos locais, não necessariamente relacionados ao esqueleto. Como, por
exemplo, aqueles que ampliam algumas estruturas (dilatadores) e outros diminuem
(tensores); uns abaixam (retratores) e outros sobem estruturas (levantadores); alguns retraem
(retratores) e outros projetam (protratores); alguns fecham e abrem orifícios (esfíncteres e
orbiculares).
Referências
DYCE, K.M.,SACK,W.O.,WENSING,C.J.G. Tratado de Anatomia
Veterinária. Cap.4. São Paulo, Elsevier, 2004.
KÖNIG, H.E., LIEBICH, H-G. Anatomia dos Animais Domésticos.
Vol.1, Introdução. Porto Alegre, Artmed, 2002.
SCHALLER, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. São
Paulo, Manole, 1999.
GETTY, R. Sissin/Grossman Anatomia dos Animais Domésticos. Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan, 1986.   
Exercício 1:
Os músculos que formam o grupo ventrolateral do abdômen são:
A)
M. reto do abdômen, m. escaleno, m. oblíquo externo e m. oblíquo interno
B)
M. reto do abdômen, m. escaleno, m. oblíquo externo, m. transverso
C)
M. escaleno, m. oblíquo interno, m. oblíquo externo, m. transverso
D)
M. reto do abdômen, m. oblíquo externo, m. oblíquo interno, m. transverso
E)
Exercício2:
Os músculos podem ser classificados quanto a arquitetura como:
A)
Em fita, fusiforme, penado, bipenado
B)
Liso, estriado, penado, em fita
C)
Liso, estriado, em fita, bipenado
D)
Penado, fusiforme, estriado, liso
E)
Exercício 3:
Qual estrutura abaixo não é um anexo muscular?
A)
retináculo
B)
sinsarcose
C)
bainha sinovial
D)
osso sesamóide
E)
Exercício 4:
Quanto ao tipo de tecido, como classificamos os músculos que encontramos nos animais
domésticos?
A)
Liso, fusiforme e estriado esquelético
B)
Liso, estriado cardíaco e estriado esquelético
C)
Liso, penado e estriado cardíaco
D)
Liso, elástico e estriado esquelético
E)
Exercício 5:
A fina capa de tecido conjuntivo que reveste uma fibra muscular, é denominada de:
A)
Perimísio
B)
Epimísio
C)
Endomísio
D)
Inframísio
E)
A segunda aula referente ao estudo da Anatomia Veterinária diz respeito ao estudo dos
ossos, conhecendo os fatores de sua estrutura e da arquitetura óssea. Seguindo-se a ela
o estudo dos outros componentes do Aparelho Locomotor, como as articulações e os
músculos. 
Este estudo da Anatomia pode ser encontrado em diversos livros básicos da disciplina,
que variam apenas quanto ao enfoque oferecido sobre cada tópico. Sendo assim,
indicamos as seguintes bibliografias:
Dyce, Sack e Wensing. Tratado de Anatomia Veterinária. Elsevier, São Paulo,
2004.
König e Liebich. Texto e Atlas de Anatomia dos Animais Domésticos. Artmed,
Rio Grande do Sul, 2003.
Schaler, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. Manole, São
Paulo, 1998. 
Sisson e Grossman. Anatomia dos Animais Domésticos - GETTY. Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro, 1994
 
Exercício 1:
O osso quanto a forma pode ser:
A) longo, plano, irregular e espesso
B) alongado, delgado, irregular e ramificado
C) longo, delgado, plano e ramificado
D) alongado, plano, curto e espesso
E) irregular, plano, curto e longo
Exercício 2:
Dentre as articulações citadas abaixo, quais são as que representam tipos cartilaginosos? 
A) sínfise e sincondrose
B) sindesmose e sutura
C) sindesmose e sínfise
D) sínfise e sutura
E) sincondrose e sutura
Exercício 3:
Qual estrutura abaixo não é um anexo muscular?
A) tróclea muscular
B) osso sesamóide
C)
bainha sinovial
D) retináculo
E) sinsarcose
O último componente deste primeiro semestre da Anatomia é referente ao
conhecimento do Sistema Nervoso e dos Órgãos dos Sentidos.
Esta parte do estudo da Anatomia pode ser encontrada em diversos livros básicos da
disciplina, que variam apenas quanto ao enfoque oferecido sobre cada tópico. Sendo
assim, indicamos as seguintes bibliografias:
Dyce, Sack e Wensing. Tratado de Anatomia Veterinária. Elsevier, São Paulo,
2004.
König e Liebich. Texto e Atlas de Anatomia dos Animais Domésticos. Artmed,
Rio Grande do Sul, 2003.
Schaler, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. Manole, São
Paulo, 1998. 
Sisson e Grossman. Anatomia dos Animais Domésticos - GETTY. Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro, 1994
 
Exercício 1:
Quais estruturas são derivadas do metencéfalo?
A) Ponte e bulbo
B) Bulbo e quiasma
C) Colículos e pedúnculos
D) Cerebelo e colículos
E) Ponte e cerebelo
Exercício 2:
As estruturas anatômicas da túnica fibrosa do olho são:
A) retina e córnea
B) córnea e esclera
C) esclera e retina
D) úvea anterior e posterior
E) íris e pupila
Exercício 3:
As vesiculas primárias do encéfalo são: 
A) Mielencéfalo, metencéfalo e mesencéfalo
B) prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo
C) ventrículos laterais e aqueduto do mesencéfalo
D) rombencéfalo, mesencéfalo e telencéfalo
E) mielencéfalo, mesencéfalo e prosencéfalo
Exercício 4:
As vesículas derivadas do prosencéfalo são:
A) mielencéfalo e mesencéfalo
B) prosencéfalo e mesencéfalo
C) telencéfalo e diencéfalo
D) ponte e cerebelo
E) mielencéfalo e metencéfalo
Exercício 5:
Os nervos cranianos que participam do sistema nervoso autônomo são:
A) oculomotor, trigêmeo e abducente
B) olfatório, óptico e vestíbulo-coclear
C) oculomotor, troclear, abducente e hipoglosso
D) vago e hipoglosso
E) oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago
Exercício 6:
As camadas do olho, de dentro para fora e na seqüência correta são:
A) fibrosa, vasculosa e nervosa
B) vasculosa, nervosa e fibrosa
C) nervosa, vasculosa e fibrosa
D) córnea, íris e retina
E) retina, cristalino e córnea
Exercício 7:
A faringe se comunica com qual cavidade da oreelha?
A)
interna
B) externa
C) tímpano
D) média
E) cóclea
Exercício 8:
As estruturas que, respectivamente, se sensibilizam com a audição e o equilíbrio são:
A) estribo e bigorna
B) tímpano e meato acústico interno
C) bolha timpânica e ossículos auditivos
D) incus e maleus
E) cóclea e vestíbulo
Exercício 9:
O nervo craniano que não se origina da face ventral do tronco encefálico e está
responsabilizado pela inclinação do olho, é o:
A) óptico
B) oculomotor
C) abducente
D) troclear
E) trigêmeo
Exercício 10:
Qual é a cavidade associada ao diencéfalo?
A) I ventrículo
B) II ventrículo
C) III ventrículo
D) Aqueduto do mesencéfalo
E) IV ventrículo
ORELHA
INTRODUÇÃO:
         A orelha é denominada, apropriadamente, órgão vestibulococlear,
pois não só permite que o animal ouça, mas também lhe confere um
sentido de equilíbrio. Os estímulos mecânicos produzidos por ondas
sonoras transformam-se em impulsos nervosos na cóclea; e a ação de
pequenas coleções de líquidos e cristais microscópicos em
neurorreceptores dentro do vestíbulo proporcionam ao animal uma
precepção de posição e do movimento de sua cabeça em relação à
gravidade. Ambas as funções são efetuadas na orelha interna. As
outras subdivisões são a orelha média e a externa. Apenas a orelha
externa é visível no animal intacto, estando as outras duas contidas no
osso temporal.
ORELHA EXTERNA:
                A orelha externa é comporta por duas partes: a aurícula e o
meato acústico externo. A aurícula ou pina é a “orelha”, assim
identificada pelo leigo como a parte que se salienta da cabeça. O
meato acústico externo é o canal que comunica a base da aurícula
com a membrana timpânica.
                A aurícula apresenta formato de funil, no polo ventral é bem
aberta para receber o som e, no dorsal, ondula-se, formando um tubo
que se curva no sentido medial para conectar-se com o meato
acústico externo. Nos animais, a aurícula pode voltar-se em direção à
origem do som; as aurículas podem mover-se de forma independente,
de modo que cada uma possa se concentrar em sons isolados.
                O formato da aurícula é determinado pela cartilagem auricular.
Na maioria dos mamíferos domésticos, essa cartilagem é
suficientemente rígida para manter a aurícula sempre ereta. Em
muitas raças de cães e em alguns outros animais, a cartilagem é
relativamente flexível, permitindo que a aurícula se dobre; mesmo
assim, a maioria dos cães pode empinar as orelhas e fazê-las virar
quando necessitam de maior atenção ao som.
                O meato acústico externo tem origem na região onde a parte
ondulada da cartilagem auricular se estreita e termina no tímpano. O
meato possui partes cartilaginosas e ósseas, e seu revestimento
interno está repleto de glândulas sebáceas e ceruminosas tubulares.
As últimas secretam o cerúmen, que supostamente impede a poeira
de chegar à delicada membrana timpânica.
         A orelha do cão é a de maior interesse clínico. Infelizmente, seu
meato acústico externo é curvo, tornando difícil a passagem do
otoscópio reto para o exame da parte medial do meato e do tímpano.
ORELHA MÉDIA:
                A orelha média está inserida no osso temporal sendo,
basicamente um pequeno espaço cheio de ar conhecido como
cavidade timpânica. É revestida por uma mucosa delgada que se
comunica com a nasofaringe por meio da tuba auditiva. A parte dorsal
da cavidade timpânica é comprimida de lado a lado e inclinada para
fora. A parede lateral da cavidade contém a membrana timpânica. A
parede medial é formada pela parte petrosa do osso temporal, que
aloja a orelha interna. Contém duas janelas, fechadas no seu estado
natural, através dasquais os estímulos mecânicos produzidos por
ondas sonoras entram na orelha interna, para tradução em impulsos
nervosos. A janela mais dorsal, une a cavidade timpânica ao vestíbulo
da orelha interna. A outra, a janela da cóclea, conduz a cavidade da
cóclea.
         A cavidade timpânica pode ser dividida nas faces dorsal, média e
ventral. A face dorsal (recesso epitimpânico) situa-se acima do nível
da membrana timpânica. Contém a cadeia de ossículos da audição e
os dois músculos associados. A face média inclui a membrana
timpânica na sua parede lateral e se abre rostralmente na nasofaringe,
via tuba auditiva. A face ventral é uma extensão bulbosa alargada do
osso temporal, conhecida como bula timpânica. A bula varia em
proeminência entre as espécies; em algumas é subdividida m diversas
células ósseas. A função não é conhecida com exatidão, mas propõe-
se que possa melhorar a preparação de sons de frequências muito
baixas e muito altas.
                A membrana timpânica é uma parede delgada que separa o
lúmen do meato acústico externo da cavidade timpânica. Como a
cavidade timpânica, a membrana é inclinada de modo que sua face
dorsal é mais lateral que a ventral e, assim, sua superfície é
consideravelmente maior que a do meato acústico externo em secção
transversal.
