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Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Olá, amiga (o) s. Aqui é o Prof. Aristócrates Carvalho (Ari). Saiba que é uma honra tê-los como leitores do nosso CURSO GRATUITO de Lei Orgânica da Saúde (Teoria + questões comentadas). Este é mais um dentre vários projetos audaciosos deste jovem professor que já é um grande conhecido da maior parte dos candidatos aos concursos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Informamos que já está em fase de construção o nosso site próprio. Lá, disponibilizaremos CURSOS COMPLETOS em vídeo das seguintes disciplinas: LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS, BSERH, CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA ENFERMAGEM COACHING Queremos muito que você conte sempre conosco nessa árdua tarefa rumo à APROVAÇÃO! Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” AGUARDE MAIS UM POUCO e adquira os nossos cursos em vídeo atualizados e com foco em questões. E o melhor: Em respeito ao seu bolso, os nossos cursos custarão 30% (trinta por cento) a menos do que os ofertados por outras empresas e sem perder a qualidade, é claro! Por fim, CURTA a nossa página oficial no FACEBOOK e tenha acesso a inúmeros materiais em vídeo, PDF’s, promoções, dicas de preparação: https://www.facebook.com/pages/Prof-Ari-Carvalho-SUS-e- Ebserh-p-HUs/932827513457875?fref=ts. Forte abraço! Bons estudos! Prof. Ari Carvalho Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Sumário 1. SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL ..................................................................................... 5 1.1. ASSISTÊNCIA SOCIAL ......................................................................................................... 5 1.2. PREVIDÊNCIA SOCIAL ........................................................................................................ 6 1.3. SAÚDE ............................................................................................................................. 7 2. PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS ......................................................... 8 2.1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE ....................................................................................... 10 2.2. PRINCÍPIO DA INTEGRALIDADE.......................................................................................... 11 2.3. PRINCÍPIO DA EQUIDADE. ................................................................................................ 13 2.4. PRINCÍPIO DA REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO.......................................................... 14 2.5. PRINCÍPIO DA RESOLUTIVIDADE ........................................................................................ 15 2.6. PARTICIPAÇÃO SOCIAL ..................................................................................................... 15 2.7. PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE DO SETOR PRIVADO. ................................................. 17 3. COMPETÊNCIA DO SUS .................................................................................................. 19 4. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ............................................................................................ 20 5. QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................... 24 6. LEI 8.080/90. ................................................................................................................... 34 7. CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE............................................................................................... 35 8. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. ..................................................................................................... 37 8.1. OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES. .................................................................................................. 38 9. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ................................................................................................ 47 10. QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................... 56 11. ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E GESTÃO DO SUS. ........................................................................ 74 12. COMISSÕES INTERSETORIAIS. ............................................................................................... 76 13. COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES. ................................................................................... 81 13.1. ATRIBUIÇÕES COMUNS. ............................................................................................. 81 13.2. COMPETÊNCIAS DA UNIÃO. ..................................................................................... 84 13.3. COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS. ................................................................................. 87 13.4. COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS. ............................................................................ 89 14. QUESTÕES PARA TREINAR. .................................................................................... 93 15. SUBSISTEMAS. ................................................................................................................ 98 15.1. SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA ...................................................... 98 15.2. SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR ............................... 101 Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” 15.3. SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO .............................................................................................................. 102 16. RECURSOS HUMANOS. ................................................................................................. 102 17. FINANCIAMENTO. ......................................................................................................... 103 17.1. RECURSOS. ................................................................................................................ 