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Apontamentos 
em Fisioterapia
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Danilo Cândido Bulgo
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Conhecendo as Áreas 
da Fisioterapia II
 
 
• Proporcionar conhecimento ao acadêmico sobre áreas da fisioterapia;
• Visualizar os principais conceitos e particularidades das Áreas de atuação, ampliando a visão 
e as possibilidades de inserção profissional.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Fisioterapia em Ortopedia, Traumatologia e Esportiva;
• Fisioterapia em Neurologia;
• Fisioterapia Oncológica e Cuidados Paliativos;
• Fisioterapia na Saúde do Trabalhador e Ergonomia;
• Fisioterapia Cardiorespitatória.
UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Fisioterapia em Ortopedia, 
Traumatologia e Esportiva
Nesta Unidade, vamos continuar explorando mais áreas que são parte da competência 
profissional do fisioterapeuta. Você poderá descobrir especificidades que permeiam a prá-
tica laboral, bem como recursos e situações clínicas utilizadas na rotina dos profissionais. 
Essa área é muito conhecida no contexto de saúde, pois possibilita ao profissional a 
atuação em uma ampla gama de cenários. Foi regulamentada pela Resolução n. 404, de 
3 de agosto de 2011, conhecida como Especialidade Profissional Fisioterapia Traumato-
-ortopédica e possibilita ao profissional as seguintes atribuições:
• O profissional poderá realizar consulta fisioterapêutica, anamnese, solicitar e rea-
lizar interconsulta e encaminhamento, além de realizar avaliação física e cinésio-
-funcional do paciente com necessidades traumato-ortopédico;
• Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários, testes funcionais e exa-
mes complementares;
• Diagnosticar e definir tratamento fisioterapêutico;
• Prescrever, montar, testar, operar, avaliar e executar recursos terapêuticos tecnoló-
gicos;
• Prescrever, confeccionar, gerenciar órteses, próteses, adaptações e tecnologia assistiva;
• Prescrever, analisar, aplicar, métodos, técnicas e recursos para restaurar as funções 
articular, óssea, muscular, tendinosa, sensório, sensitiva e motoras dos clientes/
pacientes/usuários;
• Prescrever, analisar, aplicar métodos, técnicas e recursos para reeducação postural 
e da marcha, entre outros;
• Prescrever, analisar, aplicar, métodos, técnicas e recursos para promoção de anal-
gesia e inibição de quadros álgicos;
• Aplicar métodos, técnicas e recursos terapêuticos manuais;
• Preparar e realizar programas de atividades cinesioterapêuticas para todos os seg-
mentos corporais;
• Prescrever, analisar e aplicar recursos tecnológicos, realidade virtual e/ou práticas 
integrativas e complementares em saúde;
• Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinésio-mecano-te-
rapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico, fototerapêutico e eletroterapêutico, 
entre outros;
• Aplicar medidas de controle de infecção hospitalar;
• Realizar posicionamento no leito, sedestação, ortostatismo, deambulação, orientar 
e capacitar o cliente/paciente/usuário visando à sua funcionalidade;
• Determinar as condições de alta fisioterapêutica;
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• Prescrever a alta fisioterapêutica;
• Registrar em prontuário consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico, tratamento, 
evolução, interconsulta, intercorrências e alta fisioterapêutica;
• Emitir laudos, pareceres, relatórios e atestados fisioterapêuticos;
• Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à saúde, e na pre-
venção de riscos ambientais, ecológicas e ocupacionais;
• Realizar atividades de segurança ambiental, documental, biológica e relacional.
Figura 1 – Fisioterapia Desportiva
Fonte: Getty Images
A Fisioterapia Traumato-ortopédica visa a tratar disfunções musculoesqueléticas, os-
teomioarticulares e tendíneas deletérias de traumas e lesões. 
O fisioterapeuta atua na promoção, na prevenção e na reabilitação de pós-fraturas, en-
torses, luxações, traumas ou contusões musculares, pacientes amputados, distúrbios me-
cânicos da coluna vertebral e procedimentos pré e pós-cirúrgicos, dentre outras inúmeras 
possibilidades, utilizando na prática laboral, recursos e ferramentas fisioterapêuticas, a fim 
de proporcionar alívio de quadros álgicos, diminuição e eliminação de processo inflama-
tório, aumento da melhora da circulação sanguínea, fortalecimento muscular, recuperação 
da biomecânica dos movimentos, equilíbrio, propriocepção e reeducação postural.
Nesse campo de atuação, o fisioterapeuta tem um arsenal de recursos eletrofoto-
termoterápicos, terapias manuais e cinesioterapia que surgem como ferramentas que 
auxiliam na prevenção e na reabilitação dos pacientes. 
Dentre os recursos da eletrofototermoterapia comuns na prática clínica estão: TENS 
(Estimulação Elétrica Transcutânea), EENM (Estimulação Elétrica Neuromuscular), FES, 
laser, ondas curtas, infravermelho e ultrassom. 
Na terapia manual são utilizadas inúmeras técnicas de mobilização e manipulação, 
que possuem a finalidade de reduzir algias, rigidez e reposicionamento do segmento, 
proporcionando relaxamento e melhora nos sistemas corporais. 
9
UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Cabe ressaltar que diversos outros recursos são utilizados na prática fisioterapêutica 
ortopédica, desportiva e traumatológica como: recurso hídrico, bandagem funcional, 
ventosaterapia, acupuntura, crioterapia, turbilhão e parafina, dentre outros.
Figura 2 – Aplicação de recurso físico
Fonte: Getty Images
Importante!
Cada paciente necessita de avaliação individual com a finalidade de compreender as 
necessidades e particularidades, indicações e contraindicações dos recursos e tratamen-
tos a serem utilizados. É fundamental avaliar o paciente, pois nem todos os pacientes 
utilizarão o mesmo recurso.
