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Aula-União européia

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União européia
Direito Comunitário pode ser definido como ramo de direito cujo objeto é o estudo dos tratados comunitários, a evolução jurídica resultante de sua regulamentação e a interpretação jurisprudencial das cláusulas estabelecidas nos referidos tratados�. 
        
Depreende-se da história da formação da Comunidade Européia que uma dos maiores óbices para a efetivação da estrutura integracionista foi exatamente a aceitação do partilhamento da soberania entre todos os Estados-Partes.
        A União Européia formada pelas Comunidades Européias revolucionou o conceito de soberania, caracterizado pela unidade, indivisibilidade e inalienabilidade, superprotegido sob a égide da segurança nacional, instituindo o direito comunitário. 
Na União Européia todas as constituições permitem a delegação do exercício de competências para um poder supranacional, permissão mister para a primazia do direito comunitário sobre o nacional�.
Resultado de um processo de cooperação e integração iniciado em 1951 por um grupo de seis países (Bélgica, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos), a União Européia passou nos últimos quase cinqüenta anos por cinco processos de adesões: 1973: Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; 1981: Grécia; 1986: Espanha e Portugal; 1995: Áustria, Finlândia e Suécia) 2004 (Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca) e é integrada atualmente por vinte e cinco países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido República Tcheca e Suécia. 
Em seu conjunto, a Europa dos 25 constitui a maior potência econômica e comercial do mundo, com uma população superior a 470 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto em torno de US$ 11 trilhões.
 
A União Européia tem como missão principal organizar, de forma coerente e solidária, as relações entre os Estados membros e seus povos. Entre seus objetivos principais figuram: a promoção do progresso econômico e social (a realização do mercado interno a partir de 1993, o lançamento da moeda única em 1999).
  
A afirmação da identidade européia na cena internacional (ajuda humanitária européia a países terceiros, política externa e de segurança comum, intervenção na gestão das crises internacionais, posições comuns nos organismos internacionais).
 
A instituição de uma cidadania européia (que sem substituir a cidadania nacional é complementar a ela e confere aos cidadãos europeus um certo número de direitos civis e políticos); 
a criação de um espaço de liberdade de segurança e de justiça (associado ao funcionamento do mercado interno e, mais especificamente, à livre circulação de pessoas); 
a manutenção e o desenvolvimento do acervo comunitário (os textos jurídicos adotados pelas instituições européias, bem como os tratados fundadores da instituição). 
O surgimento da União Européia como conhecida nos dias de hoje assenta-se nas três Comunidades Européias, todas elas dotadas de personalidade e capacidade jurídica internacional e que são a Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA), criada pelo Tratado de Paris de 1951, a Comunidade Européia da Energia Atômica (CEEA, mais conhecida como Euratom) e a Comunidade Européia (CE), denominada até 1993 Comunidade Econômica Européia, ambas criadas pelos Tratados de Roma de 1957.  
As Comunidades Européias estabelecem um sistema institucional único no mundo, baseado no princípio da subsidiaridade, motivo pelo qual só propõe legislação nos domínios em que a União Européia está em melhores condições para atuar que seus Estados membros, e que apresenta dois traços principais: 
A  existência de uma série de instituições encarregadas de exercer as competências atribuídas pelos tratados às Comunidades; 
Criação de um novo ordenamento jurídico, o Direito Comunitário, formado pelos tratados constitutivos das Comunidades e pelo chamado direito derivado (normas criadas pelas próprias instituições comunitárias e dirigidas diretamente aos cidadãos e aos Estados membros).
 
