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PRE-PROJETO ABASTECIMENTO (2)

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UNIFACISA – CENTRO UNIVERSITÁRIO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
JOÃO SALVINO DANTAS OLIVEIRA 
KAYKY RODRIGUES TAVARES 
MATHEUS HENRIQUE GOMES LEAL 
VENICIUS ROMERO BARBOSA DA NOBREGA 
VINICIUS BEZERRA DO AMARAL 
 
 
 
 
 
PRÉ-PROJETO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MUNICIPIO 
DE COXIXOLA-PB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINA GRANDE-PB 
2025 
 
 
 
 
JOÃO SALVINO DANTAS OLIVEIRA 
KAYKY RODRIGUES TAVARES 
MATHEUS HENRIQUE GOMES LEAL 
VENICIUS ROMERO BARBOSA DA NOBREGA 
VINICIUS BEZERRA DO AMARAL 
 
 
 
 
 
PRÉ-PROJETO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MUNICIPIO 
DE COXIXOLA-PB 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pré-projeto de caracterização da área da 
cidade de Coxixola-PB, visando elencar o 
sistema de abastecimento e os assuntos 
inseridos. O referido projeto apresentado é 
requisito para a obtenção de uma das notas da 
fase 1 da competência “Projetar um Sistema 
de Abastecimento de Água”. 
 
Prof. Lucas Alves Batista Pequeno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINA GRANDE-PB 
2025 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO ........................................................................ 4 
2. ASPECTOS SOCIECONÔMICOS ................................................................................ 9 
3. USO E OCUPAÇÃO DO MUNICÍPIO ....................................................................... 10 
4. CARACTERÍSTICAS DA RUA E INFRAESTRUTURA ......................................... 12 
5. PROJEÇÃO POPULACIONAL ................................................................................... 13 
6. CÁLCULO DE CONSUMO PER CAPITA ................................................................ 14 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 16 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
1. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO 
 
O município de Coxixola está localizado no estado da Paraíba, a cerca de 250 km da 
capital João Pessoa, inserido na Mesorregião da Borborema e na Microrregião do Cariri 
Paraibano. Possui uma área oficial de 173,942 km² (IBGE, 2024), correspondendo a 
aproximadamente 0,21% do território estadual, 0,0077% da Região Nordeste e 0,0014% do 
território brasileiro. 
A sede municipal situa-se a uma altitude média de 475 metros acima do nível do mar, 
estando a cerca de 200 km em linha reta da capital. O acesso a Coxixola, partindo de João 
Pessoa, é realizado pelas rodovias BR-230, BR-412 e PB-200. 
 
 
Figura 1 –Mapa de acesso rodoviário. 
Fonte: CPRM, 2005. 
 
 
O clima predominante é o semiárido quente, caracterizado por elevadas temperaturas, 
baixa umidade relativa e forte irregularidade das chuvas. A temperatura média anual é de 
aproximadamente 25°C, com variações típicas entre 18°C nas madrugadas mais frias e 33°C 
nas tardes mais quentes. O município apresenta um baixo índice pluviométrico anual, com 
média em torno de 467 mm, distribuídos de forma extremamente irregular ao longo do ano, 
com até 11 meses de estiagem. O período chuvoso concentra-se entre janeiro e julho, sendo 
março o mês mais chuvoso; entretanto, registros mostram que a estação de chuvas pode se 
 
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prolongar até setembro ou, em anos atípicos, outubro. Não há um inverno térmico definido, 
prevalecendo um clima quente durante todo o ano. 
Pelo seu posicionamento geográfico no Planalto da Borborema, Coxixola apresenta 
uma paisagem marcada por vales intermitentes e afloramentos rochosos, com solos rasos e 
pedregosos nas áreas mais elevadas, alternando com solos mais profundos e férteis em áreas 
de menor declividade, onde a drenagem é melhor e o acúmulo de nutrientes é maior. A 
vegetação típica é a Caatinga arbustiva e caducifólia, adaptada à escassez hídrica, com 
predomínio de espécies xerófitas, cactáceas e bromeliáceas. A hidrografia local integra a 
Bacia do Rio Paraíba, destacando-se o Rio Sucuru e diversos riachos intermitentes, o que 
evidencia a importância do manejo adequado da água e da conservação do solo para a 
sustentabilidade ambiental e econômica da região 
Esse conjunto de fatores climáticos e ambientais define um território de alta 
vulnerabilidade à desertificação e à erosão, exigindo estratégias de convivência com o 
Semiárido, como a captação de água de chuva, práticas de conservação de solo e uso 
sustentável dos recursos naturais. 
 