Ossículos auditivos:
                A transmissão de ondas sonoras pela cavidade timpânica é
mediada pelos três ossículos auditivos conhecidos, em sequência
lateromedial, como martelo, bigorna e estribo.
                O cabo do martelo fica incrustado na membrana timpânica de
modo que a cabeça do martelo forma uma saliência acima da
membrana por alguns milímetros. A cabeça articula-se com o corpo
da bigorna, e esse com a cabeça do estribo, por meio do seu processo
longo. A base do estribo aloja-se na janela vestibular na parede medial
da cabeça timpânica.
         As vibrações da membrana timpânica percebidas pelo manúbrio
do martelo são ampliadas e transmitidas à janela vestibular por ação
de alavanca por meio da cadeia de ossículos. A base do estribo é
posta em movimento, o que leva o líquido da orelha interna a vibrar.
Isso estimula as células neurorreceptoras no labirinto membranoso, e
o som é percebido.
Tuba auditiva:
                Essa estrutura, denominada trompa de Eustáquio, conecta a
cavidade timpânica com a nasofaringe. É curta, apresenta um lúmen
estreito comprimido lateralmente e, em geral, colabado. A tuba está
confinada por uma depressão cartilaginosa invertida, exceto ao longo
de sua margem ventral. A parede membranosa da tuba auditiva do
equino evagina-se por meio desta falha ventral no suporte
cartilaginoso, formando a ampla bolsa gutural, de paredes delgadas,
dorsolateral à nasofaringe.
                As aberturas faríngeas das tubas auditivas localizam-se nas
paredes laterais da nasofaringe e são marcadas por aglomerados de
tecido linfoides. A cartilagem da tuba auditiva estende-se pela parede
medial da abertura faríngea e a enrijece. As tubas permitem a
equalização das pressões dos dois lados das delicadas membranas
do tímpano. Algumas vezes, a pressão desequilibra, como, por
exemplo, durante o transporte em um elevador rápido, e seu
restabelecimento repentino provoca um estalo em nossas orelhas. As
tubas auditivas se abrem temporariamente a cada vez que engolimos
ou bocejamos.
ORELHA INTERNA:
         Os estímulos mecânicos produzidos pelo som e pelas mudanças
de posicionamento da cabeça são transformados em impulsos
nervosos na orelha interna. Ela é um delicado mecanismo, não
superior a 12 mm de lado a lado no cão, completamente envolvida
pelo osso temporal muito firme para proteção e funcionamento
adequado. Fica exposta a vibrações sonoras na face lateral, e os
impulsos em que essas vibrações deixam o osso por fibras nervosas
que atravessam o meato acústico interno na face medial.
         A orelha interna consiste em um sistema fechado de minúsculos
ductos e cavidades membranosas conhecidas por sua complexidade
como labirinto membranoso. Essa estrutura contém endolinfa, cujo
movimento no interior do sistema estimula as células sensoriais na
parede membranosa. Duas dilatações no centro do labirinto
membranoso são conhecidas como utrículo e sáculo. A partir do
utrículo surgem três ductos semicirculares relacionados com o
equilíbrio e, do sáculo surge o ducto coclear, espiral, que está
relacionado com a audição.
                O labirinto membranoso fica contido em um labirinto ósseo
similar, porém ligeiramente maior, localizado em uma cavidade
complexa no osso temporal. A câmara central do labirinto ósseo, o
vestíbulo, aloja o utrículo e o sáculo. Os ductos semicirculares situam-
se dentro dos canais semicirculares. O ducto coclear passa sobre o
canal espiral da cóclea, que se apresenta como uma cavidade muito
semelhante ao interior de uma concha de caramujo.
REFERÊNCIA:
- K.M.Dyce, W.O.Sack, C.J.G.Wensing. Tratado de Anatomia Veterinária.
Elsevier: Rio de janeiro, 2010 
ORGÃO OLFATÓRIO, ÓRGÃO GUSTATÓRIO E
SENSIBILIDADE CUTÂNEA
ORGÃO OLFATÓRIO:
                O sentido da olfação é muito desenvolvido nos animais
domésticos do que no homem; isso é particularmente verdadeiro no
cão, que é capaz de detectar substâncias transportadas pelo ar em
concentrações incrivelmente baixas. Grande parte do “contato” como
o meio ambiente e com outros animais é feita por meio desse sentido,
e os exemplos citados aqui ressaltam a importância do olfato na vida
do animal. Essa capacidade é explorada quando os cães são usados
para “apontar” a caça, para perseguir um odor na pista de fugitivos e
quando cães e suínos são treinados para encontrar trufas enterradas.
As fêmeas reconhecem sua prole em grande parte pelo sentido do
olfato, os animais selvagens identificam a extensão de seu território
por odores no solo, e herbívoros silvestres examinam o ar no rastro de
predadores.
         O órgão olfatório, evidentemente, situa-se no nariz. Em animais
com olfato bem desenvolvido, ele consiste em uma área relativamente
ampla da mucosa olfatória, revestindo a parede lateral e as conchas
etmoidais na face caudal da cavidade nasal. Embora descrita como
um pouco mais amarelada que a mucosa respiratória rostral a ela, não
se consegue identificar de maneira satisfatória a mucosa olfatória por
inspeção visual. Os cortes histológicos mostram a presença e células
olfatórias que, como as células fotorreceptoras da retina, são
neurônios bipolares. Seus dentritos alcançam a superfície do epitélio,
que apresenta minúsculos pelos olfatórios expostos ao ar da cavidade
nasal. Os axônios das células reúnem-se de modo a formar os
fascículos do nervo olfatório, que passam pela lâmina crivosa em
direção ao bulbo olfatório adjacente.
                O órgão vomeronasal, encontrado na cavidade nasal, também
está relacionado ao olfato. Consiste em dois ductos estreitos,
paralelos, que estão alojados no palato duro, um de cada lado em sua
junção com o septo nasal. Os ductos, sustentados nas faces lateral,
ventral e medial por cartilagens delgadas, são parcialmente revestidos
por mucosa olfatória. Eles terminam em fundo cego na parte caudal,
mas abrem-se rostralmente na papila incisiva que ligam as cavidade
nasal e oral por meio de aberturas no palato duro, na maioria dos
mamíferos. Esse órgão tem recebido atenção considerável dos
estudiosas de fisiologia reprodutiva e do comportamento do animal
em função do seu envolvimento em atividade sexual., particularmente
no ato do “Flehmen”exibida pelos machos excitados pelo odor da
secreção vaginal ou da urina de fêmeas.
ÓRGÃO GUSTATÓRIO:
                Os receptores para o sentido da olfação são os botões
gustatórios, abrigos microscópicos de células associadas
principalmente às papilas linguais, embora também seja encontrada
pequena quantidade no palato mole e nas proximidades da epiglote.
Os botões gustatórios são quase tão altos quanto o epitélio onde se
localizam e se comunicam com a cavidade oral por poros gustatórios
por meio dos quais entram soluções a fim de estimularas células
receptoras. Os poros gustatórios não podem ser visualizados a olho
nu.
         Os botões gustatórios consistem em células de sustentação ou
de suporte, além de células receptoras ou gustatórias. As últimas
possuem núcleos alongados, e suas extremidades livres exibem
microvilosidades que se projetam para dentro do poro gustatório. As
glândulas profundas às papilas liberam uma secreção serosa na
superfície do epitélio. Acredita-se que a secreção limpe os poros
gustatórios e aumente a percepção das células gustatórias.
                Para que sejam distinguidas, as substâncias nutritivas devem
estar em solução. Uma das razões da necessidade de o alimento ser
impregnado de saliva é proporcionar a dissolução das partes para a
atuação dos botões gustatórios. As principais sensações são doçura,
acidez e salinidade. No cão, parece que a doçura e a salinidade são
percebidas nos dois terços rostrais da língua, onde os botões
gustatórios estão nas papilas fungiformes e as substâncias ácidas
são percebidas por toda língua, principalmente no terço caudal, onde
os botões ficam nas papilas valadas e folhadas.
SENSIBILIDADE CUTÂNEA:
         Grande parte do ambiente é sentido pelo animal por meio de sua
pele. As sensações são tato, pressão, dor, calor e frio; o tato é um
estímulo leve, tal como é produzido por uma mosca na pelagem, e a
pressão é um estímulo mais intenso e mais profundo, como sentido
por um equino que recebe uma sela. Os receptores responsáveis pela
detecção desses estímulos variam consideravelmente em sua
estrutura. Infelizmente, devido ao fato de existirem muitas formas
intermediárias, é difícil classifica-los e atribuir classificações
definitivas a cada tipo.
                Os receptores sensoriais da pele podem ser divididos em
terminações nervosas livres e terminações que contém corpúsculos
terminais. As terminações nervosas livres são aglomerados formados
pelas ramificações das fibras nervosas, que terminam em pontas
delgadas ou em proeminências semelhantes a botões; são
encontradas principalmente na epiderme e acredita-se que sejam
receptores de dor. As terminações corpusculares dividem-se em três
tipos: bulbosa, lamelar e meniscoide. Acredita-se que os corpúsculos
bulbosos – aglomerados terminais encapsulados por fibras nervosas
que são encontrados na derme – respondem ao calor ou ao frio. Os
corpúsculos lamelares são grandes e consistem em muitas lamelas
concêntricas no centro das quais está a fibra nervosa; são
encontradas no tecido subcutâneo e acredita-se que sejam receptores
de pressão. Os corpúsculos meniscoides nas extremidades das fibras
nervosas, que entram em contato com as células táteis; geralmente
são encontrados encapsulados na camada papilar da derme e
também livres na epiderme adjacente, sendo provavelmente
receptores de tato.
REFERÊNCIA:
- K.M.Dyce, W.O.Sack, C.J.G.Wensing. Tratado de Anatomia Veterinária.
Elsevier: Rio de janeiro, 2010jovens?
A) Sinovial
B) Sindesmose
C) Sinarcose
D) Sinostose
E) Sincondrose
Exercício 26:
O conjunto de ossos relacionados com a fixação do língua é conhecido por:
A) Aparelho hióide
B) Aparelho lingual
C) Aparelho da mastigação
D) Aparelho suspensor glossal
E) Aparelho tireóideo
Exercício 27:
Em que lugar existe a sincondrose intra-óssea?
A) Na cavidade medular
B) Entre a epífise e a diáfise dos osso dos filhotes
C)
Nos discos intervetebrais
D) ossos planos do crânio
E) Nas superfícies articulares
Exercício 28:
O que é o acetábulo e como ele está encoberto?
A) Fossa - Osso
B) Cavidade - Músculos
C) Depressão - Cabeça do fêmur
D) Processo articular - Líquido sinovial
E) Superfície articular - Cartilagem hialina
Exercício 29:
A união da escápula ao tronco nos mamíferos domésticos ocorre de maneira peculiar para
facilitar a locomoção destes animais cursores. Que tipo de meio de união existe?
