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TORÁCICA Radiografia Veterinária Eduarda Faustino | Izabele Giovoglanian | Jade Gabriela | Maria Clara Soares S U M Á R I O 1. PAREDE TORÁCICA 1 .1 . APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL 1.2. ALTERAÇÕES CONGÊNITAS 1.3. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS 2. ESÔFAGO 02 16 2.1 . APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL 2.2. CORPO ESTRANHO 2.3. MEGAESÔFAGO 3. TRAQUEIA 3.1 . APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL 3.2. COLAPSO TRAQUEAL 3.3. HIPOPLASIA TRAQUEAL 3.4. CORPO ESTRANHO 21 4. DIAFRAGMA 4.1 . APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL 4.2. ALTERAÇÕES CONGÊNITAS 4.3. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS 27 5. PULMÃO 5.1 . APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL 5.2.PADRÕES PULMONARES 31 6. SILHUETA CARDÍACA 6.1 . APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL 6.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS 38 7. DEMAIS ALTERAÇÕES 7.1 . TIMO 7.2. TIMOMA 7.3. LINFONODOS TORÁCICOS 47 Referências 53 1.PAREDE TORÁCICA 02 Músculos intercostais Microchip 1.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL Composta por pele, gordura, musculatura subcutânea e intercostal, pleura parietal, além de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Como suporte estrutural, apresenta a coluna vertebral, as costelas, as cartilagens costais e o esterno. 3 Fonte: Thrall, 2019. Imagem de cão obeso, com projeção ventro-dorsal (VD) com evidente acúmulo de gordura subcutânea (radiopacidade curvilínea bilateral). Costelas (13 pares) Tecidos moles (gordura e músculo subcutâneo) 13º 11º 9º 7º 5º 3º 1º 1.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL Fonte: Thrall, 2019. Imagem de cão com ECC normal, com projeção latero-lateral direita, podendo visualizar: Junção costocondral Costelas Esterno (8 segmentos) Tecidos moles (gordura e músculo subcutâneo) A inserção das junções costocondrais podem variar conforme a raça, podendo aumentar a área de músculos intercostais e opacidade de tecidos moles. Isso pode levar a um falso diagnóstico de pneumotórax ou efusão pleural. Por isso, é necessário uma análise cuidadosa para evitar interpretações equivocadas. Conhecer o histórico do animal auxilia na análise e interpretação dos exames de imagem. 1º 2º 3º 8º 4º 5º 6º 7º 4 1.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL Fonte: Thrall, 2019. Radiografia de um Dachshund, com posicionamento ventro-dorsal (VD). Note o aumento da área de opacidade de tecidos moles (músculo intercostal) na superfície pleural (delimitado pelas setas brancas). Esse aumento da opacidade de tecidos moles ocorre devido as características anatômicas das junções costocondrais típicas da raça e pode ser interpretado erroneamente como espessamento da parede torácica ou efusão pleural. Tecidos moles (gordura e músculo subcutâneo) 5 1.2. ALTERAÇÕES CONGÊNITAS Anomalias da parede torácica e do esterno são comuns, podem ser unilaterais ou bilaterais, e geralmente são compatíveis com a vida. Anomalias congênitas unilaterais podem causar assimetrias. Fonte: Thrall, 2019. Radiografia de cão em posição ventro-dorsal (VD), nota-se que a 13º vertebra toracica direita está hipoplásica (setas pretas), caracterizando uma lombarização de T13. 13º 11º 9º Tecidos moles (gordura e músculo subcutâneo) Deformidades de parede torácica geralmente são achados incidentais, a intervenção cirúrgica é recomendado apenas quando há risco iminente de óbito. 