2 Diagnóstico Diferencial de Cocos Gram Positivos II

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Microbiologia e Micologia Clínica
Prof. Dr. Rafael Salgado
TREY
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Diagnóstico 
diferencial de Cocos 
Gram positivos
Aula 2
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Estafilococos Estreptococos
Enterococos
Identificação preliminar
Morfologia em meios líquidos
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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O gênero Streptococcus pode se apresentar 
em pares (diplococos) ou cadeias.
As colônias são discóides, mucóides, opacas 
ou brilhantes. 
Os estreptococos são fastidiosos, imóveis, 
não esporulados, mesófilos e a grande 
maioria anaeróbios facultativos.
O gênero Enterococcus apresenta morfologia 
esférica (cocos) aos pares ou cadeias curtas. 
São imóveis (exceções), não esporulados, 
anaeróbios facultativos. 
Crescimento em ampla faixa de temperatura, 
pH e elevada pressão osmótica.
Estreptococos Enterococos
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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S. pneumoniae
Pneumonia
Bacteremia
Meningite / Otite
Artrite séptica
S. pyogenes
Faringites
Erisipela
Endocardites
Febre reumática
S. agalactiae
Sepse 
Meningite
Bacteremia
Endocardite
S. grupo viridans
Microbiota 
contaminante
Endocardite
Biofilme dentário
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Microbiota normal 
Trato gastrointestinal
Podem ser isolados em indivíduos saudáveis em 
localizações como pele, região peri-anal, via 
hépato-biliar e em secreções de orofaringe e 
vaginal. 
Associações clínicas
✓ Infecções do trato urinário (ITU)
✓ Infecções da corrente sanguínea (ICS)
✓ Infecções de sítio cirúrgico e intra-abdominais
✓ Endocardite bacteriana
Enterococcus 
faecalis
Enterococcus 
faecium
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Identificação presuntiva
Inoculação primária em Ágar Sangue
Alfa hemólise (parcial)
Halo cinza esverdeado
Beta hemólise (total)
Halo transparente
Gama hemólise 
Ausência de hemólise
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Rebecca Lancefield
Classificação sorológica
Antígenos (parede celular)
Polissacarídeos 
Ácidos lipoteicoicos
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Cocos Gram positivos
Teste da catalasePositivo Negativo
Staphylococcus spp.
Micrococcus spp.
Streptococcus spp.
Enterococcus spp.
Família Microccocacea 
Prova geralmente positiva
Família Streptococcacea 
Negativa 
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Teste da catalase Negativo
Alfa-hemólise Beta-hemólise Gama-hemólise
Optoquina
Bile 
solubilidade
Resistente
S. grupo viridans
Sensível
S. pneumoniae
Positivo
Negativo
Teste de CAMP
Positivo S. agalactie
Negativo Outros
Teste PYR
Positivo S. pyogenes
Negativo Outros
Bile esculina
NaCl 6,5%
Teste PYR
Positivo
Positivo
Positivo
Enterococcus spp.
Bacitracina
Sensível
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Teste da Optoquina 
Diagnóstico diferencial
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✓ Preparar uma suspensão do 
isolado em solução salina 0,5 da 
escala de McFarland
✓ Semear a suspensão em uma 
placa de ágar sangue de forma a 
obter crescimento confluente
✓ Após a absorção da suspensão 
pelo meio de cultura, colocar um 
disco de optoquina na superfície 
do meio semeado, com o auxílio 
de uma pinça
✓ Incubar a 35±2ºC e 5 - 7% de 
CO2 por 18-24h.
Presença de halo ≥ 14 mm
Sensível à optoquina: Streptococcus pneumoniae
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Bile Solubilidade
Diagnóstico diferencial
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✓ Preparar uma suspensão bacteriana 
densa a partir da cultura recente, que 
não tenha ultrapassado 18-24h
✓ Tubo Teste: desoxicolato de sódio a 2% 
✓ Tubo Controle: solução salina 0,85%
Mesmo volume (exemplo: 0,5 mL) 
✓ Adicionar a cada tubo o mesmo 
volume da suspensão bacteriana
✓ Homogeneizar e fazer a leitura 
imediatamente, após 1 h e até 2 h de 
incubação a 35±2ºC.
