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Aulas 1 e 2 - Conceitos iniciais e princípios fundamentais Direitos e Garantias Fund

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Concurso: INSS
Disciplina: Direito Constitucional
Professor: Márcio Costa Brito Ribeiro
EMENTA: NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL:
1 Direitos e deveres fundamentais: direitos e
deveres individuais e coletivos; direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade; direitos sociais; nacionalidade;
cidadania; garantias constitucionais individuais;
garantias dos direitos coletivos, sociais e políticos.
2 Da Administração Pública (artigos de 37 a 41,
capítulo VII, Constituição Federal).
(CISMEPAR/AOCP/2011) De acordo com os direitos e
garantias fundamentais previstos na Constituição
Federal, analise as assertivas e assinale alternativa
que aponta as corretas.
I. É assegurada, nos termos da lei, a prestação de
assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva.
II. Ninguém será privado de direitos por motivo de
crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
III. As associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, não se exigindo, no primeiro caso, o
trânsito em julgado.
IV. As entidades associativas, mesmo que não
autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente.
(A) Apenas I e II.
(B) Apenas I, III e IV.
(C) Apenas II e III.
(D) Apenas I, II e IV.
(E) I, II, III e IV.
( Prova: FCC - 2012 - TRE-PR - Técnico Judiciário -
Área Administrativa )
Considere as seguintes afirmações a respeito dos
direitos e garantias fundamentais expressos na
Constituição da República:
I. Não haverá penas de morte ou de caráter
perpétuo, salvo em caso de guerra declarada.
II. É assegurado o direito de resposta, proporcional
ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem.
III. A lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito.
IV. As associações somente poderão ser
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial
transitada em julgado. Está correto o que se
afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
1 – Conceitos iniciais
1.1 – Sentido Sociológico (Ferdinand Lassale)
Uma Constituição só seria legítima se
representasse o efetivo poder social, refletindo as
forças sociais que constituem o poder. Caso
contrário não passaria de mera “folha de papel”.
1.2 – Sentido Político (Carl Schmitt)
Distinção entre Constituição e Lei Constitucional
Constituição se refere à decisão política
fundamental (estrutura e órgãos do Estado,
direitos individuais, vida democrática etc.); as leis
constitucionais seriam os demais dispositivos
inseridos no texto do documento constitucional,
mas não contêm matéria de decisão política
fundamental.
1.3 – Sentido Jurídico (Hans Kelsen)
Constituição é norma fundamental, criadora da
estrutura básica do Estado e parâmetro de
validade de todas as demais normas.
2 – Entendimento doutrinário atual (Pedro Lenza)
...o mais importante a aprender, por mais que
existam diversos critérios classificatórios, é que a
Constituição deve trazer em si os elementos
integrantes (componentes ou constitutivos) do
Estado, quais sejam: soberania; finalidade; povo;
território.
3 - Classificação da Constituições
3.1 – Quanto à origem
a) Outorgadas
 Impostas, sem participação popular.
b) Promulgadas/democráticas ou Populares
 Fruto de assembleia geral Constituinte eleita
diretamente pelo povo.
c) Cesaristas ou bonapartistas
 Unilateralmente elaborada pelo detentor do
poder, mas depende de ratificação.
d) Pactuadas ou dualistas
 Compromisso instável de duas forças políticas
rivais. (Ex.: Realeza x nobreza + burguesia)
3.2 – Quanto à forma
a) Escritas (instrumental)
b) Não escritas (consuetudinária ou
costumeira)
3.3 – Quanto à extensão
a) Sintéticas (concisas, breves)
 Veiculadoras apenas dos princípios
fundamentais e estruturais do Estado
b) Analíticas (ampla, extensa, prolixa)
3.4 – Quanto ao modo de elaboração
a) Dogmáticas
 Escritas, consubstanciam os dogmas
estruturais e fundamentais do Estado.