A) Sinsarcose
B) Sindesmose
C) Sinostose
D) Sincondrose
E) Sinovial
Exercício 30:
A cavidade medular existente em alguns ossos do corpo está relacionada com:
A) A produção de osteblastos
B) A produção de calcio
C) A produção de células do sangue
D) A diminuição do peso dos ossos
E) O acúmulo de sangue para nutrir os ossos
Exercício 31:
Os tipos de suturas encontradas no crânio do eqüino  são:
A) Folhosas, planas e serráteis
B) planas, escamosas e folhosas
C) Serráteis, escamosas e folhosas
D) Planas, escamosas e serráteis
E)
Folhosas, valadas e serráteis
Exercício 32:
Os ossos planos auxiliam na proteção de estruturas anatômicas vitais, na região da cabeça
eles possuem uma particularidade para auxiliar nesta função, qual é?
A) Agem como polias
B) Apresentam grandes vasos sangüíneos
C) Apresentam uma capa de gordura
D)
Apresentam cavidades cheias de ar
E) Agem como espinhos, pelas suas projeções ósseas 
Exercício 33:
Uma outra sínfise de grande importância para a Medicina Veterinária, além da pélvica é
formada pela:
A) Presença de meniscos no joelho
B)
Presença dos discos na articulação têmporo-mandibular
C) Presença de cartilagem entre a epífise e  a diáfise de um osso longo
D)
Presença do osso peniano
E) Presença dos discos intervetebrais
Exercício 34:
A união de um osso com outro era designada de:
A) Sinsarcose
B) Sinostose
C) Sindesmose
D) Sindesmocorial
E) Sincondrose
Exercício 35:
O meio de união visto nas sincondroses é:
A) Cartilagem hialina
B) cartilagem e tecido conjuntivo fibroso
C) Fibrocartilagem
D) Fibras musculares
E)
Líquido sunovial
Exercício 36:
Os burracos existentes nos ossos apresentam grande valor clínico e cirúrgico, por serem os
locais de estruturas anatômicas importantes. Assinale a alternativa que fale o nome destes e
as estruturas que o atravessam.
A) Tubérculos - vasos sangüíneos
B) Fossas - nervos e vasos
C) Incisuras - ligamentos
D) Forames - vasos e nervos
E) Vávulas - sangue
Exercício 37:
Qual o tipo de articulação que aumenta em quantidade nos animais idosos?
A) Sinovial
B) Suturas
C) Sinostoses
D) Sincondroses
E) Sindesmoses
Exercício 38:
Assinale a alternativa incorreta:
A) A ossificação endocondral ocorre após um molde de cartilagem
B) A ossificação intramembranosa ocorre nos ossos planos, como por exemplo, no osso
parietal
C) A ossificação endocondral ocorre nos ossos longos, como por exemplo, no osso fêmur
D) A ossificação intramembranosa ocorre direto de um tecido conjuntivo
E) Nos ossos longos ocorrem apenas ossificação endocondral
Exercício 39:
A linha metafisária de um osso longo pode ser vista através de exames radiográficos e indica
que:
A) O animal está jovem e nesta região possui cartilagem hialina
B)
O animal está adulto e completou o seu crescimento
C) O animal está com uma patologia
D) O animal recebeu excesso de cálcio e não crescerá mais
E) O animal é jovem e nesta região possui apenas vasos sangüíneos
Sistema Nervoso Autônomo
                O sistema nervoso autônomo faz parte da via eferente visceral. É uma
característica desta via a presença de três neurônios envolvidos no processo
de condução do estímulo nervoso, ao contrário da via eferente somática que
envolve apenas dois neurônios. Sendo assim, para a via eferente somática,
aonde o estímulo chega até um músculo estriado esquelético, observa-se a
presença de um neurônio motor superior, no interior do sistema nervoso
central, e um neurônio motor inferior, que deixa a medula em direção ao
músculo em questão. Já para a via eferente visceral, existe a presença de um
neurônio partindo do encéfalo (que corresponderia ao neurônio motor superior
da via eferente somática), um neurônio dito pré-sináptico, que possui seu
pericário no sistema nervoso central e manda suas fibras até um gânglio, e um
neurônio pós-sináptico, que parte do gânglio e dirige-se até a víscera em
questão (desta forma, os neurônios pré e pós-sináptico da via eferente visceral
corresponderiam ao neurônio motor inferior da via eferente somática)
            O sistema nervoso autônomo é amplamente controlado pelo hipotálamo,
e é dividido em simpático e parassimpático, que atuam de forma antagônica e
independente da vontade ou controle consciente do indivíduo. Existem
diferenças anatômicas características entre o simpático e o parassimpático,
sendo elas:
1) Região do sistema nervoso central onde se localiza o pericário do neurônio
pré-sináptico: para o sistema nervoso parassimpático, o pericário do neurônio
pré-sináptico encontra-se localizado no tronco encefálico ou na medula sacral,
enquanto para o simpático sua localização dá-se nas regiões torácicas e
lombar da medula espinhal, sempre na região de substância cinzenta (H
medular). Deste modo, podemos afirmar que nenhum nervo craniano possui
fibras do sistema nervoso autônomo simpático.
2) Tamanho da fibra do neurônio: No sistema nervoso parassimpático, o
neurônio pré-ganglionar é muito extenso, enquanto o pós ganglionar é
extremamente curto, pois os gânglios relacionados ao sistema parassimpático
encontram-se situados na parede das vísceras. No caso do sistema simpático
ocorre o inverso: o neurônio pré ganglionar é pequeno enquanto o pós
ganglionar é mais longo.
3) Presença de gânglios visíveis macroscopicamente: no sistema
parassimpático os gânglios não são visíveis macroscopicamente, justamente
por estarem localizados nas paredes das vísceras. Já no sistema nervoso
simpático estes gânglios são visíveis e estão dispostos em duas cadeias, uma
bilateral localizada ventral e lateral aos corpos vertebrais (cadeia paravertebral)
e uma localizada ventral aos corpos vertebrais e junto de grandes artérias do
corpo (cadeia pré-vertebral).
                      Além das diferenças acima citadas, existem outras peculiaridades
relacionadas a estes dois sistemas. Na região das sinapses entre neurônios,
existem vesículas contendo neurotransmissores; estas vesículas relacionadas
ao sistema parassimpático são agranulares, enquanto aquelas do sistema
simpático são granulares. Uma diferença farmacológica também é observada
quanto a estes dois sistemas: o simpático atua por ação da noradrenalina, de
forma que suas fibras são chamadas de adrenérgicas, enquanto o
parassimpático tem sua atuação relacionada a acetilcolina, possuindo assim
fibras colinérgicas.
A atuação dos componentes do sistema nervoso autônomo, simpático e
parassimpático, ocorre sempre de maneira antagônica. Apesar disso, os efeitos
da atuação do simpático são generalizadas, enquanto que o parassimpático
atua localmente.
            A tabela abaixo traz alguns exemplos da atuação destes dois sistemas
sobre diferentes estruturas do corpo:
ESTRUTURAS SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
ÍRIS Dilatação Constrição
GLÂNDULA
LACRIMAL
_____ Secreção abundante
GLÂNDULA SALIVAR Secreção pequena Secreção abundante
VASOS Vasoconstrição
periférica
Vasodilatação
periférica
CORAÇAO Taquicardia Bradicardia
BRÔNQUIOS Dilatação Contração
ADRENAL Secreção de
adrenalina
_____
ÓRGÃOS GENITAIS Estimula secreção Inibe secreção
BEXIGA E URETRA Contração do esfíncter
uretral
Relaxamento do esfíncter
uretralReferências
DYCE, K.M.,SACK,W.O.,WENSING,C.J.G. Tratado de Anatomia Veterinária.
Cap.4. São Paulo, Elsevier, 2004.
KÖNIG, H.E., LIEBICH, H-G. Anatomia dos Animais Domésticos.
Vol.1, Introdução. Porto Alegre, Artmed, 2002.
SCHALLER, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. São Paulo,
Manole, 1999.
GETTY, R. Sissin/Grossman Anatomia dos Animais Domésticos. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 1986.   
Exercício 1:
Os gânglios que estão localizados dentro da parede das visceras, pertencem a
qual parte do sistema nervoso?
A)
Sistema nervoso autônomo parassimpático
B)
Sistema nervoso autônomo simpático
C)
Sistema nervoso central
D)
Sistema nervoso periférico
E)
Exercício 2:
Quais segmentos do sistema nervoso dos animais que é amplamente
coordenado pelo hipotálamo e age independentemente do controle consciente
do indivíduo?
A)
Sistema nervoso simpático e sistema nervoso periférico
B)
Sistema nervoso parassimpático e sistema nervoso periférico
C)
Sistema nervoso parassimpático e sistema nervoso central
D)
Sistema nervoso parassimpático e sistema nervoso simpático
E)
Exercício 3:
Para o sistema nervoso parassimpático, o pericário do neurônio pré-sinaptico
fica localizado em quais partes do sistema nervoso central?
A)
Tronco encefálico e medula sacral
B)
Tronco encefálico e medula espinhal torácica
C)
Tronco encelálico e medula espinhal lombar
D)
Medula sacral e medula espinhal lombar
E)
Exercício 4:
Quando realizamos algum procedimento cirúrgico no pescoço, temos que
tomar cuidado com o tronco vagossimpático, porque o sistema nervoso
parassimpático é estimulado rapidamente. O que aconteceria com o coração
pelo estímulo desta parte do sistema nervoso autônomo?
A)
Taquicardia
B)
Bradicardia
C)
O coração não sofreria nenhuma alteração
D)
Ocorreria uma ruptura de uma das coronárias
E)
Planos, eixos e termos de posição
1.POSIÇÃO ANATÔMICA
Para podermos evitar erros de interpretação, uso de diversos termos descritivos e para
que os pontos de referência se mantenham constantes, adotou-se uma posição anatômica
dos animais domésticos. O animal doméstico em posição anatômica encontra-se com os
quatro membros estendidos e apoiados no solo, com a região cervical inclinada (cerca de 40
graus em relação a uma linha imaginária, paralela ao solo) e a cabeça firme, tendo os olhos
voltados para o horizonte.
2. PLANOS DE DELIMITAÇÃO
Agora, podemos idealizar este animal dentro de um aquário e, deste modo, cada vidro
(incluindo a tampa) seria um plano que delimitaria o corpo deste vertebrado. O chão do
aquário seria o plano ventral, o teto seria o plano dorsal, a cauda do animal tocaria o plano
caudal, o animal estaria olhando para o plano cranial e em suas laterais, os planos laterais:
direito e esquerdo. Estes são os planos de delimitação do corpo dos animais domésticos,
sendo alguns importantes para o conhecimento dos termos de direção.
3. EIXOS e PLANOS DE CONSTRUÇÃO
Quando seguimos os passos da Anatomia do Desenvolvimento, de cada espécie animal,
observamos que há um padrão de formação do corpo e que muitas vezes é mantido no
animal adulto. Este padrão de formação constitui as Unidades Morfológicas de Construção do
Corpo dos Vertebrados.
                Cada unidade morfológica pode ser conhecida se compreendermos os planos de
construção destes indivíduos. E, para estabelecermos os planos, precisamos começar
determinando os eixos de construção.
