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Literatura popular regional
Aula 10: A literatura popular e os centros acadêmicos no Brasil
Identificar as origens da literatura popular nos centros acadêmicos no Brasil;
- Discutir a questão da literatura denominada popular em relação ao próprio meio onde é criada e em relação aos centros de estudos formais.
 
 
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Vídeo 1:
O sertão vai virar mar
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O cordel nas atividades acadêmicas da UNB
	
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	A literatura de cordel por Carlos Drummond de Andrade:
	"A poesia de cordel é uma das manifestações mais puras do espírito inventivo, do senso de humor e da capacidade crítica do povo brasileiro, em suas camadas modestas do interior. O poeta cordelista exprime com felicidade aquilo que seus companheiros de vida e de classe econômica sentem realmente. A espontaneidade e graça dessas criações fazem com que o leitor urbano, mais sofisticado, lhes dedique interesse, despertando ainda a pesquisa e análise de eruditos universitários. É esta, pois, uma poesia de confraternização social que alcança uma grande área de sensibilidade".
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	Estudos acadêmicos – algumas origens
	As universidades no mundo ocidental, as quais surgiram em meados do século XI e foram o princípio do modelo que temos hoje. Não são apenas instituições de ensino, eram também locais de pesquisa e produção do saber, centro de importantes debates e a respeito de assuntos diversos. As primeiras universidades da Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo de direito, medicina e teologia. É importante ressaltarmos que as universidades eram os centros de pesquisa e fundamentação de teorias científicas.
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Mapa das univesidades medievais
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	A Universidade de Bologna é mais antiga do Ocidente, fundada em 1088. Nomes fundamentais da ciência, da cultura e das artes foram alunos da instituição, como Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Nicolau Copérnico, Thomas Becket, Pico della Mirandola, etc. Atualmente Umberto Eco, autor de romances como O nome da Rosa, é o titular da cadeira de Semiótica dessa universidade.
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	Quanto às origens da vida universitária no Brasil, sabemos que as famílias mais abastadas mandavam seus filhos estudarem na Europa até pelo menos o início do século XX e, somente depois da transferência da corte de Portugal para o Brasil, algumas escolas superiores foram criadas no Rio de Janeiro e na Bahia. Somente em 1915, já na República, o governo reuniu escolas politécnicas, faculdades de direito e de medicina da então capital brasileira na Universidade do Rio de Janeiro, considerada oficialmente a primeira instituição de ensino superior do País.
			UFRJ é considerada a primeira universidade brasileira
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	A cultura popular na educação formal 
 
	A literatura cordelística é um gênero literário que se apropria de vários temas e, ao mesmo tempo, inspira várias outras manifestações artísticas. Podemos observar o cordel no cinema, em produções para a televisão na música e até na moda!
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	Vídeo 2
A novela Cordel Encantado (Globo, 2011) aproximou a estética e a poética cordelística do grande público
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Sílvio Romero, pioneiro dos estudos etnográficos e historiador literário, já fazia uso do termo “literatura de cordel" nos seus estudos sobre a poesia popular, de 1885, mas Romero não destaca nenhum poeta em particular, ou seja estas publicações são o primórdio dos registros acadêmicos e estavam muito distantes do padrão das publicações atuais.
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Escritores e poetas dos mais distintos estilos e gêneros da literatura brasileira se inspiram na poesia e nos temas da literatura de cordel. Mário de Andrade, por exemplo, se inspirou em um cordel satírico de Leandro, A Vida de Canção de Fogo e o seu Testamento, na estruturação do personagem Macunaíma, que uma das obras mais representativas da literatura brasileira:
 		"Um Leandro, um Athayde nordestinos, compram 		no primeiro sebo uma gramática, uma geografia, 		ou um jornal do dia, compõem com isso um jornal 		de sabença, ou um romance trágico de amor, 			vivido no Recife. Isso é o Macunaíma e esses sou 		eu."
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	Guimarães Rosa, em um de seus contos de Sagarana traz um personagem típico do cordel, o cangaceiro Vilela, personagem sem autenticação da história, arquétipo cristão de culpa e redenção.
 
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Em um folheto de gracejo Ariano Suassuna encontrou o personagem-símbolo de sua dramaturgia: João Grilo teve sua história escrita em 1932 por João Ferreira de Lima e trazia como protagonista o célebre amarelo dos contos populares portugueses. Esse mesmo João Grilo será reaproveitado no Auto da Compadecida, transformado em filme em 2000 por Guel Arraes.
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	Muitos autores beberam na fonte da poesia popular: Ferreira Gullar, em João Boa-Morte Cabra Marcado para Morrer; João Cabral de Melo Neto, especialmente no auto Morte e Vida Severina; Cecília Meireles e muitos outros. 
 
 
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Atualmente a literatura popular, sobretudo a literatura de cordel são temas de inúmeras teses, artigos em universidades de todo Brasil. O cordel tem ganhado mais e mais prestígio nos meios de educação formais, parte por conta da sua imensa popularidade e parte pela grande importância para a manutenção de uma cultura genuinamente nacional.

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