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Resumo esquematizado - Princípios, Atos administrativos e Poderes da Administração

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1 
 
RESUMO 
- 
PRINCÍPIOS, ATOS 
ADMINISTRATIVOS E 
PODERES DA 
ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
2 
Princípios da Administração Pública 
1. Legalidade 
2. Impessoalidade 
3. Moralidade 
4. Publicidade 
5. Eficiência 
6. Razoabilidade e proporcionalidade 
7. Autotutela 
8. Presunção de Legitimidade 
9. Motivação 
10. Segurança Jurídica 
11. Contraditório e Ampla defesa 
12. Igualdade 
13. Finalidade pública 
 
Atos administrativos 
1.Conceito 
2. Requisitos/Elementos 
3. Atributos 
4. Classificação dos atos administrativos 
4.1 Atos gerais e individuais 
4.2 Atos de império, de gestão e de expediente 
4.3 Atos vinculados e discricionários 
4.4 Atos simples, complexos e compostos 
4.5 Ato perfeito, válido e eficaz 
4.6 Atos constitutivos, declaratórios e ablatórios 
4.7 Ato nulo, anulável, inexistente e irregular 
5. Espécie de atos administrativos 
5.1 Atos normativos 
5.2 Atos ordinatórios 
5.3 Atos negociais 
5.4 Atos enunciativos 
5.5 Atos punitivos 
6. Invalidação dos atos administrativos 
6.1 Revogação 
6.2 Anulação 
 
Poderes da Administração 
1. Poder regulamentar 
2. Poder hierárquico 
3. Poder disciplinar 
4. Poder de polícia 
4.1 Atributos do poder de polícia 
 
 
3 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
1. LEGALIDADE 
 
Princípio constitucional expresso. 
O administrador só pode agir nos moldes e LIMITES 
ESTABELECIDOS PELA LEGISLAÇÃO. 
Pode ser identificada por duas vertentes, de vinculação 
negativa (limitação da atuação do administrador) e de 
vinculação positiva (a atuação do administrador 
depende de autorização legal). 
 
2. IMPESSOALIDADE 
 
Princípio constitucional expresso. 
Proíbe que o agente público utilize seu cargo para 
satisfação de interesses pessoais, para se promover. 
Quando realiza atividade administrativa, o agente 
público age em nome do Poder Público, de forma que os 
atos praticados não são imputáveis ao funcionário, mas 
ao órgão ou entidade da Administração Pública. 
 
3. MORALIDADE 
 
Princípio constitucional expresso. 
Exige que a ação da administração seja ética e respeite 
os valores jurídicos e morais. 
 
4. PUBLICIDADE 
 
Princípio constitucional expresso. 
Exige que a atuação do Poder Público seja transparente, 
com informações acessíveis à sociedade. 
 
5. EFICIÊNCIA 
 
Princípio constitucional expresso. 
A atividade administrativa deve ser exercida com 
presteza, perfeição e rendimento funcional. Exige 
resultados positivos para o serviço público e 
administrado. 
 
6. RAZOABILIDADE 
 
A realização dos fins públicos deve ser escolhida de forma 
adequada, dentre aqueles que cause menos prejuízo aos 
administrados e as vantagens superem as desvantagens 
7. PROPORCIONALIDADE A proporcionalidade é um aspecto da razoabilidade voltado a 
controlar a justa medida na prática de atos administrativos. 
Busca evitar extremos e exageros que firam o interesse 
público. 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. AUTOTUTELA Permite à Administração Pública revisar seus atos, seja 
por vícios de ilegalidade (invalidação), seja por motivos 
de conveniência e oportunidade (revogação). 
Importante! 
✓ Súmula 346 STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
 
✓ Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque 
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
8. PRESUNÇÃO DE 
LEGITIMIDADE 
Os atos administrativos são presumidamente legítimos 
(de acordo com o Direito). Tal presunção é relativa 
(juris tantum), admite prova em contrário. 
9. MOTIVAÇÃO Os atos administrativos deverão ser motivados, 
demonstrando a necessidade e adequação jurídica da 
medida imposta. 
Pode ocorrer simultaneamente ou posterior ao ato 
administrativo. (observação: não pode ser 
DEMASIADAMENTE posterior = nulidade). 
Atenção! 
Não confundir com “MOTIVO”: 
Elemento do ato administrativo. Autoriza a prática do ato. Antecede o ato administrativo. Pressuposto de 
fato e de direito que justifica a prática do ato. 
 