 
Figura 2 – Sub bacia do Rio Sucuru. 
Fonte: FARIAS; XAVIER, 2023. 
 
 
O relevo do município de Coxixola, inserido no Cariri Paraibano, é marcado por uma 
paisagem típica de pediplano dissecado (solo relativamente plano), resultado de milhões de 
anos de processos erosivos e de intemperismo sobre o embasamento cristalino da 
 
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microrregião Borborema. O território apresenta superfícies suavemente onduladas a 
onduladas, onde predominam Planossolos (solo alta densidade, estrutura compacta e baixa 
permeabilidade), medianamente profundos, bem drenados, de fertilidade natural média, além 
de solos com textura argilosa, profundos e com fertilidade média a alta. Nas elevações 
rochosas e topos de morro, ocorrem predominantemente solos rasos, pedregosos, de textura 
argilosa e baixa profundidade efetiva, refletindo o substrato resistente e a forte dissecação do 
relevo. Já nos vales fluviais e áreas de deposição aluvial, encontram-se solos imperfeitamente 
drenados, com textura média a argilosa, moderadamente ácidos e, em alguns pontos, com 
problemas de salinização decorrentes da dinâmica hídrica regional. São frequentes também 
afloramentos de rochas graníticas e gnáissicas, que contribuem para o aspecto pedregoso da 
paisagem. 
Do ponto de vista geomorfológico, a região se destaca pela presença de lajedos 
(extensas superfícies rochosas expostas) e inselbergues (morros residuais isolados), formas 
que se erguem acima de um relevo aplainada circundante como resultado da resistência 
diferenciada das rochas graníticas e gnáissicas à erosão. Em muitas dessas áreas, observam-
se microformas graníticas típicas de ambientes semiáridos, como gnammas (depressões em 
rochas), tafoni (cavidades alveolares), blocos fraturados e torres graníticas (“split rocks”), 
evidenciando processos de meteorização física e química concentrados em fraturas e pontos 
de fragilidade da rocha. 
A litologia da microrregião Borborema, composta por rochas pré-cambrianas muito 
antigas, e a posição geográfica a sotavento (área protegida do vento) do Planalto da 
Borborema são fatores determinantes para a configuração atual do relevo. O regime de 
chuvas concentradas e longos períodos de estiagem, típicos do clima semiárido, favorece a 
erosão superficial, o escoamento concentrado e a perda do manto de intemperismo, expondo 
extensas superfícies de granito. Esse conjunto de fatores, associado ao uso antrópico do solo 
(pecuária extensiva, roçados, retirada de lenha), torna o ambiente vulnerável à erosão hídrica 
e processos de desertificação. 
Assim, Coxixola apresenta uma paisagem que combina áreas suavemente onduladas 
para uso agropecuário com formações rochosas espetaculares de grande valor paisagístico e 
geológico, sendo representativa do Semiárido nordestino. A análise integrada do relevo, solos 
e litologia reforça a necessidade de práticas conservacionistas, como manejo de bacias 
hidrográficas, curvas de nível, revegetação e preservação dos inselbergues, que são grandes 
morros ou montanhas isoladas que surgem em áreas relativamente planas, como se fossem 
 
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“ilhas” de rocha resistentes em um “mar” de terreno rebaixado, e lajedos, que são patrimônios 
naturais importantes para a região. 
A vegetação desta unidade é formada por florestas Subcaducifólica e Caducifólica, 
próprias das áreas agrestes. A vegetação predominante na região de Coxixola insere-se no 
bioma Caatinga, sendo caracterizada por um ecossistema exclusivamente brasileiro e 
adaptadoàs condições climáticas semiáridas, com longos períodos de estiagem, altas 
temperaturas e chuvas concentradas em poucos meses do ano. A vegetação local apresenta-
se de forma xerófila e decídua, ou seja, composta por espécies adaptadas à escassez hídrica 
e que perdem as folhas na estação seca para reduzir a perda de água por evapotranspiração. 
 
