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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
ENFERMAGEM
 
 
 
ANA CLARA MORAES DOS SANTOS- 1250107251
CRISTINA VIEIRA SANT´ANNA DA SILVA- 1250105129
HANNAH DIAS EMILIO- 125010093
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLITICAS PÚBLICAS EM SAÚDE
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO
2025
ANA CLARA MORAES DOS SANTOS- 1250107251
CRISTINA VIEIRA SANT´ANNA DA SILVA- 1250105129
HANNAH DIAS EMILIO- 125010093
 
 
 
 
 
 
 
POLITICAS PÚBLICAS EM SAÚDE
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH)
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação apresentada a disciplina de Políticas Públicas
em Saúde do curso de graduação em enfermagem da
Universidade Veiga de Almeida.
 
 
 
 
 
 
 
Professor: Daniel Vinicio Dias Ferreira
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO
2025
RESUMO
A Política Nacional de Humanização (PNH), instituída pelo Ministério da Saúde em
2003, emerge como uma resposta estruturante às práticas desumanizadoras no Sistema Único
de Saúde (SUS), propondo novos modos de cuidar, gerir e formar em saúde pública. Baseada
em princípios como a transversalidade, a indissociabilidade entre atenção e gestão e a
valorização dos sujeitos, a política se estabelece como eixo estruturante da reconfiguração
institucional do SUS. Este trabalho tem como objetivo analisar criticamente a trajetória da
PNH, suas estratégias operacionais, impactos concretos, entraves estruturais e possibilidades
de reinvenção. Foram utilizados documentos oficiais, artigos científicos e relatos de
experiências para mapear a evolução da política, suas articulações com outras áreas, e os
efeitos sobre usuários, trabalhadores e gestores. Os resultados apontam avanços significativos
na qualificação do cuidado e na democratização da gestão, mas também revelam desafios
relacionados à institucionalização, avaliação e sustentabilidade da política. Ao final, são
apresentadas sugestões de aprimoramento, reafirmando a PNH como projeto ético-político e
instrumento civilizatório no fortalecimento do SUS.
Palavras-chave Política Nacional de Humanização; SUS; Atenção e Gestão em Saúde;
Participação; Valorização dos sujeitos.: Avaliação acadêmica do curso superior em
Enfermagem
1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE
HUMANIZAÇÃO (PNH) 4
OBJETIVOS PRINCIPAIS DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
(PNH) 6
AÇÕES E PROGRAMAS IMPLEMENTADOS PELA POLÍTICA NACIONAL
DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 8
RESULTADOS ALCANÇADOS PELA POLÍTICA NACIONAL DE
HUMANIZAÇÃO (PNH) 11
DESAFIOS E LACUNAS NA IMPLEMENTAÇÃO DA PNH 14
POPULAÇÃO-ALVO E IMPACTO DA PNH SOBRE OS SUJEITOS DO SUS 16
PARCERIAS E ARTICULAÇÕES COM OUTRAS ÁREAS 19
 CONCLUSÃO 22
REFERÊNCIAS 24
1 INTRODUÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS), desde sua criação pela Constituição Federal de
1988, representa uma das mais ousadas e emblemáticas conquistas sociais do Brasil. Nascido
da luta popular pela saúde como direito universal, o SUS se estrutura com base nos princípios
de universalidade, integralidade e equidade. Entretanto, a universalização do acesso, por si só,
não garante a qualidade das práticas em saúde. Tornou-se imperativa a construção de
dispositivos que qualificassem não apenas o acesso, mas também o modo de cuidar, de gerir e
de se relacionar nos espaços institucionais da saúde. É nesse contexto que surge a Política
Nacional de Humanização (PNH), instituída pelo Ministério da Saúde em 2003, como um
movimento transversal de transformação das práticas nos serviços de saúde. 
A PNH se propõe como política estruturante do SUS ao articular dimensões clínicas,
éticas, políticas, estéticas e relacionais do cuidado. Com base em princípios como a
valorização dos sujeitos, a indissociabilidade entre atenção e gestão e a inclusão das
diferenças como potência, a política busca romper com lógicas verticalizadas e fragmentadas
que ainda persistem no sistema de saúde. Longe de se restringir a ações pontuais ou
simbólicas, a PNH se fundamenta na criação de espaços de escuta, diálogo e
corresponsabilidade, onde gestores, trabalhadores e usuários possam construir juntos os
processos de trabalho em saúde. 
Este trabalho tem como objetivo analisar de forma crítica e abrangente a Política
Nacional de Humanização, investigando seus fundamentos, dispositivos, impactos, desafios e
articulações. Para isso, foram utilizados documentos institucionais, relatos de experiências e
literatura científica especializada. A proposta também visa, de maneira propositiva, identificar
caminhos para o fortalecimento da PNH como projeto ético-político, capaz de consolidar
práticas democráticas, humanizadas e socialmente comprometidas no âmbito do SUS. Em
tempos de ameaças aos direitos sociais, resgatar o potencial transformador da PNH torna-se
não apenas relevante, mas urgente. 
2 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
(PNH)
A PNH se estrutura a partir de três princípios fundamentais: 
Transversalidade: busca ampliar a comunicação entre os diferentes sujeitos
envolvidos na produção de saúde, rompendo com estruturas hierárquicas e
fragmentadas. 
Indissociabilidade entre atenção e gestão: reconhece que o modo de cuidar está
diretamente relacionado ao modo de gerir, propondo uma gestão participativa e
compartilhada. 
4
Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos: valoriza a atuação
ativa de usuários, trabalhadores e gestores na construção dos processos de cuidado e
gestão. 
Ao longo dos anos, a PNH passou por diferentes fases de institucionalização,
enfrentando avanços e retrocessos, especialmente em contextos de mudanças políticas e
econômicas. Em 2016, por exemplo, houve uma significativa redução do investimento federal
em políticas de humanização, o que impactou diretamente a continuidade de ações em
diversos estados e municípios. Ainda assim, a Rede HumanizaSUS e os coletivos locais de
humanização mantiveram viva a proposta, adaptando-a às realidades locais e fortalecendo a
cultura do cuidado centrado no sujeito. 
A construção da Política Nacional de Humanização (PNH) no Brasil está
intrinsecamente ligada ao processo histórico de consolidação do Sistema Único de Saúde
(SUS) e à luta por um modelo de atenção que reconheça o sujeito como protagonista do
cuidado. A PNH foi oficialmente instituída em 2003 pelo Ministério da Saúde, mas sua
gênese remonta a experiências anteriores, como o Programa Nacional de Humanização da
Assistência Hospitalar (PNHAH), lançado em 2000. Este, por sua vez, já refletia demandas
acumuladas desde a década de 1980, quando os movimentos da Reforma Sanitária passaram a
questionar o modelo biomédico hegemônico e a propor uma abordagem ampliadada saúde,
que considerasse os determinantes sociais, culturais e subjetivos do processo saúde-doença. 