10. SEGURANÇA JURÍDICA 
É necessária a previsibilidade dos atos administrativos e 
estabilização das relações jurídicas. Tal princípio pode 
ser estudado por dois prismas: a) vedação à aplicação 
retroativa de nova interpretação; b) sujeição do poder 
de autotutela a prazo razoável. 
11. CONTRADITÓRIO E 
AMPLA DEFESA 
Contraditório: necessidade de informação da existência 
de todos os atos do processo e possibilidade de reagir 
aos atos desfavoráveis. 
Ampla defesa: prerrogativa de defender-se de 
acusações para evitar sanções ou prejuízos. 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ato administrativo é toda declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos 
imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito público e sujeita a controle do Poder 
Judiciário. 
 
São aqueles que constituem sua formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. IGUALDADE 
Tratar igualmente os iguais e desigualmente os 
desiguais, na medida das desigualdades. 
13. FINALIDADE ESPECÍFICA 
A Administração Pública não existe como um fim em sim 
mesmo; sua existência, suas ações, e sua prerrogativas 
são justificadas pelas finalidades para as quais foi criada 
(atendimentos dos interesses da coletividade). 
Observação! 
O desvio de finalidade é hipótese de abuso de poder. O desvio de finalidade pode ser genérico (a ação administrativa 
não atinge o interesse público), ou específico (a ação administrativa observa finalidade pública, mas diferente daquela 
especificada na lei). 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
1. Conceito 
2. Requisitos/Elementos dos atos administrativos 
 COMPETÊNCIA 
Elemento vinculado. 
Indica quem é a autoridade que pode produzir o ato 
administrativo. 
Irrenunciável. 
Intransferível. 
Inderrogável. 
Admite delegação ou avocação nas hipóteses 
reguladas por lei. 
Admite convalidação. 
Atenção! 
➢ Quando o agente público extrapola a competência que lhe foi conferida pela lei, há EXCESSO DE PODER (espécie 
de Abuso de Poder). 
NÃO PODE ser objeto de DELEGAÇÃO de COMPETÊNCIA: 
1. Edição de atos normativos 
2. Decisão de recursos 
3. Matérias de competência exclusiva 
 
 
 
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FINALIDADE Elemento vinculado. 
É o resultado que a Administração pretende alcançar. 
 
Atenção! 
 
➢ Quando o agente público apesar de ser COMPETENTE, não pratica o ato de acordo com o interesse público ou 
diferente dos fins específicos fixados pela lei, há DESVIO DE PODER (espécie de Abuso de Poder). 
 
➢ Abuso de Poder é o gênero do qual são espécies o Excesso de poder e Desvio de poder! 😊 
FORMA 
Elemento vinculado. 
O ato administrativo deve ser revestido de alguma 
forma, que deverá ser determinada em lei. 
Via de regra, deve ser escrito. 
Admite convalidação. 
 
Atenção! 
✓ A delegação de competência é revogável a qualquer tempo. 😉 
✓ Após a revogação da competência, não poderá a antiga autoridade delegada revogar atos praticados durante 
sua delegação. 😉 
✓ A delegação não retira da autoridade delegante a competência para desempenhar a atribuição delegada. 
Atenção! 
 
Há também, a forma gestual ou sinais sonoros por meio dos quais a Administração manifesta a sua vontade. 
Exemplo: atos praticados por agente de trânsito visando controlar o tráfego. 
MOTIVO 
Elemento vinculado ou discricionário. 
Indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão. 
Antecede o ato. 
 
Atenção! 
✓ Não confundir com “MOTIVAÇÃO” do ato administrativo. 
✓ Teoria dos motivos determinantes = a validade de um ato está vinculada à veracidade dos fatos descritos como 
motivadores de sua prática, de modo que, se inexistentes ou falsos os motivos,o ato torna-se nulo. 
 
 
 
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OBJETO/CONTEÚDO 
Elemento vinculado ou discricionário. 
É o efeito jurídico imediato (aquisição, transformação 
ou extinção de direito) que o ato produz. 
Deve ser lícito, possível, certo e moral. 
3. Atributos dos atos administrativos 
Presunção de Legitimidade 
Os atos administrativos são presumidamente legítimos 
(de acordo com a lei e princípios da Administração 
Pública e o Direito Administrativo). 
Tal presunção é relativa (juris tantum), cede de prova 
em contrário. 
 
