Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 01 SIDERURGIA PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE AÇOS Prof. Waydson Martins Ferreira Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA - O princípio da redução direta consiste em tratar-se óxidos de ferro puros (Fe2O3 ou Fe3O4) a temperaturas usualmente entre 950 e 1050ºC, na presença de uma substância redutora. -O produto da redução direta é o ferro esponja. - Processo precedeu o Alto-Forno, mas não obteve as grandes escalas de produção do mesmo. - Motivos do seu uso até hoje: * Aproveitar carvões não coqueificáveis; * Minérios de ferro com baixo teor de ferro; * Utilizações do excesso de gás natural em regiões ricas nesse insumo. - Ideal do ponto de vista do capital para instalação de miniusinas. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA - As principais diferenças entre os diversos processos existentes está na maneira como os reagentes são postos em contato, bem como na fonte de redutor empregado. -Basicamente, todos os processos de redução direta podem ser agrupados em duas grandes classes: * Utilizam redutores sólidos; * Utilizam redutores gasosos; -Processo SL/RN (sólido); -Processo Hoganaes (sólido); -Processo Wiberg-Soderfors (gasoso); -Processo Midrex (gasoso); -Processo HyL (gasoso); - Processo Leito Fluidizado(HIB – High Iron Briquette) (gasoso) Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA - Processo SL/RN - O redutor é coque moído. - A carga consiste de concentrados de minério de ferro, na forma moída ou na forma de “pelotas”, coque e calcário moídos. - É levada a um forno rotativo, onde a temperatura é mantida na faixa de 1.000 a 1.076ºC. - O produto sólido é resfriado e o ferro é separado mediante separador magnético. - O coque não utilizado é removido e reutilizado - Permite produzir material contendo apenas 0,02 e 0,05% de S. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA - Processo Hoganaes - Camadas alternadas de minério de ferro de alto teor, finos de carvão, coque e calcário recipiente cerâmico. - Recipientes aquecidos até 1260ºC. - Os fornos são aquecidos pela queima de gás de geradores e do CO da redução do minério. - Os recipientes são resfriados no interior do forno, removidos e o ferro reduzido é separado. - Parte do ferro esponja é moída e refinada para uso na metalurgia do pó. - Tempo de permanência de um recipiente no interior do forno: 12 dias. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA - Processo Wiberg-Soderfors - Forno de material refratário, em forma de chaminé, com altura de 24 m, diâmetro interno base – 2,80 m, diâmetro interno topo – 1,10 m. - Os gases redutores consistem numa mistura de 20 a 30% de hidrogênio e 70 a 80% de CO, produzidos num “carburador” a coque ou carvão vegetal, aquecido eletricamente. - Os gases passam por uma camada de dolomita ou calcário para remoção de enxofre e são insuflados na parte inferior do forno. - Os gases a 1010ºC, reduzem a carga descendente de óxido de ferro. Carga: minério, sínter ou pelotas Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA - Processo Midrex - Desenvolvido pela “Midland-Rose Corporation”. - Redutor é uma mistura de CO e H, obtidos a partir de gás natural “re-formado”. - O forno é do tipo vertical e a carga consiste de pelotas de óxido de ferro. - A zona de redução situa-se na parte superior do forno e o ferro esponja é resfriado na parte inferior. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA - Processo HyL - Desenvolvido no México. - Combustível gás natural misturado com vapor. - A mistura é “re-formada”, originando CO e H2, e dessulfurada. - Os gases passam por torres de resfriamento a água de modo a remover-se o excesso de vapor. - São novamente pré-aquecidos, entre 770 e 980ºC e introduzidos em reatores de redução contendo minério de ferro de alto teor ou aglomerados de finos de minério. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 REDUÇÃO DIRETA - Processo de Leito fluidizado (HIB – High Iron Briquette) - Implantado comercialmente em 1971, na Venezuela, pela US Steel; - Instalação para um milhão de toneladas de briquetes/ano; - Grau de redução de 75%; - Gás redutor produzido cataliticamente a partir de gás natural e vapor reduzindo o minério moído a 10 mesh. - O produto da redução é então briquetado. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA Ferro Gusa versus Aço Elemento Quimico Composição gusa Composição Aço C 3,50 a 4,50 % 0,008 a 2,11% Mn 0,50 a 2,50 0,50 % Si 0,50 a 4,00 % 0,25 % P 0,05 a 2,00 % < 0,05 % S 0,20 % < 0,05 % Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA Transformação de ferro gusa em aço A produção do aço líquido se dá através da oxidação controlada das impurezas presentes no gusa líquido e na sucata. Este processo é denominado refino do aço e é realizado em uma instalação conhecida como aciaria. O refino do aço normalmente é realizado em batelada pelos seguintes processos: - Aciaria a oxigênio – Conversores (carga predominantemente líquida = gusa). - Aciaria elétrica – Forno elétrico a arco – FEA (carga predominantemente sólida = ferro esponja). Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) Sir Henry Bessemer no século XIX gases com oxigênio oxidam preferencialmente as impurezas contidas no gusa – C, Si, Mn. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) Essas reações de oxidação são exotérmicas e fornecem calor suficiente para atingir a temperatura de vazamento sem fonte externa de calor. Patente do conversor Bessemer – 1856. - Conversores pneumáticos ar ou oxigênio puro é soprado sob pressão por ventaneiras submersas ou sobre a superfície do gusa líquido para produzir AÇO. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversores pneumáticos 65% da produção mundial de aço, tempo de sopro de oxigênio de 15 a 25 min, tempo de corrida de 28 a 35 min para conversores de 150 a 300 ton. - Principais tipos de conversores: - Bessemer – sopro por baixo - Thomas – sopro por baixo - LD ou BOF (Linz-Donawitz ou Basic Oxygen Furnace) sopro por cima- Q-BOP (Quick-Basic Oxygen Process) sopro submerso por baixo - Processos de sopro combinado. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer - Carcaça de aço cilíndrica em forma de pêra e basculante; - Fundo é destacável e contém as ventaneiras; - Revestido internamente por material refratário de caráter ácido; - O ar é soprado pelo fundo atravessando a camada de gusa líquido; - Capacidade de 25 a 30 t. - As melhores condições de composição do gusa para o Bessemer : - Si – 1,10 a 1,50%; Mn – 0,40 a 0,70%; P – 0,09% máx.; S – 0,030% máx.; C – 4,0 a 4,5%. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer - carregamento - Para o carregamento, o forno é basculado de forma que o bico ainda fica inclinado para cima. - Carrega-se então o gusa líquido. - Nessa posição o metal não entra em contato com as ventaneiras. - Inicia-se a entrada de ar, ao mesmo tempo em que o aparelho é colocado na posição vertical. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer - Carregamento Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer - sopro - O silício oxida-se em primeiro lugar, formando-se uma chama curta e transparente que se projeta pela boca do forno. - O resultado é a formação de SiO2; - Juntamente com FeO e MnO originam uma escória de baixo ponto de fusão, à base de silicatos de Fe Mn. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer - Sopro Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer- sopro ou “golpe” - Primeiras reações de oxidação verificadas: - Após 4 minutos começa o período de oxidação do carbono: - FeO + C Fe + CO Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer - vazamento - Quando a eliminação do carbono aproxima-se do fim, a chama muda de aparência com raias vermelhas e a coloração amarelo-dourada passa a avermelhada. - Nesse momento tem-se o ponto final. - O conversor é novamente basculado e o sopro de ar desligado paulatinamente. - O metal será vazado na panela onde se adicionam Fe-Mn ou Al para desoxidar e dessulfurar: - FeO + Mn MnO + Fe - FeS + Mn MnS + Fe ou 3FeO + 2Al Al2O3 + 3Fe Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer – obsolescência - A produção comercial de aço por esse método parou em 1968 nos EUA, e na década de 70 no Brasil. - Novos processos como o LD substituíram o Bessemer, por oferecerem melhor controle das reações químicas. - O processo Bessemer era muito rápido (10-20 minutos de “golpe”), o que deixava pouco tempo para análise química e ajuste dos elementos de liga. - Os conversores Bessemer não removiam o P eficientemente. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Bessemer - obsolescência - - O processo permitia apenas pequena quantidade de sucata na carga o que aumentava seu custo. - O efeito refrigerante do nitrogênio do ar limitava a quantidade de sucata - O uso de fornos a arco elétrico, que usam sucata, contribuiu para a obsolescência. - Além disso, o alto teor de nitrogênio colocou limitações no emprego dos aços Bessemer. - Bessemer previu que era necessário insuflar O2 puro, mas insuflar através de ventaneiras submersas provocava erosão dos refratários. - Naquela época não era viável economicamente a utilização de O2 puro. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Thomas - Difere do anterior por apresentar revestimento de dolomita de natureza básica. - Devido a isso, ele permite a remoção de P pela utilização de cal. - Ocorre também uma remoção prévia de S pela adição de “barrilha” ou carbonato de sódio. - Capacidade 40 t. - Tempo de processamento – 17 a 22 minutos - Gusa para Processo Thomas: C – 3,50 a 3,80 %; Si – 0,25 a 0,50 %; Mn – 0,40 a 1,00%; P – 1,70 a 1,90%; S – 0,08% máx. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor LD ou BOF (Linz-Donawitz ou Basic Oxygen Furnace) - O processo desenvolvido na Áustria (em Linz) utiliza sopro de oxigênio puro por cima do banho com uma lança de cobre refrigerado à água. - Capacidade 350 t. - A ponta da lança introduzida no interior do forno fica a uma distância do banho líquido de 0,30 a 1,00 m. - Temperaturas locais da ordem de 2.500 a 3.000 ºC. Devido ao impacto do jato de oxigênio puro as reações de oxidação são aceleradas. - Gusa pode ser de qualquer composição. - Processo todo computadorizado, com controle de composição da carga, metal vazado, e escória. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor LD ou BOF (Linz-Donawitz ou Basic Oxygen Furnace) - A carga consiste de gusa líquido e sucata, após o forno ser basculado para a posição vertical abaixa-se a lança e o sopro é iniciado, adicionam também formadores de escória (fundentes). - A formação de uma emulsão gás-metal-escória é um dos fatores da cinética elevada das reações. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) - Conversor Q-BOP (Quick-Basic Oxygen Process) - Semelhante ao LD, diferenciando pelo uso de ventaneiras refrigeradas que insuflam hidrocarbonetos e oxigênio. - Vantagens com relação ao LD: - Melhor rendimento - menor oxidação da escória; - Melhor desfoforação e e dessulfuração – menor desequilíbrio químico entre metal e escória - Alta reprodutibilidade - Possibilidadede produzir aço de baixo carbono com menor oxidação Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS PNEUMÁTICOS (CONVERSORES) Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSO ELÉTRICO - FORNO ELÉTRICO A ARCO - Consiste numa carcaça cilíndrica de aço e basculante. - O sistema de aquecimento é feito por 3 eletrodos, igualmente espaçados, cada um ligado a uma fase de um sistema trifásico. - Os eletrodos podem ser de carbono ou de grafita, sendo os últimos mais resistentes e melhores condutores. - O efeito do aquecimento é produzido por arcos que se formam entre os 3 eletrodos e a sucata. A radiação do arco funde a carga. - A faixa de operação de tensão é de 100 a 600 V, embora já existam fornos operando com 1000 V. - Para fundir 1 t de carga de 25ºC a 1600ºC consome-se 387 kWh. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS ELÉTRICO Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSOS ELÉTRICO Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 ACIARIA – PROCESSO ELÉTRICO - FORNO ELÉTRICO A ARCO - Vantagens: - Tem alta eficiência energética; - Permite produzir praticamente qualquer tipo de aço – controle de aquecimento independente de reações químca. - É um aparelho extremamente versátil, no que tange a carga, podendo ser operado com 100% de carga sólida. - Permite operação intermitente e mudanças rápidas na produção em escalas desde dezenas até centenas de toneladas. Capacidade de 200 a 250 t. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 BENEFICIAMENTO DO AÇO – REFINO SECUNDÁRIO - Após ter passado pelo conversor ou forno elétrico, o aço ainda não se encontra em condições de ser lingotado. - O tratamento a ser feito visa os acertos finais na composição química e na temperatura, visando melhorar as características dos aços e ligas especiais. - Portanto, situa-se entre o refino e o lingotamento contínuo na cadeia de produção de aço carbono. - Entre estes, os mais comuns são os processos que tratam o aço líquido: - DESGASEIFICAÇÃO - METALURGIA DE PANELA Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 BENEFICIAMENTO DO AÇO – REFINO SECUNDÁRIO Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 - DESGASEIFICAÇÃO - O aço líquido é exposto a um vácuo médio (0,5 - 2 mmHg ou 60 – 250 Pa) e agitado; - Objetivos : - Remoção de gases dissolvidos (H, N) - Desoxidação pelo Carbono BENEFICIAMENTO DO AÇO – REFINO SECUNDÁRIO Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 - METALURGIA DE PANELA - Objetivos : - Acertar e homogeneizar a composição química e temperatura do aço líquido; - Desoxidar, dessulfurar, reduzir e alterar o tipo de inclusões não- metálicas, desfoforar. - O equipamento típico é o “forno-panela”, consiste de instalação para movimentar a panela da aciaria até a lingoteira, instalação para aquecimento, agitação do aço líquido por injeção de gás inerte, instalação para adições controladas de ferro-ligas, desoxidantes e formadores de escória. BENEFICIAMENTO DO AÇO – REFINO SECUNDÁRIO Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 BENEFICIAMENTO DO AÇO – REFINO SECUNDÁRIO Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 LINGOTAMENTO - Do forno panela o aço líquido é transportado para a área de lingotamento; - Nesse setor o aço será solidificado e estará pronto para ser processado por conformação mecânica; - A maior parte da produção mundial de aços é processada por lingotamento contínuo; - Para aços especiais, produzidos em menores quantidades, grandes forjados, aços que exigem condições especiais de solidificação, o lingotamento “estático” ou convencional é utilizado; Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 LINGOTAMENTO - LINGOTAMENTO CONVENCIONAL - As lingoteiras tem a forma de uma caixa de ferro fundido; - O projeto visa otimizar a solidificação e a conformação mecânica posterior; - Formas de seção transversal empregadas: quadrada, cilíndrica, oitavada (ou facetada) e retangular (incomum); - Em geral tem alguma conicidade; - As lingoteiras podem ser diretas (aço por cima) ou indiretas (aço por baixo). Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 LINGOTAMENTO LINGOTAMENTO CONVENCIONAL Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 LINGOTAMENTO - LINGOTAMENTO CONTÍNUO - O aço líquido é vazado em um molde de cobre refrigerado a água; - Uma primeira casca sólida se forma e vai sendo extraída por um sistema mecânico de rolos e suportes. - Após a casca obter espessura suficiente para resistir à pressão ferroestática, o aço deixa o molde e passa a ser refrigerado por sprays de água, até a solidificação total. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II LINGOTAMENTO CONTÍNUO Panela intermediária 1 1 2 Molde resfriado à água 2 3 Borrifos de água 3 4 Cilindros de suporte 4 5 Laminadores 6 Corte 5 6 Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 LINGOTAMENTO - LINGOTAMENTO CONTÍNUO - Produz semiacabados de diferentes seções transversais; - Usinas de aços planos lingotam placas de 250 mm de espessura e larguras superiores a 1 m; - Como o controle do nível do aço é importante, o aço não é vazado diretamente no molde, mas sim em um distribuidor intermediário; - No aço líquido do distribuidor aplica-se um “pó de cobertura” para isolamento térmico e proteção contra reoxidação. Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 03 LINGOTAMENTO - LINGOTAMENTO CONTÍNUO Universidade Federal do Piauí ENG. CIÊNCIA DOS MATERIAIS II 01 Obrigado pela atenção
Compartilhar