A criação da PNH representou um marco na institucionalização da humanização como
política pública transversal, ou seja, que deve estar presente em todas as ações e programas do
SUS. Diferentemente de programas verticalizados, a PNH foi concebida como uma política de
base horizontal, construída a partir da escuta dos territórios, da valorização das experiências
locais e da articulação entre gestores, trabalhadores e usuários. Seu lançamento foi pactuado
na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e no Conselho Nacional de Saúde, o que lhe
conferiu legitimidade e amplitude nacional. 
A evolução da PNH pode ser dividida em três grandes fases. A primeira, entre 2003 e
2006, foi marcada pela disseminação dos princípios e dispositivos da política, com a criação
de núcleos técnicos, formação de apoiadores institucionais e publicação de documentos
orientadores. A segunda fase, de 2007 a 2014, consolidou a política como eixo estruturante do
SUS, com sua inserção em programas como a Rede Cegonha, a Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS) e a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). A terceira fase, a partir de 2015, foi
marcada por retrocessos institucionais, desfinanciamento e descontinuidade de ações, em
decorrência de mudanças políticas e econômicas no país. Ainda assim, a PNH resistiu por
meio da atuação de coletivos locais, redes colaborativas e da Rede HumanizaSUS, que se
tornou um espaço virtual de compartilhamento de experiências e saberes em humanização. 
A trajetória da PNH também revela sua capacidade de reinvenção. A política
incorporou metodologias participativas, como rodas de conversa, oficinas de
5
formação-intervenção e colegiados gestores, que permitiram a construção coletiva de soluções
para os desafios cotidianos dos serviços de saúde. Além disso, a PNH influenciou a
formulação de outras políticas públicas, como a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra e a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, ao propor a
inclusão das diferenças como potência e não como obstáculo. 
Em síntese, a PNH é fruto de um processo histórico de resistência, inovação e
compromisso com a dignidade humana. Sua evolução reflete a tensão permanente entre os
princípios do SUS e os desafios impostos por um sistema de saúde ainda marcado por
desigualdades, burocracias e práticas desumanizadoras. Ao longo de mais de duas décadas, a
PNH tem se mantido como uma política viva, que aposta na potência dos encontros, na escuta
qualificada e na construção de vínculos como fundamentos de um cuidado verdadeiramente
humanizado. 
3 OBJETIVOS PRINCIPAIS DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
(PNH)
A Política Nacional de Humanização (PNH) tem como missão central efetivar os
princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, promovendo mudanças nos modos de
cuidar, gerir e formar. Seus objetivos não se restringem à melhoria do atendimento, mas
envolvem uma transformação profunda das relações institucionais, dos processos de trabalho
e da cultura organizacional dos serviços de saúde. A seguir, são apresentados os principais
objetivos da PNH, com base em documentos oficiais do Ministério da Saúde e na literatura
especializada. 
Efetivar os princípios do SUS na prática cotidiana 
A PNH busca operacionalizar os princípios constitucionais do SUS — universalidade,
integralidade e equidade — por meio de práticas que valorizem os sujeitos, promovam a
corresponsabilidade e garantam o acesso digno e qualificado aos serviços de saúde. Isso
implica transformar o cuidado em uma prática relacional, ética e compartilhada. 
Promover a transversalidade da humanização 
A política tem como objetivo estar presente em todas as ações e programas do SUS,
atuando de forma transversal. Isso significa que a humanização não deve ser uma ação isolada
ou setorial, mas um eixo estruturante das políticas públicas de saúde, influenciando desde a
atenção básica até a alta complexidade. 
Valorizar os sujeitos implicados na produção de saúde 
Um dos principais objetivos da PNH é sensibilizar e mobilizar os diferentes atores do
SUS, especialmente trabalhadores e gestores, para que incorporem os princípios da
humanização em suas práticas cotidianas. Isso significa promover uma mudança de cultura
institucional, substituindo práticas autoritárias, fragmentadas e tecnicistas por abordagens
acolhedoras, participativas e resolutivas. 
6
“Humanizar é valorizar os sujeitos implicados no processo de produção de saúde,
reconhecendo sua autonomia, singularidade e capacidade de transformação”
(Ministério da Saúde, 2013). 
A PNH reconhece que a produção de saúde envolve múltiplos sujeitos usuários,
trabalhadores e gestores, e que todos devem ser valorizados em sua singularidade, saberes e
experiências. A política propõe a construção de vínculos solidários, a ampliação da autonomia
e a promoção do protagonismo desses sujeitos. 
Estimular a cogestão e a participação social 
Um dos pilares da PNH é a democratização da gestão, por meio da inclusão de
trabalhadores e usuários nos processos decisórios. A política incentiva a criação de espaços
coletivos de gestão, como colegiados, grupos de trabalho e mesas de negociação, que
permitam a construção compartilhada das ações e estratégias dos serviços. 
Qualificar os processos de trabalho e a ambiência dos serviços 
A PNH propõe a reorganização dos processos de trabalho com base na escuta, na
corresponsabilidade e na valorização da experiência dos trabalhadores. Além disso, busca
qualificar a ambiência dos serviços, criando espaços físicos e simbólicos que favoreçam o
acolhimento, o conforto e a dignidade dos sujeitos. 
Desenvolver tecnologias relacionais e metodologias participativa de gestão
compartilhada 
A política aposta em tecnologias leves, como rodas de conversa, escuta qualificada,
clínica ampliada e projetos terapêuticos singulares, que promovem o diálogo, a construção
coletiva e a corresponsabilidade. Essas ferramentas favorecem a cogestão, ou seja, a
construção coletiva dos processos de trabalho, com base na escuta das necessidades e na
corresponsabilidade entre os sujeitos. Essas tecnologias são chamadas de “relacionais” porque
valorizam o vínculo, o diálogo e a construção de confiança entre os envolvidos. Elas são
fundamentais para romper com a lógica verticalizada e burocrática que ainda predomina em
muitos serviços de saúde para enfrentar a fragmentação do cuidado e promover a
integralidade.
Enfrentar práticas desumanizadoras e promover a equidade 
A PNH tem como objetivo combater práticas autoritárias, discriminatórias e
excludentes nos serviços de saúde, promovendo o respeito às diferenças e a inclusão de
populações historicamente marginalizadas. Isso inclui o enfrentamento do racismo
institucional, da LGBTfobia, do capacitismo e de outras formas de violência simbólica. 
