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Grupo 7 - Diferenciação Celular

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Docente: Profª. Dra. Patrícia Medeiros 
Discentes: 
 
Fecundação 
 É um processo que ocorre quando os gametas masculino e 
feminino encontram-se e o espermatozóide penetra no óvulo. 
 Quando isso acontece, os núcleos dessas duas células haplóides (n) 
fundem-se em um só, formando a primeira célula diplóide (2n) do 
novo ser vivo,o ovo ou zigoto. 
 Ao penetrar o óvulo, o espermatozóide perde seu flagelo e passa a 
ser chamado pronúcleo masculino. 
 O óvulo nesse momento, também passa a ser chamado pronúcleo 
feminino. 
 A união dos pronúcleos masculinos e femininos chama-se 
cariogamina ou anfimixia. 
Zigoto 
Zigoto 
 Surge após a fecundação do óvulo com o espermatozóide. 
 É a primeira célula do novo ser vivo. 
 Também pode ser chamada de célula ovo. 
 É uma célula diplóide. 
 É uma célula com potencial máximo, podendo formar as demais 
células do corpo. 
 De acordo com a quantidade do vitelo podem ser classificados em: 
oligolécitos,heterolécitos, telolécitos e centrolécitos. 
 
 
Zigoto 
Diferenciação Celular 
 Ocorre o aparecimento de células especializadas para realizar 
grandes funções. 
 Depende, da expressão de certos genes e repressão de outros. 
 Podem influenciar fatores intra ou extracelulares. 
 Não se restringe somente a embriões e continuam no organismo 
adulto. 
 Pode ser revertido no processo de desprogramação nuclear. 
Potencialidade X Especialização 
 
X 
Zigoto Neurônio 
Potencialidade: capacidade de originar outras 
células 
 Originar todas as células do nosso organismo. 
 Maior é o grau de potencialidade, menor será sua diferenciação. 
 As primeiras células embrionárias podem originar qualquer tipo 
de célula. 
 Células que possuem grau de diferenciação zero, possuem 100% 
de potencialidade são denominadas totipotente. 
 
 
Diferenciação: grau de especialização 
 É um conjunto de processos que transforma uma célula 
indiferenciada em uma célula especializada. 
 Com o resultado da atuação dos controles gênicos , definem as 
vias bioquímicas e morfológicas da célula para uma determinada 
função. 
 É o processo de restrição do potencial celular. 
 A especialização é conduzida por seqüências de expressões e 
repressões gênicas controladas. 
Gástrula 
 O começo da diferenciação celular. 
 É o processo de mudança na forma embrionária caracterizado por 
movimentos celulares intensos. 
 Surgimento dos três folhetos embrionários: ectoderma, 
mesoderma e endoderma. 
 Iniciação da transcrição, onde ocorre pela primeira vez a expressão 
gênica a partir do genoma zigótico. 
 Com o início da transcrição, tanto o genoma materno quanto o 
paterno passam a contribuir no perfil protéico das células 
embrionárias. 
Gástrula 
Gástrula 
Gástrula 
Folhetos Embrionários 
Endoderma Mesoderma Ectoderma 
• Epitélio de revestimento do 
trato digestório (exceto 
cavidade oral e anal); 
• Fígado e pâncreas; 
• Sistema Respiratório; 
• Derme; 
•Músculos; 
• Cartilagem, ossos e outros 
tecidos conjuntivos; 
• Sangue e medula óssea e 
tecidos linfáticos. 
• Órgãos do sistema genital e 
urinário. 
• Epiderme e derivados 
cutâneos, com as glândulas 
mucosas; 
• Todas as estruturas do 
sistema nervoso; 
• Epitélio de revestimento 
das cavidades nasais, anal e 
bucal; 
 
Anexos Embrionários 
Expressões Gênicas 
 Produção seletiva de proteínas celulares para funções específicas 
no processo de diferenciação 
 As modificações celulares resultam da inativação de certos genes e 
da ativação de outros. 
 Todas as células de um organismos tem os mesmos genes. 
 Cada célula tem codificada em seu DNA a informação necessária 
para sintetizar todas as proteínas para a formação do organismo, 
mas apenas uma porção seleta de proteínas é produzida em cada 
célula. 
Ativação e Inativação de Genes 
 A ativação gênica é mediada por proteínas nucleares, que 
reconhecem seqüências de DNA favorecendo aproximação das 
proteínas necessárias para a transcrição. 
 A inativação gênica é a perda de potencialidade a medida que a 
célula se diferencia. 
 Existem vários níveis de inativação gênica , desde ligação de 
fatores nucleares inibitórios até modificações ultra- estruturais da 
cromatina regidas por modificações de nucleotídeos. 
 Impressão gênica, outro fator de inativação gênica, se inicia com a 
modificação covalente do DNA genômico através da metilação de 
nucleotídeos do tipo genes seletos. 
 
