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A Igreja em 
Jerusalém
E BÍBLICO,
É REAL,
É PARA VOCÊ
AÇÕES
Bíblicas
Aluno I 3o Trimestre de 2025 
Comentarista: José Gonçalves
SUMARIO
A Igreja em Jerusalém
Doutrina, Com unhão e Fé: a Base para o Crescim ento 
da Igreja em meio às Perseguições
Lição 1 - A Igreja que Nasceu no Pentecostes 3
Lição 2 - A Igreja de Jerusalém: Um Modelo a Ser Seguido 8
Lição 3 - Uma Igreja Fiel à Pregação do Evangelho 13
Lição 4 - Uma Igreja Cheia do Espírito Santo 17
Lição 5 - Uma Igreja Cheia de Amor 22
Lição 6 - Uma Igreja não Conivente com a Mentira 26
Lição 7 - Uma Igreja que não Teme a Perseguição 31
Lição 8 - Uma Igreja que Enfrenta os seus Problemas 36
Lição 9 - Uma Igreja que se Arrisca 41
Lição 10 - A Expansão da Igreja 46
Lição 11 - Uma Igreja Hebreia na Casa de um Estrangeiro 50
Lição 1 2 - O Caráter Missionário da Igreja de Jerusalém 55
Lição 13 - Assembléia de Jerusalém 60
CB©>
Presidente da Convenção Geral 
das Assembléias de Deus no Brasil 
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Consultor Doutrinário e Teológico
Elienai Cabral
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Gerente de TI
Rodrigo Sobral Fernandes
Gerente de Comunicação
Leandro Souza da Silva
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira
Chefe do Setor de Arte & Design
Wagner de Almeida
Editor
Marcelo Oliveira
Revisora
Verônica Araújo
Projeto Gráfico
Leonardo Engel | Marlon Soares
Diagramação e Capa
Leonardo Engel
Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002 
Tel.: (21) 2406-7373
w w w .c p a d .c o m .b r
-IÇÕES
Bíb l ic a s
Prezado(a) aluno(a),
Neste trimestre, nosso propósito é es­
tudar a Igreja Primitiva em Jerusalém 
conforme a história narrada nos Atos dos 
Apóstolos. Investigaremos a formação 
da Igreja, sua maneira de ser, viver e 
propagar o Evangelho. A atuação do 
Espírito Santo na igreja de Jerusalém 
será o tema central em nosso estudo, 
assim como sua interação com as di­
versas formas de vivenciar o Evangelho.
Examinaremos o testemunho, a prega­
ção, o amor prático, as perseguições, as 
relações com outras culturas, o conci­
lio de Jerusalém e os desafios étnicos 
enfrentados pela Igreja Inicial. Nosso 
objetivo é apresentar esses temas de 
forma objetiva, clara e acessível a todos, 
permitindo uma compreensão profunda 
e edificante da Igreja em sua fase inicial.
Que o Espírito Santo nos guie neste 
estudo, revelando a riqueza e a rele­
vância do Cristianismo Primitivo para 
a nossa fé hoje!
Deus te abençoe!
José Wellington Bezerra da Costa
Presidente do Conselho 
Administrativo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Diretor Executivo
http://www.cpad.com.br
LIÇAO 1
6 de Julho de 2025
A IGREJA QUE NASCEU 
NO PENTECOSTES
; \
TEXTO ÁUREO
“E todos foram cheios do 
Espírito Santo e começaram 
a falar em outras línguas, 
conforme 0 Espírito Santo lhes 
concedia que falassem.”
(At 2.4)
V_________ __________
/
VERDADE PRÁTICA
A Igreja nasce no Pentecostes 
capacitada pelo Espírito para 
cumprir sua missão.
______________________________ )
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 2.1-3
A manifestação divina e os sinais 
do Pentecostes 
Terça - At 2.4 
O derramamento do Espírito 
Quarta - At 2.11; 10.46 
Louvor e adoração
Quinta - At 2.20 
A esperança futura 
Sexta - At 1.5
Uma experiência específica e 
definida
Sábado - Ef 5.18
Uma experiência contínua
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 L I Ç Õ E S B Í B L I C A S • A L U N O 3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 2.1-14
1- Cumprindo-se 0 dia de Pentecostes, 
estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2- e, de repente, veio do céu um som, como 
de um vento veemente e impetuoso, e encheu 
toda a casa em que estavam assentados.
3- E foram vistas por eles línguas reparti­
das, como que de fogo, as quais pousaram 
sobre cada um deles.
4- E todos foram cheios do Espírito Santo 
e começaram a falar em outras línguas, 
conforme 0 Espírito Santo lhes concedia 
que falassem.
5- E em Jerusalém estavam habitando 
judeus, varões religiosos, de todas as 
nações que estão debaixo do céu.
6 - E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma 
multidão e estava confusa, porque cada 
um os ouvia falar na sua própria língua.
7- E todos pasmavam e se maravilha­
vam, dizendo uns aos outros: Pois quê! 
Não são galileus todos esses homens que 
estão falando?
8 - Como, pois, os ouvimos, cada um, 
na nossa própria língua em que somos 
nascidos?
9 - Partos e medos, elamitas e os que 
habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e 
Capadócia, e Ponto, e Ásia,
10- e Frigia, e Panfília, Egito e partes da 
Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos 
(tanto judeus como prosélitos),
11- e cretenses, e árabes, todos os temos 
ouvido em nossas próprias línguas falar 
das grandezas de Deus.
12- E todos se maravilhavam e estavam 
suspensos, dizendo uns para os outros: 
Que quer isto dizer?
13- E outros, zombando, diziam: Estão 
cheios de mosto.
14- Pedro, porém, pondo-se em pé com os 
onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões 
judeus e todos os que habitais em Jeru­
salém, seja-vos isto notório, e escutai as 
minhas palavras.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Igreja nasceu no dia de Pentecostes. 
Esse evento marcou o início de uma nova 
era: a era da Igreja. O Pentecostes era uma 
das festas mais importantes dos judeus 
e acontecia cinquenta dias depois da 
Páscoa. Foi nesse dia especial que Deus 
derramou o Espírito Santo sobre todos os 
discípulos, batizando-os. O derrama­
mento do Espírito no Pentecostes marca o 
início da Igreja como uma comunidade de 
profetas, como foi profetizado por Joel (Jl 
2.28). No livro de Atos, Lucas ensina que 
esse acontecimento tinha um significado 
especial para o fim dos tempos, pois já
havia sido anunciado pelos profetas do 
Antigo Testamento. Além disso, o Pen­
tecostes foi uma prova clara de que Jesus 
havia ressuscitado. O propósito desse 
derramamento do Espírito Santo foi dar 
poder à Igreja para testemunhar de Cristo 
ao mundo e levá-la à verdadeira adoração. 
Isso é o que veremos nesta lição.
I - A NATUREZA DO 
PENTECOSTES BÍBLICO
1. De natureza divina. Lucas relata 
que, por ocasião do derramamento do 
Espírito no dia de Pentecostes, foi ouvido 
do céu “ um som, como de um vento
4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO ■ AGOSTO ■ SETEMBRO 2025
veem ente e im petuoso” que “ encheu 
toda a casa em que estavam assenta­
dos” (At 2.2) e que “ foram vistas por 
eles línguas repartidas, como que de 
fogo” (At 2.3). Os estudiosos da Bíblia 
explicam que esses sinais são manifes­
tações da presença de Deus, chamadas 
de “ teofanias”. Isso significa que Deus 
se revelou de maneira visível e audível, 
assim como fez no Monte Sinai, quan­
do entregou a Lei a M oisés. Naquela 
ocasião, houve trovões, relâmpagos e 
um som forte, e o povo ouviu a voz de 
Deus e viu um grande fogo (Êx 19.16). 
Moisés depois lembrou ao povo desse 
momento, dizendo: “ desde os céus te 
fez ouvir a sua voz, para te ensinar, e 
sobre a terra te mostrou o seu grande 
fogo, e ouviste as suas palavras do meio 
do fogo” (Dt 4.36).
2. Um evento p aralelo ao Sinai. 
Assim como no Sinai, onde a presença 
de Deus se tornou real, como uma das 
experiências mais marcantes na h is­
tória do antigo povo de Deus, de uma
forma muito mais gloriosa e profunda, 
o Pentecostes marcou o Encontro do 
Espírito de Deus com a Igreja. Pen­
tecostes, portanto, é a experiência do 
Espírito Santo. Lá no Sinai, a letra da 
Lei foi escrita em tábuas de pedras (Dt 
9.10,11); aqui, no Pentecostes, a Palavra 
de Deus foi escrita nos corações (Jr 
31.33; 2 Co 3.3)!
3. Centrada em Cristo e nos tem ­
pos finais. Na sua pregação no dia de 
Pentecostes, Pedro deixou claro que 
esse evento estava totalmente ligado a 
Jesus. Ele mostrou que 0 derramamento 
do Espírito Santo estava diretamenteestabelece princípios para quem deseja 
segui-lo. Por isso, muitas vezes, é visto 
como antiquado, preconceituoso e in- 
desejado. A perseguição pode mudar 
conforme 0 tempo e 0 lugar, mas seu 
objetivo continua 0 mesmo: silenciar a 
voz da Igreja.