Fortalecer iniciativas locais de humanização 
A PNH não parte do zero: ela reconhece que muitas experiências exitosas de
humanização já existem nos territórios. Assim, um de seus objetivos é identificar, apoiar e
expandir essas práticas, valorizando o saber local e promovendo a troca de experiências entre
os serviços. Essa estratégia evita a imposição de modelos prontos e estimula a construção
coletiva de soluções. 
7
Exemplo: o Hospital Universitário da UFSC, em Santa Catarina, desenvolveu um
projeto de ambiência participativa com usuários e trabalhadores, que serviu de referência para
outras unidades da região Sul. 
Promover mudanças sustentáveis nos modelos de atenção e gestão 
Outro objetivo central da PNH é transformar os modelos de atenção e gestão,
tornando-os mais integrados, resolutivos e centrados nas necessidades dos usuários. Isso
implica: 
Superar a fragmentação entre os níveis de atenção; 
Integrar ações clínicas e administrativas; 
Estimular o trabalho em equipe interdisciplinar; 
Garantir a continuidade do cuidado. 
A política propõe, por exemplo, a clínica ampliadae compartilhada, que considera não
apenas o diagnóstico biomédico, mas também os aspectos subjetivos, sociais e culturais do
processo saúde-doença. 
Valorizar o trabalho e os trabalhadores da saúde 
A PNH reconhece que não há cuidado humanizado sem condições dignas de trabalho.
Por isso, ela propõe ações para: 
Melhorar o ambiente laboral (ambiência); 
Incluir os trabalhadores nos processos decisórios; 
Oferecer espaços de escuta e apoio institucional; 
Promover a formação permanente e o reconhecimento profissional. 
Essa valorização é estratégica para reduzir o adoecimento dos profissionais, aumentar
a motivação e qualificar o cuidado ofertado à população. 
Garantir os direitos dos usuários e ampliar sua participação 
A política também tem como objetivo fortalecer o protagonismo dos usuários,
garantindo seus direitos e ampliando sua participação nos processos de cuidado e gestão. Isso
inclui: 
Direito à informação e à decisão sobre seu tratamento; 
Presença de acompanhante durante o atendimento; 
Participação em conselhos de saúde e colegiados locais; 
Respeito à diversidade cultural, étnica, de gênero e orientação sexual. 
A inclusão dos usuários como sujeitos ativos do cuidado é uma das marcas da PNH e
um passo essencial para a democratização do SUS. 
4 AÇÕES E PROGRAMAS IMPLEMENTADOS PELA POLÍTICA NACIONAL DE
HUMANIZAÇÃO (PNH)
A Política Nacional de Humanização (PNH) não se limita a diretrizes abstratas: ela se
materializa por meio de ações concretas e dispositivos operacionais que transformam o
8
cotidiano dos serviços de saúde. Esses dispositivos são ferramentas que orientam práticas de
atenção e gestão, com o objetivo de promover o acolhimento, a corresponsabilidade e a
valorização dos sujeitos envolvidos no processo de cuidado. 
Dispositivos estruturantes da PNH 
A PNH se organiza em torno de um conjunto de dispositivos que podem ser adaptados
à realidade de cada serviço. Entre os principais, destacam-se: 
Acolhimento com classificação de risco 
O acolhimento é um dos pilares da PNH. Ele se refere à escuta qualificada e à
responsabilização da equipe de saúde desde o primeiro contato com o usuário. A classificação
de risco, por sua vez, garante que o atendimento seja realizado com base na gravidade e
vulnerabilidade, e não apenas na ordem de chegada. 
Essa prática tem sido amplamente adotada em unidades de pronto atendimento (UPAs)
e hospitais, contribuindo para a redução do tempo de espera, a organização dos fluxos de
atendimento e a melhoria da satisfação dos usuários. 
Ambiência 
A ambiência diz respeito à qualidade dos espaços físicos e simbólicos dos serviços de
saúde. A proposta é criar ambientes acolhedores, confortáveis e que respeitem a privacidade
dos usuários e trabalhadores. Isso inclui desde a arquitetura dos espaços até a sinalização,
iluminação, ventilação e disposição dos móveis. 
Exemplo: o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA)
implementou um projeto de ambiência participativa, envolvendo usuários e trabalhadores na
reforma das enfermarias, o que resultou em melhoria do ambiente terapêutico e redução de
conflitos. 
Clínica ampliada e compartilhada 
A clínica ampliada propõe uma abordagem interdisciplinar e centrada na singularidade
do sujeito, considerando os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais do processo
saúde-doença. A clínica compartilhada, por sua vez, estimula o diálogo entre os profissionais
e a construção coletiva das decisões terapêuticas. 
Essa prática tem sido fundamental em serviços de saúde mental e atenção básica,
promovendo vínculo, adesão ao tratamento e resolutividade. 
Cogestão e colegiados gestores 
A cogestão é um dispositivo que visa democratizar os processos de gestão, incluindo
trabalhadores, usuários e gestores nas decisões sobre o funcionamento dos serviços. Para isso,
são criados espaços coletivos como: 
Colegiados gestores; 
Grupos de Trabalho de Humanização (GTH); 
Mesas de negociação permanente; 
Contratos internos de gestão. 
Esses espaços favorecem a transparência, a corresponsabilidade e a construção de
9
consensos, além de fortalecer o controle social e a autonomia dos sujeitos. 
Visita aberta e direito a acompanhante 
A PNH defende o direito dos usuários de estarem acompanhados por pessoas de sua
confiança durante o atendimento, especialmente em situações de vulnerabilidade, como
internações, partos e procedimentos invasivos. A visita aberta amplia o vínculo entre equipe,
paciente e família, humaniza o ambiente hospitalar e contribui para a recuperação do paciente.
Essa prática foi regulamentada pela Portaria nº 1.820/2009, que estabelece os direitos
dos usuários da saúde, e tem sido implementada em diversos hospitais públicos e
filantrópicos. 
Programas e experiências inspiradas na PNH 
Além dos dispositivos, a PNH inspirou a criação e o fortalecimento de programas e
projetos em todo o país. A seguir, destacamos algumas experiências emblemáticas: 
Projeto “Posso Ajudar?” INTO/RJ 
No Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro, foi
criado o projeto “Posso Ajudar?”, que consiste em uma equipe multiprofissional treinada para
acolher, orientar e acompanhar os usuários e seus familiares durante o atendimento. A
iniciativa reduziu a ansiedade dos pacientes, melhorou a comunicação entre setores e
aumentou a satisfação geral com o serviço. 
Cartas aos Pacientes 
Também no INTO, foi implementado o projeto “Cartas aos Pacientes”, no qual
familiares enviam mensagens de apoio aos usuários internados. As cartas são entregues pela
equipe de humanização, promovendo acolhimento emocional, fortalecimento de vínculos e
melhora no estado de ânimo dos pacientes. 
