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Resumo Princípios Administrativos I FMU 4 SEMESTRE

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Princípios Administrativos
Princípio da Legalidade :A administração, no exercício de suas funções, somente poderá agir conforme o estabelecido em lei.
Princípio da Impessoalidade: A administração voltar-se exclusivamente para o interesse público e não para o privado.
Princípio da Moralidade: O administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta.
Princípio da Publicidade: A publicidade faz-se pela inserção do ato no Diário Oficial ou por edital afixado no lugar próprio para a divulgação dos atos públicos, para conhecimento da população em geral. Bem como, a exigência da transparência da atividade administrativa como um todo. O direito de receber informações, regulado pela norma prevê o HABEAS DATA como garantia do direito de retificar informações pessoais constantes de entidades governamentais ou de caráter público.
Princípio da Eficiência: o agente tem obrigação de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional, o objetivo é que a sua prestação seja adequada as necessidades que a sociedade custeia.
Princípio da Supremacia do Interesse Público: Esse princípio informa todos os ramos do Direito Público e possibilita que, nas relações jurídicas nas quais figure o Estado como representante da sociedade, seus interesses prevaleçam contra interesses particulares.
Princípio da Indisponibilidade: Os bens e os interesses públicos não se acham entregues a livre disposição da vontade do administrador.
Princípio da Autotutela: Autoriza o controle, pela administração, dos atos por ela praticados, sob dois aspéctos; a) legalidade, em que a Administração pode, de ofício ou provocada, anular os seus atos ilegais; b) mérito em que examina a conveniência e oportunidade de manter ou desfazer um ato legítimo, mediante a revogação. 
Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos: Sua prestação deve ser adequada, não podendo sofrer interrupções. Implica restrição a determinados direitos dos prestadores de serviços públicos e dos agentes envolvidos em sua prestação, a ex: os servidores públicos não tem direito a greve.
Princípio da Segurança Jurídica: Idéia de proteger o passado e tornar o futuro previsível, de modo a não infligir surpresas desagradáveis ao administrado. Vedada aplicação retroativa de nova aplicação.
Princípio da Motivação: Formalização dos atos administrativos deverá trazer a narrativa escrita dos fatos de sua prática, suas razões jurídicas e a demonstração de pertinência lógica entre os motivos, de modo a garantir-se a plena possibilidade de controle, inclusive jurisdicional, de sua validade.
Princípio da Razoabilidade e da Proporcionalidade: A razoabilidade conduz as idéias de adequação e de necessidade. Assim, não basta que o ato administrativo tenha uma finalidade legítima. É necessário que os meios empregados pela Administração sejam adequados a consecução do fim almejado e que sua utilização, especialmente quando se trata de medidas restritivas ou punitivas, seja realmente necessária. A proporcionalidade que haja proporção entre os meios utilizados pelo administrador público e os fins que ele pretende alcançar. 
Administração Pública
Administração Direta: É a estrutura que representa atuação direta do Estado por suas unidades federadas, como a União, Estados, Municípios e Distrito Federal, ou seja, é o conjunto de órgãos integrados na estrutura central de cada poder das pessoas políticas. É a gestão de serviço público pelas próprias pessoas políticas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado. Portanto, a administração pública direta está dentro das entidades federativas, sendo entidades estatais, pessoas políticas como a União, os Estados Federados, os Municípios e Distrito Federal e seus órgãos.
Administração Indireta: É composta de pessoas jurídicas, separadas, com personalidade jurídica própria, que são chamadas de entidades administrativas, como as autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia mista, as fundações públicas e o consórcio público. Assim, a administração indireta corresponde ao conjunto de pessoas jurídicas de direito público e privado, cuja finalidade é auxiliar a administração direta na realização de determinadas atividades. 
Poderes da Administração Pública
Poder Vinculado: O poder que se utiliza a Administração quanto a pratica dos atos vinculador.
Poder Discricionário: É o privilégio concedido aos agentes adminsitrativo de elegerem, entre várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público.
Poder Regulamentar: Editas atos gerais para complementar as leis e permetir a sua efetiva aplicação, não podendo o Administrador alterá-la a pretexto de estar regulamentado e, se o fizer, cometerá abuso de poder regulamentar. Se faz por meio de decretos e regulamento em primeiro grau, e editados por autoridades administrativas de segundo grau.
