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DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO e I E D

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DIREITO PÚBLICO E DIREITO 
PRIVADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Matrone Costa 
 
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
O Direito Público é o conjunto de normas de natureza pública, com forte atuação do 
Estado, de caráter social e organizacional da sociedade. 
Por sua vez, o Direito Privado visa disciplinar as relações interindividuais e os interesses 
privados. 
São alguns ramos do Direito Público: o Direito Constitucional, Administrativo, Tributário, 
Financeiro e Penal. 
Constitui o Direito Privado os ramos de Direito Civil , Empresarial, Trabalho, Consumidor. 
Direito Público é o conjunto de normas que disciplina os interesses do Estado, seja 
internamente como em relação aos interesses particulares. 
É o ordenamento jurídico de natureza pública e caráter social, que preza pela soberania do 
Estado e a ordem das relações entre a sociedade. 
É competência do Direito Público estabelecer a subordinação entre o público e o privado. 
O Direito Público dedica-se à regulamentação das atividades estatais, as relações do 
Estado com particulares, e as ações dos próprios cidadãos dentro da esfera pública da 
sociedade. 
E defende o interesse público, que é soberano ao interesse privado, assim sendo há 
uma soberania entre o Direito Publico e o Direito Privado, onde os interesses da sociedade e de 
toda a coletividade, sempre ira se sobrepor os interesses particulares. 
 
No âmbito do Direito Público: 
O Direito Público se divide em: 
 
O Direito Público Interno: O Direito Público Interno rege os interesses estatais( Próprio 
Estado) e sociais. Suas normas encontram-se no direito constitucional, administrativo, 
processual, tributário, penal e eleitoral. 
Direito Público Externo: Tem a função de tratar das relações internacionais entre 
Estados soberanos (Países), as normas utilizadas para tanto são as de Direito Internacional 
Público, ou seja, convenções e tratados que os chefes de estado e chefes de governo firmam 
com organizações internacionais e outros países. 
 
Ramos do Direito Público 
 
 
O Direito Constitucional como normas internas e estruturais fundamentais de cada 
Estado. São normas que estruturam a sociedade, ditam modelos econômicos, políticos e 
sociais, garantem direitos fundamentais de cada indivíduo e são moldes para a criação de 
novas leis. 
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que regula a atividade do Estado, 
com todos os serviços públicos dispostos para a sociedade, que tem como finalidade o bem 
social comum. 
Seu enfoque está na prestação do serviço público, o modelo e o limite de atuação e ainda 
ordena o relacionamento entre a esfera pública e privada, além da relação dos indivíduos com a 
administração pública. 
O Direito Tributário está relacionado aos meios de arrecadação que o Estado adota, isto 
é, os tributos (impostos, taxas e contribuições). Já o Direito Financeiro é a aplicação, 
administração e gerenciamento dos recursos públicos advindos dos tributos para empregá-los 
na sociedade. 
O Direito Penal disciplina condutas humanas que podem pôr em risco a coexistência dos 
indivíduos na sociedade, baseada na proteção dos princípios que devem ser respeitados para o 
convívio social harmônico (vida, liberdade, intimidade, propriedade etc.). 
Tal Direito descreve determinadas condutas sociais considerados crimes (mais graves) e 
contravenções (menos graves), sendo o Estado responsável pelo direito de punir (Jus 
Puniendi) tais atos mediante os critérios preestabelecidos, objetivando desestimular os 
indivíduos a descumprirem as normas e de readaptar o indivíduo ao convívio social. 
 
No âmbito do Direito Privado: 
O Direito Privado é formado por normas que tem por matéria as relações existentes entre 
os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou extra patrimoniais, relações 
de compra e venda, empregatícia, no âmbito familiar, entre outros. 
 
