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12- Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos resumo.pdf

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Prévia do material em texto

Marcos Soares da Mota e Silva
Pós-graduado em Direito Tributário pelo Ins-
tituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET) e 
em Direito Processual Tributário pela Universi-
dade de Brasília (UnB). Graduado em Engenha-
ria Mecânica pela Universidade Federal do Rio 
de Janeiro (UFRJ) e em Direito pela Universida-
de do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Profes-
sor de Direito Tributário e Direito Constitucional 
no Centro de Estudos Alexandre Vasconcellos 
(CEAV), Universidade Estácio de Sá, Faculdade 
da Academia Brasileira de Educação e Cultu-
ra (Fabec) e em preparatórios para concursos 
públicos. Atua como auditor fiscal da Receita 
Federal.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
123
Da nacionalidade, dos direitos 
políticos e dos partidos políticos 
Nacionalidade 
Nacionalidade “é o vínculo jurídico-político de Direito Público interno que 
faz da pessoa um dos elementos componentes da dimensão do Estado” (MI-
RANDA, 1970, p. 352).
Cada Estado tem liberdade para dizer quais são os seus nacionais. A Cons-
tituição Federal dispõe sobre o tema em seu artigo 12, mas antes da leitura 
deste artigo é importante falar deste tema em termos doutrinários.
Espécies de nacionalidade 
A nacionalidade pode ser primária (originária) ou secundária (adquirida). 
A nacionalidade primária decorre de um fato natural, o nascimento, a partir 
do qual, conforme os critérios adotados pelo Estado (sanguíneos ou territo-
riais) será estabelecida. Trata-se de uma aquisição involuntária de naciona-
lidade, resultante do simples nascimento ligado a um critério estabelecido 
pelo Estado. A nacionalidade secundária é a que se adquire por ato de von-
tade, depois do nascimento (em regra, pela naturalização).
Critérios de atribuição de nacionalidade 
São dois os critérios mais importantes para a atribuição da nacionalidade 
primária: o que leva em consideração a origem sanguínea (ius sanguinis) e o 
que leva em conta a origem territorial (ius solis).
De acordo com o critério ius sanguinis, será nacional todo aquele que for 
filho de nacionais, independentemente do local de nascimento. Pelo critério 
ius solis será atribuída a nacionalidade a quem nasce no território do Estado 
de que se trata, independentemente da nacionalidade dos ascendentes.
Cada Estado, normalmente, estabelece um ou outro critério levando em 
consideração características relativas à migração populacional: em regra os 
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
125125
Estados de emigração preferem o critério ius sanguinis, já os Estados de imi-
gração costumam adotar o critério ius solis.
Brasileiros natos 
Vejamos o que diz a CF sobre os brasileiros natos.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde 
que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira;
[...]
A alínea “a” traz um caso de utilização do critério ius solis, considerando 
nato o nascido no território brasileiro, independentemente da nacionalidade 
dos seus pais. Todavia, o legislador constituinte estabeleceu uma exceção ao 
excluir da nacionalidade brasileira os filhos de pais estrangeiros que estejam 
a serviço de seu país. Nesse caso, deve ser adotado o critério ius sanguinis, 
combinado com o fato de o pai ou a mãe estar a serviço de seu país.
Verifica-se que são dois os requisitos para o afastamento do critério ius solis:
ambos os pais estrangeiros; �
pelo menos um deles estar a serviço de seu país de origem. Se os pais �
estiverem no Brasil por sua própria vontade, ou a serviço de um terceiro 
país que não o seu de origem, o filho nascido aqui será brasileiro nato.
A alínea “b” traz o critério ius sanguinis, combinado com um requisito adi-
cional, que é a necessidade de que o pai ou a mãe brasileiros (ou ambos) 
estejam a serviço da República Federativa do Brasil (critério funcional).
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
125
Verifica-se, portanto, que são dois os requisitos:
ser filho de pai brasileiro ou mãe brasileira; �
o pai ou a mãe (ou ambos) estarem a serviço da República Federativa do �
Brasil, que pode ser qualquer serviço público prestado pela Administra-
ção direta ou indireta da União, dos Estados, do DF ou dos Municípios.
