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DIRETRIZ Nº 3.01.01/2019 - CG 
Regula o emprego operacional da Polícia 
Militar de Minas Gerais. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), organização estruturada na hierarquia e 
disciplina, tem como missão constitucional, em síntese, a polícia ostensiva de prevenção 
criminal, de preservação e restauração da ordem pública e de apoio a outros órgãos. 
(MINAS GERAIS, 1989). 
 
Detentora exclusiva da execução do policiamento ostensivo1 a PMMG norteia seu emprego 
operacional com base em parâmetros de qualidade, produtividade e cientificidade. 
Corrobora com a primazia dos direitos fundamentais e da dignidade da pessoa humana, nos 
termos expostos nas diretrizes de Direitos Humanos e Polícia Comunitária, norteadoras 
basilares das demais doutrinas de emprego operacional da PMMG. 
 
A Diretriz Geral para o Emprego Operacional (DGEOp) em consonância com as Diretrizes 
de Direitos Humanos e Polícia Comunitária possui força normativa, genérica e 
principiológica em relação às demais normas e diretrizes operacionais da Corporação. Visa 
comungar e condensar orientações estratégicas, com o objetivo de proporcionar maior 
sustentação e modernização das práticas operacionais, enfocando a garantia da dignidade 
da pessoa humana, a promoção dos direitos e liberdades fundamentais e a prevenção 
criminal. 
 
Ressalta-se ainda, que a DGEOp tem a finalidade de modernizar e consolidar as diretrizes 
gerais para o emprego operacional no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais, de forma 
que possa servir como referencial para o alinhamento contínuo das ações operacionais em 
todos os níveis da Corporação, principalmente considerando o enfoque primário de 
execução da atividade da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, 
assegurando aos poderes constituídos a ambiência necessária ao exercício da democracia 
e viabilidade do estado democrático de direito, como uma das instituições garantidoras do 
bem estar da sociedade mineira. 
 
Numa incessante busca pelos melhores resultados de modo a evitar a escalada do crime e 
proporcionar a redução absoluta da criminalidade violenta nos últimos anos, o desafio 
vindouro da PMMG insta na busca pela melhoria da sensação de segurança e redução do 
medo do crime. 
1 Art. 144, § 5º, da CRFB/1988 c/c art. 3º do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969. 
AG Concursos
Este assunto foi cobrado na prova do CHO 2023
 
 
Para isso, considerando o próximo ciclo de planejamento estratégico (2020 – 2023), a 
PMMG apresentou o Programa Minas Segura (2019), que possui como premissas: 
aumentar a sensação de segurança, reduzir o medo do crime, reduzir a criminalidade 
violenta e fomentar a comunicação direta. 
 
A consecução de tais premissas perpassa pela realização dos projetos vinculados aos eixos 
estratégicos: setorização do policiamento, segurança rural, prevenção à violência e ao crime 
e a inovação tecnológica na atividade policial, por meio da Polícia 4.0. 
 
Para que a DGEOP esteja sempre atualizada aos propósitos institucionais e necessidades 
da sociedade, deve ser objeto de contínua observação e análise pois trata-se de um 
documento de constante aprimoramento e evolução, sendo sempre atrelada ao portfólio de 
serviços da PMMG, que é a materialização das atividades operacionais disponíveis ao 
atendimento geral da população de Minas Gerais. 
 
Nessa perspectiva, apresenta-se a atual DGEOp que está estruturada em oito capítulos. O 
capítulo 2 apresenta os objetivos geral e específicos, delineando desta forma, o conteúdo 
deste documento. 
 
Os conceitos e definições importantes para o entendimento amplo desta Diretriz são 
tratados no capítulo 3. 
 
Para fins de planejamento, comando, coordenação, execução e controle de suas atividades, 
a estrutura e articulação operacional da PMMG são apresentadas no capítulo 4. 
 
O capítulo 5 menciona o papel da PMMG na atuação da Segurança Pública, conforme os 
preceitos constitucionais e normativos. 
 
O capítulo 6 demonstra a metodologia de emprego operacional, trazendo para o documento, 
teoria de base, método e diagnóstico que auxiliarão no correto emprego operacional da 
PMMG. 
 
A definição de Malha Protetora e a metodologia de sua aplicação, os modelos operacionais, 
as circunstâncias para o emprego operacional, o seu gerenciamento e as fases de sua 
aplicação estão expostas no capítulo 7. 
 
Por derradeiro, o capítulo 8 expõe as considerações finais para a implementação das 
orientações contidas nesta Diretriz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
 
2.1 Geral 
 
 
Estabelecer as diretrizes do Comando-Geral para o planejamento, execução, coordenação, 
controle e otimização das atividades operacionais de polícia ostensiva e de preservação da 
ordem pública, desenvolvido em um sistema metodológico único, aplicável em vários 
cenários de atuação da PMMG. 
 
2.2 Específicos 
 
 
a) estabelecer conceitos e definições inerentes à atividade operacional da Polícia 
Militar; 
 
b) apresentar a estrutura e articulação operacional da PMMG, bem como os critérios 
adotados para criação, recategorização e rearticulação das Regiões de Polícia Militar 
(RPM) e Unidades de Execução Operacional (UEOp); 
 
c) adequar o comportamento operacional da PMMG às disposições legais em vigor, 
alinhando a metodologia de atuação operacional e definindo estratégias pautadas na 
prevenção criminal, repressão qualificada, operações especiais e coordenação e 
controle das operações policiais; 
 
d) orientar os responsáveis pelo planejamento de emprego operacional, nos diversos 
níveis, sobre os pressupostos metodológicos e procedimentos que antecedem ao 
emprego operacional, capacitando-os para o exercício da proficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
Ação Policial Militar 
Atitude técnica do policial militar desencadeada a partir de um estímulo operacional. 
 
Ação Pública 
Característica inerente ao exercício da atividade de polícia ostensiva, visando a preservar o 
interesse geral da segurança pública nas comunidades, resguardando o bem comum em 
sua maior amplitude. 
 
Análise criminal 
Atividade desenvolvida por profissional com o perfil e treinamento adequados que visa à 
identificação e o estabelecimento dos fatores que envolvem a criminalidade, por meio de 
abordagem qualitativa e quantitativa, bem como a identificação das variáveis que se 
relacionam com esses fatores, apresentando correlações existentes ou não, com base nos 
aspectos espaço e tempo. 
 
Área 
Circunscrição territorial atribuída à responsabilidade de um Batalhão de Polícia Militar (BPM) 
ou Companhia de Polícia Militar Independente (Cia PM Ind). 
 
Atividade-Fim 
Atividades operacionais destinadas a execução de polícia ostensiva e de preservação da 
ordem pública, incluindo as atividades operacionais auxiliares (SOU, Guarda, etc) . 
 
Atividade-Meio 
Conjunto de esforços administrativos que permitam ou facilitam a realização da atividade-fim 
da Corporação. 
 
Cadeia de Comando 
É o conjunto de escalões e canais de comando, por intermédio dos quais as ações de 
comando são exercidas verticalmente, nos sentidos ascendente e descendente. É 
característica das instituições que têm por base institucional a hierarquia e a disciplina e 
uma organização escalar (vertical), desdobrando-se, a partir do ápice, em escalões 
sucessivos de responsabilidade para o cumprimento da missão. A cada escalão 
corresponde um comandante, que é o responsável, perante o comandante superior, pelo 
planejamento e emprego de suas forças, sob todos os aspectos. 
 
 
 
 
 
 
Canal de Comando 
É o caminho por onde fluem, no sentido descendente, as ordens e orientações do 
comandante superior e, no sentido ascendente, as respostas e informações dos 
subordinados. 
 
Cartão programa 
Documento que prevê a indicação dos postos de policiamento, o itinerário a ser percorrido e 
os horários a serem observados,Este assunto apareceu na prova do CHO em 2022
 
 
Os níveis e as etapas de uma intervenção policial são definidos em norma específica e 
devem ser objeto de constante consulta e estudo dos policiais militares. 
 
A racionalização do emprego de recursos humanos e materiais no policiamento são 
fundamentais para a eficiência e eficácia das atividades, e deve ter por base informações 
gerenciais de segurança pública, como: zonas quentes de criminalidade; dias e horários 
com maior incidência criminal, vias e trechos rodoviários com maior índice de infrações e 
acidentes de trânsito; locais com maior incidência de crimes e infrações ambientais; locais 
com maior concentração demográfica; dentre outras. 
 
O emprego dos recursos só obterá pleno rendimento operacional por intermédio de 
minucioso planejamento, estribado na associação de variáveis que atentem para a 
interveniência dos fatores determinantes, componentes e condicionantes do policiamento 
ostensivo. 
 
Deve ser uma tarefa incessante dos comandantes, em todos os níveis, a promoção do 
enxugamento da máquina administrativa, com prioridade absoluta para a atividade-fim. 
Mecanismos modernos de gerenciamento das atividades operacionais merecem estudos 
contínuos e científicos, objetivando a alocação do maior número possível de militares nas 
operações, bem como o melhor aproveitamento dos recursos materiais disponíveis. 
 
Nesse contexto, o papel da supervisão é importantíssimo para detectar vulnerabilidades em 
determinados pontos e a saturação de meios e efetivos em outros, indicando a necessidade 
de remanejamentos no momento oportuno, ainda dentro do mesmo turno de serviço. 
 
6.4 Alinhamento com o Plano Estratégico 
 
 
O planejamento do emprego operacional na PMMG deve estar em sintonia com a missão, 
visão e valores expressos no Plano Estratégico e, consequentemente, com os objetivos e 
iniciativas estratégicas. 
 
A estratégia organizacional representa a maneira pela qual a Instituição se comporta frente 
ao ambiente que a circunda, procurando aproveitar as oportunidades potenciais do ambiente 
e neutralizar as ameaças que rondam os seus negócios. É uma questão de saber ajustar-se 
às situações. 
 
 
AG Concursos
Este assunto apareceu na prova do CHO em 2022
AG Concursos
Este assunto apareceu na prova do CHO em 2022
 
 
Geralmente, ela envolve os seguintes aspectos fundamentais: 
 
a) é definida pelo nível estratégico da organização, quase sempre por intermédio da 
ampla participação de todos os demais níveis e negociação quanto aos interesses 
e objetivos envolvidos; 
b) é projetada em médio ou longo prazo e define o futuro e o destino da organização. 
Neste sentido, ela atende à missão, focaliza a visão organizacional e enfatiza os 
objetivos organizacionais a serem almejados; 
c) envolve a organização na totalidade para obtenção de efeitos sinérgicos. Isto 
significa que a estratégia é um mutirão de esforços convergentes, coordenados e 
integrados para proporcionar resultados alavancados; 
d) é um mecanismo de aprendizagem organizacional por intermédio do qual a 
organização aprende com a retroação decorrente dos erros e acertos nas suas 
decisões e ações globais. Obviamente, não é a organização que aprende, mas as 
pessoas que dela participam e que utilizam sua bagagem de conhecimentos. 
 
O planejamento estratégico pode focalizar a estabilidade no sentido de assegurar a 
continuidade do comportamento atual em um ambiente previsível e estável. Também pode 
focalizar a melhoria do comportamento para assegurar a reação adequada a frequentes 
mudanças em um ambiente mais dinâmico e incerto. 
 
Pode ainda direcionar as contingências no sentido de antecipar-se a eventos que poderão 
ocorrer no futuro e identificar as ações apropriadas para quando eles eventualmente 
ocorrerem. 
 
Esse último, chamado Planejamento Prospectivo, é o que mais se adequa à realidade da 
Polícia Militar, por estar voltado para as contingências e para o futuro da organização. As 
decisões são tomadas visando compatibilizar os diferentes interesses envolvidos por 
intermédio de uma composição capaz de levar a resultados para o desenvolvimento natural 
da Instituição e ajustá-la às contingências que surgem no meio do caminho. 
 
O planejamento prospectivo é o contrário do planejamento retrospectivo, que procura a 
eliminação das deficiências localizadas no passado da organização. Sua base é a adesão 
ao futuro, no sentido de ajustar-se às novas demandas ambientais e preparar-se para as 
futuras contingências. 
 
 
 
 
Em todos os casos, o planejamento consiste na tomada antecipada de decisões. Trata-se 
de decidir agora o que fazer, antes que ocorra a ação necessária. Não se trata da previsão 
das decisões que deverão ser tomadas no futuro, mas da tomada de decisões que 
produzirão efeitos e consequências futuras. 
 
A gestão pública dos novos tempos impõe alguns desafios, que somente serão vencidos a 
partir da adoção de um planejamento prospectivo que contemple: 
 
a) a capacidade de conquistar e fidelizar clientes; 
b) a necessidade de diferenciar produtos e serviços; 
c) a necessidade de fixar objetivos e atingir resultados. 
 
 
Para bem cumprir as suas atribuições legais, os responsáveis pelo planejamento devem 
primar pela observância dos princípios básicos a seguir: 
 
a) integralidade: conjunto de ações que devem ser desenvolvidas em quatro âmbitos: 
policial-operativo, sociocomunitário, legislativo-judicial e informações. Os quatro 
âmbitos emergem da necessidade de harmonização e aprofundamento nos 
efeitos dos diversos fatores que intervêm no fenômeno da insegurança das 
pessoas; 
b) coerência: consistência e adequação às exigências de administrar os recursos 
públicos de forma efetiva; 
c) sistematicidade: as ações devem ser permanentes e sujeitas à avaliação 
constante; 
d) simultaneidade: a complexidade do problema e suas manifestações exigem uma 
ação coordenada, ao mesmo tempo em diversos planos e setores; 
e) focalização: é fundamental a concentração de esforços preventivos, atendendo a 
variáveis socioespaciais, em curto e médio prazo; 
f) participação social: promover o envolvimento dos cidadãos a fim de que assumam, 
responsavelmente, a necessária quota de contribuição a essa tarefa comum; 
g) ênfase sociopreventiva: a preservação da segurança coletiva não se esgota com 
medidas tendentes à repressão, mas pelo contrário, deve haver concentração de 
esforços para evitar o cometimento dos delitos, tendo a prevenção como 
investimento social. 
 
 
 
 
 
6.5 Gestão Operacional Orientada por Resultados 
 
 
A modernização do conceito da gestão na PMMG passa pelo novo modelo que privilegia 
uma administração operacional fundamentada na definição de resultados a alcançar; 
método indutivo que parte do conhecimento científico dos problemas locais de segurança 
pública e dos seus efeitos sociais para atingir os objetivos esperados. 
 
