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ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA ONCOGERIATRIA 1 TALITA BRUNES • FISIOTERAPEUTA Pós graduação em Fisioterapia Oncológica – Unopar Anhanguera – TO Pós graduação Praticas Integrativas em Oncologia - Albert Einstein – Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa - São Paulo - SP Pós graduação em Acupuntura – Faculdade Nova Iguaçu - RJ Pós graduação em Ortopedia e Traumatologia - Terapia manual – IEES –GO Formação em Anomalias Congênitas labiopalatinais - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-HRAC/USP - São Paulo - Bauru. Serviço de Reconstrução Crânio Facial – Hospital Geral de Palmas / TO Docente do curso de Fisioterapia – Unopar Anhanguera Proprietária da Clínica Talita Brunes Fisioterapia, Acupuntura e Esporte Voluntária ACBG Brasil 2 ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA ONCOGERIATRIA O câncer, é caracterizado por um crescimento anormal das células. Representa uma das principais causas de morbimortalidade no Brasil, com projeção de 704 mil novos casos entre 2023 e 2025, sendo o envelhecimento um fator de risco relevante. Nesse cenário, a fisioterapia desempenha um papel fundamental ao favorecer a autonomia funcional e contribuir para o manejo do paciente idoso Idosos x Câncer: A parcela da população brasileira que mais cresce é a de idosos, e o câncer já ocupa o segundo lugar como causa de morte entre essa faixa etária. É de extrema importância estarmos preparados para oferecer um acompanhamento geriátrico completo que, aliado as novas técnicas cirúrgicas e as drogas modernas, proporcione mais possibilidades de tratamento e qualidade de vida aos pacientes. O idoso com câncer precisa receber o melhor tratamento aliado à manutenção de sua qualidade de vida. Oncogeriatria: diagnóstico, avaliação geriátrica – que é a aplicação de um amplo questionário para saber o quanto o paciente idoso é funcional e possui reservas para o tratamento. Os benefícios da oncogeriatria vão desde individualizar o tratamento do idoso com câncer até melhorar a qualidade de vida, sendo indicada para individuo com mais de 65 anos que recebeu diagnóstico de câncer. ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA ONCOGERIATRIA A Fisioterapia na oncologia geriátrica foca na melhoria da qualidade de vida de idosos, atuando na prevenção e tratamento de sequelas do tratamento oncológico e da doença, como dor, fadiga e disfunções. O fisioterapeuta restabelece a funcionalidade e a autonomia do idoso, integrando-se à equipe multidisciplinar para oferecer um cuidado integral, que inclui desde a reabilitação física até o suporte emocional e a orientação sobre conservação de energia. Avaliação Fisioterapêutica Processo multidimensional que visa entender o estado de saúde global do idoso com câncer, focando em sua capacidade funcional, força, equilíbrio, cognição, estado nutricional e psicológico, e apoio social, para prescrever um plano de reabilitação personalizado. A fisioterapia utiliza ferramentas e testes específicos para quantificar o estado funcional e a força muscular, como o Teste de Marcha de 6 Minutos, o Short Physical Performance Battery (SPPB) e a Escala de Equilíbrio de Berg, direcionando assim as intervenções para melhorar a qualidade de vida e a autonomia do paciente. Objetivos da Avaliação Fisioterapêutica Identificar deficiências e riscos: Detectar limitações funcionais, como fraqueza muscular, problemas de equilíbrio e dificuldades em atividades de autocuidado. Avaliar o impacto do câncer e do tratamento: Determinar como a doença e seus tratamentos (cirurgia, quimioterapia, radioterapia) afetam a capacidade funcional do idoso. Personalizar o tratamento: Direcionar as intervenções fisioterapêuticas com base nas necessidades e capacidades individuais do paciente. Melhorar a qualidade de vida: Aumentar a autonomia, reduzir a fadiga e outros sintomas, e promover a segurança do paciente. Prevenir sequelas: Minimizar complicações e efeitos adversos do tratamento oncológico. Componentes da Avaliação Fisioterapêutica A avaliação considera diversos aspectos da saúde do idoso: Estado Funcional: Capacidade de realizar Atividades de Vida Diária (AVD's), como banho, vestir-se e higiene, e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD's), como cozinhar e gerenciar finanças. Desempenho Físico: Avaliação de força muscular, equilíbrio, aptidão física e agilidade. Força Muscular: Avaliada por meio da dinamometria (teste de resistência máxima). Equilíbrio: Avaliado com testes como a Escala de Equilíbrio de Berg. Mobilidade: Testes de caminhada como o de 6 minutos (T6M), a marcha estacionária e o Time Up and Go (TUG). Cognição: Avaliação de memória, humor e concentração. Estado Psicológico: Identificação de ansiedade e depressão, que podem afetar a motivação e adesão ao tratamento. Estado Nutricional: Avaliação das alterações de peso, que impactam a força e recuperação. Apoio Social: Verificação do suporte social disponível para o idoso. Ferramentas de Avaliação Comuns Escalas Funcionais: Karnofsky Performance Status (KPS), Performance Status (PS-ECOG). Testes de Aptidão Física: Teste de Marcha de 6 Minutos (T6M), Short Physical Performance Battery (SPPB), Teste de Marcha Estacionária de 2 Minutos. Escalas de Equilíbrio: Escala de Equilíbrio de Berg. Dinamometria: Medição da força muscular. Goniômetria: Avaliação da flexibilidade. Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF): Uma escala recomendada pela OMS que avalia a funcionalidade paralelo com a classificação da doença (CID). ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA ONCOGERIATRIA Principais objetivos: Educação e Orientação: Para o paciente e seus cuidadores sobre cuidados posturais, higiene brônquica e mobilidade. Melhorar a qualidade de vida: Garantir o bem-estar físico, emocional e mental do idoso, adaptando os cuidados às suas condições individuais. Restaurar e manter a funcionalidade: Preservando e recuperando a capacidade motora, a força muscular, a mobilidade e a função cardiopulmonar. Alivio de sintomas: Redução da dor, fadiga oncológica, náuseas e outros efeitos adversos dos tratamentos. Prevenir complicações: Minimização dos problemas como linfedema, fibrose e fraqueza muscular decorrentes do tratamento e da doença. Promoção de independência e autonomia: Desenvolvimento da capacidade de realização das suas atividades diárias ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA ONCOGERIATRIA ATUAÇÃO: Cuidados Paliativos: A fisioterapia é fundamental nos cuidados paliativos para controlar sintomas e melhorar a qualidade de vida de pacientes sem intenção de cura. Pré, durante e Após o Tratamento: Quimioterapia, radioterapia, e pré e pós-tratamento. ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA ONCOGERIATRIA ATUAÇÃO: Condutas e Exercícios: Prescreve exercícios físicos adequados para a força, resistência e mobilidade, além de técnicas de conservação de energia. Recursos Terapêuticos: Utiliza recursos eletrotermofototerápicos (aparelhos de fisioterapia) Suporte Multidisciplinar: Colabora com outros profissionais de saúde para um tratamento integrado. Como tratar? Complicações relacionadas ao câncer: Verificar sinais e sintomas causados pela presença ou compressão do tumor, como linfedema, neuropatia, dor, etc. Auxiliar no controle desses sintomas até que o tratamento do câncer possa reduzir essas complicações Como tratar? Prevenção: Intervenção cirúrgica: Pré-operatório Atividade Física Conscientização: pós-operatórios com a ferida, traqueostomia, edemas, mobilidade geral, exercícios respiratórios, tosse e prevenção da trombose venosa profunda. Pós-operatório: ferida, traqueostomia, edemas, mobilidade geral, exercícios respiratórios, tosse e prevenção da trombose venosa profunda. 22 24 Os cuidados paliativos em oncogeriatria visam melhorar a qualidade de vida, focando no alívio de sintomas físicos, psicológicos, sociais e espirituais para o paciente e seus familiares. Essa abordagem é centradano respeito à autonomia e dignidade do idoso, promovendo uma morte digna e um acompanhamento que se estende ao luto familiar. É essencial uma equipe multidisciplinar para avaliar a fragilidade, comunicar-se de forma empática e apoiar o paciente e seus cuidadores em todas as dimensões. Princípios e Pilares Fundamentais Alívio do Sofrimento: Foco no manejo eficaz de sintomas como dor, náuseas, falta de ar, e em outras emergências, garantindo o conforto do paciente. Afirmação da Vida: Os cuidados paliativos não aceleram nem adiam a morte, mas afirmam a vida e a morte como processos naturais. Abordagem Holística: Consideram os aspectos físicos, psicológicos, sociais e espirituais do paciente e de sua família, que formam a unidade de cuidado. Comunicação Clara: É crucial uma comunicação empática, honesta e respeitosa com o paciente, transmitindo informações sobre a doença e as expectativas futuras. Respeito à Autonomia:O paciente tem o direito de participar das decisões sobre seu tratamento e seu cuidado, especialmente em casos de demência. Foco na Qualidade de Vida: Buscam permitir que o paciente e a família vivam o tempo restante da melhor forma possível. Algum dia, em algum lugar, alguém vai agradecer a DEUS por ter te conhecido!!! Obrigada! image2.jpg image3.png image4.png image5.png image6.png image7.jpg image8.jpg image9.jpg image10.jpg image11.jpg image12.jpg image13.jpeg image14.jpeg image15.jpg image23.png image16.jpg image17.jpg image18.png image19.jpg image20.jpg image21.jpg image22.png image24.png image25.jpg image26.jpg image27.jpg image28.jpg image29.jpg image30.jpg image31.jpg image32.jpg image33.jpg image34.jpg image35.jpg image36.jpg image37.jpg image38.jpg image39.jpg image40.jpg image41.jpg image49.jpg image50.jpg image51.jpg image52.jpg image42.jpg image43.jpg image44.jpg image45.jpg image46.jpg image47.jpg image48.jpg image53.jpg image54.jpg image55.jpg image56.jpg image57.jpg image58.jpg image59.jpg image60.jpg image61.jpg image62.jpg image63.jpg image64.jpg image65.jpg image66.jpg image67.jpg image68.jpg image71.jpg image69.jpg image70.jpg image72.jpg image1.png