Afinal, quais são os objetivos da fisioterapia traumato-ortopédica?
• Prevenção: por meio de avaliações, inspeções e uma anamnese detalhada do pa-
ciente, o profissional poderá observar desordens musculares, ósseas e tendíneas, 
muitas vezes adquirida pelos indivíduos na condução da sua rotina e que podem 
corroborar para futuras lesões e traumas. Cabe ressaltar que, no campo ocupacio-
nal, o trabalhador está sob condições não favoráveis no que tange à sua postura. 
Assim, a fisioterapia surge como aliada na promoção da saúde deste grupo popu-
lacional, realizando meios educacionais quanto às posturas inadequadas durante a 
jornada de trabalho, além de conscientizar o trabalhador dos riscos causados pelos 
maus hábitos nos postos de trabalho, o que auxilia na melhora da compreensão 
de como manter uma boa funcionalidade do sistema musculoesquelético, além de 
aumentar a qualidade de vida e bem-estar;
A Fisioterapia atua diretamente na promoção da saúde do trabalhador, assim, para ampliar 
seu conhecimento sobre essa área de atuação, assista ao vídeo acerca da prática da ginástica 
laboral nas organizações. Disponível em: https://youtu.be/4sInvWrwa-4
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• Reabilitação pós-lesões: todos os indivíduos estão sujeitos a se lesionarem, por 
mais cuidado que se possa ter, lesões e/ou traumas são passíveis de acontecer. 
Desse modo, o fisioterapeuta atua frente à reabilitação dos indivíduos que sofreram 
algum tipo de ocorrência, seja em atividades do dia a dia, seja em atividades laborais, 
desportivas e acidentais. A reabilitação deve ser inserida o mais precoce possível, 
porém, deve-se respeitar a individualidade de cada paciente, fazendo-se necessária 
a avaliação individual, identificando todos os fatores que cercam o indivíduo, pois 
com uma avaliação física e funcional bem realizada, será o eixo norteador para 
traçar metas e tratamentos fisioterapêuticos;
Figura 3 – Atendimento fi sioterapêutico pós lesão
Fonte: Getty Images
O jogador Neymar é um atleta que é adepto dos tratamentos fisioterapêuticos. No vídeo 
a seguir, perceba a importância da Fisioterapia para a saúde física e funcional do jogador. 
Amplie seu conhecimento de como é realizado um atendimento fisioterapêutico em um 
atleta de granderendimento. Disponível em: https://youtu.be/wDzYy1dwOTc
• Reabilitação no pós-operatório: no pós-operatório de cirurgias ortopédicas, a Fi-
sioterapia traumato-ortopédica possui um papel indispensável na reabilitação, pois 
ele acompanha a evolução do paciente, por meio de intervenções fisioterapêuticas, 
que vão desde o auxílio do processo de cicatrização da estrutura lesada, além de 
possibilitar a movimentação, evitando, assim, os efeitos deletérios da imobilização 
como a fraqueza muscular, e a hipotrofia. 
O profissional precisa elaborar condutas baseadas em técnicas e protocolos específi-
cos para cada patologia ou intercorrência a ser tratada, pois a essência da reabilitação 
será promover autonomia, qualidade de vida e retorno à vida ativa, sempre que possível 
e o mais rápido possível. Lembre-se de que o fisioterapeuta não é o profissional apto 
para realizar procedimentos cirúrgicos. Ele atua no pré e no pós operatório, baseando 
seus tratamentos no que tange aos procedimentos fisioterapêuticos.
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Diversas Disciplinas farão parte do cotidiano dos profissionais da Fisioterapia traumato-
ortopédica e desportiva, como: anatomia, fisiologia, biomecânica, cinesioterapia, avaliação 
físico e funcional, recursos terapêuticos manuais e físicos dentre outras. A fim de ampliar 
sua percepção sobre anatomia e fisiologia, leia o livro disponível em: https://bit.ly/3l9WNeS
Figura 4 – Atuação fisioterapêutica em distúrbios ortopédicos
Fonte: Getty Images
Fisioterapia em Neurologia
A Fisioterapia Neurofuncional é o campo de atuação que atua na atenção à saúde 
pensando na promoção, na reabilitação, na adaptação e também na área paliativa de 
sequelas resultantes de danos causados no Sistema Nervoso, abrangendo, também, o 
Sistema Nervoso Central e Periférico, além de doenças neuromusculares (do neurônio 
motor, da placa motora e do músculo propriamente dito, as miopatias). 
Em sua atuação, o Fisioterapeuta neurofuncional tem como base a avaliação global 
do paciente, além de diagnosticar as alterações cinético funcionais, prescrever o trata-
mento fisioterapêutico e realizá-lo. 
É responsabilidade do fisioterapeuta, também, definir o momento da alta fisiotera-
pêutica desses pacientes. 
O Fisioterapeuta Neurofuncional pode atuar com diversos grupos populacionais, po-
rém, ao atuar com crianças, é conhecido como fisioterapeuta neuropediátrico e, na 
atuação com adultos, é conhecido como fisioterapeuta neurofuncional adulto. 
Em sua prática laboral, lida com as sequelas de diferentes complexidades, atuando 
de maneira a aumentar a qualidade de vida, o bem-estar, a autonomia e o aumento da 
funcionalidade desses indivíduos.
Desse modo, o profissional que atua na Área neurofuncional necessita possuir co-
nhecimento sobre diversas Disciplinas estudadas ao longo do Curso, pois ele irá lidar 
com diversas situações da rotina clínica, desde pacientes que nasceram com patologias 
deletérias de fatores como a hereditariedade, por exemplo, até pacientes que adquiriram 
patologias ou se tornaram deficientes.