 
Figura 3 – Geologia. 
Fonte: CPRM, 2005. 
 
 
 
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No território de Coxixola, predominam arbustos e árvores de pequeno porte, 
geralmente com alturas que variam entre 2 e 5 metros, distribuídos de maneira esparsa e com 
presença significativa de espécies espinhosas. Destacam-se plantas típicas como xique-xique 
(Pilosocereus gounellei), mandacaru (Cereus jamacaru), facheiro (Pilosocereus 
pachycladus), catingueira (Poincianella pyramidalis), jurema-preta (Mimosa tenuiflora), 
juazeiro (Ziziphus joazeiro) e umbuzeiro (Spondias tuberosa), além de várias espécies de 
bromélias e cactáceas adaptadas à baixa disponibilidade hídrica. Em áreas de solos mais 
profundos, especialmente em vales fluviais e várzeas temporárias, observa-se uma vegetação 
mais densa e verdejante durante o período chuvoso, com espécies como baraúna (Schinopsis 
brasiliensis) e angico (Anadenanthera colubrina), que aproveitam a maior disponibilidade de 
água. 
 
 
Figura 4 – Geologia 
Fonte: TOPOGRAPHIC. 
 
 
A vegetação do Cariri Paraibano apresenta variações fisionômicas conforme o relevo 
e a fertilidade dos solos. Em áreas com afloramentos rochosos, como os lajedos e 
inselbergues, predominam espécies rupícolas (adaptadas a solos rasos e fissuras rochosas), 
enquanto nas áreas de pediplano e superfícies suavemente onduladas a cobertura vegetal é 
mais aberta e espaçada. Essa heterogeneidade ecológica contribui para a alta biodiversidade 
da Caatinga, que abriga diversas espécies endêmicas. 
 
9 
 
 
O ecossistema da Caatinga desempenha papel essencial na proteção do solo contra a 
erosão, na regulação do microclima e na oferta de recursos para as comunidades locais, como 
lenha, forragem, frutos e plantas medicinais. Entretanto, práticas como o desmatamento para 
uso agrícola, a pecuária extensiva e a retirada de madeira têm acelerado processos de 
degradação ambiental e desertificação na região. Por isso, a vegetação da Caatinga em 
Coxixola, além de seu valor ecológico, possui grande relevância socioeconômica e cultural, 
demandando ações de manejo sustentável e conservação. 
 
 
2. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS 
 
 POPULAÇÃO 
 
A população de Coxixola, na Paraíba, é de aproximadamente 1.824 habitantes de 
acordo com o censo de 2022 do IBGE, dos quais cerca de 945 (51,72%) são homens e 879 
(48,28%) são mulheres e são distribuídos em 44,16% como residente da área urbana e 
55,84% residente da área rural. A densidade demográfica da cidade é de 10,49 hab/Km² e 
estima-se que em 2025 a população passe a ser de 1.888 habitantes (IBGE). 
No geral, a população de Coxixola é composta por uma maioria de adultos jovens e em idade 
produtiva (68,47%), com uma proporção significativa de crianças e adolescentes (21,32%). 
A presença de idosos também é relevante (10,21%), refletindo a necessidade de políticas 
públicas que atendam as demandas específicas. 
 
 TRABALHO E RENDIMENTO 
 
De acordo com o IBGE, 257 pessoas ocupam cargos em postos de trabalho formal 
(2022) sendo a 214° de 223 do ranking no estado da Paraíba, com uma renda mensal de 1,9 
salários mínimos 40° no ranking do estado. Esses dados nos mostra que mesmo a maioria da 
população de Coxixola ser de idade produtiva, poucos ocupam um cargo formal na cidade. 
Isso pode ser reflexo de que mais da metade do povo vive na área rural com a prática da 
agricultura familiar. 
 
 EDUCAÇÃO 
 
 
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Referente a educação os números da cidade são bem satisfatórios, tendo uma taxa de 
escolarização de 6 a 14 anos de idade de 100%, ocupando o 1° lugar no ranking da Paraíba. 
Ocupa 1° lugar também no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) que é 
um indicador criado pelo governo federal para medir a qualidade do ensino nas escolas 
públicas, sendo sua nota de 8,2 nos Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública), no 
IDEB de anos finais do ensino fundamental (Rede pública) tem nota 5,5 sendo a 6° no estado. 
 
