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UNIFACISA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL JOÃO SALVINO DANTAS OLIVEIRA KAYKY RODRIGUES TAVARES MATHEUS HENRIQUE GOMES LEAL VENICIUS ROMERO BARBOSA DA NOBREGA VINICIUS BEZERRA DO AMARAL PRÉ-PROJETO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MUNICIPIO DE COXIXOLA-PB CAMPINA GRANDE-PB 2025 JOÃO SALVINO DANTAS OLIVEIRA KAYKY RODRIGUES TAVARES MATHEUS HENRIQUE GOMES LEAL VENICIUS ROMERO BARBOSA DA NOBREGA VINICIUS BEZERRA DO AMARAL PRÉ-PROJETO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MUNICIPIO DE COXIXOLA-PB Pré-projeto de caracterização da área da cidade de Coxixola-PB, visando elencar o sistema de abastecimento e os assuntos inseridos. O referido projeto apresentado é requisito para a obtenção de uma das notas da fase 1 da competência “Projetar um Sistema de Abastecimento de Água”. Prof. Lucas Alves Batista Pequeno CAMPINA GRANDE-PB 2025 SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO ........................................................................ 4 2. ASPECTOS SOCIECONÔMICOS ................................................................................ 9 3. USO E OCUPAÇÃO DO MUNICÍPIO ....................................................................... 10 4. CARACTERÍSTICAS DA RUA E INFRAESTRUTURA ......................................... 12 5. PROJEÇÃO POPULACIONAL ................................................................................... 13 6. CÁLCULO DE CONSUMO PER CAPITA ................................................................ 14 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 16 4 1. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO O município de Coxixola está localizado no estado da Paraíba, a cerca de 250 km da capital João Pessoa, inserido na Mesorregião da Borborema e na Microrregião do Cariri Paraibano. Possui uma área oficial de 173,942 km² (IBGE, 2024), correspondendo a aproximadamente 0,21% do território estadual, 0,0077% da Região Nordeste e 0,0014% do território brasileiro. A sede municipal situa-se a uma altitude média de 475 metros acima do nível do mar, estando a cerca de 200 km em linha reta da capital. O acesso a Coxixola, partindo de João Pessoa, é realizado pelas rodovias BR-230, BR-412 e PB-200. Figura 1 –Mapa de acesso rodoviário. Fonte: CPRM, 2005. O clima predominante é o semiárido quente, caracterizado por elevadas temperaturas, baixa umidade relativa e forte irregularidade das chuvas. A temperatura média anual é de aproximadamente 25°C, com variações típicas entre 18°C nas madrugadas mais frias e 33°C nas tardes mais quentes. O município apresenta um baixo índice pluviométrico anual, com média em torno de 467 mm, distribuídos de forma extremamente irregular ao longo do ano, com até 11 meses de estiagem. O período chuvoso concentra-se entre janeiro e julho, sendo março o mês mais chuvoso; entretanto, registros mostram que a estação de chuvas pode se 5 prolongar até setembro ou, em anos atípicos, outubro. Não há um inverno térmico definido, prevalecendo um clima quente durante todo o ano. Pelo seu posicionamento geográfico no Planalto da Borborema, Coxixola apresenta uma paisagem marcada por vales intermitentes e afloramentos rochosos, com solos rasos e pedregosos nas áreas mais elevadas, alternando com solos mais profundos e férteis em áreas de menor declividade, onde a drenagem é melhor e o acúmulo de nutrientes é maior. A vegetação típica é a Caatinga arbustiva e caducifólia, adaptada à escassez hídrica, com predomínio de espécies xerófitas, cactáceas e bromeliáceas. A hidrografia local integra a Bacia do Rio Paraíba, destacando-se o Rio Sucuru e diversos riachos intermitentes, o que evidencia a importância do manejo adequado da água e da conservação do solo para a sustentabilidade ambiental e econômica da região Esse conjunto de fatores climáticos e ambientais define um território de alta vulnerabilidade à desertificação e à erosão, exigindo estratégias de convivência com o Semiárido, como a captação de água de chuva, práticas de conservação de solo e uso sustentável dos recursos naturais. Figura 2 – Sub bacia do Rio Sucuru. Fonte: FARIAS; XAVIER, 2023. O relevo do município de Coxixola, inserido no Cariri Paraibano, é marcado por uma paisagem típica de pediplano dissecado (solo relativamente plano), resultado de milhões de anos de processos erosivos e de intemperismo sobre o embasamento cristalino da 6 microrregião Borborema. O território apresenta superfícies suavemente