Quanto à alínea “c”, cabe registrar que o texto original da Constituição 
previa como brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou 
mãe brasileira, desde que fossem registrados na repartição competente. Essa 
hipótese foi suprimida pela Emenda Constitucional de Revisão 3/94.
Com a Emenda Constitucional 54/2007 voltou a ser adotado o critério do 
ius sanguinis adicionado a um requisito específico, que é a necessidade de 
registro em repartição brasileira competente (embaixada ou consulado), in-
dependentemente de qualquer outro procedimento posterior.
A alínea “c” traz ainda uma outra hipótese, chamada pela doutrina de 
nacionalidade potestativa. Adotou-se o critério ius sanguinis, exigindo-se, 
porém, vínculo com o território brasileiro e expressa manifestação de vonta-
de do interessado (opção pela nacionalidade brasileira).
São, portanto, cinco os requisitos exigidos:
nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira; �
pai brasileiro e mãe brasileira que não estejam a serviço do Brasil (pois �
se estivessem, o filho seria, de pronto, brasileiro nato, por enquadra-
mento na alínea “b”);
não ter sido registrado na repartição brasileira competente; �
vir, a qualquer tempo, a residir no Brasil; �
opção, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. �
Por fim, cabe destacar que a alínea “c” do artigo 12, inciso I, da Constituição 
refere-se a uma hipótese de nacionalidade originária e não de nacionalidade 
adquirida, é apenas um caso de opção confirmativa feita posteriormente.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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Brasileiros naturalizados 
Vejamos, agora, o que diz a CF sobre os brasileiros naturalizados.
Art. 12. São brasileiros:
[...]
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários 
de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade 
moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil 
há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira.
A CF prevê a aquisição da nacionalidade secundária por meio da naturali-
zação, mediante a manifestação de vontade do interessado. A naturalização 
é, portanto, um meio derivado de aquisição de nacionalidade, que permite 
ao estrangeiro assumir a nacionalidade do país em que se encontra, desde 
que preencha os requisitos previstos para tal.
De acordo com a doutrina majoritária, como regra, não há direito subjeti-
vo à obtenção da naturalização. A plena satisfação das condições e requisitos 
não assegura ao estrangeiro, em princípio, o direito à nacionalização. A con-
cessãoda nacionalidade brasileira é ato de soberania nacional, discricionário 
do chefe do Poder Executivo (presidente da República).
A naturalização pode ser tácita ou expressa. A naturalização tácita ocorre 
quando é adquirida independentemente de manifestação expressa do na-
turalizando, em função das regras jurídicas de nacionalização adotadas por 
determinado Estado.
A naturalização expressa, por sua vez, depende de requerimento do inte-
ressado, demonstrando sua intenção de adquirir nova nacionalidade. A Cons-
tituição Federal de 1988 só contempla hipóteses de naturalização expressa, ou 
seja, que dependem de manifestação de vontade expressa do interessado.
A Constituição de 1891 previa uma hipótese de naturalização tácita. Em 
seu artigo 69, §4.º, estabelecia serem cidadãos brasileiros os estrangeiros 
que, achando-se no Brasil, em 15 de novembro de 1889, não declarassem, 
dentro de seis meses depois de entrar em vigor a Constituição, o ânimo de 
conservar a nacionalidade de origem.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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São duas as espécies de naturalização expressa (CF, art. 12, II):
a ordinária, pela qual são considerados brasileiros naturalizados os �
que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um 
ano ininterrupto e idoneidade moral;
A naturalização ordinária é concedida aos estrangeiros, residentes no 
país, que cumpram os requisitos previstos na lei (Lei 6.815/80) brasilei-
ra de naturalização (capacidade civil, visto permanente no país, saber 
ler e escrever em português, exercício de profissão etc.).
