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RISCOS E DOENÇAS
Prof. MS. Camila Pawelski
Estado de saúde das 
populações
✓ A epidemiologia é frequentemente utilizada para
descrever o estado de saúde de grupos populacionais.
✓ O conhecimento da carga de doenças que subsiste na
população é essencial para as autoridades em saúde. 
➢ Estudo da distribuição e dos determinantes de
eventos relacionados à saúde em populações específicas
e sua aplicação para o controle de problemas de saúde.
Estado de saúde da população
DISTRIBUIÇÃO
✓ Frequência
✓ Quantificação por meio de medidas
✓ Padrão
✓ Tempo Quando?
✓ Lugar Onde?
✓ Pessoa Quem?
Medir saúde e doença
✓ Medir saúde e doença é fundamental
para a prática da epidemiologia.
✓ Diversas medidas são utilizadas para
caracterizar a saúde das populações.
COMO MEDIR SAÚDE?
➢ O estado de saúde da população não é
totalmente medido em muitas partes do
mundo, e essa falta de informações
constitui um grande desafio para os
epidemiologistas.
Medidas de saúde
➢ Existe dificuldade de medir saúde
➢ Para avaliar o nível de saúde de uma
população buscam-se os dados negativos
(não-saúde):
➢ MORTE, DOENÇA E AGRAVOS.
Medindo a falta de saúde
✓ “Saúde é um estado de completo bem-
estar físico, mental e social e não
apenas a mera ausência de doença”.
✓ O termo “doença” compreende todas as
mudanças desfavoráveis em saúde,
incluindo acidentes e doenças mentais.
Várias medidas da ocorrência de
doenças são baseadas nos conceitos
fundamentais de incidência e
prevalência.
Medindo a falta de saúde
✓ Um importante fator a considerar no cálculo das
medidas de ocorrência de doenças é o total de pessoas
expostas, ou seja, indivíduos que podem vir a ter a
doença.
✓ Geralmente esse número deveria incluir somente
pessoas que são potencialmente suscetíveis de
adquirir a doença em estudo.
População de risco no estudo
de carcinoma de colo uterino
➢ A lógica da base da moderna
Epidemiologia: Estrutura-se em
torno do conceito fundamental
=> RISCO e conceito correlato:
➢ Fator de Risco
População de risco
➢ As pessoas susceptíveis a determinadas doenças
➢ Podem ser estudadas usando factores demográficos,
geográficos e ambientais.
➢ Por exemplo, acidentes de trabalho só ocorrem entre
pessoas que estão trabalhando. Assim, a população em
risco é constituída somente por trabalhadores.
Risco
Senso comum: Perigo potencial
Epidemiologia:
✓ Positivo ou negativo. Ex. chance de cura
✓ Correspondente epidemiológico do conceito
matemático de PROBABILIDADE
“RISCO é a probabilidade de ocorrência
de uma doença, agravo, óbito ou
condição relacionada a saúde incluindo a
cura em uma população ou grupo por
período de tempo”.
Risco
• Estima-se por uma proporção
Razão entre duas grandezas: O numerador tem que
estar contido no denominador.
P
DP={1,2,3,4,5,6,7,8...,n}
D={2,3,5}
Risco=D/P |tempo|
Elementos que compõem a definição
epidemiológica de risco
•Ocorrência de casos: Óbitos,
doenças, saúde – numerador
• Base de referência populacional –
Denominador
• Base de referência temporal -
Período
✓ População:
✓ Conjunto de indivíduos que têm uma (ou mais)
característica (s) em comum.
✓ Conjunto ou série homogênea de elementos
formados por membros de uma mesma classe
✓ População em risco: Setor da população que
é considerada susceptível (biológicamente em risco)
de adquirir uma doença.
• Fator de Risco: atributo de um grupo que
apresenta > Incidência de uma doença p.e. em
comparação a outros grupos com ausência da
doença ou menos exposição à característica.