 ECONOMIA 
 
A economia de Coxixola, na Paraíba, é movida principalmente pela agricultura e 
pecuária. A cidade tem uma forte tradição na produção de milho, feijão, cana-de-açúcar e 
criação de gado leiteiro e produção de laticínios. Essas atividades econômicas são 
fundamentais para a geração de emprego e renda na cidade, além disso, o comércio local e a 
prestação de serviços também desempenham um papel importante na economia. A economia 
da cidade é relativamente pequena e pode ser influenciada por fatores como a seca, o 
clima e a demanda por produtos agrícolas e pecuários. No entanto, a cidade tem um potencial 
turístico em crescimento, graças à sua beleza natural e patrimônio histórico e cultura. 
Segundo o IBGE, em 2021 o PIB per capita era de R$ 12.328,94, na comparação com 
outros municípios do estado, ficava nas posições 70 de 223 entre os municípios do estado. Já 
o percentual de receitas externas em 2024 era de 95,33%, o que o colocava na posição 57 de 
223 entre os municípios do estado. Em 2024, o total de receitas realizadas foi de R$ 
28.086.160,56 (x1000) e o total de despesas empenhadas foi de R$ 25.975.721,94 (x1000). 
Isso deixa o município nas posições 218 e 214 de 223 entre os municípios do estado. 
 
 
3. USO E OCUPAÇÃO DO MUNICÍPIO 
 
 ESTRUTURA URBANA (SEDE MUNICIPAL) 
 
A ocupação urbana é concentrada em uma sede compacta, com baixa verticalização 
e predominância de uso residencial unifamiliar, comércio e serviços de proximidade 
(equipamentos públicos e comércio varejista ao longo dos eixos principais). Esse padrão é 
 
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típico de municípios de pequeno porte do Cariri e decorre do baixo adensamento (≈10 
hab/km²) e da função de centralidade local. 
 
 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 
 
O uso do solo fora da sede é dominado por vegetação de Caatinga (em diferentes 
estágios de conservação) intercalada com pastagens e áreas de agricultura familiar de 
sequeiro (sazonal), em especial para subsistência. A aptidão produtiva e o calendário agrícola 
são condicionados pelo regime de chuvas irregular do Semiárido. (Base bioma/condições 
ecológicas: Caatinga). 
A pecuária de pequenos ruminantes (caprinos e ovinos) é uma vocação regional, 
reforçada por ações e eventos recentes no Cariri e em Coxixola (ex.: atividades de educação 
e conservação da Caatinga com INSA/MCTI em 12/08/2025). 
 
 ACESSIBILIDADE E VETORES DE MUDANÇA 
 
A PB-214 estrutura a ligação regional (Sumé–Congo), funcionando como eixo de 
escoamento e acesso a serviços; sua implantação consolidou fluxos no Cariri. Em 
19/06/2025, o Governo da Paraíba autorizou desapropriações para a obra da PB-204 
(Caraúbas–Coxixola). Se executada, tende a reduzir tempos de deslocamento, valorizar 
frentes lindeiras e induzir ocupações lineares (lotes, serviços e pequenas agroindústrias) ao 
longo do traçado, algo a observar no planejamento urbano-ambiental local. 
 
 IMPLICAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO 
 
Prioridades urbanas: consolidar a malha existente com infraestrutura (drenagem, 
pavimentação, sombreamento) e qualificar os eixos comerciais; coibir ocupação em áreas 
sujeitas a enxurradas em leitos intermitentes. 
Rural/ambiental: incentivar manejo sustentável da Caatinga (silvopastoril, cercas vivas, 
restauração de áreas degradadas), reservação de água (cisternas, barraginhas) e integração 
lavoura-pecuária-palma para resiliência às secas. 
 
12 
 
 
Frentes induzidas por rodovias (PB-204): prever faixas não edificáveis, acessos 
controlados e diretrizes para usos compatíveis (postos de serviços, pequenos entrepostos) 
evitando parcelamentosirregulares. 
 