b) Históricas
 Processo de formação ao longo do tempo
3.5 – Quanto ao conteúdo
a) Materiais
 Conteúdo
b) Formais
 Processo de elaboração da norma
3.6 – Quanto à alterabilidade ou estabilidade
a) Imutáveis – Relíquias históricas
b) Rígidas – Processo legislativo especial
c) Flexíveis – Mesmo processo legislativo das
demais leis do ordenamento
d) Semirígida - Processo legislativo especial
para alguns dispositivos e procedimento
comum para os demais
Classificação da Constituição Federal de 1988
 Quanto à origem - Promulgada
 Quanto à forma - Escrita
 Quanto à extensão - Analítica
 Quanto ao modo elaboração - Dogmática
 Quanto ao conteúdo - Formal
 Quanto à alterabilidade ou estabilidade -
Rígida
Prova: FUNCAB - 2010 - DER-RO - Procurador
Autárquico
A Constituição Federal de 1988 pode ser
classificada como:
a) promulgada, escrita, analítica, formal e rígida.
b) promulgada, instrumental, sintética, material,
histórica e rígida.
c) outorgada, escrita, analítica, formal e rígida.
d) pactuada, instrumental, formal, analítica e
semirrígida.
e) pactuada, consuetudinária, prolixa, formal e
rígida.
Constituição Federal de 1988
A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel do Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito. Assim, NÃO constitui
fundamento constitucional do Brasil
(A) a livre iniciativa e o pluralismo político.
(B) o pluralismo político e a soberania.
(C) a cidadania e a dignidade da pessoa humana.
(D) os valores sociais do trabalho e a cidadania.
(E) a intervenção e a solução bélica dos conflitos.
4 – Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa;
V - o pluralismo político.
a) Forma de Estado: Federação
 Autonomia política dos entes federados;
 Princípio da indissolubilidade do vínculo
federativo;
 Cláusula Pétrea – art. 60, § 4º, I.
b) Forma de Governo: República
 Eletividade;
 Temporariedade mandatária;
 Responsabilidade política do chefe de Estado e
necessidade de prestação de contas;
 Não é cláusula Pétrea, mas o desrespeito ao
princípio republicano pode ensejar intervenção
federal – art. 34, VII, “a”.
c) Sistema de Governo: Presidencialismo
b) Regime Político: Democracia
 Governo do povo, para o povo e pelo povo;
 A vontade do povo determina as ações do
Estado;
 No Brasil vigora a democracia semidireta, ou
participativa = Princípio representativo +
institutos da democracia direta (plebiscito,
referendo, iniciativa popular).
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
4.1 – Fundamentos da República Federativa do
Brasil:
a) Soberania: Supremacia do Estado. No âmbito
interno é maior que qualquer outra forma de poder;
no âmbito internacional encontra-se em igualdade
com os demais Estados independentes.
b) Cidadania: Vai além da simples atribuição formal
de direitos políticos aos brasileiros. O Poder Público
deve incentivar e proporcionar as condições
necessárias para a efetiva participação política dos
indivíduos na condução dos negócios do Estado.
c) Dignidade da pessoa humana:
 Estado centrado no ser humano, não em
qualquer outro referenciald) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
 Estado capitalista;
 Nas relações entre capital e trabalho será
reconhecido o valor social desse último
e) Pluralismo Político
 Respeito às diversas correntes de pensamento e
grupos representantes de interesses existentes
no seio do corpo comunitário.
5 – Princípio da separação dos poderes ou
princípio da divisão funcional do poder do
Estado
Art. 2º São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
Obs1.: Funções típicas e atípicas
Obs2.: Sistema de freios e contrapesos (check
and balances)
Segundo a Constituição Federal, a República
Federativa do Brasil é formada
(A) pelos cidadãos dos quais emana o poder
exercido por meio de representantes eleitos.
(B) pelo conjunto de cidadãos aos quais são
garantidos os direitos fundamentais.
(C) pela união dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário.
(D) pela integração econômica, política e social
de todos os Estados.
(E) pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal.
Quanto aos princípios que regem a República Federativa
do Brasil é INCORRETO afirmar que
(A) são Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
(B) nas suas relações internacionais o Brasil rege-se,
dentre outros, pelos princípios da intervenção e
determinação dos povos.
(C) todo poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
da Constituição Federal.
(D) o Brasil é formado pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituindo-
se em Estado Democrático.
(E) constituem objetivos fundamentais, dentre outros,
garantir o desenvolvimento nacional.
