Buscar

FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTO CÍVEIS DIVERSOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 196 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 196 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 196 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GESTÃO 2007/2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
Des. PAULO INÁCIO DIAS LESSA 
Presidente - TJMT 
 
 
 
 
 
Des. RUBENS DE OLIVEIRA SANTOS FILHO 
Vice-Presidente - TJMT 
 
 
 
 
 
 
Des. ORLANDO DE ALMEIDA PERRI 
Corregedor-Geral da Justiça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COORDENADOR DA AÇÃO 
 
DR. SEBASTIÃO ARRUDA DE ALMEIDA 
Juiz Auxiliar da Corregedoria–Geral da Justiça 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIDER DA AÇÃO 
 
AURINEIDE MARIANO PEREIRA 
Analista Judiciário – CGJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUIPE DE SERVIDORES 
 
 
Alciane Rodrigues Alves de Assis 
Aurineide Mariano Pereira 
Carlos Henrique F. Foz 
Doralice Mendonça faust 
Ducineia dos Santos Morimã 
Gézica Pereira R. Oliveira 
Guilhermina Machado Abade 
Heloísa Helena Soares de Siqueira 
João Gualberto Neto 
Lúcia Helena Soares Leite 
Mareli Grando 
Margareth Sulamirti Ferreira Paes 
Marly Maria da Silva Garcia 
Maria Heloísa Micheloni 
Maria de Lourdes Duarte 
Natalíria Gouveia da silva 
Ricardo Nogueira de Souza 
Rosmeire de Castilho Ribeiro 
Thais Cristianne Ferreira 
Valcides Ferreira de Assis 
Vera Maria Signori 
Vilma Carfane Zocal 
Vitório César Munsignato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLABORADORES: 
 
EQUIPE DO 
DEPARTAMENTO DE APRIMORAMENTO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA 
DAPI 
 
INSTRUTORES INTERNOS 
 
 
 
Aurineide Mariano Pereira 
Carlos Henrique F. Foz 
Doralice Mendonça faust 
Gézica Pereira R. Oliveira 
Guilhermina Machado Abade 
Heloísa Helena Soares de Siqueira 
João Gualberto Neto 
Lúcia Helena Soares Leite 
Mareli Grando 
Margareth Sulamirti Ferreira Paes 
Maria Heloísa Micheloni 
Maria de Lourdes Duarte 
Natalíria Gouveia da silva 
Ricardo Nogueira de Souza 
Rosmeire de Castilho Ribeiro 
Thais Cristianne Ferreira 
Vera Maria Signori 
Vilma Carfane Zocal 
Vitório César Munsignato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
01 - PROCEDIMENTO CAUTELAR COMUM................................................................................................. 7 
02 - MEDIDAS CAUTELARES ESPECÍFICAS ................................................................................................ 9 
03 - APREENSÃO DE TÍTULO (Arts. 885/887) ................................................................................................ 12 
04 - APREENSÃO DE TÍTULOS RETIDOS...................................................................................................... 14 
05 - ATENTADO................................................................................................................................................. 17 
06 - BUSCA E APREENSÃO ............................................................................................................................. 20 
07 - BUSCA E APREENSÃO SOB ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA..................................................................... 23 
08 - CHAMAMAMENTO AO PROCESSO (art. 77/80)..................................................................................... 25 
09 - CONFLITO DE COMPETÊNCIA ( art. 115/122)........................................................................................ 27 
10 - CONSIGNAÇÃO (art. 893).......................................................................................................................... 29 
11 - CONSIGNAÇÃO (art.895 e 898) ................................................................................................................. 31 
12 - DEMARCAÇÃO (Art. 950/966) .................................................................................................................. 34 
13 - DEPÓSITO (Art. 901/906) ........................................................................................................................... 38 
14 - DESPEJO...................................................................................................................................................... 41 
15 - DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO ............................................................................................... 45 
16 - DIVISÃO (Arts 967/981).............................................................................................................................. 47 
17 - EMBARGOS DE TERCEIRO (art. 1.046/1.054) ......................................................................................... 51 
18 - EMBARGOS DO DEVEDOR...................................................................................................................... 54 
19 - EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA (Arts. 307/311)................................................................................... 56 
20 - EXECUÇÃO DE HIPOTECA DE IMÓVEL VINCULADO....................................................................... 59 
21 - EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA INCERTA COM BASE EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL. 62 
22 - EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER (PRESTAÇÕES FUNGÍVEIS) COM BASE EM TÍTULO 
EXTRAJUDICIAL........................................................................................................................................ 64 
23 - EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER.......................................................................................... 68 
24 - EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER ................................................................................ 70 
25 - EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE COM BASE EM TÍTULO 
EXTRAJUDICIAL........................................................................................................................................ 72 
26 - EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA COM BASE EM SENTENÇA ..................................................... 76 
27 - EXIBIÇÃO.................................................................................................................................................... 79 
28 - INCIDENTE DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA PELA PARTE .......................................... 82 
29 - EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA POR TERCEIRO .................................................................. 84 
30 - RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL ................................................................................... 87 
31 - FALÊNCIA................................................................................................................................................... 89 
32 - FALÊNCIA................................................................................................................................................... 91 
33 - CONCORDATA PREVENTIVA................................................................................................................. 94 
34 - HABILITAÇÃO INCIDENTE ( arts. 1055/1062 do CPC) .......................................................................... 98 
35 - HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL ................................................................................................. 100 
36 - INSPEÇÃO JUDICIAL (arts. 440/443)........................................................................................................ 103 
37 - LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA POR ARBITRAMENTO ........................................................................ 105 
38 - LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA POR ARTIGOS....................................................................................... 107 
39 - LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA.................................................................................................................. 109 
40 - NOMEAÇÃO À AUTORIA ( Arts 62/69 do CPC)...................................................................................... 111 
41 - NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA (Arts. 934/940) ...................................................................................... 11442 - OPOSIÇÃO (Arts. 56/61 DO CPC).............................................................................................................. 117 
43 - PEDIDO DE ASSISTÊNCIA (arts. 50/55 do CPC) ..................................................................................... 120 
44 - PRESTAÇÃO DE CONTAS (Art. 914, I) .................................................................................................... 123 
45 - PRESTAÇÃO DE CONTAS ........................................................................................................................ 126 
46 - PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS .............................................................................................. 128 
47 - PROTESTOS, NOTIFICAÇÕES E INTERPELAÇÕES ............................................................................ 131 
48 - RESTAURAÇÃO DE AUTOS ( arts. 1.063/1.069 do CPC)........................................................................ 133 
49 - USUCAPIÃO (Art. 941/945)........................................................................................................................ 136 
50 - VENDAS A CRÉDITO COM RESERVA DE DOMÍNIO .......................................................................... 141 
51 - EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA CERTA COM BASE EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL .... 144 
52 - JUSTIFICAÇÃO (art. 861 do CPC)............................................................................................................. 147 
53 - AÇÃO MONITÓRIA (Art.1.102a/1.102c do CPC)...................................................................................... 150 
54 - POSSESSÓRIAS (Arts. 920/933)................................................................................................................. 154 
 
55 - RESCISÓRIA (Arts. 485/495)...................................................................................................................... 157 
56 - REVISIONAL DE ALUGUEL..................................................................................................................... 159 
57 - CAUÇÃO...................................................................................................................................................... 162 
58 - DENUNCIAÇÃO DA LIDE PELO AUTOR (Arts. 70/76).......................................................................... 165 
59 - DENUNCIAÇÃO DA LIDE PELO RÉU (arts. 70/76) ................................................................................ 166 
60 - INCIDENTE DE CITAÇÃO DO RÉU DEMENTE OU IMPOSSIBILITADO DE RECEBÊ-LA.............. 170 
61 - EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO ................................................................................... 172 
62 - EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO ................................................................................... 173 
63 - INCIDENTE DE FALSIDADE (ART. 390 DO CPC................................................................................... 176 
64 - INCIDENTE DE IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA..................................................................... 178 
65 - JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO .................................................................... 180 
66 - PEDIDO DE DECLARAÇÃO INCIDENTE ou .......................................................................................... 183 
67 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (Arts. 282/475 do CPC) ......................................................................... 186 
68 - PROCEDIMENTO SUMÁRIO .................................................................................................................... 189 
69 - PROCEDIMENTO DOS RECURSOS EMBARGOS.................................................................................. 193 
70 - APELAÇÃO (arts. 513/521 do CPC)............................................................................................................ 195 
 
 
 
 
 
7 
 
01 - PROCEDIMENTO CAUTELAR COMUM 
(art.802/803 do CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial 
 
Justificativa ou 
prova documental 
(art. 804) 
 
Caução 
(art. 804) 
 
Deferimento liminar 
 
Mandado executivo da medida 
 
Sem medida liminar 
 
Citação (art. 802) 
 
Contestação art. 803, parágrafo único 
 
Audiência, se há prova oral 
(art. 803, parág. único) 
 
Não há audiência, se não há prova oral 
 
Revelia 
 
Sentença 
 
Declaração de subsistência 
da medida liminar 
 
Revogação da medida 
liminar 
 
Expedição de mandado 
executivo, quando não 
houver liminar 
 
8 
Procedimento Cautelar Comum - Só em casos excepcionais, 
expressamente autorizados por lei, determinará o juiz medidas cautelares 
sem 
audiência do requerido ( art. 797 do CPC). 
 