onduladas a onduladas, onde predominam Planossolos (solo alta densidade, estrutura compacta e baixa permeabilidade), medianamente profundos, bem drenados, de fertilidade natural média, além de solos com textura argilosa, profundos e com fertilidade média a alta. Nas elevações rochosas e topos de morro, ocorrem predominantemente solos rasos, pedregosos, de textura argilosa e baixa profundidade efetiva, refletindo o substrato resistente e a forte dissecação do relevo. Já nos vales fluviais e áreas de deposição aluvial, encontram-se solos imperfeitamente drenados, com textura média a argilosa, moderadamente ácidos e, em alguns pontos, com problemas de salinização decorrentes da dinâmica hídrica regional. São frequentes também afloramentos de rochas graníticas e gnáissicas, que contribuem para o aspecto pedregoso da paisagem. Do ponto de vista geomorfológico, a região se destaca pela presença de lajedos (extensas superfícies rochosas expostas) e inselbergues (morros residuais isolados), formas que se erguem acima de um relevo aplainada circundante como resultado da resistência diferenciada das rochas graníticas e gnáissicas à erosão. Em muitas dessas áreas, observam- se microformas graníticas típicas de ambientes semiáridos, como gnammas (depressões em rochas), tafoni (cavidades alveolares), blocos fraturados e torres graníticas (“split rocks”), evidenciando processos de meteorização física e química concentrados em fraturas e pontos de fragilidade da rocha. A litologia da microrregião Borborema, composta por rochas pré-cambrianas muito antigas, e a posição geográfica a sotavento (área protegida do vento) do Planalto da Borborema são fatores determinantes para a configuração atual do relevo. O regime de chuvas concentradas e longos períodos de estiagem, típicos do clima semiárido, favorece a erosão superficial, o escoamento concentrado e a perda do manto de intemperismo, expondo extensas superfícies de granito. Esse conjunto de fatores, associado ao uso antrópico do solo (pecuária extensiva, roçados, retirada de lenha), torna o ambiente vulnerável à erosão hídrica e processos de desertificação. Assim, Coxixola apresenta uma paisagem que combina áreas suavemente onduladas para uso agropecuário com formações rochosas espetaculares de grande valor paisagístico e geológico, sendo representativa do Semiárido nordestino. A análise integrada do relevo, solos e litologia reforça a necessidade de práticas conservacionistas, como manejo de bacias hidrográficas, curvas de nível, revegetação e preservação dos inselbergues, que são grandes morros ou montanhas isoladas que surgem em áreas relativamente planas, como se fossem 7 “ilhas” de rocha resistentes em um “mar” de terreno rebaixado, e lajedos, que são patrimônios naturais importantes para a região. A vegetação desta unidade é formada por florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes. A vegetação predominante na região de Coxixola insere-se no bioma Caatinga, sendo caracterizada por um ecossistema exclusivamente brasileiro e adaptadoàs condições climáticas semiáridas, com longos períodos de estiagem, altas temperaturas e chuvas concentradas em poucos meses do ano. A vegetação local apresenta- se de forma xerófila e decídua, ou seja, composta por espécies adaptadas à escassez hídrica e que perdem as folhas na estação seca para reduzir a perda de água por evapotranspiração. Figura 3 – Geologia. Fonte: CPRM, 2005. 8 No território de Coxixola, predominam arbustos e árvores de pequeno porte, geralmente com alturas que variam entre 2 e 5 metros, distribuídos de maneira esparsa e com presença significativa de espécies espinhosas. Destacam-se plantas típicas como xique-xique (Pilosocereus gounellei), mandacaru (Cereus jamacaru), facheiro (Pilosocereus pachycladus), catingueira (Poincianella pyramidalis), jurema-preta (Mimosa tenuiflora), juazeiro (Ziziphus joazeiro) e umbuzeiro (Spondias tuberosa), além de várias espécies de bromélias e cactáceas adaptadas à baixa disponibilidade hídrica. Em áreas de solos mais profundos, especialmente em vales fluviais e várzeas temporárias, observa-se uma vegetação mais densa e verdejante durante o período chuvoso, com espécies como baraúna (Schinopsis brasiliensis) e angico (Anadenanthera colubrina), que aproveitam a maior disponibilidade de água. Figura 4 – Geologia Fonte: TOPOGRAPHIC. A vegetação do Cariri Paraibano apresenta variações fisionômicas conforme o relevo e a fertilidade dos solos. Em áreas com afloramentos rochosos, como os lajedos e inselbergues, predominam espécies rupícolas (adaptadas a solos rasos e fissuras rochosas), enquanto nas áreas de pediplano e superfícies suavemente onduladas a cobertura vegetal é mais aberta e espaçada. Essa heterogeneidade ecológica contribui para a alta biodiversidade da Caatinga, que abriga diversas espécies endêmicas. 