Dos estrangeiros originários de países de língua portuguesa (Portugal, 
Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Açores, Cabo Verde, São Tomé e 
Príncipe, Goa, Damão, Diu, Macau e Timor Leste) somente são exigidos 
dois requisitos:
residência no Brasil por um ano ininterrupto; �
idoneidade moral. �
Na nacionalização ordinária, a simples satisfação dos requisitos não 
assegura ao estrangeiro a nacionalidade brasileira, uma vez que a con-
cessão é ato discricionário do chefe do Poder Executivo.
a extraordinária, por meio da qual são considerados brasileiros natu- �
ralizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na Re-
pública Federativa do Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
São três os requisitos para aquisição da naturalização extraordinária:
residência ininterrupta no Brasil há mais de 15 anos; �
ausência de condenação penal; �
requerimento do interessado. �
Nessa espécie de naturalização, ao contrário da ordinária, a maior parte 
da doutrina entende que não há discricionariedade para o chefe do Poder 
Executivo, tendo o interessado direito subjetivo à nacionalidade brasileira, 
desde que preenchidos os pressupostos. Cumpridos os 15 anos de residên-
cia no Brasil, sem condenação penal e efetivado o requerimento, o chefe do 
Poder Executivo não poderia negar a naturalização.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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Portugueses equiparados 
A Constituição dá tratamento favorecido aos portugueses residentes no 
Brasil, ao dispor que
Art. 12. [...]
§1.º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos 
previstos nesta Constituição.
São dois os pressupostos para que os portugueses possam gozar dos di-
reitos de brasileiro naturalizado:
que tenham residência permanente no Brasil; �
que haja reciprocidade, ou seja, que o ordenamento jurídico portu- �
guês outorgue a brasileiro o mesmo direito requerido.
O legislador constituinte confere aos portugueses aqui residentes os di-
reitos do brasileiro naturalizado (e não de brasileiro nato), se houver recipro-
cidade de tratamento em favor dos brasileiros em Portugal.
Não se trata de concessão aos portugueses da nacionalidade brasileira. 
Os portugueses residentes no Brasil continuam portugueses, o que acontece 
é que recebem direitos que somente poderiam ser concedidos aos brasilei-
ros naturalizados.
Tratamento diferenciado entre brasileiro nato e 
naturalizado 
Art. 12. [...]
§2.º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo 
nos casos previstos nesta Constituição.
§3.º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
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VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
A Constituição Federal, em seu artigo 12, §2.º, impõe que a lei não poderá 
estabelecer distinção entre brasileiro nato e naturalizado. Os únicos casos de 
tratamento diferenciado permitidos são aqueles expressamente constantes 
do texto constitucional, que são:
cargos: são privativos de brasileiro nato os cargos de presidente da Re- �
pública e vice-presidente da república, presidente da Câmara dos De-
putados, presidente do Senado Federal, ministro do Supremo Tribunal 
Federal, carreira diplomática, oficial das Forças Armadas e de ministro 
de Estado de Defesa (CF, art. 12, §3.º);
função no Conselho da República: no Conselho da República foram �
reservadas seis vagas a cidadãos brasileiros natos (CF, art. 89, VII);
extradição: o brasileiro nato não pode ser extraditado, o que pode �
ocorrer com o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes 
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei (CF, art. 5.º, LI);
direito de propriedade: o brasileiro naturalizado há menos de dez anos �
não pode ser proprietário de empresa jornalística e de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens (CF, art. 222).
Perda da nacionalidade 
Art. 12. [...]
§4.º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva 
ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em 
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício 
de direitos civis.
A perda da nacionalidade só poderá ocorrer nos casos expressamente previs-
tos na Constituição, não pode o legislador ordinário ampliar estas hipóteses.
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De acordo com o disposto no parágrafo 4.º do artigo 12 da CF, será decla-
rada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de �
atividade nociva ao interesse nacional. Aqui serão dois os requisitos 
para que o brasileiro naturalizado perca sua nacionalidade:
prática de atividade nociva ao interesse nacional; �
cancelamento por sentença judicial transitada em julgado. �
adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de na- �
cionalidade originária pela lei estrangeira ou de imposição de naturaliza-
ção,pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangei-
ro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício 
de direitos civis.
Nestes segundo caso a perda da nacionalidade é voluntária e aplicável 
tanto a brasileiros natos quanto aos naturalizados.
A Constituição, todavia, estabelece duas exceções, ou seja, situações 
em que é admitida a dupla nacionalidade:
reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira: �
não perderá a nacionalidade o brasileiro que teve reconhecida 
outra nacionalidade por Estado estrangeiro, originariamente, em 
virtude de adoção do critério ius sanguinis.