Na concessão liminar ou mediante justificação prévia (sem citação do 
requerido), poderá o juiz determinar que o requerente preste caução real ou 
fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa a sofrer (art. 804 do 
CPC). É o que se denomina “contracautela”. 
 
A medida cautelar poderá ser substituída, de ofício ou a requerimento de 
qualquer das partes, pela prestação de caução ou outra garantia, menos 
gravosa para o requerido, sempre que adequada e suficiente para evitar a 
lesão ou repará-la (art. 805 do CPC). 
 
Obtida liminarmente a medida, o requerente promoverá, em cinco dias, a 
citação do requerido, sob pena de responder por perdas e danos (art. 811, II 
do CPC). 
 
O prazo para propor a ação principal é de trinta (30) dias, contados da data 
da efetivação da medida cautelar preparatória, sob pena de cessar a 
eficácia desta (art. 806 e 808, I do CPC). 
 
Pode ser revogada ou modificada, a qualquer tempo (art. 807 do CPC). 
 
Cessadas por qualquer motivo é defeso repeti-las, salvo por novo fundamento 
(art. 808, parágrafo único, do CPC). 
 
 Far-se-á justificação prévia, em segredo de justiça e de plano, quando ao juiz 
parecer indispensável (art. 815, 823 e 841 do CPC). 
dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
 
9 
02 - MEDIDAS CAUTELARES ESPECÍFICAS 
(ARRESTO e SEQÜESTRO (arts. 813 a 820 e 823 do CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial 
 
Prova literal da dívida líquida e certa 
(art. 814, I) 
 
Prova documental dos motivos 
(art. 814, I) 
 
Justificação dos motivos 
(art. 814, II) 
 
Caução (art.816) 
 
Deferimento de liminar 
 
Mandado executivo 
 
Procedimento sem liminar 
Citação 
 
Contestação 
Suspensão (art. 819) 
 
Audiência: 
Prova oral 
 
Sem 
audiência 
 
Depósito ou pagamento da 
dívida (art. 819, I) 
 
Substituição por 
caução (art. 819, II) 
 
Extinção do processo 
ReveliaContestação 
Instrução 
Sentença 
 
Declaração de subsistência 
da medida liminar 
 
Revogação da liminar 
 
Mandado executivo, 
quando não houver liminar 
 
10 
Cautelar de Arresto e Seqüestro - A cautelar de seqüestro tem por 
finalidade a constrição de determinados bens sobre os quais recai o pretenso 
direito do requerente, de modo a evitar riscos de dano ou rixa. Assim, cabe o 
seqüestro quando o requerente, na ação principal, pretende que seja 
reconhecido um direito sobre os bens constritos, ou quando haja uma 
extrapolação na litigiosidade da demanda (rixa), que seja necessário 
preservar o direito da parte por meio da apreensão do bem. 
A ação cautelar de arresto tem por finalidade a constrição de bens do 
requerido, de modo a garantir a eficácia ou utilidade do provimento final da 
ação principal, cujo objeto envolvepagamento de uma quantia em dinheiro. 
No procedimento da cautelar de arresto, em primeiro lugar, aplicam-se as 
regras específicas previstas no Código de Processo Civil (CPC), nos artigos 
813 e seguintes. Em segundo lugar, são paliçadas as regras das cautelares 
inominadas, subsidiariamente. E, por último, as regras da penhora. 
 O arresto é a apreensão cautelar de bens, com a finalidade de garantir uma 
futura execução por quantia. Daí, quanto ao procedimento e extensão serem 
aplicáveis as disposições relativas à penhora, que é a medida executiva de 
apreensão de bens. São arrestáveis os bens penhoráveis. Serão arrestados 
tantos bens quantos bastem para garantia da futura execução; pode haver 
ampliação ou redução do arresto; dele é lavrado um auto, nomeando-se 
depositário para a guarda dos bens. 
- Para concessão do arresto é essencial (art. 814 do CPC): 
I – prova literal da dívida líquida e certa; 
II – prova documental ou justificação de situações previstas no art. 813 do 
CPC. 
 
Equipara-se à prova literal de dívida líquida e certa, para efeito de concessão 
de arresto, a sentença líquida ou ilíquida, pendente de recurso, condenando o 
devedor ao pagamento de dinheiro, ou de prestação que em dinheiro possa 
converter-se (art. 814, parágrafo único do CPC). 
 
 
11 
Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora (art. 
818 do CPC). 
 
Aplicam-se ao arresto as disposições referentes à penhora (art. 821 do CPC). 
 
O seqüestro é a apreensão da coisa objeto do litígio, a fim de garantir sua 
total entrega ao vencedor. Quanto à materialidade e também quanto ao 
procedimento, o arresto é idêntico ao seqüestro. A diferença está em que, no 
arresto, os bens apreendidos são os penhoráveis, que vão ser convertidos em 
dinheiro, para pagamento do credor; ao passo que, no seqüestro, a apreensão 
é da coisa litigiosa, para garantir sua total entrega ao vencedor. 
 
No seqüestro, ao juiz incumbe a nomeação de depositário (art. 824 do CPC); 
os bens seqüestrados só serão entregues ao depositário depois que este 
assumir o respectivo compromisso (art. 821 do CPC). 
 
O prazo para propor a ação principal é de trinta (30) dias, contados da data 
da efetivação da medida cautelar preparatória, sob pena de cessar a eficácia 
desta (arts. 806 e 808, I do CPC), e de responder o requerente pelos 
prejuízos causados ao requerido (art.811, III do CPC). 
 
O seqüestro é revogável e modificável como o arresto, seguindo o mesmo 
procedimento e as mesmas condições previstas por este. 
 
 
 
 
dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
03 - APREENSÃO DE TÍTULO (Arts. 885/887) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial – 
art.885, CPC
Citação 
Sem prova da entrega do 
título 
Juiz ordena a 
apreensão 
Mandado de busca e 
apreensão 
Justificação ou documento 
provando a entrega do título 
Juiz ordena a 
prisão 
Mandado de 
prisão 
 
Devedor restitui 
 
Devedor paga 
valor do título e 
despesas 
 
Devedor exibe o 
valor e deposita 
 
Cessa a prisão 
 
13 
 
Apreensão de Título - O pedido do credor nesta ação deve ser embasado na 
apreensão de títulos não restituídos ou sonegados pelo emitente, sacado ou 
aceitante. 
 
Embora fale o artigo 885, parágrafo único, em processamento de plano, não 
deve, de qualquer maneira, haver decretação da prisão sem prévia citação do 
devedor, ensejando-lhe oportunidade de purgar a sua falta. 
 
Mesmo quando decretada e cumprida a ordem, a prisão deverá cessar (art. 
866): 
I- se o devedor restituir o título, ou pagar o seu valor e as despesas feitas, ou 
o exibir para ser levado a depósito; 
II- quando o requerente desistir do pedido; 
III- não sendo iniciada ação penal dentro do prazo da lei; 
IV- não sendo a ação penal julgada dentro de 90 dias da data da execução do 
mandado de prisão. 
 
O pagamento da dívida extingue a relação obrigacional entre as partes e faz 
desaparecer a questão em torno do título retido, que passa a ser documento 
do sacado. O mesmo efeito do pagamento direto ao credor tem o depósito da 
importância devida e acessórios, feito em juízo, à disposição do credor. 
 
Na ação do artigo 885, só se pode discutir a existência ou não da retenção do 
título ou da legalidade do ato do devedor, sem penetrar no mérito da 
exigibilidade da dívida. 
 
O levantamento da importância depositada só poderá ocorrer depois do 
trânsito em julgado da sentença (art.887 do CPC). 
 
Se a questão for discutida apenas no âmbito do artigo 885, o trânsito em 
julgado deverá referir-se à sentença proferida neste procedimento. Mas, se 
houve contestação ao mérito da dívida, nas vias contenciosas comuns, a 
solução aqui ficará condicionado ao levantamento da ação principal. 
 
