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A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Doenças Infecciosas - Assuntos da 2ª Avaliação Doenças infecciosas dos animais domésticos (Universidade Federal do Piauí) A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Doenças Infecciosas - Assuntos da 2ª Avaliação Doenças infecciosas dos animais domésticos (Universidade Federal do Piauí) Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-piaui/doencas-infecciosas-dos-animais-domesticos/doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao/4440710?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-federal-do-piaui/doencas-infecciosas-dos-animais-domesticos/3619765?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-piaui/doencas-infecciosas-dos-animais-domesticos/doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao/4440710?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-federal-do-piaui/doencas-infecciosas-dos-animais-domesticos/3619765?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao BRUCELOSE Doença infecto contagiosa de apresentação crônica, que acomete bovinos, ovinos, suínos, caprinos, cães, etc. PERDAS ECONÔMICAS: Direta: produção de bezerros com baixo peso, perda de bezerros, alto intervalo de partos, alta taxa de abortamentos e baixa produção de leite. Indireta: depreciação do rebanho, alimentação, mão-de-obra devido os tratadores estarem doentes. ETIOLOGIA: Brucella abortus bovinos, homem Brucella suis suínos, homem Brucella ovis caprinos Brucella melitensis ovinos Brucella canis cães SUSCEPTIBILIDADE: Todas as espécies domesticas são susceptíveis a brucelose, não havendo nessa ocorrência, interferência de clima, sexo, idade, estação do ano, etc. Ocorre tanto em animais jovens como em adultos. Se manifesta única e exclusivamente na idade adulta, principalmente quando na fase de reprodução. Na transmissão da doença não há vetores e nem transmissores especiais e o reservatórios são os próprios animais doentes. PONTOS DE INFECÇÃO: Água, alimentos (pasto feno, silagem, etc) ingeridos quando contaminados por restos placentários provenientes de abortamentos. Na espécie bovina a principal via de transmissão é a digestiva, em suínos e cães é a via venérea que mais comum nesses animais. A morbidade é bastante variável e uma vez não tradada, tende a aumentar; já a letalidade é baixa. A transmissão vertical é possível, a bezerra permanecerá por toda a vida como finte de infecção para o rebanho. Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao PATOGENIA: As bactérias (brucelas) ingressam no organismo animal geralmente através da via digestiva (bovinos), em alguns casos acontecendo por via venérea (caninos, suínos). Na mucosa da orofaringe ou no tubo entérico a bactéria se instala e dentro de um período de duas semanas ela começa a se multiplicar podendo ser encontrada em locais da colonização como linfonodos regionais. Entre duas a quatro semanas após a infecção, ocorre o processo de bacteremia em um curto período de 3 – 4 dias no máximo. A partir da sensibilização produzida no início da doença (duas primeiras semanas), o organismo produz IgM e após 4 – 6 semanas passará a produzir IgG. Em bovinos a espécie Brucella abortus causa lesões características como inflamação, necrose dos cotilédones, edema placentário e espessamento, produção de liquido viscoso, aderente e de coloração amarronzada, com a necrose dos placentomas ocorrerá o descolamento entre carúncula e cotilédone, interrompendo assim o período gestacional. Após o abortamento, que no caso brucélico ocorre na terço final da gestação, pode ocorrer retenção placentária e os cotilédones estarão ricos em Brucella, depois as brucelas tendem a ser eliminadas do útero, entretanto ficam ainda isoladas no mesmo desencadeando uma endometrite que irá intervir na fecundidade e fertilidade da vaca. Após alguns abortamentos a vaca poderá vir a parir. Porem isso não evidencia a hipótese de cura, os bezerros nasceram fracos e com baixo peso. Nos machos e nas fêmeas ocorrerá bursite. SINTOMATOLOGIA: Bovinos: abortamento dentro do rebanho, geralmente entre o 7º e o 9º mês de gestação; repetição de cio, nascimento de bezerros fracos, sem vitalidade, com baixo peso; retenção placentária (opaca, sem vida); aumento do intervalo entre partos (as vacas estão sendo cobertas, porém não engravidam); aumento da taxa de concepção; nos machos ocorrem bursites, orquites, hidroceles, necrose testicular. Suínos: abortamento sem um período determinado; repetição de cio; aumento do número de natimortos; neonatos enfermos, fracos, sem vitalidade, surgimento de defeitos congênitos. Ovinos: abortamentos; epididimites. Caprinos: abortamentos Cães: as fêmeas ficam por muitos cios inférteis e nos machos ocorre orquite e epididimite. Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 Equinos: abortamentos, bursite persistente (cruz de cernelha) característica de brucelose. DIAGNÓSTICO: Clínico: baseado nos sintomas da doença, não confiável Ring test (teste do anel): é um teste massal, realizado nas plataformas de recebimento de leite, isso é feito em industrias, com inspeção da vigilância sanitária. Card test (teste de cartão ou teste do antígeno acidificado): se baseia na pesquisa de IgG, é um teste rápido, bastante especifico, utilizado no brasil. Tipo de soroaglutinação onde as imunoglobulinas estão presentes no soro. Bacteriológico: baseia-se no cultivo e isolamento do agente. Se cultiva a partir do material do suco gástrico dos fetos abordados, do liquido da bursite, do sêmen, dos placentomas. PROGNÓSTICO: Bom: na medida que se faz o saneamento. Ruim: para o plantel, quando não ocorre o saneamento. TRTAMENTO: Não se recomenda o tratamento para brucelose, por que além do custo elevado, é incerto, não há garantia de eficácia, mesmo que tratada o animal vai continuar com anticorpos de brucela, a recomendação é para o abate do animal. CONTROLE & PROFILAXIA: Fazer o teste de soroaglutinação em todos os animais periodicamente (em vacas de leite em 6 – 6 meses e de corte em 12 – 12 meses); eliminar os animais positivos; adquirir animais testados e de pessoas confiáveis; fazer quarentena dos animais adquiridos e fazer o teste 3 meses depois; o teste pode ser feito de 6 – 6 meses para garantir; depois de um rebanho limpo, vacinar todos os bezerros entre 8 – 8 meses de idade; a vacina é do tipo viva que pode ter alguma cepa que desencadeie a doença; o macho não é vacinado, por que é dado a oportunidade para ele se mostrar positivo, a cada mês (3 – 6) pode ser feito o teste e daí o resultado é verdadeiro. O macho não adquire brucela quando monta em vacas vacinadas, com isso ele não se infecta mesmo não sendo vacinado.Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao MASTITE Processo infecto-contagioso inflamatório, agudo ou crônico das mamas. As mastites podem resultar de infecções ou não; sua importância e ocorrência são comuns e englobam as fêmeas de bovinos e em outras certas circunstâncias caprinos e ovinos. Etiologia: são causadas por bactérias do gênero Staphylococcus sp (S. aureus), Streptococcus (S. agalactiae, S. dysgalactiae, S. uberis), Escherichia coli, Enterobacter aerogenes, Citrobacter sp. (bactérias Gram negativas) e por enterobacetrias. Fatores pré-disponentes: 1- Baixa higiene: deve se ter o máximo de higiene das vacas, cuidar da higiene do ordenhador, além de manter a higiene do ambiente onde o animal costuma ficar. 2- Mal manejo: Patogenia: O agente presente no úbere que potencialmente patogênico, ao penetrar nas mamas, além de alterar o ambiente celular por ação de enzimas, também fermenta a lactose acidificando o ambiente mamário. Desta forma está instalada a mastite, ou seja, a inflamação com aumento da exsudação do liquido tissular e o pH altera-se de ácido para alcalino, ao mesmo tempo em que os neutrófilos e os linfócitos se dirigem foco da infecção. Se a mastite evolui da fase aguda à crônica (10 a 15 dias) deixa de ser uma mastite parenquimatosa difusa, para tornar-se uma mastite fibrosante (atrofia do parênquima mamário); sempre que ocorre o processo mastítico há uma natural substituição das células ácinosas por tecido fibroso. Esse tipo de mastite pode se transformar também em uma mastite focal e formar abcesso; em qualquer caso os linfonodos estarão edemaciados e aumentados de volume. As mastites por Staphylococcus sp. são graves, agudas e geralmente tendem a uma cronicidade. As mastites causadas por Streptococcus agalactiae tendem a cronicidade, endemacidade (tornam-se endêmicas) e são de alto contagiosidade. As mastites por Streptococcus dysgalactiae são geralmente agudas. As causadas por bactérias Gram negativas (enterobactérias) tendem, em 90% dos casos a auto cura, entretanto deixam lesões no úbere do animal. Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 Sintomas: - Queda na produção de leite - Ordenha dificultada - Teto inflamado. Nos casos subagudos o animal não apresenta sintoma clínico, ele é assintomático, ou há uma discreta inflamação dos tetos, discreto aumento e consistência da teta, macroscopicamente o leite pode se apresentar normal ou com discretos grumos ou filamentos de caseína. Nos casos crônicos ou subclínicos geralmente não apresentam sinais clínicos perceptíveis, são extremamente importantes no quesito de perdas econômicas e epidemiológico. Diagnóstico: Clínico: é inteiramente factível Outras formas de detectar a Mastite: 1- Teste da Caneca Telada: é um Método de Triagem. Consiste na verificação da presença ou não de grumos no leite. Pode e deve ser usado no momento da ordenha, não exigindo mão-de-obra especializada, não quebra a rotina da ordenha e o custo é zero, podendo ser usado diariamente 2- California Mastit Test (CMT): Consiste na reação entre detergente aniônico + corante reagindo em ácido nucléico das células somáticas do leite (normal: 500 a 560x103 céls/ml). OBS: se houver aumento das células somáticas haverá uma reação e o leite se torna mais consistente, tendendo a gelificação. Resultados: 1- Negativo: se leite homogêneo Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao 2- Suspeito: se (+/-) homogêneo, onde pequenos grumos são formados e são instáveis. 3- Positivo: se houver a formação de grumos e ainda apresentam uma curta instabilidade 4- Positivo ++: grandes grumos são formados, apresentam estabilidade e já há uma massa gelatinosa 5- Positivo +++: há a formação de uma massa gelatinosa catarral densa, muitas vezes aderente a bandeja. 3- Contagem Global de Células Somáticas (CGCS): Método que consiste na contagem direta de células contidas no leite. É raro, pois necessita de mão-de-obra qualificada e de um laboratório, logo não é um método que não pode ser feito diariamente. Prognóstico: Mastite aguda: bom, se tratadas precocemente, com antibióticos efetivos orientados por um antibiograma. Ruim, se o tratamento é tardio, feito 4-5 dias após os sinais, o teto fibrosante ou quando o tratamento é feito sem efetividade do antibiótico. Tratamento: Na grande maioria das vezes o tratamento é feito por via ascendente, de modo intramamário, primeiro aspecto, tratamento da inflamação e segundo aspecto, tratar a infecção, orientado pelo antibiograma, antibiótico intramamario, após a segunda ordenha, após esgotamento total do úbere, aplicar o medicamento, massagear sentido ascendente, para auxiliar o transporte do medicamento dentro do teto. Termoterapia (colocar 20 min. no teto), colocar pomada antiinflamatoria até ela ser absorvida, nunca deixar de ordenhar. Repetir CMT, não usar o leite 72 hrs a 96 hrs após o término do tratamento. Profilaxia: Evitar os fatores predisponentes. Evitar leite residual, manejo higiênico do ordenhador da vaca e do ambiente, fazer a ordenha respeitando os padrões biológicos da vaca. Deeping test: mergulhar a teta em uma solução desinfetante (álcool iodado) pós ordenha (post milking). Fazer um curral de saída após a ordenha, encimentado, após 20 a 30 min deixar o animal solto no curral. Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 LEPTOSPIROSE É uma zoonose, doença ou infecção naturalmente transmissível entre animais vertebrados e o homem, amplamente difundida e caracterizada como doença febril aguda, causada por microrganismo do gênero Lepstospira. Suas manifestações são muitos variadas podendo inclusive passar desapercebida, ou não diagnosticada com precisão através do exame clínico, baseado nos sinais e sintomas. Espiroquetas: Microrganismo helicoidal, móvel, aeróbico, sensível a luz solar e desinfetante comum, pH ótimo de 7,2 a 7,4, crescimento exigente. 