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Figura 5 – Cérebro Humano
Fonte: Getty Images
Assim, é necessário compreender a necessidade advinda de cada caso, para aplicar 
corretamente os procedimentos e as condutas fisioterapêuticas para atender e prestar 
assistência acerca do funcionamento do Sistema Nervoso e de seu potencial plástico, as 
repercussões funcionais das lesões por ele sofridas e a inserção de recursos fisioterapêu-
ticos mais adequados a cada condição.
Você Sabia?
Os neurônios são as células responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos e são 
constituídos basicamente por três estruturas: um corpo celular, dendritos e axônios. 
É natural a perda de neurônios com o avançar da idade. Assim, assista ao vídeo dis-
ponível no link a seguir, que mostra o momento da “morte de um neurônio”.
Disponível em: https://youtu.be/YGRU_Inu0c4
A atuação fisioterapêutica em neurofuncional é um campo amplo, atuando em di-
versos cenários como Clínicas, ambiente domiciliar, Centros de Reabilitação, Hospitais, 
Unidades de Terapia Intensiva, Centros Desportivos adaptados, Unidades Básicas de 
Saúde, Escolas Especializadas em Educação Especial (APAE, por exemplo), Associações 
e Instituições de Longa Permanência, dentre outros.
Não se esqueça de que a Fisioterapia Neurofuncional é uma especialidade regula-
mentada no Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional por meio da 
Resolução nº 396/2011 de 18 de agosto de 2011.
Neuropediatria
Quando a atuação é na faixa etária de 0 a 12 anos, a prática fisioterapêutica é em 
Neurologia Pediátrica. 
As patologias congênitas apresentadas são diagnosticadas desde a fase intrauterina 
(ainda na gestação) ou após os primeiros meses de vida da criança. 
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
São diversas as alterações a serem tratadas, porém existem patologias recorrentes nas 
sessões de Fisioterapia, como a paralisia cerebral, hidrocefalia, microcefalia, mielomenin-
gocele, Síndrome de Down, Síndrome de West, Síndrome de Lennox-Gastaut, Distrofia 
muscular de Duchenne, miopatia congênita, síndrome de Guillain-Barré e patologias neu-
rodegenerativas, dentre outras. Também é corriqueiro encontrar patologias neurológicas 
advindas de traumas, como o traumatismo cranioencefálico, trauma raquimedular etc. 
A criança necessita de estimulação para facilitar o desenvolvimento neuropsicomotor, 
e esse conceito é conhecido como estimulação precoce. 
Além disso, o fisioterapeuta necessita compreender a inserção da ludicidade nos tra-
tamentos, pois é um recurso que auxilia na melhora do desenvolvimento neuropsicomo-
tor desses indivíduos, além de proporcionar maior aderência nas sessões de Fisioterapia.
Amplie sua aprendizagem lendo sobre as Fases do desenvolvimento da criança. 
Disponível em: https://bit.ly/3lc2iK1
Figura 6 – Fisioterapia em neuropediatria
Fonte: Getty Images
Vamos conhecer um pouco de uma sessão fisioterapêutica voltada para a atenção da saúde 
infantil? Bom vídeo! Disponível em: https://youtu.be/vEduQPUAdWo
Neurologia adulto
Nesse campo de atuação, o fisioterapeuta irá tratar de pacientes que possuem pato-
logias apresentadas a partir da adolescência até a fase adulta. 
Muitas são as doenças que se relacionam a essa fase do ciclo vital, rotineiramente pa-
tologias relacionadas a traumas, paraplegia, tetraplegia, síndrome de Guillain-Barré, es-
clerose múltipla, acidente vascular encefálico, diversos tumores, demências, Parkinson, 
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Alzheimer e miopatias, dentre outras nas quais o paciente acaba tendo perdas significa-
tivas no controle motor e proprioceptivo. 
Assim, a atuação com pacientes adultos pode trazer benefícios que auxiliarão os indi-
víduos na realização de atividades do dia a dia, na manutenção da saúde e no aumento 
da qualidade de vida, dentre outros objetivos pensados nas individualidades de cada 
paciente que será atendido durante a Fisioterapia. 
Lembre-se de que alguns tratamentos duram semanas, meses e até anos e, em diver-
sos casos, a Fisioterapia é necessária durante toda a vida. 
Figura 7 – Reabilitação neurofuncional adulta
Fonte: Getty Images
Observe, no link a seguir, momentos de uma sessão de Fisioterapia em paciente adulto. 
Perceba as técnicas e os recursos utilizados na prática profissional. Vamos lá?
Disponível em: https://youtu.be/SllJLLF_jws
Fisioterapia Oncológica
e Cuidados Paliativos
A fisioterapia oncológica tem como objetivo preservar, manter ou recuperar a in-
tegridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir os distúrbios 
causados pelo tratamento oncológico, buscando o bem-estar e a qualidade de vida do 
paciente oncológico. 
As indicações para assistência fisioterapêutica são determinadas pelas disfunções 
causadas pela doença ao paciente, assim como pelos tipos de tratamento adotados.
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico, radioterápico ou quimioterápicopodem 
apresentar disfunções ou sequelas, e o fisioterapeuta oncológico surge como peça funda-
mental, tanto no processo de prevenção quanto no de reabilitação do paciente oncológico. 
A reabilitação deve procurar atender às necessidades específicas de cada paciente, 
com medidas que visem à restauração anatômica e funcional, ao suporte físico e psico-
lógico e à paliação de sintomas.
A fisioterapia em oncologia foi reconheci-
da como especialidade por meio da Reso-
lução nº 397/2011, de 3 de agosto de 2011.
Pensando em maneira geral, os objetivos fisioterapêuticos voltados à oncologia serão:
• Preventivos: tem como finalidade evitar possíveis sequelas que possam ser incapa-
citantes para saúde dos pacientes antes que elas ocorram;
• Restaurativos: voltadas para os pacientes com déficits para maximizar o retorno 
físico, motor e sensitivo;
• De suporte: para que, quando a incapacidade progressiva for antecipada e quando 
existe doença residual ocorra o maior nível de independência e autonomia possível;
• Paliativos: em pacientes nos estágios finais da patologia com o objetivo de manter 
e aumentar o conforto.
