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CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA 
Noções Introdutórias
 
 	
CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA
(Art. 121 e ss)
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: 
CRIME COMUM (qualquer pessoa pode praticá-lo)
CRIME MATERIAL (SE CONCRETIZA MEDIANTE RESULTADO) 
CRIME SIMPLES (protege um um bem jurídico – VIDA) 
CRIME INSTANTÂNEO (se esgota com a ocorrência do resultado) COM EFEITOS PERMANENTES
CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado por uma única pessoa) 
AS CIRCUNSTÂNCIAS PECULIARES CONCRETAS É QUE DEVERÃO DETERMINAR A GRAVIDADE DO FATO E A SUA ADEQUADA TIPIFICAÇÃO EM UMAS DAS TRÊS MODALIDADES. 
 DO PRECEITO PRIMÁRIO DA NORMA PENAL INCRIMINADORA:
DESCRIÇÃO DO TIPO PENAL – DESCREVE A CONDUTA NEGATIVA. 
Ex: MATAR ALGUÉM
DO PRECEITO SECUNDÁRIO DA NORMA PENAL INCRIMINADORA:
PENA IN ABSTRATO COMINADA AO DELITO
 Ex: PENA: Reclusão de 6 a 20 anos. 
 CRIMES CONTRA A VIDA:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
Homicídio simples: 
       Art. 121. Matar alguém: 
        Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
 Objeto Protegido no Homicídio: Ser Humano nascido com vida. Protege-se a vida de qualquer pessoa, independentemente de raça, cor, sexo, idade etc…
A VIDA É UM BEM JURÍDICO INDISPONÍVEL, PORQUE CONSTITUI ELEMENTO NECESSÁRIO DE TODOS OS DEMAIS DIREITOS. 
 * Considerações sobre a descriminalização do Aborto. 
O delito de homicídio tem como limite mínimo o começo do nascimento, marcado pelas contrações expulsivas. A determinação do momento da morte é altamente controvertida. Para fins jurídico-penais não é possível aceitar um conceito de morte puramente biológico, mas a formulação de um conceito legal. 
CONSTITUI DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO – NA MEDIDA EM QUE O PRÓPRIO ESTADO PRECISA RESPEITÁ-LO
DIREITO PRIVADO – PROTEGIDO 
 Atualmente, medicos e juristas concordam que o momento da morte ocorre com a cessação irreversível das funções cerebrais. 
MORTE ENCEFÁLICA – Art. 3º da Lei n 9.434/97. (consultar a referida lei) 
Manifesta-se a vida com a respiração. Todavia, é possível que se tenha vida sem respiração regular.
 
HOMICÍDIO É A ELIMINAÇÃO DA VIDA DE ALGUÉM LEVADA A EFEITO POR OUTREM. 
OS CRIMES CONTRA A VIDA ESTÃO DIVIDIDOS EM DOIS GRUPOS:
	CRIMES DE DANO
Capítulo I do Título I do CP	CRIMES DE PERIGO
Capítulo III do Título I do CP
	HOMICÍDIO
PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO
INFANTICÍDIO
ABORTO
OBS: Apenas o crime de homicídio comporta a modalidade Culposa. 
Competência de Julgamento: Tribunal do Júri (Art. 5º, inciso XXXVIII, d, da CF/88). 
	PERIGO DE CONTÁGIO VENÉREO
PERIGO DE CONTÁGIO DE MOLÉSTIA GRAVE 
PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM
ABANDONO DE INCAPAZ
EXPOSIÇÃO OU ABANDONO DE RECÉM-NASCIDO
OMISSÃO DE SOCORRO 
MAUS-TRATOS
 Qual é o Núcleo do Tipo? MATAR (eliminar a vida) ALGUÉM (pessoa humana)
OBJETO JURÍDICO: A VIDA HUMANA
Meios: Direitos - pessoalmente (disparo de arma de fogo, esganadura – golpe de machado na cabeça da vítima). Indiretos (ataque de animal, despertar a ira de um louco). 