Com o objetivo de produzir serviços de qualidade que atendam aos anseios da comunidade, 
cada comandante, nos diversos níveis, tem grande autonomia para desenvolver estratégias 
gerenciais de emprego operacional. Contudo, há necessidade de planejar estratégias e 
táticas de intervenção sob um enfoque eminentemente técnico-científico, pautado em 
indicadores de desempenho e produtividade, com vistas ao alcance de metas. 
 
Torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias diferenciadas, adequadas à variação 
do ambiente em que cada Unidade se encontra inserida. Desse modo, o estudo da evolução 
da criminalidade e da violência nas respectivas áreas integradas de policiamento, o 
envolvimento da comunidade na discussão de problemas, a verificação de falhas e óbices, e 
a concretização de planejamentos focados em intervenções qualificadas devem ser a tônica 
para direcionar o trabalho policial de maneira clara, objetiva e prática. 
 
O modelo de gestão operacional por resultados na PMMG seránorteado pelos seguintes 
pressupostos desejáveis para a atividade-fim: 
 
a) regionalização ou setorização das atividades de polícia ostensiva; 
b) emprego das Unidades de Recobrimento como potencializadoras das UEOp de 
área da capital e do interior do Estado; 
c) acompanhamento da evolução da violência, criminalidade e características 
socioeconômicas dos municípios, com uso do geoprocessamento e de 
indicadores estatísticos de segurança pública, e produção de conhecimentos no 
campo da Inteligência de Segurança Pública; 
d) estabelecimento de metas a serem atingidas e avaliação sistemática de 
resultados; 
e) otimização da administração operacional nas frações e unidades básicas de 
policiamento; 
f) ênfase preventiva e rapidez no atendimento; 
 
 
 
 
g) planejamento e execução das atividades de polícia ostensiva com maior 
especificidade, oferecendo serviços adequados de acordo com as demandas 
locais; 
h) modelo gerencial que favoreça ações/operações descentralizadas; 
i) adequada distribuição de recursos e o ordenamento dos processos de trabalho, 
por intermédio do patrulhamento produtivo direcionado, e portanto, não-aleatório; 
j) autonomia aos comandantes de UEOp, de Companhia e de setores de 
policiamento, para planejar e buscar soluções para os problemas de segurança 
pública afetos à localidade, respeitadas as diretrizes e normas estratégicas e do 
nível tático; 
k) modernização das técnicas de gestão visando à diminuição das atividades 
burocráticas, dando prioridade aos resultados e ao atendimento ao público; 
l) adequada coleta e utilização das informações gerenciais de segurança pública, em 
especial aquelas relacionadas à geoestatística; 
m) produção de ações/operações de polícia ostensiva preventiva, de acordo com 
características e tipologia criminais predominantes em seus espaços geográficos 
específicos; 
n) esforços específicos e articulados com outros atores do Sistema de Defesa Social, 
procurando agir sobre as causas, fatores, locais, horários, condições e 
circunstâncias vinculadas ao cometimento de crimes e desordens; 
o) Policiamento Orientado para a Solução de Problemas; 
p) Policiamento Orientado pela Inteligência de Segurança Pública; 
q) sistemas de incentivo e recompensas direcionados à valorização dos policiais que 
atuem em atividades de polícia ostensiva de prevenção criminal e atendimento de 
ocorrências junto à comunidade; 
r) direcionamento dos recursos logísticos para as sedes de Companhias e Pelotões, 
de forma a aprimorar a efetividade dessas frações; 
s) foco nos resultados, prevalecendo a qualidade sobre a quantidade; 
t) transparência e divulgação dos resultados positivos à comunidade, utilizando-se a 
rede de contatos via CONSEP, Redes de Proteção Preventiva, mídia local, 
periódicos, informativos diversos etc; 
u) intensificação da atividade de Inteligência de Segurança Pública (ISP) como 
estratégia para orientar e potencializar os serviços da PMMG na prevenção e 
repressão qualificadas da criminalidade. 
 
 
 
 
 
6.6 Gestão de Desempenho Operacional (GDO) 
 
 
A GDO surgiu da necessidade em estabelecer na PMMG uma metodologia científica de 
análise do fenômeno criminal, indicação de respostas/ações para contenção e minoração da 
problemática de aumento criminal e do grau de insegurança da população. Está 
regulamentada pela Diretriz n. 3.01.07/2017, aprovada pela Resolução n. 4.627/2017. 
 
As reuniões ocorrem num escalonamento desde o nível de Setor nas UEOp, passando pelo 
nível tático até a chegada no nível estratégico institucional, seguindo o modelo de 
COMPSTAT (Computerized Comparison Crime Statistics – Comparações Estatísticas 
Criminais Computadorizadas) e Accountability (prestação de contas com responsabilidade). 
 
Tem como fundamentos, apresentações analíticas e elaboração de planos corretivos pelos 
gestores operacionais dos níveis operacional e tático da Instituição, consistindo numa 
metodologia simplificada e pragmática, que permite aos comandantes de companhia se 
reunirem com seus comandantes de setores para que sejam compartilhadas e emanadas as 
diretrizes pertinentes às atividades operacionais e metas a serem atingidas, atribuindo-lhes 
assim, a responsabilidade compartilhada de gestão. 
 
Seguindo o escalonamento sucessivo, são realizadas reuniões dos comandantes de 
Unidades com os comandantes de Companhias, para a apresentação dos resultados 
operacionais com base em indicadores preestabelecidos, verificando os níveis de 
atingimento de metas e apresentando estratégias para manutenção e ou diminuição das 
cifras diagnosticadas. 
 
Na sequência ocorre a reunião dos comandantes de unidades com os comandantes de 
regiões e por fim ocorrem as reuniões de apresentação dos dados dos níveis tático e 
operacional ao Comando Geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 EMPREGO OPERACIONAL 
 
 
O emprego Operacional da Polícia Militar de Minas Gerais ocorre por meio de uma 
infraestrutura de Unidades Operacionais que são articuladas de forma a cobrir todo o 
território do Estado, estratificadas em níveis de comando com responsabilidade territorial, 
hierarquizadas sobre Regiões, Áreas, Subáreas, Setores e Subsetores de policiamento. 
Estas Unidades são apoiadas e recobertas pelas Unidades Especializadas que possuem 
estrutura, articulação e missões específicas (conforme verificado no capítulo 4). A missão, 
localização, responsabilidade e articulação das Unidades Operacionais são de competência 
exclusiva do Comando da Instituição. 
 
As UEOp atuam por meio de serviços operacionais constantes na Resolução que apresenta 
o portfolio de serviços. Os Serviços apresentam composições e características de atuações 
específicas, voltadas aos objetivos que lhes são próprios, em conformidade ao conceito de 
operações pretendido para cada momento e ambiente de atuação. 
 
Dessa forma, cada intervenção policial pode ser classificada em graus diferentes, numa 
escala que varia entre ações de caráter preventivo ao repressivo. Os variados serviços do 
portfolio possuem características de atuação e resultados peculiares, portanto, cada tipo de 
serviço deve ser cuidadosamente empregado de acordo com as características do ambiente 
em que for instalado e de acordo com os objetivos operacionais estabelecidos, para que se 
alcance os resultados pretendidos. 
 
Os serviços atuam por meio da execução de “ATIVIDADES” que podem ser ações ou 
operações. Por atividade, entende-se a execução de rotinas específicas, previamente 
estabelecidas em protocolos operacionais (à exemplo da DIAO - Diretriz Integrada de Ações 
e Operações) e devidamente desenvolvida com base na técnica policial, na legalidade e nos 
princípios de atuação expostos nos Manuais/Cadernos Doutrinários, Instruções, 
Memorandos, dentre outras normas de doutrina operacional. 
 
Ressalta-se que para o emprego operacional devem-se considerar as variáveis de 
policiamento ostensivo9 que são critérios pré-definidos, que permitem a identificação e 
padronização terminológica a cargo da PMMG. 
 
 
9 Extraído do Manual Básico de policiamento Ostensivo. Trata-se de resgate histórico da doutrina da década de 
1980 que ainda perdura e é aplicável aos dias atuais. 
 
 
 
A correta identificação das variáveis do policiamento, bem como a conjugação por 
intermédio de esforços operacionais, favorece a sistematização para o planejamento de 
ações e operações, e assim, a criação e oferta de serviços de segurança pública à 
população. 
 
Permite ainda a construção de indicadores de criminalidade ou de gestão policial, facilitando 
o controle e acompanhamento quanto ao atendimento às demandas impostas pela dinâmica 
do fenômeno criminal às UEOp da PMMG. Nesse contexto, apontam-se as seguintes 
variáveis: 
 
7.1 Quanto ao Tipo 
 
 
São qualificadoras relacionadas ao escopo das ações e operações policiais, conforme 
legislação específica a ser empregada, ambiente de atuação e osprincipais bens jurídicos 
tutelados. 
 
7.1.1 Policiamento Ostensivo Geral (POG): tipo de policiamento que visa satisfazer as 
necessidades basilares de segurança da sociedade, por intermédio da presença real e 
potencial do policial militar, em contínuo contato com a comunidade. 
 
7.1.2 Policiamento Especializado: tipo de policiamento voltado para a atuação em 
grandes eventos e/ou recobrimento em ocorrências de maior complexidade, que por sua 
natureza ou repercussão extrapolem a capacidade de atuação do POG. 
 
7.1.3 Policiamento de Meio Ambiente: tipo específico de policiamento ostensivo 
especializado que visa a preservação da fauna, ictiofauna dos recursos florestais, hídricos e 
minerais, contra qualquer ação degradadora ou potencialmente poluidora, exercida em 
desacordo com as normas legais. É realizado em cooperação com órgãos competentes, 
federais ou estaduais, mediante convênio. Em consonância com a missão constitucional da 
PMMG atua também, em ações e operações de caráter preventivo e repressivo 
 
7.1.4 Policiamento de Trânsito: Policiamento ostensivo executado nas vias urbanas 
abertas à livre circulação, de forma preventiva e repressiva a atos criminosos, visando 
garantir a incolumidade das pessoas e a proteção ao patrimônio, a livre circulação de 
veículos, pessoas e mercadorias, bem como disciplinar o público no cumprimento e no 
respeito às regras e normas de trânsito. 
AG Concursos
este assunto foi cobrado na prova do CESP 2023
AG Concursos
Este conteúdo foi cobrado na prova do CFS/2022
 
 
7.1.5 Policiamento Rodoviário: Policiamento ostensivo executado nas rodovias estaduais 
e federais delegadas de forma preventiva e repressiva a atos criminosos de qualquer 
natureza que atentem a ordem pública, a incolumidade das pessoas e a proteção ao 
patrimônio, garantindo ainda a obediência às normas relativas à segurança de trânsito, 
assegurando a livre circulação de veículos, pessoas e mercadorias, prevenindo acidentes e 
recobrindo taticamente outras modalidades de policiamento. 
 
Conforme a localização e destinação, as UEOp poderão executar mais de um tipo de 
policiamento, mas deve-se buscar a especificidade das ações na produção de serviços, 
delineando-se tais atribuições na missão principal e secundária. Entretanto, essa busca 
tipológica não afasta a Polícia Militar do princípio da universalidade. 
 
7.2 Quanto à Modalidade 
 
 
7.2.1 Patrulhamento: atividade móvel de observação, fiscalização, reconhecimento, 
proteção ou mesmo de emprego de força, desempenhada pelo PM no posto. 
 
7.2.2 Permanência: atividade predominantemente estática de observação, fiscalização, 
reconhecimento, proteção, emprego de força ou custódia desempenhada pelo PM no posto. 
 
7.2.3 Escolta: atividade destinada à custódia de pessoas e/ou bens, de forma dinâmica ou 
estática. 
 
7.2.4 Diligência: atividade que compreende busca, captura ou apreensão de pessoas, 
animais ou coisas e resgate de vítimas. 
 
7.3 Quanto às Circunstâncias para o Emprego Operacional 
 
 
7.3.1 Ordinário: É o emprego rotineiro de meios operacionais em obediência a um plano 
sistemático, com ênfase prioritária no policiamento preventivo e a consequente ampliação 
da sensação de segurança, bem como, a potencialização da repressão qualificada, perante 
a ação criminosa. 
 
7.3.2 Extraordinário: É o emprego eventual e temporário de meios operacionais, face a 
acontecimento imprevisto, que exige manobra de recursos. 
 
7.3.3 Especial: É o emprego temporário de meios operacionais em eventos previsíveis que 
exijam esforço específico. 
AG Concursos
Este conteúdo caiu no EAP 3º Sgt/2022
AG Concursos
este assunto foi cobrado na prova do CESP2023
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Este conteúdo caiu no EAP 3º Sgt/2022
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Este conteúdo foi cobrado na prova do CFS/2022
 
 
7.4 Otimização da Malha Protetora 
 
 
A metodologia de aplicação do conceito de Malha Protetora se baseia no cumprimento da 
missão constitucional, bem como no exercício da atividade-fim da Polícia Militar de Minas 
Gerais. Para sua efetivação devem ser considerados e aplicados os conceitos de Serviços 
Operacionais Ordinários e de Recobrimento que analisados concomitantemente, integram a 
essência da definição de Malha Protetora. 
 
Na Malha protetora, o emprego operacional das Unidades e dos serviços ocorrem pela 
superposição articulada em 5 (cinco) níveis de escalonamento de esforços, denominados 
esforços de emprego operacional, que visa garantir a sinergia do policiamento e a 
amplitude da proteção social. 
 
Neste modelo, os cinco esforços de emprego são assim definidos: 
 
 
1º esforço de emprego – Atuação das Unidades com responsabilidade territorial 
 
 
O 1º esforço de emprego operacional é realizado pela ocupação preventiva e/ou repressão 
imediata, nos espaços de responsabilidade territorial, pelo efetivo ordinário das Unidades e 
Subunidade (Companhias, Pelotões e GPM), por meio do policiamento de pontos sensíveis, 
e áreas comerciais, ocupação de zonas quentes de criminalidade, patrulhamento tático 
direcionado, rádio atendimento e operações preventivas, realizado pelo seu efetivo 
motorizado e não motorizado, com vistas a criar um clima de segurança objetiva e subjetiva 
nas comunidades ou restabelecer a ordem pública. Nesse sentido, os recursos operacionais 
realizam intervenções de assistência e orientação, verificação preventiva e ações 
repressivas nas situações de fundada suspeita ou certeza do cometimento de delito. 
 