De acordo com Alexandre de Moraes (2009, p. 225), 
[...] é o caso da Itália, que reconhece aos descendentes de seus nacionais a cidadania 
italiana. Os brasileiros descendentes de italianos que adquirem aquela nacionalidade, por 
meio do simples processo administrativo, não perderão a nacionalidade brasileira, uma 
vez que se trata de mero reconhecimento de nacionalidade originária italiana, em virtude 
de vínculo sanguíneo. Ostentarão, pois, dupla nacionalidade.
imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro resi- �
dente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em 
seu território ou para o exercício de direitos civis. Neste caso, o brasi-
leiro não perde a nacionalidade brasileira, porque a aquisição da se-
gunda nacionalidade não se deu em razão de manifestação de sua 
vontade, mas de imposição do Estado estrangeiro. Em outras palavras, 
o indivíduo não desejava renunciar à nacionalidade brasileira, mas, por 
força da norma estrangeira, se vê praticamente obrigado a adquirir a 
nacionalidade estrangeira, para exercer direitos civis.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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Direitos políticos 
De acordo com José Afonso da Silva (2003, p. 347):
[...] os direitos políticos positivos consistem no conjunto de normas que asseguram 
o direito subjetivo de participação no processo político e nos órgãos governamentais. 
Eles garantem a participação do povo no poder de dominação política por meio das 
diversas modalidades de direito de voto nas eleições, direito de elegibilidade (direito de 
ser votado), direito de voto nos plebiscitos e referendos, assim como por outros direitos 
de participação popular, como o direito de iniciativa popular, o direito de propor ação 
popular e o direito de organizar e participar de partidos políticos.
A Constituição Federal trata deste tema no artigos 14 a 16. Vejamos o dis-
posto no artigo 14, in verbis:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
O voto é o exercício do direito de sufrágio. Por meio do sufrágio universal, 
o cidadão pode eleger ou ser eleito, participando da democracia representa-
tiva. Difere do sufrágio restrito, que pode ser capacitário ou censitário.
Plebiscito: é uma forma de consulta popular prévia à deliberação do �
Congresso Nacional (CF, art. 14, I). É realizado por convocação do Con-
gresso Nacional, podendo ainda ser determinado pela própria Consti-
tuição (CF, art. 18, §§3.º e 4.º e ADCT, art. 2.º). É regulamentado pela Lei 
9.709, de 18/11/1998.
Referendo: é uma forma de consulta popular posterior à manifestação �
do Congresso Nacional, autorizada pelo próprio Congresso Nacional. 
É regulamentado pela Lei 9.709, de 18/11/98 (CF, art. 14, II).
Iniciativa popular de lei: é uma proposta de lei sem intermediação de �
membro do Poder Legislativo, preenchidos os requisitos do artigo 61, 
§2.º, da CF. É regulamentada pela Lei 9.709, de 18/11/98.
O alistamento 
Art. 14. [...]
§1.º O alistamento eleitoral e o voto são:
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§2.º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço 
militar obrigatório, os conscritos.
O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros maiores de 
dezoito anos e menores de setenta anos, alfabetizados e não militares cons-
critos (aqueles que estão prestando o serviço militar obrigatório).
Por outro lado, tanto o alistamento eleitoral quanto o voto são facultati-
vos para os analfabetos, os maiores de 70 anos e os maiores de 16 e menores 
de 18 anos.
O parágrafo 2.º enumera os casos de impedimento de alistamento eleitoral.
Condições de elegibilidade 
Art. 14. [...]
§3.º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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A Constituição expressou seis requisitos taxativos para alguém poder ser 
eleito. Desta forma, só poderá concorrer a um mandato eletivo, no Poder 
Legislativo ou no Poder Executivo, quem preencher as condições de elegibi-
lidade ali previstas.
Inelegibilidades 
Art. 14. [...]
§4.º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Inelegibilidades são impedimentos à candidatura dos candidatos que se 
impõem aos analfabetos e aos inalistáveis. O conceito de inalistável deve ser 
regulamentado pela lei.
Reeleição 
Art. 14. [...]
§5.º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser 
reeleitos para um único período subsequente.
O parágrafo 5.º do artigo 14 traz alguns impedimentos existentes apenas 
em relação aos cargos da Chefia do Poder Executivo, seja no âmbito federal, 
dos Estados, Municípios e Distrito Federal.
Desincompatibilização 
Art. 14. [...]
§6.º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito.