Materiais: mecânicos – químicos etc…
Morais: Terror psicológico. Portador de distúrbio cardíaco. 
 Tipo Subjetivo: DOLO (Direto ou Eventual)
Animus necandi. 
Admite-se a tentativa?
É possível a sua forma omissiva? 
Consumação: (morte) Delito Instantâneo de efeitos permanentes. 
	SUJEITO ATIVO	SUJEITO PASSIVO 
	QUALQUER PESSOA – NÃO EXIGINDO UMA DETERMINADA CONDIÇÃO. 
CRIME COMUM 
	PODE SER QUALQUER PESSOA VIVA – SER HUMANO NASCIDO COM VIDA 
“A VELHA CONCEPÇÃO SEGUNDO A QUAL: NÃO TER RESPIRADO É NÃO TER VIVIDO JÁ FOI SUPERADA”. 
A VIDA COMEÇA COM O INÍCIO DO PARTO, COM O ROMPIMENTO DO SACO AMNIÓTICO; SENDO INDIFERENTE A CAPACIDADE DE VIVER. 
PARA O NOSSO CP A DESTRUIÇÃO OU ELIMINAÇÃO DO FETO DURANTE O PARTO JÁ CARACTERIZA O HOMICÍDIO, MESMO QUE AINDA NÃO SE TENHA CONSTATADO A POSSIBILIDADE DE VIDA EXTRAUTERINA
SUJEITO PASSIVO ESPECIAL 
SE A VÍTIMA FOR O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DO SENADO FEDERAL, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS OU DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
LEI Nº 7.170/83 
O Termo sujeito passivo especial designa situações em que alguma característica da vítima gera reflexos na punição do agente, tendo em vista a incidência de alguma qualificadora ou causa de aumento de pena prevista no tipo penal, isto é, situações que acarretam um especial agravamento pena 
QUANDO A VÍTIMA FOR MENOR DE 14 ANOS OU MAIOR DE 60, AO TEMPO DA AÇÃO OU OMISSÃO
 HOMICÍDIO DOLOSO AGRAVADO 
SUJEITO PASSIVO ESPECIAL 
QUANDO O CRIME É COMETIDO CONTRA MULHER EM RAZÃO DA CONDIÇÃO DE “SEXO FEMININO”
FEMINICÍDIO 
CONTRA ASCENDENTE OU DESCENDENTE 
 CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:   
 HOMICÍDIO FUNCIONAL
MATERIALIDADE DO CRIME: CRIME QUE DEIXA VESTÍGIOS
 Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. (CPP). 
A PROVA DEVE SEGUIR OS PARÂMETROS ESTRITAMENTE LEGAIS. 
Um dos maiores erros do Poder Judiciário Brasileiro do 
TIPO SUBJETIVO: 
INTENÇÃO
VONTADE
CONSCIÊNCIA
DOLO
DIRETO
EVENTUAL
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: 
CONSUMA-SE O CRIME quando da ação humana resulta a morte da vítima. 
Para Aníbal Bruno: “a consumação é a fase última do atuar criminoso.”.
TENTATIVA: CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIA À VONTADE DO AGENTE: Iniciada a execução, pode ela ser interrompida por suas razões – VONTADE DO AGENTE (desistência voluntária ou arrependimento eficaz) ou POR CIRCUNSTÂNCIAS ESTRANHAS A ELA. 
HOMICÍDIO SIMPLES: (ART. 121, CAPUT)
NÃO CONSTITUI CRIME HEDIONDO. Constituindo-se apenas o Crime de Homicídio cometido por grupo de extermínio. (Chacina do Vigário (1992) – Carandiru (1992) – Candelária (1993). NEOCRIMINALIDADE). 
EXTERMÍNIO É MATANÇA GENERALIZADA. 
LEI Nº 8.072/90 – Lei de Crimes Hediondos. 