Pet Terapia e Palhaçaria Hospitalar 
Essas ações, baseadas na PNH, utilizam intervenções lúdicas e afetivas para
humanizar o ambiente hospitalar. A presença de cães terapeutas e palhaços profissionais
contribui para reduzir o estresse, aliviar a dor e promover bem-estar entre pacientes,
acompanhantes e trabalhadores.
Formação e multiplicação da PNH 
A PNH também investe na formação de apoiadores institucionais, que atuam como
multiplicadores da política nos territórios. Esses profissionais recebem capacitação técnica e
política para fomentar a humanização nos serviços, apoiar equipes locais e articular ações
intersetoriais. 
Além disso, a política promove oficinas, cursos e rodas de conversa, que funcionam
como espaços de formação-intervenção, nos quais os participantes refletem sobre suas
práticas e constroem coletivamente novas formas de cuidar e gerir. 
Avaliação e monitoramento das ações 
A PNH propõe a criação de indicadores qualitativos e quantitativos para avaliar o
impacto das ações de humanização. Entre os critérios utilizados, destacam-se: 
10
Satisfação dos usuários; 
Redução de queixas e conflitos; 
Melhoria do clima organizacional; 
Aumento da adesão ao tratamento; 
Participação nos espaços de gestão.
Esses dados são fundamentais para ajustar as estratégias, fortalecer as boas práticas e
garantir a sustentabilidade das ações. 
Portanto, as ações da PNH, mais do que protocolos ou cartilhas, configuram-se como
experiências vivas e flexíveis, construídas coletivamente e ajustadas à realidade de cada
serviço. Elas expressam uma concepção de política pública comprometida com a
complexidade do cuidado, com os processos democráticos e com a valorização da vida em sua
multiplicidade, como uma proposta civilizatória de reforma cultural e institucional do SUS. 
5 RESULTADOS ALCANÇADOS PELA POLÍTICA NACIONAL DE
HUMANIZAÇÃO (PNH)
Desde sua implementação em 2003, a PNH tem produzido efeitos significativos na
forma como o cuidado e a gestão são concebidos e praticados no Sistema Único de Saúde.
Embora os resultados variem conforme o contexto local e o grau de adesão dos serviços, é
possível identificar avanços concretos, transformações culturais e desafios persistentes. 
Melhoria na qualidade do atendimento 
Um dos principais impactos da PNH éa qualificação do cuidado prestado aos
usuários, com foco na escuta, no acolhimento e na responsabilização das equipes. A
introdução do acolhimento com classificação de risco, por exemplo, permitiu reorganizar os
fluxos de atendimento, priorizando casos mais graves e reduzindo o tempo de espera em
unidades de urgência e emergência. 
Estudos de caso em hospitais como o Hospital Regional de Taguatinga (DF) e a UPA
de São João de Meriti (RJ) apontam para aumento da satisfação dos usuários, redução de
queixas formais e melhoria na comunicação entre profissionais e pacientes. 
Fortalecimento do vínculo entre equipes e usuários 
A adoção de práticas como visita aberta, direito a acompanhante e clínica ampliada
contribuiu para o fortalecimento do vínculo entre profissionais de saúde, usuários e suas redes
familiares. Esse vínculo é essencial para a adesão ao tratamento, a redução de reinternações e
a promoção da autonomia dos sujeitos. 
Em unidades de saúde mental, por exemplo, a PNH tem sido fundamental para
consolidar práticas de cuidado em liberdade, com foco na singularidade do sujeito e na
corresponsabilidade entre equipe e usuário. 
Valorização dos trabalhadores da saúde 
A política também promoveu avanços na valorização dos trabalhadores, por meio da
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criação de espaços de escuta, formação e participação na gestão. A implementação de
colegiados gestores, grupos de trabalho de humanização (GTH) e contratos internos de gestão
permitiu que os profissionais se tornassem protagonistas na construção das práticas de
cuidado como efeitos positivos da PNH.
Ampliação da participação social 
A PNH fortaleceu os mecanismos de controle social e participação cidadã,
estimulando a presença ativa dos usuários nos conselhos de saúde, nas conferências e nos
espaços de cogestão. Essa participação tem contribuído para a democratização das decisões, a
transparência na gestão e a legitimação das políticas públicas de saúde. 
A experiência do município de Vitória (ES), por exemplo, mostra como a inclusão dos
usuários nos colegiados locais resultou em melhorias na ambiência das unidades básicas e
maior adesão às campanhas de saúde coletiva. 
Redução de práticas desumanizadoras 
A PNH tem contribuído para enfrentar práticas autoritárias, discriminatórias e
excludentes nos serviços de saúde. A promoção da escuta qualificada, da inclusão das
diferenças e da gestão dos conflitos tem permitido reconhecer e combater o racismo
institucional, o machismo e outras formas de violência simbólica. 
Essas mudanças são especialmente visíveis em maternidades, serviços de saúde mental
e unidades de atenção primária, onde a política tem promovido ambientes mais acolhedores,
respeitosos e inclusivos. 
Disseminação de experiências exitosas 
A criação da Rede HumanizaSUS e do projeto “Memória do SUS que dá certo”
permitiu mapear, documentar e divulgar centenas de experiências bem-sucedidas de
humanização em todo o país. Essas iniciativas funcionam como laboratórios vivos de
inovação, inspirando outros serviços e fortalecendo a identidade do SUS como um sistema
público, universal e humanizado. 
Produção de conhecimento e formação crítica 
A PNH também impulsionou a produção de conhecimento sobre práticas de cuidado e
gestão, por meio de pesquisas, publicações, cursos e oficinas. A articulação com
universidades e centros de pesquisa tem contribuído para formar profissionais mais sensíveis,
éticos e comprometidos com os princípios do SUS.
Limites e desafios na mensuração dos resultados 
Apesar dos avanços, a avaliação dos resultados da PNH ainda enfrenta desafios. A
ausência de indicadores padronizados, a dispersão das experiências e a descontinuidade de
ações dificultam a sistematização dos impactos em escala nacional. Além disso, a fragilidade
institucional da política em alguns períodos comprometeu sua sustentabilidade e visibilidade. 
Mesmo assim, os dados qualitativos e os relatos de usuários e trabalhadores indicam
que a PNH tem sido um vetor de transformação cultural e ética no SUS, promovendo práticas
12
mais humanas, solidárias e resolutivas. 
Transformações nos modelos de gestão e atenção 
A PNH provocou mudanças significativas nos modelos de gestão e atenção à saúde, ao
propor a indissociabilidade entre esses dois campos. Isso significa que a forma como se
organiza o cuidado está diretamente relacionada à forma como se organiza o trabalho. A
introdução da cogestão, por meio de colegiados e grupos de trabalho, permitiu que decisões
fossem tomadas de forma mais democrática, com base na escuta dos trabalhadores e usuários. 