Poder Disciplinar: Apura inflações e aplica penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas a disciplina administrativa.
Poder Hierárquico: o objetivo é organizar a função administrativa. Ulilizando-se dos seguintes poderes; a) Editar atos normativos; b) Dar ordens; c) Controlar; d) Rever atos dos subordinados; e) Decidir conflitos; f) Avocar atribuições; g) delegar;
Poder de Polícia: Limita o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público ou do próprio Estado, diz respeito aos mais variados setores da sociedade, dividindo-se em vários ramos: polícia de segurança, das florestas, das águas, de trânsito, sanitaria, etc. 
a)Polícia Administraiva Judiciária: Caráter preventivo, ou seja, impedir as ações anti-sociais e de repressivo, ou seja, punir os infratores da lei penal. A polícia administrativa se rege pelo Direito Administrativo, incidindo sobre bens, direito ou atividades; já a polícia judiciária é regida pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas. A polécia judiciária ( polícia civil e polícia federal) e a polícia administrativa polícia militar, orgãos de fiscalização que atuam na area da saúde, educação, trabalho, previdência e assistência.
b) Características; 
b.1- Discricionaridade: Autorizar porte de arma, autorização para cisrculação de veículos com peso ou altura excessivos, etc.
b.2- Auto- executoridade: Com próprios meios, coloca em execução suas decisões, sem recorrer ao Poder Judiciário, usando de meios diretos de coação, ex: apreensão de mercadorias, interditar uma fábrica, etc. 
b.3-Coercibilidade: o ato de polícia dotado de força coerciva.
c) Campo de atuação: Direito de construir, localização e funcionamento de atividades no território de um Município; condições sanitárias de alimentos, elaborados ou não, vendidos a população; exercício de profossões; poluição sonora, visual atmosférica, dos rios; preços; trânsito. 
d)Limites: Regras com fim de não iliminar os direitos individuais: 
d.1- necessidade.
d.2- proporcionalidade.
d.3- eficácia. 
Abuso de Poder: O abuso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das atividades administrativas, podendo ocorrer por; Excesso de poder, desvio de poder ou de finalidade .
Excesso de Poder: Quando o agente age fora dos limites de sua competência administrativa, quando ocorre há violação do requesito de competência, tornando o ato administrativo artbitrário, ilícito e nulo.
Desvio de Poder ou de Finalidade: Ocorre quando o administrador pratica o a to buscando alcançar fim diverso daquele que lhe foi determinado pela lei. Ex: a concessão de vantagens apanas a servidores apaniguados (protegidos). E sobre o requesito de finalidade um ex: é remoção ex offício de servidor, como forma de punição.
Atos Administrativos
Tem por fim declarar, adquirir, resguardar, transferir, modificar e extinguir direitos, ou impor obrigações aos administradores ou a si própria. 
O ato administrativo diferencia-sedo fato administrativo, pois este não produz efeitos jurídicos embora seja atividade pública material, já o fato administrativo é toda realização material da Administração em cumprimento de um ato asministrativo. Ex: a construção de uma ponte.
Atributos do atos administrativos:
a)Presunção de legitimidade: Conformidade do ato com a lei.
b)Imperatividade: Se impõem a terceiros.
c)Auto-executoriedade: Sem necessidade de autorização/ intervenção do Poder Judiciário, os atos administrativos só são possíveis quando expressamente previstos em lei e quando se tratar de medida urgente.
d)exigibilidade: É a possibilidade de utilizar de meios indiretos, para exigir o cumprimento de determinados atos poder administrativos.
e)tipicidade: O ato deve corresponder a figuras definidas em lei, aptas a produzir determinados resultados.
 2- Elementos ou Requesitos dos Atos Administrativos:
Competência: Confere atribuições que o tornam capaz de editar determinados atos administrativos.
Finalidade: É o resultado que a Administração que alcançar com a pratica do ato, para atingir o interesse público.
Forma: Atos verbais ou simbólicos ex: sinais de trânsito, ou formas escritas ex: Decretos, instruções, circulares, portarias.