Este inciso trata da hipótese de inelegibilidade relativa por motivo fun-
cional. Para concorrerem a outro cargo eletivo, que não o atual, os chefes do 
Executivo deverão renunciar até seis meses antes da data da eleição.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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Inelegibilidade reflexa 
Art. 14. [...]
§7.º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os 
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição.
O território de “jurisdição” (a doutrina prefere “circunscrição”, uma vez que 
jurisdição é uma função monopolizada pelo PoderJudiciário) do titular é a 
área física em que esse exerce poder. Desta forma, o território do presidente 
da República é todo o país; o do governador, o respectivo estado; e o do 
prefeito, o município.
A súmula vinculante 18 estabelece que a dissolução da sociedade ou do 
vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista 
no §7.º do artigo 14 da CF.
Situação do militar 
Art. 14. [...]
§8.º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
O militar pode candidatar-se em pleitos eleitorais. Porém a sua condição 
específica exige a observância dos dois requisitos previstos nos incisos I e II 
do §8.º do artigo 14.
Lei de Inelegibilidades (LC 64/90) 
Art. 14. [...]
§9.º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo 
ou emprego na Administração direta ou indireta.
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A Lei de Inelegibilidades – Lei Complementar 64/90, alterada pela LC 
81/94 –, foi editada para regulamentar o artigo 14, §9.º, da CF.
A inscrição do candidato poderá sofrer impugnação caso haja comprova-
ção de violações à moralidade administrativa. Por isso, exige-se uma condu-
ta proba, íntegra, honesta e justa.
O dispositivo exige, ainda, a normalidade e a legitimidade das eleições. 
Por tal motivo, o processo eletivo deverá correr em ambiente longe de abalos 
e escândalos.
Além disso, o uso da riqueza para fins eleitorais também foi vedado, assim 
como a influência, os abusos de cargo, função ou emprego público, tanto na 
administração direta como na indireta.
Ação de impugnação de mandato eletivo 
Art. 14. [...]
§10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze 
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, 
corrupção ou fraude.
O §10 trata do ajuizamento da ação de impugnação de mandato eletivo. 
Ele assinala o prazo de 15 dias contados da data da diplomação para a impe-
tração da ação.
Perda e suspensão de direitos políticos 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos 
casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do 
art. 5.º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4.º.
É vedada a cassação de direitos políticos, somente podendo ocorrer sua 
perda ou suspensão nas hipóteses enumeradas pela Constituição.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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Hipótese de perda: �
cancelamento da naturalização (CF, art. 12, §4.º). �
Hipóteses de suspensão: �
incapacidade civil absoluta, como ocorre na interdição; �
condenação criminal com trânsito em julgado, enquanto durarem �
seus efeitos;
improbidade administrativa; �
escusa de consciência, sem cumprimento da prestação alterna- �
tiva (CF, art. 5.º, VIII) (parte da doutrina entende que esta é uma 
hipótese de perda dos direitos políticos).
A anterioridade da lei eleitoral 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, 
não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
O artigo 16 exige um intervalo de um ano entre a publicação regular da 
lei e a sua efetiva aplicação, alterando e regulando o processo eleitoral.
Segundo o Supremo Tribunal Federal, esse princípio da anterioridade da 
lei eleitoral foi enunciado pelo legislador constituinte com o propósito de im-
pedir a deformação do processo eleitoral mediante alterações casuísticas por 
meio de lei, quebrando a igualdade entre partidos e candidatos (medida cau-
telar em ação direta de inconstitucionalidade 353, julgada em 05/09/90).
Partidos políticos 
Segundo José Afonso da Silva (2003, p. 393), partido político é uma forma 
de agremiação de um grupo social que se propõe a organizar, coordenar e 
instrumentar a vontade popular com o fim de assumir o poder para realizar 
seu programa de governo.
CF,
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados 
a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais 
da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros 
ou de subordinação a estes;
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III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§1.º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, 
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas 
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito 
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária.
§2.º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, 
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§3.º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao 
rádio e à televisão, na forma da lei.
§4.º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
A Constituição assegurou a liberdade para criar, fundir, incorporar e ex-
tinguir partidos políticos, condicionando esses movimentos aos requisitos 
constantes do caput e dos incisos do artigo 17.
Atividades de aplicação
Julgue os itens a seguir como certo ou errado.
