Buscar

6 UNIP - Universidade Paulista _ DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos_

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. A formação da sociedade capitalista no Brasil
 
           O objetivo desta unidade é refletir sobre a maneira como o Brasil  foi  inserido no
mundo capitalista, e a partir daí , identificar as causas da sua dependência externa.
         A sociedade brasileira se formou  a partir do processo de expansão do capitalismo
europeu  a  partir  do  século XV. No  início  todas  as  relações  comerciais  eram  voltadas
para a metrópole e aqui se mantinha relações sociais baseadas na escravidão. 
        Somente no século XIX, com a abolição da escravidão e a chegada de
um grande  contingente de  imigrantes  é  que  se  introduziu  o  trabalho  livre. 
Com o  ciclo do café, outras atividades econômicas se desenvolveram como:
transporte ferroviário, o sistema bancário, pequenas indústrias de alimentos
e têxteis, que dinamizaram a vida nas áreas urbanas
                 Vários estudos  indicam que o processo de  industrialização do Brasil
esteve  ligado  ao  desenvolvimento  da  economia  cafeeira  no  Estado  de  São
Paulo.
                  O  processo  de    industrialização  teve  início  com  a    introdução  do
trabalho  livre e    com o grande surto migratório que o país viveu no século
XIX, que gerou um mercado consumidor de produtos industriais.
               Segundo (VITA: 1989,p. 137) a  forma como os negócios do café se
organizaram,   possibilitou a formação de uma  ‘consciência burguesa’  entre
os  fazendeiros.  Pois  o  capital  acumulado  no  café  era  utilizado  na
diversificação das atividades econômicas.  Desde modo, o capital acumulado
com  este  comércio    era  investido  em  outra  atividade  que  possibilitasse  a
obtenção de lucro. 
                Já  no  início  dos  anos  20,  grandes  empresas  norte­americanas
instalaram  filiais no Brasil. Ford, Firestone, Armour, IBM etc. (NOVAES:1984
p.117).  Com  a  crise  mundial  do  início  dos  anos  30,  a  economia  brasileira
deixa  de  ser  voltada  para  a  exportação  e  se  apóia  na  interiorização  e  na
industrialização.  Porém,  somente  na  década  de  50,  com  a  chegada  de  um
grande  número  de  empresas  estrangeiras,    que  buscam  produzir  para  o
mercado externo, o desenvolvimento industrial ganha  impulso. 
 
Questão:  
Em deterrminados países, como o Brasil, a formação de uma indústria local
de bens de consumo dependeu de recursos acumulados com a exportação
agrária. A socióloga Cristina Costa , em relação a este processo afirma: "Um
caso típico, neste sentido, ocorrido no Brasil, foi a industrialização de São
Paulo, que, sem a concorrência dos produtos europeus, pôde se desenvolver
com a utilização do capital gerado pela exportação do café". Esta colocação
está relacionada:
A
 
Aos momentos iniciais do processo de formação da sociedade capitalista
no Brasil, principalmente, a partir do início do século XX.
B
 
Ao processo de globalização da economia brasileira, iniciado após a
industrialização da década de 50.
C
 
Ao momento gerado pela 2a. Guerra Mundial, independente do que
ocorreu no setor agrário nacional.
D
 
Ao processo de desenvolvimento da agricultura brasileira que sempre
possuiu características de desenvolvimento capitalista.
E
 
Ao processo de industrialização atual, incentivado pelas exigências da
globalização da economia.
Alternativa correta: A
 