Motivo: É o pressuposto de fato (acontecimentos) e de direito ( dispositivo legal) que provocam e precedem a edição do ato administrativo. A ausência de motivo ou a indicação de motivo falso invalidam o ato administrativo. Motivação é a exposição dos motivos.
Objeto: É o efeito jurídico prático que o ato produz ou a motivação por ele trazida.
Classificação dos Atos Administrativos:
Quanto aos Destinatários: a) atos gerais; todas as pessoas que se encontram na mesma situação Ex: Decretos regulamentares b)atos individuais; possuem destinatários determinados ou determináveis Ex: nomeação, exoneração.
Quanto a prerrogativa com que atua a Administração: a)atos de império; Desapropriação, interdição de atividades; b)atos de expediente; são os que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas; c)atos de gestão; alienação ou aquisição de bens pela Administração.
Quanto a formação de vontade: a) atos simples; vontade de um único órgão Ex: exoneração de um servidor comissionado; b)atos complexos: vontade de dois ou mais órgãos diferentes Ex: redução de aliquotas da IPI, depende da aprovação integrada do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Receita Federal; c)atos compostos: vontade de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um instrumental em relação ao outro, no ato composto, praticam-se dois atos. Ex: nomeação do Procurador Geral da República depende de prévia aprovação pelo Senado, a nomeação é o ato pricipal, sendo a aprovação prévia o ato acessório.
Quanto a exequibilidade: Capacidade de produzir efeitos jurídicos. a)Ato perfeito: Completou todo o ciclo de formação. Não se confunde com validade; b)Ato pendente: esta sujeito a condição ou termo; c)Ato consumado: já exauriu os seus efeitos.
Quanto aos efeitos: a) Ato constitutivo: A administração cria, modifica ou extingue um direito Ex: permissão, autorização, revogação. b)Ato declaratório: reconhece um direito que já existia antes Ex: admissão, licença; c)Ato enunciativo: Atesta ou reconhece determinada situação de fato ou de direito Ex: certidões, atestados, declarações.
Quanto a liberdade de legislação do legislador: a) Atos vinculados: A lei estabelece requisitos e condições de sua realização Ex: licença gestante. b)Atos discricionários: pode praticar com certa liberdade de escola nos termos e limites da lei.
Atos Administrativos em espécies. a) Atos Normativos: Ultilizados para possibilitar a fiel execução das lei Ex: decretos, regimentos;
b)Atos Ordinários: Atos internos, endereçados aos servidores Ex: circulares internas, avisos, portarias;
c)Atos Negociais: Atos editados que determina a pretensão do particular que coincide com a vontade da Administração Ex: licença.
d) Atos enunciativos: Não contem a manifestação de vontade da administração Ex: certidões, atestados, parecer;
e)Atos punitivos: É o meio que a administração impoe sanções a seus servidores classificadas com Poder de Império que atinge o particular Ex: multa Poder Disciplinar que ser refere diretamente aos servidores Ex: advertência, suspensão ou demissão.
Extinção dos Atos Admisnitrativos- Modalidades. a)Revogaçao: É a retirada do ato por razões de conveniência e tem efeito EX NUNC ;	
b)Invalidação/anulação: Motivada por ilegalidade do ato efetuada pela própria administração tem efeito EX TUNC;
c)Cassação:É o desfazimento do ato administrativo Ex: cassação de uma licença;
d)Caducidade: Uma nova legislação impede a permanência da situação anteriormente concedida Ex: caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de zoneamento tornou-se incopatível;
e)Extinção natural: Permissão concedida por tempo determinado;
f)Extinção subjetiva: Há o desaparecimento do sujeito que se benificiou do ato Ex: porte de arma;
g)Extinção objetiva: Desapare o objeto praticado Ex: interdição de uma empresa e ela entre em falência;
Convalidade. 
Convalidação ou saneamento é o ato administrativo pelo qual é suprido o vicio existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos a data em que foi praticado. A convalidação depende do tipo de vicio que atinge o ato. O exame é feito a partir da análise dos cinco elementos: competência, finalidade, forma e objeto.