I I - A IG REJA PRO TEG IDA
1. Um anjo de Deus. Lucas destaca 
que em meio à perseguição, Deus provê 
livramento para os apóstolos (At 5.19). 
A igreja não era apenas perseguida, 
mas também protegida! Aqui a igreja 
contou com a presença de anjos, seres 
de natureza totalm ente sobrenatural. 
Não é incomum a presença de anjos no 
Livro de Atos. Eles estiveram presen­
tes na libertação de Pedro da prisão 
(At 12.7); com Filipe em sua m issão 
evangelística (At 8.26); em missão na 
casa do centurião rom ano, Cornélio 
(At 10.3) e com 0 apóstolo Paulo em 
alto-m ar (At 27.23,24). A Bíblia diz que
eles estão a serviço daqueles que vão 
herdar a salvação (Hb 1.14).
2. A intercessão da Igreja. Atos 12.5 
diz que a Igreja “ fazia contínua oração” 
por Pedro. O mesmo texto bíblico que 
mostra um anjo no cenário da libertação 
de Pedro também revela a Igreja como 
um agente ativo nessa libertação. Não 
teria sentido Lucas destacar o papel da 
Igreja intercedendo por Pedro se isso não 
tivesse nenhuma relevância. É evidente 
que Deus é soberano e age como quer e 
quando quer. A morte de Tiago, irmão de 
João, é mencionada anteriormente e não 
temos uma explicação no texto bíblico 
do porquê Tiago não foi libertado (At 
12.2). Contudo, esse evento certamente 
causou um impacto na Igreja, levando-a 
a orar ainda mais fervorosamente por 
Pedro. Deus respondeu à oração da igreja 
e libertou Pedro.
3. O valor da oração. Essa passagem 
bíblica, assim como m uitas outras, 
mostra 0 grande valor da oração. En­
quanto os cristãos oravam, 0 lugar em 
que estavam tremeu (At 4.31); quando 
Paulo orava, teve uma visão com Ananias 
de Damasco orando pela cura dele (At 
9.11,12); enquanto Cornélio orava, um 
anjo se apresentou a ele (At 10.3) e os 
apóstolos oravam para que os cristãos 
fossem batizados no Espírito Santo (At 
8.15). Não podemos subestimar o poder 
da oração. A conhecida frase “ muita 
oração, muito poder; pouca oração pouco 
poder” ainda continua atual.
I I I - A IG REJA D ESTEM ID A
1. Testemunho com poder. Tão logo 
foram libertos, os apóstolos começaram 
a testem unhar de sua fé (At 5.25). De 
nenhuma forma se sentiram intimida­
dos. Estavam capacitados pelo poder do 
alto. Não é por acaso que 0 livro de Atos 
já foi denominado por antigos escritores
3 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
de os “Atos do Espírito Santo”. Vemos 
o Espírito Santo operando por todo o 
livro, mesmo quando o seu nome não 
é mencionado. Ele é a fonte de poder 
da Igreja. Sem o Espírito Santo a Igre­
ja perde o seu testem unho e se torna 
inoperante.
2. Convictos de sua fé. Lucas regis­
tra a ousadia do testemunho de Pedro 
(At 5.29). Nesse texto temos uma clara 
defesa dos valores cristãos. Ele mostra 
que a Igreja Prim itiva não negociava 
sua fé, mesmo que isso lhe custasse 
caro. A m esm a referência tam bém é 
m uitas vezes usada para justificar a 
desobediência cível por parte da igreja 
em relação ao Estado quando este age 
contrariamente aos princípios adotados 
por aquela. De fato, isso está em foco. 
Contudo, não se trata de uma mera 
desobediência civil ou rebeldia, mas 
de uma defesa consciente daquilo que
a igreja crê como fazendo parte da sua 
natureza e essência e que, por conta 
disso, não pode, de forma alguma, ser 
negociado.
CONCLUSÃO
Vimos como uma igreja capacitada 
pelo Espírito enfrenta perseguições. O 
cristão, portanto, não deve se assustar 
com elas. No contexto do Cristianismo 
Bíblico essa é a regra, não a exceção. 
N inguém gosta de ser p ersegu ido; 
contudo, as Escrituras nos previnem 
a respeito da realidade da perseguição 
na jornada cristã (Jo 16.33). Isso não 
significa que 0 sofrimento deve ser um 
alvo a ser alcançado, mas que devemos 
estar conscientes de que não podemos 
evitá-lo. Portanto, 0 nosso foco deve 
estar em Deus, pois Ele é quem pode 
nos guardar e capacitar no meio do 
sofrimento.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quais eram os três grupos que faziam oposição à Igreja?
2. Em quais esferas a igreja sofria perseguição?
3. O que não é incom um no Livro de Atos?
4. Cite três eventos com o resultado de oração conform e dem onstrados 
na lição.
5. O que Atos 5.29 m ostra em relação à Prim eira Igreja?
JULHO • AGOSTO ■ SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3 5
LIÇÃO 8
24 de Agosto de 2025
UMA IGREJA QUE ENFRENTA 
OS SEUS PROBLEMAS
A r
TEXTO ÁUREO
“ E s c o l h e i , p o i s , i r m ã o s , VERDADE PRÁTICA
d e n t r e v ó s , s e t e v a r õ e s d e b o a U m a ig r e j a c h e i a d a s a b e d o r i a
r e p u t a ç ã o , c h e i o s d o E s p í r i t o d o E s p í r i t o a g e s a b i a m e n t e
S a n t o e d e s a b e d o r i a , a o s p a r a r e s o l v e r c o n f l i t o s d e
q u a i s c o n s t i t u a m o s s o b r e e s t e r e l a c i o n a m e n t o s .
i m p o r t a n t e n e g ó c i o . " ( A t 6 .3 )
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 6.1,2 Quinta - 2 Tm 2.24
Identificando a natureza dos Gentileza, paciência e habilidades
conflitos para evitar os conflitos
Terça - 1 Co 6.5 Sexta - G1 5.13
Resolvendo conflitos na esfera da Servindo uns aos outros para
igreja prevenir os conflitos
Quarta - Mt 5.9 Sábado - Pv 13.10
Pacificando todos os tipos de 0 valor de sábios conselhos na
conflitos
L ____________________________
resolução de conflitos 
______________________________Â
3 6 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 6.1-7
1- Ora, naqueles dias, crescendo 0 número 
dos discípulos, houve uma murmuração dos 
gregos contra os hebreus, porque as suas 
viúvas eram desprezadas no ministério 
cotidiano.
2- E os doze, convocando a multidão 
dos discípulos, disseram: Não é razoável 
que nós deixemos a palavra de Deus e 
sirvamos às mesas.
3- Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete 
varões de boa reputação, cheios do Espírito 
Santo e de sabedoria, aos quais consti­
tuamos sobre este importante negócio.
4- Mas nós perseveraremos na oração e 
no ministério da palavra.
5- £ este parecer contentou a toda a 
multidão, e elegeram Estêvão, homem 
cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e 
Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas 
e Nicolau, prosélito deAntioquia;
6 - e os apresentaram ante os apóstolos, 
e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7- £ crescia a palavra de Deus, e em Jeru­
salém se multiplicava muito 0 número dos 
discípulos, e grande parte dos sacerdotes 
obedecia àfé.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, exploraremos a diaco- 
nia bíblica, um ministério essencial de 
serviço na igreja, que nos ensina sobre 0 
serviço ao próximo. A Bíblia nos mostra 
que a Igreja, mesmo em seus primórdios, 
enfrentava desafios, mas a busca por 
soluções em Deus era fundamental. A 
criação do ministério dos diáconos não 
foi para estabelecer uma hierarquia, 
mas para organizar 0 serviço social na 
Igreja, mostrando que todos os líderes 
são chamados a servir. O que realmente 
importa no Reino de Deus é a disposição 
em servir, independentemente do cargo 
ou tarefa, pois o serviço é a essência do 
trabalho na igreja.
I - A IDENTIFICAÇÃO 
DOS CONFLITOS
1. Conflito de natureza cultural. 
Lucas cita um conflito entre os “gregos” 
e “hebreus” (At 6.1a). A referência neste
texto aos “gregos” está relacionada aos 
judeus helenistas, isto é, que haviam emi­
grado para outros países e que, por conta 
disso, falavam somente a língua grega. 
Por outro lado, 0 termo “ hebreus” era 
uma referência aos judeus de Jerusalém 
que se comunicavam principalmente em 
hebraico (aramaico). Havia, portanto, uma 
barreira de natureza cultural por conta 
da língua. Essa barreira cultural trouxe 
um conflito de relacionamento entre os 
crentes da primeira igreja. Isso fez com 
que os apóstolos, logo após tomarem 
conhecimentodo problema, buscassem 
uma solução. Eles não podiam deixar a 
igreja de Jerusalém se desintegrar por 
conta de barreira de natureza cultural. A 
unidade da igreja não pode ser ameaçada 
por conflito de qualquer natureza.