Imperatividade 
Qualidade pela qual a Administração impõe obrigações 
a terceiros independentemente de sua concordância. 
Não está presente em todos os atos administrativos, 
mas naqueles em que impuser ordem ou comando ao 
particular. 
Exigibilidade 
Exige obediência a uma obrigação já imposta pela 
Administração, sem necessidade de prévia autorização 
do Poder Judiciário. 
Meio indireto de coação. 
 
Autoexecutoriedade 
Possibilidade de a Administração executar seus atos 
através de seus próprios meios, sem necessidade de 
intervenção do Poder Judiciário. 
Meio direto de coação. 
Só é possível quando a lei expressamente previr ou se 
tratar de medida de urgência. 
Tipicidade 
A Administração só pode praticar o que a lei permite. 
Não pode praticar atos inominados ou atípicos. 
 
 
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4. Classificação dos atos administrativos 
 
 
Atos gerais 
Atos que possuem destinatários inespecíficos, gerais. 
Prevalecem sobre os atos individuais. 
Atos individuais 
Atos que possuem destinatários especificamente 
determinados. 
Pode ser singular (um único destinatário identificado) 
ou plúrimo (mais de um destinatário e todos 
identificados). 
Atos de império 
Atos produzidos com supremacia sobre o administrado. 
Relação de superioridade da Administração sobre o 
particular. 
Atos de gestão 
Atos em que Administração age em posição de 
igualdade com o particular. 
Atos de expediente 
Atos destinados a dar andamento aos processos e 
papéis que tramitam na Administração. 
Atos vinculados 
Todos os seus elementos (competência, finalidade, 
forma, motivo e objeto) estão previstos em lei. 
Não há que se falar em mérito administrativo! 
Atos discricionários 
Atos que o legislador não conseguiu definir e conferiu à 
Administração a faculdade de decidir, qual deve ser a 
melhor solução que atende ao interesse público. 
Há mérito administrativo (critérios de conveniência e 
oportunidade). 
Atos simples 
Atos que para existirem, dependem da manifestação de 
um único órgão. 
 
 
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Atos complexos Atos que para existirem, dependem da manifestação de 
vontade de mais de um órgão. 
Há duas vontades principais. 
Produz um ato. 
Atos compostos 
Atos que para existirem, dependem da manifestação de 
vontade de mais de um órgão. 
Há uma vontade principal e outra meramente 
acessória. 
Produz dois atos. 
Ato perfeito 
Ato que completou as etapas necessárias para sua 
existência. 
Ato válido 
Ato praticado de acordo com a lei. Sem vícios. 
 
Ato eficaz 
Ato praticado de acordo com a lei. Sem vícios. 
Apto a produzir efeitos, mas pode estar pendente de 
condição suspensiva. 
Ato exequível 
Ato apto a produzir efeitos imediatamente. 
Ato constitutivo 
São aqueles cuja manifestação da vontade da 
Administração faz nascer um direito para o 
administrado. 
Ato declaratório 
Manifestações jurídicas de vontade da Administração 
que se limitam a afirmar a existência de um direito do 
administrado. 
Não há ampliação nem restrição a direito. 
Há apenas a declaração de existência ou inexistência de 
um direito. 
Ato ablatório São aqueles que restringem direitos dos administrados. 
 
 
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Ato nulo 
Ato contaminado por vício insanável, eivado de 
nulidade absoluta. 
Efeitos ex tunc (retroativo). 
Ato anulável 
Ato contaminado por vício sanável, admite 
convalidação. 
Efeitos ex tunc (retroativo). 
Ato inexistente 
Ato que aparenta ser administrativo, mas na verdade 
retrata conduta criminosa. 
Atos irregulares 
Atos detentores de defeitos levíssimos e irrelevantes, 
não prejudicando a validade do ato administrativo. 
4. Espécies de atos administrativos 
 
Atos normativos 
São normas que regulamentam leis. 
Não podem inovar no ordenamento jurídico, criando 
direitos ou deveres. 
Devem ser editados sempre que a lei necessitar de uma 
melhor orientação. 
Exemplos: decreto, regulamentos, resoluções. 
 
 
Atos ordinatórios 
São comandos expedidos pela autoridade 
administrativa de hierarquia superior para os seus 
subordinados. 
Possuem incidência no âmbito da própria 
Administração. 
Exemplos: portaria, ordens de serviço, circulares. 
 