Os serviços ordinários exercidos pelas Unidades do Comando de Policiamento do Meio 
Ambiente (CPMAmb) e Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv), também encontram- 
se no 1º esforço de emprego operacional. 
 
2º esforço de emprego – recobrimento Tático no âmbito da UEOp 
 
 
O 2º esforço de emprego operacional é realizado pelas Subunidades Táticas (Companhias 
“Tático-Móvel”, Pelotões de Operações), por meio do recobrimento do policiamento, 
executando operações setorizadas de repressão qualificada, desenvolvidas de modo 
sistemático, após criterioso planejamento, realizado em nível das Unidades de Execução 
 
AG Concursos
Este conteúdo caiu no EAP 3º Sgt/2022
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Este conteúdo foi cobrado no EAP 1º Sgt/2022
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Este conteúdo caiu no EAP 3º Sgt/2022
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Este conteúdo foi cobrado no EAP 1º Sgt/2022
 
 
Operacional, com vistas a reduzir as vulnerabilidades, após o emprego do 1º esforço, como 
forma de recobrir e intensificar o policiamento lançado. 
 
As atividades exercidas pelo Grupo Especial de Policiamento Ambiental (GEPAM), do 
CPMAmb e pelo Grupo Tático Rodoviário (GTR), do CPRv, também encontram-se no 2º 
esforço de emprego operacional. 
 
3º esforço de emprego – recobrimento Tático pelas Unidades Especializadas (BPE/Cia 
PM Ind. e do CPE 
 
O 3º esforço de emprego operacional é realizado por meio do recobrimento do policiamento, 
pela atuação de unidades especializadas em apoio à Unidade com responsabilidade 
territorial. Na capital é exercido pelo emprego ordinário das Unidades que atualmente 
integram o Comando de Policiamento Especializado (CPE). 
 
Em algumas Regiões é exercido pelo emprego ordinário do Batalhão de Policiamento 
Especializado (BPE) ou Companhia de Polícia Militar Independente de Policiamento 
Especializado (Cia PM Ind. PE), onde houver. Neste caso, trata-se de um esforço de 
emprego com abrangência operacional em toda área de responsabilidade da RPM. Dentro 
da RPM, as Cia PM Ind. PE poderão ser mobilizadas, à critério do Comandante Regional, da 
área de um Batalhão, em apoio a outras áreas que não abrigam Unidades especializadas. 
 
Nas Regiões em que não há Unidades especializadas, o apoio ocorrerá, a critério do 
Comando Geral, por Unidades especializadas das Regiões mais próximas e ou pelo próprio 
CPE, conforme avaliação de efetividade. 
 
4º esforço de emprego – é o emprego extraordinário do Comando de Policiamento 
Especializado, tanto na Capital,quanto nas demais Regiões 
 
O 4º esforço de emprego operacional ocorre em resposta às ocorrências complexas, ou 
potencialmente violentas, ou que por sua dimensão ou repercussão exijam respostas 
estratégicas altamente qualificadas que extrapolem a capacidade de atuação do 
policiamento ordinário. 
 
A atuação desse esforço ocorrerá num âmbito territorial mais amplo, em ações e operações 
que demandem como condição necessária, a qualificação especial na utilização de táticas e 
técnicas. Será realizado pelas Unidades do Comando de Policiamento Especializado que 
 
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Este conteúdo foi cobrado no EAP 1º Sgt/2022
 
 
poderá agir de forma integrada com as Unidades Especializadas das RPM (BPE e Cia PM 
Ind. PE). 
 
5º esforço de emprego – força tarefa estratégica, somente acionada pelo Comando- 
Geral 
 
A força-tarefa é uma estrutura organizacional temporária, flexível, adaptável, dinâmica e 
integrada, com comando próprio, subordinado diretamente ao Comandante-Geral. É 
empregada para fazer frente a situações de grave perturbação da ordem, ou eventos de 
grande repercussão (nacional ou internacional) em que há necessidade da atuação 
simultânea de diversos esforços de defesa social e envolvimento direto do Comando-Geral. 
 
A Força-Tarefa atuará com base nos seguintes pressupostos: 
 
 
a) articulação fundamentada num objetivo pontual; 
b) coordenação direta do Comando-Geral; 
c) estrutura organizacional provisória; 
d) período de duração determinado; 
e) desarticulação condicionada ao cumprimento da missão. 
 
 
A Força Tarefa será implantada mediante rigoroso planejamento, será coordenada com 
base nas metodologias de gestão integrada e manterá registro das decisões tomadas nas 
situações fáticas enfrentadas, bem como o modus operandi utilizado nos processos 
decisórios e os resultados obtidos. 
 
Esforço Suplementar 
 
 
Considerando as características específicas da Academia de Polícia Militar e do Batalhão 
Metrópole, no que se refere ao efetivo disponível da atividade-meio empregado na atividade- 
fim, estes poderão ser empregados nos diversos esforços de escalonamento da Malha 
Protetora, conforme o conceito de operação atribuído, em caráter especial ou extraordinário, 
preferencialmente, nas subáreas das Cias Operacionais da RMBH onde os índices criminais 
demonstrem esta necessidade, como força de reação do Comando-Geral, a critério do 
Chefe do Estado-Maior da Polícia Militar. 
 
Neste mesmo esforço, enquadram-se as atividades de raiopatrulhamento aéreo exercidas 
pelo ComAvE, que por sua especificidade e em consonância como o seu conceito 
operacional descritas em normas específicas, perpassa por todos os níveis de esforços, 
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conforme a demanda apresentada pela Unidade apoiada ou pela situação geradora que 
mobilizou o referido apoio. 
 
7.5 Inteligência de Segurança Pública 
 
 
Dentro do escopo institucional, a PMMG realiza a investigação da criminalidade 
(investigação policial preventiva), função típica da polícia preventiva, por meio das agências 
do Sistema de Inteligência da Polícia Militar (SIPOM), no intuito de orientar e subsidiar o 
lançamento do efetivo policial no teatro de operações. 
 
Nesse raciocínio, a Inteligência de Segurança Pública (ISP) tem por finalidade coletar e 
buscar dados, que, após análise e interpretação, são transformados em informações e 
conhecimentos estratégicos, táticos e operacionais. Visa antecipar a eclosão de delitos e 
orientar o planejamento para emprego de seu efetivo e meios com cientificidade, 
possibilitando a prevenção e repressão qualificadas da criminalidade. 
 
7.5.1 Atividade de Inteligência de Segurança Pública 
 
 
A Atividade de ISP é a responsável pelo processamento metódico e sistemático de 
informações, e trata-se de uma estratégia para potencializar os serviços da PMMG, 
possibilitando decisões científicas, aliada tanto à Polícia Comunitária quanto a Polícia 
Orientada para Solução de Problemas. A ISP pode organizar e processar informações 
capazes de subsidiar a prevenção e a repressão qualificadas, maximizando os serviços da 
polícia, possibilitando gerar economia e eficiência no emprego dos recursos humanos, 
logísticos e financeiros; e o mais importante nesse processo deve ser a satisfação do 
cidadão por meio da redução do medo do crime e o aumento da segurança, tanto subjetiva 
quanto objetiva. 
 
7.5.2 Policiamento Orientado pela Inteligência de Segurança Pública 
 
O Policiamento Orientado pela ISP exige que o ambiente criminal seja, de fato, interpretado 
pela Inteligência e que os gestores sejam plenamente assessorados e tenham habilidades 
para identificar estratégias para reduzir a criminalidade e a violência. Observa-se que a 
Inteligência, dado a sua abrangência, pode potencializar os serviços da polícia, otimizando a 
sua atuação operacional, com economia de meios e redução da prática da polícia reativa. 
Daí, o SIPOM trata-se de um sistema eficiente e eficaz, com vistas à institucionalização do 
conceito de Polícia Orientada pela ISP. 
 
 
 
7.5.3 Sistema de Inteligência da Polícia Militar (SIPOM) 
 
 
A finalidade das agências do SIPOM é manter o fluxo de informações e conhecimentos de 
segurança pública dentro da Corporação, com vistas a antecipar, em tese, a criminalidade e 
a violência, e qualificar as ações do policiamento ostensivo preventivo e repressivo. 
 
Os produtos do SIPOM precisam ser totalmente aproveitados nas ações e operações 
policiais. Sua difusão deve ser oportuna e o conteúdo amplo e preciso, o que possibilitará 
identificar e detectar situações e elencar fatores capazes de neutralizar ações criminosas. 
Logo, serão úteis para uma tomada de uma decisão efetiva, gerando, portanto, confiança 
aos seus usuários. 
 
Nesse sentido, além de avaliar tendências e tentar descrever a realidade, os produtos de 
inteligência visam também antecipar eventos cruciais, tanto fornecendo alertas avançados 
quanto contribuindo para a formulação de políticas, planos operacionais e projetos de 
segurança pública. Ou seja, a estratégia de Inteligência na PMMG concentra-se 
principalmente na busca/coleta, produção e difusão de informações e conhecimentos de 
segurança pública amplos, precisos e oportunos – que possam gerar resultados eficientes e 
eficazes – e pela transparência dos procedimentos relativos à atividade. 
 
Assim, haverá anuência do valor e da imprescindibilidade da ISP para a potencialização da 
polícia preventiva, aproximando-a do seu usuário e contribuindo para a legitimidade da 
atividade de Inteligência. Isto possibilitará a sua habitualização, objetificação e 
sedimentação. 
 
Para bem cumprir o exposto, o SIPOM organiza-se da seguinte forma: 
 
a) Nível estratégico: 
- Agência de Inteligência Estratégica (AIE): Seção Estratégica de Inteligência do 
Estado-Maior (EMPM-2); 
b) Nível tático: 
- Agência Central (AC): Diretoria de Inteligência (DInt); 
- Agência Regional (AR): Região de Polícia Militar (RPM); 
- Agência Regional Especializada (ARE): Comando de Policiamento Especializado 
(CPE); 
c) Nível operacional: 
- Agência de Área (AA): Batalhão de Polícia Militar (BPM) e Companhia 
Independente de Polícia Militar (Cia PM Ind); 
 
 
- Agência Especial (AE): Unidades Especializadas; 
- Subagências de Inteligência (SI): Companhias de Polícia Militar (Cia PM); 
- Núcleos de Agências (NA): Pelotões de Polícia Militar (Pel PM); 
- Núcleo Especial de Busca (NEB): constituído pelo Comandante-Geral e 
instaladas/coordenadas pela DINT, em qualquer parte do Estado, para missões 
especiais, quando a situação exigir; 
- Núcleo Regional de Busca (NRB): estrutura de Inteligência que pode, 
excepcionalmente, ser constituída e instalada pelo Comandante da RPM, em 
qualquer parte da respectiva região, envolvendo recursos de mais de uma 
unidade operacional, num período de até 30 (trinta) dias, comciência prévia à 
DInt, cujo prazo pode ser prorrogado, mediante avaliação da situação. Os NRB 
serão preponderantemente operacionais e dissolvidos tão logo cumpram a missão 
para a qual foram constituídos. 
 
7.6 O Gerenciamento do Emprego Operacional 
 
 
O emprego operacional na PMMG é complexo e ocorre como um processo dinâmico, cíclico 
e ininterrupto e por isso necessita ser gerenciado pelos comandantes operacionais nos 
diversos níveis. Por gestão operacional entende-se as atividades de planejar, coordenar e 
controlar a realização de uma atividade de policiamento, mediante a utilização de 
informações provenientes de uma análise sobre o comportamento operacional de uma ou 
mais Unidades de Execução Operacional, e a tomada de decisão no sentido de manter ou 
aprimorar a combinação de recursos logísticos e de pessoal, para a atividade-fim da Polícia 
Militar. 
Como metodologia e para uma melhor compreensão didática, é possível relacionar as 
principais atividades e funções gerenciais de destaque, em cada fase desse intrincado 
processo. 
 
7.7 As Fases de Aplicação do Emprego Operacional 
 
 
7.7.1 Planejamento 
 
 
Esta fase pode ser subdividida em dois momentos distintos, o diagnóstico e a definição de 
estratégias operacionais. Na fase de diagnóstico, o gestor operacional deve buscar 
levantar as informações necessárias para conhecer o território de responsabilidade, bem 
 
 
como as características socioeconômicas, criminógenos e as demandas comunitárias. 
 
 
Devem ser utilizadas as técnicas de análise criminal, geoprocessamento, as informações 
originadas no SIPOM, as informações do disque-denúncia e as demandas comunitárias 
levantadas via redes de proteção, CONSEP e as informações coletadas pela percepção dos 
policiais militares atuantes na área, bem como consulta aos especialistas. 
 
Com base nas informações levantadas, deve-se realizar uma ampla análise envolvendo as 
teorias do crime e as metodologias de solução de problemas, conforme expostas no capítulo 
VI desta Diretriz. A partir dos resultados da análise diagnostica, o gestor operacional deverá 
estabelecer as estratégias de intervenção que constitui o planejamento da alocação dos 
recursos operacionais em acordo com as especificidades dos serviços. Devem ser 
elaboradas as Matrizes de operações e os cartões-programas garantindo que as 
intervenções operacionais estejam racionalmente alinhadas com os objetivos pretendidos, 
ou seja, a eliminação do crime (fato), a redução da criminalidade (fenômeno), o aumento da 
sensação de segurança e a preservação da ordem pública. O gestor deve também criar 
estratégias para a mobilização dos outros atores públicos responsáveis. 
 
7.7.2 Execução das ações e operações policiais 
 
 
Essa fase consiste no efetivo emprego dos serviços policiais no teatro de operações, 
cumprindo-se fielmente os planejamentos estabelecidos através das escalas, ordens de 
serviço, matrizes de operações e cartões-programa, alinhados com o PLEMOP (Plano de 
Emprego Operacional). 
 
O PLEMOP é o documento que traduz a estratégia a ser adotada para cumprir determinada 
missão institucional de natureza operacional. Contém a exposição metódica e sistematizada 
do conjunto das medidas e dos procedimentos a serem executados com vistas ao 
atingimento de um objetivo claramente definido. Deve ser suficientemente detalhado e 
completo, a fim de permitir o perfeito entendimento do contexto, das demandas existentes, 
das atribuições dos setores e das pessoas envolvidas, dos recursos disponíveis, dos limites 
da atuação, do espaço territorial onde as ações serão desenvolvidas, dos prazos final e 
intermediários, dentre outros. A elaboração do PLEMOP nas Unidades de Execução 
Operacional é obrigatório e deve ser revisto e atualizado anualmente. 
 
