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Aula 16
TCE-PE (Auditor de Controle Externo -
Auditoria de Contas Públicas)
Contabilidade Pública - 2025 (Pós-Edital)
Autor:
Gilmar Possati
10 de Junho de 2025
05718676348 - Rafael Marques de Pádua
Gilmar Possati
Aula 16
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) NBC TSP 34 - Teoria 3
..............................................................................................................................................................................................2) NBC TSP 34 - Questões Comentadas - FGV 21
..............................................................................................................................................................................................3) NBC TSP 34 - Questões Comentadas - Multibancas 27
..............................................................................................................................................................................................4) NBC TSP 34 - Questões Comentadas - Inéditas 33
..............................................................................................................................................................................................5) NBC TSP 34 - Lista de Questões - FGV 38
..............................................................................................................................................................................................6) NBC TSP 34 - Lista de Questões - Multibancas 42
..............................................................................................................................................................................................7) NBC TSP 34 - Lista de Questões - Inéditas 46
..............................................................................................................................................................................................8) NBC TSP 34 - Resumo 49
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CUSTOS NO SETOR PÚBLICO 
Aspectos Introdutórios 
O assunto Custos no Setor Público passou por alteração normativa a partir de 2024, com a edição da NBC 
TSP 34, a qual revogou a NBC T 16.11 e, portanto, hoje representa a “norma mãe” de custos no setor público. 
Vamos, portanto, detonar esse assunto! 
Objetivos 
A NBC TSP 34: 
▪ estabelece diretrizes e padrões a serem observados na implementação do sistema de custos; 
▪ trata de critérios para geração da informação de custos, como instrumento de governança pública; e 
▪ aponta para o importante papel do gestor na adoção efetiva de modelos de gerenciamento de custos. 
Nesse sentido, a norma destaca que o apoio da alta administração é imprescindível para implementar 
modelo de gerenciamento de custos que propicie a utilização da informação de custos como ferramenta de 
auxílio aos processos de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, 
transparência, prestação de contas e responsabilização. 
Alcance 
A norma alcança todas as entidades no setor público, segundo o mesmo alcance previsto na NBC TSP – 
Estrutura Conceitual. Assim, todos os entes federados devem observar as suas disposições. 
O foco da NBC TSP 34 está principalmente no uso da informação de custos para fins gerenciais. 
Definições 
Cabe destacar que, assim como no contexto das demais normas, as definições frequentemente aparecem 
em questões. Logo, a seguir vamos transcrever todas as definições presentes na norma e destacar palavras 
e termos importantes. 
Apropriação de custos diretos, ou alocação de custos indiretos é o reconhecimento do consumo de recursos 
por determinado objeto de custo previamente definido. 
Base regular é a aplicação de critérios uniformes relacionados a modelo de gerenciamento de custos e 
periodicidade, de forma contínua, comparável e consistente. 
Centro de responsabilidade é a unidade, definida no modelo de gerenciamento de custos, que é responsável 
por conduzir atividades e disponibilizar bens ou serviços, cujos recursos e resultados podem ser distinguíveis 
de outros centros e seus gestores devem prestar contas à alta administração da entidade. 
Custo é o consumo ou utilização de recursos para a geração de bens ou serviços. 
Custo direto é o custo identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de custo. 
Custo indireto é o custo que não pode ser identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de 
custo, devendo sua alocação ocorrer por meio de direcionadores de custos ou, em última instância, de bases 
de rateio razoáveis e consistentes. 
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Custo fixo é o custo que não varia na proporção do volume das atividades desenvolvidas, mantendo-se 
constante em intervalo relevante das atividades desenvolvidas pela entidade. 
Custo variável é o custo que oscila de forma proporcional ao volume das atividades desenvolvidas, 
geralmente representado pela quantidade produzida de bens ou serviços. 
Custo controlável representa a utilização de recursos na qual o gestor exerce influência sobre o consumo e 
o desempenho esperado na aplicação desses recursos. 
Custo não controlável representa a utilização de recursos que não pode ter seu controle atribuído a um 
gestor de determinado nível hierárquico. 
Custos de suporte são os custos relativos a atividades que dão suporte à realização das atividades 
finalísticas. 
Custos finalísticos são os custos correspondentes a atividades finalísticas, diretamente relacionadas ao 
cumprimento da missão institucional, por caracterizar a atuação da entidade associada ao valor público, em 
atendimento às necessidades de interesse público. 
Desembolso é o pagamento resultante do gasto. 
Direcionador de custo é o indicador que permite estabelecer a relação de causa e efeito para alocação dos 
custos indiretos. 
Gasto é o dispêndio de um ativo ou criação de um passivo, estando ou não relacionado à obtenção de um 
bem ou serviço. 
Governança pública é o conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para 
avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços 
de interesse da sociedade. 
Investimento corresponde a bens ou direitos reconhecidos no ativo em função dos benefícios futuros 
esperados. 
Método de custeio se refere ao método de atribuição de custos e está associado ao processo de 
identificação do custo ao objeto que está sendo custeado. Os principais métodos de custeio são: direto, 
variável, por absorção parcial e por absorção integral (pleno). 
A NBC TSP 34 não traz as definições desses métodos. Logo, precisamos nos valer das definições previstas no 
Manual de Informações de Custos do Governo Federal. 
Custeio Variável (direto) → apesar da NBC TSP 34 citar de forma segregada, no manual são tratados de 
forma igual (expressões sinônimas). Segundo o Manual, 
No método de custeio variável somente são apropriados ao produto os custos variáveis, diretos ou 
indiretos, que são aqueles que variam de acordo com a oscilação da produção (quando o objeto de custos 
são os bens ou serviços). 
Esse método é também chamado de método de custeio direto, em razão de os custos variáveis serem, muitas 
vezes, diretos. Com a variação dos custos atrelada à produção, depreende-se comumente que os custos são 
alocados de forma direta. Na alocação direta os custos são atribuídos aos centros de custos de forma 
objetiva, isto é, de modo fácil e claro. [...] 
Segundo a revogada NBC T 16.11, custeio diretoexemplo: 
(a) bens e serviços consumidos internamente, oferecidos e prestados entre centros de responsabilidade ou 
entidades. [opção A] 
(b) as unidades organizacionais, conforme estabelecidas no organograma, auxiliam a evidenciação 
segregada dos custos da estrutura administrativa; 
(c) os programas elencados nos planos de governo, evidenciam o custo da atuação governamental; [opção 
C] 
(d) projetos que representem o esforço para alcance da missão institucional; [opção D] 
(e) as atividades desenvolvidas na entidade, identificam o consumo dos recursos, possibilitando a 
concentração de esforços na melhoria da qualidade do serviço público disponibilizado ao cidadão e 
facilitando a mensuração do custo de bens e serviços; 
(f) a cadeia de valor, quando mapeada e compreendida pela entidade, conduz à percepção do funcionamento 
das atividades realizadas, com o objetivo de gerar valor público, por meio do diagnóstico de como estão os 
processos e da identificação de potenciais vantagens para melhoria de desempenho; e 
(g) outros que sejam considerados úteis pela entidade. 
Os bens e serviços de saúde e segurança pública são objetos de custos finalísticos. 
Gabarito: B 
4. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2023) Sobre a gestão de custos abordada pela NBC TSP 34 – Custos 
no Setor Público, assinale a opção INCORRETA: 
a) A alta administração é responsável por prover efetivo apoio à geração da informação de custos, não 
havendo responsabilização dos gestores pela qualidade dos dados e pelo uso das informações nos processos 
decisórios. 
b) As informações de custos devem contribuir para a governança pública, direcionando-a para a melhoria da 
qualidade do gasto público. 
c) O usuário deve utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio nos processos de 
planejamento, na tomada de decisão, no monitoramento, na avaliação de desempenho, na transparência, 
na prestação de contas e na responsabilização. 
d) A informação de custos deve ser útil para subsidiar a avaliação das políticas públicas, apresentando os 
resultados alcançados, consubstanciados em relatórios contendo seus indicadores de desempenho. 
Comentários 
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a. Errado. Segundo a NBC TSP 34, 
78. A alta administração é responsável por prover efetivo apoio à geração da informação de custos, além de 
responsabilizar os gestores pela qualidade dos dados e pelo uso das informações nos processos decisórios. 
b. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
75. As informações de custos devem contribuir para a governança pública, direcionando-a para a melhoria 
da qualidade do gasto público. 
c. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
76. O usuário deve utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio aos processos de 
planejamento, tomada de decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, transparência, prestação de 
contas e responsabilização. 
d. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
77. A informação de custos deve ser útil para subsidiar a avaliação das políticas públicas, apresentando os 
resultados alcançados, consubstanciados em relatórios contendo seus indicadores de desempenho. 
Gabarito: A 
5. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2023) A NBC TSP 34 – Custos no Setor Público estabelece 
obrigatoriedades do sistema de custos para as entidades do setor público. Sobre essas obrigatoriedades, 
assinale a opção INCORRETA: 
a) Cada entidade deve identificar, acumular e relatar os custos de seus objetos em uma base regular, por 
meio de sistema de custos. 
b) Os custos devem ser determinados, usando-se os mesmos métodos de custeio e as bases de mensuração, 
de acordo com o uso pretendido da informação. 
c) Os resultados e a forma como foram obtidos, incluindo as principais atividades, processos e procedimentos 
adotados na identificação, acumulação e evidenciação dos custos, devem ser mapeados e documentados. 
d) Na geração das informações de custos, exatidão e refinamentos desnecessários dos dados devem ser 
evitados. 
Comentários 
a. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
24. Cada entidade deve identificar, acumular e relatar os custos de seus objetos em uma base regular, por 
meio de sistema de custos. 
b. Errado. Segundo a NBC TSP 34, 
26. Os custos podem ser determinados usando diferentes métodos de custeio e bases de mensuração, de 
acordo com o uso pretendido da informação. Toda informação de custo, independentemente do modo como 
é apresentada, deve ser rastreável até a fonte de dados da qual se originou. 
c. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
27. Os resultados e a forma como foram obtidos, incluindo as principais atividades, processos e 
procedimentos adotados na identificação, acumulação e evidenciação dos custos devem ser mapeados e 
documentados. Por exemplo, a adoção de procedimentos de controle interno adequados, quando 
formalizados em manuais ou guias, proporciona confiabilidade e estabelece as trilhas de obtenção e a forma 
como foram geradas as informações de custo, oferecendo garantias à consistência da informação. 
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c. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
25. As informações de custo devem ser confiáveis e úteis para os processos de planejamento, tomada de 
decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, transparência, prestação de contas e responsabilização. 
Ao mesmo tempo, exatidão e refinamentos desnecessários dos dados devem ser evitados. 
Gabarito: B 
6. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2023) “O sistema de custos deve ser organizado de forma a propiciar 
o desenvolvimento de modelos de gerenciamento de custos fundamentados nas diretrizes da alta 
administração de cada entidade, que norteiem os aspectos conceituais e sistêmicos para o seu 
desenvolvimento e implantação.” Esse trecho, extraído da NBC TSP 34, fala sobre os objetivos do sistema de 
custos. Com relação ao método de custeio, identifique a opção INCORRETA: 
a) Os custos dos recursos, direta ou indiretamente utilizados ou consumidos, são identificados, atribuídos e 
acumulados, conforme definido no modelo de gerenciamento de custos, que deve ser aplicado de forma 
consistente. 
b) A citada norma obriga as entidades, com maior grau de maturidade de modelos de gerenciamento de 
custos, a avaliarem o custo-benefício da utilização do ABC para operacionalizar o rastreamento dos custos 
indiretos até as entregas. 
c) A administração da entidade ou de suas unidades está na melhor posição para selecionar o método de 
custeio que melhor se ajusta às suas necessidades. 
d) Uma vez adotado, o método de custeio deve ser consistentemente utilizado para fins de comparabilidade 
intertemporal. 
Comentários 
a. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
33. Os custos dos recursos direta ou indiretamente utilizados ou consumidos são identificados, atribuídos e 
acumulados, conforme definido no modelo de gerenciamento de custos que deve ser aplicado de forma 
consistente. 
b. Errado. Segundo a NBC TSP 34, 
37. Os métodos de custeio diferem entre si em função dos recursos utilizados ou consumidos que devem ou 
não ser atribuídos aos objetos de custos. Em estágios iniciais, com menor grau de maturidade de modelos de 
gerenciamento de custos, recomenda-se utilizar o método de custeio direto, por serem atribuídos apenas os 
custos diretos. 
39. Esta Norma encoraja, mas não obriga, que as entidades com maior grau de maturidade de modelos de 
gerenciamento de custos, avaliem o custo-benefício da utilização do ABC para operacionalizar o 
rastreamento dos custos indiretos até as entregas. No entanto, essa avaliação é desnecessária quando a 
atribuição dos custos indiretos não for relevante. 
c. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
35. A administraçãoda entidade ou de suas unidades está na melhor posição para selecionar o método de 
custeio que melhor se ajusta às suas necessidades. Para fazer essa seleção, a administração deve avaliar as 
alternativas de método de custeio e selecionar aquela que provê os melhores resultados no contexto de seu 
ambiente operacional. 
c. Certo. Segundo a NBC TSP 34, 
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36. Uma vez adotado, o método de custeio deve ser consistentemente utilizado para fins de 
comparabilidade intertemporal. Contudo, essa determinação não afasta os necessários refinamentos e 
melhorias do modelo de gerenciamento de custos que impliquem alteração do método, desde que os efeitos 
de qualquer mudança sejam documentados e explicados. 
Gabarito: B 
7. (CEBRASPE/Oficial Técnico/ABIN/2018) Quando todos os custos fixos e variáveis são alocados ao objeto 
de custo, sem rateios ou apropriações, o método adotado é o do custo direto. 
Comentários 
Segundo a revogada NBC T 16.11 (base dessa questão), 
Custeio direto é o custeio que aloca todos os custos – fixos e variáveis – diretamente a todos 
os objetos de custo sem qualquer tipo de rateio ou apropriação. 
Apesar da norma estar revogada, trata-se de uma definição válida no contexto da nova norma (NBC TSP 34). 
Gabarito: Certo 
8. (CEBRASPE/Oficial Técnico/ABIN/2018) Ao fazer uso da metodologia de custeio pleno, o ente apropriará 
aos produtos e serviços que oferta os custos de produção e, também, as despesas. 
Comentários 
Custeio por absorção integral (pleno): aloca aos produtos todos os custos de produção (fixos e variáveis) 
juntamente com as despesas fixas (administração, vendas etc.). As despesas variáveis são incorporadas ao 
resultado. 
Nesse sentido, no Custeio Pleno os custos diretos são alocados diretamente aos produtos, enquanto os 
indiretos são apropriados ao por meio de uma base de rateio. Da mesma forma, as despesas fixas de 
administração e de vendas também passam por um rateio antes da incorporação aos produtos. 
Segundo a revogada NBC T 16.11 (tomada como base nessa questão), o custeio pleno consiste na 
apropriação dos custos de produção e das despesas aos produtos e serviços. 
Gabarito: Certo 
9. (CEBRASPE/Auditor/TCM-BA/2018) Determinado estado da Federação possui um terreno próprio 
avaliado em R$ 10.000 e, nele, construiu uma escola pública de ensino médio para 600 alunos, cujos gastos 
são os seguintes: 
• valor da folha de pessoal mensal igual a R$ 58.000; 
• valor referente ao total mensal das contas de energia, água e telefone igual a R$ 16.000; 
• aquisição de equipamentos e móveis no valor de R$ 80.900, cuja depreciação mensal é de R$ 2.500; 
• construção da escola no valor de R$ 281.100, com depreciação mensal de R$ 1.500 (incluído o terreno). 
Considerando-se que, nas escolas particulares similares do bairro, com capacidade para o mesmo 
quantitativo de alunos, é cobrado o equivalente a R$ 750/mês por aluno, ao se realizar a avaliação da decisão 
de construção da escola pública sob a ótica do resultado econômico, é correto afirmar que, mensalmente, 
há 
a) prejuízo econômico de R$ 4.000. 
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b) prejuízo econômico de R$ 74.000. 
c) resultado econômico de equilíbrio. 
d) lucro econômico de R$ 78.000. 
e) lucro econômico de R$ 372.000. 
Comentários 
Essa é uma questão que foge da trivialidade, mas não tem muito mistério. Basicamente, precisamos 
confrontar os custos com a ação governamental e os custos que a entidade incorreria se a ação fosse 
executada pela via privada. Assim, temos: 
Custos (ação governamental – construção da escola) 
Folha de Pessoal 58.000 
Contas de consumo 16.000 
Depreciação mensal dos móveis 2.500 
Depreciação do imóvel 1.500 
Total 78.000 
Custos (ação privada) 
750,00/mês x 600 alunos = 450.000 
Nesse sentido, considerando a diferença entre os custos (450.000 – 78.000) houve um lucro econômico de 
372.000,00. 
Gabarito: E 
10. (CEBRASPE/Analista/EBSERH/2018) No setor público, o sistema de informação de custos deve ser 
independente em relação aos demais sistemas de informações e gestão, a fim de não sofrer interferências 
destes. 
Comentários 
O sistema de informação de custos não deve ser independente. Pelo contrário, deve ser integrado, pois deve 
capturar informações dos demais sistemas de informações do setor público (sistemas estruturantes), tais 
como SIAFI, SIGEPE, SIOP, entre outros. 
Gabarito: Errado 
 