Competência: Ex: Se um Ministro de Estado pratica um ato de competência do Presidente da República, este poderá retificá-lo, caso não se cuide de matéria exclusiva. Se for matéria exclusiva, não delegável, a convalidação não poderá ocorrer. Não se admite convalidação quando haja incompetência em razão da matéria Ex: Ministério pratica ato de competência de outro Ministério. 
Finalidade e Motivo: nunca é possível a convalidação.
Objeto: o objeto ilegal tambem não pode ser convalidado.
Forma:vicio de forma pode ser objeto de convalidação.
Responsábilidade Civil do Estado 
 
Constituição Federal 
A Responsábilidade do Estado é objetiva pois tem que reparar o dano. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ilícito, a norma prevê que aquele que por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repara-lo.
Para que ocorra se faz necessário a Intenção, ocorrência de um dano patrimonial ou moral, o nexo de causalidade entre o dano havido e comportamento do agente.
A responsábilidadecivil do Estado, traduzse na obrigação de reparar economicamente danos patromoniais resultante de comportamento do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário.
 Por atos administrativos praticados por qualquer pessoa do serviço público e pessoas jurídicas de direito privados que prestarem serviços públicos em regime de concessão ou permissão .
Nos casos em que haja nexo de causalidade entre o dano causado por ato ou fato que o administrador tenha feito, caso seja provado a responsábilidade do particular a responsábilidade da Administração fica excluída. A prova, toda via é ônus da Administração.
Quando o dano seja causadado por agente público
Responsábilidade Subjetiva do Estado: A responsábilidade causada por atos de terceiros ou fenômenos da natureza é do tipo subjetivo e há necessidade de comprovação da omissão culposa Ex: enchente o Estado só é comprovado se contribuiu para o dano como por exemplo na negligência da limpeza dos bueiros da rua inundada.
Causas Excludentes e Atenuantes da Responsábilidade: Quando o serviço público não for a causa do dano ou estiver aliado a outras circunstâncias, quando não for a causa única , as exludentes são:
Força Maior : é o acontecimento imprevisível, inevitável e estranho a vontade das partes, como uma tempestade ou terremoto.
Caso Fortuito: Que dano seja decorrente de ato humano, de falha da administração não ocorre a mesta exclusão; quando se rompe por ex uma adutora ou um cabo elétrico, causando dano a terceiros, não se pode falar em força maior.
Culpa da vitima: Nesse caso o Estado não responde, atenua-se a sua responsábilidade, que se reparte com a vitíma, chamado de Culpa Concorrente .
Dano causado a particular por obras: Em razão do fato da obra responde o Estado e em razão da má execução da obra responde, de inicio, o contratado, e a respnsábilidade será subjetiva.
Responsábilidade do Estado por Atos Legislativos: No caso de atos legislativos, não é atribiuida responsabilidade ao Estado visto que as leis não são criadas com fim de acarretar danos indenizáveis a coletividade. Se caso for constatado que a norma é incosntitucional ou mesmo ilegal o Estado responde pelo dano.
Responsábilidade do Estado por Atos Jurídicos: 
Atos não Jurisdicionais: Atos praticados pelo juiz, sobre eles incidi normalmente a responsabilidade objetiva do Estado.
Área Criminal: O Estado indenizará o condenado por erros judiciários, assim como o que ficar preso além do tempo determinado na sentença.
Responsábiliade civil do juiiz quando ocorrer o dolo: Inclusive fraude bem como quando recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. Nesse caso a responsábilidade é pessoal do juiz.
Reparação do Dano: Pode ser feita no âmbito Administrativo se as partes estiverem de acordo quanto a responsábilidade do Estado e valor de indenização . Caso contrário, o prejudicado deve propor ação de indenização contra a pessoa jurídica que causou o dano.
Prescrição: 3 anos contados a partir do fato danoso.
Direito de Regresso : O Estado indeniza a vítima, independente de dolo ou de culpa desta, e o agente ressarce a Administração, regressivamente, se houver dolo ou culpa de sua parte, agente.
A obrigação de o Estado indenizar o particular independe de culpa da Administração ( resp. objetiva) já a obrigação do agente ressarcir a Administração depende da comprovação de existência de culpa ou dolo deste agente ( resp. subjetiva).

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