Controle Transcricional 
RNA polimerase 
DNA 
Início do Gene 
5´ 
Região 3´do gene 
Direção da transcrição 
Sentido da fita 
Molécula de RNA 
Molécula de RNA liberada 
RNA polimerase liberada 
DNA volta ao normal 
Controle Pós-transcricional 
 Agem entre a transcrição do mRNA e a tradução da proteína. 
 Pode ocorrer interferindo no processamento de mRNA. 
 Ocorre de forma mais rápida do que o controle 
transcricional, respondendo as necessidades celulares 
imediatas. 
 Varia a estabilidade dos mRNA. 
 Regula o tempo de permanência do produto protéico na 
célula. 
Controladores de Diferenciação celular 
 É controlada por fatores intra-extracelulares. 
 Os fatores intracelulares encontram-se nas próprias células 
em diferenciação 
 Os fatores intracelulares derivam do programa existente no 
DNA da célula, de material acumulado em seu citoplasma. 
 Fatores extrínsecos resultam em sinais provenientes de outras 
células. 
 Os fatores locais resultam da ação de células que agem 
enviando, por meio de moléculas, sinais que induzem 
determinados tecidos a se diferenciaram. 
Processo de Diferenciação Celular não é irreversível 
 A restrição da potencialidade pela diferenciação, em alguns casos, 
pode ser revertida artificialmente ou naturalmente para gerar um 
núcleo totipotente. 
 Este processo é conhecido como desprogramação nuclear, que está 
no cerne da tecnologia de clonagem de organismos inteiros a 
partir de células somáticas. 
 A partir da desprogramação nuclear, foi possível clonar mamíferos 
utilizando células adultas. Sendo que o primeiro organismo a ser 
clonado a partir de uma célula somática foi um anfíbio. 
 A regeneração é outro exemplo de desprogramação nuclear. 
 
 
 
Desprogramação Nuclear: Clonagem 
-Vida & Ciência 
A importância das células tronco deriva de seu potencial 
para se transformar em qualquer célula ou tecido de um 
organismo, o que é especialmente promissor para o 
tratamento de doenças degenerativas. 
Células Tronco 
 Regeneração e reposição tecidual no organismo adulto. 
 Manter uma reserva celular constante que pode diferenciar-se em 
tipo especializados, conforme o tecido considerado. 
 São células multipotentes, totipotentes e pluripotentes. 
 As células tronco do tecido nervoso e a medula óssea têm 
um grande potencial terapêutico. 
 Um certo número de células tronco, originadas por divisões das 
preexistentes, não se diferenciam mantendo uma reserva tecidual 
de células tronco. 
 Possuem genes que expressam o destino a ser percorrido, 
conforme o tecido em que se localizam. 
 
 
 
Células Tronco 
São classificadas em: 
 Células Tronco Totipotentes: Podem originar um organismo 
inteiro. O zigoto e as primeiras células troncos geradas após várias 
divisões mitóticas são exemplos de células totipotentes. 
 Células Tronco Pluripotentes: Podem originar quase todos os 
tipos de tecidos, mais não um organismo inteiro. Um exemplo, são 
as células tronco embrionária da massa interna do blastocisto. 
 Células TroncoMultipotentes: Podem originar diversos 
tecidos, mais não todos. O melhor exemplo são as células tronco 
adultas. 
 
 
Medula óssea vermelha 
Seu uso na Medicina: 
 As células tronco podem ser utilizadas na cura de: 
 Doenças neuro-vegetativas; 
 Mal de Alzheimer; 
 Paralisia; 
 Queimaduras; 
 Entre outras... 
 