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QUESTÕES COMENTADAS - NBC TSP 34 - INÉDITAS 
1. (Inédita/2024) Segundo a NBC TSP 34, a identificação e segregação entre custos e perdas é: 
a) desnecessária, considerando-se que as perdas são atribuídas aos objetos de custos. 
b) facultativa, pois a depender do contexto da entidade, faz-se necessário esse procedimento ou não, 
sendo o julgamento profissional imperativo nesse sentido. 
c) obrigatória apenas para a administração direta dos entes federados. 
d) depende do modelo de gerenciamento de custos adotado. 
e) necessária, pois as perdas não são atribuídas aos objetos de custos. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, 
No setor público, a essência da atividade produtiva é a prestação de serviços para a sociedade e o 
objetivo desta norma é apurar custos para fins gerenciais. Sendo assim, a necessidade de segregar 
custos e despesas depende do modelo de gerenciamento de custos adotado. 
A identificação e segregação entre custos e perdas é necessária, pois as perdas não são atribuídas 
aos objetos de custos. Dessa forma, perdas por redução a valor recuperável, por indenizações, por 
catástrofes, entre outras de natureza assemelhada, não devem ser consideradas como custos. 
Gabarito: E 
2. (Inédita/2024) Segundo a NBC TSP 34 - Custos no Setor Público, para definir e estabelecer seus 
centros de responsabilidade, a entidade deve considerar como fator predominante as entregas 
produzidas à sociedade, objetivo finalístico das entidades do setor público. 
Comentários 
Para definir e estabelecer seus centros de responsabilidade, a entidade deve considerar como fator 
predominante sua estrutura organizacional e correspondentes unidades responsáveis, tais como 
secretarias, administrações, escritórios e divisões. 
Gabarito: Errado 
3. (Inédita/2024) Nos termos da NBC TSP 34, o método de custeio se refere ao método de atribuição 
de custos e está associado ao processo de identificação do custo ao objeto que está sendo custeado. 
A escolha do melhor método é definido pela Secretaria do Tesouro Nacional, a qual segrega as 
entidades pelo nível de complexidade de suas operações e, a partir dessa definição, determina o 
método mais adequado. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, a administração da entidade ou de suas unidades está na melhor posição 
para selecionar o método de custeio que melhor se ajusta às suas necessidades. 
Observe que a opção do melhor método é da entidade. Não é algo imposto, mas sim uma opção da 
entidade, de acordo com aquilo que mais faça sentido no contexto de suas operações. 
Gabarito: Errado 
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4. (Inédita/2024) Segundo a NBC TSP 34, a comparabilidade requer o uso consistente do mesmo 
modelo de gerenciamento de custo ao longo do tempo na entidade, ou nomesmo período em 
entidades diferentes. Na comparabilidade entre entidades ou entre suas unidades, a norma 
recomenda que: 
a) quando a comparação incidir sobre a mensuração do objeto de custo final, que se adote o custeio 
direto. 
b) quando a comparação incidir sobre objetos de custo intermediários, que se adote o custeio pleno. 
c) quando a comparação incidir sobre a mensuração do objeto de custo final, que se adote o custeio 
por absorção integral. 
d) independentemente da incidência da comparação, que se adote o custeio por absorção parcial. 
e) quando a comparação incidir sobre objetos de custo intermediários, que se adote o custeio direto. 
Comentários 
a. Errado. Nesse caso, a norma recomenda que se adote o custeio por absorção integral (custeio 
pleno). 
b. Errado. Nesse caso, a norma recomenda que a escolha do método de custeio seja discricionária. 
c. Certo. Quando a comparação incidir sobre a mensuração do objeto de custo final, para não 
subestimar os insumos consumidos ou utilizados pelas entidades ou centros em comparação, a NBC 
TSP 34 recomenda que se adote o custeio por absorção integral (custeio pleno). Assim, os custos 
comparáveis resultam da atribuição de todos os custos, finalísticos e de suporte. 
d. Errado. A recomendação depende da incidência de comparação. 
e. Errado. Nesse caso, a norma recomenda que a escolha do método de custeio seja discricionária. 
Gabarito: C 
5. (Inédita/2024) A NBC TSP 34 descreve dois tipos de objetos de custos: final e intermediário. As 
opções a seguir indicam exemplos de objetos de custos intermediários, à exceção de uma. Assinale-
a: 
a) bens de consumo interno (material de consumo) 
b) serviços de segurança pública 
c) projeto para alcance da missão institucional 
d) unidade organizacional administrativa 
e) programa elencado no plano de governo 
Comentários 
Objeto de custo final → objeto de custo que corresponda a bens e serviços que representam 
entregas que satisfaçam necessidades da sociedade. 
Exemplos (NBC TSP 34): bens e serviços de saúde, de segurança pública, de saneamento, de educação 
etc. 
Objeto de custo intermediário → objeto de custo que não corresponda a bens e serviços entregues 
à sociedade. 
Exemplos (NBC TSP 34): 
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▪ bens e serviços consumidos internamente, oferecidos e prestados entre centros de 
responsabilidade ou entidades; 
▪ as unidades organizacionais, conforme estabelecidas no organograma, auxiliam a 
evidenciação segregada dos custos da estrutura administrativa; 
▪ os programas elencados nos planos de governo, evidenciam o custo da atuação 
governamental; 
▪ projetos que representem o esforço para alcance da missão institucional; 
▪ as atividades desenvolvidas na entidade, identificam o consumo dos recursos, possibilitando 
a concentração de esforços na melhoria da qualidade do serviço público disponibilizado ao 
cidadão e facilitando a mensuração do custo de bens e serviços; 
▪ a cadeia de valor, quando mapeada e compreendida pela entidade, conduz à percepção do 
funcionamento das atividades realizadas, com o objetivo de gerar valor público, por meio do 
diagnóstico de como estão os processos e da identificação de potenciais vantagens para 
melhoria de desempenho; e 
▪ outros que sejam considerados úteis pela entidade. 
Gabarito: B 
6. (Inédita/2024) No processo de desenvolvimento de modelos de gerenciamento de custos, a NBC 
TSP 34 recomenda a observância de diretrizes que representam etapas a serem percorridas pela 
entidade. Relacione as etapas com os respectivos objetivos de cada etapa. 
1 – Planejamento 
2 – Estruturação 
3 – Implantação 
4 – Gestão 
( ) identificar e segregar os custos a serem mensurados 
( ) definir os centros de responsabilidade e os objetos de custos 
( ) avaliar o consumo dos recursos 
( ) verificar a conformidade das informações geradas 
A sequência correta de cima para baixo é: 
a) 1, 2, 3, 4 
b) 2, 1, 4, 3 
c) 2, 1, 3, 4 
d) 1, 2, 4, 3 
e) 4, 3, 2, 1 
Comentários 
Vamos inserir aqui o nosso quadro-esquemático: 
Diretrizes no desenvolvimento do modelo de gerenciamento de custos (NBC TSP 34) 
Etapas Objetivos 
Planejamento 
▪ definir os centros de responsabilidade e os objetos de custos; 
▪ explicitar qual é a principal finalidade do modelo e seus propósitos de uso; 
▪ realizar benchmarking (boa prática) 
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Diretrizes no desenvolvimento do modelo de gerenciamento de custos (NBC TSP 34) 
Etapas Objetivos 
Estruturação 
▪ identificar e segregar os custos a serem mensurados; 
▪ mapear os dados de entrada do sistema de informação de custos. 
Implantação 
▪ mensurar e evidenciar os custos; 
▪ verificar a conformidade das informações geradas; 
▪ Utilizar projeto piloto para implementação gradual do modelo na entidade (boa 
prática). 
Gestão 
▪ avaliar o consumo dos recursos; 
▪ utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio aos processos de 
planejamento, tomada de decisão, monitoramento, prestação de contas, 
transparência e avaliação de desempenho; 
Gabarito: B 
7. (Inédita/2024) A atribuição dos custos aos objetos de custos se dá mediante aplicação dos 
sistemas de acumulação e dos métodos de custeio. Nos casos em que a entidade que se beneficie do 
consumo não seja a responsável pelo desembolso, os recursos consumidos não devem ser atribuídos 
aos objetos de custos. 
Comentários 
De fato, a atribuição dos custos aos objetos de custos se dá mediante aplicação dos sistemas de 
acumulação e dos métodos de custeio. Porém, segundo a NBC TSP 34, os recursos consumidos 
devem ser atribuídos aos objetos de custos, mesmo que a entidade que se beneficie do consumo 
não seja a responsável pelo desembolso, parcial ou integral. 
Gabarito: Errado 
8. (Inédita/2024) Os recursos efetivamente consumidos devem ser atribuídos aos custos 
independentemente de ter havido ou não o desembolso. 
Comentários 
Para fixar! Segundo a NBC TSP 34, os recursos consumidos devem ser atribuídos aos objetos de 
custos, mesmo que a entidade que se beneficie do consumo não seja a responsável pelo desembolso, 
parcial ou integral. A atribuição desses custos tem o intuito de representar com fidedignidade o 
custo dos recursos efetivamente consumidos, independentemente de ter havido ou não 
desembolso. Por exemplo, doações, força de trabalho de estudantes (no caso de hospitais 
universitários), servidores ou prédios cedidos. 
Gabarito: Certo 
9. (Inédita/2024) Apesar das informações de custos serem ferramentas de auxílio aos processos de 
tomada de decisão, a NBC TSP 34 prevê a possibilidade de os gestores serem responsabilizados pela 
qualidade dos dados e pelo uso das informações nos processos decisórios. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, o usuário deve utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio 
aos processos de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, 
transparência, prestação de contas e responsabilização. 
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A alta administração é responsável por prover efetivo apoio à geração da informação de custos, 
além de responsabilizar os gestores pela qualidade dos dados e pelo uso das informações nos 
processos decisórios. 
Gabarito: Certo 
10. (Inédita/2024) Enquanto gastos relativos a bens e serviços utilizados e consumidos 
imediatamente geram custos e despesas liquidadas concomitantemente, os investimentos gerarãocustos posteriormente quando forem utilizados, ou pelo transcurso do tempo, por meio da 
depreciação, amortização e exaustão. 
Comentários 
Segundo a STN (Relatório Foco em Custos), 
O custo se distingue da despesa orçamentária por estar vinculado ao efetivo consumo dos recursos 
utilizados na produção de bens e prestação de serviços públicos. O tratamento dos investimentos 
ajuda a compreender a distinção: enquanto gastos relativos a bens e serviços utilizados e consumidos 
imediatamente geram custos e despesas liquidadas concomitantemente, os investimentos gerarão 
custos posteriormente quando forem utilizados, ou pelo transcurso do tempo, por meio da 
depreciação, amortização e exaustão. 
Gabarito: Certo 
11. (Inédita/2024) Os custos podem ser mensurados pela identificação das Variações Patrimoniais 
Diminutivas (VPD) que correspondem ao uso de recursos, seguindo o regime de competência, 
incluindo consumo de estoques, depreciação etc. No entanto, nem todas as Variações Patrimoniais 
Diminutivas são consideradas custos. 
Comentários 
Segundo a STN (Relatório Foco em Custos), 
Os custos podem ser mensurados pela identificação das VPD que correspondem ao uso de recursos, 
seguindo o regime de competência, incluindo consumo de estoques, depreciação etc. Contudo, cabe 
observar que algumas VPD não são consideradas custos, uma vez que não representam efetivo 
consumo de recursos utilizados na produção de bens e prestação de serviços públicos, tais como as 
repartições constitucionais de impostos pela União e as perdas patrimoniais. [...] 
Essas perdas patrimoniais incluem perdas com crédito tributário, dívida ativa e financiamentos; 
redução a valor recuperável de imobilizado, investimentos e intangíveis; resultado negativo de 
participações; bem como o reconhecimento de provisões para riscos fiscais, cíveis, e perdas judiciais 
e administrativas. 
Gabarito: Certo 
 