4. CARACTERÍSTICAS DA RUA E INFRAESTRUTURA 
 
A infraestrutura urbana de Coxixola apresenta índices positivos no que diz respeito à 
pavimentação das vias. Segundo dados do portal Água e Saneamento (IAS), 
aproximadamente 88,9% das ruas da zona urbana do município estão pavimentadas e contam 
com meio-fio, superando a média estadual (58,1%) e nacional (68,8%). 
Entretanto, a cidade enfrenta limitações no que se refere à drenagem urbana. Apenas 
11,1% das vias possuem sistemas de drenagem pluvial subterrânea, índice que está abaixo da 
média nacional (24,8%). Coxixola não possui plano diretor de drenagem urbana (DMAPU), 
tampouco sistema de alerta contra enchentes, cadastro técnico ou cobrança específica para 
manutenção dos serviços de drenagem. 
 
 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 
O sistema de abastecimento de água de Coxixola é gerido pela CAGEPA (Companhia 
de Água e Esgotos da Paraíba). A principal fonte de captação é o açude Lagoa de Cima, 
manancial superficial que apresenta alta vulnerabilidade hídrica, tanto em termos de 
segurança quanto de qualidade da água. A distância entre o açude Lagoa de Cima, principal 
manancial utilizado para o abastecimento de água em Coxixola e o centro da cidade é de 
aproximadamente 10 km, em linha reta 
Diante dessa vulnerabilidade, em julho de 2017 foi inaugurada a adutora de Coxixola, 
ligada ao Projeto de Integração do Rio São Francisco. Essa adutora ampliou 
significativamente a segurança hídrica da cidade e de outros 12 municípios do Cariri 
paraibano, reduzindo a dependência de mananciais locais e encerrando o histórico 
racionamento de água na região. 
 
 CONDIÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO 
 
 
13 
 
 
Coxixola ainda enfrenta carência significativa na área de esgotamento sanitário, 
refletindo um desafio comum entre os pequenos municípios do interior da Paraíba. O acesso 
à rede coletora de esgoto é limitado, e grande parte da população depende de soluções 
individuais, como fossas sépticas rudimentares ou sumidouros, o que compromete as 
condições de saúde pública e o equilíbrio ambiental. 
A inexistência de um sistema de coleta e tratamento de esgoto abrangente afeta 
diretamente a qualidade de vida dos moradores e contribui para a contaminação do solo e das 
águas subterrâneas, especialmente em áreas densamente povoadas. Essa deficiência também 
dificulta o desenvolvimento urbano sustentável e aumenta os riscos de ocorrência de doenças 
de veiculação hídrica. 
Embora Coxixola tenha sido incluída em programas federais voltados à 
universalização do saneamento, como o PAC II e o plano "Água para Todos", não há 
confirmação oficial ou ampla divulgação sobre a efetiva conclusão de sistemas integrados de 
esgoto na cidade até o momento. 
Dessa forma, o município continua entre os que apresentam baixo índice de cobertura 
sanitária, necessitando de investimentos consistentes e políticas públicas eficazes para 
avançar na universalização do saneamento básico. 
 
 
5. PROJEÇÃO POPULACIONAL 
 
Optou-se pelo método geométrico, pois ele considera o crescimento exponencial, 
representando de forma mais adequada a tendência de aumento populacional em comparação 
ao método aritmético. Além disso, mostra-se mais realista para cidades em expansão, já que 
capta o efeito do ‘crescimento sobre crescimento’, no qual o aumento populacional gera 
novas possibilidades de crescimento. De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, Coxixola 
possuía aproximadamente 1.771 habitantes; em 2022, esse número passou para 1.824. A 
partir desses dados foi feito o calculo da taxa de crescimento geometrico Kg, no qual foi 
obitido um valor de 0,0025 
 
Kg= Taxa de crescimento geométrico 
 
14 
 
 
P1= População inicial (2010) 
P2= População final (2022) 
T1= Ano inicial avaliado 
T2= Ano final avaliado 
𝐾𝑔 =
𝑙𝑛1824 − 𝑙𝑛1771
2022 − 2010
= 0,0025 
 
Sabendo a taxa de crescimento, foi dado continuidade ao cálculo da população futura 
no ano de 2062, ou seja, 40 anos depois. Através da seguinte Fórmula: 
 
𝑃 = 1.824𝑒(0,0025𝑥40) = 2016 ℎ𝑎𝑏. 
 