Os sais biliares têm a capacidade de lisar seletivamente 
o S. pneumoniae durante o crescimento; ativam as 
autolisinas produzidas pelo pneumococo.
Positivo: turvação menor ou límpido
Meio sólido: colônias bile-solúveis desaparecem 
(difícil visualização)
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Teste da catalase Negativo
Alfa-hemólise Beta-hemólise Gama-hemólise
Optoquina
Bile 
solubilidade
Resistente
S. grupo viridans
Sensível
S. pneumoniae
Positivo
Negativo
Teste de CAMP
Positivo S. agalactie
Negativo Outros
Teste PYR
Positivo S. pyogenes
Negativo Outros
Bile esculina
NaCl 6,5%
Teste PYR
Positivo
Positivo
Positivo
Enterococcus spp.
Bacitracina
Sensível
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Teste da catalase Negativo
Alfa-hemólise Beta-hemólise Gama-hemólise
Optoquina
Bile 
solubilidade
Resistente
S. grupo viridans
Sensível
S. pneumoniae
Positivo
Negativo
Teste de CAMP
Positivo S. agalactie
Negativo Outros
Teste PYR
Positivo S. pyogenes
Negativo Outros
Bile esculina
NaCl 6,5%
Teste PYR
Positivo
Positivo
Positivo
Enterococcus spp.
Bacitracina
Sensível
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Teste CAMP
Diagnóstico diferencial
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O teste visa a identificação de cepas de S. 
agalactiae (grupo B). Estas cepas produzem o 
fator CAMP (Christie, Atkins e Munch-Petersen) 
que atua sinergicamente com a β-hemolisina 
produzida pelo S. aureus em ágar sangue.
✓ Semear um inóculo de Staphylococcus 
aureus ATCC 25923 (ou cepa de S. 
aureus com duplo halo de hemólise) de um 
ponto a outro da placa de ágar sangue
✓ Semear perpendicularmente (90°) a 
colônia de Streptococcus β-hemolítico a ser 
testada, sem que haja o contato com a 
estria de Staphylococcus aureus
✓ Incubar a 35±2ºC em atmosfera de 5% de 
CO2 por 48 h.
Positivo: A formação de uma seta ou meia-lua convergindo 
para o S.aureus na intersecção do crescimento das duas 
bactérias indica que o teste é positivo e indicativo 
de S.agalactiae.
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Teste PYR
Diagnóstico diferencial
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O teste de PYR determina a atividade da enzima 
pyrrolidonil arilamidase produzida pelo S. pyogenes, 
mas não pelos demais estreptococos β-hemolíticos. 
✓ Com auxílio de uma pinça, retirar um disco de 
PYR do frasco e colocá-lo sobre uma lâmina
✓ Pingar uma gota de água destilada estéril 
(não utilizar salina, pois torna a reação mais 
lenta e menos intensa)
✓ Realizar um esfregaço com a bactéria a ser 
testada, recém-isolada, sobre o disco de PYR
✓ Aguardar alguns minutos e colocar uma gota 
do reagente PYR. Reação: 1 minuto
Positivo: coloração vermelha
S. pyogenes e Enterococcus spp. são PYR positivos
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Teste da Bacitracina
Diagnóstico diferencial
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O teste tem a finalidade de diferenciar S. 
pyogenes de outras cepas do grupo A ou de 
outras espécies com colônias β-hemolíticas 
PYR positivas.
✓ Um disco de 0,04 U de bacitracina é 
aplicado a uma placa de ágar 
sangue de carneiro que tenha um 
inóculo com 4 ou 5 colônias puras 
de Streptococcus spp., a ser testado
✓ Incubar 12 horas (overnight) a 35± 
2ºC.
Positivo: A presença de qualquer halo de inibição ao redor 
do disco é interpretado como sensibilidade a bacitracina e 
indicativo de S. pyogenes.
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Teste da catalase Negativo
Alfa-hemólise Beta-hemólise Gama-hemólise
Optoquina
Bile 
solubilidade
Resistente
S. grupo viridans
Sensível
S. pneumoniae
Positivo
Negativo
Teste de CAMP
Positivo S. agalactie
Negativo Outros
Teste PYR
Positivo S. pyogenes
Negativo Outros
Bile esculina
NaCl 6,5%
Teste PYR
Positivo
Positivo
Positivo
Enterococcus spp.