2. Conflito de natureza social. Lucas 
explica que em razão daquela diferença 
cultural, “as suas viúvas eram despre­
zadas no ministério cotidiano” (At 6.1b).
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS ■ ALUNO 3 7
Aqui fica evidente a natureza social 
do problema - as viúvas de fala grega 
estavam sendo negligenciadas na dis­
tribuição diária. O conflito se instalou e 
precisava de solução. Fica em evidência 
que a igreja não é só um organismo, ela 
também é uma organização. Ela tem sua 
esfera espiritual, mas também social. Era, 
portanto, essa parte social que estava em 
desequilíbrio e precisava de cuidados.
3. Qual é a prioridade? É muito co­
mum a ideia de que 0 cristão deve cuidar 
apenas da esfera espiritual e negligenciar 
a social. Cria-se dessa forma um enten­
dimento nada bíblico de que a primeira 
deve ser privilegiada e a segunda, ne­
gligenciada. Assim, por exemplo, um 
evento musical recebe grande atenção 
porquanto mexe com as emoções, en­
quanto um trabalho social numa igreja 
local carente conta com poucas adesões. 
N egligenciar os m ais necessitados é 
um dos pecados denunciados tanto no 
Antigo Testamento (Is 58.6) quanto no 
Novo Testam ento (Mt 25.35-38). Não 
podemos ignorar a situação social dos 
menos favorecidos e pensar que, dessa 
forma, estam os adorando a Deus em 
espírito e em verdade.
II - A DELEGAÇÃO 
DE TAREFAS
l. O ministério da oração e da Pa­
lavra. Diante do conflito, os apóstolos 
perceberam que a parte da comunidade 
que estava sendo negligenciada precisa­
va de cuidados. Contudo, eles também 
perceberam que não poderiam resolver 
um problem a criando outro. Cuidar 
dos mais necessitados era uma missão 
urgente da igreja, mas os ministérios da 
oração e pregação da Palavra de Deus 
também 0 eram (At 6.4). Tanto a parte 
social como a devocional e evangelística 
fazem parte de uma única missão da
VI
A unidade da igreja não 
pode ser ameaçada por 
conflito de qualquer 
natureza.”
Igreja. Poderiamos dizer que são os dois 
lados de uma mesma moeda. Cuidar dos 
necessitados é importante, igualmente 
importante é a oração e a evangelização.
2. Não há conflito entre tarefas. Não 
podemos ler Atos 6 como se 0 ministério 
da oração e da pregação estivessem em 
oposição com o m inistério de serviço 
social. Não há essa contradição, onde 
um é considerado m ais espiritual e o 
outro menos. Tudo faz parte de uma 
única m issão da Igreja. Assim , se a 
igreja ora e prega, mas não cuida dos 
necessitados, ela falha em sua missão. 
Da mesma forma, se a igreja se torna 
apenas um centro social, negligenciando 
a oração e a pregação, ela perde a sua 
essência, deixa de ser Igreja de Cristo e, 
por isso, também falha em sua missão.
3. A Diaconia. O parecer dos após­
tolos foi que eles constituíssem pessoas 
habilitadas sobre 0 que eles denom i­
naram de “ este im portante negócio” 
(At 6.3). É, portanto, uma referência ao 
“ serviço” ou “ diaconia”, identificado 
no versículo 3 como “ servir” as mesas 
(At 6.3). A palavra “ d iaconia” tem a 
ver m ais com a função do que com a 
form a. Assim , em Atos 6 o que está 
mais em destaque é a função exercida 
pelos sete diáconos do que 0 cargo ou 
ofício ocupado por eles. O contexto
3 8 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
IV
Tudo faz parte de uma 
única m issão da Igreja. 
Assim , se a igreja ora 
e prega, mas não cuida 
dos necessitados, ela 
falha em sua m issão.”
favorece esse entendimento. Contudo, 
essa narrativa bíblica fundam enta a 
instituição do diaconato cristão. Ou- 
trossim, devemos enfatizar aqui que a 
diaconia era vista pelos apóstolos como 
um “ importante” negócio, ou seja, algo 
necessário à igreja. Esse entendimento 
apostólico contradiz o que muitos pen­
sam atualmente a respeito do serviço 
da diaconia. Infelizm ente, há os que 
enxergam um diácono como um obreiro 
de classe inferior. Mas no contexto bí­
blico, a diaconia é um serviço especial 
onde somente pessoas especiais, isto é, 
com as qualificações bíblicas exigidas, 
podem trabalhar.
I I I - SEGUINDO OS PRIN CÍPIO S 
CRISTÃO S
1. Privilegiando o caráter. Nas exi­
gências das qualificações exigidas para o 
exercício do diaconato, o caráter ganha 
ênfase: “ Escolhei, pois, irmãos, dentre 
vós, sete varões de boa reputação, cheios 
do Espírito Santo e de sabedoria, aos 
quais constituamos sobre este impor­
tante n egócio” (At 6.3). Aqueles que 
iriam “cuidar das mesas” deveriam ser 
pessoas de “boa reputação”. A palavra 
“boa reputação” traduz o termo grego 
martyreo, que significa “ testem unha”
ou “ m ártir” , quer dizer uma pessoa 
autêntica, honesta, correta e que não 
negocia valores para exercer a fuftção 
da diaconia. As vezes pensam os que 
essas exigências eram apenas para os 
dias bíblicos, o que evidentem ente é 
um equívoco. Se para aqueles que se 
dedicariam apenas em “ servir as m e­
sas”, isto é, os diáconos, era exigido 
“boa reputação”, então 0 que dizer dos 
pastores que cuidam de todo 0 rebanho?
2. Exercitando os dons. Essas pessoas, 
encarregadas da diaconia da igreja, além 
da exigência de boa reputação, deviam ser 
cheias do “Espírito Santo e de sabedoria” 
(At 6.3). Defender a boa ortodoxia, isto 
é, a doutrina correta, era importante, 
mas incom pleto. Era necessário que 
essas pessoas também fossem cheias do 
Espírito Santo e de sabedoria. É possível 
uma pessoa ser ortodoxa, eticamente 
irrepreensível, contudo, não ser que- 
brantada e nem possuir fervor espiritual. 
Da mesma forma, é possível uma pessoa 
exercitar os dons espirituais, contudo, não 
ter sabedoria nenhuma. Uma coisa não 
pode funcionar sem a outra. O ideal de 
Deus é que 0 cristão viva corretamente 
exercitando os dons espirituais com a 
sabedoria no exercício da diaconia.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição a importân­
cia do serviço cristão. A igreja “ espi­
ritual” é também social. Devemos nos 
dedicar tanto ao ministério da oração 
e pregação como também à assistência 
ao mais necessitados. A igreja que cuida 
da alma também deve cuidar do corpo. 
Deus não é glorificado na desgraça de 
ninguém . Se há um necessitado em 
nosso meio, e há, devemos considerar 
os princípios bíblicos ensinados nessa 
passagem das Escrituras para alcançá-lo. 
Assim , a igreja cresce como Igreja de 
Deus e 0 Senhor é glorificado.
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3 9
REVISANDO O CONTEÚDO
l. Quais são as referências de “ grego s” e “ hebreus”?
2. Quais são as duas naturezas do conflito entre os judeus gregos e 
hebreus?
3. Há contradição entre as esferas espiritual e social?
4. Com 0 que a palavra “ diaconia” tem a ver?
5. O que recebeu ênfase pelas exigências e qualificações exigidas para 
0 diaconato?
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Comentário Histórico 
Cultural do Novo 
Testamento
A obra esclarece os significados 
de versículos do livro de Mateus 
a Apocalipse, segundo os usos e 
costumes dos tempos bíblicos. Cada 
capítulo apresenta uma avaliação da 
unidade de ensino de cada livro do 
Novo Testamento.
Bíblia de Estudo Holman
A Bíblia de Estudo Holman, com 
cerca de 15.000 notas de estudo, 
é projetada para que cada recurso 
esclarecedor esteja na mesma 
página, espalhado como o texto 
bíblico ao qual se refere. Você não 
esquecerá o que estava procurando, 
porque tudo o que é pertinente ao 
seu estudo está lá.
M v:
HISTÓRICO
CULTURAL
OO NOVO TESTAM EN TO
ã»
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BÍBLIA iv . i. ;
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|fnas perseguições
Quarta - At 6.10 contra a fé
Capacitados com sabedoria para 0 Sábado - At 7.60
confronto
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Morrendo e perdoando pela fé
i
TEXTO ÁUREO
“Mas ele, estando cheio do 
Espírito Santo e fixando os 
olhos no céu, viu a glória de 
Deus e Jesus, que estava à 
direita de Deus.” (At 7.55)
VERDADE PRATICA
A igreja foi capacitada por 
Deus para enfrentar um 
mundo que é hostil à sua fé 
e valores.