6 1.2. ALTERAÇÕES CONGÊNITAS Fonte: Thrall, 2019. Radiografia toracica de um felino jovem, em posição VD. É possivel notar assimetria entre a parede toracica direita e esquerda, costelas do segmento caudolaterais direita com aspecto comprimido e deslocamento cranial do pilar diafragmático. Tecidos moles (gordura e músculo subcutâneo) Pilar diafragmático deslocado cranialmente 12º costela em sentido caudal e de aspecto comprimido Costela contralateral com aspecto normal 13º 11º 9º 7º 5º 3º 1º 7 1.2. ALTERAÇÕES CONGÊNITAS Deformidades congênitas do esterno, como o pectus excavatum, ou “tórax em funil”, pode afetar o funcionamento outros órgão da cavidade torácica, causando deslocamento dorsal do coração e traqueia. Fonte: Thrall, 2019. Radiografia latero-lateral esquerda de um felino adulto com deformidade congênita do tórax (pectus excavatum), com deslocamento dorsal do esterno, comprimindo outras estruturas presentes na cavidade torácica. Pectus carinatum é o aumento excessivo das cartilagens costais, causando deslocamento ventral do esterno, ficando semelhante a um “peito de pombo”. 1º 3º 5º 7º 9º 11º 13º Esterno com deslocamento dorsal 1º costela 13º costela 8 Mineralização da cartilagem costocondral 1.2. ALTERAÇÕES CONGÊNITAS Fonte: Thrall, 2019. Radiografia latero-lateral direita de um canino da raça Schnauzer miniatura de meia idade com pectus carinatum, observe o crescimento excessivo das cartilagens costais e deformação da cavidade torácica, expandindo o tórax ventralmente. Além disso, é possivel visualizar a angulação caudodorsal incidental do processo xifoide (seta preta) e processos degenerativos na junção costocondral. 9 1.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS Traumas torácicos podem induzir a fraturas de costelas, rupturas de estruturas internas, edemas e enfisema subcutâneo. Além disso, pode ocorrer a perda da pressão negativa interna do tórax, o que pode comprometer o pulmão de forma unilateral ou bilateral. Fonte: Thrall, 2019. Radiografia torácica de um gato com posicionamento ventro-dorsal (VD), note a radiotransparência na região subcutânea (setas brancas), caracterizando enfisema subcutâneo, possivelmente de origem traumática. TRAUMÁTICAS 10 Projétil 1.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS Fonte: Thrall, 2019. Radiografia torácica de um gato com posicionamento latero-lateral com enfisema cutâneo grave. A causada suspeita é uma perfuração de traqueia por um manguito de tubo endotraqueal superinflado. Radiografia torácica de um cão atingido com um projétil em posicionamento latero-lateral. Pneumotórax (área destacada em branco). Fonte: Thrall, 2019. Lobo pulmonar 5º estérnebra fraturada TRAUMÁTICAS 11 osteólise 1.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS As neoplasias de paredes torácicas em pequenos animais são relativamente raras mas, quando ocorrem, podem incluir tumores primários ou metastáticos. Fonte: Thrall, 2019. Radiografia torácica de um cão em posicionamento ventro-dorsal (VD) com neoplasia primária na 4ª costela, deslocamento do coração e traqueia. NEOPLÁSICAS coração deslocado à direita tr a q u e ia formação neoplásica intratorácica 12 1.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS Os tumores de tecidos moles na parede torácica podem afetar músculos, tecido conjuntivo, gordura ou vasos sanguíneos. Em cães e gatos, os mais comuns incluem mastocitomas, hemangiossarcomas, fibrossarcomas e lipomas. Fonte: Thrall, 2019. Radiografia torácica de um cão em posicionamento ventro-dorsal (VD) com uma grande proliferação de tecidos moles na lateral esquerda do tórax, compatível com lipoma. NEOPLÁSICAS 13 1.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS Outros métodos de diagnóstico por imagem para neoplasias incluem a ultrassonografia, que avalia textura, vascularização e possivel origem da formação através da mobilidade respiratória, além de detectar erosões ósseas e permitir procedimentos guiados como biópsia e toracocentese. Fonte: Thrall, 2019. Imagem ultrassonográfica de um cão com massa na parede torácica esquerda. A punção aspirativa revelou líquido marrom, com citologia compatível com lipoma e cisto contendo hemossiderófagos, hematoidina e tecido de granulação. Septos ecogênicos com projeções polipoides aderidas à parede cística (setas brancas). NEOPLÁSICAS cisto anecogênico (lipoma) 14 1.