A grande POLÊMICA: 
 As células são retiradas de embriões em estágio anterior a 14 dias 
e, portanto, o sistema neural ainda não começou a ser formado. A 
formação do sistema neural é muito importante porque é a partir 
daí que o novo ser começa a ter a capacidade de sentir dor ou 
desenvolver consciência. Já os críticos das pesquisas afirmam que 
o desenvolvimento é um processo contínuo desencadeado a partir 
da concepção, e não se pode ser interrompido em momento 
algum. Em 2005, as pesquisas foram autorizadas no Brasil, mas 
restritas a embriões sobressalentes produzidos in vitro e 
congelados a mais de três anos. 
Células Tronco: Lei De Biossegurança 
 Art. 5º. É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a 
utilização de células-tronco embrionárias obtidas de 
embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e 
não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as 
seguintes condições: 
 Embriões inviáveis. 
 Embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da 
publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da 
publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) 
anos, contados a partir da data de congelamento. 
Mais Afinal: 
Será que alguém pode afirmar a 
viabilidade de um embrião? 
Será que alguém pode afirmar que 
um embrião tem “potencial zero” 
de vida? 
Embrião congelado por 8 anos produz bebê 
São Paulo, domingo, 09 de março de 2008 
CLÁUDIA COLLUCCI- fonte: folha de são Paulo on-line 
 O paulista Vinicius Dorte, de seis meses, foi gerado a partir de 
um embrião congelado durante oito anos, um recorde no país. 
Pelos critérios da Lei de Biossegurança, seria um embrião 
indicado para pesquisas com células-tronco embrionárias. 
 Vinícius nasceu após quase 20 anos de tentativas de gravidez do 
casal Maria Roseli, 42, e Luiz Henrique Dorte, 41, de Mirassol 
(SP), que incluíram quatro fertilizações in vitro (FIV) e três 
abortos de gêmeos no terceiro mês de gestação. A mulher tinha 
endometriose e o marido, má qualidade dos espermatozóides, 
fatores que impediam uma gravidez natural. 
 “Imagine se eu tivesse desistido dele e doado o embrião 
para pesquisa? Acredito sim que há vida nos embriões, o 
Vinícius é a prova disso", diz Maria Roseli, católica 
praticante. Ela afirma ser favorável às pesquisas com 
células-tronco embrionárias, mas "não teria coragem" de 
doar seus embriões para esse fim. 
 
 
É justo deixar morrer uma criança ou um 
jovem afetado por um doença 
neuromuscular letal para preservar um 
embrião cujo o destino é lixo? 
Ao usar células-tronco embrionárias para 
regenerar tecidos em uma pessoa 
condenada por uma doença letal, não 
estamos, na realidade, criando vida? 
Brasil: Células-Tronco 
 O Supremo Tribunal Federal avaliou uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADIN) à parte da Lei de 
Biossegurança que permite a utilização de células-tronco 
embrionárias. 
 
 A Procuradoria-Geral da República entrou com a ADIN 
declarando a permissão da Lei, porque a Constituição defende 
a Vida, em seu art. 5º. 
 
 Os ministros do Supremo Tribunal Federal lançaram aos 
cientistas a pergunta: "Onde se inicia a vida humana?" 
 
 O resultado do Supremo Tribunal Federal: permissão para 
pesquisa com células-tronco embrionárias. 
 
 
Então: 
Onde se começa a vida? 
Será que ela começa ... 
Na fecundação? 
Na nidação? 
Quando o coração 
começa a bater? 
No nascimento? 
Temos o direito de utilizar as células-tronco 
de um futuro indivíduo em potencial para 
fins de pesquisa? 
Mas se estas células irão para o lixo, porque 
não utilizá-las na pesquisa que poderá 
resultar na descoberta da cura para tantas 
doenças? 
Quando o ser humano passa a existir como um 
indivíduo com direitos civis? 
A vida é o óvulo e o espermatozóide ou a vida é o 
óvulo, o espermatozóide e o útero (ou seja: o ambiente 
apropriado)? 
Um embrião que, mesmo que fosse implantado 
em um útero, teria um potencial baixíssimo de 
gerar um indivíduo? 
Muitos pesquisadores afirmam que para acabar com os 
conflitos éticos o ideal seria o incentivo total para as 
pesquisas envolvendo células- tronco adultas já que 
recentes resultados apontam para descobertas 
promissoras para cura de certos tipos de doenças. 
Processo de Apoptose 
 É a destruição programa de certas células que durante a 
morfogênese não são mais necessárias. 
 Caracterizado por uma compactação da célula inteira, incluindo o 
núcleo que junto com o citoplasma diminui de volume. 
 As células neste processo emitem brotamentos citoplasmáticos, 
que se destacam da superfície e são rapidamente fagocitados. 
 Mesmo que numerosas células entrem em apoptose 
simultaneamente, não causam inflamação nos demais tecidos. 
 A falta de alguns hormônios ou fatores de crescimento pode levar 
a célula alvo à apoptose. 
 É também mecanismo de defesa, resultando no benefício do 
organismo no extermínio de células invasoras. 
 
 
Referências 
 JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e 
molecular. 8 ed. Rio de Janeiro Guanabara Koogan, 2005. 
 http://www.portalsãofrancisco.com.br/alfa/celulas-
tronco/celulas-celulas-5.php. 
 VIDAL E MELLO. Biologia Celular. Rio de Janeiro Editora 
Atheneu, 1987. 
 A vida Humana da concepção à morte: aspectos éticos- Slide- 
Prof. Dra. Patrícia Medeiros. 
 http://www.estadao.com.br/especiais/entenda-o-uso-das-
celulas-tronco,3593.htm 
 http://www.ghente.org/temas/celulas-
tronco/discussao_etica.htm

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