103 17.2. GESTÃO FINANCEIRA. .............................................................................................. 104 17.3. QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................ 111 Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Nestas primeiras linhas,é importante que compreendamos o contexto no qual a saúde brasileira está inserida. Partiremos, portanto, de uma premissa maior para uma menor ao iniciarmos os nossos trabalhos com o conceito de Seguridade Social. 1. SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL A Seguridade Social brasileira pode ser conceituada como o conjunto de atividades governamentais e da sociedade dirigidas à garantia da Assistência Social, Saúde e Previdência. É formada por um complexo sistema de defesa social capaz de fornecer amparo nas situações de risco experimentadas pelo cidadão. Ao tratar do referido sistema, vejamos o que determina a nossa Constituição Federal de 1988: Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 1.1. ASSISTÊNCIA SOCIAL Essa vertente da Seguridade Social tem o objetivo de prestar amparo social às pessoas necessitadas e aos desamparados (Hipossuficientes, portadores de necessidades especiais, idosos, adolescentes em situação de risco etc). Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Tem como característica a gratuidade, não se exigindo nenhuma prévia contribuição como requisito para a obtenção do seu auxílio. Em resumo, o objetivo da Assistência Social é a garantia dos mínimos sociais, apoio aos desamparados e os brasileiros em situação de vulnerabilidade. A CF. 88 cuidou de expressar as premissas básicas da Assistência Social no seu art. 203, in verbis: 1.2. PREVIDÊNCIA SOCIAL A Previdência Social foi inicialmente disciplinada pela Carta Constitucional no art. 201 e tem o objetivo de oferecer apoio ao cidadão vítima dos chamados infortúnios sociais, aquelas situações (in) esperadas que nos impossibilitem que exercer atividades remuneradas. Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (Benefício de Prestação Continuada). Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Ao contrário da Assistência Social, a Previdência possui caráter contributivo. Assim, o beneficiário deverá contribuir mensalmente com a Previdência para fazer jus aos seus benefícios assistenciais (Aposentadorias, pensões e etc.). O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) é a entidade responsável pela gestão da Previdência Social no Brasil. 1.3. SAÚDE Agora sim! Chegamos ao objetivo principal da aula de hoje. O terceiro substrato da Seguridade Social brasileira é a saúde. É aqui que, efetivamente, começa a nossa aula, pois o edital foi taxativo ao exigir conhecimentos sobre o tratamento dado pela Constituição à Saúde (Art. 196 a 200). Em linhas gerais, iremos tratar sobre os princípios, diretrizes e organização da Saúde brasileira. Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” A saúde é direito de todos e dever do estado, organizada mediante a participação efetiva de todos os entes federativos. A gratuidade dos seus serviços um dos principais trunfos democráticos oriundos da conhecida Reforma Sanitária, movimento que defendeu a democratização da saúde brasileira para além dos interesses privados. Vejamos o que o caput do Art. 196 nos diz sobre a saúde: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Da leitura do importante artigo acima, extraímos pelo menos três princípios muito cobrados em concursos públicos, sobre os quais falaremos a partir de agora. 2. PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS Os princípios constituem a “mola mestre” de qualquer ciência. Toda e qualquer formulação nessa área deverá ter como orientação geral esses postulados centrais, sob pena de contrariarem a lógica para a qual foram criados. A evolução histórica do SUS foi responsável pela criação e aperfeiçoamento dos vários princípios. Eles estão espalhados pela Constituição e em Leis infraconstitucionais. Assim, quando tratamos da Legislação do SUS, devemos considerar a existência de duas espécies principiológicas, a saber: Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Princípios Doutrinários/Ideológicos Universalidade Integralidade Equidade Princípios Organizativos Regionalização e Hierarquização Participação Social Resolutividade Complementaridade do setor privado Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 10 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” 2.1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE É a garantia conferida a todo e qualquer cidadão de ter acesso amplo e irrestrito às ações e serviços de saúde, independente de prévia contribuição ou preenchimentode qualquer requisito essencial. Tal garantia estende-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no país. É também um objetivo a ser buscada paulatinamente pelo estado, na medida em que cabe a este oportunizar a mais e mais cidadãos o amplo acesso aos serviços de saúde. Imaginem, por exemplo, um indivíduo condenado a pena privativa de liberdade e que cumpre pena de reclusão em estabelecimento prisional. Apesar da sua condição de recluso, possui direito à assistência à saúde como qualquer outro brasileiro ou estrangeiro residente ou de passagem pelo país. Outro exemplo clássico é aquele do cidadão detentor de excelentes condições financeiras e que necessita de atendimento em hospital público. Neste caso, a sua condição financeira privilegiada Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 11 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” não o torna menos importante para o estado quando o assunto é saúde, mesmo que possua recursos para custear um plano de saúde privado. Mas nem sempre foi assim. A evolução das políticas públicas de saúde no Brasil evidencia que esse direito sempre foi direito de poucos, ficando a população carente relegada à própria sorte. Até antes de 1988 vivenciávamos o denominado modelo “Médico-previdenciário”, que consistia no acesso aos serviços públicos de saúde limitados àqueles que possuíam emprego e contribuíam mensalmente para a manutenção do sistema. Logo, considerando que o maior contingente populacional não possuía emprego e muito menos condições financeiras de custear tais ônus, os pobres e marginalizados sofriam com a negligência do Estado, o que era inaceitável. Por fim, a Constituição Federal de 1988 democratizou o acesso universal aos bens e serviços de saúde a todos os cidadãos ao afirmar no artigo 196 que ela é “Direito de todos e dever do estado”. 