14 
04 - APREENSÃO DE TÍTULOS RETIDOS 
(arts. 885 a 887 do CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
/ 
 
 
 
 
 
Petição inicial 
 
Justificação ou prova 
documental da retenção 
do título 
 
Citação 
 
Revelia 
 
Contestação 
 
Instrução sumária 
(art. 885, § único) 
 
Sentença 
 
Procedência 
 
Improcedência 
 
Extinção do 
processo 
Depósito do título ou de seu 
valor para discutir sua 
legitimidade, em ação própria 
 
Ordem de apreensão 
do título 
 
Prisão do devedor 
(art. 885) 
 
15 
Apreensão de Títulos Retidos - A apreensão de título não restituído ou 
sonegado pelo emitente, sacado ou aceitante, trata-se de medida relacionada 
com a formação e integração do título cambial. Como se sabe do direito 
cambiário, a formação e o aperfeiçoamento de um título podem depender da 
participação de várias pessoas: sacador, emitente, sacado, aceitante. 
 
A não–devolução do título por aquele que deveria praticar algum ato cambial 
é ilegal e permite ao prejudicado pedir a apreensão do título (art. 885). 
 
O pedido de apreensão é feito em processo cautelar, preparatório da futura 
execução ou cobrança do crédito. 
 
Se o credor provar documentalmente, ou justificar previamente a entrega do 
título e a recusa de devolução, o juiz decretará a prisão civil do devedor. 
 
Embora fale o artigo 885 parágrafo único, em processamento de plano, não 
deve de qualquer maneira, haver decretação da prisão sem prévia citação do 
devedor, ensejando-lhe oportunidade de purgar a sua falta. 
 
Na ação do art. 885, só se pode discutir a existência ou não da retenção do 
título e da legalidade do ato do devedor, sem entrar do mérito da exigibilidade 
da dívida. 
 
O levantamento da importância depositada só poderá ocorrer depois do 
trânsito em julgado da sentença (art. 887). 
 
Se a questão for discutida apenas no âmbito do artigo 885, o trânsito em 
julgado deverá referir-se à sentença nesse procedimento. Mas, se houve 
contestação ao mérito da dívida, nas vias contenciosas comuns, a solução a 
que ficará condicionado o levantamento é a da ação principal. 
 
A prisão mencionada pelo artigo 885 não é compatível com o sistema 
constitucional vigente. A Constituição Federal somente admite a prisão por 
 
16 
dívida no caso de depositário infiel ou inadimplemento de pensão alimentícia 
(art. 5º, LXVII). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
05 - ATENTADO(art. 880/881) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial (art. 880) 
 
Contestação (art. 803, parágrafo único) 
 
Não há audiência se há 
prova oral 
 
Citação (art. 802) 
 
Audiência se há prova oral 
(art. 803, parágrafo único) 
 
Revelia 
 
Sentença 
 
Improcedência da ação 
 
Encerramento do feito 
 
Procedência da ação ( art. 881) 
Ordem de 
restabelecimento 
do estado anterior 
Suspensão da 
causa principal 
Proibição ao réu 
de falar até 
purgação do 
atentado 
Condenação a 
perdas e danos 
(art. 881, parág. 
único) 
 
18 
Atentado -“Atentado é a criação de situação nova ou mudança de status 
quo, pendente à lide, lesiva à parte e sem razão de direito”. 
 
O atentado é o fato de uma parte que fere o interesse da parte contrária. Dele 
nasce a ação de atentado, que é o meio de exercitar a pretensão de 
restituição ao status quo, para que a situação de fato possa aguardar a 
solução do processo, tal como se achava ao ajuizar-se o feito. 
 
A petição inicial, além de satisfazer os requisitos do art. 801, deve esclarecer 
em que constitui o atentado, isto é, deve indicar o estado de coisas antes e 
depois da inovação ilícita praticada pelo promovido. 
 
A ação cautelar de atentado é admitida pelo art. 879, nos casos em que a 
parte, no curso do processo: 
I- viola penhora, arresto, seqüestro ou imissão na posse; 
II- prossegue em obra embargada; 
III- pratica outra qualquer inovação ilegal no estado de fato. 
 
A ação de atentado tem lugar frente a qualquer espécie de ação: 
condenatória, constitutiva, declaratória, executiva ou cautelar. 
 
Após a citação, o requerido terá cinco dias para contestar. Se não o fizer, 
incidirá em revelia e o feito será imediatamente julgado, admitindo-se como 
verídicos os fatos alegados pelo requerente (arts. 319, 330, II, e 803 do 
CPC). 
 
Contestada a ação, o juiz admitirá a instrução da causa, mediante as provas 
que se fizerem necessárias. Somente se houver necessidade de prova oral é 
que designará audiência de instrução e julgamento (art. 803, parágrafo único 
do CPC). 
 
Encerrada a instrução, com ou sem audiência, o juiz proferirá a sentença que, 
acolhendo ou rejeitando o pedido, desafiará recurso de apelação, sem efeito 
suspensivo. 
 
19 
 
Os efeitos obrigatórios da sentença de procedência da ação de atentado: 
a) o reconhecimento de inovação ilícita do estado de fato cometida pelo 
requerido em detrimento do requerente; 
b) a ordem de restabelecimento da causa principal; 
c) a suspensão da causa principal; 
d) a proibição de o réu falar nos autos até a purgação do atentado; 
e) a imposição do ônus da sucumbência: despesas processuais e honorários 
advocatícios. 
 
A sentença é, pois, de condenação, sob forma cominatória: restabelecer o 
status quo, sob pena de não se poder falar nos autos. 
 
dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
06 - BUSCA E APREENSÃO 
(arts. 839 a 843 do CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Execução se não tiver sido concedida 
 liminarmente 
 
 
Petição inicial 
(art. 840) 
Nega liminar 
 
Concede de 
plano 
Concede liminar 
 
Justificação ( em 
segredo de justiça 
ou não ) art. 841 
Nega liminar 
 
Executa-se, se 
for o caso, cita 
 
Cita, se for o 
caso 
Cita 
Sem contestação 
(art. 803) 
Contestação 
(art. 802) 
Audiência, se 
necessária (art. 
803, par. único) 
 
Sentença 
(art. 803) 
 
21 
 
Busca e Apreensão - Quanto ao objeto, a busca e apreensão pode ser de 
coisas e de pessoas. 
 
Quanto à natureza, existe busca e apreensão cautelar e principal. O 
procedimento de busca e apreensão, de que cuidam os arts. 839 a 843 é, no 
entanto, exclusivamente destinado à função cautelar, isto é, à realização da 
tutela instrumental de outro processo, cuja eficiência se busca assegurar. 
 
Procedimento: Como medida precedente (preparatória) ou como incidente de 
processo já em curso, a busca e apreensão é forma de ação cautelar que deve 
ser autuada à parte, com oportuno apensamento aos autos principais (art.809 
do CPC). 
 
A petição inicial deve apresentar os requisitos dos arts. 282 e 801, devendo o 
autor expor, expressamente, “as razões justificativas da medida e da ciência 
de estar a pessoa ou coisa no lugar designado” (art. 840 do CPC). 
 
O deferimento da medida se dá, em regra, sem contraditório, inaudita altera 
pars, com expedição imediata da ordem judicial, à luz das informações e 
dados apresentados pelo requerente. 
 
O mandado deve ser cumprido por dois oficiais de justiça, que são 
autorizados, em razão da própria natureza da ordem judicial, a praticar 
arrombamento de portas externas ou internas e de quaisquer móveis onde 
presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada, desde que não se 
dê a abertura voluntária, pelo promovido, após a devida intimação. Deverão 
os oficiais ser acompanhados por duas testemunhas. Encerrada a diligência, 
os oficiais de justiça lavrarão auto circunstanciado, que será assinado por eles 
e pelas testemunhas e será juntado ao processo (art.843 do CPC). 
 
O deferimento da liminar de busca e apreensão não elimina a possibilidade de 
contestação pelo promovido, após o cumprimento do mandado, e dentro do 
prazo de 05 (cinco) dias (art. 802 do CPC). Se isto se der, o feito assumirá o 
 
22 
rito preconizado pelo art. 803, culminando por sentença que confirmará ou 
revogará a medida liminarmente decretada. 
dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
07 - BUSCA E APREENSÃO SOB ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 
( Dec.-Lei nº 911/69, com a redação dada pela Lei 
nº10.931/04) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 dias 
 15 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial 
( art. 3º) 
Busca e apreensão 
liminar e citação 
Devedor paga o valor 
indicado pelo credor 
(art. 3º § 2º) 
 
Devolução do bem ao 
devedor e extinção do 
processo 
(art. 3º, § 2º) 
 
Devedor não paga 
 
Consolidação da 
propriedade e posse no 
patrimônio do credor 
( art. 3º, § 1º) 
 
Resposta 
(art. 3º, § 3º) 
Sentença 
(art. 3º, § 5º) 
 
24 
Busca e Apreensão Sob Alienação Fiduciária - Com a inicial, deve o 
autor comprovar a mora ou o inadimplemento do devedor (art. 3º). 
 
 Consolidadas a propriedade e a posse no patrimônio do credor, este poderá, 
sem sentença, vender o bem ou registrá-lo em seu nome( art. 3º, § 1º). Não 
será proferida sentença, a não ser para extinção do processo, quando o 
devedor não pagar nem oferecer resposta. 
 