6 – Objetivos fundamentais
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e
solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
(FUNRIO - 2013 – Ministério do
Planejamento) Em face do contido na
Constituição da República, é correto afirmar
que o tema da erradicação da pobreza
A) constitui um direito social.
B) constitui um objetivo fundamental.
C) constitui um direito e garantia individual.
D) não se encontra explicitada na norma
constitucional.
E) constitui um princípio decorrente da
nacionalidade.
(FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário -
Taquigrafia) Dentre os objetivos fundamentais
da República Federativa do Brasil NÃO se inclui
a) construir uma sociedade livre, justa e
solidária.
b) garantir o desenvolvimento nacional.
c) erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais.
d) promover o bem de todos, sem preconceitos
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
e) promover o pluralismo político.
7 – Princípios orientadores das relações do
Brasil na ordem internacional.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se
nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o
progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do
Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma
comunidade latino-americana de nações.
( Prova: FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO – Técnico
Judiciário - Segurança e Transporte ) Quanto às
relações internacionais, o Brasil rege-se,
segundo expressamente disposto no artigo 4º
da Constituição Federal brasileira de 1988, pelo
princípio
a) do juiz natural.
b) do efeito mediato.
c) da sucumbência.
d) da igualdade entre os Estados.
e) da concentração.
(FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Dentre os objetivos da
República Federativa do Brasil está o de reduzir as
desigualdades regionais.
(FCC/Técnico - TRT 15ª/2009) Um dos fundamentos
da República Federativa do Brasil é a vedação ao
pluralismo político.
(FCC/Técnico - TRT 15ª/2009) o Brasil rege-se nas
suas relações internacionais, pela dependência
nacional.
(FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) A não-intervenção
constitui princípio que rege a República Federativa
do Brasil nas suas relações internacionais.
(FCC/Técnico - TRT 15ª/2009) A política internacional
brasileira veda a integração política que vise à
formação de uma comunidade latino-americana de
nações.
(FCC/TCE-CE/2006) Democracia semidireta é aquela
que se caracteriza pela eleição de representantes do
povo, por meio do voto, dotada de mecanismos de
participação popular direta, como o plebiscito, o
referendo e a iniciativa popular.
(AOCP/BRDE/2012/Analista de projetos – Área
jurídica) São fundamentos da República
Federativa do Brasil:
(A) pluralismo político e autodeterminação dos
povos.
(B) não-intervenção e soberania.
(C) cidadania e dignidade da pessoa humana.
(D) igualdade entre os Estados e defesa da paz.
(E) valores sociais do trabalho e desenvolvimento
nacional.
Dos Direitos e Garantias 
Fundamentais: dos 
direitos e deveres 
individuais e coletivos
1 – Teoria geral do direitos e garantias fundamentais
1.1 – Breve histórico
1.2 – Status do indivíduo diante do Estado (George
Jellinek)
Passivo
Negativo
Positivo
Ativo
Subordinação aos poderes públicos
Autodeterminação do indivíduo
Exigência de atuação positiva do Estado
Exercício dos Direitos Políticos
1.3 – Direitos humanos x Direitos fundamentais
1.4 – Direitos x Garantias
1.5 – Dimensões dos direitos fundamentais
1ª
2ª
3ª
Final do séc. XVIII; Estado Liberal; Direitos 
“Negativos”; Liberdade; Direitos Civis e Políticos.
Início do Sé. XX; Estado Social; Direitos Positivos; 
Igualdade; Direitos Sociais, Econômicos e 
culturais
Século XX ; Fraternidade; Direito ao Meio 
ambiente, à paz, ao Progresso, à defesa do 
consumidor.
1.6 – Características
 Imprescritibilidade
 Inalienabilidade
 Irrenunciabilidade
 Inviolabilidade
 Universalidade
 Efetividade
 Interdependência
 Complementaridade
 Relatividade ou limitabilidade
2 – Direitos e Deveres individuais e coletivos
previstos na Constituição Federal de 1988
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
2.1 – Direito à Vida
 Sob o prisma Biológico – desdobra-se no
direito à saúde, vedação à pena de morte,
proibição do aborto etc.
