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1 TEMA CENTRAL E PÚBLICO-ALVO 
Tema: Fundamentos da anestesiologia veterinária em cães e gatos, abrangendo desde a 
avaliação pré-anestésica até as fases da anestesia, tipos de fármacos, controle da dor e 
recuperação do paciente, com ênfase na importância do anestesista. 
Público-alvo: Ideal para estudantes de medicina veterinária, médicos veterinários 
recém-formados, profissionais da saúde animal que desejam aprofundar seus 
conhecimentos em anestesia e qualquer pessoa interessada no cuidado e manejo seguro 
de animais durante procedimentos médicos. 
2 RESUMO DETALHADO E DIDÁTICO 
A imersão começa com uma calorosa boas-vindas e a confirmação do bom funcionamento 
da transmissão, anunciando um programa de quatro dias intensivos em anestesiologia 
veterinária. Enfatiza-se que a anestesia vai muito além de simplesmente administrar um 
fármaco para adormecer um animal; é um processo complexo que requer planejamento, 
execução e monitoramento cuidadosos. 
A primeira aula foca nos fundamentos da anestesia em cães e gatos. Detalha-se a 
importância da avaliação pré-anestésica, que abrange a história clínica (anamnese) e o 
exame físico completo. Na anamnese, coletam-se dados como espécie, raça, idade, sexo, 
motivo do procedimento, histórico médico (doenças prévias, medicamentos, alergias, 
reações anestésicas anteriores), estado de vacinação e desparasitação, e hábitos 
alimentares, prestando especial atenção ao jejum recomendado para reduzir o risco de 
regurgitação e aspiração. 
O exame físico inclui a avaliação do estado geral, nível de consciência, condição corporal 
(escore de condição corporal - ECC), exame de mucosas (coloração, tempo de 
preenchimento capilar, hidratação), auscultação cardiopulmonar, palpação abdominal, 
aferição de temperatura e avaliação de acessos venosos. Sublinha-se a importância dos 
exames complementares, como o hemograma e a bioquímica sérica, para detectar 
condições ocultas que possam afetar a anestesia, como anemia, infecções, problemas 
hepáticos ou renais. Explica-se como a disfunção de órgãos vitais, como o fígado, os rins e 
o coração, impacta diretamente no metabolismo e na eliminação de fármacos anestésicos. 
Introduz-se a classificação de risco anestésico da Sociedade Americana de 
Anestesiologistas (ASA), que vai de ASA I (paciente saudável) a ASA V (paciente 
moribundo), como uma ferramenta essencial para estimar o risco e adaptar o protocolo. 
Detalham-se as três fases da anestesia: pré-operatória (avaliação, planejamento), 
transoperatória (execução, monitoramento contínuo) и pós-operatória (recuperação, 
cuidados). 
A aula aprofunda-se nos principais fármacos anestésicos, classificando-os por seu uso nas 
diferentes etapas: 
● Sedação/Pré-medicação: Fenotiazínicos (acepromazina), benzodiazepínicos 
(diazepam, midazolam), agonistas alfa-2 (dexmedetomidina) e opioides (morfina, 
metadona, tramadol, buprenorfina), explicando seus efeitos e contraindicações. 
● Indução: Propofol, cetamina, etomidato e alfaxalona, destacando suas 
características de início de ação, recuperação e estabilidade hemodinâmica. 
● Manutenção: Anestésicos inalatórios como isoflurano e sevoflurano, e óxido nitroso, 
mencionando suas vantagens e desvantagens. 
Enfatiza-se a importância do controle da dor (analgesia preventiva e pós-operatória), 
detalhando o uso de opioides, AINEs e anestésicos locais, e a vantagem dos protocolos 
multimodais para maximizar a analgesia e minimizar efeitos adversos. 
Abordam-se as complicações mais frequentes na fase de recuperação, como a hipotermia, 
a dor, o vômito e a hipoventilação, e sublinha-se a necessidade de um monitoramento 
contínuo até a completa recuperação. Explicam-se as diferenças entre uma recuperação 
rápida e uma lenta, e como atuar diante desta última. 
Apresentam-se casos clínicos para ilustrar técnicas específicas: anestesia epidural na 
região lombossacra e bloqueio do plexo braquial para cirurgia ortopédica, destacando seus 
benefícios, indicações e execução. Também se compartilha um caso de depressão 
cardiovascular durante a manutenção anestésica em uma gata idosa com insuficiência 
renal, e as medidas de emergência tomadas. 