2.2. PRINCÍPIO DA INTEGRALIDADE A integralidade objetiva garantir um atendimento integral dos serviços públicos de saúde aos que dele necessitem com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais (Após o comprometimento da saúde). Um modelo “integral”, portanto, é aquele que dispõe de estabelecimentos, unidades de prestação de serviços, pessoal Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 12 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” capacitado e recursos necessários, à produção de ações de saúde que abarcam a promoção, proteção e recuperação da saúde. A Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90) tratou de conceituar este princípio. Vejamos: Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; A seguir, repercussão prática do principio da integralidade por meio dos níveis de atenção à saúde: NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAUDE TERCIÁRIO (Alta complexidade) (Hospitais Universitários) Reabilitação, Assistência social. Reeducação, treinamento SECUNDÁRIO (Média complexidade) (Hospitais regionais) Diagnóstico precoce, pronto atendimento. O sintoma já se instalou PRIMÁRIO ("Baixa complexidade) (Postos de saúde) Saneamento, habitação, educação e vigilância. Foco na prevenção Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 13 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Assim, no SUS, em virtude do princípio da integralidade, os cidadãos têm o direito de serem atendidos no conjunto de suas necessidades e os serviços de saúde devem estar organizados de modo a oferecer todas as ações requeridas por essa atenção integral. No mesmo sentido, podemos afirmar que a integralidade garante a oferta de ações e serviços de saúde das mais variadas naturezas e graus de complexidade. 2.3. PRINCÍPIO DA EQUIDADE. A equidade constitui garantia de acesso igualitário de todas as pessoas às ações e aos serviços do sistema de saúde de acordo com as suas necessidades. Não devemos confundir o conceito de “equidade” com “igualdade formal”. A igualdade formal, ou em sentido estrito, garante o tratamento igualitário, desconsiderando situações cotidianas que tornem a balança social desigual. De outro lado, para a equidade, o SUS deve tratar de forma diferenciada os desiguais, oferecendo mais a quem precisa mais, procurando reduzir as desigualdades verificadas. Agindo assim, o estado não proporciona privilégios ou pratica preconceitos, pois age com o intuito de garantir que a balança não “penda” para um lado ou para outro. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 14 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Vejamos uma ilustração muito interessante que define como a equidade se processa na prática: 2.4. PRINCÍPIO DA REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO A rede de serviços do SUS deve ser organizada de forma regionalizada e hierarquizada, permitindo um conhecimento maior dos problemas de saúde da população de uma área delimitada, favorecendo ações em todos os níveis de complexidade (Hierarquização) e considerando as características epidemiológicas de cada região (Regionalização). “Se o SUS oferecesse exatamente o mesmo atendimento para todas as pessoas, da mesma maneira, em todos os lugares, estaria provavelmente oferecendo coisas desnecessárias para alguns, deixando de atender às necessidades de outros, mantendo as desigualdades” (Ministério da Saúde, 2000. 11º Conferência Nacional da Saúde). Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 15 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” São dois princípios que se complementam e por isso foram tratados no mesmo tópico. Há participação de todos os entes federativos neste processo - União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cada qual detentor deum nível de responsabilidades bem definido. O art. 198 da Carta Magna anunciou esse princípio: Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único (...) Ressalte-se que vigora a ideia de descentralização segundo a qual cada esfera de Governo (U,E, DF e M) terá, cada qual, direção única no âmbito das suas respectivas circunscrições, não havendo subordinação superior, a não ser quanto aos planos nacionais instituídos pela União. 2.5. PRINCÍPIO DA RESOLUTIVIDADE É um princípio moderno que visa impulsionar o sistema na busca da solução eficiente e eficaz das demandas levadas ao estado. Portanto, o sistema deve estar apto, dentro do limite de sua complexidade e capacidade tecnológica, a resolver os problemas de saúde que levem um paciente a procurar os serviços de saúde, em cada nível de assistência. 2.6. PARTICIPAÇÃO SOCIAL CF. 88. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 16 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” (...) III - participação da comunidade. Participação da comunidade é a forma pela qual se garante o direito de participação da sociedade civil na formulação, implementação e controle da política e ações de saúde. Via de regra, a participação da comunidade se dá por meio dos conselhos de saúde e das conferências de saúde, que já são uma realidade nos estados e municípios brasileiros. A importância dos conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação democrática da população na formulação e implementação de políticas públicas. As ouvidorias também desempenham papel relevante na sistemática de participação da comunidade. Elas fazem uma importante intermediação entre os usuários e os gestores do SUS. É por meio das sugestões, críticas e denúncias que se mantem o processo de melhoria continua da gestão da saúde. A legislação faz referência ao papel das Ouvidorias: Lei 8080/90 -“... Criação de mecanismos de controle”; Portaria nº. 1.193/2004 Instituição da Ouvidoria Geral do SUS e Decreto Presidencial no. 5.841/06 – dentre outras questões define as atribuições e competências do Departamento de Ouvidoria Geral do SUS. Os conselhos de saúde atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 17 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. São órgãos deliberativos e permanentes. São compostos por representantes do governo, prestadores de serviços privados conveniados ao SUS ou sem fins lucrativos, profissionais da saúde e usuários. Vale ressaltar que a representação dos usuários deverá ser paritária (e não proporcional) em relação