         Deste modo, cada um dos eixos (são três) é formado com a utilização de dois planos de
delimitação, como apresentado a seguir:
a) eixo crânio-caudal: passamos as diagonais nos planos cranial e caudal, encontramos um
ponto central de intersecção destas diagonais em cada um, e unimos os pontos de
intersecção. Esta linha imaginária é o eixo crânio-caudal.
b) eixo dorso-ventral: com as diagonais dos planos dorsal e ventral, encontramos os pontos
centrais de intersecção e façamos a união dos opostos. Esta linha imaginária é o eixo dorso-
ventral.
c) eixo látero-lateral: procedemos da mesma maneira utilizando os planos laterais: esquerdo
e direito. Esta linha imaginária é o eixo látero-lateral.
         O encontro de dois eixos e o deslizamento entre eles produz os planos de construção, os
quais são os formadores das unidades morfológicas. Para idealizarmos a construção destes
planos, voltaremos à idéia de um aquário, e imaginaremos a colocação de vidros centrais
entre os planos de delimitação. Estes seriam os planos: mediano (imaginado entre os planos
laterais), horizontal (imaginado entre o dorsal e o ventral) e transversal (imaginado entre o
cranial e o caudal).
         Assim, deslocando-se o eixo crânio-caudal ao longo do eixo dorso-ventral, encontramos o
plano mediano, que divide o animal em duas metades semelhantes, denominadas de
antímeros (direito e esquerdo).
                Da mesma maneira, deslocando-se o eixo látero-lateral pelo eixo dorso-ventral,
encontramos o plano transversal, que divide o animal em segmentos desiguais, os quais de
modo sucessivo crânio-caudalmente passam a ser chamados de metâmeros.
                Por último, com os eixos látero-lateral e crânio-caudal encontramos um plano dorsal
(NAV), que preferimos chamar de horizontal, para evitarmos confusões com o plano dorsal de
delimitação, e divide o animal em partes distintas, os paquímeros.          
4. TERMOS DE DIREÇÃO
                Os termos de direção são aqueles que auxiliam na descrição de uma estrutura em
relação ao corpo como um todo, ou quando estabelecemos uma relação e comparação entre
estruturas. Lembrando que os termos utilizados devem ser opostos.
                Desta feita, descrevemos uma estrutura mais próxima da cabeça como cranial, em
oposição àquelas caudais. Ressaltando que, quando nos retratamos a estruturas da cabeça,
devemos utilizar o termo rostral ao invés do cranial.
                Do mesmo modo, quando uma estrutura está mais próxima ao plano dorsal, é
referenciada como dorsal em detrimento de outra ventral. Considerando que, o termo dorsal
pode ser usado para o dorso da mão (abaixo dos ossos do carpo) e dorso do pé (abaixo dos
ossos do tarso).
                Alguns termos são relativos aos membros, como podemos citar: proximal, que está
próximo ao tronco; distal, que está distanciando-se para as extremidades; medial, mais
próximo do centro; lateral, distante do centro; médio ou intermédio, no centro, entre outras
estruturas; axial, próximo ao eixo funcional dos dígitos; abaxial, afastando-se do eixo; palmar,
na parte de trás da mão (a partir dos ossos do carpo); plantar, na parte de trás do pé (a partir
dos ossos do tarso).  
 Referências
DYCE, K.M.,SACK,W.O.,WENSING,C.J.G. Tratado de Anatomia Veterinária.
Cap.4. São Paulo, Elsevier, 2004.
KÖNIG, H.E., LIEBICH, H-G. Anatomia dos Animais Domésticos.
Vol.1, Introdução. Porto Alegre, Artmed, 2002.
SCHALLER, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. São Paulo,
Manole, 1999.
GETTY, R. Sissin/Grossman Anatomia dos Animais Domésticos. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 1986.   
Exercício 1:
Quais são os planos de delimitação do corpo dos animais domésticos?
A)
Lateral, ventral, rostral, caudal e dorsal
B)
Ventral, dorsal, caudal, lateral e cranial
C)
Medial, lateral, dorsal, cranial e caudal
D)
Medial, cranial, caudal, dorsal e ventral
E)
Exercício 2:
Quais são os eixos de construção do corpo dos animais domésticos?
A)
Eixo crânio-caudal, eixo látero-medial e eixo dorso-ventral
B)
Eixo rostro-caudal, eixo látero-lateral e eixo dorso-proximal
C)
Eixo dorso-ventral, eixo látero-lateral e eixo crânio-caudal
D)
Eixo dorso-lateral, eixo crânio-ventral e eixo caudo-lateral
E)
Exercício 3:
Quais são os planos de construção do corpo dos animais domésticos?
A)
Dorsal, Mediano e transversal
B)
Longitudinal, mediano e transversal
C)
Dorsal, medial e transversal
D)
Horizontal, intermédio e longitudinal
E)
Exercício 4:
Leia as frases abaixo e assinalea correta.
A)
O eixo crânio-caudal percorre o animal de cima para baixo
B)
O eixo látero-lateral aplica-se tanto para o lado direito, quanto para o lado esquerdo do animal
C)
O eixo dorso-ventral é constituído pelos planos de construção, dorsal e ventral
D)
O eixo crânio-caudal é formado através dos planos de delimitação, cranial e caudal
E)
Exercício 5:
Os eixos utilizados para a construção do plano mediano são: 
A)
dorso-ventral e médio-lateral
B)
dorso-medial e crânio-caudal
C)
crânio-caudal e dorso-ventral
D)
crânio-caudal e látero-lateral
E)
Tegumento Comum
A palavra Tegumento deriva do Latim e designa “tudo o que serve para cobrir”, sendo a
principal função deste conjunto criar uma barreira de proteção para o organismo do animal
em relação ao meio em que ele vive. Sendo assim, refere-se a cute (pele) e as estruturas
anexas (pêlos, cornos, glândulas, úngulas e outros).
A pele indica diretamente o modo e o meio ambiente em que o animal vive, portanto o
clima influencia em grande escala a estrutura tegumentar, e os animais que habitam o mesmo
meio às vezes parecem ter um parentesco muito maior do que na realidade o tem. Por
exemplo, se fossemos nos deter na pelagem um Elefante parece ter um parentesco maior
com os Rinocerontes do que com seus ancestrais os Mamutes.
O tegumento tem importância vital para o animal, tem importância clínica para o
Médico Veterinário por indicar processos de doenças internas e externas dos animais e tem
função econômica para muitas atividades humanas.
Outra característica importante é que o tegumento muitas vezes define classes,
famílias e espécies. Por exemplo, ter pêlos é uma característica da Classe dos Mamíferos.
Assim como ter Glândula Mamária.
Para alguns autores a pele é o maior órgão do corpo, outros autores não a consideram
como um órgão e dentro da Anatomia este padrão deveria ser o adotado. Afinal, se assim
fosse, a pele deveria ser estudada no tópico da Esplancnologia e isto não acontece. Se
pedirem para um professor definir esplancnologia e citar os itens estudados nela, dificilmente
será citada a pele (para não dizer nunca)! Em média, o tegumento representa 15% do peso
vivo de um cão adulto, o que é fidedigno com o seu extenso volume.
A estrutura e a espessura da cútis dos animais varia amplamente, não apenas pelas
variações entre as classes de animais, mas também existem variações individuais
dependentes até da idade de animais da mesma raça.
A arquitetura da pele é determinada na fase embrionária, assim quando transplantada
para outra área ela tende a continuar com as características antigas da região de origem. 
O tegumento dos vertebrados consiste de uma camada externa, a epiderme, composta
de células derivadas do ectoderma, e uma camada inferior mesodermal conhecida como a
derme, ou cório. Em tetrápodas a ecdise consiste de mudanças, ou esfoliação da camada
externa da epiderme. Em algumas formas estas mudanças são feitas como um todo, mas em
outras ocorre em pequenos fragmentos de várias áreas. Abaixo da derme há uma camada
frouxa de tecido conjuntivo, o tecido subcutâneo. Em locais como a sola das mãos e a palma
dos pés as fibras da derme estão firmemente aderidas àquelas da camada subcutânea que a
pele destas regiões está mais firmemente aderida.
            Em seres humanos o epitélio mais externo, ou a epiderme, é feito totalmente de células
que estão arranjadas em camadas mais ou menos distintas. Está intimamente ligada à derme
subjacente. Na camada mais profunda, o estrato germinativo, ou camada de Malpighi, as
células apresentam a forma de colunas e arranjadas perpendicularmente à derme. Estas
células sofrem mitoses contínuas. Como novas células são formadas elas gradualmente se
aproximam da superfície, tornando-se cada vez mais achatadas. A região onde isto ocorre é
chamada de camada de transição. Na outra superfície as células estão morrendo e perdem o
seu núcleo. A camada externa de células achatadas é o estrato córneo, ou camada calosa da
pele. Seu principal constituinte é a queratina, uma camada dura, resistente, uma proteína
insolúvel. A epiderme do ser humano é um excelente exemplo de epitélio escamoso
estratificado.
As células do estrato germinativo ficam em contato direto com a derme que é
ricamente suprida de vasos sangüíneos dos quais deriva a sua nutrição. Desde que novas
células estão constantemente sendo formadas, as outras células achatadas passarão para a
sua última forma uma camada muito espessa não pelo fato delas estarem continuamente
sendo esfoliadas, ou pela exaustão, pela superfície e recolocação das novas células. O padrão
de proliferação das células é aproximadamente o mesmo que aquele padrão das células se
descamando, assim a espessura da epiderme é relativamente constante. Um aumento da
fricção em uma certa área da epiderme parece estimular as células a se dividirem mais
rapidamente e resulta na formação de calos. Assim áreas espessas fazem grande proteção
aos delicados tecidos interiores.    
1.Principais Funções
-Proteção Mecânica: dependente da sua resistência e da sua elasticidade a cute confere uma
proteção mecânica contra desgastes, inclusive pela existência de pêlos, unhas (úngulas e
ungüículas), cornos (e chifres) e pelo estrato córneo da epiderme (mais espesso nas regiões
de maior risco de lesão).
-Proteção Microbiana: devido à ação da secreção das glândulas sebáceas, e por alguns
outros meios, evita a penetração de microrganismos.
-Proteção Solar: através dos pigmentos formados pelos melanócitos evita a lesão pela
irradiação actínica da luz ultravioleta.
-Termo-regulação: pela ação das glândulas sudoríferas, pela capa de pêlos, pela camada de
ar abaixo da capa de pêlos, pela vascularização cutânea e pelo depósito de tecido adiposo no
tecido subcutâneo (hipoderme). Funciona muitas vezes como um isolante térmico.
-Proteção Hídrica: previne o ressecamento e a hiper-hidratação do corpo por ser muito
impermeável a água. Ajuda também a controlar a entrada e saída de eletrólitos, o que seria
uma proteção química, principalmente pela relação com a água.
-Sensibilidade: pela existência de diversas terminações nervosas e de receptores, o
tegumento faz o animal receber os estímulos do meio em que vive. Como os estímulos para
tato, pressão, temperatura, prurido (coceira) e dor.
-Excreção: devido às glândulas que possui a cútis elimina excreções sebáceas, suor, leite e
outras substâncias como os ferormônios (feromonas).
-Ação Metabólica: a pele participa na formação da vitamina D, por ação solar principalmente
nas glândulas sebáceas, com ação anti-raquítica. A vitamina em questão está envolvida na
homeostasia do cálcio, portanto importante para os dentes e para os ossos.
-Controla a Pressão Sangüínea: pelas alterações vasculares no tegumento de vaso-constrição
e vaso-dilatação, que ocorrem por comando do Sistema Nervoso Autônomo e pelas variações
de temperatura.