 O Parlamento Europeu elege os 732 representantes dessa instituição-chave da UE. Representa uma das maiores democracias do mundo, mas é a única instituição supranacional eleita diretamente pelo povo, cujo pode cresceu nas últimas décadas. São 350 milhões de europeus de 25 países. O Parlamento fica em Estrarburgo, sede do Poder Legislativo, enquanto que o Executivo fica em Bruxelas e ainda a Corte em Luxemburgo. 
Na modalidade diversidade, um processo pode apresentar diversas formas de execução, de acordo com os objetivos traçados pelas partes envolvidas. No âmbito da integração econômica internacional, uma classificação sobre as diversas formas de integração é amplamente utilizada por economistas, juristas e estudiosos do processo integracionista. Esta classificação foi proposta e apresentada por BELA BALASSA em 1962, em sua mencionada obra Teoria da Integração Econômica.
Segundo BALASSA, os processos de integração econômica distinguiam-se em cinco modelos: zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum, união econômica e integração econômica total.
Uma zona de livre comércio parte da abolição de direitos aduaneiros, de restrições quantitativas de mercadorias entre os países participantes e de uma política exterior própria. O traço mais marcante deste modelo são as regras de origem em relação os produtos dos países signatários do acordo. A união aduaneira pode ser entendida como uma zona de livre comércio em que os Estados negociam uma pauta externa comum. Prosseguindo neste gradualismo, temos que o mercado comum é uma forma mais elevada de integração econômica em relação às demais, pois visa à abolição das restrições comerciais e dos entraves aos livres movimentos de fatores produtivos. A união econômica, por sua vez, é vista como um mercado fundado em uma política econômica comum, voltada para a formação de um espaço com maior coesão econômica e política. Finalmente a integração econômica total é apresentada como a reunião de todos os fatores dos modelos anteriores, aliados à unificação das políticas monetárias, fiscais, sociais, bem como ao estabelecimento de instituições supranacionais, cujas decisões são vinculantes a todos os Estados membros.
Como se pode perceber, BALASSA apresenta uma classificação gradualista, ordenando os processos como em uma progressão organizada e mecanicista. Esta posição, contudo, vem sendo atacada por estudiosos modernos que defendem, com grande propriedade, a existência de processos de integração que carreiam elementos de uma e outra forma proposta por BALASSA. Em linhas gerais, a classificação de BALASSA carece da flexibilidade e da dinâmica das relações econômicas internacionais, sejam micro ou macroeconômicas.
Estas ponderações levam à reflexão sobre alguns dos desafios teóricos que estes novos pensadores do processo integracionista virão a enfrentar, em razão da dinâmica inerente ao próprio processo. Não existe no contexto da economia internacional (tampouco do direito) uma perfeita compreensão das implicações teóricas e práticas induzidas pela regionalização, pois esta está fundada em elementos políticos imponderáveis. O que nos parece certo é que a permanente evolução do processo dificulta a absorção do fenômeno pela teoria pura tradicional (Balassa), na qual predominam os modelos de base bilateral e se descartam fatores não econômicos.
Ao lado da regionalização, outro ponto que demanda análise mais profunda é o fenômeno econômico da globalização. Ao nosso ver, regionalização e globalização, apesar de se apresentarem como processos antagônicos (veja-se as notas que lançamos linhas atrás), representam, reciprocamente, a solução das discrepâncias verificadas em cada um dos processos. Ao mesmo tempo que se verificam os efeitos negativos do processode globalização (econômicos - fuga de capitais, e sociais - desemprego), o mesmo fenômeno projeta efeitos positivos que coincidem com os objetivos mormente colimados nos processos de regionalização, tais como a formação de economias de escala, a otimização da eficiência econômica, ambos elementos envolvidos pela livre concorrência.
Em verdade, uma política econômica estatal, qualquer que seja seu fundamento (neo-liberal, liberal), deve buscar a harmonização dos elementos de ambos os fenômenos, inevitáveis em razão da dinâmica das relações econômicas; recessivos, se seguirem desalinhados de uma política que procure a correção das respectivas imperfeições.
Esta harmonização, no Estado Moderno, dá-se através de uma política econômica fundada em regras de direito, predominando aquelas de ingerência direta na ordem econômica. No âmbito da integração econômica, que se detém sobre a regionalização como um processo institucionalizado, estas regras tomam um caráter "comunitário", "geral", implicando na sinergia de forças dos Estados para a fixação das regras de correção das discrepâncias dos mercados interligados. A franca expansão dos processos de regionalização, especialmente nesta década de 90, reforça a necessidade de proteção dos mercados dos efeitos negativos da globalização através de dispositivos econômicos (e por consequência, legais) tão complexos e dinâmicos quanto a mutação dos fatores microeconômicos que acabam por produzir efeitos em cadeia, prejudiciais a um sem númeno de agentes e de mercados, com resultados não menos negativos nas políticas econômicas nacionais (perspectiva macroeconômica).
A regionalização é isto: uma resposta macroeconômica do Estado para um problema microeconômico dos mercados. Nesta perspectiva, ao nosso ver, a tendendência mundial tem se dirigido para um planeta cada dia mais regionalizado e para uma economia de blocos.
� Cf. LOBO, Maria Teresa Cárcomo. Ordenamento Jurídico Comunitário. Belo Horizonte : Del Rey, 1997. 
� Vide LOBO, Maria Teresa Cárcomo, op. cit. e SOARES, Mário Lúcio Quintão. Direitos Humanos, Globalização e Soberania. Belo Horizonte : Inédita, 1997.

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