9 O ecossistema da Caatinga desempenha papel essencial na proteção do solo contra a erosão, na regulação do microclima e na oferta de recursos para as comunidades locais, como lenha, forragem, frutos e plantas medicinais. Entretanto, práticas como o desmatamento para uso agrícola, a pecuária extensiva e a retirada de madeira têm acelerado processos de degradação ambiental e desertificação na região. Por isso, a vegetação da Caatinga em Coxixola, além de seu valor ecológico, possui grande relevância socioeconômica e cultural, demandando ações de manejo sustentável e conservação. 2. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS POPULAÇÃO A população de Coxixola, na Paraíba, é de aproximadamente 1.824 habitantes de acordo com o censo de 2022 do IBGE, dos quais cerca de 945 (51,72%) são homens e 879 (48,28%) são mulheres e são distribuídos em 44,16% como residente da área urbana e 55,84% residente da área rural. A densidade demográfica da cidade é de 10,49 hab/Km² e estima-se que em 2025 a população passe a ser de 1.888 habitantes (IBGE). No geral, a população de Coxixola é composta por uma maioria de adultos jovens e em idade produtiva (68,47%), com uma proporção significativa de crianças e adolescentes (21,32%). A presença de idosos também é relevante (10,21%), refletindo a necessidade de políticas públicas que atendam as demandas específicas. TRABALHO E RENDIMENTO De acordo com o IBGE, 257 pessoas ocupam cargos em postos de trabalho formal (2022) sendo a 214° de 223 do ranking no estado da Paraíba, com uma renda mensal de 1,9 salários mínimos 40° no ranking do estado. Esses dados nos mostra que mesmo a maioria da população de Coxixola ser de idade produtiva, poucos ocupam um cargo formal na cidade. Isso pode ser reflexo de que mais da metade do povo vive na área rural com a prática da agricultura familiar. EDUCAÇÃO 10 Referente a educação os números da cidade são bem satisfatórios, tendo uma taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade de 100%, ocupando o 1° lugar no ranking da Paraíba. Ocupa 1° lugar também no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) que é um indicador criado pelo governo federal para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas, sendo sua nota de 8,2 nos Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública), no IDEB de anos finais do ensino fundamental (Rede pública) tem nota 5,5 sendo a 6° no estado. ECONOMIA A economia de Coxixola, na Paraíba, é movida principalmente pela agricultura e pecuária. A cidade tem uma forte tradição na produção de milho, feijão, cana-de-açúcar e criação de gado leiteiro e produção de laticínios. Essas atividades econômicas são fundamentais para a geração de emprego e renda na cidade, além disso, o comércio local e a prestação de serviços também desempenham um papel importante na economia. A economia da cidade é relativamente pequena e pode ser influenciada por fatores como a seca, o clima e a demanda por produtos agrícolas e pecuários. No entanto, a cidade tem um potencial turístico em crescimento, graças à sua beleza natural e patrimônio histórico e cultura. Segundo o IBGE, em 2021 o PIB per capita era de R$ 12.328,94, na comparação com outros municípios do estado, ficava nas posições 70 de 223 entre os municípios do estado. Já o percentual de receitas externas em 2024 era de 95,33%, o que o colocava na posição 57 de 223 entre os municípios do estado. Em 2024, o total de receitas realizadas foi de R$ 28.086.160,56 (x1000) e o total de despesas empenhadas foi de R$ 25.975.721,94 (x1000). Isso deixa o município nas posições 218 e 214 de 223 entre os municípios do estado. 3. USO E OCUPAÇÃO DO MUNICÍPIO ESTRUTURA URBANA (SEDE MUNICIPAL) A ocupação urbana é concentrada em uma sede compacta, com baixa verticalização e predominância de uso residencial unifamiliar, comércio e serviços de proximidade (equipamentos públicos e comércio varejista ao longo dos eixos principais). Esse padrão é 11 típico de municípios de pequeno porte do Cariri e decorre do baixo adensamento (≈10 hab/km²) e da função de centralidade local. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO O uso do solo fora da sede é dominado por vegetação de Caatinga (em diferentes estágios de conservação) intercalada com pastagens e áreas de agricultura familiar de sequeiro (sazonal), em especial para subsistência. A aptidão produtiva e o calendário agrícola são condicionados pelo regime de chuvas irregular do Semiárido. (Base bioma/condições ecológicas: Caatinga). A pecuária de pequenos ruminantes (caprinos e ovinos) é uma vocação regional, reforçada por ações e eventos recentes no Cariri e em Coxixola (ex.: atividades de educação e conservação da Caatinga com INSA/MCTI em 12/08/2025). ACESSIBILIDADE E VETORES DE MUDANÇA A PB-214 estrutura a ligação regional (Sumé–Congo), funcionando como eixo de escoamento e acesso a serviços; sua implantação consolidou fluxos no Cariri. Em 19/06/2025, o Governo da Paraíba autorizou desapropriações para a obra da PB-204 (Caraúbas–Coxixola). Se executada, tende a reduzir tempos de deslocamento, valorizar frentes lindeiras e induzir ocupações lineares (lotes, serviços e pequenas agroindústrias) ao longo do traçado, algo a observar no planejamento urbano-ambiental local. IMPLICAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO Prioridades urbanas: consolidar a malha existente com infraestrutura (drenagem, pavimentação, sombreamento) e qualificar os eixos comerciais; coibir ocupação em áreas sujeitas a enxurradas em leitos intermitentes. Rural/ambiental: incentivar manejo sustentável da Caatinga (silvopastoril, cercas vivas, restauração de áreas degradadas), reservação de água (cisternas, barraginhas) e integração lavoura-pecuária-palma para resiliência às secas. 12 Frentes induzidas por rodovias (PB-204): prever faixas não edificáveis, acessos controlados e diretrizes para usos compatíveis (postos de serviços, pequenos entrepostos) evitando parcelamentosirregulares. 4. CARACTERÍSTICAS DA RUA E INFRAESTRUTURA A infraestrutura urbana de Coxixola apresenta índices positivos no que diz respeito à pavimentação das vias. Segundo dados do portal Água e Saneamento (IAS), aproximadamente 88,9% das ruas da zona urbana do município estão pavimentadas e contam com meio-fio, superando a média estadual (58,1%) e nacional (68,8%). Entretanto, a cidade enfrenta limitações no que se refere à drenagem urbana. Apenas 11,1% das vias possuem sistemas de drenagem pluvial subterrânea, índice que está abaixo da média nacional (24,8%). Coxixola não possui plano diretor de drenagem urbana (DMAPU), tampouco sistema de alerta contra enchentes, cadastro técnico ou cobrança específica para manutenção dos serviços de drenagem. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA O sistema de abastecimento de água de Coxixola é gerido pela CAGEPA (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba). A principal fonte de captação é o açude Lagoa de Cima, manancial superficial que apresenta alta vulnerabilidade hídrica, tanto em termos de segurança quanto de qualidade da água. A distância entre o açude Lagoa de Cima, principal manancial utilizado para o abastecimento de água em Coxixola e o centro da cidade é de aproximadamente 10 km, em linha reta Diante dessa vulnerabilidade, em julho de 2017 foi inaugurada a adutora de Coxixola, ligada ao Projeto de Integração do Rio São Francisco. Essa adutora ampliou significativamente a segurança hídrica da cidade e de outros 12 municípios do Cariri paraibano, reduzindo a dependência de mananciais locais e encerrando o histórico racionamento de água na região. CONDIÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO 13 Coxixola ainda enfrenta carência significativa na área de esgotamento sanitário, refletindo um desafio comum entre os pequenos municípios do interior da Paraíba. O acesso à rede coletora de esgoto é limitado, e grande parte da população depende de soluções individuais, como fossas sépticas rudimentares ou sumidouros, o que compromete as condições de saúde pública e o equilíbrio ambiental. A inexistência de um sistema de coleta e tratamento de esgoto abrangente afeta diretamente a qualidade de vida dos moradores e contribui para a contaminação do solo e das águas subterrâneas, especialmente em áreas densamente povoadas. Essa deficiência também dificulta o desenvolvimento urbano sustentável e aumenta os riscos de ocorrência de doenças de veiculação hídrica. Embora Coxixola tenha sido incluída em programas federais voltados à universalização do saneamento, como o PAC II e o plano "Água para Todos", não há confirmação oficial ou ampla divulgação sobre a efetiva conclusão de sistemas integrados de esgoto na cidade até o momento. Dessa forma, o município continua entre os que apresentam baixo índice de cobertura sanitária, necessitando de investimentos consistentes e políticas públicas eficazes para avançar na universalização do saneamento básico. 