-Armazenamento: várias substâncias podem ser armazenadas no tegumento, como
eletrólitos, água, vitaminas, carboidratos, proteínas, remédios e tecido adiposo (gordura).
-Anexos queratinizados especializados: o tegumento produz diversos tipos de anexos, estes
podem participar das funções anteriormente citadas ou terem funções específicas. Como a
úngula para a locomoção dos ungulados.
2.CUTE
-EPIDERME
A epiderme se desenvolve do ectoderma se tornando no fim do desenvolvimento fetal
um tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado. As células dos estratos mais
profundos estão em diferenciação e migram para as camadas mais superficiais, até a sua
morte, e outras surgem constantemente. Esta renovação contínua foi vista acontecendo em
cães da raça Beagle em um período de 22 dias, mas podem existir variações.
Esta camada da pele não possui vasos sangüíneos (artérias e veias) e nem vasos
linfáticos. Assim, a sua nutrição é feita pela difusão dos nutrientes oriundos dos vasos da
derme subjacente.
Os estratos serão estudados na disciplinade Histologia, mas é importante citarmos que
em regiões de pele espessa podemos encontrar cinco camadas da epiderme. Os estratos são
nomeados da seguinte forma: córneo (mais superficial), lúcido, granuloso, espinhoso e basal.
Além das células epidérmicas presentes nestes estratos, que muitos autores chamam de
ceratinócitos (queratinócitos), existem outros tipos celulares em menor quantidade.
Por exemplo, existem as células designadas de melanócitos derivadas da crista neural e
são produtoras da melanina. Os albinos produzem mínimas quantias de melanina por
ausência congênita de uma enzima denominada de tirosinase, mas o número de melanócitos
não varia.
-DERME
A derme tem origem mesodérmica através dos dermátomos e da somatopleura, sendo
formada por tecido conjuntivo frouxo (celular), que é a matéria-prima do couro, e a derme é
muito bem suprida por vasos e nervos. Os folículos pilosos, as glândulas, os músculos
eretores dos pêlos e outros componentes (fibras colágenas, fibras elásticas, fibras reticulares,
etc.), estão presentes na derme. Como todo tecido conjuntivo frouxo a derme possui a
substância  fundamental amorfa que controla a passagem de eletrólitos, água, outros
nutrientes e vários tipos celulares.
A função principal é ajudar na proteção do corpo dos animais, mas também fornece
suporte para a epiderme e leva os nutrientes até esta camada externa, lembrando que a
epiderme não é vascularizada. Nas áreas hirsutas (com pêlos) da pele a camada dérmica é
mais espessa.
Assim como na epiderme, na derme também existem vários tipos celulares, não
apenas os fibroblastos e fibrócitos (células do tecido conjuntivo). Existem mastócitos,
histiócitos e outros tipos celulares. 
2.TECIDO SUBCUTÂNEO (HIPODERME)
A hipoderme possui origem mesodérmica, sendo constituída de lipócitos (células do
tecido adiposo), vasos (linfáticos e sangüíneos), nervos e tecido conjuntivo frouxo. Possui
grande importância na absorção de impactos, devido ao acúmulo de gordura, assim como
serve como isolante térmico por conta deste mesmo acúmulo. Em algumas regiões do corpo
pode apresentar uma lâmina muscular, que é chamado de músculo cutâneo, por exemplo
existente na face lateral do tórace com o nome de M. Cutâneo do Tronco.
Alguns profissionais chamam o tecido subcutâneo de fáscia superficial quando não
apresenta um músculo cutâneo em seu interior e chamam de tela subcutânea quando
apresenta esta camada.
Outra importante relação do tecido subcutâneo é acomodar a pele e facilitar a
movimentação das estruturas próximas. Deste tecido conjuntivo do subcutâneo partem
lâminas para as partes mais internas do corpo, sendo estas lâminas designadas de fáscia
profunda. A fáscia profunda envolve grupos musculares, principalmente músculos de mesma
função, formando as lojas musculares.
A hipoderme, por ser uma região de reserva de gordura, é amortecedora de impacto,
como ocorre nos coxins digitais acima da cunha na úngula.
3.PÊLOS
Cada pêlo cresce de um minúsculo orifício, como uma invaginação ectodérmica da
futura epiderme, posteriormente se ramifica formando as glândulas cutâneas e na
extremidade forma uma dilatação, o bulbo do pêlo. 
O pêlo é formado de uma haste externa e uma raiz contida dentro de um folículo piloso.
O folículo piloso apresenta na extremidade proximal um músculo eretor do pêlo, cuja
contração é involuntária (pelo controle do sistema nervoso autônomo), principalmente em
resposta a queda de temperatura.
A vida do pêlo é restrita, sendo descartados principalmente na primavera e no outono,
decorrentes da interferência da luminosidade do meio ambiente (fotoperíodo). Consideramos
que o ciclo do pêlo possui três fases distintas: a anagênese (crescimento do pêlo), a
catagênese (transição) e a telogênese (repouso e surgimento do próximo pêlo). A atividade
metabólica gasta é intensa, visto que o pêlo é uma proteína sólida (a queratina) e a média de
crescimento esperada fica em torno de 18-21 metros por dia.
Os pêlos geralmente ocorrem em grupos, com um principal e os demais secundários
(lanosos), tendo vários folículos em uma abertura externa comum. Em cães podemos
encontrar 1 pêlo principal e 39 auxiliares, mas em chinchila foi observado 1 pêlo principal para
75 auxiliares. Este padrão interfere na maciez da pele do animal.
O folículo piloso possui várias estruturas associadas e interferentes na sanidade do pêlo,
sendo que o conjunto pode ser denominado de Unidade Folicular Pilosa. A unidade é
constituída dos folículos com seus devidos pêlos, os músculos eretores do pêlo e as
glândulas.
Entre os diferentes tipos de pêlos são muito importantes os chamados de Táteis, afinal
como o próprio nome sugere, eles conferem sensibilidade tátil para a movimentação do
animal e percepção do meio ambiente. Os folículos pilosos ficam rodeados de pequenos
vasos sangüíneos e principalmente de terminações nervosas (mecanoceptores).
Os pêlos, em geral, funcionam para proteção (térmica, traumas, sol e outras),
sensibilidade do animal, isolantes, estética do animal e identidade do indivíduo no grupo.
4.TOROS (Coxins)
As almofadinhas pelas quais os animais caminham, não são recobertas por pêlos, são
muito espessas (queratinizadas), geralmente muito pigmentadas e com o subcutâneo
espesso. Na maioria dos animais apresenta glândulas sudoríparas no tecido subcutâneo, cuja
secreção umedece o toro e pode servir para marcar trilhas.
Os toros recebem o nome de acordo com a região em que se encontram, por exemplo,
toro cárpico, toro társico (raros), toro metacárpico, toro metatársico e os toros digitais. O toro
digital dos eqüinos é a conhecida cunha (grotescamente chamada de ranilha). A castanha e o
esporão do cavalo são toros rudimentares.
Estes coxins conferem resistência a abrasão, quando os animais caminham em solos
muito quentes; servem como amortecedores de impacto; e, ajudam no retorno de líquidos das
extremidades, como por exemplo o retorno venoso. 
5.CORNOS
Os cornos são estruturas da pele da cabeça que possuem uma parte central óssea, ao
contrário dos chifres que não possuem esta interiorização de um processo ósseo. Além do
que, os cornos são definitivos, uma vez retirados não cresce um novo no lugar, e a maioria dos
chifres é temporária e cresce dependente da época do ano (possuem sazonalidade).
A parte óssea interna do corno é conhecida como processo cornual do osso frontal e
apresenta uma cavidade central, que é a própria continuação do seio paranasal frontal, fato
que deve sempre ser lembrado pelos Médicos Veterinários.
A derme está aderida ao processo cornual, com suas papilas inclinadas para o ápice do
corno, favorecendo o crescimento da epiderme. A epiderme tem a queratina tubular e a
queratina intertubular, sendo que na base do corno esta queratina apresenta-se mais macia e
é conhecida pela alcunha de epícera. 
Em alguns animais o chifre é constituído por um tecido ósseo modificado e recoberto
com o tegumento, mas não existe cavidade interna no osso correspondendo a um seio
paranasal frontal.
6.ÚNGULA
A úngula é formada pela queratinização da epiderme sobre a derme modificada de
acordo com a região, que se continuam com a pele após a região do limbo (perioplo no
eqüino). Existem cinco regiões distintas e importantes na úngula dos eqüinos (animal aonde a
estrutura apresenta maior interesse aplicado), que são as regiões: do limbo (perioplo), da
coroa, da parede, da sola e da cunha (que não deve ser chamada de ranilha).
A epiderme do limbo é uma estreita faixa com tecido macio que cobre a coroa na
transição com a pele normal, que em direção palmar (ou plantar) se amplia na região dos
bulbos dos talões, aonde irá cobrir a base da cunha. A constituição é de queratina tubular e
intertubular, produzidas na estreita derme (cório) correspondente, ou seja, na derme do limbo
(perioplo). Esta camada é responsável por produzir a fina camada brilhante que cobre o casco
no aspecto dorsal e lateral, sendo conhecida como estrato externo da úngula(casco) ou
verniz.
Em contato direto com o limbo e na parte mais proximal da úngula encontramos a região
da coroa, assim conhecida pela posição que ocupa e pelo formato. Também é formada de
queratina tubular e intertubular, com uma derme da coroa correspondente. Aliás, a derme
(cório) da coroa é muito saliente pela existência de um coxim adiposo em seu interior, criando
um sulco interno na epiderme da coroa, chamado de sulco coronal. Ela é responsável em
formar o estrato médio da úngula, também conhecido como estrato tubular que é pigmentado.
A parede é a região que atinge o solo formando a margem da sola, mas ela é composta
tanto do estrato externo oriundo do limbo, quanto do estrato médio oriundo da coroa que
atingem o solo, cobrindo o estrato interno oriundo da própria parede.
Uma lesão na derme da coroa provocaria defeitos da queratinização da epiderme,
ficando a lesão visível na epiderme e em 8 meses atingiria a margem da sola.
A parte mais desenvolvida é a parede, muito ampla na extremidade mais dorsal (que
alguns chamam de pinça) e diminui em tamanho na direção lateral e palmar, respectivamente
conhecidos como quartos e talões (para os profissionais que trabalham com produção
animal, mas não são termos anatômicos). As partes que se curvam nos talões são
conhecidas como barras. Quando citamos que uma região é mais desenvolvida estamos nos
referindo tanto ao tamanho, quanto à espessura. Também é constituída de queratina tubular e
intertubular, e apresenta uma derme correspondente com o mesmo nome.
Na parede é importante ressaltar a comunicação entre a epiderme e a derme, com
desenvolvidas papilas dérmicas, tão desenvolvidas que assumem o aspecto de lâminas e
assim são chamadas. Nesta região é que ocorre a famosa doença LAMINITE. As lâminas da
epiderme formam o estrato interno da úngula (casco) que não é pigmentado. 
A região da sola é um pouco côncava, então não atinge o solo. A sua constituição
apresenta queratina tubular e intertubular mais macia, com uma derme correspondente. A
transição entre a epiderme da parede (após a margem da sola) e a epiderme da sola ocorre
pela linha branca, porém apesar de ser considerada como transição esta linha é uma estrutura
da parede.