• Fator de proteção: Atributo de um grupo
comao longo 
do tempo para observar 
desfecho.
Estima incidência; 
avalia fatores de risco; 
permite inferir 
causalidade.
Caro; longo tempo; 
perdas de seguimento; 
ineficiente para 
doenças raras.
Caso-Controle
Compara casos (com 
desfecho) e controles 
(sem desfecho) quanto 
à exposição.
Eficiente para doenças 
raras ou longos períodos 
de latência; rápido; 
barato.
Vieses de memória e 
seleção; não estima 
incidência; causalidade 
limitada.
Série de Casos
Descrição detalhada de 
casos de uma doença ou 
condição específica.
Útil para novos eventos 
ou doenças 
emergentes; gera 
hipóteses.
Não há grupo 
comparativo; não 
determina causalidade; 
limitado em 
generalizar.
Ensaio Clínico 
Randomizado (ECR)
Participantes são 
aleatoriamente 
alocados em grupos 
para testar intervenção.
Padrão ouro para 
eficácia; controle 
rigoroso de variáveis; 
infere causalidade.
Caro; questões éticas; 
tempo longo; difícil 
aplicação em larga 
escala.
INDICADORES 
EPIDEMIOLÓGICOS
Medidas de Freqüência de 
doenças
• Medidas da ocorrência de doenças
Taxas: Incidência, Prevalência,
Mortalidade, Letalidade,
• Medidas de associação
Risco Relativo
Odds-ratio
Risco Atribuível
 1. Taxa
 Definição:
 Uma taxa mede a velocidade de ocorrência de um evento em 
uma população durante um determinado período de tempo. 
Ela expressa risco ou probabilidade de um evento acontecer.
 2. Coeficiente
 Definição:
 O coeficiente é uma medida proporcional, usada para 
descrever a frequência de um evento em relação ao total da 
população (com ou sem recorte temporal). Pode representar 
tanto casos novos quanto casos totais.
 3. Densidade (ou Densidade de Incidência)
 Definição:
 A densidade de incidência considera o tempo real de 
exposição de cada indivíduo ao risco, somando todos os 
tempos de observação (pessoa-tempo). Muito usada em 
estudos de coorte.
Conceito Usa tempo?
Tipo de 
população
Quando usar
Taxa Sim
Exposta ao 
risco
Medir risco 
ao longo do 
tempo
Coeficiente Não sempre
População 
geral (ou 
alvo)
Comparar 
proporções 
(mortalidade
, natalidade)
Densidade Sim
Pessoa-
tempo 
acumulado
Estudos com 
tempo 
variável de 
exposição
 1. Coeficiente de Mortalidade Geral
• Conceito: Mede o número total de óbitos em uma população 
durante um período específico.
• Aplicação: Avalia o impacto global da mortalidade e permite 
comparações entre populações ou períodos.
• Fórmula:
• Utilização: Identifica o nível geral de saúde da população e 
embasa políticas de saúde.
 2. Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)
• Conceito: Expressa o número de óbitos de crianças menores 
de 1 ano por mil nascidos vivos.
• Aplicação: Indicador sensível das condições sociais, 
econômicas e de saúde materno-infantil.
• Fórmula:
• Utilização: Monitorar a qualidade da atenção à saúde infantil 
e o desenvolvimento social.
 Coeficiente de Mortalidade Neonatal
• Conceito: Mede os óbitos de crianças até 28 dias de vida 
por mil nascidos vivos.
• Aplicação: Avalia a assistência pré-natal, o parto e o 
cuidado neonatal.
• Fórmula:
• Utilização: Direcionar políticas de saúde materno-infantil 
e reduzir mortes precoces.
 4. Taxa de Incidência
• Conceito: Quantifica os 
novos casos de uma 
doença em um período, 
em uma população sob 
risco.
• Aplicação: Mede o risco de 
adoecer e avalia a eficácia 
de programas de 
prevenção.
• Fórmula:
• Utilização: Planejamento 
de ações preventivas e 
vigilância de doenças 
emergentes.