Figura 8 – Atenção oncológica em pediatria
Fonte: Getty Images
Importante!
O fisioterapeuta pode atuar na atenção primária, secundária e terciária em saúde, po-
rém, quando pensamos na atenção primária, esse profissional poderá utilizar seu co-
nhecimento e ferramentas para promover um conjunto de ações de saúde, no cenário 
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individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de 
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manuten-
ção da saúde com o objetivo de desenvolver atenção integral que impacte positiva-
mente na situação de saúde das coletividades. Assim, quando falamos em oncologia, o 
fisioterapeuta poderá atuar em campanhas de prevenção, palestras, cursos e oficinas 
dentre outros modelos de assistência primária, a fim de pensar na promoção da saúde 
dos indivíduos.
A reabilitação deve iniciar-se tão logo o câncer seja diagnosticado, devendo ser pla-
nejada a cada etapa do tratamento. É responsabilidade do fisioterapeuta diagnosticar as 
disfunções produzidas pela doença e pelo tratamento, familiarizar-se com os conceitos 
e o valor da reabilitação, escolher e adequar as técnicas de tratamento e encaminhar 
adequadamente o paciente para outros profissionais quando for necessário.
A Fisioterapia em oncologia visa a atuar tanto no pré quanto no pós operatório 
de cirurgias de diversas regiões corporais como: mama, pescoço, cabeça, ósseos e 
de partes moles, coluna, cirurgias pélvicas, dentre outros, estendendo os procedi-
mentos fisioterapêuticos durante o tratamento em que o paciente necessita de radio-
terapia e quimioterapia.
Durante o tratamento, os pacientes oncológicos podem ter presença de dor persis-
tente, fibroses, retrações e aderências cicatriciais, encurtamentos dos músculos, tanto 
de membros inferiores quanto superiores, diminuição de amplitude do movimento das 
articulações, presença de linfedema, alterações no aparelho respiratório, ausência de 
funções do controle motor, fraqueza muscular e incontinência urinária entre outros.
Assim, a atuação da Fisioterapia se torna fundamental nos aspectos que podem me-
lhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Você já ouviu falar do Hospital de Amor, localizado na cidade de Barretos? Ele é um polo de 
referência quando se fala em oncologia. Nesse cenário, a Fisioterapia se destaca por pos-
suir técnicas e recursos que auxiliam os pacientes oncológicos. Assista ao vídeo disponível 
no link a seguir acerca do tratamento humanizado oferecido pelo hospital.
Disponível em: https://youtu.be/AN7LCLJUIr0
A sintomatologia vai variar de acordo com o tipo e a localização do tumor. Assim, os 
objetivos fisioterapêuticos visam à manutenção dos segmentos corporais o mais alonga-
dos possíveis, mantendo força muscular, controle da dor oncológica, melhora na função 
cardiopulmonar, prevenção de edemas e também a atuar de maneira que o paciente 
evite a inatividade no leito. 
Fazem parte do tratamento técnicas de recursos terapêuticos físicos e manuais, como 
utilização da drenagem linfática, técnicas de enfaixamento, prescrição de órteses ou 
próteses, exercícios físicos, eletroterapia, terapia manual, exercícios respiratórios e de 
relaxamento e técnicas para analgesia entre outros.
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Importante!
O fisioterapeuta poderá atuar no atendimento oncológico desde a fase infantil até a ve-
lhice. Lembre-se de que cada fase do ciclo vital demanda cuidados específicos e que 
cada tipologia tumoral necessita de uma abordagem. Desse modo, é importante realizar 
a anamnese fisioterapêutica individual voltada às necessidades do paciente.
E em relação aos cuidados paliativos?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):
Cuidados Paliativos é uma abordagem para melhoria da qualidade de vida 
de pacientes e familiares que enfrentem uma doença ameaçadora da vida, 
por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, por meio da identificação 
precoce e impecável avaliação e tratamento da dor e outros problemas, 
físicos, psicossociais e espirituais. (World Health Organization, 2002, p. 3)
Assim, esses componentes são definidos da seguinte maneira:
• Físicos: auxiliam no tratamento dos sintomas físicos que podem ser incômodos 
como dor, falta de ar, vômitos, fraqueza ou insônia, por exemplo;
• Psicológicos: identifica e trata os sentimentos e outros sintomas psicológicos nega-
tivos, como angústia ou tristeza;
• Sociais: oferecem apoio na gestão de conflitos ou obstáculos sociais, que podem 
prejudicar o cuidado, como falta de alguém para prestar os cuidados;
• Espirituais: reconhecer e apoiar em relação a questões como oferecer auxílio reli-
gioso ou orientações em relação ao sentido da vida e da morte.
Uma equipe multidisciplinar paliativa atende o paciente e os familiares envolvidos 
no processo do diagnóstico ao momento de luto, sendo composta por médicos, enfer-
meiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e 
farmacêuticos, possibilitando atendimento integral a esses indivíduos. 
Trocando Ideias...
Você está percebendo a ampla gama de atuação do fisioterapeuta na área oncológica 
e cuidados paliativos? Lembre-se de que esse profissional deve fazer parte da equipe 
multiprofissional, pois, por meio dos tratamentos, recursos, ferramentas e técnicas fi-
sioterapêuticas, os pacientes poderão se beneficiar muito da Fisioterapia. Quando fala-
mos em cuidados paliativos, não somente pacientes oncológicos são beneficiados pela 
abordagem. Ademais, outras patologias como: doenças cardiovasculares, HIV, doenças 
degenerativas neurológicas como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla ou esclerose 
lateral amiotrófica, doenças que levam à falência de órgãos, como doença renal crônica, 
cardiopatas terminais, pneumopatas, hepatopatas, quaisquer outras situações amea-
çadoras à vida, coma irreversível, doenças genéticas ou doenças congênitas incuráveis 
compõem o rol de patologias que podem ser inseridas na abordagem paliativa.