 Sentido amplo – direito à condições
materiais e espirituais mínimas necessárias
a uma existência condigna à natureza
humana
Obs.: Decisão do STF sobre o aborto do feto
anencéfalo.
2.2 – Direito à liberdade
 Liberdade em sentido amplo. Não apenas a
liberdade física, mas a liberdade de crença,
de convicções, de expressão etc.
2.3 – Princípio da Igualdade
 Tratar de maneira igual os iguais e desigual
os desiguais na medida de suas
desigualdades.
Art. 5º, I - homens e mulheres são iguais em
direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista
Judiciário - Área Judiciária)
Congresso Nacional promulgou, em agosto de
2006, a Lei no 11.340, conhecida por "Lei Maria
da Penha", a qual criou mecanismos para
proteger a mulherque é vítima de violência
doméstica e familiar. Em fevereiro de 2012, o
Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente
a Ação Declaratória de Constitucionalidade no19
(ADC-19) para declarar a constitucionalidade de
dispositivos da referida lei, o que trouxe ainda
mais força para sua aplicação.
O princípio constitucional, relacionado aos
direitos fundamentais, que embasa a "Lei Maria
da Penha", permitindo que a mulher receba um
tratamento jurídico preferencial em relação ao
homem nas situações de violência doméstica e
familiar, é o da
a) função social da propriedade.
b) liberdade individual.
c) igualdade material.
d) inviolabilidade domiciliar.
e) segurança jurídica.
SÚMULA Nº 683, STF - O LIMITE DE IDADE PARA A
INSCRIÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO SÓ SE LEGITIMA
EM FACE DO ART. 7º, XXX, DA CONSTITUIÇÃO,
QUANDO POSSA SER JUSTIFICADO PELA NATUREZA
DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO A SER PREENCHIDO.
 Tratamento discriminatório em concurso
público
 O STF entendeu pela constitucionalidade da
lei Maria da Penha.
 Igualdade Formal x Igualdade Material
2.4 – Princípio da Legalidade
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
Obs.: Princípio da legalidade para o particular x
Princípio da legalidade na Administração
Pública – Legalidade x Reserva legal
2.5 – Proibição da tortura
Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura
nem a tratamento desumano ou degradante;
 Lei 9455/97
2.6 – Liberdade de expressão.
Art. 5º, IV - é livre a manifestação do
pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem;
• Critérios para o Direito de resposta:
 Proporcionalidade
 Mesmo meio de comunicação
 Mesmo destaque
 Mesmo tempo de duração
Art. 5º, IX - é livre a expressão da atividade
intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura
ou licença;
( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista
Judiciário - Comunicação Social )
Segundo o Art. 5o da Constituição Federal, é livre
a manifestação do pensamento, sendo
a) vedado o anonimato.
b) vedada a propaganda ideológica.
c) vedados os cultos religiosos.
d) vedada a manifestação de estrangeiros.
e) vedada a parcialidade na Comunicação Social.
2.7 – Liberdade de consciência, crença e culto.
Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência
e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei,
a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo
de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei
Obs¹.: O direito à liberdade de crença abrange
o direito de não crer.
Art. 210, § 1º - O ensino religioso, de matrícula
facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações
de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da
lei, a colaboração de interesse público;
Obs².: Obrigação legal a todos imposta
Art. 15. É vedada a cassação de direitos
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
IV - recusa de cumprir obrigação a todos
imposta ou prestação alternativa, nos termos
do art. 5º, VIII;
2.8 – inviolabilidade da intimidade, da vida, da
honra e da imagem.
Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
Obs.: Pessoa jurídica também tem direito à
indenização por dano moral?
2.9 – inviolabilidade domiciliar.
Obs¹.: Conceito de casa
Obs².: Critérios para aferir “dia” e “noite”
Obs³.: Invasão de recinto profissional, durante
a noite para instalar escuta ambiental.
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso
de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
( Prova: FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle
Externo - Controle Externo - Orçamento e Finanças )
Estabelece a Constituição Federal que a casa é asilo
inviolável do indivíduo e nela pode entrar, sem o
consentimento do morador,
a) qualquer pessoa em estado de miserabilidade.
b) oficial de justiça, munido de autorização do juiz, a
qualquer hora.
c) qualquer pessoa para prestar socorro.
d) oficial de justiça, munido de autorização
administrativa, apenas durante o dia.
e) policial militar munido de ofício de delegado de
polícia.