A cunha é uma das estruturas mais importantes da úngula, o seu formato de cunha
permite a distinção de uma base larga entre a parede lateral e a medial na região palmar (ou
plantar), também conhecida como região dos talões. A epiderme da cunha está separada da
epiderme das barras da parede e da epiderme da sola por sulcos profundos, os sulcos
paracuneais. A sua epiderme é tubular, muito macia e elástica, sendo mantida flexível pela
secreção de glândulas existentes no seu espesso coxim digital. 
O tecido subcutâneo que une a derme nas outras estruturas internas é muito fino na
úngula, mas torna-se espessado em dois pontos, formando então os coxins da coroa e da
cunha (coxim digital). Estes coxins são estruturas de tecido conjuntivo com tecido adiposo,
portanto são os verdadeiros coxins, e não estão associados aos coxins que alguns livros
usam como sinônimo para os toros dos animais. Porque na úngula o toro digital é a própria
cunha (erroneamente chamada de ranilha).
Além da epiderme, da derme e do tecido subcutâneo (incluindo os coxins, coronário e
digital), que são as estruturas constituintes da úngula, existe dentro do casco tendões (tendão
do M. Flexor digital profundo e tendão do M. Extensor digital comum ou longo no membro
pélvico), ossos (falange distal, sesamóideo distal e parte da falange média), a articulação
interfalangeana distal que é sinovial e a cartilagem ungular (comumente denominada de
cartilagem alar).
A cunha, o coxim digital e a cartilagem ungular são fundamentais para a movimentação
do animal. Devido a mobilidade destas estruturas elas auxiliam no amortecimento do impacto
no solo e devolvem por elasticidade o impulso. 
7.GLÂNDULAS
As glândulas se originam e crescem como brotos aparecendo e invadindo o interior do
mesoderma. Em relação ao tegumento contamos com as glândulas sudoríferas (sudoríparas),
as glândulas sebáceas e as glândulas mamárias dos mamíferos. Embora em sentido amplo
existam muitas variações destes três tipos básicos, inclusive a glândula mamária não deixa
de ser uma glândula sudorífera modificada.
As sudoríparas têm o ducto se abrindo no folículo piloso ou direto sobre a superfície da
pele, estando amplamente distribuída. Então, aparecem tanto em pele glabra (sem pêlo),
como em pele hirsuta (com pêlo). Existem até glândulas sudoríparas especializadas na região
do meato acústico externo e das pálpebras de caninos. Porém, alguns animais podem
apresentar carência de glândulas sudoríparas, como nos carnívoros, principalmente nos
caninos, estes animais controlam a perda de calor através da ofegação. 
De acordo com alguns livros de Fisiologia Veterinária apenas os Ungulados e os
Marsupiais perdem calor pelo suor, não estamos incluindo aqui os Humanos.
As glândulas sudoríferas possuem um formato tubular enovelado.
Alguns animais secretam ferormônios, que são substâncias com odor específico,
capazes de estimular animais da mesma espécie a longa distância e principalmente estão
associadas a comportamentos reprodutivos.
As glândulas sebáceas associam-se aos pêlos e secretam uma substância gordurosa,
o sebo, rica em lipídeos, que lubrifica e confere brilho ao pêlo, que protege da umidade a pele
e impermeabiliza a pele, que favorece a disseminação do suor, que dificulta o crescimento de
bactérias, pode ajudar a marcar território e ter importância no comportamento sexual.
As glândulas sebáceas possuem a forma alveolar ramificada e a eliminação ocorre
com auxílio da contração dos músculos eretores do pêlo.
As únicas exceções de existência de pêlo sem a associação com as glândulas
sebáceas são: os pêlos do ânus, do meato acústico externo e das pálpebras.
As glândulas especializadas são: as circum-orais, encontradas ao redor dos lábios dos
felinos e marcam território; as cornuais, posicionadas atrás do corno de caprinos e
relacionadas à época de reprodução; as do divertículo infra-orbitário, rostrais ao olho dos
ovinos; as do carpo, na face palmar da região carpal em suínos, marcam as fêmeas na hora da
cópula; as do divertículo interdigital, entre os dígitos principais dos ovinos, marcam trilhas e
território; as da cauda, circum-anais e do saco anal em carnívoros, que marcam território; a
mentoniana dos suínos, que marca território; a inguinal dos ovinos, para reconhecimento de
indivíduos dentro do grupo e os filhotes se orientam pelo odor para chegar ao úbere materno.
Se formos pensar em todos os animais da natureza, as diferenciações seriam maiores
(em aves aquáticas existe a glândula do uropígio), mas não temos esta intenção neste
momento. Aliás, se fosse assim a aula de tegumento iria durar mais do que um mês.   
Referências
DYCE, K.M.,SACK,W.O.,WENSING,C.J.G. Tratado de Anatomia
Veterinária. Cap.4. São Paulo, Elsevier, 2004.
KÖNIG, H.E., LIEBICH, H-G. Anatomia dos Animais Domésticos.
Vol.1, Introdução. Porto Alegre, Artmed, 2002.
SCHALLER, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. São
Paulo, Manole, 1999.
GETTY, R. Sissin/Grossman Anatomia dos Animais Domésticos. Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan, 1986.   
Exercício 1:
O seio interdigital é encontrado em qual das espécies domésticas abaixo:
A)
Ovina
B)
Suína
C)
Caprina
D)
Canina
E)
Exercício 2:
Na região cárpica de uma espécie doméstica existem várias glândulas chamadas de cárpica,
que são utilizadas para marcar as fêmeas. Que espécie apresenta estas glândulas?
A)
Canina
B)
Ovina
C)
Bovina
D)
Suína
E)
Exercício 3:
Qual camada da pele que não possui vasos sanguíneos e vasos linfáticos e sua nutrição é
proveniente da camada mais interna?
A)
Hipoderme
B)
Epiderme
C)
Derme
D)
Infraderme
E)
Exercício 4:
Qual das camadas da pele que em algumas regiões do corpo, como a região do tronco, é
dotada de uma fina camadamuscular?
A)
Hipoderme
B)
Epiderme
C)
Derme
D)
Supraderme
E)
Exercício 5:
Nos carnívoros é encontrada uma glândula sudorífera que é responsável por marcação
territorial, e ela está localizada lateral ao ânus. Qual é o nome desta glândula?
A)
Saco anal
B)
Circum-oral
C)
Paranal
D)
Metoniana
E)
Glândula Mamária
A glândula mamária é um tecido glandular túbulo-alveolar composto,
considerado na evolução como uma glândula sudorífera modificada. Porém,
esta é uma parte da estrutura do órgão como um todo, o órgão é a mama ou o
úbere.
O úbere é um conjunto de mamas, formando uma grande massa saliente com
tecido glandular em seu interior. Então, em ruminantes e eqüinos encontramos
o úbere, e em carnívoros e suínos encontramos as várias mamas separadas. O
número comum de mamas para a cadela é de 10 (5 pares), para a gata é de 8 (4
pares) e para a porca é de 14 (7 pares). O número comum de papilas no úbere
da vaca é de 4 (2 pares de papilas), para a ovelha, para a cabra e para a égua é
de 2 (1 par de papilas).
Não importa se estamos estudando uma mama ou um úbere, alguns
constituintes estão sempre presentes nos mamíferos domésticos. Assim,
encontraremos sempre: uma papila mamária, que quando estimulada irá liberar
o leite para o filhote; a pele protegendo toda a estrutura; um corpo, onde está o
tecido glandular produtor do leite; um ou mais tecidos glandulares,
dependentes do número de óstios na papila mamária; um tecido conjuntivo
fibroso de sustentação; um conjunto de vasos sangüíneos e linfáticos; fibras
nervosas; e tecido adiposo (dependente de várias condições).
O tecido da glândula mamária é alveolar e está disposto separadamente em
lóbulos. Um ou dois alvéolos drenam a secreção para o mesmo pequeno canal
(ducto intralobular), os pequenos canais se unem e o novo canal percorre o
espaço entre lóbulos diferentes, passando a ser chamado de ducto interlobular.
Estes ductos interlobulares se unem com os vizinhos e formam canais maiores,
os ductos intralobares. A união de ductos intralobares formará os grandes
ductos lactíferos, que por sua vez desaguaram no seio lactífero. Os ductos
lactíferos possuem internamente uma parede muscular capaz de reter o leite
antes da lactação. O seio lactífero se abre em um ducto papilar, e este termina
no óstio da papila mamária, que é o orifício por onde o leite se exterioriza. O
ducto papilar possui internamente em suas camadas um músculo esfíncter da
papila mamária, que pode controlar a saída do leite.
A quantidade de tecido glandular para cada papila é dependente do número de
óstios papilares, pois internamente estes tecidos não se comunicam. Então, a
égua tem duas papilas mamárias, mas para cada uma tem dois tecidos
glandulares produtores de leite separados.
Os animais que apresentam úbere precisam de uma especialização do tecido
conjuntivo fibroso (estroma) para sustentar o peso do conjunto. Esta
especialização de tecido conjuntivo recebe a denominação de Aparelho
Suspensor do Úbere, composto por duas lâminas mediais e duas lâminas
laterais. De cada uma das lâminas parte para o interior do tecido glandular
(parênquima) algumas pequenas lâminas de tecido conjuntivo fibroso, as
lamelas suspensórias.
Para qualquer procedimento médico veterinário em um conjunto anatômico é
importante saber: a vascularização sangüínea, a drenagem linfática e a
inervação.
Para o úbere dos ruminantes as artérias são ramos das Artérias Pudendas
Externas e das Artérias Perineais. As veias drenam para vasos de mesmo
nome. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos mamários e ilíacos, que
formam o linfocentro íngüino-femoral. E, os nervos são oriundos do plexo
lombo-sacro, sendo o nervo mais importante o gênito-femoral.
Referências
DYCE, K.M.,SACK,W.O.,WENSING,C.J.G. Tratado de Anatomia
Veterinária. Cap.4. São Paulo, Elsevier, 2004.
KÖNIG, H.E., LIEBICH, H-G. Anatomia dos Animais Domésticos.
Vol.1, Introdução. Porto Alegre, Artmed, 2002.
SCHALLER, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. São
Paulo, Manole, 1999.
GETTY, R. Sissin/Grossman Anatomia dos Animais Domésticos. Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan, 1986.   
Exercício 1:
Qual fêmea doméstica é dotada de 5 pares de glândulas mamárias?
A)
Vaca
B)
Cabra
C)
Cadela
D)
Égua
E)
Exercício 2:
Qual fêmea doméstica é dotada de 8 glândulas mamárias?
A)
Gata
B)
Cadela
C)
Vaca
D)
Ovelha
E)
Exercício 3:
Qual das fêmeas domésticas apresenta 7 pares de glândulas mamárias?
A)
Cadela
B)
Gata
C)
Égua
D)
Porca
E)
Exercício 4:
Quais são os principais linfonodos que drenam o úbere das vacas?