 A resposta pode ser apresentada, ainda que o devedor tenha efetuado o 
pagamento, caso entenda ter havido pagamento a maior e desejar restituição 
(art. 3º, § 4º). 
 
Se o Juiz, acolhendoa resposta, decretar a improcedência da ação, condenará 
o credor ao pagamento de multa de 50% do valor originalmente financiado, 
com a atualização, caso o bem já tenha sido alienado( art. 3º, § 6º), multa 
essa que não exclui a responsabilidade do credor por perdas e danos ( art. 3º, 
§ 7º). 
 
Se os bens alienados fiduciariamente não forem encontrados ou não se 
acharem na posse do devedor, o credor poderá requerer que o pedido seja 
convertido, nos mesmos autos, em ação de depósito (art. 4º). Ao formular o 
pedido de conversão, entretanto, deve o autor atender os requisitos genéricos 
de qualquer petição inicial (CPC, art. 282), além de observar o que dispõe o 
artigo 902 do CPC, ou seja, instruir a petição com a prova literal do depósito 
(se já não constar dos autos) e indicar a estimativa do valor da coisa (se não 
constar do contrato), pedindo a citação para os fins mencionados naquele 
artigo. Consulte-se o fluxograma da ação de depósito. 
 
Embora a lei não preveja, é evidente que ao réu deve ser facultada a 
produção de provas que, a critério do juiz, sejam pertinentes e relevantes. 
 
A apelação tem efeito apenas devolutivo (art. 3º, § 5º). Dablipeandrade 
 
 
 
 
25 
08 - CHAMAMAMENTO AO PROCESSO (art. 77/80) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedido do réu no prazo da contestação (art. 78 do CPC) 
 
Suspensão do processo (art. 79 do CPC) 
 
Juiz determina citação do chamado (art. 79 do CPC) 
 
Citação não realizada no prazo legal 
 
Prazo de resposta: 15 dias (art. 297 do CPC) 
 
Processo continua só contra o réu 
 
Sentença final não apreciará questão que motivou 
chamamento 
 
Chamado torna-se litisconsorte do réu (art. 
74 do CPC) 
 
Cessa suspensão do processo 
 
Reabre-se o prazo para contestação 
 
Chamado 
comparece 
 
Chamado não 
comparece 
 
26 
O chamamento ao processo é cabível em qualquer espécie de 
procedimento, no processo de cognição, saldo no sumário (art. 280, I). 
 
Chamamento ao processo é o incidente pelo qual o devedor demandado 
chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo a 
fazê-los também responsáveis pelo resultado do feito (art. 77). Com essa 
providência, o réu obtém sentença que pode ser executada contra o devedor 
principal ou os co-devedores, se tiver de pagar o débito. 
 
A finalidade do instituto é, portanto, ”favorecer o devedor que está sendo 
acionado, porque amplia a demanda, para permitir a condenação também dos 
demais devedores, além de lhe fornecer, no mesmo processo, título executivo 
judicial para cobrar deles aquilo que pagar”. 
 
O chamamento ao processo é uma faculdade e não uma obrigação do devedor 
demandado. 
 
Segundo a própria finalidade do incidente, só o réu pode promover o 
chamamento ao processo. 
 
É admissível o chamamento ao processo, conforme o artigo 77 do CPC: 
I- do devedor, na ação em que o fiador for réu; 
II- dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles; 
III- de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de 
alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum. 
 
O réu deve propor incidente no prazo de contestação (art. 78). Recebendo a 
petição, o juiz suspenderá o curso do processo e será observado, quanto à 
citação e prazos, o mesmo rito da denunciação à lide, recomendado pelo art. 
72 (art. 79). 
Haja ou não aceitação do chamamento pelo terceiro (chamado), ficará este 
vinculado ao processo, de modo que a sentença que condenar o réu terá, 
também, força de coisa julgada contra o chamado. 
dabliopeandrade 
 
27 
 
 09 - CONFLITO DE COMPETÊNCIA ( art. 115/122) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Provocação: ofício do juiz ou petição da parte ou 
do MP, com os documentos necessários 
 
Encaminhamento ao Presidente do Tribunal (art. 
118 do CPC) 
 
Distribuição ao relator 
 
Requisição de informações aos 
juízes 
 
Transcurso do prazo legal, com ou 
sem informações 
 
Ouvida do MP, em cinco dias (art. 
121 do CPC) 
 
Julgamento pelo Tribunal 
 
Designação de um juiz para resolver, em caráter 
provisório, as medidas urgentes (art. 120 do CPC) 
 
28 
Conflito de competência - Pode ser suscitado por qualquer das partes, 
pelo Ministério Público ou pelo juiz, ao Presidente do Tribunal (art. 116 e 118 
do CPC). 
 
O juiz, quando lhe couber a iniciativa, suscitará o conflito, por ofício (art.118, 
I do CPC). 
 
Ao decidir, o Tribunal declarará qual juiz competente, pronunciando-se 
também sobre a validade dos atos do juiz incompetente (art. 122 do CPC). 
 
Os conflitos entre turmas, seções, câmaras, juízes de segundo grau, 
desembargadores e Conselho Superior da Magistratura processar-se-ão 
conforme os regimentos dos tribunais (art. 123 do CPC). 
 
Não pode suscitar conflito a parte que no processo oferecer exceção de 
incompetência (art. 117 do CPC). 
 
Poderá o relator, de ofício, ou a requerimento de qualquer das partes, 
determinar, quando o conflito for positivo, seja sobrestado o processo; mas, 
neste caso, bem como no de conflito negativo, designará um dos juízes para 
resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes (art. 120 do CPC). 
 
Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o 
relator poderá decidir, de plano, o conflito de competência, cabendo agravo, 
no prazo de cinco dias, contados da intimação da decisão às partes, para o 
órgão recursal competente (art. 120, parágrafo único do CPC). 
 
dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
10 - CONSIGNAÇÃO (art. 893) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Segue o procedimento 
 Ordinário 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial – art. 893 do CPC 
 
Juiz defere o depósito 
 
Depósito de quantia ou coisa devida – 
art. 893, I do CPC 
 
Credor recebe 
 
Sem contestação – art. 897 
do CPC 
 
Contestação – art. 896 
do CPC 
Se houver alegação de depósito 
insuficiente e a prestação não acarretar o 
inadimplemento do contrato – art. 899 do 
CPC 
 
Para o autor completar o 
depósito – art. 899 do CPC 
 
Réu concorda com a 
complementação 
 
Sem complementação ou 
discordando o réu 
 
Sentença 
 
30 
 
 
Consignação - A petição inicial, então, além de atender as exigências 
ordinárias previstas no art. 282, terá de conter pedido especial de depósito da 
quantia ou coisa devida, a ser efetivado no prazo de cinco (5) dias contados 
do deferimento (artigo 893). 
 
O deferimento da inicial far-se-á por despacho em que o juiz determinará o 
depósito requerido pelo autor e ordenará a citação do credor para dupla 
finalidade de receber o pagamento oferecido ou contestar a causa no prazo de 
15 (quinze) dias. 
 
A aceitação da oferta real, por parte do credor, importa em extinção do 
processo, com a solução de mérito, derivada do reconhecimento da 
procedência do pedido, de forma tácita, pelo réu (Código de Processo Civil, 
art. 897, parágrafo único). 
 
Mas o prosseguimento do feito, seja com contestação, seja à revelia do 
credor, só é possível apósa efetivação do depósito judicial. E que, com ou 
sem resposta do réu, a sentença final tem, no sistema da consignatória, uma 
função muito singela, qual seja a de declarar a eficácia liberatória do 
depósito, quando regularmente feito pelo devedor. 
 
Quando na contestação o réu alegar que o depósito não é integral, é licito ao 
autor complementá-lo, em dez dias, salvo se corresponder à prestação, cujo 
inadimplemento acarrete a rescisão do contrato (art. 899 do CPC). 
 
Se o réu concorda com a complementação, sendo esta a única matéria 
alegada em sua contestação, extinta está a lide; e ao juiz caberá encerrar o 
processo com a colhida do pedido consignatório, para os fins de direito. 
 
Se, porém, houver outras defesas formuladas pelo réu, o feito prosseguirá 
normalmente, apenas com a redução do conteúdo da lide, seguindo-se o rito 
ordinário, até prolação da sentença. 
 