2.10 – Inviolabilidade de correspondência e
comunicações.
Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da
correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal
ou instrução processual penal;
• Requisitos para quebra do sigilo telefônico:
 Lei que preveja as hipóteses e a forma
em que pode ocorrer (lei 9.296/96);
 Existência efetiva de investigação
criminal ou instrução processual penal;
 Ordem judicial específica para o caso
concreto.
Obs.: CPI pode determinar interceptação
telefônica?
“Reserva de Jurisdição”
2.11 – Liberdade de profissão.
Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei
estabelecer;
2.12 – Liberdade de Informação.
Art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à
informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional;
Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos
órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral,
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado
2.13 – Liberdade de locomoção.
Art. 5º, XV - é livre a locomoção no território
nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante
delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos
casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
• Considera-se em flagrante quem:
 está cometendo a infração penal;
 acaba de cometê-la;
 é perseguido, logo após, pela autoridade,
pelo ofendido ou por qualquer pessoa,
em situação que faça presumir ser autor
da infração;
 é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da
infração.
2.14 – Liberdade de Reunião.
Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se
pacificamente, sem armas, em locais abertos
ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o
mesmo local, sendo apenas exigido prévio
aviso à autoridade competente;
Obs.: “Marcha da maconha”
• Requisitos :
 Finalidade pacífica;
 Ausência de armas;
 Locais abertos ao público;
 Não frustração de outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo
local;
 Desnecessidade de autorização;
 Necessidade de prévio aviso à autoridade
competente
2.15 – Liberdadede Associação.
Art. 5º, XVII - é plena a liberdade de associação
para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da
lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência
estatal em seu funcionamento;
Art. 5º, XIX - as associações só poderão ser
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-
se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando
expressamente autorizadas, têm legitimidade
para representar seus filiados judicial ou
extrajudicialmente.
(AOCP/Pref. Ibiporã/Advogado/2011) Analise as
assertivas e assinale a alternativa que aponta as
corretas.
I. É livre a locomoção no território nacional em
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus
bens.
II. Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,
em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
dispensável prévio aviso à autoridade competente.
III. É plena a liberdade de associação para fins
lícitos, vedada a de caráter paramilitar.
IV. A criação de associações e, na forma da lei, a
de cooperativas dependem de autorização, sendo
vedada a interferência estatal em seu
funcionamento.
(A) Apenas I, II e III.
(B) Apenas I, II e IV.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e IV.
(E) I, II, III e IV.
2.16 – Direito de Propriedade.
Art. 5º, XXII - é garantido o direito de
propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função
social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa
e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição;
Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo
público, a autoridade competente poderá usar
de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver
dano; (requisição administrativa)
XXVI - a pequena propriedade rural, assim
definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento;
2.17 – Propriedade Intelectual.
Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito
exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmissível aos
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em
obras coletivas e à reprodução da imagem e
voz humanas, inclusive nas atividades
desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento
econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às
respectivas representações sindicais e
associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes
de empresas e a outros signos distintivos, tendo
em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;
Obs¹.: A lei 9.279/96 regulamenta esse
dispositivo constitucional, quanto à
propriedade industrial.
Obs².: A lei 9.610/98 regulamenta esse
dispositivo constitucional, quanto direitos
autorais.
2.18 – Direito de Herança.
Art. 5º, XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros
situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos
filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
2.18 – Defesa do consumidor.
Art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma
da lei, a defesa do consumidor;
Obs.: Normas protetivas ao consumidor:
 Art. 24, VIII, CF – competência
concorrente (U, E, DF) para legislar sobre
responsabilidade por dano ao
consumidor;
 Art. 150, § 5º, CF – Esclarecimento sobre
impostos que incidam sobre mercadorias
e serviços;
 Art. 170, CF - ´Defesa do consumidor
como princípio da ordem econômica;
 CDC – Lei 8.078/90
2.19 – Direito de Petição e de certidão.
Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados,
independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições
públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
Obs¹.: Direito de Petição x Direito de ação
2.20 – Princípio da Inafastabilidade da
Jurisdição.
Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
2.21 – Proteção ao direito adquirido, à coisa
julgada e ao ato jurídico perfeito.
Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
• Conceitos
 Direito adquirido – Aquele que se
aperfeiçoou, que atingiu todos os
elementos necessários à sua formação
sob a vigência de determinada lei;
 Ato jurídico perfeito – Aquele
efetivamente realizado, sob as regras da
lei vigente na época de sua prática. O
direito já foi efetivamente exercido;
 Coisa julgada – Decisão judicial
irrecorrível.
• Tal limitação visa proporcionar segurança
jurídica ao garantir que leis novas não
retroajam atingindo situações já
consolidadas na vigência de lei anterior.
• Tais situações não obstam que o Estado
adote leis retroativas. Ex.: Art. 5º XL, CF.
Obs.: O STF entende que não há direito
adquirido em face de: a) nova constituição
(texto originário); b) mudança do padrão
monetário (mudança de moeda); c) criação ou
aumento de tributos; d)mudança de regime
jurídico estatutário.
2.22 – Princípio do juiz natural
Art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal
de exceção;
LIII - ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade
competente;
2.23 – Júri Popular
Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do
júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos
crimes dolosos contra a vida;
Obs.: Competência do Júri x Foro por
prerrogativa de função (Súmula 721, STF).
2.24 – Princípio da legalidade e anterioridade
Penal
Art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior
que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu;
Obs.: Medida Provisória pode criar crimes?
2.25 – Repúdio ao racismo
Art. 5º, XLII - a prática do racismo constitui
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à
pena de reclusão, nos termos da lei;
2.26 – Tortura, Tráfico de entorpecentes,
terrorismo, crimes hediondos e ação de grupos
armados contra a ordem constitucional
Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou
anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles
respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e
imprescritível a ação de grupos armados, civis
ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado Democrático;
Obs.: Entendeu o STF que não existe,
biologicamente, distinção de raças entre seres
humanos e que a expressão racismo
empregada no art. 5º, XLII, da CF, abrange
todas as formas de discriminações, que
impliquem “distinções entre os homens ou
restrições ou referências oriundas de raça, cor,
credo, descendência ou origem racional ou
étnica, inspiradas na pretensa superioridadede um povo sobre o outro, de que são
exemplos a xenofobia, ‘negrofobia’,
‘islamofobia’ e o antissemitismo”
• Conceitos
 Anistia "significa o esquecimento de
certas infrações penal". “Fato”
(Delmanto)
 A graça, forma de clemência soberana,
destina-se a pessoa determinada e não a
fato. (Mirabete) O indulto é medida de
caráter coletivo.
 Prescrição – Perda do direito de punir do
Estado.
2.27 – Pessoalidade da Pena
Art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa
do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento
de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o
limite do valor do patrimônio transferido;
2.28 – Princípio da individualização da Pena
Art. 5ºXLVI - a lei regulará a individualização da pena
e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
Art. 5º
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos
distintos, de acordo com a natureza do delito, a
idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à
integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para
que possam permanecer com seus filhos durante o
período de amamentação;
2.29 – Extradição
Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado,
salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de
estrangeiro por crime político ou de opinião;
• Conceitos
 Extradição – Entrega do agente delituoso
ao país em que esse praticou crime;
 Deportação – Decorre de irregularidade
na permanência de estrangeiro em
determinado país;
 Expulsão – Medida coercitiva contra
estrangeiro que praticou atentado à
ordem Jurídica.
Obs¹.: Competência para processar e julgar o
pedido de extradição feito por Estado
estrangeiro – Art. 102, I, “g”
Obs².: A quem compete entregar o extraditado
ao Estado requerente – Art. 84, VII
• Quem pode ser extraditado:
 Brasileiro Nato - Nunca
 Brasileiro Naturalizado - duas hipóteses:
1 – Crime comum cometido antes da
naturalização;
2 – Tráfico de drogas a qualquer tempo.