A)
Linfonodos mamário e sacral
B)
Linfonodos mamário e ilíaco
C)
Linfonodos mamários e inguinais profundos
D)
Linfonodos mamário e púbico
E)
Osteologia
A importância funcional dos ossos envolve não apenas os aspectos mórficos regionais, mas
também o equilíbrio de todo o organismo e em todos os aspectos. Apresentamos uma lista de
funções dos ossos:
1.base para a sustentação do corpo dos vertebrados;
2.alavancas usadas como componentes passivos da locomoção;
3.pontos de fixação para músculos e ligamentos;
4.auxiliam a homeostasia (equilíbrio) dos minerais, funcionando como reserva,
principalmente de cálcio (99%);
5.protegem mecanicamente os órgãos vitais;
6.alojam a medula óssea, responsável pela hematopoiese (produção de células sangüíneas);
7.auxiliam o vôo nas aves, facilitando-o pela existência de cavidades cheias de ar, por isso,
são denominados de ossos pneumáticos;
8.os ossos pneumáticos também são encontrados nos animais domésticos, na região da
cabeça, auxiliando na proteção mecânica e térmica do encéfalo, e diminuindo o peso da
cabeça;
9.algumas ossificações ocorrem em órgãos corpóreos para facilitar o funcionamento destes,
são os chamados ossos esplâncnicos (ou viscerais);
10minimizam o desgaste energético de músculos, por deslocarem o trajeto de seus tendões,
como se fossem roldanas em um sistema de polias. Sendo denominados nesta situação de
ossos sesamóideos.
O osso apresenta como propriedades uma quantia de matéria orgânica, que confere
flexibilidade, e o dobro de matéria inorgânica, que confere durabilidade. A matéria orgânica
consiste de fibras colágenas (95%), substância fundamental amorfa (proteoglicanas e
glicoproteínas) e osseína (proteína do osso). Dentre os componentes inorgânicos, o principal
é o fosfato de cálcio, sendo 25% de cálcio e 12% de fósforo, mas existe uma quantia de
bicarbonato, magnésio, potássio, sódio, cloro, citrato e outros componentes. Ao redor dos
cristais formados apresenta-se uma camada de água (capa de hidratação), que facilita as
trocas dos íons com o fluido (líquido) intersticial. A associação dos cristais de substâncias
inorgânicas com as fibras colágenas é responsável pela resistência e durabilidade dos
ossos. Sendo que, as fibras colágenas conferem resistência à tração e os cristais resistem
contra a compressão.
Relembrando, os ossos são componentes do aparelho locomotor. Este aparelho inclui todos
os órgãos que promovem estabilidade e permitem a movimentação das partes
independentes do organismo e, ao mesmo tempo, promove a base para as conformações
características de espécies individuais. Para isso, existe uma interação entre a parte passiva
e a parte ativa. A primeira formada por modificações do tecido conjuntivo (ossos e
articulações) e a última pelo tecido muscular.
O conjunto dos ossos forma o que chamamos de esqueleto, porém este termo pode ter um
significado mais amplo, o cadáver seco, indicando a armação de estruturas duras que
suporta e protege os tecidos moles. Afinal, os ossos se desenvolveram para proteger e dar
forma ao corpo dos vertebrados, sem eles seria difícil a sustentação de partes moles do
corpo. Os vertebrados seriam todos seres amorfos sem o esqueleto.
OSSIFICAÇÃO e CRESCIMENTO ÓSSEO
A ossificação é um processo que descreve a formação de um osso em um animal a partir de
outros tecidos. Atualmente são bem conhecidos dois tipos distintos de ossificação. A
primeira ocorredireto de um tecido conjuntivo (ossificação desmal ou intra-membranosa) e é
responsável pela formação dos ossos planos, contribui para o crescimento dos ossos curtos
e para aumentar a espessura dos ossos longos. A segunda ocorre a partir de um tecido
cartilaginoso (ossificação endocondral) responsável pela formação dos ossos longos e
curtos, e contribui para o crescimento dos ossos longos
O tecido conjuntivo do embrião é denominado de mesênquima, por isso, também chamada
de ossificação mesenquimatosa. No centro da região aonde irá se formar o osso chegam
células indiferenciadas que se transformam em osteoblastos (células formadoras de osso),
elas sintetizam a matriz óssea que se calcifica englobando os osteoblastos, a partir deste
momento os osteoblastos param de sintetizar a matriz e reduzem o seu diâmetro, neste
momento os microscopistas o chamam de osteócito (célula do osso). Esta matriz calcificada
forma as pequenas lâminas ósseas (lamelas ósseas), que se unem formando as pequenas
traves (trabéculas) e entre elas existem espaços penetrados por vasos. Através dos vasos
passam novas células indiferenciadas que prolongam o processo de crescimento do osso,
fazendo um crescimento em sentido radial. A parte de tecido conjuntivo nas extremidades
que não se ossificam e recobrem o osso, formam o chamado periósteo.
Em outros ossos ocorre a formação de um modelo de cartilagem hialina e inicia-se a
construção de um cilindro ósseo. Este processo é feito pela hipertrofia da cartilagem, com
morte dos condrócitos (células da cartilagem) que deixam lacunas separadas por finas
paredes de matriz cartilaginosa e esta começa a se calcificar. Os vasos provenientes da
periferia, que invadem o periósteo (tecido conjuntivo que envolve o osso) e adentram as
cavidades da cartilagem. Através destes vasos chegam células indiferenciadas, que se
transformam em osteoblastos e sintetizam a matriz óssea sobre uma fina parede de
cartilagem já existente. Desta forma surge o centro de ossificação primário no centro da
diáfise (corpo do osso longo), com crescimento rápido e longitudinal.
Desde o início da formação de um osso longo, surgem os osteoclastos no centro do osso
que absorvem o centro da calcificação, iniciando a formação da cavidade medular. Neste
período, surge também em cada extremidade do osso, ou seja, nas epífises, os centros de
ossificação secundários, porém estes apresentam um padrão de crescimento radial. Nas
margens externas das epífises encontramos sempre a cartilagem articular de tecido hialino.
Entre cada epífise e a diáfise do osso longo permanece um anel de cartilagem hialina que é
responsável pelo crescimento do osso em comprimento, formando a linha de crescimento
(epifisária), enquanto houver possibilidade do osso crescer ela continuará sendo de
cartilagem hialina.
Assim, todo crescimento osso ocorre pela formação de tecido ósseo novo, com reabsorção
parcial do tecido antigo. Sendo que, os ossos planos crescem pelo periósteo e pelas suturas
(quando presentes), os ossos longos crescem longitudinalmente pela linha epifisária e em
espessura pelo periósteo e os ossos curtos crescem pelo periósteo.
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
QUANTO AO DESENVOLVIMENTO
A origem dos componentes que formaram o tecido ósseo pode ser diversa, existem ossos
que são formados dos arcos branquiais existentes nos embriões, portanto ossos de origem
visceral (Ex.: Mandíbula); enquanto outros, se originam dos somitos, pequenos segmentos de
mesoderma localizados lateralmente ao tubo neural, são ditos ossos somáticos (Ex.: Úmero).
Por outro lado, podemos classificar os ossos de acordo com a origem tecidual primária.
Assim, temos os ossos que se diferenciam direto do mesênquima (tecido conjuntivo do
embrião), possuem ossificação mesenquimal ou desmal, comum aos ossos planos (Ex.:
Frontal); mas existem os ossos que derivam da cartilagem, são as ossificações
endocondrais, comum à maioria dos ossos (Ex.: Fêmur).
QUANTO AO TECIDO ÓSSEO
Quando se forma um osso, suas lamelas (pequenas lâminas) estão desorientadas, sem um
alinhamento padrão que possa indicar as linhas de força que agem sobre aquele osso, deste
modo, dizemos que é um tecido ósseo primário. Com o passar do tempo, as forças que
atuam    passam a delinear o sentido das lamelas, desta maneira, as lamelas passam a ser
organizadas e nos levam a denominar o tecido de secundário.
De outro modo, podemos encontrar em um mesmo osso, duas maneiras de disposição das
lamelas. Na periferia do osso, sendo bem desenvolvida no corpo (diáfise), encontramos a
substância óssea compacta, onde as lamelas estão bem aderidas entre si, sem espaços
visíveis a olho nú. Assim, encontramos internamente lamelas unidas em pequenos grupos,
sendo estes grupos denominados de trabéculas (pequenas traves), separados por espaços
(aréolas), sendo denominada de substância óssea esponjosa.
QUANTO À FORMA
Cada osso isolado assume uma forma anatômica própria, que pode ser diferenciada,
indicando o osso em questão. Porém, o modelo arquitetônico dos ossos obedece a padrões
de construção que facilita a identificação de certos grupos. Assim, encontramos os ossos
longos (Ex.: Tíbia), onde o comprimento excede qualquer outra dimensão, que facilitam suas
funções de alavancas na movimentação e colunas de suporte; os ossos planos (Ex.:
Parietal), onde possui amplas faces, em detrimento a sua pequena largura (margens finas),
para serem utilizados como grande área de inserção muscular e para a proteção de
componentes importantes, alguns vitais, como por exemplo, o encéfalo; os ossos curtos (Ex.:
Carpo-radial), que apresenta suas dimensões quase equivalentes e reduzidas, cuja existência
permite em uma pequena região do corpo grandes movimentos e diminui a possibilidade de
traumas; e, os ossos irregulares (Ex.: Coxal), que não podemos incluir em padrões definidos,
podendo ter características comuns aos outros grupos.
QUANTO À REGIÃO CORPÓREA
O esqueleto é dividido em externo (exoesqueleto) e interno (endoesqueleto), sendo este
último o único existente nos mamíferos domésticos. Assim, é dividido em axial e
apendicular. O esqueleto axial compreende os ossos do eixo maior de construção do corpo
dos vertebrados. Este conjunto de ossos é formado pelos ossos da cabeça, vértebras,
costelas e esterno. O esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros, ou seja, os
apêndices torácicos e pélvicos.
ARQUITETURA ÓSSEA
Descreveremos agora a constituição arquitetônica de um osso longo e, posteriormente,
faremos as devidas alusões aos outros tipos morfológicos de osso. A descrição que segue
confere uma abordagem da superfície externa para a interna, começando do periósteo, uma
camada de tecido conjuntivo que envolve a superfície externa dos ossos, com exceção da
cartilagem, a camada mais superficial confere proteção e é constituída de tecido conjuntivo
fibroso, por isso, também conhecida como lâmina fibrosa, enquanto a camada mais profunda
mantém a celularidade e, mesmo em adultos, pode formar tecido ósseo, sendo assim,
chamada de lâmina osteogênica. Quanto mais ativo o periósteo, mais vascularizado se
encontra e desta camada muitos vasos penetram nos ossos pelos canalículos transversais.
A forma de um osso é garantida pelo córtice (córtex), que é o estrato de substância óssea
compacta, com finas lamelas em séries de tubos concêntricos, rodeando canalículos
longitudinais. Esta camada é mais espessa na diáfise (corpo) dos ossos e difere de
espessura de acordo com as pressões sofridas. Nas pequenas lâminas (lamelas) de tecido
ósseo existem lacunas aonde visualizamos os osteócitos irradiando os seus
prolongamentos.  Na diáfise, as lamelas formam um padrão arquitetônico típico,
apresentando os sistemas de Havers (osteônios), o sistema externo de circunferências
(próximo ao periósteo), o sistema interno de circunferências (junto a cavidade medular) e o
sistema intermediário (restos de sistemas). Cada osteônio é formado por um cilindro longo,
paraleloà diáfise, variando até vinte lamelas concêntricas, apresentando no centro um canal
longitudinal, com vasos, nervos e tecido conjuntivo frouxo.