 
2. O capitalismo dependente
 
            O grau de dependência que a economia brasileira têm com relação às
potências estrangeiras pode ser compreendido a partir da  análise  do modelo
de desenvolvimento industrial que o país teve, onde se privilegiou a indústria
de bens de consumo em detrimento na indústria de bens de capital.
                        Outro  aspecto  que  merece  ser  mencionado  à  respeito  da
dependência estrangeira, diz  respeito à ausência de produção de  tecnologia
no país, que optou   por um modelo de desenvolvimento  industrial marcado
tanto pela dependência tecnológica como pela de capital estrangeiro. [1]
             Uma das mais importantes teorias explicativas para a dependência estrangeira,
surgiu  no  encontro  de  exilados  de  diversos  regimes  ditatoriais  que  proliferaram  na
América  Latina  nos  anos  de  1960.    Destaca­se  nos  estudos  sobre  a  dependência,  a
obra  Dependência  e  desenvolvimento  na  América  Latina  de  Fernando  Henrique
Cardoso e Enzo Faletto. É a obra que teve maior repercussão das Ciências Sociais em
nível internacional.
                         A obra destaca a natureza política e social do desenvolvimento na América
Latina  e  trata  das  particularidades  do  desenvolvimento  do  capitalismo  na  América
Latina.  A  constituição  social  do  povo  brasileiro,  que  tem  uma  burguesia  nacional  de
origem  agrária,  colocou  a  burguesia    internacional    como  o    principal  agente  do
desenvolvimento  capitalista  brasileiro.    Para  não  correr  os  riscos  inerentes  ao
empreendedorismo,  a    burguesia  nacional  optou  por  sua  aliança  com  o  capital
internacional e forte dependência do Estado. 
                       A obra aponta a fragilidade do povo brasileiro, com uma elite que atua como
agente  dependente  do  capitalismo  internacional  e  do  Estado.  Quanto  ao  povo,  a
ausência  de  uma  consciência  de  classe  (veja  conteúdo  sobre  Karl  Marx)  dada  a
situação  inicial  de  um  povo  escravo  e  sem  terra,  atua    como  mero  figurante  ou
espectador  nas  principais  decisões  sobre  os  destinos  do  país.      Assim  é  exposta  a
fragilidade  da  sociedade  civil,  o  povo  age  como  massa  e  a  elite  como  agente  dos
interesses internacionais.
             Por fim ,a obra nos permite compreender a dependência das elites empresariais
do Estado e do capilismo internacional e  do povo como agente passivo. Esta fragilidade
da sociedade civil, contribuiu para o fortalecimento do Estado, que assumiu entre nós a
função centralizadora e agente patrocinador do desenvolvimento econômico.
Questão:
ENADE 2000 ­ Após a Segunda Grande Guerra, muitos países em desenvolvimento, sobretudo os da
América Latina, adotaram um modelo de desenvolvimento que ficou conhecido como industrialização por
substituição de importações. Esse modelo se caracterizava por:
A
 
 Incorporar uma estratégia de orientação do desenvolvimento para fora, ou seja, em direção ao
mercado internacional.
B
 
Praticar elevado grau de subsídios à exportação de produtos manufaturados com o objetivo de
estimular a produção interna destes bens.
C
 
Conceder elevados incentivos à exportação de insumos e produtos intermediários, como forma de
estimular a produção doméstica de bens finais.
D
 
Utilizar barreiras comerciais para dificultar a importação de bens manufaturados e,
conseqüentemente, estimular a produção interna destes bens.
E
 
Incentivar as importações de bens de consumo final de alto conteúdo tecnológico, no lugar das
importações de produtos de baixo conteúdo tecnológico, com o intuito de modernizar a indústria
doméstica
 Alternativa correta: E 
 
 
         
4.3. Referências Bibliográficas:
 
NOVAIS, Carlos E. Capitalismo para principiantes. 8ª. Ed. – São Paulo: Ática,
1984.
 
SINGER,  Paul.  A  formação  da  classe  operária.  5ª  ed.  São  Paulo:  Atual;
Campinas: Editora da UNICAMP, 1988.
 
VITA, Álvaro. Sociologia da Sociedade Brasileira. São Paulo: Ática, 1989.
 
[1] Não é possível pensar no processo de industrialização brasileiro, sem levar em conta o processo de
expansão das empresas européias e norte­americanas no pós­guerra.

Outros materiais