18
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A seguir, perceba elementos fundamentais para compreender a prática paliativa:
• A morte deve ser entendida como um processo natural, que faz parte do ciclo vital, e 
proporcionar alívio de sintomas desconfortáveis é um dos principais objetivos clínicos;
• Os cuidados paliativos não antecipam a morte, nem prologam o processo de morrer, 
assim o paciente morrerá quando a doença comprometer os órgãos e sistemas do 
indivíduo, o que culminará na sua morte;
• A família deve receber atenção com tanto empenho quanto o doente. Paciente e 
familiares formam a chamada unidade de cuidados e é fundamental saber que, com 
o diagnóstico de uma doença que ameace a vida dos pacientes, o núcleo familiar 
pode sofrer alterações voltadas, principalmente, aos aspectos psicossociais;
• O controle de sintomas é um objetivo fundamental da assistência. Os sintomasdevem 
ser rotineiramente avaliados e efetivamente manejados. Nesse momento de trata-
mento paliativo, não se visa mais à cura, visto que a doença seguirá seu ciclo natural;
• Deve-se trabalhar baseado nas éticas profissionais de cada profissional, pois os 
pacientes e familiares possuem o direito a informações sobre sua condição e op-
ções de tratamento. As decisões devem ser tomadas de maneira compartilhada, 
respeitando-se valores étnicos e culturais;
• Para ter maior efeito terapêutico, os cuidados paliativos devem ser prestados por 
uma equipe multiprofissional, respeitando cada profissional e sua atuação, além de 
discutir os melhores manejos e tratamentos;
• A fragmentação da saúde tem sido uma consequência da sofisticação da medicina 
moderna. Em contraposição, os Cuidados Paliativos englobam, ainda, a coordena-
ção dos cuidados e provêm a continuidade da assistência;
• A experiência do adoecimento deve ser compreendida de uma maneira global e, 
portanto, os aspectos espirituais também são incorporados na promoção do cuidado;
• A assistência paliativa não tem seu final com a morte do paciente, ela deve se esten-
der no apoio ao luto dos familiares, pelo período que for necessário. Esse processo 
é denominado assistência no enlutamento. 
Sabemos que o processo de diagnóstico e evolução do câncer pode acarretar uma série de 
transtornos físicos, mentais, sociais e espirituais dos pacientes acometidos pela patologia. 
Assim, frente à uma doença ameaçadora de vida, o paciente pode ser encaminhado para os 
cuidados paliativos. Desse modo, verifique a história de uma paciente que foi atendida nos 
cuidados paliativos.
• Parte 1: A mulher que decidiu enfrentar um câncer terminal sem tratamento.
Disponível em: https://youtu.be/ro248LafNrQ
• Parte 2: O fim corajoso de Ana Beatriz Cerisara.
Disponível em: https://youtu.be/tpAMbtLTwlc
19
UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Figura 9 –Assistência em fisioterapia oncológica ao paciente adulto
Fonte: Getty Images
Segundo Othero (2010), os cuidados paliativos visam a atender diversos fatores que 
envolvem o diagnóstico de uma patologia ameaçadora da vida. Assim, os profissionais 
envolvidos nessa assistência deverão:
• Possibilitar o controle impecável de dor e outros sintomas;
• Prestar assistência que vise ao conforto do paciente;
• Prevenção de agravos e incapacidades;
• Promoção da independência e da autonomia;
• Manutenção de atividades e pessoas significativas para o doente;
• Ativação de recursos emocionais e sociais de enfrentamento do processo de adoe-
cimento e terminalidade;
• Ativação de redes sociais de suporte;
• Apoio e orientação à família e aos cuidadores;
• Possibilitar tratamento humanizado e acolhedor aos pacientes e aos familiares;
• Pensar nas abordagens biopsicossociais e espirituais.
Importante!
Todo tratamento fisioterapêutico deve ser baseado em evidência científica, bem como 
na humanização em saúde. Assim, o conceito de humanização vai de encontro às prá-
ticas e aos recursos voltados para o atendimento humanizado no relacionamento entre 
profissionais e paciente/familiares. Desse modo, faz-se necessário atender esses indiví-
duos de maneira individualizada e especial, subsidiar atenção diferenciada e demonstrar 
empatia, olho no olho, chamar pelo nome, saber ouvir o paciente com atenção, transmi-
tir confiança, segurança e apoio para que o paciente possa ter a liberdade de partilhar 
seus desejos e anseios, respeitar a intimidade, crenças e desejos, possibilitar informa-
ções transparentes, respeitar o estado emocional dos pacientes e familiares, possuir 
estrutura física digna e preparada para o atendimento, criar procedimentos aptos às 
necessidades do tratamento.
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Figura 10 – Assistência baseada na humanização
Fonte: Getty Images
Explore mais sobre humanização em saúde lendo o documento “A Experiência da Diretriz 
de Ambiência da Política Nacional de Humanização – PNH”, criado pelo Ministério da 
Saúde. Disponível em: https://bit.ly/37cRiHq
Fisioterapia na Saúde
do Trabalhador e Ergonomia
Ao pensar no histórico da segurança do trabalho, pesquisadores apontam que Aris-
tóteles estudava as enfermidades dos trabalhadores nas minas e, principalmente, a ma-
neiras de evitá-las, e Hipócrates, famoso por ser considerado Pai da Medicina, quatro 
séculos antes de Cristo, estudou a origem das doenças das quais eram vítimas os traba-
lhadores que exerciam suas atividades em Minas de estanho. 