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 4 1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 6.8-15; 7.54-60
Atos 6
8- E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia 
prodígios e grandes sinais entre 0 povo.
9- £ levantaram-se alguns que eram da 
sinagoga chamada dos Libertos, e dos 
cireneus, e dos alexandrinos, e dos que 
eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam 
com Estêvão.
10- E não podiam resistir à sabedoria e 
ao Espírito com que falava.
11- Então, subornaram uns homens 
para que dissessem: Ouvimos-lhe pro­
ferir palavras blasfemas contra Moisés 
e contra Deus.
12- E excitaram 0 povo, os anciãos e os 
escribas; e, investindo com ele, 0 arreba­
taram e 0 levaram ao conselho.
13- Apresentaram falsas testemunhas, 
que diziam: Este homem não cessa de 
proferir palavras blasfemas contra este 
santo lugar e a lei;
14- porque nós lhe ouvimos dizer que esse 
Jesus Nazareno há de destruir este lugar 
e mudar os costumes que Moisés nos deu.
15- Então, todos os que estavam assen­
tados no conselho, fixando os olhos nele, 
viram 0 seu rosto como 0 rosto de um anjo.
Atos 7
54- E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em 
seu coração e rangiam os dentes contra ele.
55- Mas ele, estando cheio do Espírito 
Santo e fixando os olhos no céu, viu a 
glória de Deus e Jesus, que estava à di­
reita de Deus,
56- e disse: Eis que vejo os céus abertos e 
0 Filho do Homem, que está em pé à mão 
direita de Deus.
57- Mas eles gritaram com grande voz, 
taparam os ouvidos e arremeteram unâ­
nimes contra ele.
58- E, expulsando-o da cidade, 0 apedreja­
vam. E as testemunhas depuseram as suas 
vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
59- £ apedrejaram a Estêvão, que em 
invocação dizia: Senhor Jesus, recebe 0 
meu espírito.
60- E, pondo-se de joelhos, clamou com 
grande voz: Senhor, não lhes imputes este 
pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje vamos conhecer um 
pouco mais sobre a vida de Estêvão, um 
dos sete escolhidos para a diaconia (At 
6.1-7). Quando lemos esse texto do Livro 
de Atos, logo percebemos que estamos 
diante de uma pessoa extraordinária - de 
grande fé, cheio do Espírito Santo e de 
sabedoria. Um autêntico cristão deste­
mido! Estêvão é um modelo para todo 
cristão e, sem dúvida, serve de modelo
para a Igreja do Senhor. Observamos que 
a perseguição a Estêvão e seu consequente 
martírio marcam um momento decisivo na 
história da igreja cristã - quando a igreja 
sai para fora dos muros de Jerusalém para 
alcançar 0 mundo. Estava tendo, portan­
to, cumprimento das palavras de Jesus 
de que a Igreja seria testemunha tanto 
em Jerusalém, Judeia, Samaria e até os 
confins da terra. Atos 8.1 marca 0 início 
daquilo que foi anunciado em Atos 1.8.
4 2 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
I - ESTÊVÃO E A IGREJA QUE 
TEM SUA FÉ CONTESTADA
l. Aprendendo com Estevão. Com 
Estêvão, em Atos 6 e 7, aprendem os 
que a fé cristã sempre será questionada. 
Ele enfrentou oposição, e todo cristão 
também enfrentará. A fé será colocada 
à prova, sem espaço para indecisão. 
Além disso, Estêvão nos ensina que 
todo cristão deve saber defender sua fé. 
Explicar e sustentar as crenças cristãs 
é uma responsabilidade da Igreja, e 
cada crente precisa entender no que 
acredita e como responder a desafios. 
No entanto, em um mundo que muitas 
vezes se opõe ao cristianismo, não basta 
apenas defender a fé - é preciso estar 
preparado até mesmo para enfrentar 
perseguições. Estêvão é um exemplo de 
coragem, mostrando que tanto 0 cristão 
quanto a Igreja devem estar dispostos 
a permanecer firmes, mesmo que isso 
signifique perder a liberdade ou até a 
própria vida.
vv
Estêvão é um exemplo de 
coragem, mostrando que 
tanto o cristão quanto 
a Igreja devem estar 
dispostos a permanecer 
firmes, mesmo que 
isso signifique perder a 
liberdade ou até a própria 
vida.”
2. A fé sob ataque. Lucas nos conta 
que, em um momento do ministério de 
Estêvão, um grupo de judeus que vivia 
fora de Israel, chamado de judeus he- 
lenistas, se levantou contra ele. Esses 
judeus faziam parte da Diáspora, ou seja,
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“ESTÊVÃO SE DEFENDE PERANTE 
O SINÉDRIO.
Estêvão está onde seu Mestre estava quando 
Ele foi condenado à morte. O Sinédrio se reuniu 
para condená-lo sob a semelhante acusação 
de blasfêmia. O Estêvão cheio do Espírito deve 
ter sabido que ele sofrerá o mesmo destino 
que seu Salvador. Com suas palavras diante 
do conselho, ele faz extraordinário discurso. 
Ele cita a história de Israel desde Abraão até 
Salomão, narrando os procedimentos de Deus 
para com seu povo. Ele escolhe do Antigo Tes­
tamento acontecimentos que confrontam seus 
ouvintes [...].” Amplie mais 0 seu conhecimento, 
lendo 0 Comentário Bíblico Pentecostal Novo 
Testamento - Vol. 1, edita pela CPAD, p.66o.
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 4 3
eram pessoas que tinham se espalhado 
por outras regiões, fora do território de 
Israel. Eles não concordaram com o que 
Estêvão estava ensinando e começaram 
a se opor ao seu trabalho (At 6.9). Esse 
levante aconteceu logo após Estêvão fazer 
“prodígios e grandes sinais entre 0 povo” 
(At 6.8). É interessante observar que o 
verbo grego usado aqui, anistemi, com o 
sentido de “ levantar” é o mesmo verbo 
usado por Marcos quando disse que houve 
testemunhas falsas que se levantaram para 
acusar Jesus (Mc 14.57). Anteriormente, 
Cristo já fora atacado no seu ministério 
terreno, agora 0 ciclo se repetia com seus 
seguidores. A fé cristã sempre será alvo e 
objeto de ataque. Se a igreja é verdadei­
ramente cristã, sempre haverá em algum 
lugar um levante. Neste episódio, 0 levante 
fora motivado por conta da inveja que os 
religiosos sentiram ao verem suas sinago­
gas esvaziadas por motivo das pessoas se 
renderem a um Evangelho de poder. Uma 
igreja bíblica sempre estará sob ataque e 
terá sua fé contestada.
3. A disputa com Estêvão. Uma outra 
palavra usada nesse texto merece nossa 
atenção. É 0 vocábulo “suzéteó” , traduzido 
aqui como “ disputavam “ E disputavam 
com Estêvão” (At 6.9). Os léxicos, ou di­
cionários de grego-português, observam 
que este termo era frequentemente usado 
no contexto de discussões religiosas ou 
filosóficas, onde diferentes pontos de 
vistas estavam sendo examinados ou 
desafiados. Era uma forma de debater 
idéias e impor aos outros sua forma de 
enxergar as coisas. Em outras palavras, 
os judeus helenistas não estavam sim ­
plesmente “ discutindo” com Estêvão, 
isto é, batendo boca, mas procurando, 
a todo custo, sobrepor sua cosmovisão 
através de uma narrativa bem construída.
4. A falsa narrativa. A Igreja sem ­
pre teve de lidar e combater as falsas
narrativas. Nos dias de Jesus, Ele foi 
acusado de enganar 0 povo (Jo 7.12); 
quando Ele ressuscitou, criaram a nar­
rativa de que seu corpo h avia sido 
roubado pelos discípulos (Mt 28.13). O 
apóstolo Paulo foi acusado de pregar 
contra os decretos de César (At 17.7) e 
pelo fato de pregar a respeito de Jesus 
e da ressurreição, 0 acusaram de pregar 
“ deuses estranhos” (At 17.18). Hoje 
não é diferente. A igreja luta em várias 
frentes com falsas narrativas que a todo 
custo querem minar 0 seu testemunho 
e desacreditá-la. Você pode reconhecer 
algumas dessas narrativas?
II - ESTÊVÃO E A IGREJA 
QUE DEFENDE SUA FÉ
1. Deus na h istó ria do seu povo. 
Estêvão é conhecido como o primeiro 
defensor da fé cristã e 0 primeiro mártir 
da Igreja. Ele faz uma defesa apaixonada 
da fé, usando a própria história do povo de 
Israel como base. No capítulo 7 do livro de 
Atos, encontramos seu discurso completo, 
no qual, guiadopelo Espírito Santo, ele 
não apenas mostra como Deus sempre 
agiu na história do seu povo, mas também 
revela 0 propósito principal dessa história: 
provar que Jesus é 0 Cristo. Durante sua 
fala, Estêvão menciona grandes nomes 
como Abraão, José e Moisés, destacando 
que todos eles viveram na esperança da 
vinda do Messias, que mesmo sendo tão 
esperado, acabou rejeitado. A defesa de 
Estêvão nos ensina que toda explicação 
e defesa da fé cristã - a chamada apo- 
logética - deve sempre ter um objetivo 
central: apontar para Jesus Cristo.