Bacitracina
Sensível
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Teste da catalase Negativo
Alfa-hemólise Beta-hemólise Gama-hemólise
Optoquina
Bile 
solubilidade
Resistente
S. grupo viridans
Sensível
S. pneumoniae
Positivo
Negativo
Teste de CAMP
Positivo S. agalactie
Negativo Outros
Teste PYR
Positivo S. pyogenes
Negativo Outros
Bile esculina
NaCl 6,5%
Teste PYR
Positivo
Positivo
Positivo
Enterococcus spp.
Bacitracina
Sensível
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Teste da catalase Negativo
Alfa-hemólise Beta-hemólise Gama-hemólise
Optoquina
Bile 
solubilidade
Resistente
S. grupo viridans
Sensível
S. pneumoniae
Positivo
Negativo
Teste de CAMP
Positivo S. agalactie
Negativo Outros
Teste PYR
Positivo S. pyogenes
Negativo Outros
Bile esculina
NaCl 6,5%
Teste PYR
Positivo
Positivo
Positivo
Enterococcus spp.
Bacitracina
Sensível
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Teste Bile Esculina e NaCl 6,5%
Diagnóstico diferencial
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Bile esculina
Testar a 
capacidade de 
hidrolisar 
esculina na 
presença de 
bile.
Coloração 
inicial do ágar: 
esverdeada.
Positivo: 
enegrecimento 
do meio
NaCl 6,5%
Caldo BHI + NaCl
Positivo: turvação do meio
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Teste da catalase Negativo
Alfa-hemólise Beta-hemólise Gama-hemólise
Optoquina
Bile 
solubilidade
Resistente
S. grupo viridans
Sensível
S. pneumoniae
Positivo
Negativo
Teste de CAMP
Positivo S. agalactie
Negativo Outros
Teste PYR
Positivo S. pyogenes
Negativo Outros
Bile esculina
NaCl 6,5%
Teste PYR
Positivo
Positivo
Positivo
Enterococcus spp.
Bacitracina
Sensível
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Cocos Gram positivos
Diagnóstico diferencial
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Teste da catalase Negativo
Alfa-hemólise Beta-hemólise Gama-hemólise
Optoquina
Bile 
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S. grupo viridans
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S. pneumoniae
Positivo
Negativo
Teste de CAMP
Positivo S. agalactie
Negativo Outros
Teste PYR
Positivo S. pyogenes
Negativo Outros
Bile esculina
NaCl 6,5%
Teste PYR
Positivo
Positivo
Positivo
Enterococcus spp.
Bacitracina
Sensível
TREY 
research
Obrigado
Rafael Salgado
rafael.salgado@docente.unip.br
Universidade Paulista
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	Slide 1: Microbiologia e Micologia Clínica
	Slide 2: Diagnóstico diferencial de Cocos Gram positivos
	Slide 3: Cocos Gram positivos
	Slide 4: Cocos Gram positivos
	Slide 5: Cocos Gram positivos
	Slide 6: Cocos Gram positivos
	Slide 7: Cocos Gram positivos
	Slide 8: Cocos Gram positivos
	Slide 9: Cocos Gram positivos
	Slide 10: Cocos Gram positivos
	Slide 11: Teste da Optoquina 
	Slide 12: Bile Solubilidade
	Slide 13: Cocos Gram positivos
	Slide 14: Cocos Gram positivos
	Slide 15: Teste CAMP
	Slide 16: Teste PYR
	Slide 17: Teste da Bacitracina
	Slide 18: Cocos Gram positivos
	Slide 19: Cocos Gram positivos
	Slide 20: Cocos Gram positivos
	Slide 21: Teste Bile Esculina e NaCl 6,5%
	Slide 22: Cocos Gram positivos
	Slide 23: Cocos Gram positivos
	Slide 24: Cocos Gram positivos
	Slide 25: Cocos Gram positivos
	Slide 26: Cocos Gram positivos
	Slide 27: Cocos Gram positivos
	Slide 28: Obrigado