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LISTA DAS QUESTÕES - NBC TSP 34 - FGV 
1. (FGV/Auditor/CGE-PB/2024) Uma entidade pública tem como objetivo a prestação de assistência e 
orientação jurídica aos cidadãos que não possuem condições financeiras de pagar as despesas desses 
serviços. Para atingir esse objetivo, a entidade conta com um corpo de servidores, sendo que parte atua na 
área de atendimento jurídico e parte é responsável pelas atividades administrativas. A entidade ainda conta 
com contratos de terceirização de mão de obra com dedicação exclusiva para os serviços de manutenção 
predial, segurança, e limpeza e conservação. Como entidade prestadora de serviço, os gastos relacionados a 
recursos humanos e serviços terceirizados são os mais relevantes em seu orçamento. Sob a perspectiva da 
gestão de custos tratada na NBC TSP 34, os gastos da entidade com contratos de terceirização de mão de 
obra devem ser enquadrados como: 
a) custos diretos 
b) custos variáveis 
c) objetos de custos 
d) custos de suporte 
e) direcionadores de custos 
2. (FGV/Analista/TJ-SE/2023) Na adoção de um sistema para gerar informações de custos em uma entidade, 
é necessário definir centros de responsabilidade, o que é uma atribuição da alta administração da entidade. 
A NBC TSP 34 - Custos no Setor Público orienta que o estabelecimento dos centros de responsabilidade deve 
ser baseado em requisitos como: 
a) características dos usuários da informação; 
b) tipo de sistema de acumulação de custos adotado; 
c) estrutura organizacional da entidade; 
d) nível de procedimentos de controle implantados na entidade; 
e) diretrizes definidas pelos órgãos de controle. 
3. (FGV/Auditor/CGE-SC/2023/Adaptada) De acordo com a NBC TSP 34 – Custos no Setor Público, os 
sistemas de acumulação de custos no setor público ocorrem por ordem de serviço ou produção e de forma 
contínua. Assinale a opção que indica um caso em que o sistema por ordem é mais apropriado para o 
tratamento dos custos em uma entidade de ensino do setor público. 
a) Obras e benfeitorias. 
b) Transporte de alunos. 
c) Salários de funcionários. 
d) Manutenção do sistema de refrigeração. 
e) Material de informática de computadores. 
4. (FGV/Auditor/TCE-ES/2023) Uma entidade pública deseja apurar os custos individuais dos serviços que 
presta para avaliar a necessidade de ajustes no processo de gestão desses serviços. Porém, a entidade se 
depara com diversos custos indiretos, a exemplo do aluguel do imóvel usado para prestar os serviços. Se a 
entidade adotar o método de custeio por absorção, custos dessa natureza: 
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a) devem ser acumulados como ajustes de avaliação patrimonial; 
b) devem ser tratados como despesa do período quando incorridos; 
c) podem ser alocados a partir da definição de critérios de rateio; 
d) quando incorridos, reduzem a margem de contribuição individual; 
e) são acumulados da mesma forma que no método de custeio variável. 
5. (FGV/Analista/MPE-GO/2022) Assinale a opção que indica os principais usuários da informação de custos 
em entidades do setor público, de acordo com a NBC TSP 34– Custos no Setor Público. 
a) Gestores. 
b) Cidadãos. 
c) Órgãos de controle. 
d) Organizações sociais. 
e) Membros do Poder Legislativo. 
6. (FGV/Analista/TJ-TO/2022) Uma analista contábil estava atuando na implantação de um sistema de 
informação de custos para melhor controle dos serviços prestados por um ente público. Nesse sistema, a 
entidade adota o método de custeio por absorção. Por esse método, um exemplo de custo que a entidade 
pode alocar aos centros de custos, sem usar critérios de rateio, é: 
a) aluguel de imóvel; 
b) consumo de embalagens; 
c) consumo de energia elétrica; 
d) depreciação de máquinas; 
e) gastos com seguro de equipamentos. 
7. (FGV/Auditor/TCE-TO/2022) Nas suas atividades operacionais, com ênfase em prestação de serviços, uma 
entidade pública incorre em um volume relevante de custos que não podem ser identificados diretamente 
ao objeto do custo. Nesses casos, para fins de registros contábeis, tais custos: 
a) são reconhecidos diretamente no resultado do período; 
b) não afetam a avaliação do desempenho operacional da entidade; 
c) não devem ser considerados no desempenho de centros de responsabilidade; 
d) podem ser apropriados por meio de direcionadores de custos; 
e) devem ser controlados a partir da estrutura de custeio padrão. 
8. (FGV/Auditor/TCE-TO/2022) Uma entidade que deseja gerar informações de custos para a sua gestão 
precisa adotar um sistema de acumulação que corresponde à forma como os custos são acumulados e 
apropriados aos bens e serviços e outros objetos de custos. No caso de a entidade precisar de um sistema 
que compreenda especificações predeterminadas do serviço demandado, deve adotar o sistema de custeio: 
a) baseado em atividade; 
b) de acumulação contínua; 
c) pleno ou variável; 
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d) por absorção ou direto; 
e) por ordem de serviço ou produção. 
9. (FGV/Contador/CM Taubaté/2022/adaptada) O método de custeio está associado ao processo de 
identificação e associação do custo ao objeto que está sendo custeado. Entre os métodos apresentados, o 
custeio pleno consiste na 
a) apropriação dos custos de produção e das despesas aos produtos e serviços. 
b) apropriação dos custos variáveis aos produtos e serviços e consideração dos custos fixos como despesa 
do período. 
c) alocação de todos os custos diretamente a todos os objetos de custeio sem rateios ouapropriações. 
d) consideração de que todas as atividades desenvolvidas pelas entidades são geradoras de custos e 
consomem recursos. 
e) relação estabelecida entre atividades e os objetos de custo por meio de direcionadores de custos que 
determinam quanto de cada atividade é consumida por eles. 
10. (FGV/Analista/ALERO/2018) O sistema de acumulação corresponde à forma como os custos são 
acumulados e apropriados aos bens e serviços e outros objetos de custos e está relacionado ao fluxo físico e 
real da produção. Assinale a opção que indica o sistema mais adequado para tratamento dos custos de 
projetos como obras e benfeitorias. 
a) Ordem de serviço ou produção. 
b) Forma contínua. 
c) Custeio direto. 
d) Custeio por absorção. 
e) Custeio por atividade. 
 
 
 
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GABARITO 
 
 
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 
D C A C A B D E A A 
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LISTA DAS QUESTÕES - NBC TSP 34 - MULTIBANCAS 
1. (COMPERVE/Técnico/UFRN/2023) Em 18 de novembro de 2021, foi aprovada a NBC TSP 34 – Custos no 
Setor Público, que trata, principalmente, do uso da informação de custos para fins gerenciais. Para tanto, no 
corpo da norma, são estabelecidas algumas definições, dentre as quais a transcrita a seguir: “é o dispêndio 
de um ativo ou criação de um passivo, estando ou não relacionado à obtenção de um bem ou serviço.” Essa 
é a definição de 
a) gasto. 
b) custo. 
c) despesa. 
d) investimento. 
2. (COMPERVE/Técnico/UFRN/2023) A NBC TSP 34 – Custos no Setor Público apresenta as características 
qualitativas e as restrições da informação de custos, definidas anteriormente na NBC TSP Estrutura 
Conceitual. Representação fidedigna, materialidade, compreensibilidade, custo-benefício e tempestividade 
são, respectivamente, exemplos de 
a) característica qualitativa, restrição, característica qualitativa, restrição, característica qualitativa. 
b) característica qualitativa, característica qualitativa, característica qualitativa, restrição, restrição. 
c) restrição, característica qualitativa, restrição, restrição, característica qualitativa. 
d) restrição, restrição, restrição, característica qualitativa, característica qualitativa. 
3. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2023) A NBC TSP 34 – Custos no Setor Público estabelece que “todo 
objeto de custo que não corresponda a bens e serviços entregues à sociedade é considerado intermediário”. 
Abaixo, têm-se alguns exemplos de objetos de custos intermediários, EXCETO: 
a) bens e serviços consumidos internamente, oferecidos e prestados entre centros de responsabilidade ou 
entidades. 
b) bens e serviços de saúde e de segurança pública. 
c) programas elencados nos planos de governo que evidenciem o custo da atuação governamental. 
d) projetos que representem o esforço para o alcance da missão institucional. 
4. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2023) Sobre a gestão de custos abordada pela NBC TSP 34 – Custos 
no Setor Público, assinale a opção INCORRETA: 
a) A alta administração é responsável por prover efetivo apoio à geração da informação de custos, não 
havendo responsabilização dos gestores pela qualidade dos dados e pelo uso das informações nos processos 
decisórios. 
b) As informações de custos devem contribuir para a governança pública, direcionando-a para a melhoria da 
qualidade do gasto público. 
c) O usuário deve utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio nos processos de 
planejamento, na tomada de decisão, no monitoramento, na avaliação de desempenho, na transparência, 
na prestação de contas e na responsabilização. 
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d) A informação de custos deve ser útil para subsidiar a avaliação das políticas públicas, apresentando os 
resultados alcançados, consubstanciados em relatórios contendo seus indicadores de desempenho. 
5. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2023) A NBC TSP 34 – Custos no Setor Público estabelece 
obrigatoriedades do sistema de custos para as entidades do setor público. Sobre essas obrigatoriedades, 
assinale a opção INCORRETA: 
a) Cada entidade deve identificar, acumular e relatar os custos de seus objetos em uma base regular, por 
meio de sistema de custos. 
b) Os custos devem ser determinados, usando-se os mesmos métodos de custeio e as bases de mensuração, 
de acordo com o uso pretendido da informação. 
c) Os resultados e a forma como foram obtidos, incluindo as principais atividades, processos e procedimentos 
adotados na identificação, acumulação e evidenciação dos custos, devem ser mapeados e documentados. 
d) Na geração das informações de custos, exatidão e refinamentos desnecessários dos dados devem ser 
evitados. 
6. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2023) “O sistema de custos deve ser organizado de forma a propiciar 
o desenvolvimento de modelos de gerenciamento de custos fundamentados nas diretrizes da alta 
administração de cada entidade, que norteiem os aspectos conceituais e sistêmicos para o seu 
desenvolvimento e implantação.” Esse trecho, extraído da NBC TSP 34, fala sobre os objetivos do sistema de 
custos. Com relação ao método de custeio, identifique a opção INCORRETA: 
a) Os custos dos recursos, direta ou indiretamente utilizados ou consumidos, são identificados, atribuídos e 
acumulados, conforme definido no modelo de gerenciamento de custos, que deve ser aplicado de forma 
consistente. 
b) A citada norma obriga as entidades, com maior grau de maturidade de modelos de gerenciamento de 
custos, a avaliarem o custo-benefício da utilização do ABC para operacionalizar o rastreamento dos custos 
indiretos até as entregas. 
c) A administração da entidade ou de suas unidades está na melhor posição para selecionar o método de 
custeio que melhor se ajusta às suas necessidades. 
d) Uma vez adotado, o método de custeio deve ser consistentemente utilizado para fins de comparabilidade 
intertemporal. 
7. (CEBRASPE/Oficial Técnico/ABIN/2018) Quando todos os custos fixos e variáveis são alocados ao objeto 
de custo, sem rateios ou apropriações, o método adotado é o do custo direto. 
8. (CEBRASPE/Oficial Técnico/ABIN/2018) Ao fazer uso da metodologia de custeio pleno, o ente apropriará 
aos produtos e serviços que oferta os custos de produção e, também, as despesas. 
9. (CEBRASPE/Auditor/TCM-BA/2018) Determinado estado da Federação possui um terreno próprio 
avaliado em R$ 10.000 e, nele, construiu uma escola pública de ensino médio para 600 alunos, cujos gastos 
são os seguintes: 
• valor da folha de pessoal mensal igual a R$ 58.000; 
• valor referente ao total mensal das contas de energia, água e telefone igual a R$ 16.000; 
• aquisição de equipamentos e móveis no valor de R$ 80.900, cuja depreciação mensal é de R$ 2.500; 
• construção da escola no valor de R$ 281.100, com depreciação mensal de R$ 1.500 (incluído o terreno). 
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Considerando-se que, nas escolas particulares similares do bairro, com capacidade para o mesmo 
quantitativo de alunos, é cobrado o equivalente a R$ 750/mês por aluno, ao se realizar a avaliação da decisão 
de construção da escola pública sob a ótica do resultado econômico, é correto afirmar que, mensalmente, 
há 
a) prejuízo econômico de R$ 4.000. 
b) prejuízo econômicode R$ 74.000. 
c) resultado econômico de equilíbrio. 
d) lucro econômico de R$ 78.000. 
e) lucro econômico de R$ 372.000. 
10. (CEBRASPE/Analista/EBSERH/2018) No setor público, o sistema de informação de custos deve ser 
independente em relação aos demais sistemas de informações e gestão, a fim de não sofrer interferências 
destes. 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
 
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 
A A B A B B C C E E 
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LISTA DAS QUESTÕES - NBC TSP 34 - INÉDITAS 
1. (Inédita/2024) Segundo a NBC TSP 34, a identificação e segregação entre custos e perdas é: 
a) desnecessária, considerando-se que as perdas são atribuídas aos objetos de custos. 
b) facultativa, pois a depender do contexto da entidade, faz-se necessário esse procedimento ou não, 
sendo o julgamento profissional imperativo nesse sentido. 
c) obrigatória apenas para a administração direta dos entes federados. 
d) depende do modelo de gerenciamento de custos adotado. 
e) necessária, pois as perdas não são atribuídas aos objetos de custos. 
2. (Inédita/2024) Segundo a NBC TSP 34 - Custos no Setor Público, para definir e estabelecer seus 
centros de responsabilidade, a entidade deve considerar como fator predominante as entregas 
produzidas à sociedade, objetivo finalístico das entidades do setor público. 
3. (Inédita/2024) Nos termos da NBC TSP 34, o método de custeio se refere ao método de atribuição 
de custos e está associado ao processo de identificação do custo ao objeto que está sendo custeado. 
A escolha do melhor método é definido pela Secretaria do Tesouro Nacional, a qual segrega as 
entidades pelo nível de complexidade de suas operações e, a partir dessa definição, determina o 
método mais adequado. 
4. (Inédita/2024) Segundo a NBC TSP 34, a comparabilidade requer o uso consistente do mesmo 
modelo de gerenciamento de custo ao longo do tempo na entidade, ou no mesmo período em 
entidades diferentes. Na comparabilidade entre entidades ou entre suas unidades, a norma 
recomenda que: 
a) quando a comparação incidir sobre a mensuração do objeto de custo final, que se adote o custeio 
direto. 
b) quando a comparação incidir sobre objetos de custo intermediários, que se adote o custeio pleno. 
c) quando a comparação incidir sobre a mensuração do objeto de custo final, que se adote o custeio 
por absorção integral. 
d) independentemente da incidência da comparação, que se adote o custeio por absorção parcial. 
e) quando a comparação incidir sobre objetos de custo intermediários, que se adote o custeio direto. 
5. (Inédita/2024) A NBC TSP 34 descreve dois tipos de objetos de custos: final e intermediário. As 
opções a seguir indicam exemplos de objetos de custos intermediários, à exceção de uma. Assinale-
a: 
a) bens de consumo interno (material de consumo) 
b) serviços de segurança pública 
c) projeto para alcance da missão institucional 
d) unidade organizacional administrativa 
e) programa elencado no plano de governo 
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6. (Inédita/2024) No processo de desenvolvimento de modelos de gerenciamento de custos, a NBC 
TSP 34 recomenda a observância de diretrizes que representam etapas a serem percorridas pela 
entidade. Relacione as etapas com os respectivos objetivos de cada etapa. 
1 – Planejamento 
2 – Estruturação 
3 – Implantação 
4 – Gestão 
( ) identificar e segregar os custos a serem mensurados 
( ) definir os centros de responsabilidade e os objetos de custos 
( ) avaliar o consumo dos recursos 
( ) verificar a conformidade das informações geradas 
A sequência correta de cima para baixo é: 
a) 1, 2, 3, 4 
b) 2, 1, 4, 3 
c) 2, 1, 3, 4 
d) 1, 2, 4, 3 
e) 4, 3, 2, 1 
7. (Inédita/2024) A atribuição dos custos aos objetos de custos se dá mediante aplicação dos 
sistemas de acumulação e dos métodos de custeio. Nos casos em que a entidade que se beneficie do 
consumo não seja a responsável pelo desembolso, os recursos consumidos não devem ser atribuídos 
aos objetos de custos. 
8. (Inédita/2024) Os recursos efetivamente consumidos devem ser atribuídos aos custos 
independentemente de ter havido ou não o desembolso. 
9. (Inédita/2024) Apesar das informações de custos serem ferramentas de auxílio aos processos de 
tomada de decisão, a NBC TSP 34 prevê a possibilidade de os gestores serem responsabilizados pela 
qualidade dos dados e pelo uso das informações nos processos decisórios. 
10. (Inédita/2024) Enquanto gastos relativos a bens e serviços utilizados e consumidos 
imediatamente geram custos e despesas liquidadas concomitantemente, os investimentos gerarão 
custos posteriormente quando forem utilizados, ou pelo transcurso do tempo, por meio da 
depreciação, amortização e exaustão. 
11. (Inédita/2024) Os custos podem ser mensurados pela identificação das Variações Patrimoniais 
Diminutivas (VPD) que correspondem ao uso de recursos, seguindo o regime de competência, 
incluindo consumo de estoques, depreciação etc. No entanto, nem todas as Variações Patrimoniais 
Diminutivas são consideradas custos. 
 