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS A tomografia computadorizada (TC) define margens tumorais, vascularização e infiltração em tecidos, detectando lesões não visíveis ao ultrassom, sendo essencial para o diagnóstico preciso e planejamento terapêutico. A TC contrastada auxilia na avaliação da delimitação da massa. Fonte: Thrall, 2019. TC de um cão. A 5ª costeladireita mostra lesão osteolítica com extensão extratorácica e discreto realce periférico pós-contraste, além de realce vascular. Histopatologia diagnosticou osteossarcoma costal. NEOPLÁSICAS pulmão coração massa neoplásic a lesão aorta 15 2.ESÔFAGO 16 Fonte Tharall, 2019. Radiografia com bário do esôfago caudal normal de um cão. Imagem esofagograma constratado. Com isso consegue fazer a diferenciação de densidades dos tecidos e evidenciar estruturas não observadas. O animal deve estar há 8 horas de jejum. Parte preta e o ar, cinza gordura, cinzinha tecido mole, cinza claro cálcio e o branco é metal. 17 2.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL O corpo estranho e mais comuns em cães do que gatos. Para a avaliação radiográficas tem que incluir a região da língua até o diafragma, São mais encontrados na entrada do tórax, base do coração ou imediatamente cranial ao diafragma. Corpos estranhos como anzóis, objetos afiados que acabam ficando alojados da faringe, corpos estranhos rádiopacos como osso, ou também o metal são facilmente reconhecidos. Fonte Tharall, 2019. Corpo estanho em metal encontrado no esôfago de um cão (seta preta). 18 2.2. CORPO ESTRANHO Fonte Thrall, 2019. Radiografia lateral direita de um cão com um corpo estranho, um osso, alojado na região caudal do esôfago (seta preta). Podendo ser visível uma efusão pleural e pneumotóra. 19 2.2. CORPO ESTRANHO O megaesôfago e adquirido é uma forma frequente de regurgitação em cães. Nas imagens radiográficas podem ser visível imagens simples e constratadas, podendo ser por endoscopia, tomografia ou também por ressonância Na imagem relatado e um cão de nove anos com histórico de regurgitação durante meses e vários exames radiográficos com o histórico de megaesôfago. Fonte Thrall, 2019 20 2.3. MEGAESÔFAGO 3. TRAQUÉIA 21 Radiografia latero lateral. Porção normal da traquéia (seta preta). Fonte Tharall,2019. 22 3.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL Fonte Tharall, 2019. Radiografia latero lateral. Colapso traqueal presente em toda porção da traqueia torácica (setas pretas). 3.2 COLAPSO TRAQUEAL São mais acometidos cães idosos de pequeno porte. Podendo presentear tosse crônica e também sintomas mais graves como sinais de obstruções das vias aéreas superiores. Pode ocorrer em qualquer região médio-cervical e pode envolver toda a traqueia torácica. 23 3.3 HIPOPLASIA TRAQUEAL Hipoplasia vai aparecer como redução generalizada do lúmen. Causado pela sobreposição das cartilagens traqueais e a ausência da membrana traqueal. Acomete a síndrome do braquicefálico, podendo ser um achado incidental. Fonte Tharall, 2019. Radiografia latero lateral. Cão apresenta crises convulsivas e tosse. Vemos estreitamento generalizado da traqueia, desde a entrada do tórax, sendo compatível para hipoplasia traqueal (seta preta). 24 3.4 CORPO ESTRANHO O corpo estranho vai ser descrita como algum tipo de aspiração orotraqueal, como exemplo, ração, osso, pedra Algum tipo de brinquedo ou até mesmo material vegetal. Ficando mais frequente e alojados na carina precisando de uma atenção maior. Radiografia latero lateral. Cão com presença de tosse após ingerir uma pedra (seta preta). Estrutura granular bem definida esta na porção caudal da traqueia. Fonte Tharall, 2019. 25 Radiografia lateral de um cão com tosse aguda e distração respiratória. Curva interface de radiopacidade tecido mole-ar carina (setas brancas). Foi retirado uma ervilha da traqueia por via endoscopia. Fonte Tharall, 2019. 