2. Corações endurecidos. Concluindo 
sua defesa da fé, Estêvão disse: “ Ho­
mens de dura cerviz e incircuncisos de 
coração e ouvido, vós sempre resistis 
ao Espírito Santo; assim, vós sois como 
vossos pais” (At 7.51). Mesmo diante
44 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO ■ SETEMBRO 2025
dos fatos apresentados por Estêvão em 
uma defesa suficientemente convincente, 
seus adversários preferiram ignorar. Na 
verdade, ninguém convence quem não 
quer ser convencido. Deus não força 
ninguém a crer, nem tampouco o con­
dena sem lhe dar, antes, oportunidade. 
O texto mostra que o Espírito Santo não 
tem espaço em corações endurecidos.
III - ESTÊVÃO E O MARTÍRIO 
DA IGREJA
1. Contemplando a vitória da cruz.
D iante de um grupo en furecido (At 
7.54), Estêvão contemplou a glória de 
Deus: “ Eis que vejo os céus abertos e 
0 Filho do Homem, que está em pé à 
mão direita de Deus” (At 7-56). Uma 
igreja que contempla 0 Cristo glorificado 
não nega a sua fé, pois ela contempla a 
vitória da cruz. Assim como Estêvão, o 
apóstolo Paulo demonstrou estar pronto 
não somente para sofrer pelo nome de 
Jesus, mas morrer por Ele (At 21.13). 
Uma igreja que mantém seus olhos no 
Cristo glorificado não tem nada a temer.
2. Perdoando o agressor. A última 
declaração de Estêvão antes de sua morte 
é marcante e cheia de significado: “ E, 
pondo-se de joelhos, clamou com gran­
de voz: Senhor, não lhes imputes este 
pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” 
(At 7.60). Aqui vemos um cristão que 
não teme a morte porque contempla a 
coroa da vida (Ap 2.10). Temos aqui a 
figura de uma igreja que, literalmente, 
se dá pelo perdido, que se sacrifica por 
ele. Esse deve ser 0 modelo a seguir.
CONCLUSÃO
Estevão, um dos sete escolhidos para 
0 trabalho social da prim eira igreja, 
representa 0 modelo de uma igreja ver­
dadeiramente bíblica. Qualificado, cheio 
de fé e do Espírito Santo, não teme se 
posicionar diante de um mundo e de uma 
cultura contrários. Não teme 0 sofrimento 
e nem mesmo a morte na defesa daquilo 
que acredita e prega. É 0 modelo de uma 
igreja, que em vez de ficar no seu con­
forto, vai até as últimas consequências, 
arriscando-se pelo seu Senhor.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que podemos aprender com Estêvão?
2. Quem foram os que se levantaram contra Estêvão?
3. Contra o quê a Igreja sempre teve que lidar e combater?
4. Como Estêvão fez um a defesa apaixonada da fé?
5. O que Estêvão pôde contem plar diante de um grupo enfurecido?
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 4 5
LIÇAO 10
7 de Setembro de 2025
/
A EXPANSÃO DA IGREJA
TEXTO ÁUREO
“Mas os que andavam dispersos 
iam por toda parte anunciando 
a palavra. E, descendo Filipe 
à cidade de Samaria, lhes 
pregava a Cristo.” (At 8.4,5)
\ ______________________________
VERDADE PRÁTICA
A igreja só crescerá quando 
ultrapassar seus próprios 
limites e levar a mensagem 
de Cristo para além de suas 
paredes.
__________________________ )
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 28.19
Respondendo ao “Ide” de Jesus 
Terça - Lc 4.18
A sublime missão de pregar 0 
Evangelho
Quarta - 1 Co 9.16
A necessidade de pregar 0 
Evangelho
Quinta - At 8.12
Proclamando as Boas-Novas do 
Reino de Deus
Sexta - 1 Co 2.4
Pregando o Evangelho de poder 
Sábado - At 8.4 
Pregando em todo lugar e para 
todas as pessoas
4 6 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 8.1-8,12-15
1- E também Saulo consentiu na morte 
dele. E fez-se, naquele dia, uma grande 
perseguição contra a igreja que estava em 
Jerusalém; e todos foram dispersos pelas 
terras da Judeia e da Samaria, exceto os 
apóstolos.
2- E uns varões piedosos foram enterrar 
Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.
3- E Saulo assolava a igreja, entrando 
pelas casas; e, arrastando homens e 
mulheres, os encerrava na prisão.
4- Mas os que andavam dispersos iam 
por toda parte anunciando a palavra.
5- E, descendo Filipe à cidade de Samaria, 
lhes pregava a Cristo.
6 - Eas multidões unanimemente presta­
vam atenção ao que Filipe dizia, porque 
ouviam e viam os sinais que ele fazia,
7- pois que os espíritos imundos saíam de 
muitos que os tinham, clamando em alta voz; 
e muitos paralíticos e coxos eram curados. 
8 £ havia grande alegria naquela cidade.
12- Mas, como cressem em Filipe, que 
lhes pregava acerca do Reino de Deus e 
do nome de Jesus Cristo, se batizavam, 
tanto homens como mulheres.
13- £ creu até 0 próprio Simão; e, sendo 
batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, 
vendo os sinais e as grandes maravilhas 
que se faziam, estava atônito.
14- Os apóstolos, pois, que estavam em 
Jerusalém, ouvindo que Samaria rece­
bera a palavra de Deus, enviaram para 
lá Pedro e João,
15- os quais, tendo descido, oraram por 
eles para que recebessem 0 Espírito Santo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta semana, vamos estudar como 
a Igreja foi dispersa por causa de uma 
grande p erse gu içã o . Até en tão, os 
cristão s estavam con cen trados em 
Jerusalém e não tinham avançado na 
missão de espalhar 0 Evangelho. Mas 
tudo mudou quando Estêvão, um dos 
sete escolhidos para servir, foi morto 
por causa de sua fé. Na verdade, Jesus 
já havia predito em Atos 1.8 que os 
cristãos seriam espalhados pelo mundo 
para anunciar a sua mensagem. Muitas 
vezes, Deus usa circunstâncias para 
cumprir seus propósitos. Foi isso que 
aconteceu com a igreja em Jerusalém: 
mesmo sofrendo uma grande perda e 
tendo de sair da cidade, os cristãos não 
fugiram derrotados. Pelo contrário,
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
eles continuaram firm es, levando as 
Boas-Novas para outras pessoas.
I - A IGREJA DIANTE 
DA PERSEGUIÇÃO
1. Embora perseguida, não fragmen­
tada. Por conta da perseguição que foi 
movida contra Estêvão, o evangelista 
enfatiza que os cristãos “ foram disper­
sos pelas terras da Judeia e da Samaria, 
exceto os apóstolos” (At 8.1). Os capítulos 
4 e 5 de Atos registram a perseguição 
focada mais sobre os apóstolos, líderes 
da igreja. O fato de eles não terem se 
dispersado, como fizeram os demais 
crentes, não significa que eles também 
não foram perseguidos. Eles ficaram em 
Jerusalém porque a igreja, sob pressão
LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 47
e perseguição, precisava deles. O que 
está em foco aqui é a intensidade que 
a p ersegu ição a tin giu , que daquele 
momento em diante alcançaria todos 
os crentes. Deve ser também destacado 
que, mesmo perseguida e dispersada, 
essa igreja não se desorganizou nem se 
fragmentou, mas continuou uma igreja 
forte e unida.
2. A igreja em luto. A narrativa de 
Lucas destaca que “ uns varões piedosos 
foram enterrar Estêvão e fizeram sobre 
ele grande pranto” (At 8.2). A palavra 
kophetós, traduzida aqui como “pranto” 
significa também “choro”, “lamentação” 
e “ luto”. Lucas nos inform a que esse 
pranto foi feito por “ varões piedosos”. 
O texto não especifica quem eram eles. 
Alguns acreditam que fossem judeus que 
viviam em Jerusalém e cuja oposição aos 
cristãos não era tão intensa. O contexto 
favorece que eram cristãos compassivos 
que fizeram esse lamento antes também 
de fugirem ou serem dispersados.
3. M as não desesperada. O fato é 
que a igreja pranteou Estêvão, chorou 
por ele e lágrim as foram derramadas. 
Contudo, 0 texto não mostra uma igreja 
desesperada, desmotivada ou devorada 
pela tristeza . Um de seus m em bros 
queridos e ilustres havia sido morto, 
trazendo consequências para todos, 
mas isso não a calou nem tampouco a 
impediu de m anter-se entusiasmada 
para avançar no testemunho de Cristo.