 5. Taxa de Prevalência
• Conceito: Representa o 
total de casos (novos e 
antigos) existentes em um 
determinado momento.
• Aplicação: Indica a 
magnitude de uma doença 
ou agravo em uma 
população.
• Fórmula:
• Utilização: Fundamental 
no planejamento de 
serviços e recursos de 
saúde, principalmente em 
doenças crônicas.
 6. Letalidade
• Conceito: Mede a gravidade de uma doença, expressando a 
proporção de casos que evoluem para óbito.
• Aplicação: Avalia a severidade de doenças e a eficiência dos 
serviços de saúde no tratamento.
• Fórmula:
• Utilização: Priorizar ações de controle para doenças de alta 
gravidade.
 7. Densidade de Incidência 
(Pessoa-Tempo)
• Conceito: Calcula a taxa 
de novos casos em relação 
ao tempo de exposição da 
população em risco.
• Aplicação: Útil em estudos 
com diferentes tempos de 
acompanhamento entre 
indivíduos.
• Fórmula:
• Utilização: Precisão na 
análise de estudos 
longitudinais, 
especialmente em coortes.
 8. Razão de Mortalidade Materna
• Conceito: Mede o número de óbitos maternos por 100.000 
nascidos vivos.
• Aplicação: Avalia a qualidade da atenção obstétrica e o 
acesso aos serviços de saúde para gestantes.
• Fórmula: 
• Utilização: Identificação de falhas na assistência à saúde 
da mulher e planejamento de intervenções.
Probabilidade
Quantas 
vezes a mais
Causalidade
• Explicações para as causas das doenças variam
conforme cultura e momento histórico:
✓Antiguidade: concepção religiosa e desequilíbrio entre
elementos
✓ Idade média: teoria dos miasmas
✓ Final séc. XVIII: causação social
✓ Metade do séc. XIX: bacteriologia
Modelo contemporâneo
➢Conceito de Multicausalidade das doenças
➢Modelos ecológicos
➢Idéia de fatores de risco
✓ “A causa de uma doença específica é o evento,
condição ou característica que precede o evento doença e
sem o qual a doença não teria ocorrido ou teria ocorrido
mais tardiamente.” (Rothman & Greenland, 1998)
✓ CAUSA NECESSÁRIA
A doença somente se desenvolve na presença da
causa
✓ CAUSA SUFICIENTE
Conjunto de condições ou eventos mínimos que
inevitavelmente produzem ou iniciam uma
doença
REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria Zélia. Introdução à
epidemiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2002.
CAMPOS, G. W. de S.; MINAYO, M. C. de S.; AKERMAN, M. (Org.) et all.
Tratado de saúde coletiva. São Paulo: HUCITEC, 2007.
GORDIS, L. Epidemiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2023.
MELO, A. C.; ALVES, M. G. M.; LIMA-COSTA, M. F. Métodos
Epidemiológicos: conceitos, aplicações e desafios na saúde
pública. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 25,
supl. 1, p. e230002, 2022. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbepid/a/VH8K3ZVn6mZL4c8yXbbj9Kn/.
Acesso em: 1 jul. 2025.
https://www.scielo.br/j/rbepid/a/VH8K3ZVn6mZL4c8yXbbj9Kn/
 GORDIS, L. Epidemiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2023.
 MELO, A. C.; ALVES, M. G. M.; LIMA-COSTA, M. F. 
Métodos Epidemiológicos: conceitos, aplicações e 
desafios na saúde pública. Revista Brasileira de 
Epidemiologia, São Paulo, v. 25, supl. 1, p. e230002, 
2022. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/rbepid/a/VH8K3ZVn6mZL4c8y
Xbbj9Kn/. Acesso em: 1 jul. 2025.
 ROTHMAN, K. J.; GREENLAND, S.; LASH, T. L. Modern
Epidemiology. 4. ed. Philadelphia: Wolters Kluwer, 
2021.

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