Na fase de emprego, sobressai a função gerencial de coordenação e controle que visa 
garantir o fiel cumprimento do planejamento, aliada à integração dos recursos empregados 
nos cinco níveis de escalonamento de esforços da Malha Protetora, bem como os ajustes 
circunstanciais necessários, além do registro de todas as ações suficientemente detalhado e 
completo a fim de permitir o perfeito entendimento do contexto, das demandas existentes, 
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Este conteúdo foi cobrado na prova do CFS/2022
 
 
das maneiras pelas quais as ações serão executadas, das atribuições dos setores e das 
pessoas envolvidas, dos recursos disponíveis, dos limites da atuação, do espaço territorial 
onde as ações serão desenvolvidas, dos prazos final e intermediários, dentre outros. 
 
Por coordenação, entende-se o ato ou efeito de harmonizar as atividades, conjugando-se os 
esforços necessários na realização dos seus objetivos e da missão institucional. É realizada 
vertical e horizontalmente em todos os níveis da estrutura organizacional da Corporação. 
 
Por controle, entende-se o acompanhamento das atividades da Corporação, por todos os 
que exercem comando, chefia ou direção, de forma a assegurar o recebimento, a 
compreensão e o cumprimento das decisões do escalão superior. 
 
A coordenação e o controle no âmbito operacional são tratados em legislação específica e 
deverá ser consultada e aplicada nas atividades exercidas pela PMMG. 
A atividade de polícia ostensiva comporta variáveis diversas e, conforme a realidade local 
das comunidades, o serviço a ser prestado pode sofrer conformações, contudo, sem 
desviar-se da missão institucional da PMMG. 
 
As UEOp e suas frações devem ter claramente identificada a sua missão no contexto do 
sistema operacional da PMMG, o que constará dos respectivos Planos de Emprego 
Operacional (PLEMOP). 
Os Comandos Regionais e o CPE deverão exercer a coordenação do planejamento para a 
definição da missão de cada UEOp subordinada, atentando para o princípio da 
responsabilidade territorial e para as necessidades e possibilidades de recobrimento, 
conforme atribuição específica de cada Comando. 
 
No detalhamento do PLEMOP deverá constar de forma expressa e inequívoca a missão 
principal, ou seja, aquela para qual a Unidade foi concebida e preparada, em termos de 
recursos e treinamento. Dentre outros aspectos, deve ser observada as seguintes 
condicionantes: 
 
a) Atendendo as peculiaridades, as UEop deverão buscar o lançamento diário mínimo 
de 10% (dez por cento) do efetivo operacional do dia, no exercício da atividade de 
Patrulha a Pé (PA), devendo-se observar as orientações constantes na Resolução 
que trata sobre o Portfolio de Serviço, (art. 7º, inciso I); 
b) lançar com restrição de empenho, na localidade sede de Batalhão e Cia PM Ind., 
30% (trinta por cento) do efetivo operacional do dia, escalado na atividade de 
Radiopatrulha (Rp), para que este, possa atuar em caráter preventivo, cumprir cartão 
 
 
programa, realizar operações e visitas comunitárias no seu respectivo setor de 
patrulhamento; 
 
c) Os demais 70% (setenta por cento) do efetivo lançado ficam responsáveis pelo 
atendimento de ocorrências vinculadas ao rádioatendimento designado pelo 
CICOp/COPOM. 
 
Também deverá ser definida a missão secundária em que eventual ou excepcionalmente tal 
Unidade possa ser empregada, de forma suplementar ou em apoio. 
 
Para as UEOp de recobrimento, consideradas forças de reação do Comando-Geral, a 
missão principal será sempre vinculada à possibilidade de atendimento às demandas 
específicas em todo o território do Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS 
 
 
8.1 Os serviços e atividades referentes à Diretriz Geral para o Emprego Operacional na 
Polícia Militar de Minas Gerais devem ser reportadas ao Comando-Geral que, em trabalho 
conjunto com a Diretoria de Apoio Operacional (DAOp) e Academia de Polícia Militar (APM), 
avaliará a viabilidade institucional e à exequibilidade operacional. 
 
8.2 As grades curriculares dos diversos cursos da Polícia Militar de Minas Gerais, bem como 
no Treinamento PolicialBásico (TPB) deverão ser adequadas à presente Diretriz a partir da 
sua publicação, de forma a contemplar as novas estratégias do Comando-Geral. 
 
8.3 As diretrizes estabelecidas nesta norma não devem conflitar com as demais 
macroestratégias previstas pela PMMG. Nas situações conflituosas, o Comando-Geral 
deverá esclarecer as dúvidas por intermédio de norma complementar. 
 
8.4 Para o emprego de policial militar feminina deverá ser avaliada pelo Comandante 
Regional, a conveniência no tocante à infraestrutura, instalações, locais de emprego, horários 
de serviços, de modo a propiciar as condições adequadas ao exercício das atividades 
policiais militares. 
 
8.5 Quanto ao emprego operacional no que se refere, à relação de todos os serviços, 
conceitos operacionais destes, recursos humanos e logísticos necessários à implantação e 
desenvolvimento dos serviços, serão tratados na Resolução específica, que trata sobre o 
tema Portfolio de Serviços da PMMG. 
 
8.6 Serão designadas comissões para estudarem a implementação das 04 (quatro) diretrizes 
secundárias à DGEOp, quais sejam: (Atuação Preventiva, Repressão Qualificada, Operações 
Especiais e Coordenação e Controle), com o propósito destas absorverem as demais 
diretrizes existentes, por matéria específica, inerente a cada uma delas, a fim de se otimizar 
os assuntos existentes. 
 
8.7 Os assuntos de caráter procedimental serão tratados em Instruções específicas, que 
também serão revisadas e otimizadas face ao disposto no item 8.6. 
 
8.8 As tecnologias aplicáveis na atividade operacional, tais como, SIGOp, Hélios,190SMART, 
QApp, dentre outras que forem criadas, serão regulamentadas em normas próprias e terão 
 
 
seus respectivos tutoriais lançados na Intranet PM, campo “Operações/Doutrina de Emprego 
Operacional”. 
 
8.9 Revoga-se a Diretriz n. 3.01.01/2016. 
 
 
8.10 Revoga-se a Resolução n. 3700/2003 que cria na estrutura das terceiras seções das 
Unidades de Execução Operacional o Núcleo de Prevenção Ativa. 
 
8.11 Revoga-se a Instrução n. 3.001.7/2004, que trata sobre o Regimento Interno dos 
Núcleos de Prevenção Ativa. 
 
8.12 Revogam-se os Memorandos n. 30.202.2/12-CG (Qualidade de Atendimento ao 
Cidadão) e o Memorando n. 30.249.2/15-CG (Acompanhamento do REDEOp). 
 
8.13 Revogam-se as demais disposições em contrário a esta Diretriz. 
 
 
 
 
Quartel em Belo Horizonte, 29 de agosto de 2019. 
 
 
 
 
(a) GIOVANNE GOMES DA SILVA, CEL PM 
Comandante-Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE ÚNICO – ESCALONAMENTO DE ESFORÇOS DA MALHA PROTETORA 
 
 
Serviço 
Malha Protetora 
(Escalonamento) 
Tipo de 
policiamento 
Patrulha a Pé 1º esforço POG 
Radiopatrulha e variáveis 1º esforço POG 
Ciclopatrulha 1º esforço POG 
Base Comunitária e variáveis 1º esforço POG 
PPVD 1º esforço POG 
Patrulha Escolar 1º esforço POG 
PROERD 1º esforço POG 
GEPAR 1º esforço POG 
Patrulha Rural 1º esforço POG 
GEPTur 1º esforço POG 
CROP 1º esforço POG 
Videomonitoramento 1º esforço POG 
Teleatendimento 190 1º esforço POG 
Policiamento de Guardas 1º esforço Comum a todos 
Policiamento Velado 1º esforço Comum a todos 
Patrulha de Atendimento de Meio Ambiente e variáveis 1º esforço Meio Ambiente 
Patr. de Prev. à Degradação do M. Ambiente e variáveis 1º esforço Meio Ambiente 
Patrulha de Trânsito e variável 1º esforço Trânsito 
Grupo Tático de Trânsito e variável 1º esforço Trânsito 
PROT 1º esforço Trânsito 
Transitolândia 1º esforço Trânsito 
Patrulha Rodoviária e variáveis 1º esforço Rodoviário 
Patr. de Recolhimento de Animais de Grande Porte 1º esforço Rodoviário 
GEPAM 2º esforço Meio Ambiente 
Grupo Tático Rodoviário 2º esforço Rodoviário 
Tático Móvel e variáveis 2º esforço POG 
ROTAM e variável 3º esforço Especializado 
GER e variável 3º esforço Especializado 
Policiamento de Choque 3º esforço Especializado 
Policiamento Montado 3º esforço Especializado 
ROCCA 3º esforço Especializado 
Operações Policiais Especiais 3º esforço Especializado 
Comando de Policiamento Especializado 4º esforço- Emprego extraordinário 
Força tarefa estratégica 5º esforço- Emprego extraordinário 
Radiopatrulhamento Aéreo Esforço Suplementar 
Academia de Polícia Militar Esforço Suplementar 
Batalhão Metrópole Esforço Suplementar 
 
 
 
 
(a) GIOVANNE GOMES DA SILVA, CEL PM 
Comandante-Geralna execução de policiamento preventivo. 
 
Carta de situação diária de operações 
Documento diário que prevê o planejamento das operações a serem executadas pelas 
Unidades, trazendo informações relevantes especialmente para a coordenação e controle. 
 
Comandante 
Comandante é o militar que planeja, organiza, dirige, coordena e controla o emprego de 
suas forças, em razão de seu posto ou função, ou em decorrência de lei ou regulamento e, 
como tal, é o único responsável pelas decisões. 
 
O Comandante de uma Guarnição Policial Militar será sempre o de maior posto ou 
graduação ou o mais antigo, em exercício permanente de função na região conurbada, 
localidade ou município. 
 
Comando 
É o conjunto de ações desenvolvidas pelo Comandante e seus assessores (Estado-Maior ou 
Staff), visando atingir os objetivos da organização. 
 
Controle 
Acompanhamento das atividades da Corporação por todos os que exercem comando, chefia 
ou direção, de forma a assegurar o recebimento, a compreensão e o cumprimento das 
decisões do escalão superior, possibilitando identificar e corrigir desvios. 
 
Coordenação 
Ato ou efeito de harmonizar as atividades da Corporação, conjugando-se os esforços 
necessários na realização dos seus objetivos e da missão institucional. É realizada vertical e 
horizontalmente em todos os níveis da estrutura organizacional da Corporação. 
 
Defesa Pública 
Conjunto de medidas adotadas para superar antagonismos ou pressões, sem conotações 
 
 
ideológicas, que se manifestem ou produzam efeitos no âmbito interno do País, de forma a 
evitar, impedir ou eliminar a pratica de atos que perturbem a Ordem Pública. 
 
Defesa Social 
Conjunto de ações desenvolvidas por órgãos, autoridades e agentes públicos, cuja 
finalidade seja a de proteção e o socorro ao cidadão, por intermédio de mecanismos que 
assegurem a ordem pública, tais como, a prevenção e ou repressão de ilícitos penais ou 
infrações administrativas. 
 
Escalão de comando 
São os diferentes níveis de comando que compõem a Corporação, organizados em 
estrutura escalar (vertical ou hierárquica). 
 
Estatística 
Ciência aplicada que utiliza métodos para a coleta, a organização, a descrição, a análise e 
interpretação de dados para a tomada de decisão. 
 
Evento de Defesa Social 
Todo fato que exija a intervenção de qualquer dos órgãos componentes do Sistema de 
Defesa Social, de forma integrada ou isolada. 
 
Fiscalização 
Acompanhamento operacional realizado no âmbito da Unidade a fim de observar o correto 
cumprimento das normas pertinentes à execução da atividade-fim, de acordo com as 
competências específicas. 
 
Fração PM 
Estruturas operacionais derivadas de uma UEOp, constituindo-se em subunidades. 
 
Fração PM desconcentrada 
Aquela que se localiza na mesma guarnição policial militar da UEOp, porém em local diverso 
da sede administrativa. 
 
Fração PM destacada 
Aquela que se localiza fora do município sede da guarnição policial militar da UEOp. 
 
 
Geoprocessamento 
Área de conhecimento que reúne recursos computacionais, como por exemplo, os Sistemas 
de Informação Geográfica e também técnicas matemáticas, com o objetivo de manipular 
dados geográficos. O geoprocessamento influencia diversas áreas, como cartografia, 
 
 
análise de recursos naturais, transportes, comunicações, energia e planejamento urbano e 
regional. 
 
Guarnição Policial Militar (Gu PM) 
Unidades operacionais e administrativas situadas na mesma sede, município ou região 
conurbada, subordinadas ou não, a mesma Unidade de Direção Intermediária (UDI). As 
Frações PM destacadas constituem a Guarnição Policial Militar dos respectivos municípios 
onde estão sediados. 
 
Guarnição de radiopatrulhamento 
Efetivo que guarnece uma viatura operacional com a incumbência de execução do 
policiamento ostensivo. 
 
Inteligência de Segurança Pública 
Exercício permanente e sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e 
acompanhar ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança Pública, basicamente 
orientadas para produção e salvaguarda de conhecimentos necessários para subsidiar os 
tomadores de decisão, no planejamento e execução de uma política de Segurança Pública e 
das ações para prever, prevenir, neutralizar e reprimir atos criminosos de qualquer natureza 
que atentem à ordem pública, à incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
 
Itinerário 
Trajeto que interliga pontos-base percorridos pelo policial militar em cumprimento a um 
cartão programa. 
 
Local de risco de ação policial 
Delimitação territorial cujos fenômenos de natureza social, cultural e econômica interferem 
na incidência de violência e criminalidade. 
 
Malha Protetora 
A Malha Protetora consiste na adoção de ações preventivas e repressivas baseadas na 
ocupação de espaços vazios, por meio do escalonamento intercalado, gradativo e sucessivo 
de emprego operacional, a partir da célula básica do policiamento preventivo, obedecendo 
ao princípio da responsabilidade territorial, até à utilização de outros esforços de emprego e 
Unidades em recobrimento, para fazer frente à eventuais situações de crise ou elevação 
demasiada da criminalidade em determinados locais. 
 
Ocorrência Policial Militar 
Todo fato que exige intervenção policial militar, por intermédio de ações ou operações. 
 
 
 
 
 
 
Operação Policial Militar 
Conjunção de recursos e ações, executada por policiais militares, que exige planejamento 
prévio e específico. 
 