26 3.4 CORPO ESTRANHO 4. DIAFRAGMA 27 Radiografia latero lateral esquerda, da região diafragmática de um cão normal. Pilar diafragmático direito Pilar diafragmático esquerdo Veia cava caudal Coração Cúpula Fonte Tharall,2019. 28 4.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL Geralmente envolve a porção muscular do diafragma, causada por sua ruptura. Isso ocorre, na maioria das vezes, por traumas como atropelamentos, quedas ou pancadas fortes. Os órgãos mais comumente herniados são o fígado e o intestino delgado. Fonte Tharall, 2019. Radiografia projeção ventrodrosal do tórax de um gato. Gás mal definido presente no tórax parte caudal esquerdo (setas pretas). Confirmação de hérnia diafragmatica traumática em lado esquerdo. 29 4.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA Tem a ocorrência quando a víscera abdominal sofre herniação para o saco pericárdico através de um hiato congênito formado entre a porção tendinoso do diafragma e o saco pericárdico. Essa hérnia esta presente desde o nascimento por uma má formação embriológica do septo transverso e do pericárdio, na radiografia vai mostrar as alas intestinais ou também o fígado na região cardíaca. Fonte Tharall, 2019. Radiografia latero lateral direita. Visivel o saco pericárdico incluindo gás, tecido mole e gordura Estrutura preenchida de gás notórias bem visualizadas na projeção lateral direita (seta preta). Projeção lateral do fígado ( setas brancas). Radiografia lateral direita. Visível o bário no estômago em sua porção normal (seta preta). Intestino delgado (pontas de setas pretas), que esta herniado no saco pericárdico. Fonte Tharall, 2019. 30 4.2. ALTERAÇÕES CONGÊNITAS HÉRNIA PERITÔNIO-PERICÁRDIA 5. PULMÃO 31 Radiografia latero lateral. Lobos craniais (Cr). Lobo medial (M). Lobo acessório (A). Lobo caudocranial (Cd). Radiografia ventro dorsal. Lobo cranial direito (LCd). Lobo médio direito (LMd). Lobo caudal direito (LCad). Lobo acessório (LA). Lobo cranial esquerdo (LCRe). Lobo caudal esquerdo (LCe) Fonte: VetAnatomy Fonte: VetAnatomy 32 5.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL Radiografia Latero lateral. Númerosos broncogramas aéreos visíveis no lobo cranial e caudal, indicando um pulmão com padrão alveolar (setas pretas). Ocorre quando o ar nos alvéolos é substituído por líquido ou por células, aumentando assim a opacidade radiográfica do pulmão. Os materiais que comumente se acumulam nos alvéolos, são exsudatos, hemorragias e fluidos de edema. Características radiográficas: broncograma aéreo, sinal lobar ou área de radiopacidade. Causas: edema pulmonar, hemorragia, pneumonia ou consolidação. Fonte: VetsandClinic. 33 5.2. PADRÕES PULMONARES PADRÃO ALVEOLAR https://vetsandclinics.com/pt/edema-pulmonar-em-caes-causas-e-abordagem-farmacologica Radiografia ventro dorsal. Existem numerosas sombras em anel (donuts) indicando um padrão bronquial (setas pretas). Aparece como consequência do espessamento da parede de um brônquio, devido à infiltração de células ou fluidos no espaço perimetral de um brônquio. Radiograficamente: brônquio aparece como uma estrutura arredondada caracterizada por densidade de tecido mole com ar no centro (semelhante a um donuts) ou como 2 linhas radiopacas paralelas. Causas: Bronquites, tanto infecciosa como alérgica. Fonte: Setor de Diagnóstico por Imagem - Unimar. 34 5.2. PADRÕES PULMONARES PADRÃO BRONQUIAL Fonte: Relato de Caso - Achados radiográficos de metástase pulmonar de osteossarcoma em fêmur de cão jovem. Se refere à presença de nódulos ou massas pulmonares, de origem inflamatória ou neoplásica, solitários ou múltiplos, sólidos ou cavitários. Radiograficamente: formação pulmonar sólida é uma área circular ou ovalada de radiopacidade de tecidos moles nos campos pulmonares. Temos: Estruturas circunscritas: Miliar (0,3-0,5cm) Nódulos (0,5cm-3,0cm) e Massas (a cima de 3cm). Radiografia latero lateral. Cão com metástase pulmonar. Vemos estruturas circunscritas, tanto miliar como nodular, indicando um padrão intersticial estruturado em todo o pulmão (seta preta). 