Essa transformação impactou diretamente a resolução de conflitos internos, a melhoria
do clima organizacional e a efetividade das ações de saúde, especialmente em unidades
básicas e hospitais de médio porte. 
Consolidação de uma cultura de escuta e diálogo 
A PNH contribuiu para consolidar uma cultura institucional baseada na escuta ativa,
no diálogo e na corresponsabilidade. Essa mudança cultural é visível na forma como os
profissionais se relacionam entre si e com os usuários, promovendo um ambiente mais ético,
empático e colaborativo. 
As rodas de conversa, por exemplo, tornaram-se espaços privilegiados para a
construção coletiva de soluções, o compartilhamento de experiências e o fortalecimento dos
vínculos entre os sujeitos. 
Impactos na saúde mental e na atenção psicossocial 
A política teve papel fundamental na reconfiguração da atenção à saúde mental, ao
incorporar os princípios da humanização nas práticas dos Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS), residências terapêuticas e unidades de acolhimento. A valorização da singularidade
do sujeito, o respeito à autonomia e a promoção do cuidado em liberdade são marcas da PNH
nesse campo. 
Estudos apontam que a adoção da clínica ampliada e da cogestão nos CAPS resultou
em maior adesão ao tratamento, redução de internações compulsórias e fortalecimento das
redes de apoio comunitário. 
Fortalecimento da identidade do SUS como projeto civilizatório 
Por fim, um dos resultados mais profundos da PNH é o fortalecimento da identidade
do SUS como um projeto ético, político e civilizatório. Ao colocar a humanização no centro
das práticas de saúde, a política reafirma os valores da democracia, da equidade e da justiça
social, contribuindo para a construção de um sistema de saúde mais inclusivo, solidário e
comprometido com a dignidade humana. 
Como destaca o documento base da PNH: 
“Humanizar é transformar o modo de produzir saúde, valorizando os sujeitos e suas
relações.” 
13
6 DESAFIOS E LACUNAS NA IMPLEMENTAÇÃO DA PNH
Apesar dos avanços conquistados desde sua criação, a Política Nacional de
Humanização enfrenta uma série de desafios estruturais, operacionais e simbólicos que
comprometem sua consolidação como política transversal e transformadora no Sistema Único
de Saúde (SUS). Esses obstáculos não apenas limitam o alcance da PNH, mas também
revelam tensões históricas entre os ideais da Reforma Sanitária e a realidade concreta dos
serviços de saúde no Brasil. 
Ambiguidade conceitual e banalização do termo “humanização” 
Um dos principais entraves é a diversidade de interpretações sobre o que significa
“humanizar”. Em muitos contextos, o termo é reduzido a ações pontuais, como oferecer café
ou pintar paredes com cores suaves, descolando-se de seu sentido político e ético mais
profundo. Essa banalização enfraquece a potência transformadora da política e dificulta sua
institucionalização. 
“A humanização não é um adorno, mas uma mudança radical na forma de produzir
saúde” (Ministério da Saúde, 2010). 
Predominância do modelo biomédico e tecnocrático 
A hegemonia do modelo biomédico, centrado na doença e na intervenção técnica,
ainda é um obstáculo à implementação da PNH. Muitos profissionais foram formados sob
uma lógica que valoriza o saber especializado e desconsidera os aspectos subjetivos, sociais e
culturais do cuidado. Isso gera resistência à escuta, à interdisciplinaridade e à participação dos
usuários.Fragilidade na formação e capacitação dos profissionais 
A ausência de conteúdos sobre humanização nos currículos da graduação e a escassez
de programas de educação permanente comprometem a compreensão crítica e a aplicação
prática dos princípios da PNH. Muitos trabalhadores desconhecem os dispositivos da política
ou os aplicam de forma mecânica, sem reflexão sobre seus fundamentos. 
Subfinanciamento crônico do SUS 
A insuficiência de recursos financeiros é um dos maiores entraves à efetivação da
PNH. A precariedade da infraestrutura, a escassez de insumos e a sobrecarga das equipes
dificultam a criação de ambientes acolhedores e a implementação de práticas humanizadas.
Em muitos casos, os profissionais precisam escolher entre atender com qualidade ou atender
em quantidade. 
Condições de trabalho precárias e adoecimento dos profissionais 
A sobrecarga de trabalho, os vínculos empregatícios instáveis e a falta de
reconhecimento profissional contribuem para o adoecimento físico e emocional dos
trabalhadores da saúde. Esse cenário compromete a motivação, a empatia e a capacidade de
escuta — pilares fundamentais da humanização. 
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Dificuldade de avaliação e monitoramento 
A ausência de indicadores específicos e sistematizados para avaliar a implementação
da PNH dificulta o monitoramento de seus impactos. Muitas experiências exitosas não são
documentadas, e os dados disponíveis são fragmentados, o que compromete a visibilidade da
política e a tomada de decisões baseadas em evidências. 
Invisibilidade das populações vulnerabilizadas 
Apesar de seu compromisso com a equidade, a PNH ainda enfrenta dificuldades para
atingir de forma efetiva populações historicamente marginalizadas, como pessoas em situação
de rua, população negra, LGBTQIA+, indígenas e pessoas com deficiência. A ausência de
estratégias específicas para esses grupos compromete a universalidade e a justiça social no
cuidado. 
Fragmentação das ações e falta de articulação intersetorial 
Em muitos territórios, as ações de humanização são pontuais, isoladas e desvinculadas
de outras políticas públicas, como educação, assistência social e cultura. A falta de articulação
intersetorial limita o alcance da PNH e impede que ela atue de forma integrada na promoção
da saúde e da cidadania. 
Esses desafios não anulam os avanços conquistados, mas indicam a necessidade de
revisitar, fortalecer e reinventar a PNH à luz das transformações sociais, políticas e
institucionais do Brasil contemporâneo. Na próxima seção, vamos justamente abordar a
população-alvo da política e os impactos concretos da PNH sobre esses sujeitos.
 Ausência de políticas de comunicação institucional humanizada
A comunicação é um eixo transversal da humanização, mas ainda há pouco
investimento em estratégias de comunicação institucional que valorizem a escuta, a empatia e
a linguagem acessível. Muitos serviços mantêm uma comunicação verticalizada, burocrática e
excludente, que dificulta o acesso à informação e afasta os usuários dos processos decisórios. 
Fragilidade na articulação com o controle social 
Embora a PNH valorize a participação dos usuários, a articulação com os conselhos de
saúde e demais instâncias de controle social ainda é limitada. Em muitos territórios, os
conselhos funcionam de forma protocolar, sem efetiva influência sobre as decisões de gestão.