Existe, entretanto, uma camada de substância óssea esponjosa internamente, apresentando
lamelas ósseas separadas, como se fossem pequenas traves (trabéculas) e as cavidades
que as separam são denominadas de aréolas (pequenos aros). Possui importância clínica
fundamental ao osso, afinal é capaz de sofrer pequenas modificações para não traumatizar o
osso em impactos poderosos.
Revestindo todos os espaços ósseos existe o endósteo, tanto a cavidade medular, quanto os
canalículos longitudinais e transversais, e as cavidades do osso esponjoso.
Assim, o tecido mais interno em um osso longo é a medula óssea que preenche a cavidade
medular. A medula óssea é produtora de células sangüíneas, papel conhecido como
hematopoiese, nesta fase é delicada, é muito vascularizada e conhecida como medula óssea
vermelha. Com o passar do tempo torna-se latente e começa a formar um depósito de tecido
adiposo, sendo denominada de medula óssea amarela, fato que só ocorre com o passar da
idade.
VASCULARIZAÇÃO e INERVAÇÃO
Os ossos apresentam rica vascularização, apresentando de cinco a dez por cento do débito
cardíaco. Apresentam uma artéria para a diáfise, denominada de artéria nutrícia, que pelo
seu calibre parece ser a maior fonte para a vascularização do osso, todavia ela contribui
menos do que as outras em conjunto.
A artéria nutrícia penetra através do forame nutrício, atinge a medula, se ramifica em dois
ramos, com trajetos tortuosos para reduzir a pressão dentro da frágil medula. Os ramos
menores anastomosam-se com os sinusóides da medula óssea, assim como, os capilares
dos canalículos e, na metáfise, se anastomosam com os ramos dos vasos metafisários e
epifisários. Portanto, as extremidades dependem mais dos vasos metafisários e epifisários,
mas se um trauma acometer uma das circulações, as anastomoses garantem a
sobrevivência do osso.
Vale a pena ressaltar, que em animais jovens, pela existência da linha de crescimento (de
cartilagem hialina), não existem uniões entre os vasos da diáfise e das outras regiões. Assim,
são circulações independentes.
Segundo Getty (1986), existem artérias no periósteo, que se ramificam e emitem ramos para
as extremidades, suprindo a periferia e a substância óssea esponjosa, continuando-se pelos
canalículos transversais.
Muitos autores não acreditam na existência de vasos linfáticos no interior dos ossos, mas
sabemos que as infecções ósseas se disseminam rapidamente para os linfáticos
adjacentes. Segundo Getty (1986), eles existem como canais perivasculares no periósteo,
nos canais longitudinais e na periferia da medula óssea.
Quanto à inervação, sabe-se que os grandes vasos são acompanhados pelos nervos que se
ramificam nos canais longitudinais. Algumas fibras são vasomotoras e outras são sensitivas,
sendo a camada do periósteo a mais sensível.
Gostaria de ressaltar que, a atrofia do esqueleto ocorre por paralisia muscular local e
conseqüente desuso dos ossos e não por problemas na inervação do osso.   
OSSOS ESPECIALIZADOS
Alguns ossos são encontrados em certos locais específicos e apresentam funções
específicas, por isso, os consideramos ossos especializados. Encontramos determinados
ossos em tendões (ou até ligamentos) que promovem mudanças de direção dos tendões
sobre determinadas proeminências ósseas, o que os colocariam em excessiva pressão. Tais
ossos são conhecidos pelo nome de ossos sesamóideos, sendo capazes de aumentar a
capacidade de força de alavanca de seus devidos músculos. Sua origem parece ser
geneticamente determinada no embrião e, algumas vezes, voltam a se formar após sua
retirada cirúrgica.
Alguns ossos possuem grandes cavidades preenchidas por ar, estes espaços aéreos em
mamíferos apresentam-se na cabeça e são denominados de seios paranasais, enquanto os
ossos relacionados são ditos ossos pneumáticos. A mucosa nasal invade as lâminas ósseas
no lugar da díploe. Entretanto, nas aves, o esqueleto pós-cranial desenvolve um sistema de
cavidades com ar em comunicação com os órgãos respiratórios.
Por fim, existem os ossos viscerais, ou esplâncnicos, como o osso cardíaco (ruminantes) e o
peniano (carnívoros).
Referências
DYCE, K.M.,SACK,W.O.,WENSING,C.J.G. Tratado de Anatomia
Veterinária. Cap.4. São Paulo, Elsevier, 2004.
KÖNIG, H.E., LIEBICH, H-G. Anatomia dos Animais Domésticos.
Vol.1, Introdução. Porto Alegre, Artmed, 2002.
SCHALLER, O. Nomenclatura Anatômica Veterinária Ilustrada. São
Paulo, Manole, 1999.
GETTY, R. Sissin/Grossman Anatomia dos Animais Domésticos. Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan, 1986.   
Exercício 1:
A coluna vertebral do cão é composta por:
A)
6 vértebras cervicais, 13 vértebras torácicas, 7 vértebras lombares, 3 vértebras sacrais e 20
vértebras caudais
B)
7 vértebras cervicais, 13 vértebras torácicas, 7 vértebras lombares, 3 vértebras sacrais e 20
vértebras caudais
C)
7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 7 vértebras lombares, 3 vértebras sacrais e 20
vértebras caudais
D)
7 vértebras cervicais, 13 vértebras torácicas, 6 vértebras lombares, 3 vértebras sacrais e 20
vértebras caudais
E)
Exercício 2:
Classificamos o osso carporradial quanto a sua forma como:
A)
Irregular
B)
Curto
C)
Plano
D)
Longo
E)
Exercício 3:
A linha metafisária de um osso longo pode ser vista através de exames radiográficos e indica
que
A)
O animal está jovem e nesta região possui cartilagem hialina
B)
O animal está adulto e completou o seu crescimento
C)
O animal está com uma patologia
D)
O animal recebeu excesso de cálcio e não crescerá mais
E)
Exercício 4:
Assinale a alternativa incorreta:
A)
A ossificação endocondral ocorre após um molde de cartilagem
B)
A ossificação intramembranosa ocorre nos ossos planos, como por exemplo, no osso parietal
C)
A ossificação intramembranosa ocorre direto de um tecido conjuntivo
D)
Nos ossos longos ocorrem apenas ossificação endocondral
E)
Exercício 5:
Os burracos existentes nos ossos apresentam grande valor clínico e cirúrgico, por serem os
locais de estruturas anatômicas importantes. Assinale a alternativa que fale o nome destes e
as estruturas que o atravessam.
A)
Forames - vasos e nervos
B)
Tubérculos - vasos sangüíneos
C)
Incisuras - ligamentos
D)
Fossas - nervos e vasos
E)
Artrologia
O estudo das articulações ou junturas recebe o nome de artrologia, do grego arthron (juntura,
conexão) e logos (estudo). Em termos anatômicos as junturas podem ser definidas como as
conexões de quaisquer partes rígidas componentes do esqueleto de um animal, sejam elas
estruturas ósseas ou cartilaginosas (nos animais com esqueleto apenas cartilaginoso, os
denominados Chondrichthyes). A união entre os ossos e cartilagens não ocorre apenas para
colocá-los em contato, mas também para controlar e, principalmente, limitar a mobilidade
entre as estruturas articuladas. Outra importante participação das articulações diz respeito à
resistência frente às tensões existentes sobre as superfícies articulares, principalmente, nos
ossos dos membros dos animais de grande porte.
CLASSIFICAÇÕES DAS ARTICULAÇÕES
Existem articulações formadas por diversos tipos de tecidos, mas conceitualmente definimos
três tipos: as fibrosas, as cartilaginosas e as sinoviais.
As articulações fibrosas são aquelas unidas por tecido conjuntivo fibroso (ou denso). Este
tipo de articulação pode ser subdividido em: sindesmose (amplas membranas de tecido
conjuntivo, como na articulação entre o rádio e a ulna no cão) e sutura (espaços mínimos,
preenchidos por pouco tecido fibroso),existentes somente entre ossos do crânio, e lembrando
a costuras.
As suturas podem ser classificadas de acordo com a forma das margens ósseas que se
unem. Assim, encontramos as suturas planas aonde as margens são retilíneas e paralelas
entre si (ex.:entre o osso nasal direito e o esquerdo); as suturas serráteis aonde as margensas células
receptoras. Os poros gustatórios não podem ser visualizados a olho
nu.
         Os botões gustatórios consistem em células de sustentação ou
de suporte, além de células receptoras ou gustatórias. As últimas
possuem núcleos alongados, e suas extremidades livres exibem
microvilosidades que se projetam para dentro do poro gustatório. As
glândulas profundas às papilas liberam uma secreção serosa na
superfície do epitélio. Acredita-se que a secreção limpe os poros
gustatórios e aumente a percepção das células gustatórias.
                Para que sejam distinguidas, as substâncias nutritivas devem
estar em solução. Uma das razões da necessidade de o alimento ser
impregnado de saliva é proporcionar a dissolução das partes para a
atuação dos botões gustatórios. As principais sensações são doçura,
acidez e salinidade. No cão, parece que a doçura e a salinidade são
percebidas nos dois terços rostrais da língua, onde os botões
gustatórios estão nas papilas fungiformes e as substâncias ácidas
são percebidas por toda língua, principalmente no terço caudal, onde
os botões ficam nas papilas valadas e folhadas.
SENSIBILIDADE CUTÂNEA:
         Grande parte do ambiente é sentido pelo animal por meio de sua
pele. As sensações são tato, pressão, dor, calor e frio; o tato é um
estímulo leve, tal como é produzido por uma mosca na pelagem, e a
pressão é um estímulo mais intenso e mais profundo, como sentido
por um equino que recebe uma sela. Os receptores responsáveis pela
detecção desses estímulos variam consideravelmente em sua
estrutura. Infelizmente, devido ao fato de existirem muitas formas
intermediárias, é difícil classifica-los e atribuir classificações
definitivas a cada tipo.
                Os receptores sensoriais da pele podem ser divididos em
terminações nervosas livres e terminações que contém corpúsculos
terminais. As terminações nervosas livres são aglomerados formados
pelas ramificações das fibras nervosas, que terminam em pontas
delgadas ou em proeminências semelhantes a botões; são
encontradas principalmente na epiderme e acredita-se que sejam
receptores de dor. As terminações corpusculares dividem-se em três
tipos: bulbosa, lamelar e meniscoide. Acredita-se que os corpúsculos
bulbosos – aglomerados terminais encapsulados por fibras nervosas
que são encontrados na derme – respondem ao calor ou ao frio. Os
corpúsculos lamelares são grandes e consistem em muitas lamelas
concêntricas no centro das quais está a fibra nervosa; são
encontradas no tecido subcutâneo e acredita-se que sejam receptores
de pressão. Os corpúsculos meniscoides nas extremidades das fibras
nervosas, que entram em contato com as células táteis; geralmente
são encontrados encapsulados na camada papilar da derme e
também livres na epiderme adjacente, sendo provavelmente
receptores de tato.
REFERÊNCIA:
- K.M.Dyce, W.O.Sack, C.J.G.Wensing. Tratado de Anatomia Veterinária.
Elsevier: Rio de janeiro, 2010

Mais conteúdos dessa disciplina