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FILTROS SOLARES
Cosmetologia
Dra. Mônica C. Martellet
Primeiros filtros solares
2
3
4
Óleo de Oliva e areia (jogos olímpicos na Grécia) 7800 a.C
1
Paul Unna (médico originou a dermatologia) sugeriu o extrato de 
Aesculus, como fotoprotetor, que passou a ser comercializado pelos 
nomes de Zeozon® e Ultrazeozon® (1800)
PABA usado durante a II Guerra Mundial.
Benzofenonas (1962)
Produto a base de petróleo (ozocerita), de cor avermelhada e 
textura viscosa chamado Coppertone (após da II Guerra1945)
Radiação solar
Raios solares:
Raios
UV - A
Raios
UV - B
Raios
UV - C
Atingem a derme e estimulam o 
bronzeado. Não causam 
eritema, produzem ROs, 
causam envelhecimento e 
câncer de pele.
Atingem a epiderme 
provocam danos agudos 
como queimaduras, eritema 
e até mesmo bolhas.
Essa radiação é nociva aos 
tecidos vivos. Podem matar 
organismos unicelulares e 
prejudicar a córnea dos olhos, é 
absorvido pela camada de 
ozônio da atmosfera.
Da parte do espectro eletromagnético que atinge a superfície da Terra (ultravioleta, 
visível e infravermelho), a faixa que está diretamente envolvida com o 
bronzeamento da pele é a do ultravioleta, a mais energética das três.
Radiação solar
Sistemas humanos de proteção contra a radiação solar:
6
Espessamento da camada córnea 
(queratina) – 24 a 36 horas após a 
irradiação UV a epiderme sofre 
um espessamento cuja finalidade 
é absorver parte da radiação 
incidente.
Suor – o ácido urocânico presente 
no suor possui alta capacidade de 
absorção na região UVB. Tal 
proteção, porém é transitória, 
devido a sua perda por solubilização 
na água e evaporação do suor.
Melanina – constitui-se no principal 
mecanismo de defesa contra a 
radiação solar.
Penetração dos raios na 
pele:
• Os raios ultravioleta UVA e UVB percorrem poucos 
centímetros das camadas cutâneas e são logo 
absorvidos. O infravermelho (IV) aprofunda-se mais, 
mas resulta apenas em aquecimento corpóreo. Trata-
se de uma radiação eletromagnética não ionizante, 
isto é, não arranca elétrons dos átomos. 
• Os ultravioletas A e B, embora também não ionizem 
os átomos, têm ação nociva sobre o DNA das células e 
podem ser causadores de câncer. 
Penetração dos raios na 
pele:
• Cientistas descobriram que os raios infravermelhos 
chegam a Terra em maior quantidade que os UV e 
que sua penetração na pele é mais profunda levando 
a geração de radicais livres em excesso, interferindo 
na síntese do colágeno e contribuindo para o 
envelhecimento.
Há duas substâncias com capacidade de 
proteção contra IV: 
GP4G: extraído de um 
plâncton
Orsitina: extraído 
do arroz.
C – MIT presente no 
protetor solar Episol 
MIT FPS 50 (contém os 
dois ativos)
Há duas substâncias com essa capacidade
Benefícios do Sol:
O Sol é importante para fixação de vitamina D nos ossos e evitar o 
raquitismo, para isso são suficientes 10 minutos diários de exposição 
de preferência de manhã cedo. 
Os mesmos 10 minutos são suficientes para levantar o astral e evitar a 
depressão causada pela falta de luz solar.
12
Estimula a síntese de vitamina D.
Ativa a circulação, faz o homem sentir-se bem 
fisicamente, melhora o humor e a fertilidade.
Aumenta o número de glóbulos vermelhos, 
hemoglobina e anticorpos.
Aumenta o rendimento e a capacidade de 
aprendizagem.
13
Há insuficiência quando o 
exame de sangue indica uma 
concentração menor do que 30 
ng/ml (nanogramas por mililitro 
de sangue). 
Valores abaixo de 10 ng/ml são 
classificados como insuficiência 
grave. Dosagens iguais ou 
superiores a 30 ng/ml estão na 
faixa da normalidade, cujo 
limite máximo é 100 ng/ml.
15
A cautela é realmente imprescindível. Não se deve tomar vitamina D 
indiscriminadamente. 
Em dose excessiva, ela causa enjoo, desidratação, prisão de ventre e pode 
aumentar a quantidade de cálcio, elevando a pressão arterial. Pode também 
gerar pedras nos rins. 
O ideal é que quem faz suplementação seja bem monitorado pelo seu médico 
e faça exames periódicos de sangue.