Ordem Pública 
Conjunto de regras formais, coativas, que emanam do ordenamento jurídico da Nação, 
tendo por escopo regular as relações sociais em todos os níveis e estabelecer um clima de 
convivência harmoniosa e pacífica. Constitui, assim, uma situação ou condição que conduz 
ao bem comum. 
 
Policiamento Ostensivo 
Ação policial, exclusiva das Polícias Militares, em que o emprego do policial militar seja 
prontamente identificado, quer pela farda, quer pelo equipamento, ou viatura, objetivando a 
manutenção da ordem pública. 
 
Ponto-Base 
Local estabelecido em cartão programa ou escala de serviço para permanência temporária 
dos policiais militares. 
 
Posicionamento de Viaturas 
Protocolo previsto em Instrução própria que padroniza o estacionamento e posicionamento 
de viaturas nos aquartelamentos ou, em via pública, quando de atuações policiais militares 
em atendimento de ocorrência, policiamento preventivo, policiamento em eventos e 
operações. 
 
Posto 
Espaço físico, delimitado, atribuído à responsabilidade de policiais militares, constituído de 
um ou mais pontos-base. 
 
Prevenção criminal 
Conjunto de medidas destinadas a impedir ou contribuir para a redução da criminalidade e 
dos sentimentos de insegurança da comunidade, levada a efeito com a adoção de medidas 
diretas de dissuasão de atividades criminosas e políticas/intervenções destinadas a reduzir 
o crime e suas causas. 
 
Primeiro Interventor 
Denominação utilizada em Instrução específica, que o define com sendo o profissional de 
 
 
segurança que se depara inicialmente com a situação de incidente crítico, cabendo ao 
militar interventor identificar o tipo de incidente bem como seu perpetrador. 
 
Recobrimento 
Atividade de policiamento ostensivo para suplementação aos serviços operacionais 
ordinários empregados pelas UEOp. 
 
Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) 
Ferramenta tecnológica que constitui uma base de dados única, formada pelo lançamento 
de fatos policiais, de trânsito urbano e rodoviário, de meio ambiente, bombeiros e outros 
afins no Estado. Visa, portanto, a consolidação de todos os ilícitos penais e de sinistros 
levado ao conhecimento das Instituições Policiais e de Bombeiro Militar, pelas vítimas de 
ação criminal, de sinistros ou outros órgãos responsáveis pelo atendimento do fato ou 
recebimento da denúncia. 
 
Repressão Qualificada 
Conjunto de reações efetivas perante a ação criminosa, violênciaou forças adversas2, 
desenvolvido de modo sistemático nos locais, territórios ou momentos conhecidos e 
identificados como de violência, antagonismos internos ou incidência criminal elevada 
(delitos específicos), instruído previamente por uma avaliação adequada da situação, 
embasada em atividade de inteligência e com a execução norteada pela doutrina de 
emprego operacional da Polícia Militar de Minas Gerais. 
 
Sede 
Região compreendida dentro dos limites geográficos do município ou distrito, em que se 
localiza uma Unidade ou Fração da Polícia Militar e onde o servidor tem exercício. 
 
Sede administrativa 
Compreende a estrutura física do aquartelamento. 
 
 
Segurança Pública 
Garantia que o Estado, por meio de seus entes federativos (União, Unidades Federativas e 
Municípios) proporciona à sociedade, a fim de assegurar a Ordem Pública, contra violações 
legais de toda espécie. 
 
 
2 Forças Adversas são pessoas, grupos de pessoas ou organizações cuja atuação comprometa a preservação 
da ordem pública, o estado democrático de direito, o funcionamento dos poderes constituídos ou a soberania 
nacional. 
 
 
Serviços Operacionais Eletivos 
Serviços que não possuem caráter impositivo quanto a sua implantação, servindo de guia 
aos Comandantes que são os responsáveis pelo lançamento do efetivo policial militar sob 
sua responsabilidade e respectivo aporte logístico para execução das ações e operações, 
respeitadas a realidade social, cultural e geográfica da comunidade a que se destina. Os 
serviços eletivos possuem características de discricionariedade, com escolha 
fundamentada, ainda, segundo diagnóstico da demanda local e a análise do fenômeno 
criminal de cada localidade e território. 
 
Serviços Operacionais Especializados 
São serviços exercidos por policiais militares com capacidade técnica específica, voltada 
para a atuação diferenciada, em ocorrências que por sua natureza, requeiram o emprego 
destes militares. O exercício das atividades especializadas ocorre em situações que 
extrapolam a capacidade de atuação do Policiamento Ostensivo Geral, seja pela 
particularidade do evento ou diante do conhecimento técnico necessário para atuação. 
 
Serviços Operacionais Essenciais 
Serviços considerados basilares e sustentáculos no desenvolvimento da polícia ostensiva e 
preservação da ordem pública de modo ordinário. Trata-se de serviços operacionais 
imprescindíveis e obrigatórios. 
 
Serviços Operacionais Ordinários 
Serviços em que o efetivo da Polícia Militar é empregado prioritariamente com ênfase no 
policiamento preventivo e de atendimento à comunidade. 
 
Setor 
Espaço físico atribuído à responsabilidade de Pelotão de Polícia Militar (Pel PM). 
 
Setorização 
Estratégia de segurança pública preventiva de delimitação territorial, cujo procedimento 
consiste em organizar o ambiente/espaço de atuação com o objetivo de atuar em 
proximidade/interação com a comunidade em atenção aos problemas que afetam a 
qualidade de vida local. 
 
Subárea 
Espaço físico atribuído à responsabilidade de uma Companhia da Polícia Militar (Cia PM). 
 
Subsetor 
Espaço físico atribuído à responsabilidade de Grupo de Polícia Militar (Gp PM). 
 
 
Tática Policial Militar 
Arte de empregar a tropa em ações e operações policiais militares de forma a se aplicar com 
eficiência os recursos técnicos que dispõe, ou de se explorar as condições favoráveis para 
se atingir os objetivos desejados. 
 
Técnica Policial Militar 
Conjunto de métodos e procedimentos usados para a execução eficiente das atividades 
policiais militares. 
 
Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) 
Procedimento de formalização da ocorrência policial referente à prática de infração de 
menor potencial ofensivo, em peça escrita, contendo circunstâncias e dados detalhados do 
fato. 
 
Universalidade 
Princípio no qual todo policial militar, independentemente do tipo de especialização e área 
de emprego, deve estar preparado para adoção de medidas, ainda que preliminares, em 
qualquer ocorrência que presencie ou para a qual seja acionado ou determinado. 
 
Zona Quente de Criminalidade (ZQC) 
Todo local que, por sua característica e histórico do registro de ocorrências policiais, 
apresente grande probabilidade de reincidência, demandando emprego preventivo e 
repressivo direcionado e dedicado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 
 
A PMMG estrutura-se em três níveis decisórios: Direção Geral, Direção Intermediária e 
Execução. 
 
O nível de Direção Geral ou Estratégico é responsável pelas decisões estratégicas visando 
à organização, coordenação e controle das Unidades dos demais níveis da Corporação. 
Compõe-se pelo Comando-Geral e aquelas que a ele se subordinam diretamente como o 
Gabinete do Comando-Geral e suas estruturas, dentre outras. 
 
O nível de Direção Intermediária ou Tático é composto pelas Regiões de Polícia Militar 
(RPM), Diretorias, Comando de Policiamento Especializado (CPE), Comando de Aviação do 
Estado (ComAvE), Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv) e Comando de 
Policiamento de Meio Ambiente (CPMAmb), além da Academia de Polícia Miliar (APM) e 
Corregedoria da Polícia Militar (CPM), e é responsável, perante o Comando-Geral, pela 
condução das respectivas Unidades nos campos operacionais e de apoio. 
 
O nível de Execução subdivide-se em Unidades de Execução Operacional (Batalhões, 
Companhias Independentes, incluindo as Unidades Especializadas) e Unidades de 
Execução de Apoio (Centros, Colégio Tiradentes e Hospital da Polícia Militar, por exemplo), 
que são responsáveis pelo cumprimento das diretrizes, ordens e instruções emanadas pelas 
Unidades de Direção, na execução da atividade-fim ou atividade-meio, respectivamente. 
 
Figura 1 – Estrutura Organizacional da PMMG 
 
 
Fonte: Adaptado pelos autores 
 
 
 
 
 
 
 
4.1 Estrutura e Articulação Operacional 
 
Para fins de planejamento, comando, coordenação, execução e controle, as Unidades da 
PMMG, nos diversos níveis, mantêm uma relação hierárquica e vertical de sua estrutura 
organizacional de acordo com o espaço geográfico ou missão institucional. O conjunto 
dessas relações da estrutura operacional, previamente estabelecido entre as Unidades nos 
diversos níveis, denomina-se articulação operacional. 
 
O Estado de Minas Gerais, no campo operacional, é dividido em frações com diversas 
dimensões, tendo como base os limites geográficos dos municípios, que ficarão sob a 
responsabilidade de determinada estrutura da PMMG em seus respectivos níveis, quais 
sejam: Região de Polícia Militar (RPM), Batalhão de Polícia Militar (BPM), Companhia de 
Polícia Militar Independente (Cia PM Ind), Companhia de Polícia Militar (Cia PM), Pelotão de 
Polícia Militar (Pel PM), Grupo de Polícia Militar (Gp PM) e Subgrupo de Polícia Militar (Sub 
Gp PM). 
 
A definição da estrutura e da articulação operacional baseia-se em critério técnicos e 
objetivos que visam a melhoria na prestação do serviço da PMMG à comunidade, quais 
sejam: 
a) população; 
b) área da unidade territorial; 
c) densidade demográfica; 
d) incidência de pobreza; 
e) índice de desenvolvimento humano; 
f) realidades culturais locais; 
g) frota de veículos; 
h) Produto Interno Bruto (PIB); 
i) efetivo policial; 
j) registro de crimes violentos no último ano; 
k) média de registro de crimes violentos nos últimos 3 anos; 
l) registro de delitos típicos de polícia no último ano; 
m) média do registro de delitos típicos de polícia nos últimos 3 anos; 
n) total de chamadas 190; 
o) estrutura de atendimento do 190; 
p) distância da sede do pelotão, companhia e, ou batalhão; 
q) processos críticos operacionais e administrativos; 
r) presença de outros órgãos de segurança nos municípios; 
s) existência de Unidade prisional na localidade; 
 
 
t) deslocamentos motorizados para registros de ocorrências policiais; 
u) sazonalidades específicas;v) outras variáveis que influenciam no trabalho desenvolvido pela PMMG. 
 
Para se criar mais de um Batalhão na sede de um município, a população desta localidade 
tem que ser acima de 400 (quatrocentos) mil habitantes. 
 
Para a criação de um Batalhão de Policiamento Especializado (BPE), seu efetivo existente 
deve conter no mínimo 250 (duzentos e cinquenta) policiais militares. Para a criação das 
Companhias de Polícia Militar Independente de Policiamento Especializado (Cia PM Ind. 
PE), seu efetivo existente deve conter no mínimo 100 (cem) policiais militares. 
 
A criação das UEOp especializadas, fica condicionada a capacidade interna de efetivo e 
infraestrutura operacional da RPM, sendo necessário para a sua propositura, a presença 
dos serviços do portifólio destinados ao primeiro e segundo esforços obrigatoriamente, nas 
UEOp de responsabilidade territorial. 
 
Havendo o interesse do Comandante da Região de Polícia Militar em criar ou recategorizar 
uma UEOp, deve-se proceder o Estudo de Situação, encaminhando-o ao nível estratégico 
da PMMG, através do Chefe do Estado-Maior da PMMG para a devida avaliação técnica e 
emissão de parecer fundamentado pela Assessoria Estratégica de Emprego Operacional 
(PM3), como forma de subsidiar a decisão da autoridade competente. 
 
A fonte dos dados para análise da estrutura e articulação operacional será dos dados 
oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dos sistemas de grande 
porte institucionais, como o Sistema de Gestão Operacional (SiGOp), armazém de dados de 
registros criminais, dentre outros que forem necessários. 
 
4.1.1 Região de Polícia Militar (RPM) 
 
Unidade de Direção Intermediária, comandada por Oficial do último posto da Corporação, 
com ascendência hierárquica imediata às Unidades de Execução Operacional (Batalhões, 
Cia PM Ind e Cia PM) cuja sede deverá localizar-se nos municípios mais expressivos do 
ponto de vista demográfico, socioeconômico e político, situados no espaço geográfico de 
sua responsabilidade. 
 
Essa divisão do Estado em Regiões de Policiamento atribui, aos respectivos comandantes, 
a responsabilidade perante o Comandante-Geral pelas atividades de policiamento ostensivo 
e preservação da ordem pública no espaço físico da respectiva Região além da 
 
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Assunto presente na prova do CEGESP/2022
 
 
implementação das políticas e diretrizes operacionais do Comando-Geral nos respectivos 
espaços territoriais de responsabilidade. 
 
4.1.2 Comando de Policiamento Especializado (CPE) 
 
Unidade de Direção Intermediária, equiparada ao nível de RPM, comandada por Oficial do 
último posto da Corporação, com ascendência hierárquica imediata às Unidades de 
Execução Operacional de Policiamento Especializado, cuja sede encontra-se na Capital do 
Estado. Tem como responsabilidade a coordenação, controle e emprego das Unidades 
Especializadas sob sua responsabilidade. 
 
Cabe ao CPE também, a coordenação técnica dos Batalhões de Policiamento Especializado 
(BPE) e Companhias PM Independentes de Policiamento Especializado (Cia PM Ind. PE) 
em todo o Estado, devendo realizar supervisões técnicas regularmente em tais Unidades. 
 
4.1.3 Comando de Aviação do Estado (ComAvE) 
 
 
Unidade de Direção Intermediária, equiparada ao nível de RPM, comandada por Oficial do 
último posto da Corporação, com ascendência hierárquica imediata às Unidades de 
Execução Operacional de Radiopatrulhamento Aéreo, cuja sede encontra-se na Capital do 
Estado. 
 
O ComAvE foi instituído, no âmbito do Estado de Minas Gerais, pelo Decreto n. 47.182, de 
08 de maio de 2017 e alterado pelo Decreto n. 47.696 de 02 de agosto de 2019 que prevê a 
gestão centralizada das aeronaves da PMMG, das Secretarias e dos Órgãos autônomos do 
Estado, com exceção do CBMMG e PCMG, respeitada a autonomia e competência legal de 
lcada instituição. 
 