II - A IGREJA QUE 
EVANGELIZA
1. Evangelização centrada na Pa­
lavra. Em Atos 8.4., lemos que “os que 
andavam dispersos iam por toda parte 
anunciando a palavra”. Esse versícu­
lo m ostra que a Igreja Prim itiva era 
movida pelo poder do Espírito Santo, 
ou seja, cheia da presença divina para
levar a m ensagem de Jesus adiante. 
Mas, além disso, a Igreja de Jerusalém 
também era focada na Palavra de Deus. 
Os cristãos que foram espalhados por 
diferentes lugares não pararam de falar 
sobre as Boas-Novas de Jesus. A Igreja 
Prim itiva operava sob Espírito Santo 
e era, portanto, firmada na Palavra de 
Deus. Sua fidelidade à m ensagem do 
Reino resultou em muitas conversões, 
m ilagres e libertações. Se queremos 
evangelizar com êxito, tam bém pre­
cisamos viver pelo poder do Espírito e 
estar centrados na Bíblia.
2. Evangelização centrada em Cristo. 
Filipe, um dos sete escolhidos para ser­
vir na igreja, também foi disperso e, ao 
chegar a Samaria, “ lhes pregava a Cristo” 
(At 8.5). Como já vimos, um ministério 
bem-sucedido precisa ser fiel à Palavra de 
Deus, mas também deve ser totalmente 
centrado em Jesus. Filipe não pregava 
idéias da moda, mas sim, a mensagem 
da cruz. Cristo era 0 centro de sua pre­
gação. Assim, a evangelização precisa 
ser focada em Jesus. Qualquer pregação 
que não tem a cruz como base se torna 
vazia. É a mensagem da cruz que trans­
forma vidas, trazendo cura, libertação e 
salvação. Foi por isso que a campanha 
evangelística de Filipe em Samaria teve 
tanto impacto: muitas pessoas foram 
salvas e libertas. Portanto, não devemos 
colocar nossa confiança em estratégias 
humanas, mas priorizar nossa ação no 
poder do Espírito e na força da Palavra.
III - A IGREJA QUE DÁ 
SUPORTE À EVANGELIZAÇÃO
1. O suporte da igreja. No Livro de 
Atos, lemos que “os apóstolos, pois, que 
estavam em Jerusalém, ouvindo que 
Sam aria recebera a palavra de Deus, 
enviaram para lá Pedro e João” (At 8.14). 
Essa passagem mostra que a igreja de
4 8 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
Jerusalém dava suporte e com pleto 
apoio, ao trabalho que era feito fora de 
seus muros. Quando a igreja começou 
a sair fora de seus portões, os apóstolos 
procuraram dar apoio e suporte ao tra­
balho evangelístico e missionário. Não 
basta mandar missionários, é necessário 
dar-lhes suporte na missão que realizam.
2. A ig re ja que d isc ip u la . Lucas 
m ostra que os apóstolos, tendo ido à 
Sam aria “ oraram por eles para que 
recebessem o Espírito Santo” (At 8.15). 
Esse texto mostra, além do apoio dado 
ao m inistério de Filipe, o trabalho de 
discipulado da Igreja. Fazia parte da 
doutrina dos apóstolos o ensino sobre 
a iniciação cristã, que envolvia o ensino 
sobre a conversão, 0 batismo nas águas e 
a capacitação do Espírito. O texto bíblico 
diz que as pessoas aceitaram a Palavra 
de Deus, isto é, se converteram e foram 
batizadas nas águas. Contudo, por uma 
razão não especificada, aqueles crentes 
não haviam recebido o Espírito Santo.
3. Sem o recebimento do Espírito, 
o discipulado está incom pleto. Filipe 
pregou a Cristo e realizou muitos sinais
entre os samaritanos, levando-os à fé 
e ao batismo nas águas. Mais tarde, os 
apóstolos Pedro e João foram enviados 
para que recebessem 0 Espírito Santo, 
completando assim 0 discipulado desses 
novos crentes (At 8.14,15). Para os apósto­
los, 0 discipulado estava incompleto sem 
0 recebimento do Espírito. Essa visão da 
conversão cristã permanece, e devemos 
levar os novos na fé a desfrutarem da 
experiência pentecostal, assim como 
fizeram os apóstolos.
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos como 0 Evangelho 
se espalhou rapidamente após a perse­
guição contra a Igreja. Isso só aconteceu 
porque a m ensagem cristã tinha um 
foco claro: a Palavra de Deus e a cruz 
de Cristo. Sem Cristo e sem a Bíblia, 
não há Evangelho. A Bíblia não destaca 
os métodos que Filipe usou para evan- 
gelizar Samaria, mas enfatiza 0 poder 
do Espírito Santo e da Palavra de Deus. 
Esse é o exemplo que devemos seguir.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que os capítulos 4 e 5 de Atos registram quanto à perseguição da Igreja?
2. O que Atos 8.4 m ostra sobre a Igreja Prim itiva?
3. De acordo com a lição, que tipo de pregação pode se tornar vazia?
4. O que Atos 8.14 m ostra sobre a igreja em Jerusalém?
5. O que está incom pleto sem 0 recebim ento do Espírito Santo?
JULHO • AGOSTO ■ SETEMBRO 202 5 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 49
UMA IGREJA HEBREIA NA 
CASA DE UM ESTRANGEIRO
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 15.12 Quinta - Jo 3.16
Os gentios no plano da salvação 0 amor de Deus por todos
Terça - At 10.34 Sexta - Tt 2.11
Deus não faz acepção de pessoas A graça salvadora dispensada a
Quarta - Mc 16.15 todos
A pregação do Evangelho a todo Sábado - At 10.44
tipo de pessoa 0 Espírito derramado sobre todos
i
TEXTO ÁUREO
“Respondeu, então, Pedro: Pode 
alguém, porventura, recusar 
a água, para que não sejam 
batizados estes que também 
receberam, como nós, o Espírito 
Santo?” (At 10.47)
r
VERDADE PRÁTICA
O episódio da igreja hebreia 
na casa do gentio Cornélio 
demonstra que Deus não faz 
acepção de pessoas.
J
5 0 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO ■ AGOSTO • SETEMBRO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 10.1-8, 21-23, 44-48
1- E havia em Cesareia um varão por nome 
Cornélio, centurião da coorte chamada 
Italiana,
2- piedoso e temente a Deus, com toda a 
sua casa, 0 qual fazia muitas esmolas ao 
povo e, de contínuo, orava a Deus.
3- Este, quase à hora nona do dia, viu 
claramente numa visão um anjo de Deus, 
que se dirigia para ele e dizia: Cornélio!
4 - Este, fixando os olhos nele e muito 
atemorizado, disse: Que é, Senhor? E 0 
anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas 
esmolas têm subido para memória diante 
de Deus.
5- Agora, pois, envia homens a Jope e 
manda chamar a Simão, que tem por 
sobrenome Pedro.
6- Este está com um certo Simão, curtidor, 
que tem a sua casa junto do mar. Ele te 
dirá 0 que deves fazer.
7- E, retirando-se 0 anjo que lhe falava, 
chamou dois dos seus criados e a um 
piedoso soldado dos que estavam ao seu 
serviço.
8 - E, havendo-lhes contado tudo, os 
enviou a Jope.
21- E, descendo Pedro para junto dos va­
rões que lhe foram enviados por Cornélio, 
disse: Sou eu a quem procurais; qual é a 
causa por que estais aqui?
22 -E eles disseram: Cornélio, 0 centurião, 
varão justo e temente a Deus e que tem 
bom testemunho de toda a nação dos 
judeus, foi avisado por um santo anjo 
para que te chamasse a sua casa e ouvisse 
as tuas palavras.
23- Então, chamando-os para dentro, 
os recebeu em casa. No dia seguinte, foi 
Pedro com eles, e foram com ele alguns 
irmãos de Jope.
44- E, dizendo Pedro ainda estas palavras, 
caiu 0 Espírito Santo sobre todos os que 
ouviam a palavra.
45- E os fiéis que eram da circuncisão, 
todos quantos tinham vindo com Pedro, 
maravilharam-se de que 0 dom do Espí­
rito Santo se derramasse também sobre 
os gentios.
46- Porque os ouviam falar em línguas 
e magnificar a Deus.
4 7 - Respondeu, então, Pedro: Pode 
alguém, porventura, recusar a água, 
para que não sejam batizados estes 
que também receberam, como nós, 0 
Espírito Santo?
48- E mandou que fossem batizados em 
nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que 
ficasse com eles por alguns dias.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta semana, estudaremos sobre 
como a igreja judaica de Jerusalém deu 
um passo gigantesco quando foi cha­
mada por Deus para compartilhar sua fé 
com pessoas de outras nações. 0 apóstolo 
Pedro foi escolhido divinamente para
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
pregar as Boas-Novas da salvação aos 
gentios, o que na época não era aceitável. 
Atos 10 é uma das mais impressionantes 
histórias da Bíblia, onde fica evidente o 
grande amor e graça de Deus em salvar 
a todos aqueles que dem onstrem fé 
na pessoa do seu bendito Filho, Jesus
LIÇÕES BÍBLICAS ■ ALUNO 5 1
Cristo. Lucas destaca em seu livro que 
os gentios foram salvos e receberam o 
dom do Espírito da mesma forma que 
osjudeus no Pentecostes.