Câncer de pele
O que é câncer?
É um grupo de doenças que se
caracterizam pela perda do
controle da divisão celular e pela
capacidade de invadir outras
estruturas orgânicas.
Todo tumor é câncer?
• Não. Nem todo tumor é câncer. A palavra tumor corresponde ao aumento de volume
observado numa parte qualquer do corpo.
• Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia
- que pode ser benigna ou maligna.
• Ao contrário do câncer, que é neoplasia maligna, as neoplasias benignas têm seu
crescimento de forma organizada, em geral lento, e apresenta limites bem nítidos.
• Elas tampouco invadem os tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases.
• O lipoma e o mioma são exemplos de tumores benignos.
Câncer de pele
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abc_do_cancer.pdf
CBC
(CARCINOMA BASOCELULAR)
Mais frequente (70% 
dos casos)
Pode se manifestar 
tanto em homens 
como em mulheres e 
principalmente acima 
dos 40 anos.
É o tipo de câncer 
com maior potencial 
de cura
Possui crescimento lento, com 
capacidade invasiva localizada, 
porém destrutiva, logo, não causa 
metástases. 
A pele pode apresentar neoplasias de linhagens diferentes, podendo ser divididas 
em carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC) e melanoma.
CARCINOMA 
BASOCELULAR (CBC)
Apresenta-se em forma de pápula ou nódulo translúcido ou
“perolado”, e as áreas corpóreas com maior incidência são: face,
dorso das mãos e tórax.
CEC
(CARCINOMA ESPINOCELULAR)
É uma lesão de crescimento 
progressivo, mais rápido que o CBC, 
e se instala em pele sadia ou com 
algum ferimento anterior
Representa 25% dos casos e é uma 
neoplasia maligna, com capacidade 
de invasão local e pode haver 
metástase
As áreas mais afetadas são 
aquelas que estão 
frequentemente expostas ao 
sol. 
24
Melanoma:
O melanoma tem origem nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina, que 
dão a cor à pele. Representa 4% dos casos no Brasil. Tem predominância em adultos 
brancos e é o mais grave de todos, pois possui altas taxas de metástase. As metástases 
podem ser locais, regionais ou sistêmicas. A manifestação se dá a partir do aparecimento 
de uma pinta escura com bordas irregulares, acompanhada de coceira e descamação.
FATORES QUE 
PREDISPÕEM AO 
APARECIMENTO DO 
CÂNCER DE PELE
Pele clara;
Bronzeamento com 
dificuldade;
Queima com 
facilidade;
Exposições solares 
excessivas e 
prolongadas;
Tabagismo;
Histórico familiar de 
câncer de pele;
Hábitos de vida.
Como 
identificar 
um 
melanoma:
Regra do A B C D e E
A – Assimetria
B – Bordas
C – Cor
D – Diâmetro (maior que 0,6cm)
E - Evolução
• No Brasil, de acordo com a estimativa do Instituto 
Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele ocupa 
o primeiro lugar entre todos os tipos de câncer e o 
número tende a aumentar em todo território 
nacional.
• Portanto, é extremamente importante a ampliação 
de estudos relacionados a obtenção de novas 
substâncias fotoprotetoras, priorizando o 
desenvolvimento de fotoprotetores mais eficazes 
em relação ao amplo espectro de radiação 
eletromagnética.
29
Bronzeamento artificial:
• O uso de dispositivos emissores de ultravioleta para o 
bronzeamento da pele cresceu rapidamente nos 
últimos anos, principalmente em países 
industrializados. 
• Nos Estados Unidos, a primeira instalação comercial foi 
inaugurada em 1978. Em 1988 já existiam mais de 
18.000 desses centros, estimando-se o atendimento de 
um total de dois milhões de usuários por dia.
31
Bronzeamento artificial:
• Os primeiros aparelhos possuíam lâmpadas fluorescentes emissoras de UVB. 
Porém, os sérios riscos de eritema e de danos oculares levaram à sua substituição 
por outros modelos.
• Apesar dessas lâmpadas emitirem predominantemente UVA, elas também 
emitem pequenas quantidades de UVB.
• Estudo quantitativo dos níveis de UVB e UVA emitidos pelos aparelhos 
freqüentemente utilizados indica que a irradiação na faixa do UVBé de 0,21 a 2,5 
vezes a irradiação do sol, e na faixa do UVA de duas a 13 vezes.
32
Bronzeamento artificial:
• A associação positiva entre o desenvolvimento de melanoma e o uso de aparelhos de 
bronzeamento artificial foi encontrada em estudos realizados nos Estados Unidos, 
Canadá e Europa.