• Requisitos para concessão de extradição:
 Tratado internacional entre os países ou,
na falta desse, promessa de
reciprocidade;
 Dupla tipicidade;
 Princípio da especialidade + pedido de
extensão
Obs.: Possibilidade de condenação no
estrangeiro à pena de morte e prisão perpétua.
• Procedimento
 Recebimento, pelo Poder Executivo, do
pedido, por via diplomática;
 Julgamento do pedido pelo STF
(definitivo);
 Entrega do extraditando ao Estado
Requerente pelo poder executivo.
Obs.: O Presidente da República está vinculado
à decisão do STF que autoriza a extradição?
2.30 – Devido processo legal
Art. 5º, LIV - ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;
• Garantias processuais do indivíduo no
Estado Democrático de Direito:
 Princípio da inafastabilidade da jurisdição
(art. 5º, XXXV) + Plenitude do
contraditório e da ampla defesa (art. 5º,
LV) + Devido processo legal (art. 5º LIV).
• Outros princípios decorrentes do devido
processo legal:
 Princípio do Juiz natural;
 Só admissibilidade de provas lícitas;
 Publicidade do processo - Art. 5º, LX - a
lei só poderá restringir a publicidade dos
atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o
exigirem;
 Motivação das decisões;
 Princípio da razoabilidade ou
proporcionalidade.
2.31 – Contraditório e ampla defesa
Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial
ou administrativo, e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
• Contraditório é o direito que tem o
indivíduo de tomar conhecimento e
contraditar tudo que é levado pela parte
adversa ao processo.
• Ampla defesa é o direito do indivíduo de trazer ao
processo, administrativo ou judicial, todos os
elementos de prova licitamente obtidos para provar
a verdade, ou até mesmo de omitir-se ou calar-se.
Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no
interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.
Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por
advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
2.32 – Vedação à prova ilícita
Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as
provas obtidas por meios ilícitos;
Obs.: Teoria dos frutos da árvore envenenada.
2.33 – Princípio da presunção de inocência
Art. 5º, LVII - ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória;
2.34 – Identificação criminal do civilmente
identificado
Art. 5º, LVIII - o civilmente identificado não
será submetido a identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei;
Lei 12037/09 - Art. 2º A identificação civil é
atestada por qualquer dos seguintes
documentos: I – carteira de identidade; II –
carteira de trabalho; III – carteira profissional;
IV – passaporte; V – carteira de identificação
funcional; VI – outro documento público que
permita a identificação do indiciado.
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá
ocorrer identificação criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar
cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com
informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária
competente, que decidirá de ofício ou mediante representação
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou
diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da
localidade da expedição do documento apresentado impossibilite
a completa identificação dos caracteres essenciais.
2.35 – Ação Penal privada subsidiária da pública
Art. 5º, LIX - será admitida ação privada nos crimes
de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
2.36 – Hipóteses de prisão
Art. 5º, LXI - ninguém será preso senão em flagrante
delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei; LXVI - ninguém será levado à prisão
ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
2.37 – Direitos do preso
Art. 5º, LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local
onde se encontre serão comunicados imediatamente
ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos
responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada
pela autoridade judiciária;
2.38 – Prisão Civil por dívida
Art. 5º, LXVII - não haverá prisão civil por
dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de
obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Súmula Vinculante25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel,
qualquer que seja a modalidade do depósito.
2.39 – Assistência judiciária gratuita
Art. 5º, LXXIV - o Estado prestará assistência
jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;
2.40 – Indenização por erro judicial e excesso
na prisão
Art. 5º, LXXV - o Estado indenizará o
condenado por erro judiciário, assim como o
que ficar preso além do tempo fixado na
sentença;
2.41 – Gratuidade do registro civil e certidão
de óbito
Art. 5º, LXXVI - são gratuitos para os
reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
2.42 – Celeridade processual
Art. 5º, LXXVIII a todos, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação.
3 – Remédios Constitucionais
• Garantias que consubstanciam meios
colocados à disposição do indivíduo para
salvaguardar seus direitos diante de
ilegalidade ou abuso de poder cometido
pelo Poder Público.
• Remédios administrativos: direito de
petição e certidão.
• Remédios judiciais: habeas corpus; habeas
data; mandado de segurança; mandado de
injunção; e ação popular.