OBS: A AUSÊNCIA DE MOTIVO NÃO QUALIFICA O CRIME!! 
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO: CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA. 
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
	VAMOR SOCIAL	VALOR MORAL	ATUA SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO APÓS
INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA
	MORAL PRÁTICA
VALORES COLETIVOS.
	MORAL PRÁTICA – PRINCÍPIOS ÉTICOS DOMINANTES DE UMA SOCIEDADE	Emoção: sentimento intenso e passageiro que altera o estado psicológico do indivíduo.
Reação imediata. Capacidade reflexiva de frenagem. 
MOTIVOS SÃO FONTE PROPULSORA DA VONTADE CRIMINOSA.
HOMICÍDIO EMOCIONAL:
ESTADO DE VIOLENTA EMOÇÃO;
QUE A VIOLENTA EMOÇÃO DOMINE O AGENTE;
QUE OCORRA UMA INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA (sua ou de terceiro e precisa ser capaz de impactar o homem médio);
QUE A REAÇÃO SEJA IMEDIATA. 
“aqui há um afeto ao discernimento do ser humano”. 
PROVOCAÇÃO NÃO PODE SER EQUIPARADA NECESSARIAMENTE À AGRESSÃO, ESTA PODE GERAR LEGÍTIMA DEFESA.
* PROVOCAÇÃO: ATITUDE DESAFIADORA – OFENSAS DIRETAS OU INDIRETAS – INSINUAÇÕES, EXPRESSÕES DE DESPREZO ETC…
 
PROVOCAÇÃO INJUSTA É A ILEGÍTIMA, SEM MOTIVO RAZOÁVEL. 
A REDUÇÃO É IMPERATIVA. Logo, conhecido pelo Conselho de Sentença, a redução se impõe, ficando, o quantum a critério prudente do juiz. 
A eutanásia:
a) é permitida em nosso ordenamento jurídico. 
b) é crime de homicídio privilegiado, por ser praticado por um relevante valor moral do agente. 
c) é crime de homicídio privilegiado, por ser praticado por um relevante valor social. 
d) é crime de lesão corporal com resultado morte. 
III- com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; 
MEIOS E MODO DE EXECUÇÃO
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
CONEXÃO
Circunstâncias incomunicáveis: Concurso de Agentes. 
  Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Inciso: I – II e V são circunstâncias incomunicáveis. 
 
Pertencem a esfera interna do agente e não do fato. Natureza Subjetiva!!!!
Inciso: III e IV são de NATUREZA OBJETIVA – COMUNICAM-SE!!
QUALIFICADORAS EM ESPÉCIE: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
Paga e promessa de recompensa caracterizam o homicídio mercenário ou homicídio por mandato remunerado, motivado pela cupidez, isto é, pela ambição desmedida, pelo desejo imoderado de riquezas. 
Na paga o recebimento é prévio. O executor recebe a vantagem e depois pratica o homicídio.
A recompensa visada é unicamente aquela de cunho econômico?
Aplica-se a qualificadora, imediatamente, ao executor, pois é ele quem atua movido pela paga ou pela promessa de recompensa. Questiona-se: A qualificadora é também aplicada ao mandante? 
MOTIVO TORPE: é o vil, repuguante, abjeto, moralmente reprovável. Fundamenta-se a maior quantidade de pena pela violação do sentimento comum de ética e de justiça. 
Ex: Matar pela herança. Vingança (depende)
O ciúme é motive torpe?
O Superior Tribunal de Justiça já assentou o posicionamento de que "na fase da decisão de pronúncia não deve ser afastada a qualificadora, mesmo que haja dúvida, pois nesta fase prevalece o princípio in dúbio pro societate, cabendo ao Tribunal do Júri decidir" (AgRg no AREsp n. 62.470/MA, rel. Min. Vasco Della Giustina (Desembargador convocado do TJ/RS), Sexta Turma, j. 7.2.12).