Através do cálculo podemos observar que a população em 2062 será 
aproximadamente 2016 habitantes, um aumento de 11% no valor apresentado em 2022. 
 
 
6. CÁLCULO DO CONSUMO PER CAPITA 
 
Inicialmente, para definir o consumo per capita é necessário calcula o índice de 
perdas, para isso foi utilizado dados fornecidos pelo Sistema Nacional De Informações Sobre 
Saneamento (SNIS) onde o volume de água micromedido ou faturado nas economias (Vm) 
para o município de Coxixola foi de 31.710m³. Foi dado também o valor de 56.510m³ como 
sendo o volume de água faturado, ou seja, o que foi consumido pelas economias e outros 
meios de consumo. O volume de água macromedido foi de 61.340m³. A partir daí podemos 
calcular o índice de perda através da seguinte formulas: 
 
 
I= Índice de perda 
Vp= Valor macromedido 
Vm= Valor micromedido ou faturado 
 
15 
 
 
 
𝐼 = 
61340 − 31710
61340
= 0,48 𝑜𝑢 48% 
 
𝐼 = 
61340 − 56510
61340
= 0,07 𝑜𝑢 7% 
 
Para o volume micromedido nas economias foi obtido um índice de perda de 
aproximadamente 48%, porem se levarmos em consideração o volume de água faturado o 
índice de perda é de 7%. Sabendo que o numero de economias fica em torno de 401 em 
2010, segundo o SNIS, a partir desses valores é possível calcular o consumo efetivo per capita 
de água a partir da seguinte fórmula: 
 
 
 
Nesse caso foi utilizado a população estimada para 2062, nesta equação o numero de 
economias é cancelado uma vez que o NH/L relaciona população/economias. 
 
𝑞𝑒 = 
31710
365𝑥2016
= 43,09
𝑙
𝐻𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎
 
 
Obtivemos que o consumo efetivo per capita de agua em Coxixola será de 43,09 litros 
por habitante ao dia. Com os valores otidos anterioemente é possível calcular agora o 
consumo per capita de água através da formula: 
 
 
 
 
16 
 
 
Nessa parte do cálculo optou-se por calcular o consumo per capita de agua para os 
dois índices de perda, o micromedido por economia e o micromedido faturado. 
 
𝑐𝑎𝑠𝑜 1: 48% 𝑞 = 
43,09
(1−0,48)
= 82,86 
𝑙
ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎
 
 
𝑐𝑎𝑠𝑜 2: 7% 𝑞 = 
43,09
(1−0,07)
= 46,33 
𝑙
ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎
 
 
Com isso é possível concluir que a população de Coxixola possui um consumo per 
capita que varia entre 46,33 e 82,86. Segundo O Sistema Nacional De Informações Sobre 
Saneamento (SNIS) o consumo per capita em Coxixola, levando em consideração apenas a 
população com acesso a água fornecida, chegaremos a um consumo de 103 l/hab. Dia. Dado 
esse que tambèm aparece em planilhas fornecidas pela CAGEPA 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Diagnóstico do Município de Coxixola 
– Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea. Recife: CPRM, 
2005. 47 p. Acesso: https://rigeo.sgb.gov.br/jspui/bitstream/doc/16035/1/Rel_Coxixola.pdf. 
DE OLHO NO CARIRI. Portal de notícias De Olho no Cariri. Disponível em: 
http://deolhonocariri.com.br/. Acesso em: 3 set. 2025. 
 
FARIAS, André Aires de; XAVIER, Rafael Albuquerque. Eventos extremos de secas na 
sub-bacia hidrográfica do Rio Sucuru, Cariri Paraibano. ResearchGate, 2023. 
Disponível em: . Acesso em: 3 
set. 2025. 
 
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. 
Mapas Base dos municípios do Estado da Paraíba. Escalas variadas. 
 
 
17 
 
 
TOPOGRAPHIC-MAP.COM. Mapa topográfico de Coxixola. [S. l.]: Topographic-
Map.com, 2025. Disponível em: . 
Acesso em: 3 set. 2025.

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