35 5.2. PADRÕES PULMONARES PADRÃO INTERSTICIAL ESTRUTURADO Fonte: Costa, 2001. Radiografia latero lateral. Vemos um padrão “rendilhado”, em todo o pulmão, indicando um padrão intersticial não estruturado. Criada pelo excesso de fluido, crescimentoou infiltração celular na estrutura intersticial. O fluído ou tecido anormal não é organizado em uma lesão solitária ou em múltiplas lesões discretas, mas envolve o interstício de maneira relativamente uniforme. Característica radiográfica: reconhecer o aumento na opacidade de fundo do pulmão em relação ao normal. 36 5.2. PADRÕES PULMONARES PADRÃO INTERSTICIAL NÃO ESTRUTURADO Fonte: Kealy. Radiografia ventrodorsal. Vemos uma hipervascularização (setas brancas). O padrão vascular não é um "padrão pulmonar" propriamente dito, pois não reflete patologia pulmonar, mas sim cardiovascular. É causado por uma alteração no tamanho, forma ou número de vasos pulmonares. Ocorre mudanças no tamanho, forma ou contorno dos vasos. Temos a hipervascularização e hipovascularização. Radiografia latero lateral. Vemos uma hipovascularização na aorta (seta branca). 37 5.2. PADRÕES PULMONARES PADRÃO VASCULAR 6. SILHUETA CARDÍACA 38 Fonte: VetAnatomy Fonte: VetAnatomy V. C. Cranial A. Descendente VD AD V. C. Caudal VE AE VD VE Arco da Aorta AE AD T.A.P Aurícula E. V.C. Caudal SUMÁRIO AD: Átrio Direito VD: Ventrículo Direito VE: Ventrículo Esquerdo AE: Átrio Esquerdo V.C.Caudal: Veia Cava Caudal A. Descendente: Aorta Descendent V.C.Cranial: Veia Cava Cranial T.A.P: Tronco Da Artéria Pulmonar Aurícula E: Aurícula Esquerda A radiografia permite apenas a visualização da silhueta cardíaca, os limites exatos de cada parte do coração não é visível neste exame. Porém é de extrema importância para a avaliação da silhueta. 39 6.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA NORMAL VD LL VHS (Vertebral Heart Size) Método de mensuração da silhueta cardíaca, a partir de radiografias torácicas. A partir da mensuração de eixos cardíacos, os mesmos são comparados ao número de vertebras torácicas, e o valor obtido é somado, estabelecendo o VHS. O valor varia entre 8,5 a 10,5 em cães e em felinos 7,2 a 7,8 considerado normais. Fonte: Scielo. 40 6.1. APARÊNCIA RADIOGRÁFICA DIMENSÃO DA SILHUETA Fonte: Thrall Esse aumento é visto como incomum em cães e gatos, mas quando visivel, se apresenta da seguinte forma na radiografia: É possível visualizar um abaulamento craniodorsal na silhueta cardíaca, indicando a área atrial direita aumentada, na radiografia Lateral esquerda é possível observar um pequeno deslocamento dorsal da traqueia em consequência desse aumento. Fonte: Thrall 41 6.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS AUMENTO DO ÁTRIO DIREITO VD LL Fonte: Setor de Radiologia-Unimar Fonte: Setor de Radiologia-Unimar Aumento mais frequente , na projeção lateral é possível visualizar que o átrio dilatado cria um aspecto concavo na margem dorsal da silhueta e elevação da traqueia terminal. Região Atrial esquerda visivelmente dilatada. 42 42 6.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS AUMENTO DO ÁTRIO ESQUERDO VD LL Fonte: Uniradio. A silhueta cardíaca se apresenta na vertical devido esse aumento, em consequência da verticalização temos a elevação traqueal e o aumento visível da área ventricular esquerda. 43 AUMENTO DO VENTRÍCULO ESQUERDO 6.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS LL Fonte: Thrall Nessa alteração é possível identificar o aumento do contato da silhueta cardíaca com o esterno. A silhueta se apresenta também com aspecto de “D” invertido. Fonte: Thrall 44 AUMENTO DO VENTRÍCULO DIREITO 6.