Assim, "apesar de haver certa divergência doutrinária e jurisprudencial acerca da qualificação do ciúme, por si só, sem outras circunstâncias, como motivo fútil ou torpe, esta Corte Superior tem entendido que as peculiaridades do caso concreto permitem que a qualificadora seja mantida quando não se revelar manifestamente improcedente, tal como ocorre in casu" (Agravo Regimental no Recurso Especial, n. 1296163/MG, rel. Min. Jorge Mussi, j. 8-5-2012).
MOTIVO FÚTIL: é o insignificante, de pouca importância, completamente desproporcional à natureza do crime praticado. 
O motivo fútil, revelador de egoísmo intolerante, prepotente, mesquinho, que vai até a insensibilidade moral, deve ser apreciado no caso concreto, de acordo com o id quod plerumque accidit, ou seja, levando em conta as máximas da experiência, os fenômenos que normalmente acontecem na vida humana. 
DESPROPORCIONAL - INSIGNIFICANTEA ausência de motivo não deve ser equiparada ao motivo fútil, pois todo crime tem sua motivação
A ausência de motivo não deve ser equiparada ao motivo fútil, pois todo crime tem sua motivação.
O ciúme não pode ser enquadrado como motivo fútil. Esse sentimento, que destrói o equilíbrio do ser humano e arruína sua vida, não deve ser considerado insignificante ou desprezível. Para o Supremo Tribunal Federal: o mesmo não ocorre no tocante à futilidade do motivo: ainda que não baste a excluir a criminalidade do fato ou a culpabilidade do agente, a vingança da mulher enciumada, grávida e abandonada não se pode tachar de insignificante. 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. 
MEIO INSIDIOSO é o que consiste no uso de estratagema, de perfídia, de uma fraude para cometer um crime sem que a vítima o perceba.
traiçoeiro, sorrateiro, enganador ou falso. 
MEIO CRUEL é o que proporciona à vítima um intenso e desnecessário sofrimento físico ou mental, quando a morte poderia ser provocada de forma menos dolorosa. 
Não incide a qualificadora quando o meio cruel é empregado após a morte da vítima, pois a crueldade que caracteriza a qualificadora é somente aquela utilizada para matar. 
A reiteração de golpes isoladamente considerada não configura a qualificadora do meio cruel. Depende da produção de intenso e desnecessário sofrimento à vítima. 
MEIO DE QUE POSSA RESULTAR PERIGO COMUM é aquele que expõe não somente a vítima, mas também um número indeterminado de pessoas a uma situação de probabilidade de dano. 
	 O meio de execução utilizado pelo agente provoca perigo a um número indeterminado de pessoas. 	Não se reclama prova da situação de" perigo a outras pessoas. 
	VENENO - VENECÍDIO	É a substância de origem química ou biológica capaz de provocar a morte quando introduzida no organismo humano. 
	FOGO	É o resultado da combustão de produtos inflamáveis, da qual decorrem calor e luz
	EXPLOSÃO 	é o produto com capacidade de destruir objetos em geral, mediaote detonação e estrondo. Caracteriza, normalmente, meio de que possa resultar perigo comum. 
	ASFIXIA 	Asfixia é a supressão da função respiratória, com origem mecânica ou tóxica. 
 IV - À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
 Outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima é uma fórmula genérica indicativa de meio análogo à traição, à emboscada e à dissimulação.
Modo de execução – interpretação analógica.
	TRAIÇÃO 	PODE SER FÍSICA OU MORAL. Nessa qualificadora, o agente se vale da confiança que o ofendido nele prevíamente depositava para o fim de matá-lo em momento em que ele se encontrava desprevenido e sem vigilância. Ressalte-se que na traição a relação de confiança preexiste ao crime e o sujeito dela se aproveita para executar o delito
	EMBOSCADA	O agente aguarda escondido, em determinado local, a passagem da vítima, para matá-Ia quando ali passar. 
