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A instabilidade política no Brasil durante a década de 1960 culminou em um dos mais autoritários da história do país: a Ditadura Militar. A do presidente Quadros, em 25 de agosto de 1961, deu início a uma sucessão de eventos que a fragilidade das instituições democráticas brasileiras e revelou profundas tensões entre os poderes da República, militares e os governadores dos estados mais influentes da federação. Jânio Quadros, eleito com forte apoio popular e com um discurso moralista, surpreendeu a nação ao deixar cargo poucos meses após tomar posse. Seu vice-presidente era João Goulart conhecido popularmente como Jango -, um político do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com perfil progressista e inclinado à esquerda. No momento da renúncia, Jango encontrava-se em missão na China, que agravou a crise política. Governadores influentes como Carlos Lacerda (Guanabara), Magalhães Pinto (Minas Gerais) e Carvalho Pinto (São Paulo), apoiados por setores militares e empresariais conservadores, opuseram-se à sua posse, temendo uma guinada socialista no governo. Para evitar um impasse institucional e conflito armado, O Congresso Nacional aprovou, em 2 de setembro de 1961, a Emenda Constitucional 4, que implantava parlamentarismo no Brasil, limitando poderes do presidente. Dessa forma, João Goulart pôde assumir a presidência com prerrogativas reduzidas, enquanto cargo de primeiro-ministro foi ocupado por Tancredo Neves, responsável pela condução do governo sob supervisão do Legislativo. Contudo, novo regime parlamentarista não encontrou apoio popular nem estabilidade política. Em resposta crescente insatisfação, Congresso Nacional convocou um plebiscito, realizado em 6 de janeiro de 1963, no qual a população escolheu, com cerca de 82% dos votos, 0 retorno ao sistema presidencialista. Assim, João Goulart recuperou plenos poderes de presidente da República, iniciando um novo de governo marcado por forte polarização ideológica.

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