• Os fatores de risco mais importantes são a frequência anual em que é feito 
bronzeamento artificial e a duração em anos dessa prática. Aparentemente, o seu início 
antes dos 30 anos resulta em maior elevação do risco.
• Esses estudos sugerem que o risco de desenvolvem melanoma é maior para usuários 
habituais e que se iniciam mais cedo nessa prática.
33
Bronzeamento artificial:
34
PESQUISAS RECENTES INDICAM QUE 
MUDANÇAS NA FUNÇÃO DO SISTEMA 
IMUNOLÓGICO DA PELE PODEM 
ACONTECER DEPOIS DE UMA ÚNICA 
QUEIMADURA. 
O CÂNCER DE PELE TEM SIDO ASSOCIADO À 
EXPOSIÇÃO AO UV-B. ALÉM DISSO, O 
EXCESSO DE RADIAÇÃO UV CAUSA 
ENVELHECIMENTO PRECOCE – A PELE TORNA-
SE CORIÁCEA E ENRUGADA. 
ESSE DANO, QUE PODE COMEÇAR 
ENQUANTO VOCÊ ESTÁ AINDA COM SEUS 20 
ANOS, É CUMULATIVO E IRREVERSÍVEL.
FPS Filtro
solar
UVA
PPD
UVB
UVB
Responsável por 
ocasionar eritema 
na pele
O valor de FPS consiste na 
razão entre o tempo de 
exposição à radiação 
ultravioleta necessário para 
produzir eritema na pele 
protegida pelo protetor solar 
e o tempo, para o mesmo 
efeito, com a pele 
desprotegida.
37
O fator de proteção solar FPS é definido como:
FPS = TPP/TPD
Em que Tpp é o tempo de exposição mínimo para produção de 
eritema em pele protegida, e Tpd o tempo de exposição 
mínima para produção de eritema em pele desprotegida.
Normas e 
Regulamentações 
Importantes
ISO 24444:2019 – FPS 
in vivo.
ISO 24443:2021 – 
proteção UVA in vitro.
ISO 16217:2020 – 
proteção de amplo 
espectro.
FDA (21 CFR 201.327) 
– exigências para 
EUA.
ANVISA RDC 30/2012 
– regulamentação 
brasileira para 
protetores solares.
Métodos In Vivo
Regulados por normas 
como ISO 24444:2019 e 
aceitos pela ANVISA, FDA 
e União Europeia.
População: 10–20 
voluntários de pele clara 
(tipos II e III de 
Fitzpatrick).
Procedimento:
Aplica-se uma 
quantidade padronizada 
do produto (geralmente 
2 mg/cm²) em áreas 
delimitadas das costas.
Essas áreas são expostas 
à radiação ultravioleta 
artificial (UVB e UVA) 
usando simuladores 
solares calibrados.
Mede-se a Dose 
Eritematosa Mínima 
(DEM) — a menor dose 
que causa eritema visível 
(vermelhidão).
Vantagem: resultado realista.
Desvantagens: custo elevado, tempo maior, 
desconforto nos voluntários, questões éticas.
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Uma região do corpo (geralmente as 
costas) é exposta a uma série de feixes 
de luz UV. Cada feixe de luz incide por 
um determinado tempo. Vinte e quatro 
horas depois, a pele é examinada para 
verificar o eritema, a vermelhidão da 
queimadura. O tempo mínimo de 
exposição que produz eritema é 
observado (25 segundos, por exemplo).
Outra seção das costas é tratada com 
uma quantidade precisa de protetor 
solar, e exposta a uma nova série de 
feixes por diferentes períodos de tempo. 
Vinte e quatro horas depois, os locais 
onde a luz incidiu são examinados e, 
novamente, o tempo mínimo que 
produz o eritema é anotado (200 
segundos, por exemplo).
• O FPS é a razão destes tempos:
 FPS = Tpp = 200s = 8
 Tpd 25s
• Isto significa que a pele leva oito vezes mais tempo para se queimar com o 
protetor solar do que sem ele. Se você normalmente se queima depois de 
uma hora de sol, você poderia, de acordo com este exemplo, ficar oito horas 
no sol usando esse protetor solar.
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• Métodos In Vitro
• Aceitos em alguns países como complemento ou triagem inicial.
• ISO 24443:2021: método para determinação de UVA-PF (fator de proteção UVA).
• Técnicas:
Espectrofotometria de refletância/transmitância: O produto é espalhado em placas de PMMA
(polimetilmetacrilato) que simulam a pele, e mede-se a absorção da radiação UV.
Colocação em filmes padronizados: Avalia-se a transmissão da radiação UV por meio da amostra.