5. PROJEÇÃO POPULACIONAL Optou-se pelo método geométrico, pois ele considera o crescimento exponencial, representando de forma mais adequada a tendência de aumento populacional em comparação ao método aritmético. Além disso, mostra-se mais realista para cidades em expansão, já que capta o efeito do ‘crescimento sobre crescimento’, no qual o aumento populacional gera novas possibilidades de crescimento. De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, Coxixola possuía aproximadamente 1.771 habitantes; em 2022, esse número passou para 1.824. A partir desses dados foi feito o calculo da taxa de crescimento geometrico Kg, no qual foi obitido um valor de 0,0025 Kg= Taxa de crescimento geométrico 14 P1= População inicial (2010) P2= População final (2022) T1= Ano inicial avaliado T2= Ano final avaliado 𝐾𝑔 = 𝑙𝑛1824 − 𝑙𝑛1771 2022 − 2010 = 0,0025 Sabendo a taxa de crescimento, foi dado continuidade ao cálculo da população futura no ano de 2062, ou seja, 40 anos depois. Através da seguinte Fórmula: 𝑃 = 1.824𝑒(0,0025𝑥40) = 2016 ℎ𝑎𝑏. Através do cálculo podemos observar que a população em 2062 será aproximadamente 2016 habitantes, um aumento de 11% no valor apresentado em 2022. 6. CÁLCULO DO CONSUMO PER CAPITA Inicialmente, para definir o consumo per capita é necessário calcula o índice de perdas, para isso foi utilizado dados fornecidos pelo Sistema Nacional De Informações Sobre Saneamento (SNIS) onde o volume de água micromedido ou faturado nas economias (Vm) para o município de Coxixola foi de 31.710m³. Foi dado também o valor de 56.510m³ como sendo o volume de água faturado, ou seja, o que foi consumido pelas economias e outros meios de consumo. O volume de água macromedido foi de 61.340m³. A partir daí podemos calcular o índice de perda através da seguinte formulas: I= Índice de perda Vp= Valor macromedido Vm= Valor micromedido ou faturado 15 𝐼 = 61340 − 31710 61340 = 0,48 𝑜𝑢 48% 𝐼 = 61340 − 56510 61340 = 0,07 𝑜𝑢 7% Para o volume micromedido nas economias foi obtido um índice de perda de aproximadamente 48%, porem se levarmos em consideração o volume de água faturado o índice de perda é de 7%. Sabendo que o numero de economias fica em torno de 401 em 2010, segundo o SNIS, a partir desses valores é possível calcular o consumo efetivo per capita de água a partir da seguinte fórmula: Nesse caso foi utilizado a população estimada para 2062, nesta equação o numero de economias é cancelado uma vez que o NH/L relaciona população/economias. 𝑞𝑒 = 31710 365𝑥2016 = 43,09 𝑙 𝐻𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎 Obtivemos que o consumo efetivo per capita de agua em Coxixola será de 43,09 litros por habitante ao dia. Com os valores otidos anterioemente é possível calcular agora o consumo per capita de água através da formula: 16 Nessa parte do cálculo optou-se por calcular o consumo per capita de agua para os dois índices de perda, o micromedido por economia e o micromedido faturado. 𝑐𝑎𝑠𝑜 1: 48% 𝑞 = 43,09 (1−0,48) = 82,86 𝑙 ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑜 2: 7% 𝑞 = 43,09 (1−0,07) = 46,33 𝑙 ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎 Com isso é possível concluir que a população de Coxixola possui um consumo per capita que varia entre 46,33 e 82,86. Segundo O Sistema Nacional De Informações Sobre Saneamento (SNIS) o consumo per capita em Coxixola, levando em consideração apenas a população com acesso a água fornecida, chegaremos a um consumo de 103 l/hab. Dia. Dado esse que tambèm aparece em planilhas fornecidas pela CAGEPA REFERÊNCIAS CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Diagnóstico do Município de Coxixola – Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea. Recife: CPRM, 2005. 47 p. Acesso: https://rigeo.sgb.gov.br/jspui/bitstream/doc/16035/1/Rel_Coxixola.pdf. DE OLHO NO CARIRI. Portal de notícias De Olho no Cariri. Disponível em: http://deolhonocariri.com.br/. Acesso em: 3 set. 2025. FARIAS, André Aires de; XAVIER, Rafael Albuquerque. Eventos extremos de secas na sub-bacia hidrográfica do Rio Sucuru, Cariri Paraibano. ResearchGate, 2023. Disponível em: . Acesso em: 3 set. 2025. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos municípios do Estado da Paraíba. Escalas variadas. 17 TOPOGRAPHIC-MAP.COM. Mapa topográfico de Coxixola. [S. l.]: Topographic- Map.com, 2025. Disponível em: . Acesso em: 3 set. 2025.