 
31 
 
11 - CONSIGNAÇÃO (art.895 e 898) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juiz decide de plano 
 
Petição inicial com o depósito – 
art. 895 do CPC 
 
Não comparece pretendente 
algum 
(sem contestação) – art. 898 
do CPC 
 
Comparece apenas um 
pretendente 
(uma só contestação) 
Art. 898 do CPC 
 
Comparece mais de um 
pretendente 
(mais de uma contestação) – 
Art. 898 do CPC 
 
Converte-se o depósito em 
arrecadação de bens de 
ausente 
 
Juiz declara efetuado o depósito 
e extinta a obrigação 
 
Processo continua só entre 
credores; procedimento 
ordinário 
 
32 
Consignação – Sempre que ocorrer dúvidas sobre quem deva legitimamente 
receber o pagamento, poderá o devedor obter a sua liberação pela via 
judicial, requerendo o depósito e a citação dos que o disputam para provarem 
o seu direito, através deste procedimento de consignação em pagamento, 
furtando-se, assim, ao risco de pagamento indevido (art. 895 do CPC). 
 
Feito o depósito preparatório, a citação será para que os interessados venham 
provar o seu direito, em prazo de contestação, que é de 15 dias. Se todos são 
conhecidos, a citação será pessoal; havendo desconhecimento ou incerteza 
quanto à identidade do interessado ou dos interessados, a citação far-se-á por 
editais. 
 
Após a citação dos credores incertos, podem ocorrer várias atitudes 
processuais da parte dos possíveis interessados, cujas conseqüências se 
acham reguladas de maneira especificada pelo art. 898, a saber: 
 
a) Ausência de pretendente: o depósito será arrecadado por ordem judicial e 
confiado a um curador. Assim perdurará o depósito indefinidamente, até que 
um eventual interessado venha provocar o seu levantamento, mediante 
adequada comprovação de seu direito. Para o devedor, o procedimento 
consignatório estará, desde logo, encerado, pois, ao determinar a 
arrecadação, caberá ao juiz declarar extinta a obrigação. 
 
b) Se apenas um pretendente comparece em juízo para se habilitar ao 
depósito feito pelo consignante, caberá ao juiz apreciar suas alegações e 
provas, para proferir, de plano, decisão em torno da pretensão de levantar o 
depósito (art. 898 do CPC). 
 
c) quando dois ou mais pretendentes se apresentam em juízo, cada um 
avocando para si o direito ao crédito que o autor procura solver, o processo 
sofre um verdadeiro desmembramento, de maneira a estabelecer uma relação 
processual entre o devedor e o bloco dos pretensos credores, e outra entre os 
diversos disputantes do pagamento. 
 
33 
O juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o 
processo a correr unicamente entre os credores, seguindo, doravante, o 
procedimento ordinário, até a sentença final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
12 - DEMARCAÇÃO (Art. 950/966) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem contestação – art. 955 
e 330, II do CPC 
 
Contestação - art. 955 
 
Vistas às partes no prazo de 10 
dias (comuns) 
 
Petição inicial – art. 950 do CPC 
Juiz nomeia dois 
arbitradores e um agrimensor 
 
Compromisso 
 
Arbitradores e agrimensores levantam 
o traçado de linha demarcada – art. 
956 do CPC 
 
Arbitradores apresentam o laudo sobre 
o traçado da linha demarcada – art. 
957 do CPC 
 
Agrimensor anexa ao laudo a planta da região e o 
memorial das operações de campo – Art. 957, 
parágrafo único 
Segue o procedimento ordinário 
– art.955 do CPC 
Arbitradores percorrem a linha e 
fazem relatório, juntando-o aos 
autos – art. 964 do CPC 
 
Agrimensor efetua a demarcação, 
colocando os marcos necessários – 
art.963 do CPC 
 
Sentença – art. 958 do 
CPC 
Vista às partes – art. 965 do CPC 
– 10 dias (comum) 
 
Executam-se as retificações 
eventuais – art.965 do CPC 
 
Lavra-se o auto de demarcação – 
art.965 do CPC 
 
Sentença homologatória de 
demarcação – art.966 do CPC 
 
35 
DEMARCAÇÃO - é a operação por meio da qual se fixa ou se delimita a linha 
divisória entre dois terrenos, assinalando-as, em seguida, com elementos 
materiais sobre o solo. 
A demarcação objetiva evitar esbulhos e contestações que a falta de sinais 
visíveis dos limites da propriedade imobiliária possam acarretar aos 
proprietários de imóveis limítrofes, e a discussão se dá acerca da lide. Para 
que a ação demarcatória seja proposta, é preciso que exista uma situação 
litigiosa entre os confinantes 
O artigo 946 estabelece quando devem ser propostas as ações demarcatórias 
e as divisórias. Se houver interesse na divisão e se ocorrer confusão de 
demarcação não são elas excludentes, pois, demarca-se e, depois, divide-se o 
imóvel. 
Ação especial de jurisdição contenciosa, sendo que cada ação tem duas fases: 
1ª fase: a existência do direito material à demarcação ou divisão; 
2ª fase: atos reais de demarcação ou divisão, portanto, efetivação das 
medidas. 
 O processo é cognitivo e único, porém, dividido em duas fases: 
demarcatória e divisória. 
A demarcação e a divisão, cada qual com dupla fase, têm caráter unitário, em 
que pesem as sentenças proferidas: a primeira que reconhece o direito e a 
segunda que homologa os atos reais realizados para demarcar e para dividir. 
As ações são imprescritíveis. 
O foro competente das ações que são reais imobiliárias é o da situação da 
coisa - art. 95 CPC. 
Procedimentos: a) A citação dos réus que moram na Comarca será pessoal; 
dos demais, por edital (art. 953 do CPC). A citação dos demais condôminos, 
litisconsortes ativos necessários (art. 952 CPC); b) O prazo para contestação 
é de 20 dias, sendo este comum, mesmo quando houver litisconsortes, 
 
36 
aplicando-se o art. 191 do CPC; c) O procedimento ordinário passa a ser 
adotado, com o destaque de que, necessariamente, a prova pericial deverá 
ser realizada. É ela obrigatória (art. 956 CPC); d) Após a contestação, seguem 
a réplica e a tréplica e, mesmo sendo revel o réu, necessário se faz produzir a 
prova pericial; e) O juiz deverá nomear dois arbitradores e um agrimensor, 
antes de sentenciar; f) Os arbitradores farão laudo minucioso e o agrimensor 
juntará planta da região, podendo as partes se manifestarem, no prazo 
comum de dez dias, sobre o que julgarem conveniente. 
Serão proferidas duas sentenças. 
1ª fase (art. 958 CPC) - a sentença poderá ser : 
a) declaratória, quando o juiz reconhece os limites preexistentes, com 
fundamento nos marcos destruídos ou arruinados; 
b) constitutiva, quandoconfusas se apresentam as linhas, sendo que a 
sentença irá desfazer a confusão, criando novos rumos e, conseqüentemente, 
nova situação dominial. 
Enfim, na primeira fase chega-se à existência do direito à demarcação, com a 
determinação do traçado da linha demarcanda – art. 958 CPC. 
Da sentença cabe o recurso de apelação, que será recebido no duplo efeito 
(art. 520, “caput”CPC) 
Essa sentença põe fim à primeira fase da demarcação, seguindo-se a 
execução (arts 960 a 964 CPC ), após o trânsito em julgado. 
 
2.ª fase (art. 966 CPC) perícia e sentença homologatória 
Com o trânsito em julgado, começa a segunda fase, que é a prática dos atos 
materiais, portanto, a demarcação em si (arts. 959 e ss. CPC). 
O agrimensor efetuara a demarcação, fixando marcos e limites e elaborando a 
planta e o memorial descritivo (arts 960 a 962 CPC). 
 
37 
Os arbitradores examinarão os marcos e rumos, consignando em relatório 
escrito as exatidões e as divergências; 
As partes serão intimadas para manifestação, no prazo comum de 10 dias; 
Com ou sem as impugnações, serão efetuadas eventuais correções e 
retificações e, após, lavrado o auto de demarcação, que será assinado pelo 
juiz, pelo agrimensor e pelos arbitradores. 
Segue-se a sentença homologatória – art. 966 do CPC – cabendo o recurso de 
apelação só no efeito devolutivo (art. 520, I CPC). 
Essa sentença gera a certeza jurídica quanto ao acerto da demarcação. 
dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
13 - DEPÓSITO (Art. 901/906) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Réu entrega: 
extingue - se 
 
Mandado de busca e apreensão – 
art. 905 do CPC 
 
Réu não entrega 
 
Sem contestação 
 
Petição inicial – art. 
902 do CPC 
 
Entrega, deposita a coisa ou 
consigna o equivalente em 
dinheiro – art. 902, I 
 
Sentença – art. 904 do CPC 
 
Contestação – art. 902, II 
 
Segue o procedimento ordinário 
até a sentença – art. 903 do CPC 
 
Sentença de extinção 
 
Expedição de mandado de entrega – art. 
904 do CPC 
 
Juiz decreta a prisão e manda 
expedir o respectivo 
mandado 
 
Diligência positiva 
 
Diligência negativa – art. 
906 do CPC 
 
Cessa a prisão 
 
Prossegue a ação para haver o que foi 
reconhecido na sentença (execução por 
quantia certa) 
 
Pode prosseguir para 
haver custas e honorários 
 
39 
Depósito - A ação de depósito tem por finalidade ver restituída a coisa 
deixada em depósito (art. 901, CPC). 
 
A inicial deverá trazer prova literal do depósito e uma avaliação do valor do 
bem. 
O autor deverá requerer a citação do réu para que, em 05 dias: a) entregue a 
coisa; b) deposite-a em juízo; c) consigne o valor equivalente em dinheiro; 
ou d) conteste a ação. 
 