I - A REVELAÇÃO DE DEUS 
AOS GENTIOS
1. A visão de Cornélio. Cornélio, um 
centurião romano da cidade de Cesareia, 
orava por volta das três horas da tarde 
quando teve uma revelação de Deus. 
Ele viu um anjo de Deus (At 10.3). Não 
é incomum, nas páginas das Escritu­
ras, Deus se revelar por meio de anjos. 
Contudo, essa revelação se distingue 
de outras por conta de seu propósito: a 
inclusão dos gentios à Igreja do Senhor. 
Cornélio era um homem que tinha de­
sejo de salvação, pois mesmo sendo um 
gentio, era piedoso e temente a Deus com 
toda a sua casa (At 10.2). No entanto, 
isso não era suficiente para salvá-lo. Ele 
precisava ouvir acerca da mensagem da 
cruz e 0 anjo de Deus estava ali para 
instru í-lo a como fazer. Não sendo a 
pregação do Evangelho missão para um 
anjo, Cornélio foi instruído a chamar 0 
apóstolo Pedro para fazer isso (At 10.22).
2. A experiência espiritual de Pedro. 
Assim como Cornélio, Pedro também 
teve uma revelação (At 10.10). Pedro teve 
uma experiência espiritual com visão e 
revelação divina, que 0 deixou perplexo 
(At 10.11,12). Deus sabia do impacto que a 
missão na casa do gentio Cornélio teria 
sobre as convicções de Pedro e, por isso, 
por meio dessa experiência espiritual, 0 
prepara para 0 que viria pela frente. Pedro 
levaria as Boas-Novas do Evangelho a 
um povo que, para ele, estava excluído 
do plano salvífico de Deus. Ele sentiu o 
caráter excepcional dessa revelação e 
achou por bem levar consigo outros seis 
irmãos judeus naquela missão (At 10.23, 
11.12; 15.7).
vv
Paulo afirm ou que Deus 
achou por bem salvar os 
que creem por m eio da 
pregação (1 Co 1.21). De­
vemos, portanto, pregar. 
Não é preciso ninguém 
ficar esperando um anjo 
com issioná-lo a pregar 
o Evangelho. Deus já fez 
isso.”
3. A urgência da pregação do Evan­
gelho. Deus ainda pode revelar a alguém 
0 seu plano salvífico de forma excep­
cional, inclusive usando anjos eleitos, 
como fez na casa de Cornélio. Contudo, 
essa não é a maneira usual do Senhor 
trabalhar. A partir da verdade bíblica 
de que Deus quer salvar a todos (1 Tm 
2.4), a igreja deve levar adiante a gran­
diosa missão de pregar 0 Evangelho a 
toda criatura (Mc 16.15). Paulo afirmou 
que Deus achou por bem salvar os que 
creem por meio da pregação (1 Co 1.21). 
Devemos, portanto, pregar. Não é pre­
ciso ninguém ficar esperando um anjo 
com issioná-lo a pregar 0 Evangelho. 
Deus já fez isso.
II - A SALVAÇÃO DOS GENTIOS
1. Pregação aos gentios. Pedro rece­
beu a missão de pregar para Cornélio e 
sua casa (At 11.14). Sua pregação é total­
mente cristocêntrica, sempre apontando 
para a cruz de Cristo. Assim, podemos 
perceber alguns eixos principais que sua
5 2 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
Sua [de Pedro] pregação é 
totalmente cristocêntrica, 
sempre apontando para a 
cruz de Cristo. [...] Cristo 
é o centro do Evangelho. 
Ele é o eixo em torno do 
qual tod as as b ên çãos 
espirituais se encontram. 
Estar em Cristo é estar 
salvo; não estar em Cristo 
é não estar salvo!”
mensagem percorria. Primeiramente, 
Deus ama a todos (At 10.34). Todas as 
pessoas, quer judeus quer gentios, são 
objeto do amor de Deus. Em segundo 
lugar, Deus quer salvar a todos (At 10.35). 
Deus não somente ama a todos, mas quer 
salvar a todos. Pedro agora reconhece 
que a salvação não é apenas para os 
judeus que guardam a Lei, mas também 
para todo aquele que em qualquer nação 
0 “ tem e”. Em terceiro lugar, Cristo é 
0 Senhor de todos (At 10.36). Cristo é 0 
centro do Evangelho. Ele é 0 eixo em 
torno do qual todas as bênçãos espiri­
tuais se encontram. Estar em Cristo é 
estar salvo; não estar em Cristo é não 
estar salvo!
2. A conversão dos gentios. A men­
sagem da cruz é um chamado ao arre­
pendimento (At 10.43). Todos os que, 
arrependidos, creem em Cristo, serão 
perdoados, e, portanto, salvos. Na sua 
soberania e graça, Deus havia incluído 
no seu plano de salvação todos os não
judeus que, arrependidos, professariam 0 
nome do Senhor Jesus. Ninguém é salvo 
à força; é preciso crer em Cristo para 
receber a salvação. Tanto judeus quanto 
gentios necessitam se arrepender para 
ser salvos. Os judeus acreditavam que 0 
privilégio da salvação era exclusividade 
deles e que, portanto, os gentios estavam 
excluídos. O Criador havia mostrado 
que isso era um erro. Posteriormente, 
os judeus convertidos reconheceram 
m aravilhados que Deus, por meio do 
arrependimento, abriu a porta da fé para 
os gentios (At 11.18). Portanto, Ele salvou 
os gentios que demonstraram fé em Jesus 
e se arrependeram de seus pecados.
III - O ESPÍRITO DERRAJVIADO 
SOBRE OS GENTIOS
1. O Espírito prometido. O batismo 
no Espírito Santo experimentado pelos 
gentios na casa de Cornélio (At 10.44-46) 
foi um dos fatos mais m arcantes que 
aconteceu nos dias da Igreja Primitiva. 
Anos m ais tarde, durante 0 primeiro 
Concilio da Igreja em Jerusalém, Pedro 
faz referência a esse fato como sendo 
uma das promessas feitas por Deus aos 
gentios (At 15.16). Assim, 0 recebimento 
do Espírito Santo, incluindo a experiência 
pentecostal do batismo no Espírito Santo, 
era a “bênção de Abraão” feita aos gentios 
(Gl 3.14). Pedro já havia dito, citando a 
profecia do profeta Joel (J1 2.28), que 0 
batismo no Espírito Santo era uma pro­
messa de Deus a “ toda carne” (At 2.17). 
A promessa, portanto, não se limitava 
mais aos judeus, nem tampouco a uma 
classe especial (reis, profetas e sacer­
dotes), mas a todos quantos nosso Deus 
chamar (At 2.39). Eu, você e todos os que 
creem em Cristo somos contemplados 
com essa promessa de Deus.
2. O Espírito recebido. Como vimos, 
logo após os gentios terem “ recebido
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 5 3
a Palavra de Deus” (At 11.1), isto é, se 
convertido a fé cristã, o Espírito Santo 
foi derramado sobre os crentes gentios 
de Cesareia: “ E os fiéis que eram da 
circu n cisão , todos quantos tin ham 
vindo com Pedro, m aravilh aram -se 
de que o dom do E spírito Santo se 
derram asse tam bém sobre os g e n ­
tio s” (At 10.45). Esse derram am ento 
do Espírito veio acom panhado pela 
evidên cia fís ica do fa lar em outras 
lín guas e expressões de louvor, que 
aparece aqui como um padrão já aceito 
pela com unidade cristã: “ Porque os 
ouviam falar em línguas e magnificar 
a Deus” (At 10.46).
3. Um pentecoste “visto” e “ouvido”. 
Posteriormente, quando questionado e 
censurado por outros judeus por ter ido 
à casa de um gentio em Cesareia, Pedro 
usou a experiência pentecostal ocorrida 
na casa de Cornélio como argumento a 
favor da autenticidade da fé gentílica.
Na argumentação de Pedro, os gentios 
haviam recebido a mesma experiência 
pentecostal que eles haviam recebido 
no dia de Pentecostes (At 2.4), inclusive 
com a manifestação do fenômeno das 
línguas (At 11.15-18). Em outras palavras, 
o Pentecostes gentílico, assim como o 
Pentecostes judaico, foi marcado pela ex­
periência do Espírito. Em ambos os casos, 
foi um Pentecostes “visto” e “ouvido”.
CONCLUSÃO
A graça de Deus se manifestou tra­
zendo salvação a todas as pessoas (Tt 
2.11). A m issão da igreja na casa do 
gentio Cornélio m ostra como 0 amor 
de Deus pode alcançar todas a pessoas, 
independentemente de cor e raça, que 
abrem 0 seu coração à poderosa mensa­
gem da cruz. Aqui também vemos que a 
fé evangélica não é algo subjetivo, mas 
marcada pela ação e presença real do 
Espírito Santo na vida daquele que crer.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. De acordo com a lição, qual era 0 propósito da revelação feita a Cornélio?