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS VD LL Fonte: Thrall A redução no tamanho do coração pode ocorrer devido a uma hipovolemia/ desidratação. Radiograficamente a silhueta cardíaca é visivelmente reduzida ao ser comparada com a radiografia de uma silhueta sem alteração. Fonte: Thrall 45 MICROCARDIA 6.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS VD LL Fonte: Thrall Alteração adquirida, que altera o tamanho da silhueta cardíaca, onde aponta-se o acumulo de liquido no saco pericárdico. Na radiografia se apresenta arredondada e visivelmente aumentada, quase preenchendo a cavidade toda. Fonte: Thrall 46 EFUSÃO PERICÁRDICA 6.2. ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS VD LL 7. DEMAIS ALTERAÇÕES 47 7. DEMAIS ALTERAÇÕES O timo é uma estrutura linfoide localizada no mediastino cranial, proeminente em filhotes e normalmente involuída em adultos. Em cães e gatos, sua avaliação por imagem é relevante quando há suspeita de timoma. Fonte: Thrall, 2019. Radiografia ventro-dorsal (VD) torácica de um cão jovem mostra o timo não involuído como uma opacidade em "forma de vela" no mediastino cranioventral, à esquerda da base cardíaca (setas pretas) TIMO 48 7. DEMAIS ALTERAÇÕES O timoma é um tumor primário do timo que ocorre principalmente em animais de meia-idade a idosos. É considerado uma neoplasia benigna, porém o seu aumento de volume pode comprimir estruturas torácicas, causando alterações secundárias. Fonte: Thrall, 2019. Radiografia latero-lateral torácica de um cão jovem mostra o timo não involuído como uma opacidade em "forma de vela" no mediastino cranioventral, à esquerda da base cardíaca (setas pretas) TIMOMA timoma coraçãolobo cranial 49 7. DEMAIS ALTERAÇÕES Fonte: Thrall, 2019. Imagem de TC contrastada de um cão em plano transversal (C) e dorsal (D). A formação é claramente visível no aspecto ventral do mediastino cranial (setas brancas). TIMOMA timoma coração timoma pulmão 50 7. DEMAIS ALTERAÇÕES Linfonodos torácicos aumentam em casos de neoplasias (linfomas), infecções ou inflamações. Seu aumento pode causar compressão traqueal. Fonte: Thrall, 2019. LINFONODOS TORÁCICOS Radiografia latero-lateral do tórax de um cão com aumento do linfonodo esternal (setas). 51 7. DEMAIS ALTERAÇÕES Fonte: Thrall, 2019. LINFONODOS TORÁCICOS carina Radiografia ventro-dorsal (VD) do tórax de um cão evidencia aumento pronunciado dos linfonodos traqueobrônquicos, com distanciamento dos brônquios principais (setas pretas) devido à massa linfonodal interposta. linfonodo 52 REFERÊNCIAS COSTA, F. S.; TOSTES, R. A.; FARIAS, M. R.; SAMPAIO, R. L.; PEREZ, J. A. Metástase cutânea de osteossarcoma em um cão – relato de caso. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, São Paulo, v. 38, n. 5, p. 240-242, 2001. Disponível em: https://www.academia.edu/104475561/Met%C3%A1stase_cut%C3% A2nea_de_osteossarcoma_em_um_c%C3%A3o_relato_de_caso. Acesso em: 17 maio 2025. IMAIOS SAS. vet-Anatomy: atlas de anatomia veterinária por imagem. Disponível em: https://www.imaios.com/br/vet-anatomy. Acesso em: 17 maio 2025. KEALY, J. K.; McALLISTER, H.; GRAHAM, J. P. Diagnostic Radiology and Ultrasonography of the Dog and Cat. 6. ed. St. Louis: Elsevier, 2020. THRALL, Donald. 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Acesso em: 17 maio 2025. 53 https://www.academia.edu/104475561/Met%C3%A1stase_cut%C3%A2nea_de_osteossarcoma_em_um_c%C3%A3o_relato_de_caso https://www.academia.edu/104475561/Met%C3%A1stase_cut%C3%A2nea_de_osteossarcoma_em_um_c%C3%A3o_relato_de_caso https://www.imaios.com/br/vet-anatomy https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595150515/ https://vetsandclinics.com/pt/relevancia-da-radiografia-ao-torax-no-cao-com-dispneia https://vetsandclinics.com/pt/relevancia-da-radiografia-ao-torax-no-cao-com-dispneia https://doity.com.br/anais/xi-cscm/trabalho/282731 Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto,não é um feito, mas um hábito. - Aristóteles Eduarda Faustino Izabele Giovoglanian Jade Gabriela Maria Clara Soares DESENVOLVEDORAS