A ausência de diálogo entre os espaços de cogestão e os mecanismos de controle social
enfraquece a democracia sanitária e reduz a legitimidade das ações de humanização. 
Desigualdades regionais na implementação 
A implementação da PNH é marcada por profundas desigualdades regionais,
refletindo as assimetrias históricas do sistema de saúde brasileiro. Enquanto algumas regiões
contam com redes estruturadas de apoiadores, formação continuada e experiências
consolidadas, outras enfrentam escassez de recursos, baixa cobertura de serviços e ausência
de apoio institucional, o que compromete a equidade na aplicação da política. 
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7 POPULAÇÃO-ALVO E IMPACTO DA PNH SOBRE OS SUJEITOS DO SUS
A Política Nacional de Humanização (PNH) tem como princípio fundamental a
valorização dos sujeitos implicados na produção de saúde, usuários, trabalhadores e gestores
reconhecendo-os como protagonistas do cuidado e da gestão. Assim, sua população-alvo não
se restringe a um grupo específico, mas abrange todos os cidadãos que acessam o Sistema
Único de Saúde (SUS), com atenção especial às populações historicamente marginalizadas e
em situação de vulnerabilidade social. 
Usuários do SUS: sujeitos de direitos e protagonistas do cuidado 
A PNH rompe com a visão tradicional do usuário como “paciente passivo” e o
reconhece como sujeito ativo, autônomo e corresponsável pelo cuidado de si e dos outros.
Isso implica garantir: 
Direito à informação clara e acessível; 
Participação nas decisões sobre seu tratamento; 
Participação nas decisões sobre seu tratamento;
Respeito à singularidade, cultura e valores; 
Acesso a ambientes acolhedores e seguros. 
O impacto dessa abordagem é visível na melhoria da experiência do usuário, no
fortalecimento do vínculo com os profissionais e na ampliação da adesão aos tratamentos. 
Trabalhadores da saúde: protagonistas da transformação institucional 
A PNH também tem como alvo os trabalhadores do SUS, reconhecendo que não há
cuidado humanizado sem condições dignas de trabalho. A política propõe: 
Inclusão dos trabalhadores nos processos decisórios; 
Criação de espaços de escuta e apoio institucional; 
Valorização da experiência e do saber profissional; 
Formação permanente em humanização e ética do cuidado. 
Essas ações impactam diretamente na redução do adoecimento ocupacional, no
aumento da motivação e na qualificação das práticas de cuidado. 
Gestores: articuladores da mudança nos modos de gerir e cuidar 
Os gestores são considerados atores estratégicos na implementação da PNH, pois suas
decisões influenciam diretamente as condições de trabalho e de atendimento. A política
propõe que eles atuem como facilitadores da cogestão, promovendo: 
Transparência nos processos de gestão; 
Participação dos trabalhadores e usuários nas decisões; 
Apoio à inovação e à experimentação de novas práticas. 
Quando os gestores assumem esse papel, os serviços tornam-se mais resolutivos,
democráticos e acolhedores. 
Populações em situação de vulnerabilidade social 
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A PNH reconhece que as desigualdades sociais, econômicas, étnico-raciais e
territoriais impactam diretamente o acesso e a qualidade do cuidado em saúde. Por isso, a
política busca incluir e proteger grupos historicamente excluídos, como: 
População negra e indígena; 
Pessoas em situação de rua; 
Pessoas com deficiência; 
Comunidade LGBTQIAPN+; 
Mulheres em situação de violência.
População privada de liberdade.
A inclusão dessas populações exige ações específicas, como formação antirracista,
acessibilidade arquitetônica e comunicacional, acolhimento livre de preconceitos e articulação
com outras políticas públicas. 
Redes socioafetivas e familiares dos usuários 
A PNH amplia o conceito de cuidado ao incluir as redes socioafetivas dos usuários
como parte integrante do processo terapêutico. Isso se traduz em práticas como: 
Direito a acompanhante durante o atendimento; 
Visita aberta em hospitais e unidades de internação; 
Apoio às famílias em situações de sofrimento psíquico ou terminalidade. 
Essas ações fortalecem os vínculos, promovem o cuidado compartilhado e contribuem
para a humanização das relações institucionais. 
Impacto na construção da cidadania sanitária 
Ao promover a escuta, a participação e o protagonismo dos sujeitos, a PNH contribui
para a formação de uma cidadania ativa e crítica, que reconhece a saúde como direito e o SUS
como patrimônio público. Isso se reflete em: 
Maior engajamento nos conselhos e conferências de saúde; 
Mobilização social em defesa do SUS;
Produção de sujeitos políticos comprometidos com a transformação social. 
Como afirma o documento base da PNH, “humanizaré reconhecer o outro como
legítimo na sua diferença e como parceiro na construção de um projeto comum de saúde”. 
Crianças, adolescentes e jovens: cuidado integral e escuta qualificada 
A PNH tem contribuído para qualificar o cuidado de crianças e adolescentes,
especialmente por meio da articulação com programas como o Saúde na Escola e a Rede
Cegonha. A valorização da escuta das juventudes, o respeito à autonomia progressiva e a
criação de espaços acolhedores são estratégias fundamentais para garantir o acesso e a
permanência desses sujeitos nos serviços de saúde. 
Além disso, a política incentiva práticas educativas e preventivas que dialogam com os
interesses e linguagens juvenis, promovendo o cuidado em saúde mental, sexual e reprodutiva
de forma ética e não moralizante. 
Pessoas idosas: dignidade, autonomia e cuidado intergeracional 
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A população idosa é um dos grupos que mais se beneficia das diretrizes da PNH,
especialmente no que diz respeito ao respeito à autonomia, à escuta ativa e à valorização da
experiência de vida. A política incentiva práticas que combatem o etarismo institucional,
promovem o envelhecimento ativo e fortalecem os vínculos familiares e comunitários. 
A ambiência adaptada, o direito a acompanhante e a clínica ampliada são dispositivos
que contribuem para um cuidado mais digno e resolutivo às pessoas idosas, especialmente em
contextos de fragilidade funcional ou dependência. 
 Pessoas com deficiência: acessibilidade e protagonismo 
A PNH dialoga diretamente com os princípios da Política Nacional de Saúde da
Pessoa com Deficiência, ao propor a acessibilidade arquitetônica, comunicacional e atitudinal
como condição para a humanização do cuidado. A política reconhece a pessoa com
deficiência como sujeito de direitos e propõe práticas que valorizem sua autonomia,
participação e protagonismo. 