 
 
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==d8218==
 
 
GABARITO 
 
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 
E E E C B B E C C C C 
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NBC TSP 34 (RESUMO) 
1. Principais Definições 
Custo é o consumo ou utilização de recursos para a geração de bens ou serviços. 
Custo direto é o custo identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de custo. 
Custo indireto é o custo que não pode ser identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de custo, 
devendo sua alocação ocorrer por meio de direcionadores de custos ou, em última instância, de bases de rateio 
razoáveis e consistentes. 
Custo fixo é o custo que não varia na proporção do volume das atividades desenvolvidas, mantendo-se constante em 
intervalo relevante das atividades desenvolvidas pela entidade. 
Custo variável é o custo que oscila de forma proporcional ao volume das atividades desenvolvidas, geralmente 
representado pela quantidade produzida de bens ou serviços. 
Custo controlável representa a utilização de recursos na qual o gestor exerce influência sobre o consumo e o 
desempenho esperado na aplicação desses recursos. 
Custo não controlável representa a utilização de recursos que não pode ter seu controle atribuído a um gestor de 
determinado nível hierárquico. 
Custos de suporte são os custos relativos a atividades que dão suporte à realização das atividades finalísticas. 
Custos finalísticos são os custos correspondentes a atividades finalísticas, diretamente relacionadas ao cumprimento 
da missão institucional, por caracterizar a atuação da entidade associada ao valor público, em atendimento às 
necessidades de interesse público. 
Desembolso é o pagamento resultante do gasto. 
Direcionador de custo é o indicador que permite estabelecer a relação de causa e efeito para alocação dos custos 
indiretos. 
Gasto é o dispêndio de um ativo ou criação de um passivo, estando ou não relacionado à obtenção de um bem ouserviço. 
Investimento corresponde a bens ou direitos reconhecidos no ativo em função dos benefícios futuros esperados. 
Método de custeio se refere ao método de atribuição de custos e está associado ao processo de identificação do 
custo ao objeto que está sendo custeado. Os principais métodos de custeio são: direto, variável, por absorção parcial 
e por absorção integral (pleno). 
Modelo de gerenciamento de custos consiste no conjunto de diretrizes, escopo de aplicação, objetos de custo, sistema 
de acumulação, método de custeio e bases de mensuração, necessários ao gerenciamento de custos. 
Objeto de custo é a unidade para a qual se deseja identificar, mensurar e avaliar os custos. O conceito de objeto de 
custo é amplo, podendo ser considerado como tal qualquer item no qual os custos conseguem ser identificados e que 
tem relevância para a gestão. A quantidade de objetos de custos influencia o nível de granularidade e de complexidade 
do modelo de gerenciamento de custos. São classificados em objeto de custo final e objeto de custo intermediário. 
Objetos de custos finais são os bens e serviços entregues à sociedade, podendo fazer referência a qualquer entrega 
que satisfaça uma necessidade, associada à geração do valor público. 
Objetos de custos intermediários são aqueles objetos cujos custos, sendo ou não atribuídos aos objetos de custos 
finais, são de interesse da entidade por representarem informações úteis para a gestão. 
Perda é o consumo ou utilização de recursos de forma anormal e imprevisível, não contribuindo para a geração de 
bens e serviços. 
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Sistema de acumulação corresponde à forma como os custos são acumulados e atribuídos aos bens e serviços e 
outros objetos de custos e está relacionado ao fluxo físico e real da produção. Os sistemas de acumulação de custos 
no setor público ocorrem por ordem de serviço ou produção e de forma contínua. 
Sistema de acumulação contínua é o sistema de acumulação que compreende demandas de caráter continuado e 
que são acumuladas ao longo do tempo, período a período. 
Sistema de acumulação por ordem de serviço ou produção é o sistema de acumulação que compreende 
especificações predeterminadas do serviço ou produto demandado, com tempo de duração limitado. As ordens são 
mais adequadas para tratamento dos custos de investimentos e de projetos específicos, por exemplo, as obras e 
benfeitorias. 
Sistema de custos compreende o modelo de gerenciamento de custos, o sistema de informação de custos e a 
definição de funções e responsabilidades organizacionais com o intuito de gerar informações de custos como 
instrumento de governança pública. 
Sistema de informação de custos é o conjunto de elementos estruturados que registra, processa e evidencia os 
custos de bens e serviços e demais objetos de custos. 
Valor público são os produtos e resultados gerados pelas atividades da entidade, as quais demandam o uso de 
diversos recursos e se traduzem em bens ou serviços que atendam às necessidades de interesse público. 
2. Usuários da Informação de Custos 
O usuário da informação de custos é qualquer pessoa ou entidade que utiliza a informação de custos para, por 
exemplo, subsidiar os processos de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, 
transparência, prestação de contas e responsabilização. 
Os principais usuários da informação de custos são os gestores, em sua tomada de decisão sobre a aplicação dos 
recursos que lhes são confiados. Por isso, em regra, demandam informações customizadas, no formato de relatórios 
de custos específicos. 
Demais usuários da informação de custos são órgãos de controle, cidadãos, membros do poder Legislativo, 
organizações sociais, academia, pesquisadores, meios de comunicação e outros interessados pelos resultados da 
gestão dos recursos públicos. Em geral, demandam relatórios de custos com informações gerais, agregadas, 
consolidadas e padronizadas. 
3. Características Qualitativas e Restrições da Informação de Custos 
São características qualitativas da informação de custos: relevância, representação fidedigna, compreensibilidade, 
tempestividade, comparabilidade e verificabilidade. 
As restrições a estas características são materialidade, custo-benefício e alcance do equilíbrio apropriado entre as 
características qualitativas. 
4. Objetivos do Sistema de Custos 
O sistema de custos deve ser organizado de forma a propiciar o desenvolvimento de modelos de gerenciamento de 
custos fundamentados nas diretrizes da alta administração de cada entidade, que norteiem os aspectos conceituais 
e sistêmicos para o seu desenvolvimento e implantação. 
O sistema de custos possui diversos objetivos, incluindo: 
▪ mensurar e evidenciar os custos dos bens e serviços entregues à sociedade, bem como dos demais objetos de custos; 
▪ apoiar a avaliação de desempenho, permitindo a comparação entre os custos da entidade com os de outras 
entidades, públicas ou privadas, estimulando sua melhoria; 
▪ subsidiar a tomada de decisão em processos, tais como comprar ou alugar, produzir internamente ou terceirizar 
determinado bem ou serviço, introduzir novos produtos e serviços, descontinuar antigos, estabelecer tarifas; 
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▪ apoiar as funções de planejamento e orçamento, fornecendo informações que permitam projeções e definições de 
tarifas e preços aderentes à realidade com base em custos incorridos e projetados; 
▪ subsidiar ações de planejamento, monitoramento de custos e melhoria da qualidade do gasto; 
▪ produzir informações que atendam aos diversos níveis gerenciais da entidade; 
▪ subsidiar estudos com vistas a promover a busca pela eficiência nos órgãos e entidades do setor público; 
▪ direcionar políticas de contingenciamento do gasto público com o objetivo de minimizar seus impactos nas ações 
governamentais; e 
▪ apoiar o monitoramento do planejamento estratégico. 
5. Contextualização do Sistema de Custos 
O sistema de custos visa evidenciar o quanto de recurso foi utilizado por uma entidade para cumprir determinada 
finalidade. 
No setor público, a essência da atividade produtiva é a prestação de serviços para a sociedade e o objetivo da NBC TSP 
34 é apurar custos para fins gerenciais. Sendo assim, a necessidade de segregar custos e despesas depende do 
modelo de gerenciamento de custos adotado. 
A identificação e segregação entre custos e perdas é necessária, pois as perdas não são atribuídas aos objetos de 
custos. Dessa forma, perdas por redução a valor recuperável, por indenizações, por catástrofes, entre outras de 
natureza assemelhada, não devem ser consideradas como custos. 
Nos termos da NBC TSP 34, o custo do período deve ser apurado pelo regime de competência, independentemente 
da execução orçamentária. O que determina o custo do período é o momento do consumo, que equivale ao fato 
gerador contábil. 
6. Centros de Responsabilidade 
A alta administração da entidade é responsável por definir e estruturar seus centros de responsabilidade. 
O estabelecimento dos centros de responsabilidade deve ser baseado nos seguintes requisitos: 
▪ a estrutura organizacional da entidade; 
▪ a cadeia de comando e a missão institucional; 
▪ as entregas produzidas; 
▪ o objetivo da informação de custo; e 
▪ os responsáveis pela prestação de contas à alta administração. 
Para definir e estabelecer seus centros de responsabilidade, a entidade deve considerar como fator predominante 
sua estrutura organizacional e correspondentes unidades responsáveis, tais como secretarias, administrações, 
escritórios e divisões. 
7. Métodode Custeio 
A administração da entidade ou de suas unidades está na melhor posição para selecionar o método de custeio que 
melhor se ajusta às suas necessidades. 
Recomendações, de acordo com o grau de maturidade dos modelos de gerenciamento de custos: 
▪ Menor grau de maturidade (estágios iniciais) → método de custeio direto 
▪ Maior grau de maturidade (estágios mais avançados) → método de custeio por absorção parcial ou integral 
(custeio pleno). 
Uma técnica que pode ser utilizada para fazer o rastreamento de custos indiretos até os objetos de custo final é o 
custeio baseado em atividades (ABC). O ABC pode ser utilizado para operacionalizar métodos de custeio como o 
custeio por absorção parcial e o custeio por absorção integral (custeio pleno). 
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A norma encoraja, mas não obriga, que as entidades com maior grau de maturidade de modelos de gerenciamento 
de custos, avaliem o custo-benefício da utilização do ABC para operacionalizar o rastreamento dos custos indiretos 
até as entregas. No entanto, essa avaliação é desnecessária quando a atribuição dos custos indiretos não for relevante. 
8. Análise Comparativa 
A comparabilidade requer o uso consistente do mesmo modelo de gerenciamento de custo ao longo do tempo na 
entidade, ou no mesmo período em entidades diferentes. A comparabilidade possui duas perspectivas: 
▪ Interna à entidade: comparabilidade dos custos da entidade ou do centro de responsabilidade ao longo do 
tempo; 
▪ Externa à entidade (central): comparabilidade entre entidades ou entre suas unidades. 
9. Modelo de Gerenciamento de Custos 
O modelo de gerenciamento de custos tem por intuito a identificação, atribuição, acumulação, evidenciação e análise 
dos custos para subsidiar o alcance dos objetivos do sistema de custos. Esquematicamente, temos: 
 
Diretrizes no desenvolvimento do modelo de gerenciamento de custos (NBC TSP 34) 
Etapas Objetivos 
Planejamento 
▪ definir os centros de responsabilidade e os objetos de custos; 
▪ explicitar qual é a principal finalidade do modelo e seus propósitos de uso; 
▪ realizar benchmarking (boa prática) 
Estruturação 
▪ identificar e segregar os custos a serem mensurados; 
▪ mapear os dados de entrada do sistema de informação de custos. 
Implantação 
▪ mensurar e evidenciar os custos; 
▪ verificar a conformidade das informações geradas; 
▪ Utilizar projeto piloto para implementação gradual do modelo na entidade (boa 
prática). 
Gestão 
▪ avaliar o consumo dos recursos; 
▪ utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio aos processos de 
planejamento, tomada de decisão, monitoramento, prestação de contas, 
transparência e avaliação de desempenho; 
 
 
atribuir
acumular
evidenciar
analisar
Identificar
Modelo de gerenciamento 
de custos 
1 2 
3 
4 
5 
custos custos 
custos 
custos 
custos 
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10. Definição dos Objetos de Custos 
Deve considerar, principalmente, as necessidades e os propósitos dos usuários da informação. Os procedimentos 
devem, ainda, observar os objetivos pretendidos com a informação de custo e devem ser condicionados pelas 
características qualitativas e restrições da informação. 
Os objetos de custos são determinados com base nas necessidades dos diferentes níveis gerenciais e definidos no 
modelo de gerenciamento de custos. A quantidade de objetos de custos influencia o nível de granularidade e de 
complexidade do modelo. 
A NBC TSP 34 descreve dois tipos de objetos de custos: final e intermediário. 
Objeto de custo final → objeto de custo que corresponda a bens e serviços que representam entregas que satisfaçam 
necessidades da sociedade. 
Objeto de custo intermediário → objeto de custo que não corresponda a bens e serviços entregues à sociedade. 
11. Classificação dos Custos 
Classificações de Custos (NBC TSP 34) 
Classificação Descrição 
Custo Direto identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de custo. 
Custo Indireto 
não pode ser identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de custo. Sua 
alocação deve ocorrer por meio de direcionadores de custos (preferencialmente) ou de 
bases de rateio (razoáveis e consistentes). 
Custo Fixo 
não varia na proporção do volume das atividades desenvolvidas, mantendo-se 
constante em intervalo relevante das atividades desenvolvidas pela entidade. 
Custo Variável 
oscila de forma proporcional ao volume das atividades desenvolvidas. Em geral, 
representado pela quantidade produzida de bens ou serviços. 
Custo finalístico 
correspondentes a atividades finalísticas, diretamente relacionadas ao cumprimento 
da missão institucional, por caracterizar a atuação da entidade associada ao valor 
público, em atendimento às necessidades de interesse público. 
Custo de suporte 
são os custos relativos a atividades que dão suporte à realização das atividades 
finalísticas. 
Custo controlável 
representa a utilização de recursos na qual o gestor exerce influência sobre o consumo 
e o desempenho esperado na aplicação desses recursos. 
Custo não controlável 
representa a utilização de recursos que não pode ter seu controle atribuído a um gestor 
de determinado nível hierárquico. 
 