Além disso, tem como missão a coordenação, controle e emprego das Unidades de 
radiopatrulhamento aéreo sob sua responsabilidade. É o órgão central do Sistema de 
Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (RPA) da PMMG, nos termos do previsto na 
Instrução nº 3.03.25/2018 – CG. É responsável pela formação de comandantes de 
aeronaves de asas fixas e rotativas, comandantes de operações aéreas, pilotos de 
aeronaves remotamente pilotadas e tripulantes operacionais de aeronaves. 
 
4.1.4 Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv) 
 
Unidade de Direção Intermediária, equiparada ao nível de RPM, comandada por Oficial do 
último posto da Corporação, com ascendência hierárquica imediata às Unidades de 
Execução Operacional de Policiamento Rodoviário, cuja sede encontra-se na Capital do 
 
 
Estado. Tem como responsabilidade o comando e coordenação do emprego do 
policiamento rodoviário nas rodovias estaduais e federais delegadas à PMMG. Em função 
da abrangência territorial das frações distribuídas em diversos pontos do Estado, atua em 
consonância ao 1º esforço de emprego operacional, executando suas atribuições 
específicas. 
 
4.1.5 Comando de Policiamento de Meio Ambiente (CPMAmb) 
 
Unidade de Direção Intermediária, equiparada ao nível de RPM, comandada por Oficial do 
último posto da Corporação, com ascendência hierárquica imediata às Unidades de 
Execução Operacional de Meio Ambiente, cuja sede encontra-se na Capital do Estado. Tem 
como responsabilidade a coordenação, controle e emprego das Unidades de policiamento 
de meio ambiente sob sua responsabilidade. Em função da abrangência territorial das 
frações distribuídas em diversos pontos do Estado, atua em consonância ao 1º esforço de 
emprego operacional, executando suas atribuições específicas. 
 
4.1.6 Batalhão de Polícia Militar (BPM) 
 
É a denominação dada às Unidades de Execução Operacional, subordinadas diretamente 
as Unidades de Direção Intermediária (UDI) de Execução Operacional (Comandos 
Regionais) e comandadas por Tenente Coronel PM, com a finalidade de executar atividades 
de polícia ostensiva em sua respectiva área de responsabilidade territorial e/ou missão, no 
caso das Unidades de Execução Operacional (UEOp) que exercem atividades 
especializadas. 
 
4.1.7 Companhia Independente de Polícia Militar (Cia PM Ind.) 
 
Denominação dada às Unidades de Execução Operacionais subordinadas diretamente aos 
Comandos Regionais, com missão de executar ações e operações de polícia ostensiva, em 
suas respectivas áreas de responsabilidade territorial. Criadas em municípios cujas 
características demográficas, socioeconômicas e políticas exijam maior representatividade 
policial militar, sendo comandadas por Tenente Coronel PM/Major PM. Possui o mesmo 
nível funcional e hierárquico de um Batalhão, entretanto com características estruturais 
diferentes, com uma administração menos densa. Neste contexto, enquadram-se também, 
as Companhias de Polícia Militar Independentes de Policiamento Especializado (Cia PM Ind. 
PE), com missões e atribuições específicas. 
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4.1.8 Companhia de Polícia Militar (Cia PM) 
 
Denominação dada à Subunidade PM subordinada a um Batalhão de Polícia Militar. São 
comandadas por Oficial Superior (Major PM) e Oficial Intermediário da PMMG, de acordo 
com previsão em Resolução do Comando-Geral. 
 
4.1.9 Pelotões de Polícia Militar (Pel PM) 
 
Denominação dada à fração PM subordinada diretamente a uma Cia PM Ind. ou Cia PM, 
comandada por Oficial Subalterno da PMMG, tendo como fração imediatamente 
subordinada os Gp PM. 
 
4.1.10 Grupo PM (Gp PM) 
 
Denominação dada à fração PM subordinada diretamente a um Pel PM, via de regra, com 
responsabilidade territorial sobre um município, tendo como fração imediatamente 
subordinada os Subgrupos PM (Sub Gp PM). O Grupo PM também pode ser chamado 
Destacamento PM. 
 
4.1.11 Subgrupo PM (Sub Gp PM) 
 
É a menor fração PM da corporação, subordinadaa um Gp PM e, via de regra, tem 
responsabilidade territorial sobre o distrito de um município. Também é chamado por 
Subdestacamento PM. 
 
4.2 Articulação Territorial entre os órgãos do Sistema de Defesa Social 
 
O modelo de defesa social vigente no Estado de Minas Gerais é calcado no pensamento 
sistêmico, ou seja, aquele em que todos compartilham de maneira integrada, a busca de 
medidas efetivas para a solução dos problemas, sem que se atribua a único órgão, a 
responsabilidade de resposta frente ao fenômeno da criminalidade. 
 
Neste viés, uma das medidas adotadas no âmbito de Estado foi criar a Resolução Conjunta 
n. 176 de 21 de janeiro de 2012, que define a articulação territorial entre os órgãos do 
Sistema de defesa Social, apresentados conforme se segue abaixo. 
 
4.2.1 Área Integrada de Segurança Pública: as Áreas Integradas de Segurança Pública, lato 
sensu, são circunscrições territoriais que agregam agências prestadoras de serviços 
públicos essenciais, com a responsabilidade compartilhada e direta de uma Unidade/fração 
da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e uma Delegacia de Polícia Civil, operando 
como unidades de planejamento, execução, controle, supervisão, monitoramento corretivo e 
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Este conteúdo caiu no EAP 3º Sgt/2022
 
 
avaliação das ações locais de segurança. 
No contexto da vigente política de integração da Defesa Social em Minas Gerais, as áreas 
integradas estão delineadas em três níveis: 
 
4.2.1.1 Região Integrada de Segurança Pública (RISP), composta por uma RPM e por um 
Departamento de Polícia Civil. 
 
4.2.1.2 Área de Coordenação Integrada de Segurança Pública (ACISP), composta por uma 
UEOp (BPM ou Cia PM Ind) e uma Delegacia Regional de Polícia Civil. 
 
4.2.1.3 Área Integrada de Segurança Pública (AISP), composta por uma fração PM (Cia ou 
Pel) e uma Delegacia de Polícia Civil. 
 
A formatação das AISP decorre da compatibilização das áreas de competência das forças 
policiais, procurando respeitar as divisões administrativas adotadas pelas prefeituras, a 
partir da referência dos indicadores demográficos, socioeconômicos e de infraestrutura, bem 
como a partir da base estrutural da qual se assenta o planejamento e a oferta de serviços 
públicos essenciais. Esse pressuposto deve ser perseguido por todas as RPM. 
 
As Áreas Integradas de Segurança Pública preservam, sempre que possível, a antiga 
localização das sedes de unidades operacionais das Polícia Militar e Civil, ajustando, porém, 
suas circunscrições aos limites de municípios e bairros, no interior do Estado, e aos 
contornos de bairros e regiões administrativas, na capital. Elas visam: 
 
a) integrar as polícias, as comunidades e as agências públicas e civis prestadoras de 
serviços essenciais à população; 
b) melhorar a qualidade dos serviços de segurança pública à luz de diagnósticos 
tecnicamente orientados sobre a criminalidade, a violência e a desordem, 
adequando essa oferta às demandas comunitárias locais; 
c) integrar as forças de segurança estadual e municipal, possibilitando o 
planejamento e a execução de políticas locais de policiamento em sintonia com a 
realidade de cada região do Estado e da capital; 
d) adequar as forças policiais ao seu ambiente de atuação e às necessidades 
específicas das comunidades; 
e) racionalizar e otimizar o emprego dos recursos de segurança pública, 
incorporando os serviços públicos essenciais ao planejamento estratégico das 
organizações policiais; 
 
 
f) possibilitar a participação consultiva da comunidade na gestão local da segurança 
pública, por intermédio da criação de um Conselho Comunitário de Segurança em 
cada área integrada; 
g) viabilizar a prestação de contas regular e transparente dos serviços de segurança 
pública ofertados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS NA SEGURANÇA PÚBLICA 
 
 
A PMMG, no desempenho de sua missão constitucional de polícia ostensiva e preservação 
da ordem pública, desenvolve diversas estratégias na prevenção e repressão criminal. 
 
Importante observar que é citado na Constituição Federal o termo “polícia ostensiva” em vez 
de “policiamento ostensivo”, ampliando o conceito e elevando-o para além do procedimento, 
de forma que se assegure que o policiamento seja apenas uma fase da atividade de polícia. 
O policiamento corresponde apenas à atividade de fiscalização. Por esse motivo, a 
expressão “polícia ostensiva” expande a atuação de polícia militar à integridade do exercício 
do poder de polícia. 
 
O adjetivo “ostensivo” refere-se à ação de presença, característica do policial fardado, que 
por intermédio da estrutura e estética militar, com uso de uniformes, equipamentos e 
distintivos próprios, representa e evoca a força da corporação policial. 
 
O Decreto-Lei n. 667, de 02 de julho de 1969, recepcionado pela Constituição Federal, 
menciona de forma inconteste a competência das polícias militares. Em seu art. 3º afirma 
que as polícias militares são “instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança 
interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal [...]”. 
 
Outrossim, no mesmo art. 3º consta a competência das Polícias Militares: 
a) executar com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das Forças 
Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, 
a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o 
exercício dos poderes constituídos; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 12.1.1983) 
b) atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas 
específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem; (Redação dada 
pelo Del nº 2010, de 12.1.1983) 
c) atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem, precedendo o 
eventual emprego das Forças Armadas; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 
12.1.1983) 
d) atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de 
guerra externa ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça 
de sua irrupção, subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas 
atribuições específicas de polícia militar e como participante da Defesa Interna e da 
Defesa Territorial; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 12.1.1983) 
e) além dos casos previstos na letra anterior, a Polícia Militar poderá ser convocada, 
em seu conjunto, a fim de assegurar à Corporação o nível necessário de 
adestramento e disciplina ou ainda para garantir o cumprimento das disposições 
deste Decreto-lei, na forma que dispuser o regulamento específico. (Incluída pelo 
Del nº 2010, de 12.1.1983) 
 
Vê-se, portanto, que a missão constitucionalmente prevista para a Polícia Militar, de 
executar com exclusividade o policiamento ostensivo, fardado, já era prevista em Lei. O 
militar, no exercício de suas funções constitucionais, isoladamente ou não, é autoridade 
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2010.htm#art3
 
 
policial militar. Essa autoridade decorre do poder/dever do exercício das atividades da 
polícia ostensiva. Assim, a autoridade de um policial militar, em qualquer nível, implica 
direitos e responsabilidades. 
 
Conforme afiança Lazzarini (2009), “o policial militar é um agente público, ou seja, é a 
pessoa física incumbida de concretizar o dever do Estado de dar segurança pública, para 
preservar a ordem pública, a incolumidade das pessoas e do patrimônio, como previsto no 
artigo144, caput, da Constituição da República”. 
 
Assim, o militar que, por exemplo, relatar uma ocorrência, realizar uma busca pessoal, 
desviar o trânsito de uma via, autuar um infrator do trânsito ou efetuar uma prisão, estará no 
exercício de uma competência que lhe é atribuída por lei. 
 
A autoridade do militar, que legitima a sua ação, decorre de sua investidura no cargo ou 
função para o qual foi designado. O poder público do qual o militar é investido deve ser 
usado como atributo do cargo e não como privilégio de quem o exerce. É esse poder que 
empresta autoridade ao agente público. 
 
Ainda conforme Lazzarini (2009), 
O policial militar [...] encarna a autoridade do Estado, conforme temos sustentado, 
com base na doutrina e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. O policial 
militar, com efeito, enquadrando-se na espécie de agente administrativo do gênero 
agente público, dentro da sua investidura legal de oficial ou praça, tem a 
correspondente autoridade pública para fazer o Estado vencer as resistências 
daquelas pessoas, físicas ou jurídicas, que não atendam os atos de Governo ou da 
Administração Pública, lembrando-se que tais atos sempre se presumem legítimos 
e, portanto, são de atendimento imperativo aos seus destinatários. 
O policial militar, exercendo o Poder de Polícia, concretiza em ato o verdadeiro 
Poder Público, removendo, com medidas quase sempre coercitivas, os obstáculos 
impostos pelos destinatários dos atos do Governo ou da Administração Pública. 
 
Quanto à missão constitucional, em uma perspectiva contemporânea, verifica-se que o novo 
Estado Democrático de Direito, concebido pela Constituição da República de 1988, 
redimensiona a ordem social, apresentando a ampliação da missão constitucional reservada 
às instituições policiais militares para além do policiamento ostensivo, direcionando seu foco 
de atenção ao bem estar das pessoas, à garantia dos direitos fundamentais, ao livre 
exercício da cidadania; enfim, à valorização da segurança cidadã e humana. 
 
Vivenciando este cenário foi desenvolvido pela Instituição o Plano de Reestruturação da 
PMMG que estabelece as seguintes premissas: fortalecimento do policiamento ostensivo, 
combate à interiorização do crime, redução da criminalidade violenta e aumento da sensação 
de segurança. 
As medidas adotadas pela PMMG no combate à criminalidade levam em consideração as 
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este assunto foi cobrado na prva do CESP 2023
 
 
teorias do crime, suas causas e consequências e preveem a realização de ações diretas e 
indiretas que impactam na ocorrência da criminalidade. De igual modo, visando a ampliação 
da sensação da segurança e a redução do medo do crime, a Corporação também executa 
ações direcionadas para estes seguimentos, levando-se em consideração as condicionantes 
individuais que influenciam na percepção da comunidade sobre o tema. 
 
5.1 Senso de Legalidade e Legitimidade 
 
 
A ação dos policiais militares, no exercício de polícia ostensiva em suas diversas 
configurações, serviços e oportunidades, deve desenvolver-se dentro dos estritos limites 
legais. Conforme enumeram as teorias do direito administrativo, o exercício do Poder de 
Polícia é discricionário, mas não é arbitrário. Seus parâmetros são definidos pela própria lei. 
 
A estrita observância aos limites legais, associada à observância das necessidades e 
aspirações da população, assegura a legitimidade das ações policiais, propiciando assim, 
um clima de convivência harmoniosa, pacífica, de respeito e credibilidade. 
 
O senso de legalidade não pode estar dissociado do senso comum da ordem pública, isto é, 
dos valores cultuados pela comunidade como essenciais à sua harmonia, do desejo coletivo 
de preservar certos costumes, certas condições de convivência ou situações ou fatos que, 
se modificados por alguém, possam afetar a moral e a ética social. 
 