Ramos do direito Privado 
O Direito Civil visa disciplinar as relações entre os indivíduos estabelecendo direitos e 
impondo obrigações. Ordena todos os campos de interesses individuais. 
O agrupamento de todas as normas do Direito Civil é o Código Civil, este, por sua vez, é 
estruturado em geral e especial. A primeira contém normas abrangentes, já a segunda, trata de 
assuntos mais específicos. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
 
O Direito Empresarial é o ramo do Direito Privado que regula a prática comercial e o 
direito das partes envolvidas. Impõe princípios e regras que objetivam a relação entre os atores 
do comércio, além de regras relacionadas aos títulos de crédito, isto é, formas de pagamentos, 
durante a prática comercial (cheque, nota promissória, letras de câmbio etc.). 
O Direito Industrial é o conjunto de leis e regulamentos acerca de marcas de fábrica e de 
comércio, privilégios de invenção e tudo que se relacione com a propriedade e o trabalho 
industrial. Ex: Marca, Nome, Formulas, patentes. 
O Direito Agrário é o ramo do Direito que visa o estudo das relações entre o homem e a 
propriedade rural. 
O Direito do trabalho é o ramo jurídico que estuda as relações de trabalho. Esse direito é 
composto de conjuntos de normas, princípios e outras fontes jurídicas que regem as relações 
de trabalho, regulamentando a condição jurídica dos trabalhadores, e respectivamente seus 
direito e obrigações. 
 
2 – A ORIGEM DA DICOTOMIA DO DIREITO PÚBLICO E DO DIEITO PRIVADO 
A origem da dicotomia Direito Público e Direito Privado está no Direito Romano, onde 
afirma que o “O direito público diz respeito ao estado, ou seja, sobre a sociedade e o direito 
privado à utilidade dos particulares”. 
A distinção nítida vista no sistema romano entre a esfera pública e privada e o domínio 
particular não se verifica na Idade Média. 
As invasões bárbaras propiciaram uma nova condição política, cuja consequência mais 
relevante se dará na estrutura de produção. Isso se torna mais evidente na propriedade 
imobiliária, que dá lugar a um sistema com embasamento na ideia das concessões. 
A adoção de tal sistema, isto é, da superposição de propriedades, não permitia a 
diferenciação segura entre o público e o particular. Esse fato é agravado pela incapacidade do 
rei de defender o reino de invasores, obrigando as várias classes sociais a defender-se por 
meios próprios. 
A dicotomia Direito Público e Direito Privado ressurge durante a Revolução Francesa. 
A classe burguesa, oponível ao absolutismo, retoma o modelo romano ao estremar a esfera 
pública e a privada. 
Nesse período, há o predomínio da liberdade de iniciativa, o princípio da igualdade formal 
de todos os homens e a ideia da não interferência estatal em negócios particulares. 
 
Atualmente, na Era Moderna, houve uma releitura. Enquanto na esfera pública há a 
participação do Estado, uma relação de supremacia, isto é, domínio estatal, na esfera privada, o 
Estado é ausente, sendo a relação apenas entre iguais. 
Por um lado, o Direito resguarda os valores que interessam à comunidade, por outro, 
ampara os interesses dos particulares. 
Miguel Reale afirma que há dois fatores que distinguem o Direito Público do Direito 
Privado. 
O primeiro leva em consideração o conteúdo da norma, enquanto o segundo dá enfoque 
ao aspecto formal da relação jurídica. Quanto ao aspecto formal, no Direito Privado a relação é 
de coordenação, já no Direito Público a relação é de subordinação. 
 
3 – PRINCÍPIOS 
 
 A distinção entre o direito público e o direito privado não tem clara definição, como já 
verificamos, porém o conhecimento de alguns princípios básicos de cada ramo do Direito pode 
ajudar nesta identificação. 
No Direito Público encontramos princípios que são verdadeiras regras, algumas 
positivadas, como a igualdade nas relações entre Estados soberanos, que regula as relações de 
direito internacional público. Os princípios básicos deste ramo são:Princípio da Soberania: De acordo com o qual a Administração exerce autoridade sobre os 
particulares, seu atos são cogentes e imperativos, porém limitados pela lei. A soberania também 
é observada nas relações com outros Estados. 
 