 
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==d8218==
 
 
12. Atribuição dos Custos 
Segundo a NBC TSP 34, a atribuição dos custos aos objetos de custos se dá mediante aplicação dos sistemas de 
acumulação e dos métodos de custeio. O processo de atribuição dos custos deve ser realizado na seguinte ordem 
hierárquica de prioridade, sempre que possível e economicamente viável: 
 
A seleção dos direcionadores e das bases de rateio depende das características do ambiente e do processo produtivo, 
bem como da disponibilidade e regularidade dos dados. 
13. Integração com outras bases de dados 
O sistema de informação de custos deve promover a integração das bases de dados necessárias à geração da 
informação de custos, e, quando couber, a conciliação dos dados se oriundos de base não contábil. 
14. Implantação do modelo de gerenciamento de custos e do sistema de informação 
de custos 
O processo de implantação do modelo de gerenciamento de custos deve ser sistemático e gradual. 
O porte da entidade ou base simplificada de dados não é justificativa para ausência de iniciativas quanto ao 
desenvolvimento de modelo de gerenciamento de custos e de sistema de informação de custos; nem significa que, 
uma vez concebidos, não possam evoluir ao longo do tempo. 
15. Geração das informações de custos 
Geração da informação de Custos (NBC TSP 34) 
As informações de custos devem: 
Responsabilidade 
Pela geração das informações de custos → profissional da contabilidade 
Pela integridade e fidedignidade das informações → gestores das transações 
As informações 
devem: 
✓ ser compatível com o regime de competência; 
✓ observar as disposições acerca da integração com outras bases de dados; 
✓ ser rastreáveis, permitindo identificar sua geração desde a base de dados da qual se 
originou; 
✓ Considerar: 
▪ a definição dos objetos de custo; 
▪ a classificação; 
▪ a apropriação; e 
▪ alocação dos custos. 
 
 
 
A
tr
ib
u
iç
ão
 d
e
 C
u
st
o
s
1º Apropriação dos custos 
diretos
2º Alocação dos custos indiretos
(rastreamento)
3º Alocação dos custos indiretos
(bases de rateio) 
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16. Divulgação 
A NBC TSP 34 recomenda que a entidade divulgue relatório de custos em base regular, com periodicidade mínima 
anual, demonstrando o desempenho de sua atuação ao longo do tempo, contendo análise e interpretação do consumo 
dos recursos à sua disposição e explicações de eventuais variações ocorridas no período. 
Relatórios de custos específicos, gerados na forma, conteúdo e periodicidade estabelecidos pelos gestores, podem 
ser divulgados conforme avaliação de conveniência e oportunidade. 
Os relatórios de custos, específicos ou não, devem, além de evidenciar as informações de custo geradas, ser 
acompanhados por notas explicativas. 
17. Gestão de Custos no Setor Público 
A gestão de custos no setor público é voltada à administração dos insumos, com ênfase na melhoria da alocação dos 
recursos, à identificação e mensuração das entregas e na avaliação de desempenho. 
As informações de custos devem contribuir para a governança pública, direcionando-a para a melhoria da qualidade 
do gasto público. 
O usuário deve utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio aos processos de planejamento, tomada 
de decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, transparência, prestação de contas e responsabilização. 
A informação de custos deve ser útil para subsidiar a avaliação das políticas públicas, apresentando os resultados 
alcançados, consubstanciados em relatórios contendo seus indicadores de desempenho. 
A alta administração é responsável por prover efetivo apoio à geração da informação de custos, além de 
responsabilizar os gestores pela qualidade dos dados e pelo uso das informações nos processos decisórios. 
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56é o custeio que aloca todos os custos – fixos e variáveis – 
diretamente a todos os objetos de custo sem qualquer tipo de rateio ou apropriação. 
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Custeio por absorção [parcial*] → todos os custos, fixos ou variáveis, tanto os diretos quanto os indiretos, 
são alocados aos centros de custos do que se deseja mensurar. Apesar de alocar todos os custos ao objeto 
de custeio, esse método aplica critérios arbitrários e subjetivos para alocação dos custos indiretos. Não 
obstante, o dilema não incide necessariamente sobre alocar ou não os custos indiretos, mas sobre a definição 
da melhor forma de rateio desses custos, a fim de que a informação gerada transmita segurança e 
confiabilidade ao seu usuário. 
* O Manual não traz a diferença entre custeio por absorção parcial ou integral (pleno). Porém, ao analisar a 
diferença conceitual segundo a doutrina, podemos inferir que se trata da definição do Custeio por absorção 
parcial, pois não faz menção ao reconhecimento de despesas. 
Para entender a diferença, vamos precisar nos valer da doutrina, segundo a qual, objetivamente, temos: 
Custeio por absorção parcial: é a forma mais tradicional do custeio por absorção. Atribui aos produtos os 
custos fixos e variáveis, enquanto as despesas são contabilizadas diretamente no resultado do período em 
que incorrerem. 
Nesse sentido, os custos diretos são alocados diretamente aos produtos. Já os indiretos (energia e aluguel 
etc.) precisam passar por direcionamento de custos/rateios antes da incorporação ao custo dos produtos. 
Garante, assim, que os produtos recebam na forma de custos apenas os esforços destinados a produzi-los 
(as despesas não entram). 
Custeio por absorção integral (pleno): aloca aos produtos todos os custos de produção (fixos e variáveis) 
juntamente com as despesas fixas (administração, vendas etc.). As despesas variáveis são incorporadas ao 
resultado. 
Nesse sentido, no Custeio Pleno os custos diretos são alocados diretamente aos produtos, enquanto os 
indiretos são apropriados ao por meio de uma base de rateio. Da mesma forma, as despesas fixas de 
administração e de vendas também passam por um rateio antes da incorporação aos produtos. 
Segundo a revogada NBC T 16.11 o custeio pleno consiste na apropriação dos custos de produção e das 
despesas aos produtos e serviços. 
Observe que a diferença entre o parcial e o integral está nos elementos que irão compor o custo dos produtos 
ou serviços produzidos e naqueles que irão compor o resultado do período. Em suma, temos: 
 
A título de informação, a doutrina informa que há um terceiro tipo de custeio por absorção: o parcial 
modificado (custos fixos operacionais são alocados aos produtos e os custos fixos estruturais são atribuídos 
ao resultado). 
Modelo de gerenciamento de custos consiste no conjunto de diretrizes, escopo de aplicação, objetos de 
custo, sistema de acumulação, método de custeio e bases de mensuração, necessários ao gerenciamento de 
custos. 
Objeto de custo é a unidade para a qual se deseja identificar, mensurar e avaliar os custos. O conceito de 
objeto de custo é amplo, podendo ser considerado como tal qualquer item no qual os custos conseguem ser 
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identificados e que tem relevância para a gestão. A quantidade de objetos de custos influencia o nível de 
granularidade e de complexidade do modelo de gerenciamento de custos. São classificados em objeto de 
custo final e objeto de custo intermediário. 
Objetos de custos finais são os bens e serviços entregues à sociedade, podendo fazer referência a qualquer 
entrega que satisfaça uma necessidade, associada à geração do valor público. 
Objetos de custos intermediários são aqueles objetos cujos custos, sendo ou não atribuídos aos objetos de 
custos finais, são de interesse da entidade por representarem informações úteis para a gestão. 
Perda é o consumo ou utilização de recursos de forma anormal e imprevisível, não contribuindo para a 
geração de bens e serviços. 
Recursos são os insumos à disposição da entidade, que, quando consumidos ou utilizados para a obtenção 
de bens e serviços, correspondem aos custos. A forma física não é uma condição necessária para um recurso, 
podendo ser considerado qualquer insumo disposto para o processo produtivo. Por exemplo, força de 
trabalho, serviços de terceiros, materiais diretos e de consumo, equipamentos de informática, recursos 
financeiros, que têm no orçamento público sua principal fonte de financiamento. 
Regime de competência é o regime contábil segundo o qual transações e outros eventos são reconhecidos 
quando ocorrem (não necessariamente quando caixa e equivalentes de caixa são recebidos ou pagos). As 
transações e os eventos devem ser registrados contabilmente e reconhecidos nas demonstrações contábeis 
dos períodos a que se referem. O registro dos custos deve ocorrer no momento do consumo ou utilização 
dos recursos (período a que compete), mesmo que o desembolso ocorra em período diferente. 
Sistema de acumulação corresponde à forma como os custos são acumulados e atribuídos aos bens e 
serviços e outros objetos de custos e está relacionado ao fluxo físico e real da produção. Os sistemas de 
acumulação de custos no setor público ocorrem por ordem de serviço ou produção e de forma contínua. 
Sistema de acumulação contínua é o sistema de acumulação que compreende demandas de caráter 
continuado e que são acumuladas ao longo do tempo, período a período. 
Sistema de acumulação por ordem de serviço ou produção é o sistema de acumulação que compreende 
especificações predeterminadas do serviço ou produto demandado, com tempo de duração limitado. As 
ordens são mais adequadas para tratamento dos custos de investimentos e de projetos específicos, por 
exemplo, as obras e benfeitorias. 
Sistema de custos compreende o modelo de gerenciamento de custos, o sistema de informação de custos 
e a definição de funções e responsabilidades organizacionais com o intuito de gerar informações de custos 
como instrumento de governança pública. 
Sistema de informação de custos é o conjunto de elementos estruturados que registra, processa e 
evidencia os custos de bens e serviços e demais objetos de custos. 
Valor público são os produtos e resultados gerados pelas atividades da entidade, as quais demandam o uso 
de diversos recursos e se traduzem em bens ou serviços que atendam às necessidades de interesse público. 
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), “nenhuma organização deve ser avaliada apenas 
analisando o que ela arrecada e gasta e qual a sua dívida. É necessário medir o que ela faz, que serviço ela 
presta, e isso significa, para os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, identificar seu valor 
público: ‘produtos e resultados gerados pelas atividades da entidade, as quais demandam o uso de diversos 
recursos e se traduzem em bens ou serviços que atendam às necessidades de interesse público’ (NBC TSP 34) 
A geração de valor público resulta do processo de transformação dos insumos colocados à disposição dos 
órgãos e entidades em produtos (bens e serviços entregues) e resultados gerados para a sociedade. Esse 
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processo pode ser entendido como um ambiente de produção onde os insumos são transformados em 
produtos por meio da articulação de processos (P) e atividades (A) em uma ou mais unidades administrativas 
(UA). 
 
Fonte: Relatório Focoem Custos, publicado em junho de 2023 pela STN. 
Usuários da Informação de Custos 
Segundo a NBC TSP 34, o usuário da informação de custos é qualquer pessoa ou entidade que utiliza a 
informação de custos para, por exemplo, subsidiar os processos de planejamento, tomada de decisão, 
monitoramento, avaliação de desempenho, transparência, prestação de contas e responsabilização. 
Os principais usuários da informação de custos são os gestores, em sua tomada de decisão sobre a aplicação 
dos recursos que lhes são confiados. Por isso, em regra, demandam informações customizadas, no formato 
de relatórios de custos específicos. 
Os gestores são os principais usuários por serem responsáveis por gerenciar recursos públicos e oferecer 
uma visão clara sobre como a governança da entidade leva à geração de valor público, além de justificar os 
resultados alcançados em face dos objetivos estabelecidos. 
Demais usuários da informação de custos são órgãos de controle, cidadãos, membros do poder Legislativo, 
organizações sociais, academia, pesquisadores, meios de comunicação e outros interessados pelos 
resultados da gestão dos recursos públicos. Em geral, demandam relatórios de custos com informações 
gerais, agregadas, consolidadas e padronizadas. 
 