Em tempos mais modernos, em meados 1802, o parlamento britânico aprovou a Pri-
meira Lei de Proteção dos Trabalhadores: conhecida como a “Lei de saúde e moral dos 
aprendize em seus pilares”, que “Estabelecia o limite de 12 horas de trabalho por dia, 
proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar as paredes das fábricas duas 
vezes por ano e tornava obrigatória a ventilação do ambiente" (MIRANDA, 1998, p. 2).
Desse modo, a ergonomia se destaca por ser a Ciência aplicada para facilitar o tra-
balho executado pelo homem, sendo que se interpreta, aqui, a palavra “trabalho” como 
algo muito abrangente. Uma Ciência que pesquisa, estuda, desenvolve e aplica regras e 
normas a fim de organizar o trabalho, tornando este último compatível com as caracte-
rísticas físicas e psíquicas do ser humano. 
Ganha notoriedade também por estar relacionada à compreensão das interações en-
tre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e à aplicação de teorias, princípios, 
dados e métodos a projetos a fim de aprimorar o bem-estar humano e o desempenho 
global do sistema homem-máquina-ambiente (ABERGO, 2016).
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
A especialidade em Fisioterapia do Trabalho foi reconhecida pelo Conselho Federal 
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), pela Resolução COFFITO n.º 351, 
de 13 de junho de 2008, garantindo, assim, o direito de os fisioterapeutas exercerem 
tal especialidade.
Baseado nos conceitos da segurança do trabalho e da ergonomia, a busca constante 
pelo bem-estar físico e mental é um processo contínuo na vida humana.
Assim, a ergonomia e a segurança na saúde do trabalhador contribuem com a qua-
lidade de vida, a saúde e o bem-estar dos funcionários, bem como dos empregadores.
A má postura, equipamentos não adequados ou ajustados ao colaborador e as altera-
ções deletérias dos aspectos biopsicossociais advindas dos transtornos causados no am-
biente laboral, podem causar males para a saúde e reduzir a produtividade no trabalho.
Desse modo, faz-se necessário difundir aspectos na ergonomia que são a segurança 
no trabalho e a prevenção de acidentes de trabalho. Ambos, em consonância, podem 
estabelecer locais, ferramentas e estratégias adequadas para o colaborador exercer as 
suas atividades diárias, além de usar métodos laborais que facilitam sua rotina nos espaços 
de trabalho.
Com o objetivo de aumentar e melhorar a qualidade de vida e o desempenho do 
trabalhador, a Fisioterapia de trabalho se desenvolveu como um ramo da Fisioterapia, 
frente às necessidades de acompanhamento do crescimento das tarefas, abordando as-
pectos como ergonomia, biomecânica e outras Ciências (BAÚ; KLEIN, 2009).
O Fisioterapeuta ergonomista avalia, previne e trata lesões decorrentes das atividades 
realizadas nos ambientes laborais, além de realizar o estudo ergonômico junto ao Servi-
ço especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), traba-
lha na atenção primária com palestras de conscientização e, também, em treinamentos 
preventivos de doenças relacionadas ao trabalho. 
Ademais, realiza a avaliação postural e a análise das tarefas nos postos de trabalho, 
desenvolve programas de ginástica laboral e é responsável pelos tratamentos fisioterápi-
cos com a utilização de todos os recursos fisioterapêuticos disponíveis, com um ambula-
tório dentro da própria empresa (KLEINOWSKI; STURMER, 2010). 
Figura 11 – Correção postural
Fonte: Getty Images
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Uma das áreas mais atuantes do fisioterapeuta do trabalho no contexto laboral,é 
no enfrentamento da redução de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúr-
bios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), que se têm constituído 
em grande problema da saúde pública nos países industrializados, sendo considerada 
uma síndrome relacionada ao trabalho caracterizada pela ocorrência de vários sintomas, 
concomitantes ou não, geralmente localizada nos membros superiores (BRASIL, 2003). 
Benefícios da ergonomia
• Aumento na produtividade das organizações;
• Elevação do bom clima organizacional favorável;
• Trabalhadores com mais satisfação profissional;
• Diminuição riscos de acidentes e doenças ocupacionais;
• Redução no número de atrasos e faltas;
• Diminuição no número de pedidos de demissão;
• Menos riscos deletérios dos aspectos emocionais (ansiedade, estresse e depressão).
Existem diversos programas que podem ser inseridos nas Organizações a fim de 
elevar a qualidade de vida dos trabalhadores. 
Desse modo, a Ginástica Laboral se destaca por possuir ampla gama de atividades e 
exercícios específicos de promoção do alongamento e da coordenação motora, além de 
trabalhar os aspectos mentais e sociais, visto que são inseridos nos mais variados setores 
organizacionais, com a finalidade de atuar na prevenção e na minimização dos casos de 
LER/DORT.
Quadro 1 – Tipos de ergonomia
Ergonomia
de Correção
Define-se quando é aplicada com base na análise ergonômica do trabalho. 
Ergonomia
de Concepção
Ocorre quando o estudo se faz durante a fase inicial do projeto, para 
uma máquina, um método de trabalho ou do ambiente. 
Ergonomia de 
Conscientização
Baseia-se na orientação e na informação do trabalhador por meio de 
treinamentos e palestras, sobre seu posto de trabalho.
Lima (2007, p. 28) aponta que a:
Ginástica Laboral é um conjunto de práticas físicas elaboradas a partir da 
atividade profissional exercida durante o expediente, visando compensar 
as estruturas mais utilizadas no trabalho, relaxando e tonificando-as, e 
ativar as que não são tão requeridas.
As práticas podem ser realizadas em grupos setoriais e individuais, a fim de atender 
as especificidades de cada setor e funcionário. As práticas realizadas em grupos é uma 
ótima oportunidade para estreitar laços com a equipe, além de otimizar o contato com 
os colegas de trabalho.
