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PROPOSTA DE PROJETO: Música e Neurociência — Uma Abordagem Comparativa para Intervenção, Mapeamento e Transferência Cognitiva
Resumo executivo
Este projeto propõe investigar mecanismos neurais mediados pela música e sua aplicabilidade clínica e educativa. Almeja-se combinar métodos de neuroimagem, avaliação comportamental e intervenções musicais estruturadas para comparar efeitos em diferentes populações (crianças em desenvolvimento, adultos com declínio cognitivo leve e pacientes pós-AVC). A abordagem é cientificamente fundamentada, comparativa entre protocolos e orientada para geração de evidência translacional.
Contextualização científica
A literatura aponta que estímulos musicais ativam redes distribuídas: córtex auditivo, circuito límbico, redes frontoparietais e núcleos subcorticais. Música envolve percepção temporal, sintaxe sonora e emoção, implicando plasticidade sináptica e modulação dopaminérgica. No entanto, lacunas persistem quanto à comparação direta entre modalidades (treino ativo de instrumento versus escuta dirigida), dose-resposta temporal e transferência de ganhos para funções executivas e linguagem.
Objetivos
1. Mapear alterações funcionais e estruturais associadas a três protocolos musicais distintos: treino instrumental ativo, terapia rítmica motora e escuta ativa guiada.
2. Comparar eficácia destes protocolos em três coortes: crianças (6–12 anos), adultos com comprometimento cognitivo leve e pacientes pós-AVC com afasia motora.
3. Estabelecer correlações entre biomarcadores neurais (fMRI, EEG, DTI) e indicadores comportamentais (memória de trabalho, atenção sustentada, linguagem).
4. Desenvolver diretrizes de intervenção baseadas em evidência para uso clínico e educacional.
Métodos
Projeto multicêntrico, randomizado e controlado, com alocação estratificada por faixa etária e condição clínica. Amostra prevista: 180 participantes (60 por coorte), com atribuição a três braços intervenções e um controle ativo (atividades não-musicais com engajamento social). Avaliações pré, pós e follow-up (3 e 12 meses).
Intervenções:
- Treino instrumental ativo: sessões semanais de 45–60 minutos, progressão técnica e leitura rítmica.
- Terapia rítmica motora: exercícios de sincronização, marcha rítmica e integração sensório-motora.
- Escuta ativa guiada: exposição a repertório selecionado com tarefas de discriminação temporal e emocionai.
Medidas neurobiológicas:
- fMRI de tarefa e repouso para redes funcionais.
- EEG para marcadores temporais de processamento auditivo (MMN, P300).
- DTI para integridade de fibras inter-hemisféricas (fascículo arqueado).
- Níveis periféricos de dopamina e cortisol como correlatos neuroquímicos (quando aplicável).
Avaliação comportamental:
- Baterias padronizadas de linguagem, memória, atenção e escalas de qualidade de vida. Medidas ecologicamente válidas de aprendizagem escolar em crianças.
Abordagem comparativa e análise
A análise será orientada por modelos hierárquicos que permitam comparações entre intervenções e entre coortes. Serão aplicadas análises de moderação e mediação para identificar se efeitos neurais mediam ganhos comportamentais e se variáveis como idade, plasticidade basal e reserva cognitiva moderam respostas. Compararemos também vantagens relativas de modalidades ativas versus passivas, considerando custo-efetividade e aceitabilidade.
Inovação e relevância
1. Combinação simultânea de múltiplas modalidades de neuroimagem com intervenção musical padronizada.
2. Comparações diretas entre protocolos para informar políticas educativas e reabilitação.
3. Investigação translacional que visa não apenas demonstrar efeitos, mas descrever biomarcadores preditivos de resposta.
Cronograma e marcos
Fase 1 (6 meses): padronização de protocolos e recrutamento piloto. Fase 2 (18 meses): intervenção principal e avaliações. Fase 3 (12 meses): análises, validação de biomarcadores e disseminação. Produtos: artigos, guias de prática e kit de intervenção adaptável.
Aspectos éticos e de implementação
Consentimento informado, monitoramento de bem-estar emocional durante intervenções e adaptação cultural do repertório musical. Atenção à equidade de acesso e à formação de facilitadores musicais com supervisão neurocientífica.
Impacto esperado
Geração de evidências robustas sobre como diferentes formas de interação musical modulam redes neurais e promovem transferência cognitiva. Resultados poderão informar programas escolares, protocolos de reabilitação pós-AVC e intervenções precoces em crianças com risco de déficits de linguagem.
Plano de disseminação
Publicações em periódicos de neurociência e reabilitação, workshops para educadores e clínicas, repositório aberto com protocolos e scripts de análise, além de material de divulgação para tomadores de decisão.
Recursos e orçamento resumido
Infraestrutura para neuroimagem, equipe multidisciplinar (neurocientistas, musicoterapeutas, fonoaudiólogos, estatísticos) e materiais instrumentais. O orçamento será escalonado por fases, priorizando pilotos para otimização de protocolos antes da escala.
Métricas de sucesso
Eficácia demonstrada em pelo menos uma coorte por protocolo, replicabilidade biomarcadora entre centros e adoção piloto em duas instituições parceiras.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. A música melhora neuroplasticidade? — Sim, promove plasticidade sináptica.
2. Qual método é mais efetivo? — Depende: treino ativo costuma superar escuta passiva.
3. Música ajuda linguagem pós-AVC? — Sim, principalmente rítmica e melódica.
4. Que biomarcadores usar? — fMRI, EEG e DTI combinados.
5. Idade importa? — Sim; crianças exibem maior plasticidade.
6. Há riscos? — Baixos; considerar sobrecarga sensorial.
7. Qual a dose mínima? — 2–3 sessões semanais mostram efeitos iniciais.
8. Gênero musical influencia? — Sim; valência emocional e estrutura rítmica importam.
9. Efeitos em memória? — Melhora moderada em memória de trabalho.
10. Transferência para escola? — Possível, quando integrado ao currículo.
11. Música modula emoção? — Sim, ativa circuito límbico.
12. Treino rítmico melhora marcha? — Sim, especialmente em pacientes neurológicos.
13. EEG é útil clinicamente? — Sim, para monitorar mudanças temporais.
14. Dopamina é relevante? — Sim, correlaciona com recompensa musical.
15. Intervenção online funciona? — Parcialmente; presença facilita engajamento.
16. Diferença cultural importa? — Sim; repertório deve ser adaptado.
17. Reversibilidade dos ganhos? — Alguns mantidos, outros dependem de manutenção.
18. Treino instrumental é caro? — Mais oneroso, porém com maiores ganhos.
19. Como medir aceitabilidade? — Escalas de adesão e satisfação.
20. Impacto a longo prazo? — Potencial para redução de declínio cognitivo.

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