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Características Qualitativas e Restrições da Informação de 
Custos 
São características qualitativas da informação de custos: relevância, representação fidedigna, 
compreensibilidade, tempestividade, comparabilidade e verificabilidade. 
As restrições a estas características são materialidade, custo-benefício e alcance do equilíbrio apropriado 
entre as características qualitativas. 
Observe que essas características e restrições são as mesmas das informações contábeis como um todo, 
previstas na NBC TSP Estrutura Conceitual e por esta definidas. 
Nesse sentido, a NBC TSP 34 destaca que a informação de custos para ser útil e compreensível ao usuário 
deve levar em consideração as características qualitativas e restrições da informação. 
Exemplo (NBC TSP 34): a entidade pode concluir que determinados bens podem ser apropriados 
imediatamente como custo por serem de baixo valor, em vez de depreciá-los por diversos períodos, 
considerando a característica qualitativa da relevância, combinada com as restrições de materialidade e de 
custo-benefício. 
A norma destaca que o sistema de custos possui diversas aplicações para a governança no setor público. 
Seu uso se tornará mais difundido à medida que casos de sucesso sejam relatados e a implementação das 
NBC TSP seja observada. A melhoria da qualidade da informação de custos é fundamental para que as 
vantagens de seu uso sejam percebidas. 
Objetivos do Sistema de Custos 
O sistema de custos deve ser organizado de forma a propiciar o desenvolvimento de modelos de 
gerenciamento de custos fundamentados nas diretrizes da alta administração de cada entidade, que 
norteiem os aspectos conceituais e sistêmicos para o seu desenvolvimento e implantação. 
Diante desses fundamentos, o processo de geração da informação de custos deve ter foco nos processos 
de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, transparência, prestação 
de contas e responsabilização. 
Nos termos da NBC TSP 34, o sistema de custos possui diversos objetivos, incluindo: 
▪ mensurar e evidenciar os custos dos bens e serviços entregues à sociedade, bem como dos demais objetos 
de custos; 
▪ apoiar a avaliação de desempenho, permitindo a comparação entre os custos da entidade com os de 
outras entidades, públicas ou privadas, estimulando sua melhoria; 
▪ subsidiar a tomada de decisão em processos, tais como comprar ou alugar, produzir internamente ou 
terceirizar determinado bem ou serviço, introduzir novos produtos e serviços, descontinuar antigos, 
estabelecer tarifas; 
▪ apoiar as funções de planejamento e orçamento, fornecendo informações que permitam projeções e 
definições de tarifas e preços aderentes à realidade com base em custos incorridos e projetados; 
▪ subsidiar ações de planejamento, monitoramento de custos e melhoria da qualidade do gasto; 
▪ produzir informações que atendam aos diversos níveis gerenciais da entidade; 
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▪ subsidiar estudos com vistas a promover a busca pela eficiência nos órgãos e entidades do setor público; 
▪ direcionar políticas de contingenciamento do gasto público com o objetivo de minimizar seus impactos 
nas ações governamentais; e 
▪ apoiar o monitoramento do planejamento estratégico. 
Para atingir os objetivos, a norma destaca que devem ser dados tratamento conceitual adequado e 
abordagem tecnológica apropriada que propiciem atuar com as múltiplas dimensões (temporais, numéricas, 
organizacionais), permitindo análise de séries históricas, projeção de tendências e comparações. 
A norma recomenda, ainda, o uso de suporte tecnológico que permita rastreabilidade e acesso facilitado aos 
dados, de forma a possibilitar a aferição da conformidade do processo de geração da informação. 
Contextualização do Sistema de Custos 
Segundo a NBC TSP 34, o sistema de custos visa evidenciar o quanto de recurso foi utilizado por uma 
entidade para cumprir determinada finalidade. 
Nesse contexto, é importante a identificação da variável física, a fim de mensurar o custo dos bens e serviços 
entregues. 
O custo unitário inclui, por exemplo, o custo por tonelada, por hora máquina, por hora de trabalho do 
servidor ou do departamento, por cidadão atendido, por item disponibilizado, por metro quadrado 
construído. Essa informação é especialmente útil no monitoramento, avaliação e comparação de indicadores 
de desempenho. 
Segundo a norma, os custos devem ser atribuídos considerando: 
▪ os objetivos da informação; e 
▪ os objetos de custo definidos pela entidade. 
A norma destaca que o Governo atua em condições singulares, sendo sua principal função fornecer bens e 
serviços com características peculiares, tais como: universalidade e obrigação de fornecimento decorrentes, 
na maioria das vezes, de garantias ao exercício de direitos sociais por parte do Estado e sem contraprestação. 
No setor público, a essência da atividade produtiva é a prestação de serviços para a sociedade e o objetivo 
da NBC TSP 34 é apurar custos para fins gerenciais. Sendo assim, a necessidade de segregar custos e 
despesas depende do modelo de gerenciamento de custos adotado. 
A identificação e segregação entre custos e perdas é necessária, pois as perdas não são atribuídas aos 
objetos de custos. Dessa forma, perdas por redução a valor recuperável, por indenizações, por catástrofes, 
entre outras de natureza assemelhada, não devem ser consideradas como custos. 
Nos termos da NBC TSP 34, o custo do período deve ser apurado pelo regime de competência, 
independentemente da execução orçamentária. 
Os recursos consumidos podem ser decorrentes diretamente do orçamento, como, por exemplo, a execução 
de despesa orçamentária, em que o fato gerador coincide com o momento da liquidação (material de 
consumo imediato, prestação de serviços); ou podem advir da execução não orçamentária, ou seja, o fato 
gerador ocorre em momento distinto da liquidação (apropriação mensal do 13º salário, depreciação, 
consumo de material em estoque). O que determina o custo do período é o momento do consumo, que 
equivale ao fato gerador contábil. 
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Obrigatoriedadedo Sistema de Custos 
Segundo a NBC TSP 34, cada entidade deve identificar, acumular e relatar os custos de seus objetos em uma 
base regular, por meio de sistema de custos. As informações de custo devem ser confiáveis e úteis para os 
processos de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, transparência, 
prestação de contas e responsabilização. Ao mesmo tempo, exatidão e refinamentos desnecessários dos 
dados devem ser evitados. 
Os custos podem ser determinados usando diferentes métodos de custeio e bases de mensuração, de acordo 
com o uso pretendido da informação. Toda informação de custo, independentemente do modo como é 
apresentada, deve ser rastreável até a fonte de dados da qual se originou. 
Os resultados e a forma como foram obtidos, incluindo as principais atividades, processos e procedimentos 
adotados na identificação, acumulação e evidenciação dos custos devem ser mapeados e documentados. 
Por exemplo, a adoção de procedimentos de controle interno adequados, quando formalizados em manuais 
ou guias, proporciona confiabilidade e estabelece as trilhas de obtenção e a forma como foram geradas as 
informações de custo, oferecendo garantias à consistência da informação. 
Centros de Responsabilidade 
Conforme estudado nas definições, centro de responsabilidade é a unidade, definida no modelo de 
gerenciamento de custos, que é responsável por conduzir atividades e disponibilizar bens ou serviços, cujos 
recursos e resultados podem ser distinguíveis de outros centros e seus gestores devem prestar contas à alta 
administração da entidade. 
O centro de responsabilidade é a unidade na qual se apuram os custos, podendo ser usado para a 
acumulação dos custos e sua vinculação às entregas. 
Nos termos da NBC TSP 34, a alta administração da entidade é responsável por definir e estruturar seus 
centros de responsabilidade. 
O estabelecimento dos centros de responsabilidade deve ser baseado nos seguintes requisitos: 
▪ a estrutura organizacional da entidade; 
▪ a cadeia de comando e a missão institucional; 
▪ as entregas produzidas; 
▪ o objetivo da informação de custo; e 
▪ os responsáveis pela prestação de contas à alta administração. 
Para definir e estabelecer seus centros de responsabilidade, a entidade deve considerar como fator 
predominante sua estrutura organizacional e correspondentes unidades responsáveis, tais como 
secretarias, administrações, escritórios e divisões. 
A norma destaca que em cada centro de responsabilidade deve ser possível definir, identificar e acumular 
o custo dos objetos e, se factível: 
▪ quantificar as unidades físicas dos recursos consumidos na geração das entregas; 
▪ quantificar cada tipo de entrega em unidades físicas; e 
▪ calcular o custo unitário de cada tipo de entrega. 
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A entidade que produz um único tipo de bem ou serviço pode ter somente um centro de responsabilidade. 
Entretanto, o usual é a adoção de diversos centros de responsabilidade devido à segregação de funções e 
competências. 
A apuração dos custos por centros de responsabilidade deve atender à mensuração e à avaliação de 
desempenho, para fins de gestão interna. Informações sobre custos e entregas (bens e serviços) relativos a 
cada centro devem ser usadas para medir seu desempenho em relação a suas metas. 
Método de Custeio 
Conforme estudado nas definições, método de custeio se refere ao método de atribuição de custos e está 
associado ao processo de identificação do custo ao objeto que está sendo custeado. Os principais métodos 
de custeio são: direto, variável, por absorção parcial e por absorção integral (pleno). 
Os custos dos recursos direta ou indiretamente utilizados ou consumidos são identificados, atribuídos e 
acumulados, conforme definido no modelo de gerenciamento de custos que deve ser aplicado de forma 
consistente. 
Escolha do método 
Segundo a NBC TSP 34, a administração da entidade ou de suas unidades está na melhor posição para 
selecionar o método de custeio que melhor se ajusta às suas necessidades. 
Observe que a opção do melhor método é da entidade. Não é algo imposto, mas sim uma opção da entidade, 
de acordo com aquilo que mais faça sentido no contexto de suas operações. Para fazer essa seleção, a 
administração deve avaliar as alternativas de método de custeio e selecionar aquela que provê os melhores 
resultados no contexto de seu ambiente operacional. 
A escolha do melhor método leva em consideração boas experiências observadas em outras entidades. 
Uma vez adotado, o método de custeio deve ser consistentemente utilizado para fins de comparabilidade 
intertemporal. Contudo, essa determinação não afasta os necessários refinamentos e melhorias do modelo 
de gerenciamento de custos que impliquem alteração do método, desde que os efeitos de qualquer mudança 
sejam documentados e explicados. 
Considerando que os métodos de custeio diferem entre si em função dos recursos utilizados ou consumidos 
que devem ou não ser atribuídos aos objetos de custos, a NBC TSP 34 traz as seguintes recomendações, de 
acordo com o grau de maturidade dos modelos de gerenciamento de custos: 
▪ Menor grau de maturidade (estágios iniciais) → método de custeio direto 
▪ Maior grau de maturidade (estágios mais avançados) → método de custeio por absorção parcial ou 
integral (custeio pleno). 
Observação: quando for irrelevante atribuir os custos indiretos, a entidade pode avançar na maturidade de 
seu modelo de gerenciamento de custos e continuar utilizando o método de custeio direto. 
Segundo a norma, uma técnica que pode ser utilizada para fazer o rastreamento de custos indiretos até os 
objetos de custo final é o custeio baseado em atividades (ABC). O ABC pode ser utilizado para 
operacionalizar métodos de custeio como o custeio por absorção parcial e o custeio por absorção integral 
(custeio pleno). 
A norma encoraja, mas não obriga, que as entidades com maior grau de maturidade de modelos de 
gerenciamento de custos, avaliem o custo-benefício da utilização do ABC para operacionalizar o 
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rastreamento dos custos indiretos até as entregas. No entanto, essa avaliação é desnecessária quando a 
atribuição dos custos indiretos não for relevante. 
Análise Comparativa 
Segundo a NBC TSP 34, a comparabilidade requer o uso consistente do mesmo modelo de gerenciamento 
de custo ao longo do tempo na entidade, ou no mesmo período em entidades diferentes. O uso consistente 
gera informação que pode ser comparada de um período para outro, a fim de avaliar a variação dos custos 
e seus desvios em relação a possíveis projeções, além de permitir a comparação entre entidades ou centros 
de responsabilidade que realizam atividades assemelhadas. 
Observe que a comparabilidade possui duas perspectivas: 
▪ Interna à entidade: comparabilidade dos custos da entidade ou do centro de responsabilidade ao 
longo do tempo; 
▪ Externa à entidade (central): comparabilidade entre entidades ou entre suas unidades. 
Na comparabilidade entre entidades ou entre suas unidades (externa), é necessário que a entidade 
responsável por estabelecer a análise comparativa aplique modelo de gerenciamento de custos padronizado 
em suas entidades ou unidades vinculadas, para garantir a qualidade da análise. Nesse sentido, a NBC TSP 
34 recomenda que: 
▪ quando a comparação incidir sobre a mensuração do objeto de custo final, para não subestimar os 
insumos consumidos ou utilizados pelas entidades ou centros em comparação, que se adote o custeio por 
absorção integral (custeio pleno). Assim, os custos comparáveis resultamda atribuição de todos os custos, 
finalísticos e de suporte; e 
▪ quando a comparação incidir sobre objetos de custo intermediários, a escolha do método de custeio 
seja discricionária. 
A norma ressalta que a análise comparativa e a interpretação dos custos também demandam a consistência 
dos critérios adotados para a mensuração dos custos dos objetos comparáveis. Deve-se, portanto, levar em 
consideração as especificidades de cada entidade decorrentes de condições geográficas, infraestrutura, 
restrições legais e operacionais, entre outras que podem resultar em divergências significativas entre os 
custos unitários do mesmo objeto de custos em entidades semelhantes. 
A análise comparativa dos custos pode ser mais significativa para usuários que necessitam de visão 
padronizada dos custos de um conjunto de entidades ou atividades afins, com objetivo de, por exemplo, 
subsidiar os processos de tomada de decisão sobre alocação ou contingenciamentos de recursos públicos, 
serviços compartilhados ou conhecer comportamento padrão no uso dos insumos. 
A consistência ajuda na comparabilidade. A aplicação consistente das normas e políticas contábeis pelas 
entidades contribui para a qualidade da informação comparável ao tratar os fenômenos contábeis de forma 
padronizada e permitir a identificação dos fatores relacionados ao desempenho da entidade. 
 
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Modelo de Gerenciamento de Custos 
O modelo de gerenciamento de custos, desenvolvido pela entidade ou suas unidades para seus centros de 
responsabilidade, tem por intuito a identificação, atribuição, acumulação, evidenciação e análise dos custos 
para subsidiar o alcance dos objetivos do sistema de custos. Esquematicamente, temos: 
 