ao conjunto dos demais segmentos. Logo, a representatividade será de 50% dos usuários, 25% de profissionais de saúde e 25% de representantes do governo e prestadores serviços privados conveniados ou sem fins lucrativos. Com o êxito do processo de descentralização da saúde, surgiram outros espaços de participação da comunidade no SUS. Dentre eles, podemos destacar: Conselhos regionais, municipais, distritais, incluindo os conselhos dos distritos sanitários especiais indígenas. Mais adiante teremos a oportunidade de estudar com maior profundidade o processo de participação social na gestão do SUS. 2.7. PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE DO SETOR PRIVADO. A Constituição Federal de 1988, ao trazer para si o dever social de oferecer saúde à população, permitiu também a participação complementar do setor privado nos casos em que os serviços públicos forem insuficientes (Art. 199 da CF-88). Tal concessão será feita sob as seguintes condições: Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 18 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Por meio da celebração de contrato de direito público ou convênio; A instituição privada deve obediência às normas técnicas e princípios básicos do SUS durante a prestação dos serviços; A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do SUS em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços; Preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. CF-8. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. § 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. § 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. Acerca da exceção prevista no § 3º, vale lembrar que houve recente alteração no art. 23 da Lei nº 8.080/90, a Lei Orgânica do SUS, no que diz respeito ao maior acesso dos investimentos estrangeiros na saúde brasileira. Assim, houve considerável abertura ao capital estrangeiro na oferta de serviços à saúde, passando a vigorar a seguinte regra: Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 19 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Art. 142. A Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos: I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada; e b) ações e pesquisas deplanejamento familiar; III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e IV - demais casos previstos em legislação específica.” (NR) “Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de apoio à assistência à saúde são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de genética humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos para saúde, laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico por imagem e são livres à participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros” 3. COMPETÊNCIA DO SUS É um tema muito simples. A leitura reflexiva do Art. 200 da CF possibilita a fácil aprendizagem e pode garantir muitos pontos em prova. Ao longo do curso teremos a oportunidade de analisar melhor todas as competências. Ao Sistema Único de Saúde (SUS) compete: Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 20 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 4. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS (CESPE-ANS-2013/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO) Considerando o disposto na CF, julgue os itens a seguir, a respeito do Sistema Único de Saúde (SUS). 1. Compete ao SUS a formulação de políticas e a execução de ações relacionadas ao saneamento básico. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 21 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” 2. É competência do SUS a implementação de ações relacionadas à saúde do trabalhador. Acerca das bases legais de implantação do SUS, julgue os itens seguintes. 3. A vigilância sanitária é uma das atribuições do SUS. 4. A iniciativa privada deve participar do SUS de forma majoritária. (CESPE-ANS-2013/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), julgue os itens que se seguem a respeito da participação de empresas privadas no Sistema Único de Saúde (SUS). 5. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS, contudo não é permitida a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções aos estabelecimentos que tenham fins lucrativos. 6. É vedada qualquer participação de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no país. (CESPE-ANS-2013/TÉCNICO EM REGULAÇÃO) No que se refere ao Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens subsequentes. 7. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 8. A participação social no SUS é uma diretriz constitucional regulamentada pela lei que instituiu o SUS. 9. As ações de promoção e de proteção à saúde do trabalhador são responsabilidades das empresas, sendo competência do SUS o monitoramento, o controle e a vigilância dessas ações. (CESPE – Pref. de São Luís – 2008) No Brasil, as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados (conveniados e contratados) que integram o SUS obedecem a princípios organizativos e doutrinários. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 22 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Acerca desses princípios, julgue os itens a seguir. 10. A legislação do SUS determina a universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência e em todo o território nacional. 11. O princípio do acesso universal às ações e aos serviços de saúde no Brasil se traduz na Constituição Federal, quando o texto desta afirma que a saúde é direito de todos e dever do Estado. (CESPE – Pref. de Vitória-ES/2007) Com relação aos princípios, diretrizes e regulamentos que regem o Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens a seguir. 12. Segundo a Constituição de 1988, que forneceu as bases legais para a inclusão dos cidadãos brasileiros no sistema público de saúde, apenas a saúde dos pobres é um dever do Estado. (CESPE – Pref. de Vitória-ES/2007) A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinado a assegurar o direito à saúde. Com respeito a essa rede de proteção social, julgue os itens que se seguem. 13. Um dos objetivos da seguridade social é a garantia de universalidade do atendimento de saúde. (CESPE – SESACRE/2006/ADAPTADA) Com base no conceito de eqüidade em saúde referenciada à noção de que todos os indivíduos de uma sociedade devem ter justa oportunidade para desenvolver seu pleno potencial de saúde e, no aspecto prático, ninguém deve estar em desvantagem para alcançá-lo, assinale a opções a seguir. 