Esclarece-se a diferença fundamental entre sedação e anestesia, exemplificando suas 
aplicações práticas. Detalham-se as considerações especiais para a anestesia em filhotes 
recém-nascidos, devido à sua imaturidade fisiológica, e descrevem-se os fármacos e 
cuidados específicos. 
Finalmente, desmistifica-se o medo da anestesia, explicando que, embora existam riscos, 
os avanços tecnológicos e o monitoramento adequado aumentaram significativamente a 
segurança. Compara-se a anestesia inalatória (com gases como isoflurano/sevoflurano) e a 
anestesia dissociativa (com cetamina), destacando que ambas, utilizadas corretamente, são 
seguras, e a escolha depende da avaliação do paciente e do procedimento. 
A aula conclui com um agradecimento pela presença, o anúncio da próxima aula focada em 
animais de grande porte, e a revelação da palavra-chave "sedação" para acesso a bônus 
exclusivos. 
3 CONCEITOS-CHAVE E DEFINIÇÕES 
● Anestesiologia Veterinária: Ramo da medicina veterinária que se ocupa da 
administração de anestésicos e analgésicos para induzir um estado de 
inconsciência, imobilidade e analgesia em animais, permitindo a realização de 
procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos de forma segura и indolor. 
● Avaliação Pré-anestésica: Processo exaustivo que inclui a coleta da história clínica 
(anamnese) e o exame físico detalhado do paciente para determinar seu estado de 
saúde, identificar riscos potenciais e planejar um protocolo anestésico seguro e 
adaptado. 
● Classificação ASA (American Society of Anesthesiologists): Sistema de 
estadiamento do risco anestésico que categoriza os pacientes de saudáveis (ASA I) 
a críticos (ASA V), com base em seu estado de saúde geral e na presença de 
doenças sistêmicas. 
● Protocolo Multimodal de Anestesia/Analgesia: Estratégia que combina diferentes 
fármacos e técnicas (ex: anestesia geral + analgesia regional, ou uma combinação 
de vários fármacos sistêmicos) para alcançar um efeito sinérgico, otimizando a 
analgesia, reduzindo a dose de cada fármaco e minimizando os efeitos secundários. 
● Anestesia Dissociativa: Tipo de anestesia caracterizada por um estado em que o 
paciente parece desconectado do ambiente, com preservação de certos reflexos e 
menor depressão respiratória profunda do que outros tipos de anestesia, 
frequentemente induzida por fármacos como a cetamina. 
4 PRINCIPAIS CONCLUSÕES E "TAKEAWAYS" 
1. A anestesia é um processo integral: Não se limita à administração de fármacos, 
mas abrange desde a avaliação pré-anestésica detalhada até a recuperação 
completa do paciente. 
2. A avaliação pré-anestésica é crucial: A anamnese e o exame físico são pilares 
para identificar riscos e personalizar o protocolo, minimizando complicações. 
3. Os exames complementares são essenciais: O hemograma e a bioquímica são 
ferramentas vitais para avaliar a função de órgãos-chave (fígado, rins) e ajustar a 
anestesia. 
4. A classificação ASA orienta a segurança: Permite estimar o risco do paciente e 
adaptar o manejo anestésico de maneira apropriada. 
5. O conhecimento dos fármacos é fundamental: Compreender as propriedades, 
indicações, dosagem e efeitos de cada agente anestésico é chave para uma prática 
segura e eficaz. 
6. O controle da dor é primordial: A analgesia preventiva e o manejo da dor 
pós-operatória são essenciais para o bem-estar e a recuperação do paciente. 
7. Os protocolos multimodais aumentam a segurança: Combinar diferentes 
estratégias de anestesia e analgesia melhora a eficácia e reduz os efeitos adversos. 
8. A recuperação é uma fase crítica: O monitoramento contínuo durante a 
recuperação é vital para prevenir complicações e garantir um despertar seguro e 
confortável. 
9. A anestesia em pacientes especiais (filhotes, geriátricos, com patologias) 
requer adaptações: É necessário considerar as particularidadesfisiológicas e 
patológicas para ajustar doses e escolher fármacos seguros. 
10. A anestesiologia veterinária moderna é segura: Com a formação adequada, o 
equipamento correto e protocolos bem estabelecidos, os riscos são minimizados 
significativamente. 
 
Espero que este resumo detalhado tenha sido de grande utilidade. Vemo-nos na próxima 
aula para continuar explorando este fascinante campo da anestesiologia veterinária!

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