Além desses pedidos, o autor poderá requerer que o juiz comine pena de 
prisão (até um ano) ao réu. 
 
O réu terá o prazo de 5 dias para contestar, podendo alegar nulidade, 
falsidade do título ou extinção da obrigação. Se contestada a ação, ela seguirá 
o rito ordinário. Não havendo a contestação, decreta-se a revelia. 
 
Julgado procedente o pedido, o juiz expedirá mandado para a entrega da 
coisa ou equivalente em dinheiro, no prazo de 24 horas. Se o réu não cumprir 
o determinado, terá decretada sua prisão. Cessará a prisão, entretanto, se o 
réu voluntariamente entregar a coisa e devolver o equivalente em dinheiro. 
 
Se o autor não conseguir receber a coisa ou equivalente em dinheiro, poderá 
executar o réu nos próprios autos, observando-se o procedimento da 
execução por quantia certa. 
 
dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
14 - DESPEJO 
(Lei nº. 8.245/91, art. 59 a 66) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial 
 
Citação do locatário 
 
Contestação 
 
Réu concorda com o 
pedido (art.61) 
 
Ciência aos sublocatários 
(podem intervir como 
assistentes) 
(art.59, § 2º) 
 
Sem contestação 
Segue o procedimento 
ordinário (art. 59) 
 
Sentença 
 
Sentença homologa 
(art.61) 
 
Se decretado o despejo 
(art.63) 
 
Notificação do locatário e 
demais ocupantes 
(art.63) 
 
Imóvel não é desocupado 
 
Mandado de despejo 
(art.65) 
 
41 
DESPEJO - A locação residencial está prevista na Lei n.º 8.245/91, assim 
como o procedimento da respectiva ação de despejo. De acordo com o 
disposto nos art. 58, II, da lei supramencionada e 95, do Código de Processo 
Civil, as ações de despejo deverão ser processadas perante o foro do lugar da 
situação do imóvel, salvo se outro houver sido eleito no contrato. Pode ser 
fundada em algumas hipóteses explicitadas pela lei. 
 
O art. 9º da Lei de Locação enumera quais os fundamentos que devem 
constar no pedido inicial, também apresentar o contrato de locação e outros 
documentos referentes à relação entre locador e locatário, bem como de 
documentos que comprovem a posse do imóvel. Se o imóvel for abandonado 
após ajuizada a ação, o locador poderá imitir-se em sua posse. 
 
O autor poderá pleitear a desocupação liminarmente, porém, em casos 
específicos, no prazo de 15 dias, desde que preste caução no valor 
equivalente a três meses de aluguel. Caso o locatário não desocupe o imóvel, 
voluntariamente, no prazo estabelecido, haverá o despejo compulsório, pois o 
inquilino só se manifestará após sua saída do prédio locado. 
 
Havendo sublocatários, estes deverão ser notificados do pedido liminar e 
poderão intervir no processo como assistentes. 
 
Se a decisão de desocupação liminar for reformada, o valor da caução será 
revertido em favor do réu, como indenização mínima das perdas e danos, 
podendo este reclamar, em ação própria, a diferença pelo que exceder. 
 
Se a ação de despejo se fundar na falta de pagamento: o réu, no prazo da 
contestação, poderá pleitear autorização para o pagamento do débito 
atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, 
incluídos os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua 
efetivação; as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis; os juros 
de mora; as custas e os honorários do advogado do locador, fixados em dez 
por cento sobre o montante devido, se do contrato não constar disposição 
diversa. No entanto, não poderá purgar a mora, se já houver utilizado dessa 
 
42 
faculdade por 02 (duas) vezes nos doze meses imediatamente anteriores à 
propositura da ação. 
 
Efetuado o depósito, o locador poderá alegar que a quantia não é integral, 
devendo justificar a diferença. Nesse caso, o locatário poderá complementar o 
depósito no prazo de dez dias, contados da ciência dessa manifestação. Se 
não o fizer, o pedido de rescisão prosseguirá pela diferença, podendo o 
locador levantar a quantia depositada. 
 
No curso da ação, os aluguéis que forem vencendo serão depositados em 
juízo, nos respectivos vencimentos, podendo o locador levantá-los, desde que 
incontroversos. 
 
Se a ação se der por denúncia vazia ou for fundada na desocupação para uso 
próprio ou para construção de hotel ou pensão (arts. 46, § 2º e 47, III e IV, 
Lei 8.245/91): o réu, no prazo da contestação, poderá concordar com a 
desocupação do imóvel, devendo o juiz acolher o pedido, fixando prazo de 06 
(seis) meses para a desocupação. 
 
O prazo deve ser contado a partir da citação, impondo ao vencido a 
responsabilidade pelas custas e honorários advocatícios de 20% (vinte por 
cento) sobre o valordado à causa. Se a desocupação ocorrer dentro do prazo 
fixado, o réu ficará isento dessa responsabilidade. Se não o fizer, será 
expedido mandado de despejo. 
 
Julgada procedente a ação de despejo, o juiz fixará prazo de 30 (trinta) dias 
para a desocupação voluntária. O prazo será de quinze dias se entre a citação 
e a sentença houver decorrido mais de quatro meses ou se o despejo houver 
sido decretado com fundamento nos incisos II e III do art. 9° ou no § 2° do 
art. 46. 
O prazo ainda poderá variar dependendo da natureza da destinação do imóvel 
locado. Se tratar de escola, o prazo será de, no mínimo, 06 (seis) meses e no 
máximo de 01 (um) ano, e o juiz poderá determinar que o despejo ocorra 
 
43 
durante as férias escolares. Para hospitais, asilos, repartições públicas, o 
prazo para desocupação será basicamente de 01 (um) ano. 
 
Decretado o despejo, fixar-se-á o valor da caução para o caso de ser 
executado provisoriamente. 
 
Se o imóvel não for desocupado no prazo assinalado, o despejo será efetuado, 
se necessário, com emprego de força. 
 
dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
15 - DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO 
(art. 62 da Lei nº. 8.245/91) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial 
 
Citação do locatário 
 
Ciência aos sublocatários 
(podem intervir como 
assistentes) 
(art. 59, § 2º) 
 
Contestação 
 
Pedido de purgação da 
mora 
(art. 62, II ) 
 
Sem contestação 
 
Segue o procedimento ordinário 
 
Se decretado o despejo 
(art. 63) 
 
Notificação do locatário e 
demais ocupantes 
(art. 63 ) 
 
Mandado de despejo 
(art. 43, § 1º) 
 
Réu deposita 
 
Réu não 
deposita 
 
Juiz autoriza 
(art. 62, III) 
 
Sentença de extinção do 
processo 
 
Autor levanta a quantia 
depositada 
 
Sentença 
 
45 
 
 
Despejo por falta de pagamento - A ação de despejo por falta de 
pagamento objetiva a rescisão da locação pelo não pagamento dos aluguéis e 
demais encargos, desde que esses estejam previstos no instrumento locatício. 
A própria lei autoriza que o despejo por falta de pagamento seja cumulado 
com a cobrança dos aluguéis e encargos. 
Quanto à petição inicial do despejo por falta de pagamento, há requisito 
essencial que a Lei 8.245/91 impõe, e que diz respeito à discriminação do 
valor do débito que deve ser apresentado na petição inicial. 
Decretado o despejo por sentença, nos mesmos autos, a lei faculta ao locador 
a cobrança dos alugueres e encargos da locação, se tiver havido cumulação 
da rescisão da locação com a cobrança de alugueres. 
Citado o locatário da ação, é-lhe facultado, mediante petição subscrita por 
advogado regularmente constituído, ou por si próprio, requerer autorização 
para purgar a mora (pagar as despesas dos alugueres e encargos 
devidamente atualizados, multas ou penalidades contratuais exigíveis, juros 
de mora, custas processuais e verba honorária) no prazo de 15 (quinze) dias, 
contados da juntada aos autos do mandado devidamente cumprido por Oficial 
de Justiça. Deferido o pedido, o locatário terá o prazo de 15 dias para efetuar 
o depósito do valor autorizado, após a intimação do deferimento. 
Caso o locatário venha a discordar dos valores cobrados na ação de despejo, 
poderá contestar o feito, correndo, entretanto, sério risco de ser despejado, 
caso, posteriormente, se verifique a exatidão dos cálculos do locador, 
perdendo, conseqüentemente, o seu patrimônio, ou seja, o seu ponto 
comercial. 
Dabliopeandrade 
 