Análise matemática (SPF Calculator): alguns métodos computacionais utilizam curvas espectrais
dos filtros para estimar o FPS.
Vantagem: mais rápido, ético, menor custo.
Desvantagem: ainda não substitui totalmente o in vivo para registro oficial em muitos países.
• Métodos In Silico
• Modelos matemáticos e softwares que predizem FPS a partir da concentração dos filtros solares e seus
coeficientes de absorção.
• Usados como ferramenta de desenvolvimento e pré-formulação, mas não substituem testes
regulamentares.
O FDA reconhece o valor máximo de FPS 30 
FPS PROTEÇÃO (%) 
2 50
4 75
8 87
16 94
30 96
40 97
70 98
100 99
UVA
Não existe uma única 
definição e um único 
critério para a avaliação 
do nível da proteção UVA 
mundialmente aceito. 
Vários parâmetros foram 
propostos por órgãos de 
vários países, sendo o PPD 
(Persistent Pigment 
Darkening) mais utilizado 
como uma medida do Fator 
de Proteção UVA.
O método de PPD foi aceito pela Comunidade Europeia e pelo Japão e tem sido recomendado 
também pelo FDA. 
Critérios Propostos 
pelo Órgão FDA:
• Foi proposto um sistema de avaliação de
fácil identificação para os consumidores,
baseado em uma escala de 4 estrelas.
• Caso um produto não promova a proteção
UVA, é proposto que essa informação seja
escrita na embalagem do produto, como
“sem proteção UVA”.
Four star 
rating 
system
Nível de 
proteção 
UVA
* Baixa
** Média
*** Alta
**** Muito alta
Portaria 2466 – Regulamento 
técnico MERCOSUL
• DME: Dose mínima eritematosa: dose 
mínima de radiação ultravioleta requerida 
para produzir a primeira reação eritematosa 
perceptível, observadas entre 16 e 24 horas 
após a exposição a radiação UV.
• DMP: Dose mínima Pigmentária: dose 
mínima de radiação UVA requerida para 
produzir um escurecimento persistente na 
pele, observado entre 2 e 4 horas após a 
exposição a radiação UVA.
49
Rótulos de 
fotoprotetores:
• Anti UVA e UVB: filtros que protegem 
contra os raios ultravioleta A e ultravioleta 
B.
• Hipoalergênico: utiliza substâncias que 
geralmente não provocam alergias.
• Livre de PABA ou "PABA Free": filtros que 
não contém a substância PABA, que tem 
alto poder de ocasionar alergias.
50
• Livre de óleo ou "oil free": filtros cujos veículos não 
contém substâncias oleosas. São os mais indicados para 
pessoas de pele oleosa ou com tendência à formação 
de cravos e espinhas.
• Não comedogênico: filtros que não obstruem os poros, 
evitando assim a formação de cravos. São também 
indicados para pessoas de pele oleosa e com tendência 
à formação de cravos e espinhas.
51
Fator de Proteção solar:
52
Sol
Pele
Melanina
Filtros 
solares
Filtros solares
Filtro
Químico
Filtro
Orgânico
Filtro
Físico
Filtro
Inorgânico
Filtros 
Solares
Filtros 
orgânicos/
químicos
Filtros 
físicos/ 
inorgânicos
Absorvem
energia 
luminosa e 
refletem em 
outra forma 
de energia
Refletem a 
radiação
Tipos de Filtros
• Filtros Químicos (Orgânicos Sintéticos)
• Moléculas orgânicas (baseadas em carbono) produzidas sinteticamente em laboratório.
• Atuam absorvendo a radiação UV (UVB e/ou UVA) e convertendo-a em energia de menor 
intensidade (geralmente calor).
• São chamados de químicos justamente por sofrerem reação fotoquímica quando expostos 
à radiação.
• Exemplos
• Avobenzona (Butyl Methoxydibenzoylmethane) – absorve UVA.
• Octocrileno – estabiliza outros filtros e cobre parte do UVB.
• Octinoxato (Ethylhexyl Methoxycinnamate) – UVB.
• Homosalato, Oxybenzone, Ensulizole, Tinosorb S e M (estes últimos de última geração, 
considerados mais fotoestáveis).
Vantagens
• Cosmética agradável (textura leve, transparente, sem esbranquiçar a pele).
• Alta eficácia com pequenas concentrações.
• Podem ser combinados para cobrir amplo espectro UVA+UVB.
Limitações
• Menor estabilidade fotoquímica (alguns degradam com a luz, como a avobenzona, que precisa ser 
estabilizada).
• Podemcausar irritação ou sensibilização em peles reativas.