A inclusão de intérpretes de Libras, a adaptação de materiais informativos e a
formação das equipes para o atendimento inclusivo são exemplos de ações que ampliam o
acesso e qualificam o cuidado. 
Mulheres e pessoas gestantes: parto humanizado e cuidado integral 
A PNH tem sido fundamental para a consolidação de práticas de parto humanizado,
em articulação com a Rede Cegonha. O respeito às escolhas da gestante, o direito à presença
de acompanhante, o acolhimento com escuta qualificada e a valorização do protagonismo
feminino são princípios que orientam a atuação da política nesse campo. 
Além disso, a PNH contribui para o enfrentamento da violência obstétrica, ao
promover a formação das equipes em direitos sexuais e reprodutivos e ao incentivar a
construção de planos de parto compartilhados. 
População LGBTQIAPN+: cuidado livre de preconceitos 
A PNH reconhece que a população LGBTQIAPN+ enfrenta barreiras institucionais,
simbólicas e culturais no acesso aos serviços de saúde. Por isso, propõe ações que combatam
a LGBTfobia institucional, promovam o acolhimento livre de julgamentos e garantam o uso
do nome social e da identidade de gênero nos prontuários e atendimentos. 
A política também incentiva a formação das equipes em diversidade sexual e de
gênero, a criação de espaços seguros e a articulação com movimentos sociais e coletivos
LGBTQIAPN+. 
Pessoas em sofrimento psíquico: cuidado em liberdade e singularidade 
A PNH tem papel central na consolidação da Reforma Psiquiátrica Brasileira, ao
propor práticas de cuidado em liberdade, baseadas na escuta, no vínculo e na
corresponsabilidade. A clínica ampliada, a cogestão e a inclusão das redes socioafetivas são
dispositivos fundamentais para o cuidado de pessoas em sofrimento psíquico. 
A política também contribui para o enfrentamento do estigma, da medicalização
excessiva e das internações compulsórias, promovendo a construção de projetos terapêuticos
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singulares e interdisciplinares. 
8 PARCERIAS E ARTICULAÇÕES COM OUTRAS ÁREAS
A Política Nacional de Humanização (PNH) é uma política transversal e intersetorial,
ou seja, que deve estar presente em todas as ações e programas do Sistema Único de Saúde
(SUS) e dialogar com outras políticas públicas e setores sociais. Essa característica é essencial
para garantir a integralidade do cuidado, a efetividade das ações de saúde e a promoção da
cidadania sanitária. 
A articulação da PNH com outras áreas ocorre em múltiplos níveis: entre setores da
própria saúde (atenção básica, saúde mental, saúde da mulher, saúde do idoso, etc.), entre
diferentes políticas públicas (educação, assistência social, cultura, justiça, direitos humanos),
e com a sociedade civil (movimentos sociais, universidades, coletivos, conselhos de saúde).
Essa rede de parcerias amplia o alcance da política, fortalece sua legitimidade e potencializa
seus impactos. 
Integração com outras políticas do SUS 
A PNH atua de forma integrada com diversas políticas e programas do SUS,
contribuindo para qualificar suas ações com base nos princípios da humanização. Entre as
principais articulações, destacam-se: 
Rede Cegonha: a PNH contribui para a promoção do parto humanizado, o respeito
à autonomia da gestante e a valorização do vínculo mãe-bebê. 
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS): a política fortalece o cuidado em liberdade,
a escuta qualificada e a construção de projetos terapêuticos singulares. 
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB): a PNH qualifica o acolhimento nas
unidades básicas, promove a clínica ampliada e estimula a participação dos usuários. 
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: a PNH contribui para o
enfrentamento do racismo institucional e a valorização da diversidade étnico-racial nos
serviços de saúde. 
Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência: a articulação com a PNH
garante acessibilidade, respeito à singularidade e protagonismo das pessoas com
deficiência.
Essas integrações não são apenas operacionais, mas também epistemológicas: a PNH
compartilha com essas políticas a visão de saúde como direito, cuidado como relação e gestão
como processo coletivo. 
 Articulação intersetorial com outras políticas públicas
A efetivação da humanização no cuidado exige a articulação com outras políticas
públicas que atuam sobre os determinantes sociais da saúde. A PNH dialoga com: 
Educação: por meio de projetos como o Programa Saúde na Escola (PSE), que
promove ações de promoção da saúde e cidadania entre estudantes e profissionais da
19
educação.
Assistência Social: com foco na proteção de populações em situação de
vulnerabilidade, como pessoas em situação de rua, crianças em risco e famílias em
extrema pobreza. 
Justiça e Direitos Humanos: na defesa dos direitos dos usuários, no enfrentamento
da violência institucional e na promoção da equidade. 
Cultura: por meio de ações que valorizam a expressão artística, a memória coletiva
e a identidade dos sujeitos nos espaços de cuidado.
Essas articulações são fundamentais para construir redes de cuidado integradas, que
reconheçam a complexidade das necessidades humanas e atuem de forma sinérgica na
promoção da saúde e da vida.
 Diálogo com movimentos sociais e coletivos populares 
A PNH reconhece os movimentos sociais como atores fundamentais na construção do
SUS e da democracia sanitária. Por isso, estabelece parcerias com: 
Conselhos de saúde e conferências;
Movimentos de mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA+; 
Coletivos de saúde mental, usuários do SUS e familiares; 
Redes de apoio comunitário e iniciativas de economia solidária. 
Essas articulações ampliam a escuta das demandas sociais, fortalecem o controle
social e promovem a inclusão das diferenças como potência transformadora. 
Experiências de articulação bem-sucedidas 
Diversas experiências demonstram o potencial das parcerias da PNH: 
Em Belo Horizonte (MG), a articulação entre saúde, educação e cultura resultou na
criação de espaços de cuidado intersetoriais, como o Centro de Referência da
Juventude.
Em Fortaleza (CE), a integração entre CAPS, escolas e CRAS promoveu ações de
cuidado em rede para adolescentes em sofrimento psíquico.Em Porto Alegre (RS), a parceria entre hospitais, universidades e coletivos de
palhaçaria hospitalar qualificou a ambiência e o acolhimento em unidades de
internação. 
Essas experiências mostram que a humanização não é uma ação isolada, mas um
projeto coletivo de transformação social. 
 Articulação com a Educação Permanente em Saúde 
A PNH tem forte interface com a Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde (PNEPS), ao propor que a formação dos trabalhadores seja construída a partir da
análise crítica dos processos de trabalho. Essa articulação se dá por meio de: 
Oficinas de formação-intervenção; 
Projetos de apoio institucional com metodologias ativas; 
Parcerias com escolas técnicas e universidades.
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Essa integração fortalece a reflexividade das equipes, promove a autonomia
profissional e qualifica o cuidado com base na ética, na escuta e na corresponsabilidade. 