O cidadão, indistintamente, tem assegurados os seus direitos e garantias fundamentais, 
sendo invioláveis o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos constitucionais. O agente público, policial militar, que tem a missão de garantir o 
exercício desses direitos, não pode, consequentemente, ignorá-los ou violá-los. 
 
Mesmo aquele cidadão que é acusado ou apanhado no cometimento de ilícitos, deve ser 
assegurada a dignidade e integridade física, em respeito à sua condição humana. O uso de 
força na atividade policial, quando necessário, deve ser legítimo e proporcional à condição 
apresentada pela pessoa abordada, observando-se ainda, os princípios essenciais ao seu 
uso. 
 
O senso de legalidade deve orientar a conduta de todo e qualquer profissional de segurança 
pública. Deve presidir todos os seus atos e inspirar suas ações, qualquer que seja a 
atividade a desempenhar. 
A Polícia Militar de Minas Gerais, em sua pujante trajetória de serviços prestados à 
comunidade mineira, atuando sempre com a observância da legalidade e legitimidade, 
 
 
estabeleceu uma nova concepção em seu arcabouço operativo-doutrinário, procurando 
extirpar práticas violentas e arbitrárias. 
 
O Manual Técnico Profissional nº 3.04.01/2013 – CG (Caderno Doutrinário n. 1), que trata 
sobre Intervenção policial, processo de comunicação e uso de força, apresenta o modelo de 
uso diferenciado da força que deve ser objeto de constante consulta e estudo dos policiais 
militares. 
 
Nos aspectos procedimentais norteados pela doutrina, há a diferenciação entre o uso de 
violência e o uso de força, sendo a primeira atitude reprovada. O esquema a seguir ilustra a 
diferenciação entre eles. 
 
Figura 02 - Uso de Violência x Uso de Força. 
 
USO DE VIOLÊNCIA 
 
 
 
ATIVIDADE 
POLICIAL 
 
 
 
USO DE FORÇA 
 
 
 
Fonte: MINAS GERAIS (2002)3, adaptado. 
 
A lógica ilustrada norteia o correto direcionamento e dimensionamento da atividade policial. 
Essa postura se consolida com a irradiação da doutrina de Direitos Humanos, de forma 
transversal em todas as atividades de formação, treinamento e práticas operacionais da 
Polícia Militar. 
 
Assim, deve estar sempre claro para todos os policiais militares que o uso de força é um 
instrumento de trabalho da polícia. Conhecer as leis que balizam o seu uso, bem como as 
várias circunstâncias e intensidades disponíveis do uso de força, é uma necessidade. 
 
 
 
3 MINAS GERAIS. Polícia Militar. Manual de Prática Policial , Volume 1. Belo Horizonte. MG, 2002. 
 
• Profissional 
• Legal 
• Legítimo 
• Profissional 
• Arbitrário 
• Ilegal 
• Ilegítimo 
• Amador 
 
 
 
6 METODOLOGIA DE EMPREGO OPERACIONAL 
 
 
6.1 Teoria do Crime 
 
 
Os estudos sociológicos que explicam a existência e as causas da violência, em geral, 
levam em consideração as características do indivíduo autor do crime e suas motivações, os 
hábitos e rotinas das vítimas e o ambiente em que ambos estão inseridos. 
 
A abordagem sociológica do crime ganhou destaque nas primeiras décadas do século XX 
com os estudos da Escola de Chicago e vem sendo largamente utilizada pelos órgãos de 
Segurança Pública no planejamento de operações policiais na prevenção da criminalidade. 
 
Esta abordagem objetiva a análise do fenômeno do crime como uma relação dinâmica e 
inter-relacional entre o ambiente, os grupos sociais ali instalados e o próprio indivíduo. 
Trouxe grandes contribuições para diversas correntes teóricas, tais como, as atividades 
rotineiras, janelas quebradas, desorganização social, dentre outras (SILVA, 2013). 
 
A Teoria das Atividades Rotineiras vincula a decisão racional de cometimento do delito à 
oportunidade e ao contexto situacional do autor, acentuando a relevância dos fatores 
temporais e espaciais e a falha no controle social formal e informal (MOLINA E GOMES, 
2006). 
 
Esta teoria vincula a existência do delito a três fatores essenciais convergentes no tempo e 
espaço, quais sejam: ofensor motivado e disposto a cometer o delito; alvo disponívelque 
possa ser atacado; e ausência de guardiões capazes de impedir a ocorrência do crime. 
Nesta lógica a atuação preventiva em qualquer um destes fatores anula a possibilidade de 
ocorrência do crime (CLARKE; FELSON, 1998; MOREIRA, 2005). 
 
De acordo com a Teoria do Meio ou Entorno Físico, o infrator observa as vulnerabilidades 
que o espaço físico pode oferecer na decisão pelo cometimento do delito. Esta teoria 
explicaria, por exemplo, a existência recorrente de delitos em determinados locais de uma 
cidade. Desta feita, uma ação preventiva, tornando o ambiente mais seguro, reduziria a 
probabilidade de ocorrência do delito naquela localidade (MOLINA e GOMES, 2006). 
 
 
 
 
 
A Teoria da Desorganização Social4, por sua vez, afirma que a incapacidade de controle 
 
 
social informal da comunidade enfraqueceria as relações entre seus membros e os tornaria 
mais propensos a desrespeitar as normas e as regras. 
 
O Modelo Sistêmico da Organização Social, proposto por Bursik e Grasmick (1993), apoia 
que o fortalecimento do controle social privado, relacionado aos grupos primários como a 
família e amigos mais próximos; o paroquial, estabelecido a partir das relações entre 
membros da comunidade com menor vinculação e também naquelas advindas de 
participações em instituições como igrejas e associações/grupos comunitários; e o público, 
com atuação do setor público na promoção de controle social por meio de ação proativa das 
forças públicas ou por provocação por membros ou grupos comunitários, é essencial para a 
redução da criminalidade (SILVA, 2013). O fortalecimento do controle social, nos níveis 
primário, paroquial e público, desta forma, ensejaria na redução do crime. 
 
As perspectivas de planejamento operacional dos Comandantes, em diversos níveis, estão 
amparadas no fato de que as causas e variáveis que contribuem para a existência do delito 
devem ser conhecidas e levadas em consideração para que o emprego dos recursos 
humanos e do aparato logístico seja efetivado de forma lógica, real e com qualidade. 
 
As teorias de causação do crime, ao lançarem luz sobre determinadas variáveis e 
sua epidemiologia, permitem que o planejador do Estado escolha dentre inúmeras 
variáveis aquelas que supostamente devem ser as mais importantes. Os modelos 
empíricos, ao detalharem a metodologia de aferição, possibilitam a centralização das 
atenções e dos escassos recursos públicos em algumas poucas variáveis, que 
podem não explicar uma verdade universal, mas interferem decisivamente (com 
maior probabilidade) na dinâmica criminal daquela região onde se quer intervir 
(CERQUEIRA e LOBÃO, 2004, p. 234). 
 
O Modelo de Prevenção Criminal mencionado por Brantngham e Faust (1976) adota três 
níveis de abordagens de prevenção: primária, secundária e terciária, conforme descreve 
Sento-Sé (2011). 
 
A prevenção primária é concebida como uma abordagem abrangente, que articula 
ações a partir da identificação de áreas e públicos potencialmente sujeitos a serem 
arrastados pela violência, antes que ela instaure-se efetivamente. A prevenção 
secundária seria mais circunscrita. Ela diria respeito a populações e regiões 
identificadas como portadoras de características passíveis de serem identificadas 
como zonas de risco. Finalmente, a prevenção terciária diria respeito a iniciativas 
focadas em áreas conflagradas ou evidentemente identificadas como espaços 
recorrentes de episódios criminais e populações reconhecidas como vítimas ou 
agressores consumadas. (SANTO-SE, 2011, p. 22) 
 
 
 
 
 
 
4 De acordo com o modelo proposto por Shaw e McKay a desorganização social é ocasionada pelos seguintes 
fatores: mobilidade social, a heterogeneidade ética e o baixo status econômico (SILVA, 2004). 
 
 
Gartner (2008) apresentou variantes da abordagem de Brantngham e Faust (1976) 
descrevendo a prevenção primária como uma intervenção focada nas condições gerais do 
indivíduo que favorecem a ocorrência da violência. A prevenção secundária estaria voltada a 
indivíduos e grupos com maior vulnerabilidade para envolvimento como autor ou vítima de 
violência; a terciária seria direcionada aqueles indivíduos recorrentes como autores de 
violência, como forma de se evitar a reincidência (SENTO-SE, 2011). 
 
Tonry e Farrington (1995), com uma análise mais recente, trabalhou a prevenção criminal 
em quatro aspectos: prevenção à evolução criminal com foco nos fatores de risco para que 
indivíduos se tornem autores e vítimas de crimes; prevenção comunitária com foco nas 
condições sociais que potencialmente promovem a degradação dos ambientes; prevenção 
situacional voltada para a decisão do indivíduo em cometer o delito, especialmente o cálculo 
do custo/benefício desta conduta; e prevenção criminal que são estratégias em diversas 
áreas adotadas pelo Poder Público. 
 
A atividade de prevenção da violência e da criminalidade, levada a efeito pelos Comandos 
em seus diversos níveis, devem considerar as teorias que explicam a existência do crime, 
propondo intervenções cabíveis a cada tipo de delito, sejam elas direcionadas ao autor, à 
vítima ou ao ambiente. 
 
O planejamento operacional pode ser empreendido pela combinação do objetivo, do 
diagnóstico e da estratégia. Além disso, ele é sustentado por um triângulo, conforme se vê 
na figura abaixo, na qual cada vértice deve responder a uma pergunta: Aonde queremos 
chegar? Onde estamos? E qual caminho trilharemos? 
 
Figura 3 – O triângulo do planejamento. 
 
 
Fonte: Adaptado de FERNANDES, 2017. 
 
 
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Visando desenvolver adequadamente o processo de emprego operacional apresenta-se a 
metodologia de solução de problemas, com a utilização de ferramentas importantes que 
devem ser utilizadas para indicar ou direcionar as melhores práticas ou decisões a serem 
tomadas para alcance dos objetivos estratégicos da PMMG. 
 
6.2 Metodologias de Solução de Problemas 
 
 
6.2.1 Policiamento orientado para o problema 
 
O policiamento para solução de problemas, também conhecido como policiamento orientado 
para o problema, é uma estratégia que tem como objetivo principal a adoção de medidas de 
caráter preventivo direcionado para diversas áreas que apresentam problemas recorrentes. 
 
Esta estratégia busca atuar nas causas do crime como forma de solução imediata de 
incidentes específicos e prevenção a médio e a longo prazo para crimes semelhantes em 
determinado território. 
 
A solução de problemas deve ser parte da rotina de trabalho policial e seu emprego regular 
pode contribuir para a redução ou solução dos crimes, melhorar a sensação de segurança e 
até mesmo diminuir a desordem física e moral vivenciada na comunidade. Os meios 
utilizados são diferentes dos anteriores e inclui um diagnóstico das causas subjacentes do 
crime, a mobilização da comunidade e de instituições governamentais e não governamentais. 
 
O policiamento orientado para o problema utiliza-se do método analítico SARA5 (modelo 
IARA), que é formado pelo acróstico de cada fase, conforme se vê na Figura 4. 
 
Figura 4 – Método IARA no policiamento orientado para o problema 
 
 
Fonte: GOLDSTEIN, 2003. 
 
5 SARA – Scanning, Analysis, Response and Assessement. 
 
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O primeiro passo desse ciclo é reconhecer que as ocorrências que possuem um mesmo 
padrão de repetição são “incidentes” de um problema maior e que precisam ter suas 
origens/causas bem compreendidas para ser solucionado. 
 
Para criar uma resposta adequada, os policiais utilizam as informações obtidas a partir do 
atendimento das ocorrências, banco de dados de ocorrências policiais, a própria 
comunidade, de pesquisas, etc., perpassando pelas quatro fases que compõem o método de 
solução de problemas. 
 
Desta forma, inicialmente se deve identificar, de forma precisa, quais os problemas 
que levam os cidadãos a procurar a polícia. Uma vezidentificados, cada problema 
deve ser explorado minuciosamente, com a finalidade de conhecer as características 
do problema e suas origens, de tal forma que seja possível estabelecer soluções mais 
inteligentes e que proporcionem melhores resultados, seja na eliminação do problema 
ou na redução de sua ocorrência, consequência ou outros efeitos adversos que possa 
produzir. Finalmente, as respostas implementadas devem ser avaliadas, no sentido 
de apurar se foram ou não efetivas (HÍPOLITO E TASCA 2012, p. 172). 
 
a) 1ª Fase - Identificação 
 
 
A identificação do problema6 é o primeiro passo na metodologia IARA e trata-se do processo 
de estabelecer prioridades e definir qual o problema será enfrentado a partir de atos 
concretos e dados coletados de fontes confiáveis. 
 
Nesta fase as informações quantitativas e qualitativas podem ser suplementadas com 
inteligência de Segurança Pública, além do uso de tecnologias de análise criminal. A 
quantidade e qualidade dos dados obtidos têm impacto decisivo na solução do problema, por 
isto devem ser obtidas de diversas fontes. Inclusive a comunidade pode e deve participar 
desta coleta de dados, através da denúncia anônima, ou outra forma que preserve a sua 
segurança. O Quadro 1 apresenta alguns exemplos de fontes dos dados tanto nas 
organizações policiais quanto nas comunidades. 
 
Quadro 1 – Fontes de dados para identificação do problema 
 
Organizações Policiais Comunidades 
Estatísticas, mapas de geoprocessamento, 
características socioeconômicas e geográficas 
do ambiente onde o problema ocorre, 
informações de inteligência, disque-denúncia, 
entrevistas com infratores que já foram 
presos/apreendidos, informações em outras 
organizações públicas ou privadas, etc. 
Entrevista com pessoas que têm sofrido com o 
problema, fazer um levantamento sobre o perfil 
da área (iluminação, lotes vagos, existência de 
locais de lixo/entulhos, desordens gerais, etc) e 
um perfil da população do local (quantidade, 
idade, hábitos, etc). 
Fonte: MOREIRA; OLIVEIRA, 2004. 
 
6 Conforme afirma Tasca (2010) um problema corresponde a um grupo de incidentes similares em tempo, modo, 
lugar e pessoas, relacionados à Segurança Pública. 
 