Princípio da Legalidade: Consiste na limitação da atuação pública, a Administração pode fazer 
somente o que a lei permite, enquanto os particulares podem atuar de forma livre, desde que não 
seja proibido por lei. Dessa forma os direitos e garantias fundamentais são resguardados. 
 
No campo privado, temos... 
 
Princípio da Autonomia: A autonomia que os particulares tem para desenvolver as relações 
conforme o seu interesse é limitada pela lei e pelos princípios do direito. 
 
 
Publicização do Direito Privado: A publicização do direito privado consiste no fenômeno 
crescente de intervenção do Estado na esfera privada de interesses, tal atuação pública se dá 
pelo Poder Legislativo e se justifica pela função social de proteção aos hipossuficientes. 
 
Princípio da Função Social do Contrato: Sujeita a liberdade de contratar à função social do 
contrato, que deve respeitar os valores coletivos sobre os valores individuais. 
 
Princípio da Boa-fé: Consiste na obrigação ética e legal de agir em acordo com a boa-fé nas 
relações privadas. 
 
4 – CRITÉRIOS PARA DIVISÃO ENTRE O DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO 
 
 Para o fim de analisar e caracterizar a divisão entre direito público e direito privado, 
importa estabelecer uma série de critérios objetivos para compreender a relação jurídica em 
questão. 
 
Destacam-se os seguintes critérios: 
 
Quanto ao conteúdo da relação jurídica: importa para esse critério verificar qual é o 
interesse predominante na relação jurídica. 
 De maneira geral, se o interesse tutelado se referir ao particular o domínio será do direito 
privado, ou caso seja o interesse público será pertencente ao domínio do direito público. 
 
Quanto ao tipo da relação jurídica: será considerada uma relação jurídica de direito 
privado quando ocorre uma relação de coordenação dos sujeitos, isto é, quando as partes se 
encontram em situação de igualdade. 
Caso contrário, caso seja uma relação de imposição, na qual uma das partes pode sujeitar 
a outra a sua vontade, será pertencente ao direito público. 
 
Quanto à forma da relação jurídica: de maneira geral, a norma que apresenta um caráter 
imperativo (ius cogens) e, portanto, obrigatória para todos deverá pertencer ao domínio do direito 
público. 
Ao contrário, caso prevaleça a autonomia da vontade e dos interesses dos particulares 
será o domínio do direito privado. 
 
 
5 – CRÍTICAS DA DIVISÃO ENTRE O DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO. 
 
 A dicotomia entre direito público e direito privado tornou-se um lugar comum ao estudo 
do direito, não conferindo bases sólidas e rigorosas para uma orientação. 
 
As principais críticas da divisão são: 
 
A divisão entre direito público e direito privado como um conceito abrangente: essa 
crítica indica a falta de precisão ao distinguir o direito em dois grandes ramos e, ao mesmo 
tempo, sustenta a necessidade de uma melhor classificação dos ramos dogmáticos capazes de 
se ajustar às suas finalidades próprias. 
 
A inexistência da divisão entre direito público e direito privado: essa crítica se baseia na 
ideia dos direitos meta individuais, sobretudo tendo em vista a necessidade de especificar os 
direitos de uma dada coletividade. 
A compreensão é que a distinção entre interesses públicos de privados, que em certa 
época era o suficiente para expressar toda a gama de interesses da coletividade, acabou por se 
tornar insuficiente para abranger o espectro de interesses que a sociedade moderna manifestava. 
 
A divisão do direito público e direito privado como simplificação do direito como 
fenômeno jurídico complexo: essa crítica se fundamenta na simplificação da divisão a partir 
dos manuais de direito (ou apostilas de cursos preparatórios para ingresso em carreiras públicas). 
O fato é que nesses materiais de estudo, são apresentados aos estudiosos simplificações 
de um de um fenômeno complexo como o direito, eliminando as importantes porosidades e a real 
dinâmica e prática do direito. 
A grande maioria das críticas apresentadas se fundamentam a partir da insuficiência de 
critérios claros para justificar a divisão entre direito público e direito privado. 
 