3.1 – Habeas corpus
Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus"
sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder;
3.1.1 – Gratuidade: art. 5º, LXXVII - são
gratuitas as ações de "habeas-corpus" e
"habeas-data", e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
3.1.2 – Espécies:
• Repressivo
• Preventivo
3.1.3 – Legitimação ativa: Qualquer pessoa
3.1.4 – Legitimação passiva
3.1.5 – Ofensa direta ou indireta à liberdade de
locomoção
Obs.: CF, art. 142, § 2º - Não caberá "habeas-
corpus" em relação a punições disciplinares
militares. (Mérito)
3.2 – Mandado de Segurança
Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por "habeas-corpus" ou
"habeas-data", quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;
3.2.1 – Espécies:
• Individual/ Coletivo
• Repressivo/ Preventivo
Art. 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo
pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no
Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em
defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
3.2.2 – Legitimação ativa e passiva
(AOCP/Pref. Ibiporã/Advogado/2011) O Mandado de Segurança
Coletivo pode ser impetrado por:
(A) partido político com representação no Congresso Nacional e
pessoas jurídicas de direito público.
(B) pessoas jurídicas de direito público e físicas.
(C) partido político com representação no Congresso Nacional;
organização sindical; entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa
dos interesses de seus membros ou associados.
(D) partido político sem representação no Congresso Nacional;
organização sindical; entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa
dos interesses de seus membros ou associados.
(E) partido político sem representação no Congresso Nacional;
organização sindical; entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos seis meses, em
defesa dos interesses de seus membros ou associados.
3.2.3 – Direito líquido e certo: é aquele que pode ser
demonstrado de plano mediante prova pré-
constituída, sem a necessidade de dilação
probatória.
Obs.: Não se concederá mandado de segurança
quando se tratar de:
1 – ato do qual caiba recurso administrativo com
efeito suspensivo, independentemente de caução;
2 – decisão judicial da qual caiba recurso com efeito
suspensivo;
3 – decisão judicial transitada em julgado;
4 – não cabe mandado de segurança contra lei, em
tese.
3.2.4 – Prazo decadencial: 120 dias
3.3 – Mandado de injunção
Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de
injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;
3.3.1 – Efeitos da decisão
Efeitos
Concretista
Geral
Individual
Direta
Intermediária
Não Concretista
Obs.: Posição adotada pelo STF
3.4 – Habeas data
Art. 5º, LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de
informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter
público;
b) para a retificação de dados, quando não se
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
3.5 – Ação Popular
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte
legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
3.5.1 – Sujeito ativo: apenas o cidadão
3.5.2 – Sujeito passivo:
1 – Pessoas jurídicas, públicas ou privadas, em
nome das quais foi praticado o ato ou contrato a
ser anulado;
2 – Autoridades, funcionários ou
administradores que houverem autorizado,
aprovado, ratificado ou praticado tais atos ou
contratos, ou, ainda, forem omissos, permitindo
a lesão;
3 – beneficiários direto do ato ou contrato ilegal
3.5.3 – Sentença:
• Tem natureza tipicamente civil, não
comportando sanções de natureza política,
administrativa ou criminal;
• Sujeita-se ao duplo grau de jurisdição
(reexame necessário), caso julgada
improcedente.
4 – Disposições importantes
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
(AOCP/DESOSE/2013/Advogado) De acordo com a
Constituição Federal, analise as assertivas e assinale a
alternativa que aponta as corretas.
I. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
por: partido político com representação no Congresso
Nacional e por organização sindical, entidade de classe
ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados.
II. Conceder-se-á “habeas-data” sempre que a falta de
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
III. Conceder-se-á mandado de injunção para assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público e para a retificação de
dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo.
IV. Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente eao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência.
(A) Apenas II, III e IV.
(B) Apenas I e IV.
(C) Apenas I, II e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II, III e IV.
( Prova: FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Administrativa)
A norma constitucional que determina que “é
livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato”, tem, segundo o paragrafo
primeiro do artigo 5º da Constituição Federal
brasileira, aplicação
a) restritiva.
b) imediata.
c) subjetiva.
d) minimizada.
e) atípica.

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