 
 
Para melhor classificação dos problemas, recomenda-se utilizar o diagrama do quadro 2, que 
irá delimitá-los em uma das três categorias, conforme exposto abaixo: 
 
Quadro 2- Diagrama de Classificação dos Problemas (exemplos fictícios) 
 
Crime Medo do crime Desordem 
 
 
 
 
 
 
 
Furto de celular a transeunte. 
 
Roubos aos estabelecimentos 
comerciais. 
 
Os transeuntes estão com 
medo de fazer compras no 
horário comercial. (Principal 
Problema, segundo a 
percepção da comunidade e 
dos policiais). 
 
Os comerciantes estão 
fechando os comércios devidos 
ao ”toques de recolher”. Após 
18:00 horas. 
 
Os vizinhos têm medo e não 
confiam uns nos outros, que 
moram no centro comercial. 
 
As pessoas têm medo de 
reportar os problemas para a 
polícia e outras autoridades. 
 
As crianças têm medo de 
brincar no parque. 
 
Grafitagem não autorizada em 
prédios públicos. 
 
Prostituição de adolescentes 
próxima aos bares. 
 
Som auto em veículo 
automotores. 
 
Veículo abandonado. 
 
Lote vago e sem cercamento. 
 
Pessoas suspeitas, próximo aos 
estacionamentos. 
 
Prédios sem manutenção e com 
pintura decadente. 
 
Lixo espalhado. 
Fonte: Adaptado de MOREIRA; OLIVEIRA, 2004. 
 
 
Uma ferramenta importante para identificar problemas é a técnica brainstorming7, 
popularmente conhecida como “Tempestade de Ideias”, que pode ser utilizada nas 
seguintes fases: 
 
I. identificação de problemas; 
II. identificação de causas dos problemas; 
III. identificação de soluções para as causas dos problemas. 
 
 
Busca-se no brainstorming a potencialização na construção de ideias criativas para solução 
de determinado problema, no qual o ato de julgar a ideia alheia é proibido. Outra ferramenta 
que pode ser utilizada na fase de identificação do problema é o Diagrama de Pareto que 
proporciona a priorização quantitativa de problemas e causas de resultados insatisfatórios. 
 
 
7 Brainstorming é o método pelo qual um grupo tenta encontrar uma solução para um problema específico 
através da acumulação de ideias espontâneas pela contribuição de todos os membros esse grupo (OSBRON, 
1969). 
 
 
Esta ferramenta baseia-se no princípio de Pareto, também conhecido como 80-20, onde 
80% dos resultados provém de apenas 20% das causas/problemas potenciais. Desse modo, 
seguindo uma metodologia de busca de informações, identificam-se os problemas e/ou 
causas que são responsáveis por 80% dos resultados. 
 
b) 2ª Fase - Análise 
 
A fase da análise constitui-se no cerne do processo e por isso tem grande importância no 
esforço para a solução do problema. Uma resposta adequada não será possível a menos 
que se conheça, perfeitamente, a causa do problema. 
 
Uma análise completa envolve a seriedade do problema, todas as pessoas, grupos 
envolvidos e afetados, bem como as causas possíveis do problema, avaliando as atuais 
respostas e sua efetividade. 
 
Para facilitar o planejamento, o incidente é analisado sob a ótica de um triângulo, sendo que 
cada lado corresponde a uma variável, que seriam: um agressor ou infrator; uma vítima em 
potencial; e um local ou ambiente favorável. O triângulo de análise do problema ajuda os 
envolvidos a visualizar o problema e entender o relacionamento entre os três elementos. 
 
Figura 5 – Triângulo de Análise do Problema 
 
 
Fonte: Adaptada de MOREIRA; OLIVEIRA, 2004. 
 
Para que o crime ocorra deve haver a interação concomitante entre estes três elementos, do 
contrário, na falta de algum deles, não haverá delito. 
 
Parte do trabalho de análise do crime consiste em descobrir, o máximo possível, sobre 
vítimas, agressores e locais onde existem problemas para que haja entendimento sobre o 
que está provocando o problema e o que deve ser feito a respeito disso. 
 
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Quando os policiais e as lideranças comunitárias chegarem nesta fase, o problema escolhido 
será devidamente analisado. O formulário proposto para facilitar o desencadeamento lógico 
das ideias é o diagrama de Ishikawa (causa-efeito), adaptado para o contexto policial 
A metodologia a ser utilizada na construção do diagrama perpassa pelo envolvimento da 
comunidade e do grupo de policiais que descreverá as causas deste problema. 
 
Figura 6 – Diagrama causa-efeito no policiamento (exemplo fictício) 
 
 
Fonte: MOREIRA; OLIVEIRA, 2004. 
 
c) 3ª Fase - Resposta 
 
A fase de resposta corresponde ao desenvolvimento das ações adequadas para 
enfrentamento do problema que foi claramente identificado e detalhadamente analisado. 
 
Para desenvolver respostas amplas e adequadas devem ser consideradas ações dirigidas ao 
agressor, vítima e local do fato, Triângulo de Análise do Problema (TAP), com a proposição 
de soluções criativas que irão lidar com pelo menos dois lados deste triângulo. 
 
É importante lembrar que a chave para desenvolver respostas adequadas, é certificar-se de 
que as respostas são bem focalizadas e diretamente ligadas com as descobertas feitas na 
fase de análise do problema. 
 
 
 
 
 
Conforme Quadro 3 as respostas abrangentes podem frequentemente requerer prisões, 
mudanças nas leis, etc. Mas as prisões nem sempre são as respostas mais efetivas. 
 
Quadro 3 - Maneiras de lidar com o problema policial 
 
Ordem Item Descrição 
 
 
1º 
 
 
Eliminar totalmente o problema 
A efetividade é medida pela ausência total dos 
tipos de ocorrência que o problema criava. É 
improvável que a maior parte dos problemas 
possam ser totalmente eliminados, mas alguns 
podem. 
2º 
Reduzir o número de ocorrências 
geradas pelo problema. 
O objetivo é a redução do número de ocorrência 
provenientes do problema. 
 
3º 
 
Reduzir a gravidade dos danos 
A efetividade para este tipo de soluçãoé 
demonstrada constatando-se que as ocorrências 
são menos danosas. 
 
 
4º 
 
 
Lidar melhor com velhos problemas 
Tratar o maior número de participantes de modo 
mais humano, reduzir os custos, melhorar a 
capacidade de lidar com a ocorrência. Ou seja, 
promover satisfação para as vítimas, reduzindo 
os custos e outro tipo de medida que pode 
mostrar que este tipo de solução é efetivo. 
 
 
5º 
 
 
Encaminhar o problema para outra 
autoridade não policial. 
A efetividade para este tipo de solução pode ser 
medida pela observação de como a polícia está 
lidando originalmente com o problema e a razão 
de transferir a responsabilidade para outro. 
Somente de ser adotada se o policial não puder 
fazer nada para resolver. 
Fonte: Adaptado de MOREIRA; OLIVEIRA, 2004. 
 
 
Uma ferramenta importante que deve ser utilizada na definição de ações e 
responsabilidades é a planilha 5W2H8 (em inglês). Ela é utilizada na elaboração de planos 
de ação e possui uma sequência lógica de questionamentos que ao serem respondidos 
potencializará o alcance de determinado objetivo. 
 
Quadro 4- Diagrama 5W2H 
 
Item Descrição 
What (O quê?) Indica a ação a ser desenvolvida para atingimento da meta. 
Why (Por quê?) Define o motivo pelo qual se deseja atingir a meta. 
When (Quando) Indica o período de execução da ação. 
Where (Onde) Define o local onde serão executadas as ações. 
Who (Quem?) 
Designa o responsável por executar a ação definida para atingimento da 
meta. 
How (Como?) Indica o método utilizado para se atingir a meta definida. 
How Much (Quanto?) Apresenta os custos para implementação daquela ação. 
Fonte: MOREIRA; OLIVEIRA, 2004. 
 
8 5 W – why, what, when e where, who; 2 H – How e how much. 
 
 
 
 
 
Outro formulário (Plano de Ação) pode ser utilizado com a própria metodologia 5W2H, pois, 
este Plano direciona o trabalho do policial e da comunidade, facilitando a execução das 
tarefas, e principalmente, estabelece com objetividade as metas a cumprir. 
 
Quadro 5 - Plano de Ação de Policiamento – 5W2H 
 
 
 
PLANO DE AÇÃO DE POLICIAMENTO (5W2H) 
 
Unidade: 
Evento: Local: Data: 
Objetivo (Why?): Próxima Reunião: 
Ação (What?) Como (How?) 
Quando 
(When?) 
Onde 
(Where?) 
Quanto custa 
(How Much?) 
 
 
 
 
 
Responsável pela meta: Outros contatos importantes: 
Fonte: Adaptado de MOREIRA; OLIVEIRA, 2004. 
d) 4ª Fase - Avaliação 
 
Na etapa de avaliação, os policiais verificam a efetividade de suas respostas. Um número de 
medidas tem sido tradicionalmente usado pela polícia e comunidade para avaliar o trabalho 
da polícia. Isso inclui o número de prisões, nível de crime relatado, tempo de resposta, 
redução de taxas, queixas dos cidadãos e outros indicadores. 
 
Várias dessas medidas podem ser úteis na avaliação do esforço para solução de problemas, 
entretanto, as medidas não tradicionais facilitam a avaliação onde o problema tem sido 
reduzido ou eliminado. Moreira; Oliveira (2004) destaca alguns exemplos da literatura: 
 
a) redução da quantidade de vítimas repetidas; 
b) redução da quantidade de relatos de crimes ou ocorrências; 
c) indicadores de qualidade de vida nos bairros, que podem incluir: salários para 
comerciários em uma área-alvo, aumento de utilização da área, aumento do valor 
venal das propriedades, diminuição da vadiagem, menos carros abandonados, 
 
 
menos lotes sujos, entre outros; 
d) aumento da satisfação do cidadão com respeito à maneira com que a polícia está 
lidando com o problema (determinado através de pesquisas, entrevistas, etc.); 
e) redução do medo dos cidadãos relativo ao problema; entre outros. 
 
A avaliação é a chave para o método IARA. Se as respostas não são efetivas, as 
informações reunidas durante a etapa de análise devem ser revistas. Portanto, a coleta de 
novas informações é necessária para que nova solução seja desenvolvida e testada. 
Quando o Plano de Ação é bem objetivo, facilita muito o trabalho de avaliação (cumprimento 
de metas) por todos envolvidos no processo. 
 
O policiamento orientado para o problema é uma estratégia “silenciosa”, pois geralmente as 
ações alcançadas não são divulgadas na mídia. Por isso, a importância dos chefes policiais 
e lideranças comunitárias terem os objetivos bem claros para não haver dificuldade de avaliar 
(diariamente, semanalmente e mensalmente), a tarefa de cada policial. O ideal é fazer a 
avaliação durante todo o processo, para justamente realinhar algum desvio. Isso porque, é 
muito comum iniciar o cumprimento de um objetivo e surgirem outras demandas. Uma 
maneira fácil de acompanhar cada objetivo, segundo o seu cumprimento de forma 
percentual, pode ser demonstrada exemplificadamente conforme o Quadro 6. 
 
Quadro 6 - Avaliação quantitativa do plano de ação de policiamento – exemplos fictícios 
 
 
Ação Realizada 
 
Responsável 
Orçamento já 
executado 
Cumprimento % 
25% 50% 75% 100% 
Implantação do 
policiamento de 
bicicletas. 
Sgt PM José + 5 Cb/Sd 
PM (treinados com o 
curso de ciclopatrulha) 
R$ 30.000 - Bicicletas 
e uniformes 
 
Divulgação de 7.500 
folders de 
autoproteção. 
Lucas - Presidente da 
Associação comercial. 
R$ 8.000,00 para 
10.000 folders. 
 
Realização de 10 
reuniões com os 
comerciantes. 
Sgt PM João Carlos + 
Inspetora Maria Silva 
Só custo indireto 
inerente ao serviço 
policial. 
 
Prisão de 2 infratores 
principais (lideres). 
Sgt PM João do Grupo 
Tático e detetive Paulo. 
Só custo indireto 
inerente ao serviço 
policial 
 
Instalação de 3 
outdoor. 
Lucas – Presidente da 
associação comercial. 
R$ 8.000,00 para 3 
outdoor. 
 
Fonte: MOREIRA; OLIVEIRA, 2004, p. 137 – 166. 
 
 
 
 
6.3 Planejamento das Intervenções Policiais 
 
 
Não se admite a ação de uma fração da Polícia Militar ou de um militar isolado que não 
obedeça a um planejamento oportuno e, via de regra, escrito. Nos casos simples ou de 
urgência, poderá ser verbal ou mental. 
No planejamento para o emprego da tropa serão levados em conta os fatores intervenientes 
básicos, quais sejam: 
 
a) fatores determinantes: tipicidade; gravidade e incidência de ocorrências policiais 
militares, presumíveis ou existentes; 
b) fatores componentes: custos; espaços a serem cobertos; mobilidade; possibilidade 
de contato direto, objetivando o conhecimento do local de atuação e 
relacionamento; autonomia; facilidade de supervisão e coordenação; flexibilidade; 
proteção ao PM; 
c) fatores condicionantes: local de atuação; características físicas e psicossociais; 
clima; dia da semana; horário; disponibilidade de recursos. 
 
Os comandantes de frações, até o nível de subgrupo, deverão manter o acompanhamento 
contínuo da situação de segurança pública nas respectivas circunscrições, analisando-a 
devidamente e planejando medidas táticas (como lançar o efetivo) e técnicas (formas de 
agir), que atendam, com qualidade e oportunidade, às necessidades locais. 
 
Em qualquer ação, o policial militar deverá estar bem instruído, utilizar adequadamente os 
meios disponíveis, em especial no tocante a armamento e equipamento, e receber ordens 
claras que devem ser resumidas em documentos pertinentes. 
 
Competirá a cada comandante exigir que os comandos subordinados ajam de forma 
organizada, obedecendo a planejamento prévio que vise, de forma inteligente, antecipar-se 
aos problemas locais e permitir soluções adequadas, aceitas e exequíveis, evitando 
desgastes desnecessários de recursos humanos ou materiais. 
 
Quando o militar age individualmente, em casos supervenientes ou emergentes, exige-se 
lhe o planejamento mental, nunca prevalecendo o instinto. O planejamento mental deve ser 
exercitado constantemente, com criatividade, capacitando o militar a solucionar, com 
presteza e acerto, qualquer ocorrência, face às suas reiteradas atuações, em casos 
variados, ao longo de sua carreira. 
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Este assunto apareceu na prova do CHO em 2022
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