 1. (Cespe) Não são elegíveis para os cargos de presidente e vice-presidente 
da República e senador aqueles que contarem com menos de trinta e cin-
co anos de idade.
 2. (Cespe) Para concorrerem a outros cargos, os governadores e os prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito, 
salvo se já estiverem exercendo os mandatos pela segunda vez seguida.
 3. (Cespe) A CF prevê casos de suspensão, mas não de perda definitiva de 
direitos políticos, pois a privação terminante desses direitos configuraria 
ofensa ao princípio da dignidade da pessoa humana.
 4. (Cespe) O presidente da República, os governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os prefeitos poderão ser reeleitos para apenas um período subse-
quente, o que não impede que, antes do término do segundo mandato con-
secutivo, eles renunciem e sejam eleitos novamente para o mesmo cargo.
 5. (Cespe) Para concorrerem aos mesmos cargos, o presidente da República, 
os governadores de Estado e do Distrito Federal e os prefeitos devem re-
nunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
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 6. (Cespe) Segundo a CF, o militar alistável é inelegível.
 7. (Cespe) Na hipótese de criação de município por desmembramento, o 
irmão do prefeito do município-mãe não pode se candidatar a chefe do 
Executivo do município recém-criado, devido à inelegibilidade reflexa.
 8. (Cespe) Caso o prefeito de um município e seu filho, deputado estadual, 
sejam candidatos à reeleição para os mesmos cargos, não haverá inelegi-
bilidade.
 9. (Cespe) Um brasileiro naturalizado pode ser ministro do STJ.
10. (Cespe) São privativos de brasileiro nato os cargos de ministro de Estado 
da Defesa, ministro de Estado da Fazenda e de oficial da Marinha, do Exér-
cito ou da Aeronáutica.
11. (Cespe) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro 
ou de mãe brasileira que vierem a residir no Brasil e optarem pela nacio-
nalidade brasileira, desde que essa opção ocorra até a maioridade.
12. (Cespe) É considerado brasileiro originalmente nato aquele nascido em 
solo estrangeiro, filho de brasileiros. Porém, esse direito personalíssimo 
depende de potestatividade do titular, caso contrário carece de eficácia.
13. (Cespe) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver 
cancelada a sua naturalização, por decisão administrativa, em virtude de 
atividade nociva ao interesse nacional, desde que devidamente compro-
vada no respectivo processo administrativo.
Dicas de estudo
Livros: Curso de Direito Constitucional, de Sylvio Clemente Motta Filho e Gustavo 
Barchet, editora Elsevier e Curso de Direito Constitucional Positivo, de José Afonso 
da Silva, editora Malheiros.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
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Referências
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MOTTA FILHO, Sylvio Clemente; BARCHET, Gustavo. Curso de Direito Constitu-
cional. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplica-
do. 4. ed. São Paulo: Método, 2009.
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Comentários à Constituição de 
1967 com a Emenda n. 1 de 1969. 2. ed. São Paulo: RT, 1970. 6. v.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 22. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2003.
Gabarito
1. Certo (CF, art. 14, §3.º).
2. Errado (CF, art. 14, §6.º).
3. Errado. A Constituição Federal prevê casos de suspensão e de perda de 
direitos políticos no seu artigo 15.
4. Errado. Mesmo que renunciem, não poderão ocupar o mesmo cargo por 
três vezes seguidas.
5. Certo.
6. Errado (CF, art. 14, §8.o).
7. Certo. Segundo a jurisprudência do STF (recurso extraordinário 158.314), 
no caso da criação de município por desmembramento, o parente do pre-
feito do município-mãe está impedido de se candidatar por inelegibilida-
de reflexa (CF, art. 14, §7.o), não podendo concorrer ao cargo de chefe do 
Executivo do município recém-criado.
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Da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos 
8. Certo (CF, art. 14, §7.o).
9. Certo (CF, art. 12, §3.o e 104, parágrafo único).
10. Errado (CF, art. 12, §3.o).
11. Errado. A opção pela nacionalidade brasileira deve ser feita após a maio-
ridade (CF, art. 12, I, “c”).
12. Certo (CF, art. 12, I, “c”).
13. Errado. Para declarar a perda é necessária decisão judicial transitada em 
julgado (CF, art. 12, §4.o, I).
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