• Há discussões sobre impacto ambiental (ex. oxybenzone em recifes de corais
Químicos ou orgânicos sintéticos:
59
Ácido p-aminobenzóico e 
derivados
Derivados do ácido cinâmico 
(cinamatos)
Derivados do ácido salicílico 
(salicilatos)
Derivados da cânfora
Octocrileno
Ácido fenilbenzimidazol, 
Antranilatos, 
Dibenzoilmetanos
Benzofenonas (Consulta 
Pública da União Européia de 
Março de 2009 Define Novas 
Regras para a Utilização de 
Benzofenona-3 
em Produtos Cosméticos).
Benzophenone-3, ingrediente 
que acelera a velocidade de 
multiplicação das células (o 
que é muito grave no caso de 
neoplasias) e entra na 
circulação sanguínea.
Mecanismo de Ação Filtros Orgânicos 
Sintéticos:
Absorvem a 
radiação UV 
(energia)
Retornam ao 
estado
fundamental
Liberam energia 
na forma 
diferente da 
incidente
1 2 3
61
Nos filtros solares, um anel aromático, geralmente o ácido paramino-benzóico, que possui um anel benzênico, 
é capaz de absorver a energia da radiação ultravioleta que incide em nossos corpos durante os banhos de sol.
Dióxido de titânio (TiO2) mais eficaz em UVB
Óxido de zinco (ZnO): cobre UVA e UVB, sendo 
considerado o filtro mineral de amplo espectro.
Filtros Minerais 
(Físicos/Inorgânicos)
Compostos inorgânicos, 
geralmente na forma de 
pó mineral micronizado 
ou nanoparticulado.
Diferente dos químicos, 
eles não sofrem reação 
fotoquímica.
Atuam principalmente 
por reflexão, dispersão e 
difusão da radiação UV, 
mas também absorvem 
uma parte dela.
Mecanismo de Ação Filtros inorgânicos (físicos):
Partículas 
sólidas 
espalhar, 
refletir ou 
absorver
radiações 
(UV, visível 
e/ou IV)
Óxido de 
zinco (ZnO) e 
dióxido de 
titânio (TiO2) 
mais 
amplamente 
utilizados
64
Diferença entre Bloqueador, 
Protetor e Bronzeador conforme a 
Legislação Brasileira
As preparações de baixa proteção são chamadas também de bronzeadores. 
Os bronzeadores não apresentam em sua composição filtros de raios UVA, 
apenas UVB e, portanto, o FPS obtido é muito baixo. 
Os protetores solares de alta proteção são associações de filtros UVB 
com filtros UVA e/ou filtros físicos cujo índice de proteção fica na faixa 
de 15 - 30. 
O termo bloqueador solar foi proibido pela legislação americana, já que 
não é possível um bloqueio de 100% da radiação solar.
Bronzeador 
sem sol:
67
O escurecimento da pele é independente da 
melanogênese, e resulta da combinação da DHA (hidroxi 
– acetona) com os ácidos aminados da pele, e com o 
aparecimento de compostos chamados melanoidinas. 
Além dos géis, loções ou sprays que contêm DHA serem 
os mais confiáveis e utilizados, existem diversos outros 
produtos no mercado. Aceleradores de bronzeamento - 
loções ou pílulas que normalmente contêm o 
aminoácido tirosina - prometem estimular e aumentar a 
formação de melanina, acelerando o processo de 
bronzeamento.
Filtros 
contra 
indicados:
68
Dentre os produtos testados, o 4-MBC (4-
Metilbenzilideno Cânfora) foi o mais apontado 
como um agente que, quando aplicado 
topicamente, apresenta grande potencial de 
risco para o ser humano. 
Segundo estudos realizados nesse período, o 4-
MBC apresenta evidências de bioacumulação 
ambiental, ou seja, acumula-se em peixes, em 
ratos, em culturas de células humanas e em 
seres humanos, podendo exercer ação 
hormonal nesses modelos
• Os estudos da toxicidade dos filtros 
solares orgânicos se iniciaram em 2001, a 
partir da constatação da bioacumulação 
ambiental desses produtos, 
especialmente em peixes. A partir daí, 
iniciou-se uma verdadeira corrida 
com uma série de pesquisas em ratos e 
em seres humanos, a fim de se 
determinar a segurança, o potencial de 
bioacumulação e as interações hormonais 
desses compostos, principalmente a sua 
ação estrogênica. 
70
• O pior é que há vários outros 
ingredientes comumente usados em 
protetores solar que podem causar 
vários outros danos à saúde.
