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Teoria geral do processo
3º SEMESTRE
O estudo da teoria geral do processo
A teoria geral do processo tem como principal objetivo, o estudo da lei processual, do ponto de vista da sua natureza, as relações do direito processual com as demais matérias jurídicas, os conceitos fundamentais da teoria do processo, as fontes do direito processual e suas raízes históricas, a interpretação da norma processual e os processos de suprimentos de lacunas.
O PROCESSO CIVIL E SUAS SUBDIVISÕES
1 – PROCESSO CIVIL COMUM: aplicável no âmbito da jurisdição civil, que tem sentido residual, por abranger todas as lides não penais para cujo deslinde não haja processo especial, achando-se as respectivas normas contidas no Código de Processo Civil, e na sua legislação complementar.
2 – PROCESSO CIVIL DO TRABALHO: aplicável no âmbito da jurisdição do trabalho ou para a composição das lides originárias da relação de trabalho, quer sejam as que estão sujeitas à legislação própria (contida na CLT), quer sejam as que se acham disciplinadas pela legislação civil (dano moral por exemplo), salientando-se que, o processo civil comum tem aplicação supletiva e subsidiária nessa jurisdição (art. 769 da CLT)
O processo penal e suas subdivisões
1 – PROCESSO PENAL COMUM: aplicável no âmbito da jurisdição penal da mesma natureza, cujas normas contêm-se no Código de Processo Penal e sua legislação complementar.
2 – PROCESSO PENAL MILITAR: aplicável no âmbito da jurisdição penal militar (Justiça Militar), na conformidade do Código de Processo Penal Militar.
3 – PROCESSO PENAL ELEITORAL: aplicável no âmbito da jurisdição penal eleitoral, segundo o respectivo código.
Trilogia fundamental do processo
- jurisdição
- ação
- processo
jurisdição
Jurisdição é a função de julgar ou de emitir pronunciamentos judiciais exercidas pelos órgãos independentes e imparciais que a lei indica, com o escopo de estabelecer a certeza jurídica em torno das pretensões deduzidas no processo, por meio da ação própria.
A função jurisdicional revela-se ínsita no poder dos Juízes, na medida em que estes se investem nos respectivos cargos. A natureza da função é a mesma quaisquer que seja o cargo em que o juiz esteja investido e o grau de jurisdição respectivo.
O exercício da função jurisdicional se diversifica conforme o setor da Justiça a que pertença o Magistrado e dentro de um mesmo ramo, conforme a especialização da Vara de primeiro Grau, Câmara ou Turma do Tribunal, ou, o território jurisdicional (Comarca ou Seção Judiciária).
ação
Ação é o direito público subjetivo de demandar ao órgão estatal competente, o exercício da jurisdição, segundo o processo adequado.
Trata-se de modalidade especial do direito de petição, por meio do qual, se provoca o exercício da função jurisdicional. Uma função passiva, que somente se movimenta ou se exerce, quando provocada.
AÇÃO É O DIREITO À JURISDIÇÃO
processo
Processo é a sucessão estabelecida em lei de atos independentes e coordenados, tendo por objetivo uma sentença ou decisão proferida em regime de contraditório.
Por meio do processo, o direito de ação se exercita e a jurisdição se realiza. Não há processo, no plano judicial, sem uma ação que o faça surgir e sem um objetivo final a alcançar, que é a prolação de uma sentença, pelo juiz, no exercício da jurisdição.
No processo firma-se uma relação jurídica processual autônoma, em face da relação de direito material.
O processo deve atender a determinados requisitos que a lei prevê, que são os pressupostos processuais ou pressupostos de constituição e desenvolvimento válido do processo.
LIDE
Quando a ação provoca o exercício da jurisdição contenciosa, para solucionar uma pendência, entre duas ou mais pessoas, tem por objeto uma lide.
Lide ou litígio, é um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida ou insatisfeita.
Esse conflito de interesses verifica-se quando o titular da pretensão, ao tentar obter do outro sujeito da ação, a prestação devida, encontra resistência ou não logra êxito no seu objetivo. Tal ocorrendo, surge, para o titular da pretensão, o interesse de agir.
Defesa ou contestação
A ação tem como contraponto a exceção ou defesa.
A defesa é um meio pelo qual, a parte adversa (réu), contesta, ou, se opõe ao direito pretendido pelo autor, demonstrando suas razões através do contraditório, apresentando provas que possam modificar ou extinguir o direito postulado.
A contestação deve seguir as regras processuais em relação a sua apresentação (um deles, é o prazo para a sua apresentação).
revelia
Revelia significa presunção de veracidade quanto as alegações de fatos formulados pelo autor, ressalvadas as exceções previstas no art. 345 do Código de Processo Civil.
A revelia só se revela, com a intenção do réu, deliberadamente, deixar de responder aos termos da ação, dentro do prazo legal estabelecido em lei.
No processo civil, o prazo para contestação é de 15 dias úteis.
exceção
Exceção corresponde a qualquer forma de defesa. Em regra, as exceções são arguidas como preliminares da contestação ou da defesa prévia. Há contudo exceções para as quais, alguns códigos de processo, estabelecem procedimentos específicos.
- Exceções dilatórias – Exceções processuais de suspeição, incompetência e litispendência, além de outras arroladas no art. 337 do CPC. (direito formal).
- Exceções peremptórias – Exceções de coisa julgada, prescrição, transação e convenção de arbitragem. (direito material).
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