6 – DIFERENÇAS ENTRE O DIREITO PÚBLICO E O DIREITO PRIVADO 
 
A divisão do direito entre público e privado surgiu no Direito Romano, e hoje é praticada em 
termos didáticos pela disciplina da teoria geral do direito para facilitar a compreensão dessas 
duas esferas da atuação jurídica. 
 
A diferença entre o Direito Público e o Direito Privado baseia-se na natureza dos 
interesses. 
Interesses jurídicos do Estado, ou de particulares que concerne a algum elemento público, 
são matéria do Direito Público. O que corresponde a interesses entre particulares são objeto do 
Direito Privado. 
As relações entre as partes no Direito Privado são de igualdade, enquanto que no Direito 
Público, os interesses do Estado sobrepõem-se aos interesses dos particulares. 
No Direito Público, as normas são imperativas para garantir a defesa dos interesses do 
Estado. Enquanto que no Direito Privado, são dispositivas e passam a atuar no caso de não 
haver acordo pré-estabelecido entre as partes privadas. 
O interesse público é o grande pilar de sustentação do Direito Público, dessa forma a 
atuação administrativa deverá ser sempre pautada pela busca do interesse público. 
Assim é necessário que se diferencie o interesse público primário e o interesse público 
secundário. 
 
Interesse Público Primário: este interesse é pautado pelos interesses de toda a coletividade, 
não devendo ser confundido com a vontade do Estado. O interesse público primário deve sempre 
visar satisfazer as necessidades da coletividade, se sobrepondo sobre suas vontades individuais 
ou seus interesses. 
 
Interesse Público Secundário: aqui está presente a vontade e os interesses da máquina estatal, 
ou seja, o que realmente importa é a satisfação da máquina estatal. 
O que se observa é que o interesse público secundário é totalmente contrário ao que se 
estuda no direito administrativo, onde é sustentado pelo interesse público sobre o privado. 
 
Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado: esse princípio 
justifica todas as garantias e prerrogativas de Estado, assim é uma forma de limitar o Estado de 
apenas buscar seus interesses individuais em prol de toda a sociedade. 
Dessa forma, a grande finalidade desse princípio é que todas as condutas estatais 
possuam como finalidade basilar a satisfação das necessidades coletivas, as quais deveram 
sempre prevalecer diante das necessidades específicas dos indivíduos. 
A supremacia do interesse público é uma pedra fundamental para a ideia de Estado 
organizado, e ainda relevante para a construção de qualquer estrutura organizada do poder 
público. 
 
Este princípio como tantos outros não está expresso, ou seja, não está descrito no texto 
constitucional, mas é possível observar manifestações concretas de sua existência. 
É importante frisar, que as prerrogativas existentes do interesse público sobre o interesse 
privado não são manipuladas de qualquer forma pela Administração Pública, o que realmente 
ocorre é que a Administração possui o chamado poder-dever, ou seja, deve sempre 
desempenhar sua função de modo que satisfaça as necessidades da coletividade. 
 
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: este também é um princípio implícito, e 
possui como principal característica limitar a atuação administrativa do Estado de tal forma que o 
impossibilite de abrir mão do interesse público. 
Dessa forma, tal princípio é entendido como um contrapeso do princípio da supremacia 
estatal. Assim o princípio da indisponibilidade serve paralimitar a atuação dos agentes públicos, 
evitando o exercício de atividades com a intenção de buscar vantagens individuais. 
 
O Direito privado é o ordenamento jurídico que rege os interesses particulares. 
Assim, percebe-se que mesmo no direito privado, nem sempre há igualdade de condições 
entre os particulares, que por vezes devem ser beneficiados pelo ordenamento na tentativa de 
garantia da igualdade material. 
O Direito Privado é formado por normas que tem por matéria as relações existentes entre 
os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou extra patrimoniais.

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