• 1. benzophenone-3 (Bp-3) e 4
• 2. homosalate (HMS)
• 3. 4-methyl-benzylidene camphor 
(4-MBC)
• 4. octyl-methoxycinnamate (OMC)
• 5. octyl-dimethyl-PABA (OD-PABA)
71
72
UM ESTUDO FEITO PELO INSTITUTE OF 
PHARMACOLOGY AND TOXICOLOGY NA 
UNIVERSIDADE DE ZURICH, NA SUÍÇA, CONCLUIU 
QUE OS INGREDIENTES ANTERIORES SÃO 
ESTROGÊNICOS E DEVEM SER EVITADOS.
MAIS RECENTEMENTE O ENVIRONMENTAL WORKING 
GROUP, UMA ENTIDADE DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR 
E MEIO AMBIENTE DOS EUA, ALERTOU QUE OS 
PROTETORES CONTENDO OXYBENZONE, RETINYL 
PALMITATE (UM TIPO DE VITAMINA A) E QUE TIVESSEM 
FATOR ACIMA DE 50 DEVEM SER EVITADOS, POR SEREM 
CONSIDERADOS TÓXICOS.
73
De acordo com o Environmental 
Working Group, estes são alguns dos 
piores bloqueadores solar no mercado 
(as marcas são americanas, mas 
algumas são vendidas no Brasil. Marcas 
brasileiras não fizeram parte desta 
avaliação):
Neutrogena Fresh Cooling Body Mist 
Sunblock, FPS 70
Aveeno Continuous Protection 
Sunblock Spray Active, FPS 70
Banana Boat Sport Performance Active 
MAX Protect Continuous Spray 
Sunscreen, FPS 110
Coppertone Sport Clear Continuous 
Spray Sunscreen, FPS 90
9 opções de filtros solares para tornar o 
seu fotoprotetor excepcional:
Conheça algumas opções de filtros 
solares de alta performance que vão 
tornar o seu fotoprotetor sinônimo de 
proteção e sofisticação
Hoje sabemos que para uma melhor eficácia fotoprotetora, o protetor solar deve
apresentar em sua composição filtros ultravioleta com espectro de absorção na
faixa da radiação UVA e UVB (ou seja, deve ser de amplo espectro de ação), ser
fotoestável e ainda ser capaz de distribuir seus ingredientes de forma regular em
toda a superfície cutânea.
Como a radiação ultravioleta pode provocar diversos efeitos maléficos na pele, os 
benefícios do uso de fotoprotetores de amplo espectro vão desde a prevenção de 
queimaduras solares, desordens de pigmentação (manchas) e do envelhecimento da 
pele até contra o desenvolvimento de ceratoses actínicas e do carcinoma 
espinocelular.
• Filtros UVA e UVB
• Os protetores solares contêm filtros (filtros UV) que são moléculas ou complexos
moleculares que podem absorver, refletir ou dispersar a radiação UV, ou seja, apresentam
a capacidade de interagir com a radiação incidente por meio reflexão, dispersão ou
absorção.
• Geralmente classificamos os filtros UV em orgânicos e inorgânicos, sendo filtros de efeito
químico (filtros químicos) e filtros de efeito físico (filtros físicos), respectivamente. Porém,
os processos de absorção e reflexão de radiação são considerados fenômenos físicos desde
que não haja uma reação química. Assim, uma molécula absorvedora de radiação UV não
necessariamente deve ser chamada de filtro químico.
• Geralmente, os compostos orgânicos protegem a pele pela absorção da radiação e os
inorgânicos, pela reflexão da radiação. Mas existem no mercado, atualmente, filtros
orgânicos que além de absorver, refletem a radiação UV, como o Tinosorb® M.
• Tinosorb® M
• O Tinosorb® M (INCI Name: Methylene Bis-Benzotriazolyl Tetramethylbutyl-phenol) é
um filtro orgânico que proporciona proteção UVA e UVB fotoestável. O MBBT (Tinossob®
M), mesmo sendo orgânico, apresenta a capacidade de reflexão e dispersão da radiação,
além da capacidade de absorção das radiações UV, comportando-se, desta forma, como
um filtro também de efeito físico.
• Por isso ele é uma excelente opção de filtro para você ter em seu laboratório. Além disso
ele é disperso em água e pode ser incorporado à fase aquosa das formulações, ou mesmo
ao final da manipulação pois não precisa de aquecimento.
• Porém, como ele está em dispersão com cerca de 50% é preciso aplicar fator de
correção, corrigindo conforme certificado de análise.