Parcerias com coletivos culturais e artísticos
A humanização também se faz por meio da expressão simbólica, estética e afetiva. Por
isso, a PNH tem se articulado com coletivos de arte, cultura e comunicação para promover: 
Intervenções artísticas em unidades de saúde (música, teatro, grafite, poesia); 
Oficinas de memória e identidade com usuários e trabalhadores; 
Produção de materiais educativos com linguagem acessível e inclusiva.
Essas ações contribuem para resgatar a dimensão sensível do cuidado, fortalecer
vínculos e transformar os espaços de saúde em lugares de encontro e criação.
 Criar indicadores específicos e sistemas de monitoramento participativo
A ausência de indicadores padronizados dificulta a avaliação da efetividade da PNH.
Propõe-se a criação de matrizes de indicadores qualitativos e quantitativos, construídas com
participação de trabalhadores, gestores e usuários, que permitam monitorar: 
Satisfação dos usuários; 
Ambiência dos serviços; 
Participação nos espaços de gestão; 
Condições de trabalho das equipes; 
Inclusão das diferenças e gestão dos conflitos.
Esses dados devem ser utilizados para retroalimentar as práticas, e não apenas para
prestação de contas burocrática.
Garantir condições dignas de trabalho e valorização profissional 
Não há cuidado humanizado sem trabalhadores valorizados. Propõe-se: 
Redução da precarização dos vínculos de trabalho;
Melhoria da infraestrutura e dos ambientes laborais; 
Criação de espaços de escuta e cuidado para as equipes; 
Reconhecimento institucional das práticas humanizadas. 
Essas ações impactam diretamente na motivação, na saúde mental e na qualidade do
cuidado ofertado. 
 Ampliar a articulação intersetorial e comunitária
A PNH deve fortalecer sua presença em espaços intersetoriais, como conselhos de
políticas públicas, fóruns comunitários e redes de proteção social. Sugere-se: 
Criação de comitês intersetoriais de humanização; 
Parcerias com escolas, centros culturais, movimentos sociais e coletivos artísticos; 
Apoio a iniciativas comunitárias de cuidado e solidariedade.
Essas articulações ampliam o alcance da política e promovem a humanização como
valor social e cultural, e não apenas institucional.
Reforçar a comunicação institucional humanizada 
A comunicação é um dispositivo estratégico da humanização. Sugere-se: 
21
Produção de materiais educativos acessíveis, inclusivos e culturalmente sensíveis; 
Criação de canais de escuta ativa e ouvidoria humanizada; 
Formação das equipes em comunicação empática e não violenta; 
Valorização das narrativas dos usuários e trabalhadores como forma de produzir
sentido e pertencimento.
Promover a inclusão das diferenças como potência 
A PNH deve aprofundar sua atuação na promoção da equidade, com ações específicas
para: 
Enfrentar o racismo institucional e a LGBTfobia nos serviços de saúde;
Garantir acessibilidade plena para pessoas com deficiência; 
Respeitar as práticas de saúde de povos indígenas e comunidades tradicionais; 
Valorizar a diversidade religiosa, cultural e territorial dos usuários do SUS.
Por fim, é necessário recolocar a PNH no centro das estratégias de fortalecimento do
SUS, como política estruturante e não acessória. Isso 
9 CONCLUSÃO
A análise aprofundada da Política Nacional de Humanização (PNH) revela que, mais
do que uma diretriz técnica, ela representa um projeto ético-político de transformação das
práticas de saúde no Brasil. Instituída em 2003, a PNH emerge como resposta às práticas
desumanizadoras historicamente presentes nos serviços de saúde, propondo uma ruptura com
modelos centrados na doença, na hierarquia e na fragmentação. Ao longo deste trabalho, foi
possível compreender que a PNH não é uma política setorial, mas sim transversal, integradora
e insurgente, que busca resgatar o sentido do cuidado como encontro entre sujeitos. 
A trajetória da PNH, desde sua origem no Programa Nacional de Humanização da
Assistência Hospitalar (PNHAH), evidencia um processo de construção coletiva, marcado por
disputas simbólicas e institucionais. Seus princípios — transversalidade, indissociabilidade
entre atenção e gestão, e valorização dos sujeitos — não são apenas conceitos abstratos, mas
ferramentas concretas de reorganização dos processos de trabalho, de gestão e de formação.
Os dispositivos da política, como o acolhimento com classificação de risco, a clínica
ampliada, a cogestão e a ambiência, demonstram que é possível produzir saúde com base na
escuta, no vínculo e na corresponsabilidade. 
Os resultados alcançados pela PNH, embora muitas vezes invisibilizados pelos
indicadores tradicionais, são expressivos: melhoria na qualidade do atendimento,
fortalecimento do vínculo entre equipes e usuários, valorização dos trabalhadores, ampliação
da participação social e transformação dos modelos de gestão. Além disso, a política tem
contribuído para o enfrentamento de desigualdades históricas, ao incluir populações
vulnerabilizadas e promover práticas de cuidado culturalmente sensíveis e socialmente
22
comprometidas. 
Entretanto, os desafios são igualmente significativos. A banalização do conceito de
humanização, a resistência à mudança cultural, o subfinanciamento do SUS, a precarização
das condições de trabalho e a ausência de indicadores específicos comprometem a efetividade
da política. A análise crítica desses entraves evidencia a necessidade de reposicionar a PNH
como política estratégica e estruturante do SUS, com presença garantida nos planos de saúde,
nos currículos de formação e nas práticas cotidianas dos serviços. 
As sugestões de melhorias apresentadas neste trabalho apontam caminhos possíveis
para o fortalecimento da política: institucionalização robusta, formação crítica e permanente,
articulação intersetorial, valorização dos trabalhadores, inclusão das diferenças, inovação nos
territórios e produção de conhecimento. Essas propostas não são receitas prontas, mas
convites à experimentação, à escuta e à construção coletiva de novos modos de cuidar e de
gerir. 
Conclui-se, portanto, que a PNH é mais do que uma política pública: é uma ideia-
força, uma aposta na potência dos encontros, na dignidade dos sujeitos e na construção de um
SUS que reconhece a diversidade do povo brasileiro e oferece cuidado com qualidade,
equidade e respeito. Em tempos de retrocessos e ameaças aos direitos sociais, a PNH se
mantém como um farol ético e político, que ilumina caminhos para uma saúde pública mais
humana, democrática e solidária. 
Que este trabalho contribua para manter viva essa chama e para que cada serviço de
saúde se torne, de fato, um espaço de acolhimento, escuta e transformação. 
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REFERÊNCIAS
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serviços de urgência*. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. (Série B. Textos Básicos de
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Humanização*. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.Disponível em:
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