 
 
 
 
 
46 
16 - DIVISÃO (Arts 967/981) 
 
 
 
 
 
 
9 954/955 20 dias(comuns) 
 
 
 10 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 dias 
 10 dias 
 
 
 
 
 10 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 dias 10 dias 
 
 
 
 
Petição inicial 
art. 967 do CPC 
 
Sem contestação 
 
Julgamento no estado da causa 
art. 955/330, II 
 
Contestação 
 
Segue procedimento ordinário 
art. 955 CPC 
 
Sentença 
Manifestação dos interessados 
art. 971 CPC 
 
Apresentação dos títulos e formulação 
de quinhões, art. 970 e 971 do CPC 
 
Sem impugnação 
 
Impugnação 
Juiz determina a divisão geodésica do 
imóvel, art.971, parág. Único do CPC 
Decisão, art. 971, parág. único do 
CPC 
 
47 
 
Agrimensor levanta planta do imóvel, oferecendo memorial descritivo art. 975 do 
CPC 
 
Arbitradores examinam, classificam e avaliam as terras, culturas, edifícios etc. 
Entregando o laudo ao agrimensor art. 976 do CPC 
 
Agrimensor avalia o imóvel no seu todo ou o classifica em áreas, art. 977 do 
CPC 
 
Manifestações das partes, podendo impugnar suas recíprocas pretensões art. 979 
do CPC 
 
Laudo conjunto dos arbitradores e agrimensor, propondo a forma de divisão 
(plano) art. 978 do CPC 
 
Juiz delibera a partilha art. 979 do CPC 
 
Manifestações das partes art. 980 c/c art. 965 do CPC 
 
Gestor Judicial lavra o auto de divisão e folhas de pagamento, art. 980, 2ª parte 
do CPC 
 
Juiz homologa por sentença a divisão, art. 980 ” in fine” do CPC 
 
Agrimensor, assistido pelos arbitradores, procede à demarcação dos quinhões, 
art. 979, 2ª parte do CPC 
 
Organiza o agrimensor memorial descritivo, art. 980 do CPC 
 
 
48 
Divisão - è a ação própria para extinguir o condomínio. É proposta por 
aquele que, não mais lhe convindo continuar em comunhão com outros 
proprietários, pretende dividir o imóvel. Pode ser requerida por um, por mais 
de um ou por todos os condôminos, cabendo também quando os herdeiros 
pretendem separar suas partes na herança. 
A ação de divisão está prevista no artigo 946, inc. II, 967 a 981, do Código 
de Processo Civil, sendo norteada pelo direito condominial. 
A ação de divisão só é possível se todos os condôminos forem capazes e se o 
bem for divisível, pois, “A todo o tempo será lícito ao condômino exigir a 
divisão da coisa comum”. 
Se indivisível for o bem em condomínio e se não houver um consenso 
entre os condôminos, a ação própria é de extinção do condomínio para 
alienação judicial à terceiro ou adjudicação a um dos condôminos (art. 1322, 
do CC). 
Tem como finalidade separar os domínios concorrentes em proporções 
menores e individuais. 
Por fim ao estado condominial permitindo que a cota ideal seja transformada 
em cota real, precisa para que cada qual exerça domínio exclusivo (art. 
1.320, CC). 
Ação de procedimento especialde jurisdição contenciosa e, em sendo 
contestada a ação, passa a ser ordinário. 
Feitas as citações, terão os réus o prazo comum de vinte (20) dias para 
contestar. 
A sentença na primeira fase, tem natureza declaratória, pois, declara a 
possibilidade de ser divisível a área, aguardando-se o trânsito em julgado, 
devendo proceder da forma a seguir: 
 
 
49 
Passa-se ao trabalho de divisão efetiva sendo que todos os condôminos 
devem fazer o pedido de quinhão e apresentar seus títulos em dez dias. 
Dois arbitradores e o agrimensor são nomeados e medirão o imóvel para 
divisão. 
A avaliação da área e das benfeitorias será feita pelo agrimensor que expedirá 
o laudo. 
Os condôminos serão intimados para impugnação no prazo de 10 dias. 
O juiz decide em 10 dias sobre as impugnações e determina a elaboração do 
auto de divisão assinado pelo juiz, agrimensor e arbitradores. 
Na fase do art. 979 CPC, é proferida a sentença homologatória da divisão, 
considerando o que se contém no auto divisório, devendo proceder da forma a 
seguir: 
Após o trânsito em julgado expede-se uma carta de sentença, título hábil para 
o registro no cartório de Imóveis (art. 590 CPC). 
Farão partes dessa carta: o auto de divisão, a folha de pagamento, a sentença 
homologatória e a certidão do trânsito em julgado. 
Há de se observar que a sentença não confere o domínio, mas declara a cota 
parte de cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
17 - EMBARGOS DE TERCEIRO (art. 1.046/1.054) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 art.803, § único 
 
 
 
 
 
 
Juiz defere mandado liminar manda citar o embargado 
art. 1.051 do CPC 
 
Petição inicial art. 1050 CPC 
 
Juiz manda citar embargado 
art. 1051 do CPC 
 
Juiz manda justificar citado o 
embargado art. 1.050, § 1ºdo CPC 
 
Concedem o 
mandado art. 1.051 
d CPC
 
Nega 
mandado 
 
Embargante presta 
caução art. 1.051 do 
CPC
 
Cumprimento do mandado e citação 
(se for o caso) 
 
Sem contestação 
 
Contestação 
 
Audiência, se 
necessária 
 
Sentença 
 
51 
Embargos de Terceiro - É a forma processual utilizada por uma pessoa 
que, mesmo não fazendo parte de determinado processo, sofrerá turbação ou 
esbulho na posse de seus bens, por ato de apreensão judicial. Nos Embargos 
de Terceiros, o embargante coloca-se como titular de um direito dependente 
ao que está sendo discutido em juízo, tendo a garantia de seu direito 
relacionada ao sucesso de uma das partes. 
Distribuídos por dependência, correndo em apartado (art. 1049), com 
suspensão do processo principal se versar sobre a totalidade dos bens. 
Versando sobre alguns deles, prosseguirá o processo principal somente 
quanto aos bens não embargados (art. 1.052). 
 
São pressupostos desta ação: 
a) uma apreensão judicial; 
b) a condição de senhor ou possuidor do bem; 
c) a qualidade de terceiro em relação ao feito de que emanou a ordem de 
apreensão; 
d) a interposição dos embargos no prazo do artigo 1.048 do CPC. 
 
Podem ser opostos: enquanto não transitada em julgado a sentença (no 
processo de conhecimento), ou até 5 (cinco) dias depois da arrematação, 
adjudicação, ou remição ( no processo de execução), mas sempre antes da 
assinatura da respectiva carta ( art. 1.048). 
 
O embargante deve se ingressar com os embargos por petição elaborada com 
os requisitos do artigo 282, fazendo prova sumária de sua posse e da 
qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunha (art. 
1.050). O juiz pode designar a audiência preliminar para a justificação de 
posse (art. 1.050, § 1º). No caso de possuidor direto, além de alegar sua 
posse, pode, também, como fundamento, alegar domínio alheio do possuidor 
indireto (art. 1.050, § 2º). 
 
 
52 
Julgando suficientemente provada a posse, o juiz deferirá liminarmente os 
embargos e ordenará a expedição de mandado de manutenção ou de 
restituição em favor do embargante. 
 
Os embargos poderão ser contestados no prazo de dez (10) dias, em que o 
interessado na apreensão pode alegar toda a matéria relevante em direito 
para a manutenção do bem sujeito à apreensão, por exemplo sua alienação 
em fraude à alienação. Após o prazo de contestação, dentro do qual pode 
também ser apresentada exceção, o procedimento adota o rito do artigo 803, 
que é procedimento concentrado utilizado no processo cautelar (art. 1.053) 
 
Nos termos do artigo 803 do CPC: Não sendo contestado o pedido, presumir-
se-ão aceitos pelo requerido como verdadeiros os fatos alegados pelo 
embargante (arts. 283 e 319 do CPC); caso em que o juiz decidirá por 
sentença em cinco (5) dias. 
 