• Tinosorb® S
• O Tinosorb® S (INCI Name: Bis-Ethylhexyloxyphenol Methoxyphenyl Triazine) confere
proteção UVA e UVB fotoestável, mas deve ser adicionado à fase oleosa. O BEMT
(Tinosorb® S) e uma opção interessante por sua eficiência tanto no UVB como no UVA,
fotoestabilidadee como estabilizador de associações com avobenzona. Ele precisa ser
disperso em um glicol ou éster emoliente antes de sua incorporação na fase oleosa, pois é
insolúvel em água. Tanto o Tinosorb® S quanto o Tinosorb® M, segundo testes in vitro, não
apresentam potencial estrogênico, antiestrogênico, androgênico ou antiandrogênico.
• Uvinul® T 150
• Seu INCI Name é Ethylhexyl Triazone. É um filtro orgânico UVB derivado de triazina
conhecido como octil triazona. Ele é usado para conferir proteção UVB, conforme mostra
seu espectro de absorção. A octil triazona confere proteção UVB em baixas concentrações
(concentrações até 3% são recomendadas) além de possuir alta fotoestabilidade. É
geralmente adicionado na fase oleosa das formulações sendo solúvel em óleos polares,
mas óleos apolares, como a parafina líquida, não é adequada para sua solubilização. Sua
natureza polar também proporciona uma boa afinidade pela queratina da pele, de modo
que as formulações em que é usado são particularmente resistentes à água. Esta
propriedade é ainda reforçada pela sua insolubilidade total em água.
• Um estudo de 2008 avaliou in vitro a permeação e a distribuição cutânea de dois filtros
UV, OMC e Uvinul®T-150, usando uma epiderme reconstituída (RE) e pele de rato (RS). Os
resultados mostraram que não houve permeação do Uvinul®T-150 através da RS e da RE.
Uvinul A 
Plus®
• Seu INCI Name é Diethylamino Hydroxybenzoyl Hexyl Benzoate. É um filtro orgânico UVA
fotoestável, que cobre os comprimentos de onda UVA-I do espectro do UVA. Esse filtro
possui uma boa solubilidade em óleos e é compatível com outros ingredientes, por
exemplo, TiO2 e ZnO. Ele possui elevado ponto de fusão (54 °C) e deve ser fundido a 70 °C
antes de sua utilização.
Filtros 
inorgânicos
• Os filtros solares inorgânicos são representados
por dois óxidos, ZnO e TiO2 (óxido de zinco e dióxido
de titânio). Estes filtros solares são considerados os
mais seguros para fotoproteção, pois apresentam
baixo potencial de irritação e ausência de
permeação, sendo recomendados no preparo de
fotoprotetores para uso infantil e pessoas com peles
sensíveis. Estes dois óxidos metálicos são materiais
semicondutores, e os mecanismos de absorção e de
desativação envolvem transições entre bandas de
valência e de condução do sólido.
Dióxido de titânio e óxido de zinco apresentam características semelhantes e exercem
proteção frente à radiação UVA. Ambos não apresentam relevantes propriedades irritantes
à pele e potencial de sensibilização. Além disso não possuem penetração cutânea
significativa. Um estudo publicado em 2009 demonstrou que o TiO2 e o ZnO não
apresentam absorção percutânea.
Porém, quando incorporados às formulações de filtros solares, o ZnO e TiO2 ficam 
suspensos, e o tamanho das partículas do óxido interfere na eficácia do protetor solar e 
também na aparência cosmética do produto, sendo que nessas formulações ocorre uma 
tendência em formar uma película branca sobre a pele, que pode ser esteticamente 
desagradável.
• Uma inovação recente na tecnologia de filtros inorgânicos criou versões micro-
particuladas destes óxidos. As partículas são reduzidas, durante o processo de obtenção, a
dimensões tais que não absorvam nem espalhem radiação visível, mas absorvam e
espalhem a radiação UV, e dessa forma não deixam película perceptível sobre a pele.
Exemplos são o Zano® 10 Plus e o
• T-Lite SF-S.
• Zano® 10 Plus
• O Zano® 10 Plus (INCI Name: Zinc Oxide (and) Triethoxycaprylylsilane), é formado por
óxido de zinco disperso em silicone, o que melhora a sua incorporação nas formulações.
Além disso, possui relativa estabilidade, não reage com filtros orgânicos e é seguro
clinicamente (atóxico). A sua combinação com filtros UV orgânicos permite a formulação
de fotoprotetores de amplo espectro muito eficazes. Em comparação com o dióxido de
titânio, o óxido de zinco fornece proteção UVA adicional (cobre de 290 a 380 nm).