6 espécies patogênicas: L.interrogans, L. borgpertersenii, L. weilli, L. noguchii, L. santorosai e L.kirchineri. 5 espécies saprófitas: L.biflexa, L. wolbachii, L.inadai, L.fainei e L.mayeri. Importância: prejuízos econômicos (problemas reprodutivos, morte de animais, condenação de vísceras, menor produção de carne e leite). Epidemiologia: densidade populacional, abundância de diferentes espécies animais, contato com regiões alagadas. Fatores condicionantes: contato com roedores (região urbana), condições climáticas (clima quente, muita umidade, pH>7), sazonalidade e atividade profissional. Reservatóros: Animais domésticos e silvestres: L. icterohaemorragiae – rato (cão, bovino e suino), L. canicola – cão (bovino, suino), L. Pomona: suíno, bovino (cão), L. hardjo – bovino (ovino), L. grippotyphosa – animais silvestres (bovino e suinos). Roedores (Rattus norvegicus, Rattus rattus, Mus musculus). Bov. – L. hardja, wolffi, icterohaemoragiae, grippotyposa/ Sui. – L. Pomona, bratislavia, tarassovi, icterohaemoragiae, hardjo/ Equi. – L. icterohaemorragiae/ Cão – L.canicola, icterohaemorragiae/ Ovi. – L. hardjo, Pomona/ Roedores – L. icerohaemorragiae. (Pomona e hardjo são os principais causadores de problema na reprodução - aborto) Porta de entrada: pele lesada, pele integra, mucosa (conjutiva, oral, nasal, genital) Vias de eliminação: urina, sêmen, descargo vaginal pós abortamento, fetos abortados, placenta, saliva, leiteTransmissão: Contato direto - contato oronasal com animais infectados, via genital ou via intra-uterina. Contato indireto – alimento, água, solo contaminado, inseminação artificial com sêmen sem procedência. Patogenia: Após a infecção do hospedeiro, haverá um periodo de incubação de 2 a 20 dias, depois haverá uma leptospiremia (1 semana) levando a Leptospira a diversos órgãos, o sistema imune do hospedeiro pode responder e produzir anticorpos circulantes (inicia em 2 semanas e dura por meses ou anos) ou chegando aos rins pode ser eliminada na urina - leptospiúria (inicia em 2 semanas e dura meses). Os órgãos de persistência da Leptospira são os túbulos renais (com a sua eliminação urinaria, na qual a urina serve como fonte de infecção) e nos tecidos reprodutivos (principalmente os sorovares hardjo e bratislava). Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao Sinais clínicos: depende da espécie animal infectada, da faixa etária do hospedeiro e do sorovar infectante. Bovino: hemoglobinúria, icterícia, anorexia, febre, diarreia, mastite, agalaxia, bezerros fracos. Abortamento com 5 a 6 meses de gestação. Sorovar hardjo. Suíno: distúrbios reprodutivos – abortamento na fase final da gestação. Retorno ao cio nas primeiras 6 semanas. Descargas vulvares, natimortos, leitões fracos. Leitões – hemoglobinúria, icterícia, convulsões, diarreia. Sorovares pomona, tarassovi, canicola, brstislava (persistência nos órgãos reprodutivos). Canino: aguda – febre, anorexia, IR, hepatite, icterícia, vasculite generalizada, lesão entérica. Sorovar icterohaemorragiae. Diagnóstico: Laboratorial – detecção de Ac (diagnostico sorológico ou sorodiagnostico) ou detecção do agente etiológico (pesquisa direta do agente, isolamento e identidade do agente – bacteriológico, métodos de biologia molecular), Clínico – pouco preciso e Epidemiológico. Laboratorial indireto – SAM (soroaglutinação microscopica) é o teste de eleição padrão no Brasil, usa como antígeno leptospiras vivas (representante dos sorogrupos prevalentes), é uma prova sensível que detecta IgM e IgG (infecção recente e tardia). Coloca-se o soro do paciente + a coleção de Ag por 2h em temperatura ambiente e faz a leitura por grau de aglutinação (ausência de aglutinação ou aglutinação com 75% de leptospiras livres é negativo, é positivo quando na diluição do soro ocorre aglutinação de 50% ou mais de leptospiras). Deve-se fazer amostras pareadas para confirmar o diagnóstico (21 em 21 dias). Pesquisa direta de Leptospira - usando urina, sangue ou liquor (microscopia de campo escuro e microscopia de campo claro com coloração pela prata ou vermelho do congo). Bacteriológico – isolamento (sangue, liquor, tecidos, urina) e inoculação em modelo biológico, com observação dos sinais clínicos, colheita de sangue e necropsia, faz-se SAM e isolamento. Faz a inoculação em meio de cultura Fletcher ou EMJH, 28 a 30ºC, 60 a 90 dias, aerobiose. Amostra adequada, lento, sensível e específico. Controle: combate aos roedores (construção a prova de roedores, raticidas e educação), tratamento dos animais infectados (antibióticos para eliminara a transmissão), sêmen de procedência. Vacinação – suinos e bovinos (1ª dose com 3 a 4 meses de idade, reforço após 30 dias, revacinação anual), cães (1ª dose aos 45 a 60 dias, reforço após 30 e 60 dias, revacinação anual ou de 6 em 6 meses), usam-se vacinas inativadas que protege contra a doença e não protege contra a infecção. CAMPILOBACTERIOSE Definição: É uma doença venérea com serias repercussões econômicas na espécie bovina e nos índices reprodutivos do plantel. Etiologia: Campylobacter foetus veneralis, Campylobacter foetus intestinalis. Sinonímia: Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 Algumas literaturas trazem aborto infeccioso, aborto vibrionico, vibriose. Produz abortamentos entre o 5º e o 7º mês de gestação, além de produzir infertilidade e repetição de cio do rebanho. Fontes: Para a vaca a principal fonte de infecção é o sêmen. Patogenia: Após a penetração do C. foetus contido no sêmen contaminado, em 15 dias o embrião já pode estar contaminado com ocorrência concomitante de uma placentite com exsudação serofibrinosa seguida de infiltração neutrofílica, necrose das vilosidades coriônicas. Após o abortamento os cotilédones estarão edemaciados, esses abortos ocorrem preferencialmente no terço médio da gestação. Eventualmente, podem ser acompanhados de retenção placentária, em caso de necessidade de se colher material para cultivo, os cotilédones são excelentes fontes do agente. Sintomas: Abortamentos entre o 5º e o 7º mês de gestação, infertilidade com repetição de cio repercutindo direto e negativamente na taxa de reprodução e produtividade do rebanho. As infecções vibriônicas podem ficar restritas à vagina da vaca podendo, entretanto, a qualquer momento da prenhez atingir o útero e seus anexos. Após alguns abortamentos a vaca poderá apresentar-se clinicamente normal podendo parir, porém continuará infectada e eliminando Campylobacter, nesses casos é como se houvesse uma imunidade vaginal e uterina. Nos machos não há sintomas presentes nem lesões detectáveis. Diagnóstico: Clinico: abortamentos no âmbito do rebanho, repetição de cio e outros indicadores reprodutivos é difícil fechar um diagnóstico clinico, no entanto, a ocorrência da alteração desses índices dentro do plantel podem levar o criador a uma primeira suspeita. Laboratorial: Consiste em pesquisar por microscopia de campo escuro o Campylobacter foetus através do cultivo e isolamento e a prova da gota pendente, onde o agente apresentará movimentos de cambalhota. De posse da placenta: puncionar cotilédones e fazer cultivo, impressão cotiledonária (DECARQUE) em lâmina- fixação e coloração de Gram. Sem a posse da placenta: tentar isolar a bactéria a partir do suco gástrico do feto abortado, fragmento de fígado e lacerado prepucial do touro. Lavado vaginal da vaca. Semeio: Bactothiol (meios seletivos), Ágar sangue (acrescido de bacitracina e novobiocina). Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=doencas-infecciosas-assuntos-da-2a-avaliacao Tratamento: Tratamento sistêmico: 10 mg de estreptomicina por kg de animal via IM, com aplicação de 5g de estreptomicina local em dose única (prepucial e vaginal) - gelatina Testar os animais 30 dias após o tratamento, cultivo deve dar negativo se ainda tiver positivo repetir tratamento. Profilaxia: Animais retirados do plantel por 3 a 4 meses Profilaxia médica: Aplicação de vacina, 1º um mês antes da novilha entrar na reprodução e repetir anualmente Profilaxia sanitária: Retirar do programa de cruza os animais doentes Monta controlada ou inseminação artificial (sêmen qualificado) Tratar e refazer o diagnostico antes de reintroduzir. Baixado por Maria Aparecida Cecília (ceciliaborges@ufpi.edu.br) lOMoARcPSD|26712151