No processo de desenvolvimento de modelos de gerenciamento de custos, a NBC TSP 34 recomenda a 
observância de diretrizes que representam etapas a serem percorridas pela entidade: 
▪ planejamento, amparado pelo apoio ativo da alta administração da entidade, que dotará 
formalmente a equipe responsável pelo modelo com poder de decisão e com dedicação exclusiva. 
Nessa etapa, a alta administração, além de definir os centros de responsabilidade e os objetos de 
custos, é responsável por explicitar qual é a principal finalidade do modelo e seus propósitos de uso. 
Como boa prática, é conveniente realizar benchmarking em outras entidades que desenvolveram 
modelos com finalidade semelhante; 
▪ estruturação, por meio do conhecimento da estrutura organizacional; do estudo dos processos 
internos que permeiam as atividades; das escolhas do sistema de acumulação, do método de custeio 
e das bases de mensuração que melhor se adequam às suas necessidades; e da análise dos sistemas 
ou fontes de dados, com a finalidade de mapear os dados de entrada do sistema de informação de 
custos. Nessa etapa, o objetivo é identificar e segregar os custos a serem mensurados; 
▪ implantação, viabilizada pela capacitação da equipe e divulgação do modelo. Nessa etapa, o objetivo 
é mensurar e evidenciar os custos, bem como verificar a conformidade das informações geradas. 
Como boa prática, é conveniente a utilização de projeto piloto para implementação gradual do 
modelo na entidade; e 
▪ gestão, na qual deve ser avaliado o consumo dos recursos, por meio da análise das informações de 
custos geradas. Nessa etapa, o objetivo é utilizar as informações de custos como ferramenta de 
auxílio aos processos de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, prestação de contas, 
transparência e avaliação de desempenho. Como boa prática, é importante revisar o fluxo percorrido, 
primando pela melhoria constante da gestão de custos. 
Em suma, temos: 
atribuir
acumular
evidenciar
analisar
Identificar
Modelo de gerenciamento 
de custos 
1 2 
3 
4 
5 
custos custos 
custos 
custos 
custos 
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Diretrizes no desenvolvimento do modelo de gerenciamento de custos (NBC TSP 34) 
Etapas Objetivos 
Planejamento 
▪ definir os centros de responsabilidade e os objetos de custos; 
▪ explicitar qual é a principal finalidade do modelo e seus propósitos de uso; 
▪ realizar benchmarking (boa prática) 
Estruturação 
▪ identificar e segregar os custos a serem mensurados; 
▪ mapear os dados de entrada do sistema de informação de custos. 
Implantação 
▪ mensurar e evidenciar os custos; 
▪ verificar a conformidade das informações geradas; 
▪ Utilizar projeto piloto para implementação gradual do modelo na entidade 
(boa prática). 
Gestão 
▪ avaliar o consumo dos recursos; 
▪ utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio aos processos 
de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, prestação de contas, 
transparência e avaliação de desempenho; 
Definição dos Objetos de Custos 
A definição dos objetos de custos deve considerar, principalmente, as necessidades e os propósitos dos 
usuários da informação. Os procedimentos devem, ainda, observar os objetivos pretendidos com a 
informação de custo e devem ser condicionados pelas características qualitativas e restrições da informação. 
Por exemplo, se a frequência ou a tempestividade da informação impuser custo superior ao seu benefício, 
não deve ser gerada. 
Os objetos de custos são determinados com base nas necessidades dos diferentes níveis gerenciais e 
definidos no modelo de gerenciamento de custos. A quantidade de objetos de custos influencia o nível de 
granularidade e de complexidade do modelo. 
A NBC TSP 34 descreve dois tipos de objetos de custos: final e intermediário. 
Objeto de custo final → objeto de custo que corresponda a bens e serviços que representam entregas que 
satisfaçam necessidades da sociedade. 
Exemplos (NBC TSP 34): bens e serviços de saúde, de segurança pública, de saneamento, de educação etc. 
Objeto de custo intermediário → objeto de custo que não corresponda a bens e serviços entregues à 
sociedade. 
Exemplos (NBC TSP 34): 
▪ bens e serviços consumidos internamente, oferecidos e prestados entre centros de responsabilidade 
ou entidades; 
▪ as unidades organizacionais, conforme estabelecidas no organograma, auxiliam a evidenciação 
segregada dos custos da estrutura administrativa; 
▪ os programas elencados nos planos de governo, evidenciam o custo da atuação governamental; 
▪ projetos que representem o esforço para alcance da missão institucional; 
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▪ as atividades desenvolvidas na entidade, identificam o consumo dos recursos, possibilitando a 
concentração de esforços na melhoria da qualidade do serviço público disponibilizado ao cidadão e 
facilitando a mensuração do custo de bens e serviços; 
▪ a cadeia de valor, quando mapeada e compreendida pela entidade, conduz à percepção do 
funcionamento das atividades realizadas, com o objetivo de gerar valor público, por meio do 
diagnóstico de como estão os processos e da identificação de potenciais vantagens para melhoria de 
desempenho; e 
▪ outros que sejam considerados úteis pela entidade. 
Classificação dos Custos 
Segundo a NBC TSP 34, a classificação de custos busca viabilizar a atribuição dos custos e sua compreensão 
pelos usuários da informação. Nesse sentido, a escolha dos objetos de custos afeta como os custos são 
atribuídos, devendo ser feita de forma coerente com o modelo de gerenciamento de custos. 
As classificações de custo: 
▪ dependem: 
a. dos objetos de custo escolhidos; e 
b. dos objetivos da informação. 
▪são afetadas: 
a. pelo custo da coleta de dados; e 
b. pela viabilidade da atribuição de custos. 
Segundo a NBC TSP 34, algumas das classificações de custo frequentemente utilizadas são: direto e indireto; 
fixo e variável; finalístico e de suporte; controlável e não controlável. 
O quadro a seguir estrutura as definições presentes na NBC TSP sobre essas classificações: 
Classificações de Custos (NBC TSP 34) 
Classificação Descrição 
Custo Direto identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de custo. 
Custo Indireto 
não pode ser identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de 
custo. Sua alocação deve ocorrer por meio de direcionadores de custos 
(preferencialmente) ou de bases de rateio (razoáveis e consistentes). 
Custo Fixo 
não varia na proporção do volume das atividades desenvolvidas, mantendo-se 
constante em intervalo relevante das atividades desenvolvidas pela entidade. 
Custo Variável 
oscila de forma proporcional ao volume das atividades desenvolvidas. Em 
geral, representado pela quantidade produzida de bens ou serviços. 
Custo finalístico 
correspondentes a atividades finalísticas, diretamente relacionadas ao 
cumprimento da missão institucional, por caracterizar a atuação da entidade 
associada ao valor público, em atendimento às necessidades de interesse 
público. 
Custo de suporte 
são os custos relativos a atividades que dão suporte à realização das atividades 
finalísticas. 
Custo controlável 
representa a utilização de recursos na qual o gestor exerce influência sobre o 
consumo e o desempenho esperado na aplicação desses recursos. 
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Classificações de Custos (NBC TSP 34) 
Classificação Descrição 
Custo não controlável 
representa a utilização de recursos que não pode ter seu controle atribuído a 
um gestor de determinado nível hierárquico. 
Atribuição dos Custos 
Segundo a NBC TSP 34, a atribuição dos custos aos objetos de custos se dá mediante aplicação dos sistemas 
de acumulação e dos métodos de custeio. O processo de atribuição dos custos deve ser realizado na seguinte 
ordem hierárquica de prioridade, sempre que possível e economicamente viável: 
 
Os direcionadores e as bases de rateio para alocação de custos indiretos são diversos. A NBC TSP 34 nos 
apresenta os seguintes exemplos: 
▪ tempo consumido no processo produtivo; 
▪ mão de obra direta (custo monetário ou quantitativo de pessoal); 
▪ área ocupada pelos departamentos; 
▪ material consumido (custo monetário ou quantidade); 
▪ unidades produzidas; ou 
▪ qualquer outro quantitativo operacional. 
A norma destaca que essas possibilidades, entre outras, podem ser aplicadas de forma combinada. 
A seleção dos direcionadores e das bases de rateio depende das características do ambiente e do processo 
produtivo, bem como da disponibilidade e regularidade dos dados. 
A norma destaca que a alocação de custos indiretos deve ser dispensada quando for arbitrária e as 
informações geradas não atendam às características qualitativas e às restrições da informação de custos. 
Atribuição de custos de recursos que não geram desembolso 
Os recursos consumidos devem ser atribuídos aos objetos de custos, mesmo que a entidade que se 
beneficie do consumo não seja a responsável pelo desembolso, parcial ou integral. A atribuição desses custos 
tem o intuito de representar com fidedignidade o custo dos recursos efetivamente consumidos, 
independentemente de ter havido ou não desembolso. Por exemplo, doações, força de trabalho de 
estudantes (no caso de hospitais universitários), servidores ou prédios cedidos. 
A
tr
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u
iç
ão
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e
 C
u
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1º Apropriação dos custos diretos
2º Alocação dos custos indiretos
(rastreamento)
3º Alocação dos custos indiretos
(bases de rateio) 
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==d8218==
 
 
Integração com outras bases de dados 
Segundo a NBC TSP 34, o sistema de informação de custos deve promover a integração das bases de dados 
necessárias à geração da informação de custos, e, quando couber, a conciliação dos dados se oriundos de 
base não contábil. Esse sistema deve utilizar as bases de dados para extrair os inputs, que devem ser tratados 
e transformados nas informações de custos que permitam compreensibilidade e análise. É recomendável, 
por exemplo, utilizar o sistema que efetua o processamento da folha de pagamento para extrair informações 
de custos e quantitativo de pessoal e o sistema que faz a gestão do patrimônio para extrair informações de 
consumo de material e depreciação dos bens. 
Atualmente, os principais sistemas estruturantes utilizados no âmbito federal são os seguintes: 
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI): sistema informatizado que processa e 
controla a execução orçamentária, financeira e patrimonial da União, através de terminais instalados em todo o 
Território Nacional. 
Sistema de Gestão de Pessoas: sistema estruturante do Governo Federal (SIGEPE): relacionado à gestão de pessoal 
dos servidores públicos federais, aposentados e pensionistas. Desenvolvido pelo Serpro e Dataprev, a plataforma 
tecnológica foi projetada de forma a assegurar o aumento da produtividade, da segurança e da transparência nos 
processos de gestão de pessoas em todos os órgãos do Executivo Federal. Totalmente transparente para a sociedade, 
o sistema abriga dados de toda a vida funcional dos servidores, desde o ingresso no serviço público até a 
aposentadoria. Substitui a partir de 2017 o SIAPE. 
Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP): é o sistema informatizado que suporta os processos de 
Planejamento e Orçamento do Governo Federal. 
Sistema de Organização e Inovação Institucional do Governo Federal (SIORG): é um sistema estruturante das 
atividades de desenvolvimento organizacional dos órgãos e entidades da administração direta, autárquica e 
fundacional do Poder Executivo Federal, apoiado na construção de espaços de articulação, intercâmbio e construção 
de consensos entre dirigentes e técnicos das unidades dos órgãos e entidades com atuação em temas de gestão. 
A norma destaca que nada impede que a entidade utilize procedimentos manuais para alimentar o sistema 
de informação de custos, quando esse sistema for alicerçado em base simplificada, por exemplo, planilhas 
eletrônicas, desde que garantidas a conformidade e a rastreabilidade dos dados. 
É relevante, mas não restritivo, que as bases de dados da entidade possibilitem a geração da informação 
física, pois, além de permitir a mensuração do custo unitário, auxiliam no cálculo de indicadores de 
desempenho. 
A entidade deve avaliar continuamente suas bases de dados e incentivar melhorias para permitir evolução 
gradual e consistente das informações de custos. 
 
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Implantação do modelo de gerenciamento de custos e do 
sistema de informação de custos 
Nos termos da NBC TSP 34, o processo de implantação do modelo de gerenciamento de custos deve ser 
sistemático e gradual. A norma destaca que esse processo deve levar em consideração: 
▪ a estrutura e os objetivos organizacionais; 
▪ os processos decisórios que usarão as informações de custos segmentados por seus diferentes grupos 
de usuários da informação; 
▪ os critérios de transparência e controle social. 
Ademais, esse processo deve se basear no detalhamento apropriado sobre: 
▪ a definição dos sistemas ou bases de dados a serem integrados;▪ a viabilidade prática da compilação e processamento dos dados; 
▪ a disponibilidade de ferramentas de tratamento de dados; e 
▪ a estimativa do seu custo de instalação, treinamento, operação e manutenção. 
A NBC TSP 34 destaca que o porte da entidade ou base simplificada de dados não é justificativa para 
ausência de iniciativas quanto ao desenvolvimento de modelo de gerenciamento de custos e de sistema 
de informação de custos; nem significa que, uma vez concebidos, não possam evoluir ao longo do tempo. 
Geração das informações de custos 
A NBC TSP 34 informa que a geração das informações de custo é atribuição do profissional da contabilidade, 
mas a integridade e fidedignidade das informações extraídas das bases de dados de origem são de 
responsabilidade dos gestores das transações registradas nos sistemas integrados ao sistema de informação 
de custos. 
A geração das informações de custo deve ser compatível com o regime de competência, e observar as 
disposições acerca da integração com outras bases de dados. 
Diferentes métodos de custeio e bases de mensuração de custos produzem informações distintas, que 
devem ser rastreáveis, permitindo identificar sua geração desde a base de dados da qual se originou. 
O processo de geração das informações de custo deve considerar: 
▪ a definição dos objetos de custo; 
▪ a classificação; 
▪ a apropriação; e 
▪ alocação dos custos. 
Observe que aqui a norma nos traz várias “obrigações”, pois o termo usado é “deve”. Vamos organizar esse 
tópico em um quadro-esquemático! 
 
 
 
 
 