14. Na prática, a utilização do conceito de eqüidade na conformação das políticas pressupõe o tratamento desigual para os que estão em condições de desvantagem, uma espécie de discriminação positiva. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 23 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” 15. (FUNIVERSA - 2009 / SAÚDE / SES-DF/ADAPTA) A garantia de que todos os cidadãos devam ter acesso aos serviços públicos e privados conveniados, em todos os níveis do sistema de saúde, assegurado por uma rede de serviços com tecnologia apropriada, é o princípio do SUS conhecido como Integralidade. (CESPE – MIN. DA SAÚDE – 2008) A respeito do sistema de saúde no Brasil, julgue os itens a seguir. 16. Por não poder participar do Sistema Único de Saúde (SUS), o setor privado não necessita obedecer às diretrizes desse sistema, devendo funcionar de maneira independente no que se refere à organização e aos serviços, garantindo a disponibilidade destes para uma população que possa pagar por eles. 17. A legislação permite, de maneira ampla, que a assistência à saúdeseja livre à iniciativa privada, porém estabelece que a contratação de serviços privados de saúde pelo SUS, em caráter complementar, deverá considerar de forma preferencial as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 18. Um dos princípios do SUS é a participação da comunidade. Entretanto, não há mecanismos formais para o controle social que assegure, de fato, essa participação. 19. A conferência de saúde e o conselho de saúde são instâncias colegiadas do SUS em cada esfera de governo e constituem meios formais de participação da comunidade na gestão do SUS. Desde 1990, foram instituídos os conselhos e as conferências de saúde como instrumentos de controle social do SUS. Os conselhos de saúde são, hoje, uma realidade nos estados e municípios brasileiros. Quanto às características atuais dos conselhos de saúde, julgue os itens seguintes. 20. No conselho de saúde estão representados o governo, os prestadores de serviço, as indústrias de tecnologias da saúde, os profissionais de saúde e os usuários. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 24 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” 21. Por regionalização e hierarquização deve-se entender, no contexto do SUS, que os serviços locais de saúde têm como obrigação o atendimento da população de uma determinada área de abrangência, obedecendo, no entanto, às estruturas hierárquicas estadual e federal. 5. QUESTÕES COMENTADAS (CESPE-ANS-2013/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO) Considerando o disposto na CF, julgue os itens a seguir, a respeito do Sistema Único de Saúde (SUS). 1. Compete ao SUS a formulação de políticas e a execução de ações relacionadas ao saneamento básico. Comentários: Questão tranquila. Basta se recordar de uma das competências do SUS elencadas no Art. 200. IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; Gabarito: Correto 2. É competência do SUS a implementação de ações relacionadas à saúde do trabalhador. Comentários: Outra assertiva que cobra a compreensão do Art. 200 da Constituição Federal. Compete ao SUS, dentre outras atribuições: II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; Gabarito: Correto Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 25 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Acerca das bases legais de implantação do SUS, julgue os itens seguintes. 3. A vigilância sanitária é uma das atribuições do SUS. Comentários: Acabamos de ver o inciso II do Art. 200: Compete ao SUS, dentre outras atribuições: II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; Gabarito: Correto 4. A iniciativa privada deve participar do SUS de forma majoritária. Comentários: De forma alguma. Como sabemos, a oferta de saúde é direito de todos e dever do estado, cabendo à iniciativa privada uma participação meramente complementar, subsidiária. Vejamos o fundamento legal: CF-8. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Gabarito: Errado (CESPE-ANS-2013/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), julgue os itens que se seguem a respeito da participação de empresas privadas Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 26 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” no Sistema Único de Saúde (SUS). 5. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS, contudo não é permitida a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções aos estabelecimentos que tenham fins lucrativos. Comentários: A nossa Constituição foi taxativa ao proibir a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções aos estabelecimentos que tenham fins lucrativos. É o que determina o Art. 199, § 2º: É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. Gabarito: Correto 6. É vedada qualquer participação de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no país. Comentários: Eu sempre gosto de lembrar: Muito cuidado com essas afirmativas que usam as expressões “sem exceção” “Toda e qualquer”... Elas costumam estar erradas, pois há mais exceções do que regras. É o caso desta questão, pois é sim possível a participação de empresas ou capitais estrangeiros, desde que estejam expressamente previstos em Lei, como foram as hipóteses que trouxemos ao lembrar das exceções trazidas pelo Art. 142 da Lei 8.080/90. Gabarito: Errado (CESPE-ANS-2013/TÉCNICO EM REGULAÇÃO) No que se refere ao Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens subsequentes. 7. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. Comentários: Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 27 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Eu realmente preciso comentar? Rsrs Gabarito: Correto 8. A participação social no SUS é uma diretriz constitucional regulamentada pela lei que instituiu o SUS. Comentários: Tenham cuidado: A Lei que instituiu o SUS foi a 8.080/90, mas quem regulamentou a participação social foi a Lei 8.142/90. Gabarito: Errado 9. As ações de promoção e de proteção à saúde do trabalhador são responsabilidades das empresas, sendo competência do SUS o monitoramento, o controle e a vigilância dessas ações. Comentários: Perceberam como essa banca adora nos fazer acreditar que é a iniciativa privada que possui a responsabilidade de promover saúde no Brasil? Como já estamos “vacinados”, fica fácil resolver este problema. Lembremo-nos do fundamento legal: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Gabarito: Errado (CESPE – Pref. de São Luís – 2008) No Brasil, as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados (conveniados e contratados) que integram o SUS obedecem a princípios organizativos edoutrinários. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 28 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Acerca desses princípios, julgue os itens a seguir. 10. A legislação do SUS determina a universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência e em todo o território nacional. COMENTÁRIOS: É verdade. O princípio da Universalidade foi talvez a maior expressão da democratização da saúde no Brasil pós 1988. Com ele, percebe-se a modificação do paradigma médico- previdenciário, baseado na oferta de saúde mediante contribuição mensal, para o acesso gratuito e integral em todos os níveis. GABARITO: Correto 11. O princípio do acesso universal às ações e aos serviços de saúde no Brasil se traduz na Constituição Federal, quando o texto desta afirma que a saúde é direito de todos e dever do Estado. COMENTÁRIOS: A Constituição Federal de 1988 democratizou o acesso universal aos bens e serviços de saúde a todos os cidadãos ao afirmar no artigo 196 que ela é “Direito de todos e dever do estado. GABARITO: Correto (CESPE – Pref. de Vitória-ES/2007) Com relação aos princípios, diretrizes e regulamentos que regem o Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens a seguir. 12. Segundo a Constituição de 1988, que forneceu as bases legais para a inclusão dos cidadãos brasileiros no sistema público de saúde, apenas a saúde dos pobres é um dever do Estado. COMENTÁRIOS: A universalidade é a garantia conferida a todo e qualquer cidadão de ter acesso amplo e irrestrito às ações e serviços de saúde, independente de prévia contribuição ou preenchimento de qualquer requisito. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 29 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Portanto, o acesso não é facultado somente às pessoas pobres, mas também aos que possuam recursos para custear planos de saúde privados. GABARITO: Errado (CESPE – Pref. de Vitória-ES/2007) A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinado a assegurar o direito à saúde. Com respeito a essa rede de proteção social, julgue os itens que se seguem. 13. Um dos objetivos da seguridade social é a garantia de universalidade do atendimento de saúde. COMENTÁRIOS: A Seguridade Social realmente compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade. Porém, a garantia da universalidade é atributo da saúde que, por sua vez, é uma das dimensões do gênero Seguridade Social. Lembre-se: A Seguridade Social é composta por: Saúde, Assistência Social e Previdência. GABARITO: Errado (CESPE – SESACRE/2006/ADAPTADA) Com base no conceito de eqüidade em saúde referenciada à noção de que todos os indivíduos de uma sociedade devem ter justa oportunidade para desenvolver seu pleno potencial de saúde e, no aspecto prático, ninguém deve estar em desvantagem para alcançá- lo, assinale a opções a seguir. 14. Na prática, a utilização do conceito de eqüidade na conformação das políticas pressupõe o tratamento desigual para os que estão em condições de desvantagem, uma espécie de discriminação positiva. COMENTÁRIOS: Para a equidade, o SUS deve tratar de forma diferenciada os desiguais, oferecendo mais a quem precisa mais, procurando reduzir as desigualdades verificadas. É realmente uma espécie de discriminação positiva, intencional, visando eliminar disparidades. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 30 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” GABARITO: Correto 15. (FUNIVERSA - 2009 / SAÚDE / SES-DF/ADAPTA) A garantia de que todos os cidadãos devam ter acesso aos serviços públicos e privados conveniados, em todos os níveis do sistema de saúde, assegurado por uma rede de serviços com tecnologia apropriada, é o princípio do SUS conhecido como Integralidade. COMENTÁRIOS: Devido ao princípio da integralidade, as pessoas têm o direito de serem atendidas no conjunto de suas necessidades e os serviços de saúde devem estar organizados de modo a oferecer todas as ações requeridas por essa atenção integral. No mesmo sentido, podemos afirmar que a integralidade garante a oferta de ações e serviços de saúde das mais variadas naturezas e graus de complexidade. GABARITO: Correto (CESPE – MIN. DA SAÚDE – 2008) A respeito do sistema de saúde no Brasil, julgue os itens a seguir. 16. Por não poder participar do Sistema Único de Saúde (SUS), o setor privado não necessita obedecer às diretrizes desse sistema, devendo funcionar de maneira independente no que se refere à organização e aos serviços, garantindo a disponibilidade destes para uma população que possa pagar por eles. COMENTÁRIOS: Meus caros, a saúde pública brasileira ainda deixa muito a desejar. Isso é fato. Pensando nisso é que o Constituinte abriu a possibilidade de participação complementar da iniciativa privada na oferta de serviços à população quando o estado não possuir meio materiais de provê-los. Lembremos o que nos diz o diploma legal: Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 31 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Para consolidar o nosso estudo, vejamos os demais requisitos a serem observados pela iniciativa privada quando da prestação dos serviços: Por meio da celebração de contrato de direito público ou convênio; A instituição privada deve obediência às normas técnicas e princípios básicos do SUS durante a prestação dos serviços; A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do SUS em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços; Preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Portanto, o enunciado da questão vai totalmente de encontro ao que estudamos anteriormente. GABARITO: Errado 17. A legislação permite, de maneira ampla, que a assistência à saúde seja livre à iniciativa privada, porém estabelece que a contratação de serviços privados de saúde pelo SUS, em caráter complementar, deverá considerar de forma preferencial as entidades filantrópicas e as sem finslucrativos. COMENTÁRIOS: Questão tranquila. Tenho certeza que você tirou de letra. A assistência à saúde é sim livre à iniciativa privada, mas de forma complementar, nas hipóteses em que o estado não conseguir garanti-la. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 32 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” As entidades filantrópicas e sem fins lucrativos terão prioridade na contratação. GABARITO: Correto 18. Um dos princípios do SUS é a participação da comunidade. Entretanto, não há mecanismos formais para o controle social que assegure, de fato, essa participação. COMENTÁRIOS: Controle social ou participação da comunidade é a forma pela qual se garante o direito de participação da sociedade na formulação, implementação e controle da política e ações de saúde. Via de regra, a participação da comunidade se dá por meio dos conselhos de saúde e das conferências de saúde, que já são uma realidade nos estados e municípios brasileiros. A importância dos conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação democrática da população na formulação e implementação de políticas públicas. Portanto, os Conselhos e Conferências de Saúde devem ser considerados, dentre outros, como mecanismos formais do controle social. ;) GABARITO: Errado 19. A conferência de saúde e o conselho de saúde são instâncias colegiadas do SUS em cada esfera de governo e constituem meios formais de participação da comunidade na gestão do SUS. COMENTÁRIOS: A presente assertiva foi apenas a negação da anterior. Logo, todo o raciocínio da última questão pode ser aproveitado aqui. GABARITO: Correto Desde 1990, foram instituídos os conselhos e as conferências de saúde como instrumentos de controle social do SUS. Os conselhos de saúde são, hoje, uma realidade nos estados e municípios brasileiros. Quanto às características atuais dos Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 33 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” conselhos de saúde, julgue os itens seguintes. 20. No conselho de saúde estão representados o governo, os prestadores de serviço, as indústrias de tecnologias da saúde, os profissionais de saúde e os usuários. COMENTÁRIOS: Pessoal, ao lado da Universalidade, o princípio da participação social é um dos mais cobrados em provas do CESPE-UNB. São compostos por representantes do governo, prestadores de serviços privados conveniados ao SUS ou sem fins lucrativos, profissionais da saúde e usuários (Não se fala em industrias de tecnologias da saúde). Vale ressaltar que a representação dos usuários deverá ser paritária (e não proporcional) em relação ao conjunto dos demais segmentos. Logo, a representatividade será de 50% dos usuários, 25% de profissionais de saúde e 25% de representantes do governo e prestadores serviços privados conveniados ou sem fins lucrativos. GABARITO: Errado 21. Por regionalização e hierarquização deve-se entender, no contexto do SUS, que os serviços locais de saúde têm como obrigação o atendimento da população de uma determinada área de abrangência, obedecendo, no entanto, às estruturas hierárquicas estadual e federal. COMENTÁRIOS: A questão pecou quando relaciona “hierarquização” com a ideia de obediência de um ente federativo de menor amplitude aos de maior abrangência. O Sistema é Único, não sendo apropriado falar em níveis de comando. Em verdade, a hierarquização pressupõe a ideia de níveis de complexidade (Atenção básica, média e alta complexidade) GABARITO: Errado Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 34 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” 6. LEI 8.080/90. Após o estudo da “Saúde na Constituição (Art. 196 a 200)”, é chegada a hora de “mergulharmos” de cabeça na Lei 8.080/90, a Lei Orgânica do Sistema único de Saúde (SUS). Essa Lei tem o objetivo de disciplinar todo o Sistema público de saúde brasileiro, tratando com riqueza de detalhes sobre as normas gerais trazidas pela Constituição Federal. Portanto, regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. Já sabemos que a saúde é um direito de todos e dever do estado, mas como deverá ser a atuação do estado para que esse preceito seja cumprido? Eis a resposta: O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação (Art. 2º, § 1º). Conclui-se, portanto, que o estado deverá envidar os esforços necessários, por meio de políticas orçamentárias e sociais capazes de reduzir os riscos de doenças e outros agravos. Exemplos existem aos montes, mas podemos citar as campanhas para redução da violência no trânsito, buscando baixar o número de internações decorrentes de acidentes e, principalmente, o Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 35 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” número de óbitos; As campanhas de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s); Campanhas de vacinação contra doenças tropicas e o aumento de recursos públicos destinados à saúde etc. 7. CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE. Por muito tempo o conceito de saúde esteve limitado a um padrão restritivo. Para ele, saúde era a simples ausência de doenças. Porém, essa mentalidade foi sendo enterrada pelo conceito ampliado de saúde (CF-88), segundo o qual saúde é o completo bem-estar físico, mental e social e não a simples ausência de doença. O Brasil se alinhou a esse ideal, estabelecendo que a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o Formualção e execução de Políticas econômicas e sociais Condições que assegurem Acesso universal Acesso Igualitário Ações e serviços Promoção Proteção Recuperação Redução de riscos de doenças e de outros agravos Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 36 de 133GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais, entre outros, constituem fatores determinantes e condicionantes da saúde da nossa população. Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País. A banca CESPE-UNB, no concurso para Promotor de Justiça do Estado de Roraima-2010, considerou CORRETA a seguinte afirmativa: Entre os elementos determinantes do conceito de saúde, São fatores determinantes e condicionantes da saúde: Alimentação; Moradia; Saneamento básico; Meio ambiente; Trabalho; Renda; Educação; Atividade física; Transporte; Lazer; Acesso aos bens e serviços essenciais Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 37 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” constam a renda, o trabalho, o transporte e o lazer. A banca AOCP, no concurso para a EBSERH-NACIONAL-2015, considerou CORRETA a seguinte afirmativa: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A banca CESPE-UNB, no concurso da Secretaria de Administração do Pará-2004, considerou CORRETA a seguinte afirmativa: Um grande avanço estabelecido pela Constituição da República de 1988 foi a incorporação do conceito mais abrangente de que a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes os meios físico, socioeconômico e cultural, além dos fatores biológicos. Isso implica que, para se ter saúde, são necessárias ações em vários setores, o que só uma política governamental integrada pode assegurar 8. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. O Sistema Único de Saúde foi criado pela Constituição Federal de 1988 e institucionalizado pela Lei 8.080/90. Essa afirmativa parece simples, mas é muito cobrada em prova. O sistema é constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 38 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Inserem-se ainda no âmbito de atuação do SUS as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. A banca IDECAN, no concurso do HC-UFPE-2014, considerou CORRETA a seguinte afirmativa: Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde não era considerada um direito social. O SUS foi institucionalizado no Brasil com a Lei nº 8.080/90. 8.1. OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES. Objetivo é a descrição daquilo que se quer alcançar. Com o SUS não poderia ser diferente, pois é através dos objetivos traçados pela Lei que o Governo saberá aonde chegar. São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS (Art. 5º da Lei 8.080/90): A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei (Art. 2º, § 1º: O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação); Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 39 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. A título de curiosidade, você já se questionou sobre o significado dos conceitos de promoção, proteção e recuperação da saúde? Vejamos o significado: TIPO CONCEITO PROMOÇÃO Refere-se às ações sobre os condicionantes e determinantes sociais da saúde, dirigidas a impactar favoravelmente a qualidade de vida (Saneamento, meio ambiente, Lazer, educação, trabalho etc). PROTEÇÃO (prevenção) Ações de proteção da população contra possíveis riscos à saúde (Vigilância sanitária, combate a endemias, vacinação etc.) RECUPERAÇÃO Ações para o reestabelecimento da saúde. Pressupõe-se que a promoção e proteção falharam, sendo necessária uma intervenção curativa. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 40 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” A banca CESPE-UNB, no concurso do Ministério da Saúde- 2013, considerou CORRETA a seguinte afirmativa: Os objetivos do SUS incluem a prestação de assistência às pessoas, por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. A banca AOCP, no concurso para o HU-UFS -2014, considerou INCORRETA a seguinte afirmativa: O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde executados apenas pelos Municípios, de forma direta ou indireta, mediante a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma não hierarquizada. A banca AOCP, no concurso para o HU-UFC -2014, considerou CORRETA a seguinte afirmativa: Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. As atividades listadas a seguir estão inseridas no campo de atuação do SUS (Art. 6º, Lei 8.080/90): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH41 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; O primeiro inciso vai exigir um pouco de calma. Como veremos, ele nos remonta aos parágrafos 1º, 2º e 3 da Lei. É um tema muito cobrado em provas. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 42 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Vigilância sanitária Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. Vigilância epidemiológica Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 43 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” . Saúde do trabalhador Conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; Estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; Normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; Garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 44 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados. A banca CESPE-UNB, no concurso da SESA-ES, considerou CORRETA a seguinte afirmativa: Nos termos da Lei n.º 8.080/1990, entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes das doenças transmissíveis, com a finalidade de prevenir e controlar essas doenças. 8.2. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO Em breve, lançaremos cursos completos em VÍDEO das disciplinas Legislação do SUS e EBSERH 45 de 133 GOSTOU DO MATERIAL? Então CURTA a página no FACEBOOK : “Prof. Ari Carvalho – SUS e EBSERH” Na aula anterior tratamos sobre os princípios elencados na Constituição Federal. Porém, necessário se faz observamos que a Lei Orgânica traz alguns acréscimos importantes, a exemplo da preservação da autonomia, direito à informação e utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática. A Epidemiologia é a ciência que estuda os padrões da ocorrência de doenças em populações humanas e os fatores determinantes destes padrões (Menezes, apud Lilienfeld). Portanto, é instrumento de pesquisa capaz de detectar os fatores de risco inerentes a determinadas regiões. Com base nesses levantamentos, o estado pode dispor de melhores parâmetros para direcionar recursos, pessoal e materiais capazes de satisfazer demandas específicas de saúde da população. A descentralização político-administrativa foi também um importante avança no processo de democratização da saúde pública. A partir do novo marco legal, a saúde passou a ser gerida por todos os entes federativos num esforço conjunto. Em virtude da maior proximidade com a população local, relegou-se aos municípios importante papel dentro do sistema. Os municípios são a porta de entrada, o primeiro contato da população com os serviços de saúde e nos quais há cerca de 80% dos atendimentos. Ademais, cada esfera de Governo possui direção única (União: Ministério da saúde; Estados, DF e municípios: Secretarias de Saúde) Por fim, cabe destacar que o SUS deve se organizar de maneira a evitar duplicidade de meios para fins idênticos, evitando desperdícios e preservando o princípio da resolutividade. Lei. 8.080/90 comentada Prof. Aristócrates Carvalho MATERIAL GRATUITO
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