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Trabalhar a ginástica laboral em dupla é uma excelente estratégia! Perceba a interação en-
tre a dupla na execução de alguns exercícios. Disponível em: https://youtu.be/GvX6xZhFOu4
Figura 12 – Postura incorreta
Fonte: Getty Images
A saúde do trabalhador tem respaldo legal por meio da Lei Orgânica de Saúde nº. 
8080/90, sendo considerada um conjunto de atividades com o propósito de promo-
ver e proteger o indivíduo, assim, como a recuperação e a reabilitação dos riscos 
submetidos às condições de trabalho, por meio de ações de vigilância epidemioló-
gica e sanitária.
Ao se pensar na saúde do trabalhador, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) se 
torna indispensável na rotina dos trabalhadores durante suas atividades laborais. 
A Norma Regulamentadora (NR 6) descreve que o EPI possui a finalidade de proteger 
individualmente cada trabalhador de possíveis lesões quando da ocorrência de acidentes 
de trabalho e doenças ocupacionais. 
Dessa maneira, o EPI não evita os acidentes em si, mas minimiza os riscos e prote-
ge o empregado quando o risco estiver ligado à função ou ao cargo do trabalhador e 
à exposição ao agente. O risco está relacionado ao aspecto e à quantidade do agente, 
ao tempo de exposição e à sensibilidade do organismo do trabalhador (ALVES, 2013).
24
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Importante!
Com a pandemia devida ao Covid-19, os fisioterapeutas ficaram em evidência, pois são 
fundamentais na linha de frente no tratamento de pacientes acometidos pelo Corona 
Vírus. Amplie seu conhecimento sobre os EPIs, a segurança do trabalhador que lida com 
essa patologia. Disponível em: https://bit.ly/3l7N74E
E quando se tratar da prática profissional do fisioterapeuta, os EPIs são extremamen-
te importantes para sua rotina de trabalho, pois, de acordo com a Organização Mundial 
de Saúde, os profissionais de saúde, em geral, apresentam riscos elevados no desenvol-
vimento de patologias infecciosas comparados à população em geral, devido à maior 
chance de exposição durante o período laboral.
Aprofunde seu conhecimento sobre os EPIs assistindo aos vídeos disponíveis nos links a se-
guir. Você poderá perceber a importância da utilização desses equipamentos de proteção, 
na indústria e na área da saúde.
• Reportagem Especial: Saiba sobre a importância do uso de EPIs.
Disponível em: https://youtu.be/gk4-XuG4emU
• Uso correto de EPIs nas urgências e hospitais.
Disponível em: https://youtu.be/Mg3RIWPwvxA
Fisioterapia Cardiorespitatória
Na década de 1980, em decorrência de seu crescimento técnico-científico fisiotera-
pêutico, começou-se maior reconhecimento e valorização da Fisioterapia Respiratória 
nos ambientes hospitalares. 
Essa área de atuação profissional pode ser realizada em diferentes ambientes, como: 
atendimentos ambulatoriais realizados em Clínicas e Centros de Reabilitação, domicilia-
res, alas hospitalares (Unidade de Terapia Intensiva e Enfermarias), academias e clínicas 
escolares, dentre outros.
Essa área da Fisioterapia visa a atender e a tratar de pacientes com distúrbios em dois 
sistemas importantes para manutenção da vida: o Sistema Cardiovascular e o Respiratório. 
Como os dois órgãos trabalham juntos para bombear o sangue, o comprometimento 
de um acaba afetando o funcionamento do outro, ou então, trata de pacientes que pos-
suem disfunções em ambos órgãos. 
O tratamento pode ser baseado no pilar da promoção e na prevenção da saúde, con-
servador, no pré e no pós-operatório e, também, pode ajudar no tratamento da DPOC 
(Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Figura 13 – Aparelho cardiorrespiratório infantil
Fonte: Getty Images
Assim, os pacientes que necessitam de atenção frente às demandas de doenças ou 
de alterações nesses dois sistemas corporais podem ser encaminhados para o programa 
de reabilitação cardíaca, que tem, em sua essência, o atendimento para pessoas que 
possuem alguma limitação física e de locomoção por conta de comorbidades no Sistema 
Cardíaco e/ou Respiratório. 
Diversas são as patologias nas quais o fisioterapeuta possui competência para atuar e 
que, por meio de programas fisioterapêuticos, podem auxiliar no aumento e na melho-
ra da qualidade de vida dos pacientes, sendo mais comumente encontradas na prática 
clínica: cardiopatias congênitas, insuficiência cardíaca, doenças nas valvas, doença coro-
nariana, infarto do miocárdio e demais doenças nas veias e nas artérias. 
O principal objetivo desses programas de reabilitação cardiorrespiratória é possibili-
tar ao paciente aumento da autonomia e bem-estar, pois, com a indicação e a prescrição 
correta dos procedimentos fisioterapêuticos, pode ocorrer aumento na locomoção, me-
lhor condicionamento físico, qualidade de vida, sensação de disposição, aumento da cir-
culação sanguínea, diminuição do estresse, cansaço, desânimo, diminuição da pressão 
arterial, melhorar a dinâmica respiratória e a distribuição do ar e reeducação aos maus 
hábitos de vida, dentre outros inúmeros benefícios.
Durante as sessões de reabilitação, o paciente é incentivado a realizar atividades 
e exercícios para resistência muscular, equilíbrio corporal e melhora na capacidade 
de deambulação.
Em ambulatórios e clínicas, os fisioterapeutas realizam testes, avaliação completa 
para cada paciente, a fim de compreender a necessidade de cada indivíduo antes de 
iniciar o tratamento em si. 
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Uma boa avaliação fisioterapêutica auxilia o profissional a entender qual é o limite 
de exercícios de cada paciente e as orientações a serem repassadas ao cliente, além de 
promover a qualidade e a atenção em saúde físico e funcional. 