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Geração da informação de Custos (NBC TSP 34) 
As informações de custos devem: 
Responsabilidade 
Pela geração das informações de custos → profissional da contabilidade 
Pela integridade e fidedignidade das informações → gestores das transações 
As informações 
devem: 
✓ ser compatível com o regime de competência; 
✓ observar as disposições acerca da integração com outras bases de dados; 
✓ ser rastreáveis, permitindo identificar sua geração desde a base de dados da qual 
se originou; 
✓ Considerar: 
▪ a definição dos objetos de custo; 
▪ a classificação; 
▪ a apropriação; e 
▪ alocação dos custos. 
Divulgação 
A NBC TSP 34 recomenda que a entidade divulgue relatório de custos em base regular, com periodicidade 
mínima anual, demonstrando o desempenho de sua atuação ao longo do tempo, contendo análise e 
interpretação do consumo dos recursos à sua disposição e explicações de eventuais variações ocorridas no 
período. 
No âmbito federal, a Secretaria do Tesouro Nacional evidencia as informações de custos por meio do Relatório Foco 
em Custos (RFC), de periodicidade anual, e o Boletim Foco em Custos (BFC), de periodicidade semestral. 
Tanto o RFC como o BFC, segundo o Portal do Tesouro Nacional, fazem “parte do esforço do Tesouro Nacional de 
oferecer à sociedade instrumentos de transparência acerca do uso dos recursos públicos, bem como fomentar entre os 
gestores governamentais o uso da informação de custos de forma alinhada às melhores práticas de governança 
pública”. 
O RFC “apresenta uma visão geral dos custos do Governo Federal, bem como rankings de desempenho sobre a 
qualidade da informação de custos, com o objetivo de fomentar a gestão de custos pelos órgãos públicos”. 
O BFC, “além da evolução dos custos agregados da União, apresenta os componentes dos Insumos de Operação e 
Manutenção, incluindo sua desagregação por Poderes, Ministério Público e Defensoria Pública por Custos de Mão de 
Obra e Custos de Funcionamento; e os componentes dos Insumos Financeiros. As informações são apresentadas em 
valores correntes, ou seja, sem correção por índice de preços”. 
Ambos estão disponíveis no Portal do Tesouro Nacional para consulta e download. 
A norma estabelece, ainda, que relatórios de custos específicos, gerados na forma, conteúdo e periodicidade 
estabelecidos pelos gestores, podem ser divulgados conforme avaliação de conveniência e oportunidade. 
A norma destaca que os relatórios de custos, específicos ou não, devem, além de evidenciar as informações 
de custo geradas, ser acompanhados por notas explicativas sobre: 
▪ o modelo de gerenciamento de custos, especialmente quanto aos objetos de custos; 
▪ método de custeio e bases de mensuração adotados; 
▪ a avaliação sobre os principais fatores relacionados ao desempenho atual; e 
▪ as predições sobre o desempenho esperado da entidade. 
Devem também ser objeto de nota explicativa: 
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▪ utilização de base de dados não contábil e, quando couber, critérios de conciliação; 
▪ mudanças de critérios que compõem o modelo de gerenciamento de custos da entidade, bem como 
seus impactos na análise comparativa e avaliação de desempenho; e 
▪ outras informações que possam impactar a compreensão e a utilização dos relatórios de custos por 
seus usuários. 
Gestão de Custos no Setor Público 
Segundo a NBC TSP 34, a gestão de custos no setor público é voltada à administração dos insumos, com 
ênfase na melhoria da alocação dos recursos, à identificação e mensuração das entregas e na avaliação de 
desempenho. 
As informações de custos devem contribuir para a governança pública, direcionando-a para a melhoria da 
qualidade do gasto público. 
O usuário deve utilizar as informações de custos como ferramenta de auxílio aos processos de 
planejamento, tomada de decisão, monitoramento, avaliação de desempenho, transparência, prestação de 
contas e responsabilização. 
A informação de custos deve ser útil para subsidiar a avaliação das políticas públicas, apresentando os 
resultados alcançados, consubstanciados em relatórios contendo seus indicadores de desempenho. 
A alta administração é responsável por prover efetivo apoio à geração da informação de custos, além de 
responsabilizar os gestores pela qualidade dos dados e pelo uso das informações nos processos decisórios. 
Gilmar Possati
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QUESTÕES COMENTADAS - NBC TSP 34 - FGV 
1. (FGV/Auditor/CGE-PB/2024) Uma entidade pública tem como objetivo a prestação de assistência e 
orientação jurídica aos cidadãos que não possuem condições financeiras de pagar as despesas desses 
serviços. Para atingir esse objetivo, a entidade conta com um corpo de servidores, sendo que parte atua na 
área de atendimento jurídico e parte é responsável pelas atividades administrativas. A entidade ainda conta 
com contratos de terceirização de mão de obra com dedicação exclusiva para os serviços de manutenção 
predial, segurança, e limpeza e conservação. Como entidade prestadora de serviço, os gastos relacionados a 
recursos humanos e serviços terceirizados são os mais relevantes em seu orçamento. Sob a perspectiva da 
gestão de custos tratada na NBC TSP 34, os gastos da entidade com contratos de terceirização de mão de 
obra devem ser enquadrados como: 
a) custos diretos 
b) custos variáveis 
c) objetos de custos 
d) custos de suporte 
e) direcionadores de custos 
Comentários 
Essa mão de obra terceirizada com dedicação exclusiva para os serviços de manutenção predial, segurança, 
e limpeza e conservação representam custos fixos e indiretos. 
Nesse caso, esses gastos se enquadram como custos de suporte. Segundo a NBC TSP 34, 
Custos de suporte são os custos relativos a atividades que dão suporte à realização das atividades 
finalísticas. 
Observe que nesse caso, essas atividades terceirizadas dão suporte às atividadesfinalísticas (prestação de 
assistência e orientação jurídica aos cidadãos que não possuem condições financeiras de pagar as despesas 
desses serviços). 
Gabarito: D 
2. (FGV/Analista/TJ-SE/2023) Na adoção de um sistema para gerar informações de custos em uma entidade, 
é necessário definir centros de responsabilidade, o que é uma atribuição da alta administração da entidade. 
A NBC TSP 34 - Custos no Setor Público orienta que o estabelecimento dos centros de responsabilidade deve 
ser baseado em requisitos como: 
a) características dos usuários da informação; 
b) tipo de sistema de acumulação de custos adotado; 
c) estrutura organizacional da entidade; 
d) nível de procedimentos de controle implantados na entidade; 
e) diretrizes definidas pelos órgãos de controle. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, 
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28. A alta administração da entidade é responsável por definir e estruturar seus centros de responsabilidade. 
O estabelecimento dos centros de responsabilidade deve ser baseado nos seguintes requisitos: (a) a estrutura 
organizacional da entidade; (b) a cadeia de comando e a missão institucional; (c) as entregas produzidas; 
(d) o objetivo da informação de custo; e (e) os responsáveis pela prestação de contas à alta administração. 
Gabarito: C 
3. (FGV/Auditor/CGE-SC/2023/Adaptada) De acordo com a NBC TSP 34 – Custos no Setor Público, os 
sistemas de acumulação de custos no setor público ocorrem por ordem de serviço ou produção e de forma 
contínua. Assinale a opção que indica um caso em que o sistema por ordem é mais apropriado para o 
tratamento dos custos em uma entidade de ensino do setor público. 
a) Obras e benfeitorias. 
b) Transporte de alunos. 
c) Salários de funcionários. 
d) Manutenção do sistema de refrigeração. 
e) Material de informática de computadores. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, sistema de acumulação corresponde à forma como os custos são acumulados e 
atribuídos aos bens e serviços e outros objetos de custos e está relacionado ao fluxo físico e real da 
produção. Os sistemas de acumulação de custos no setor público ocorrem por ordem de serviço ou produção 
e de forma contínua. 
Sistema de acumulação contínua é o sistema de acumulação que compreende demandas de caráter 
continuado e que são acumuladas ao longo do tempo, período a período. 
Sistema de acumulação por ordem de serviço ou produção é o sistema de acumulação que compreende 
especificações predeterminadas do serviço ou produto demandado, com tempo de duração limitado. As 
ordens são mais adequadas para tratamento dos custos de investimentos e de projetos específicos, por 
exemplo, as obras e benfeitorias. 
Gabarito: A 
4. (FGV/Auditor/TCE-ES/2023) Uma entidade pública deseja apurar os custos individuais dos serviços que 
presta para avaliar a necessidade de ajustes no processo de gestão desses serviços. Porém, a entidade se 
depara com diversos custos indiretos, a exemplo do aluguel do imóvel usado para prestar os serviços. Se a 
entidade adotar o método de custeio por absorção, custos dessa natureza: 
a) devem ser acumulados como ajustes de avaliação patrimonial; 
b) devem ser tratados como despesa do período quando incorridos; 
c) podem ser alocados a partir da definição de critérios de rateio; 
d) quando incorridos, reduzem a margem de contribuição individual; 
e) são acumulados da mesma forma que no método de custeio variável. 
Comentários 
O custo indireto não pode ser identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de custo. Sua 
alocação deve ocorrer por meio de direcionadores de custos (preferencialmente) ou de bases de rateio 
(razoáveis e consistentes). 
Gilmar Possati
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Como o aluguel de um imóvel usado para prestar serviços não pode ser identificado diretamente ao objeto 
de custo, devemos utilizar direcionadores de custos ou um critério (base) de rateio para definirmos os custos 
que cada serviço irá consumir. 
Gabarito: C 
5. (FGV/Analista/MPE-GO/2022) Assinale a opção que indica os principais usuários da informação de custos 
em entidades do setor público, de acordo com a NBC TSP 34– Custos no Setor Público. 
a) Gestores. 
b) Cidadãos. 
c) Órgãos de controle. 
d) Organizações sociais. 
e) Membros do Poder Legislativo. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, 
Os principais usuários da informação de custos são os gestores, em sua tomada de decisão sobre a aplicação 
dos recursos que lhes são confiados. Por isso, em regra, demandam informações customizadas, no formato 
de relatórios de custos específicos. 
Tome cuidado, pois os cidadãos e membros do Poder Legislativo são usuários primários das informações 
contábeis em geral, nos termos da NBC TSP – Estrutura Conceitual e no contexto da NBC TSP 34, são 
considerados “demais usuários da informação de custos”: 
Demais usuários da informação de custos são órgãos de controle, cidadãos, membros do poder Legislativo, 
organizações sociais, academia, pesquisadores, meios de comunicação e outros interessados pelos 
resultados da gestão dos recursos públicos. Em geral, demandam relatórios de custos com informações 
gerais, agregadas, consolidadas e padronizadas. 
Gabarito: A 
6. (FGV/Analista/TJ-TO/2022) Uma analista contábil estava atuando na implantação de um sistema de 
informação de custos para melhor controle dos serviços prestados por um ente público. Nesse sistema, a 
entidade adota o método de custeio por absorção. Por esse método, um exemplo de custo que a entidade 
pode alocar aos centros de custos, sem usar critérios de rateio, é: 
a) aluguel de imóvel; 
b) consumo de embalagens; 
c) consumo de energia elétrica; 
d) depreciação de máquinas; 
e) gastos com seguro de equipamentos. 
Comentários 
As embalagens são consideradas custos diretos e, portanto, não necessitam de critérios de rateio. Segundo 
a NBC TSP34, 
Custo direto é o custo identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de custo. 
Exemplos: Matérias primas, embalagens, mão de obra direta. 
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==d8218==
 
 
Custo indireto é o custo que não pode ser identificado e apropriado direta e objetivamente ao objeto de 
custo, devendo sua alocação ocorrer por meio de direcionadores de custos ou, em última instância, de bases 
de rateio razoáveis e consistentes. 
Exemplos: Aluguel da fábrica, imposto predial da fábrica, seguro da fábrica, manutenção da fábrica, 
depreciação, materiais indiretos, mão de obra indireta, energia elétrica da fábrica. 
Gabarito: B 
7. (FGV/Auditor/TCE-TO/2022) Nas suas atividades operacionais, com ênfase em prestação de serviços, uma 
entidade pública incorre em um volume relevante de custos que não podem ser identificados diretamente 
ao objeto do custo. Nesses casos, para fins de registros contábeis, tais custos: 
a) são reconhecidos diretamente no resultado do período; 
b) não afetam a avaliação do desempenho operacional da entidade; 
c) não devem ser considerados no desempenho de centros de responsabilidade; 
d) podem ser apropriados por meio de direcionadores de custos; 
e) devem ser controlados a partir da estrutura de custeio padrão. 
Comentários 
A questão se refere aos custos indiretos, os quais não podem ser identificados e apropriados direta e 
objetivamente ao objeto de custo. Sua alocação deve ocorrer por meio de direcionadores de custos 
(preferencialmente) ou de bases de rateio (razoáveis e consistentes). 
Gabarito: D 
8. (FGV/Auditor/TCE-TO/2022)Uma entidade que deseja gerar informações de custos para a sua gestão 
precisa adotar um sistema de acumulação que corresponde à forma como os custos são acumulados e 
apropriados aos bens e serviços e outros objetos de custos. No caso de a entidade precisar de um sistema 
que compreenda especificações predeterminadas do serviço demandado, deve adotar o sistema de custeio: 
a) baseado em atividade; 
b) de acumulação contínua; 
c) pleno ou variável; 
d) por absorção ou direto; 
e) por ordem de serviço ou produção. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, sistema de acumulação corresponde à forma como os custos são acumulados e 
atribuídos aos bens e serviços e outros objetos de custos e está relacionado ao fluxo físico e real da 
produção. Os sistemas de acumulação de custos no setor público ocorrem por ordem de serviço ou produção 
e de forma contínua. 
Sistema de acumulação contínua é o sistema de acumulação que compreende demandas de caráter 
continuado e que são acumuladas ao longo do tempo, período a período. 
Sistema de acumulação por ordem de serviço ou produção é o sistema de acumulação que compreende 
especificações predeterminadas do serviço ou produto demandado, com tempo de duração limitado. As 
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ordens são mais adequadas para tratamento dos custos de investimentos e de projetos específicos, por 
exemplo, as obras e benfeitorias. 
Gabarito: E 
9. (FGV/Contador/CM Taubaté/2022/adaptada) O método de custeio está associado ao processo de 
identificação e associação do custo ao objeto que está sendo custeado. Entre os métodos apresentados, o 
custeio pleno consiste na 
a) apropriação dos custos de produção e das despesas aos produtos e serviços. 
b) apropriação dos custos variáveis aos produtos e serviços e consideração dos custos fixos como despesa 
do período. 
c) alocação de todos os custos diretamente a todos os objetos de custeio sem rateios ou apropriações. 
d) consideração de que todas as atividades desenvolvidas pelas entidades são geradoras de custos e 
consomem recursos. 
e) relação estabelecida entre atividades e os objetos de custo por meio de direcionadores de custos que 
determinam quanto de cada atividade é consumida por eles. 
Comentários 
Custeio por absorção integral (pleno): aloca aos produtos todos os custos de produção (fixos e variáveis) 
juntamente com as despesas fixas (administração, vendas etc.). As despesas variáveis são incorporadas ao 
resultado. 
Nesse sentido, no Custeio Pleno os custos diretos são alocados diretamente aos produtos, enquanto os 
indiretos são apropriados ao por meio de uma base de rateio. Da mesma forma, as despesas fixas de 
administração e de vendas também passam por um rateio antes da incorporação aos produtos. 
Segundo a revogada NBC T 16.11 o custeio pleno consiste na apropriação dos custos de produção e das 
despesas aos produtos e serviços. 
Gabarito: A 
10. (FGV/Analista/ALERO/2018) O sistema de acumulação corresponde à forma como os custos são 
acumulados e apropriados aos bens e serviços e outros objetos de custos e está relacionado ao fluxo físico e 
real da produção. Assinale a opção que indica o sistema mais adequado para tratamento dos custos de 
projetos como obras e benfeitorias. 
a) Ordem de serviço ou produção. 
b) Forma contínua. 
c) Custeio direto. 
d) Custeio por absorção. 
e) Custeio por atividade. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, sistema de acumulação corresponde à forma como os custos são acumulados e 
atribuídos aos bens e serviços e outros objetos de custos e está relacionado ao fluxo físico e real da 
produção. Os sistemas de acumulação de custos no setor público ocorrem por ordem de serviço ou produção 
e de forma contínua. 
Gilmar Possati
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Sistema de acumulação contínua é o sistema de acumulação que compreende demandas de caráter 
continuado e que são acumuladas ao longo do tempo, período a período. 
Sistema de acumulação por ordem de serviço ou produção é o sistema de acumulação que compreende 
especificações predeterminadas do serviço ou produto demandado, com tempo de duração limitado. As 
ordens são mais adequadas para tratamento dos custos de investimentos e de projetos específicos, por 
exemplo, as obras e benfeitorias. 
Gabarito: A 
 
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QUESTÕES COMENTADAS - NBC TSP 34 - MULTIBANCAS 
1. (COMPERVE/Técnico/UFRN/2023) Em 18 de novembro de 2021, foi aprovada a NBC TSP 34 – Custos no 
Setor Público, que trata, principalmente, do uso da informação de custos para fins gerenciais. Para tanto, no 
corpo da norma, são estabelecidas algumas definições, dentre as quais a transcrita a seguir: “é o dispêndio 
de um ativo ou criação de um passivo, estando ou não relacionado à obtenção de um bem ou serviço.” Essa 
é a definição de 
a) gasto. 
b) custo. 
c) despesa. 
d) investimento. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, 
Gasto é o dispêndio de um ativo ou criação de um passivo, estando ou não relacionado à obtenção de um 
bem ou serviço. 
Custo é o consumo ou utilização de recursos para a geração de bens ou serviços. 
Investimento corresponde a bens ou direitos reconhecidos no ativo em função dos benefícios futuros 
esperados. 
Gabarito: A 
2. (COMPERVE/Técnico/UFRN/2023) A NBC TSP 34 – Custos no Setor Público apresenta as características 
qualitativas e as restrições da informação de custos, definidas anteriormente na NBC TSP Estrutura 
Conceitual. Representação fidedigna, materialidade, compreensibilidade, custo-benefício e tempestividade 
são, respectivamente, exemplos de 
a) característica qualitativa, restrição, característica qualitativa, restrição, característica qualitativa. 
b) característica qualitativa, característica qualitativa, característica qualitativa, restrição, restrição. 
c) restrição, característica qualitativa, restrição, restrição, característica qualitativa. 
d) restrição, restrição, restrição, característica qualitativa, característica qualitativa. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, 
11. As características qualitativas da informação de custos são relevância, representação fidedigna, 
compreensibilidade, tempestividade, comparabilidade e verificabilidade. As restrições a estas 
características são materialidade, custo-benefício e alcance do equilíbrio apropriado entre as 
características qualitativas. Essas características e restrições são aquelas definidas na NBC TSP Estrutura 
Conceitual. 
Gabarito: A 
3. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói-RJ/2023) A NBC TSP 34 – Custos no Setor Público estabelece que “todo 
objeto de custo que não corresponda a bens e serviços entregues à sociedade é considerado intermediário”. 
Abaixo, têm-se alguns exemplos de objetos de custos intermediários, EXCETO: 
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a) bens e serviços consumidos internamente, oferecidos e prestados entre centros de responsabilidade ou 
entidades. 
b) bens e serviços de saúde e de segurança pública. 
c) programas elencados nos planos de governo que evidenciem o custo da atuação governamental. 
d) projetos que representem o esforço para o alcance da missão institucional. 
Comentários 
Segundo a NBC TSP 34, 
51. Todo objeto de custo que não corresponda a bens e serviços entregues à sociedade é considerado 
intermediário, por

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