Atos negociais 
São manifestações da Administração Pública que 
coincidem com a pretensão de particulares. 
Podem ser discricionários (analisa a conveniência e 
oportunidade e decide fundamentadamente se o 
pedido do administrado atende ao interesse público) 
ou vinculado (analisa o preenchimento das condições 
legais). 
Exemplos: autorização, permissão, licença. 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os atos administrativos podem ser invalidados pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atos enunciativos 
Administração atesta ou certifica um fato constante de 
registros, processos e arquivos públicos ou emite 
opinião sobre determinado assunto. 
Exemplos: certidões, atestados, pareceres. 
Atos punitivos 
Instrumentos por meio dos quais a Administração 
aplica sanção a servidores ou administrados. 
Deve decorrer de previsão legal ou situações que 
exijam imediata atuação. 
Exemplos: multas, interdição, demolição e destruição 
de coisas. 
5. Invalidação dos atos administrativos 
 
Revogação 
Competência: Administração Pública 
Anulação 
Efeito: Ex nunc (a partir da revogação) 
Cabimento: Conveniência administrativa 
Somente de atos discricionários 
Competência: Administração Pública e 
Poder Judiciário 
Efeito: Ex tunc (retroage à data de produção 
do ato anulado) 
Cabimento: Vício insanável 
Atos discricionários ou vinculados 
 
 
12 
 
Conjunto de prerrogativas de Direito Público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para 
o fim de permitir que o Estado alcance seus fins. Poderes-deveres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO 
PODER REGULAMENTAR 
Prerrogativa concedida à Administração Pública de 
editar atos gerais para complementar as leis e permitir 
a sua efetiva aplicação. 
Competência: Chefe do Poder Executivo. 
Decorre de ato normativo derivado ou secundário ao 
estabelecer requisitos para observância dos direitos 
legais (diferente do ato normativo primário que decorre 
de lei e cria direitos e obrigações). 
Atenção! 
Nem toda lei precisa ser regulamentada → tal juízo de valor compete ao Chefe do Poder Executivo. 
Não confundir: 
Expedição de Decreto sobre aplicação de lei pelo Chefe do Poder Executivo obrigando os demais Poderes = PODER 
REGULAMENTAR. 
Expedição de Decreto de comandos internos pelo Chefe do Poder Executivo para dar ordens aos seus subordinados = 
PODER HIERÁRQUICO. Exemplo: Regimento interno dos tribunais. 
PODER HIERÁRQUICODistribuir e escalonar funções dos órgãos, ordenar e 
rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a 
relação de subordinação entre os servidores do seu 
quadro pessoal. 
Atenção! 
→Não depende de prévia existência legal (ao contrário dos demais poderes). 
➔ Não há que se falar em hierarquia entre duas entidades distintas (o controle de uma entidade sobre a outra = 
supervisão). 
 
 
PODER DISCIPLINAR 
Instrumento da Administração Pública para apurar 
infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos 
e pessoas vinculadas à Administração Pública. 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção! Não confundir: 
• Superior hierárquico que fiscaliza o cumprimento de ordem, trata-se de Poder Hierárquico. 
• Abertura de processo administrativo para apurar e aplicar sanção, trata-se de Poder Disciplinar. 
PODER DE POLÍCIA 
Faculdade conferida ao Estado para restringir o 
exercício de um direito individual em face do interesse 
público. 
Observação: 
➔ Fundamento do Poder de Polícia: Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado. 
➔ NÃO admite delegação. 
➔ NÃO pode ser delegado para concessionárias e permissionárias de direito público ou entidades da 
administração indireta com personalidade jurídica de direito privado. 
➔ Não é possível delegação poder de polícia para entidades direito privado da Administração Indireta que 
exploram atividade econômica. 
➔ Não se pode delegar poder de polícia a pessoa jurídica de direito privado. 
➔ Não confundir Polícia administrativa e Polícia judiciária: 
o Polícia administrativa: 
▪ Administração Pública 
▪ Órgãos/Entidades diversos 
▪ Limitação de direitos particulares 
▪ Recai sobre Bens e Direitos 
▪ Preventivo (regra) 
o Polícia judiciária: 
▪ Polícia Federal e Estadual 
▪ Órgãos específicos 
▪ Persecução penal 
▪ Recai sobre Pessoas 
▪ Repressivo (regra) 
 
➔ Atributos do Poder de Polícia: 
o Discricionariedade 
o Autoexecutoriedade 
o Coercibilidade

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