Havendo contestação, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, 
se necessária (art. 803, § único do CPC). Após, decidirá por sentença em 
cinco (5) dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
18 - EMBARGOS DO DEVEDOR 
(EXECUÇÃO DE TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS) 
(arts. 736 a 745 do CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial: 
15 dias da citação (art. 738) 
 
Pedido de efeito suspensivo 
(art. 739 – A, § 1º do CPC) 
 
Rejeição liminar 
(art. 739 do CPC 
 
Ouvida do embargado 
15 dias (art. 740, caput) 
 
Decisão 
 
Concede efeito 
suspensivo 
 
Nega efeito 
suspensivo 
 
Julgamento 
imediato 
(arts. 330 e 740, 
caput) 
 
Audiência de 
conciliação, 
instrução e 
julgamento 
(art. 740, caput) 
 
Sentença – 10 dias 
(art. 740, caput) 
 
Rejeição dos 
Embargos 
 
Acolhimento dos 
embargos 
 
Execução 
Prossegue 
Execução 
extingue-se 
(art. 795 do CPC) 
 
Execução fica 
suspensa depois da 
penhora ou depósito, 
no aguardo do 
julgamento dos 
embargos 
 
54 
Embargos do Devedor - É meio de defesa do devedor, com natureza jurídica 
de uma ação incidental (depende do processo de execução), e autônoma, que 
tem por finalidade anular, reduzir ou retirar a eficácia do título que embasa a 
execução. Os embargos do devedor são constituídos contra execução, seja ela 
fundada em sentença (título judicial), quer seja fundada em título 
extrajudicial (obrigação). 
 
 Os embargos, como forma cognitiva, devem ser propostos por meio de 
petição inicial, no prazo de 15(quinze) dias contado da juntada aos autos do 
mandado de citação, com as exigências dos (arts. 282 e 283 do CPC). À sua 
distribuição será por dependência, ao juízo da causa principal(a ação 
executiva). 
 
Formarão autos próprios, apartados da ação de execução. Se não ocorrer o 
deferimento do efeito suspensivo, os embargos deverão tramitar sem prejuízo 
da marcha normal da execução. 
 
Via de regra, os embargos não terão efeito suspensivo (art.739-A, caput do 
art. CPC).Atribuição do efeito suspensivo aos embargos: 
a) os fundamentos dos embargos deverão ser relevantes, ou seja, a defesa 
oposta à execução deve se apoiar em fatos verossímeis e em tese direito 
plausíveis; é algo equiparável ao fumus boni uiris exigível para as medidas 
cautelares; 
b) o prosseguimento da execução deverá representar, manifestamente, risco 
de dano grave para o executado, de difícil ou incerta reparação; o que 
corresponde , em linhas gerais, ao risco de dano justificado da tutela cautelar 
em geral (periculum in mora); 
c) deve, ainda, estar seguro o juízo antes de ser a eficácia suspensiva 
deferida; os embargos podem ser manejados sem o pré-requisito da penhora 
ou outra forma da caução; 
 
 
55 
19 - EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA (Arts. 307/311) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição fundamenta e instruída art. 307 do CPC 
 
Autuação em apenso 
 
Recebimento da exceção 
 
Indeferimento liminar 
 
Processo prossegue normalmente 
 
Cabe agravo de instrumento 
 
Suspensão do processo art. 306 do 
CPC 
 
Ouve-se o excepto em 10 dias art. 308 
do CPC 
 
Audiência se houver provas 
orais art. 309 do CPC 
 
Decisão do juiz da causa 
 
De acolhimento da exceção 
 
De rejeição da exceção 
 
Autos são remetidos ao juiz 
competente 
 
Finda suspensão, e o 
processo volta a correr 
normalmente 
 
Cabe agravo de 
instrumento 
 
Não há audiência se a prova for 
só documental 
 
56 
Exceção de incompetência – É uma defesa processual indireta Processual 
porque ataca o processo, deixando o mérito intacto. Indireta porque ataca o 
processo de forma oblíqua, isto é, não ataca o núcleo central do processo, 
pugnando não pela nulidade deste, mas apenas pela correção de algum 
elemento processual, ocasionando o prolongamento da lide no tempo. São as 
defesas dilatórias: mesmo que acolhidas não extinguem o processo, trazendo 
apenas uma modificação na relação processual e fazendo com que esta se 
protraia por mais tempo. 
A finalidade das exceções é proteger a competência e a imparcialidade, que 
são pressupostos processuais subjetivos do juízo e do juiz, respectivamente. 
Para o bom julgamento de uma causa não basta a jurisdição, tem que existir 
a competência específica para aquela lide. Além disso, deve o juiz apreciar a 
lide como terceiro desinteressado, atuando super partes, em caráter 
substitutivo e subsidiário. 
Autuada em apenso ( art. 299 do CPC), com suspensão do processo (art. 306 
do CPC). 
Quanto ao alcance das exceções, é de dizer-se que podem ser opostas em 
qualquer espécie de processo, seja de conhecimento, cautelar ou de 
execução. Quanto a isso não há celeuma doutrinária ou jurisprudencial. 
Com relação ao prazo, o art. 305 diz ser de 15 dias contados do fato que 
ocasionou a incompetência, o impedimento ou a suspeição. 
A exceção não é uma ação, mas apenas um incidente processual, de modo 
que o ato do juiz que a encerra não põe fim ao processo (que volta a seguir 
seu curso normal), configurando decisão interlocutória, e não sentença. Daí, 
conclui-se que da exceção de incompetência cabe agravo, quer seja 
deferitória ou indeferitória. Qualquer das partes (quando perder) pode 
agravar. 
 
 
57 
A incompetência absoluta poderá ser alegada em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, independentemente de exceção. Deve o Juiz aliás, declará-la de 
ofício ( art. 113, do CPC). 
 
A incompetência relativa será argüida no prazo de quinze dias, contado do 
fato que a ocasionou ou no prazo da contestação ( art. 305). 
 
Nos casos de incompetência de foro e de juízo, não interposta a exceção, 
prorroga-se a competência ( art. 114 do CPC). 
 
Julgada procedente a exceção, os autos serão remetidos ao juiz competente ( 
art. 311 do CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
20 - EXECUÇÃO DE HIPOTECA DE IMÓVEL VINCULADO 
AO SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO 
(Lei nº 5.741/71) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição inicial 
(art. 2º) 
Citação e penhora 
(art.3º e 4º ) 
Executado na posse 
direta: prazo de 30 dias 
para desocupação 
(art. 4º, § 2º ) 
Imóvel na posse de 
terceiros: mandado 
de entrega ao 
exeqüente em 10 
dias 
(art. 4º, § 1º ) 
Devedor não 
embarga 
Devedor 
embarga 
Sem efeito 
suspenso 
(art. 5º, § único 
Com efeito 
suspenso 
(art.5º ) 
Com ou sem 
impugnação 
(CPC, art.740) 
 
Audiência, se 
necessária 
(CPC, 740) 
 
Sentença (art.6º ) 
 
59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praça ( art.6º e § único) 
 
Arrematação 
 
Remição 
(art. 7º ) 
 
Adjudicação ao 
credor, se não 
houver licitante 
(art. 7º ) 
 
Pagamento ao credor 
 
Carta de 
adjudicação 
 
60 
Execução de Hipoteca de Imóvel Vinculado ao Sistema 
Financeiro da Habitação - Prevê o art.10 da lei nº 5.741 outra espécie da 
ação executiva, “ fundada em outra causa que não a falta de pagamento pelo 
executado das prestações vencidas”; nessa caso, o procedimento adotar é o 
da execução por quantia certa contra devedor solvente (Código Processo Civil, 
art.646). 
 
Por analogia com o Código de Processo Civil (art.736), os embargos são 
autuados em apenso ao processo de execução: 
 
Somente serão recebidos com efeito suspensivo os embargos em que o 
devedor alegar e provar: 
I- que depositou por inteiro a importância reclamada na inicial; 
II- que resgatou a dívida, oferecendo desde logo a prova da quitação 
(art.5º). Os demais fundamentos de embargos, quer os previstos no art.741 
do Código de Processo Civil, quer de outra natureza, não suspendem a 
execução (art. 5º, § único). 
 A inicial há que atender aos requisitos do art.282 do Código de Processo Civil 
e ser instruída com os documentos indicados no art. 2º da Lei nº 5.741/71. 
 
 Regra especial de citação é contida no art.3º, § 2º: se o executado e seu 
cônjuge se acharem fora da jurisdição da situação do imóvel, a citação far-se-
á por meio de edital, pelo prazo de 10 dias. 
 
Não se faz a avaliação do imóvel que vai à praça por preço não inferior ao 
saldo devedor (art. 6º). 
 
A remição do imóvel penhorado faz-se mediante depósito, pelo executado, até 
a assinatura do auto de arrematação, de importância bastante para o 
pagamento da dívida, mais custas e honorários de advogado; nesse caso, 
convalescerá o contrato hipotecário (art.8º). 
 
 
 
 
61 
 
21 - EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA INCERTA COM BASE 
EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
(arts. 629-631 do CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedido do credor 
 
Citação do Devedor para entregar a coisa escolhida 
pelo credor ou pelo próprio obrigado, conforme o caso 
(art.629 do CPC) 
 
Impugnação à escolha 
(art.630 do CPC) 
 
Julgamento de plano 
 
Nomeação de perito (art.630 do CPC) 
 
Julgamento (art.630 do CPC) 
 
Prosseguimento conforme a execução por coisa certa (art.631 do CPC) 
 
62 
Execução para Entrega de Coisa Incerta com base em Título

Continue navegando