A partir daí, é traçadauma conduta para alcançar, de forma segura e saudável, o 
recondicionamento físico. Assim, os pacientes são submetidos a exercícios de fortaleci-
mento muscular, alongamento, caminhada, corrida, alongamento, equilíbrio e coorde-
nação motora.
Figura 14 – Sistema cardiorrespiratório – adulto
Fonte: Getty Images
Diversas são as técnicas e os aparelhos utilizados durante a terapêutica, podendo 
utilizar sala de cinesioterapia, recursos físicos e manuais, hidroterapia, pilates, atividades 
aeróbicas e anaeróbicas, dentre ampla gama de recursos fisioterapêuticos.
Importante!
Como especialistas em movimento e exercício com um conhecimento aprofundado dos 
fatores de risco e patologia acerca dos seus efeitos em todos os sistemas, os fisioterapeu-
tas são os profissionais ideais para promover, guiar, prescrever e gerir atividades que en-
volvam exercício, esforço e mudanças de comportamento a longo prazo, competências 
essas fundamentais no âmbito da reabilitação respiratória.
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Figura 15 – Reabilitação clínica em fisioterapia cardiorrespiratória
Fonte: Getty Images
Quanto à reabilitação respiratória, ela é realizada em consonância com a cardíaca, em 
alguns casos, porém, se o paciente apresentar problemas respiratórios, outros tipos de 
exercícios e atividades são necessários para atender à necessidade clínica e patológica. 
A Fisioterapia bem planejada e embasada no conhecimento científico, possibilita be-
nefícios como redução da dispneia, melhora da oxigenação dos tecidos e maior tolerân-
cia ao esforço. 
A reabilitação cardiorrespiratória pode ser realizada em qualquer pessoa, até mesmo 
em crianças que já têm diagnóstico de cardiopatia ou de problemas respiratórios como 
bronquite e pneumonia podem se beneficiar da Fisioterapia de maneira preventiva.
Importante!
O paciente, ao ser submetido a atividades fisioterapêuticas, deve ser assistido e moni-
torado todo o tempo. É expressamente proibido deixar o paciente iniciar e finalizar a 
sessão/atendimento sem acompanhamento profissional. É de responsabilidade do fi-
sioterapeuta avaliar, tratar, monitorar e dar alta dos serviços fisioterapêuticos; portanto, 
avalie e monitore seu paciente antes da sessão, durante e pós fisioterapia. Fique sempre 
alerta aos sinais e sintomas vistos por você e relatados pelo paciente.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional
https://bit.ly/3fFb95R
 Vídeos
A Morte é um dia que Vale a Pena Viver | Ana Claudia Quintana Arantes | TEDxFMUSP
https://youtu.be/ep354ZXKBEs
Exercícios Respiratórios – juntos venceremos a Pandemia
Aumente seu Conhecimento sobre Técnicas Respiratórias.
https://youtu.be/er5q6T4P5Kk
 Leitura
Manual de Cuidados Paliativos ANCP
https://bit.ly/3qc9fi7
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UNIDADE Conhecendo as Áreas da Fisioterapia II
Referências
ALVES, T. C. Manual de equipamento de proteção individual. Brasil: Embrapa Pe-
cuária Sudeste-Documentos (INFOTECA-E), 2013.
BAÚ, L. M. S.; KLEIN, A. A. O reconhecimento da especialidade em fisioterapia do tra-
balho pelo COFFITO e Ministério do Trabalho/CBO: uma conquista para a fisioterapia 
e a saúde do trabalhador. Brazilian Journal of Physical Therapy, São Paulo: v. 13, 
n. 2, p. V-VI, 2009.
BRASIL. Instrução Normativa INSS/DC N.º 98, - de 05 de dezembro de 2003. Anexo 
– Seção I. Atualização clínica das Lesões por Esforços Repetitivos (LER) Distúr-
bios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Disponível em: <http://
www81.dataprev.gov.br/sislexx/imagens/paginas/38/inss-dc/2003/anexos/IN-DC-98-
-ANEXO.htm>. Acesso em: 12/08/2020
BYOCK, I. Principles of Palliative Medicine. In: WALSH, D. et al. Palliative Medicine. 
[An Expert Consult Title]. Philadelphia: Saunders Elsevier, 2009. p.33-41.
KLEINOWSKI, A .; STURMER, C. Atualidades em Legislação do trabalhador para me-
lhor inserção do Fisioterapeuta do Trabalho no âmbito empresarial. Revista Brasileira 
de Fisioterapia do Trabalho. Ano 01 - Edição nº 01 - Março de 2010.
LIMA, V. Ginástica laboral: atividade física no ambiente de trabalho. 3.ed. São Paulo: 
Phorte, 2007.
MIRANDA, C. R. Introdução à saúde no trabalho. São Paulo: Atheneu, 1998.
OTHERO, M. B. Terapia Ocupacional na Assistência Oncológica em Geriatria e Geron-
tologia – Experiências em Cuidados Paliativos no setor privado, Hospital Premier, São 
Paulo-SP. In: ______. (org.) Terapia Ocupacional: Práticas em Oncologia. São Paulo: 
Editora Roca, 2010. p.388-407. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. National cancer control programmes: 
policies and managerial guidelines. 2.ed. Geneva: WHO, 2002.
Sites visitados
ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia. Disponível em: <http://www.aber-
go.org.br/revista/index.php/ae/article/download/120/175>. Acesso em: 01/08/2020.
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. RESOLUÇÃO n°. 404/2011 
– Disciplina a Especialidade Profissional Fisioterapia Traumato-ortopédica e 
dá outras providências., Coffito.gov.br, disponível em: <https://www.coffito.gov.br/
nsite/?p=3167>, acesso em: 17/11/2020.
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