	DISSIMULAÇÃO 	 é a atuação disfarçada, hipócrita, que oculta a real intenção do agente. O agente aproxima-se da vítima para posteriormente matá-la, valendo-se das facilidades proporcionadas pelo seu modo de agir. 
V - para assegurar a execução, a ocultação (esconder), a impunidade ou vantagem de outro crime. CONEXÃO!!
	TELEOLÓGICA: Ocorre quando o homicídio é perpetrado como MEIO para execução de outro crime. 
Fim de assegurar a execução de outro crime. 	CONSEQUENCIAL: Ocorre quando é praticado ou para ocultar a prática de outro delito. 
DO PERDÃO JUDICIAL:
Enunciado da Súmula 18 STJ: “A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.”
* GERA REINCIDÊNCIA? 
		
Ou seja, à incidência da norma legal é imprescindível a comprovação de que o autor da prática delitiva "tenha sofrido com o crime praticado uma consequência tão séria e grave que a sanção penal se torne desnecessária. Baseia-se no fato de que a pena tem o caráter aflitivo, preventivo e reeducativo, não sendo cabível a sua aplicação para quem já foi punido pela própria natureza, recebendo, com isso, uma reeducação pela vivência própria do mal que causou" (NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 10. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Ed. RT, 2012. p. 622).. 
A comprovação de estreita relação de amizade entre a vítima e o autor da conduta culposa que resultou na perda da vida pela primeira, não autoriza a concessão do perdão judicial, previsto no art. 121, § 5º, do Código Penal, não havendo comprovação do forte abalo emocional experimentado, a fim de tornar desnecessária a pena corporal (Apelação Criminal n. 2011.074175-3, de Canoinhas, rel. Des. Substituto Domingos Paludo, j. em 20/11/2012).
FEMINÍCIDIO. 
3.739 mortes em 2019.
Queda de 14,1 em relação a 2018.
Trata-se de um crime de ódio. HEDIONDO. 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
O mais grave é que passam a ser possíveisnarrativas quesitadas como causa de diminuição de pena e que são manifestamente estruturadas pelo gênero (privilégio da violenta emoção como “me chamou de corno”, “me disse que eu não era homem”, “me disse se eu era homem, que atirasse”, “beijou outro na minha frente”, “flagrei ela me traindo”, “me chamou de pinto mole”, “meu chamou de frouxo e viado” etc.) excluírem a qualificadora do feminicídio, já que, pelos cânones da dogmática tradicional, o acolhimento do privilégio torna prejudicada a votação da qualificadora subjetiva, ou seja, significa admitir, a seguir o raciocínio da decisão de pronúncia do júri 3 acima transcrita, que o chamado “homicídio emocional” tem o condão de tornar o fato um “não-feminicídio”, o que seria absurdo e totalmente contrário às prognoses de política criminal feminista com a tipificação da categoria em sede pena. 
Bento sabendo ser portador do virus da Aids – HIV, dolosamente desejando transmití-lo a outra pessoa, mediante, a prática de relações sexuais, assim procede. Nesse caso, se, efetivamente, vier a ocorrer a transmissão, ou, pelo menos, a tentativa de transmissão, qual seria a infração praticada?
http://www.gazetasbs.com.br/site/noticias/video-homem-esfaqueia-funcionaria-de-mercado-apos-termino-de-namoro-3752
Homicídio Qualificado: Impulsionado por certos motivos, meios que denote crueldade etc…
       § 2° Se o homicídio é cometido: 
   I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
    II - por motivo futil; 
   III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
 IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; 
   V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
     Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
HOMICÍDIO QUALIFICADO E LEI DE CRIMES HEDIONDOS.  
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII);    (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)     
Obs: ainda que praticados por um só agente.
ESPÉCIES DE QUALIFICADORAS: 
      
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por motivo futil; 
MOTIVOS DO CRIME
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