• Z-COTE® HP 1
• Com o mesmo INCI Name (Zinc Oxide (and) Triethoxycaprylylsilane) existe também no
mercado o Z-COTE® HP 1, cujo espectro de absorção encontra-se abaixo:
• O Z-COTE® HP 1 consiste de aproximadamente 98% de óxido de zinco micronizado e
aproximadamente 2% de material de revestimento hidrofóbico (derivado de silicone) e
pode ser disperso na fase oleosa da formulação.
• Podemos citar também o Z-COTE® MAX (INCI Name: Zinc Oxide (and)
Dimethoxydiphenylsilane/Triethoxycaprylylsilane Crosspolymer), um óxido de zinco
microfino que consiste de aproximadamente 96-99% de óxido de zinco micronizado e 1-4%
de revestimento hidrofóbico polar (derivado de silicone), sendo que sua maior vantagem
em relação aos demais óxidos de zinco é a sua melhor compatibilidade com espessantes à
base de acrilato, como os carbômeros por exemplo.
• T-Lite SF-S
• O T-Lite SF-S (INCI Name: Titanium Dioxide (and) Hydrated Silica (and) Aluminum
Hydroxide (and) Dimethicone/Methicone copolymer) é um dióxido de titânio microfino,
com apelo de proteção de amplo espectro e transparência em formulações. Fornece ampla
proteção UVA e UVB, cobrindo os espectros longo UVA I e curto UVA II. Possui excelente
transparência e alta proteção FPS em concentrações acima de 8%. É fácil de dispersar,
fotoestável (não catalítico) e compatível com estearatos, além de poder ser usado em
temperaturas elevadas (80-100 °C) e alto cisalhamento.
Filtros poliméricos
PARSOL® SLX
• O PARSOL® SLX (INCI Name: Polysilicone 15) é um filtro solar absorvedor de UV baseado
em silicone. PARSOL® SLX é o primeiro filtro UVB polimérico que consiste de cromóforos
ligados a uma estrutura principal de silicone.
É solúvel em solventes orgânicos de polaridade média e insolúvel em água. Ele é 
considerado um substituto para o Ethylhexyl Methoxycinnamate, pois estabiliza a 
avobenzona, pode ser usado em produtos capilares e ajuda na melhora do 
sensorial das formulações. Seu uso é permitido até 10%, sendo geralmente 
recomendado de 1% a 5%.
AVALIE O SEU FILTRO SOLAR
• Identifique os ativos que o produto possui;
• Identifique quais são os filtros que o produto possui;
• Identifique se o produto possui filtros proibidos ou indevidos;
• Identifique se há a identificação do FPS e do PDD;
• Há alguma outra consideração a ser feita em relação ao rótulo 
do produto? 
EM DUPLAS OU TRIOS
	Slide 1
	Slide 2: Primeiros filtros solares
	Slide 3: Radiação solar
	Slide 4: Raios solares:
	Slide 5: Radiação solar
	Slide 6
	Slide 7: Penetração dos raios na pele:
	Slide 8: Penetração dos raios na pele:
	Slide 9: Há duas substâncias com capacidade de proteção contra IV: 
	Slide 10: Há duas substâncias com essa capacidade
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	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16: Câncer de pele
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	Slide 18: Câncer de pele
	Slide 19
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	Slide 21: CARCINOMA BASOCELULAR (CBC)
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	Slide 25: Melanoma:
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28: Como identificar um melanoma:
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31: Bronzeamento artificial:
	Slide 32: Bronzeamento artificial:
	Slide 33: Bronzeamento artificial:
	Slide 34: Bronzeamento artificial:
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	Slide 46: O FDA reconhece o valor máximo de FPS 30 
	Slide 47
	Slide 48: Critérios Propostos pelo Órgão FDA:
	Slide 49: Portaria 2466 – Regulamento técnico MERCOSUL
	Slide 50: Rótulos de fotoprotetores:
	Slide 51
	Slide 52: Fator de Proteção solar:
	Slide 53
	Slide 54: Filtros solares
	Slide 55
	Slide 56: Tipos de Filtros
	Slide 57
	Slide 58
	Slide 59: Químicos ou orgânicos sintéticos: 
	Slide 60: Mecanismo de Ação Filtros Orgânicos Sintéticos:
	Slide 61
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64: Mecanismo de Ação Filtros inorgânicos (físicos):
	Slide 65: Diferença entre Bloqueador, Protetor e Bronzeador conforme a Legislação Brasileira
	Slide 66
	Slide 67: Bronzeador sem sol:
	Slide 68: Filtros contra indicados:
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	Slide 74: 9 opções de filtros solares para tornar o seu fotoprotetorexcepcional: 
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	Slide 96
	Slide 97: AVALIE O SEU FILTRO SOLAR

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