2. Para quem Pedro levaria 0 Evangelho?
3. De acordo com a lição, quais são os principais eixos que podem os 
perceber na pregação de Pedro na casa de Cornélio?
4. Segundo a lição, qual foi um dos fatos m ais m arcantes da Igreja Pri­
m itiva?
5. O que m arcou 0 Pentecostes Gentílico?
5 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
LIÇAO 12
21 de Setembro de 2025
Dia Nacional da Escola Dominical
O CARÁTER MISSIONÁRIO 
DA IGREJADE JERUSALÉM
7 N
TEXTO ÁUREO
“E havia entre eles alguns 
varões de Chipre e de Cirene, os 
quais, entrando em Antioquia, 
falaram aos gregos, anunciando 
0 Senhor Jesus.” (At 11.20)
V_____________________
f
VERDADE PRÁTICA
Faz parte da missão da Igreja 
a evangelização de povos não 
alcançados.
________ J
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 1.8 Quinta - At 14.21
Alcançando os confins da terra Fazendo discípulos
Terça - Rm 15.24 Sexta - At 11.26
0 Evangelho além -m ar Formando a identidade cristã
Quarta - At 11.20,21 Sábado - At 11.29
Implantando igrejas Socorrendo os necessitados
L ___________________________ j
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 55
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
A tos 11.19-30
19- E os que foram dispersos pela perse­
guição que sucedeu por causa de Estêvão 
caminharam até à Fenícia, Chipre e 
Antioquia, não anunciando a ninguém a 
palavra senão somente aos judeus.
20- E havia entre eles alguns varões de 
Chipre e de Cirene, os quais, entrando em 
Antioquia, falaram aos gregos, anunciando 
0 Senhor Jesus.
21- E a mão do Senhor era com eles; e gran­
de número creu e se converteu ao Senhor.
22- E chegou a fama destas coisas aos 
ouvidos da igreja que estava em Jerusa­
lém; e enviaram Barnabé até Antioquia,
23- 0 qual, quando chegou e viu a graça 
de Deus, se alegrou e exortou a todos a 
que, com firmeza de coração, permane­
cessem no Senhor.
24- Porque era homem de bem e cheio 
do Espírito Santo e de fé. E muita gente 
se uniu ao Senhor.
25- E partiu Barnabé para Tarso, a buscar 
Saulo; e, achando-o, 0 conduziu para 
Antioquia.
26- E sucedeu que todo um ano se reu­
niram naquela igreja e ensinaram muita 
gente. Em Antioquia, foram os discípulos, 
pela primeira vez, chamados cristãos.
27- Naqueles dias, desceram profetas de 
Jerusalém para Antioquia.
28- E, levantando-se um deles, por nome 
Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, 
que havería uma grande fome em todo 
0 mundo, e isso aconteceu no tempo de 
Cláudio César.
29- £ os discípulos determinaram mandar, 
cada um conforme 0 que pudesse, socorro 
aos irmãos que habitavam na Judeia.
30- 0 que eles com efeito fizeram, en- 
viando-o aos anciãos por mão de Barnabé 
e de Saulo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Como 0 evangelho alcançou Antio­
quia, uma importante cidade da Síria 
dentro do Império Romano? Conhecer 
esse fato é relevante porque, pela pri­
meira vez, cristãos de Jerusalém levam 
a mensagem da cruz aos gentios fora 
das fronteiras de Israel. Com 0 ingresso 
do Evangelho na cidade de Antioquia, a 
igreja dava seu primeiro salto na missão 
transcultural. Nesta lição, estudaremos 
sobre como 0 “Ide” de Jesus é levado 
a sério por um grupo de cristãos re­
fugiados, vítim as da perseguição que 
sobreviera a Estêvão em Jerusalém. Esses 
crentes, mesmo sendo leigos, possuíam
uma forte consciência missionária. E, 
quando perseguidos, não escondiam sua 
fé, mas a compartilhavam apontando 
sempre para a cruz de Cristo. Esse é um 
belo exemplo de fé cristã que deve, não 
somente nos inspirar, mas, sobretudo, 
nos levar a agir como eles.
I - UMA IGREJA COM CONSCI­
ÊNCIA MISSIONÁRIA 
1. O Evangelho para além da fron­
teira de Israel. Lucas abre essa seção de 
seu livro fazendo referência aos cristãos, 
“os que foram dispersos pela persegui­
ção que sucedeu por causa de Estêvão
5 6 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
cam inharam até à Fenícia, Chipre e 
Antioquia” (At 11.19). Observamos que 
essa passagem bíblica faz um paralelo 
com Atos 8.1-4 onde narra o início da 
perseguição em Jerusalém que gerou 
a dispersão cristã. Assim como Filipe, 
que em razão da perseguição levou 0 
Evangelho à cidade de Samaria, da mes­
ma forma esses crentes, que também 
faziam parte desse grupo de cristãos 
perseguidos, levaram 0 Evangelho para 
além da fronteira de Israel.
2. Cristãos dispersados, mas cons­
cientes de sua missão. Esses cristãos 
dispersados, após fugirem de uma per­
seguição feroz, não esconderam a sua 
fé. Aonde chegavam , anunciavam a 
Palavra de Deus (At 11.19,20). Foi assim 
que eles deram testemunho do Evan­
gelho na Fenícia, Chipre e Antioquia. O 
que vemos são cristãos conscientes da 
missão de testemunhar de sua fé onde 
quer que estivessem. Eles haviam sido 
comissionados para isso (Mt 28.19; At 
1.8). Somente cristãos participantes 
de uma igreja consciente de sua tarefa 
missionária agem dessa forma. Eles não 
perdem 0 foco: anunciam 0 Senhor Jesus 
em qualquer tempo, lugar e circunstância.
3. Cristãos leigos, mas capacitados 
pelo Espírito. Lucas destaca que dentre 
esses cristãos havia “alguns” que leva­
ram 0 Evangelho para Antioquia, capital 
da Síria, uma cidade cosmopolita e uma 
das três cidades mais importantes do 
Império Romano (At 11.20). O texto deixa 
claro que foram esses cristãos “comuns” 
os fundadores da igreja de Antioquia, 
uma das mais relevantes e importantes 
do Novo Testamento (At 13.1-4). Eram 
cristãos anônimos e leigos. Eles não são 
contados entre os apóstolos, diáconos ou 
presbíteros. Contudo, eles foram usados 
por Deus para fundar aquele trabalho e 
foram bem -sucedidos porque “ a mão
do Senhor era com eles” (At 11.21), con­
forme Lucas destaca. Esse era o segredo 
que fez toda a diferença. O que fica em 
destaque, portanto, não era 0 ofício ou 
0 cargo, mas a capacitação do Senhor. 
Os apóstolos eram extraordinários e os 
profetas excepcionais somente porque 
sobre eles tam bém estava a mão do 
Senhor.
II - UMA IGREJA COM VISÃO 
TRANSCULTURAL
1. A cultura grega (helênica). A Bí­
blia nos conta que alguns cristãos que 
tinham sido espalhados pelo mundo 
chegaram a “Antioquia, falaram aos 
gregos (At 11.20). Essa expressão, “ fa ­
laram aos gregos”, é muito importante. 
De acordo com estudiosos, ela explica 
que esse foi 0 primeiro momento em que 
cristãos judeus falaram de Jesus para 
pessoas que não eram judias, adoravam 
outros deuses e não seguiam 0 Judaís­
mo. Isso mostra que a igreja começou a 
levar a mensagem de Jesus para além 
das fronteiras da Palestina, chegando a 
um mundo totalmente diferente, onde 
as pessoas não conheciam a fé judaica. 
Ou seja, não eram judeus que falavam 
grego pregando para outros judeus da 
m esm a cultura, mas cristãos judeus 
que falavam grego levando 0 Evangelho 
a pessoas que não tinham nenhum a 
ligação com 0 Judaísmo. Dessa forma, 
0 que Jesus havia ordenado — pregar 0 
Evangelho a “ toda criatura” (Mc 16.15) 
— começou a se cumprir.
2. Contextualizando a mensagem. 
Podemos ver aqui um exemplo de como 
os primeiros cristãos adaptavam a men­
sagem ao contexto em que estavam . 
Lucas nos conta que eles “anunciavam” 0 
evangelho do Senhor Jesus” (At 11.20). O 
texto é curto e direto, mas esses cristãos 
estavam pregando para pessoas que não
JULHO ■ AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 5 7
eram judias. Isso significa dizer que eles 
não podiam simplesmente usar o Antigo 
Testamento para provar que Jesus era o 
Messias prometido, porque isso não faria 
sentido para aquele público. Diferente dos 
judeus e samaritanos, que já esperavam 
um Messias (At 2.36; 5.42; 8.5; 9.22), os 
gentios não tinham essa mesma expec­
tativa. Além disso, esses cristãos também 
não mencionam costumes judaicos, como 
a circuncisão, que Estêvão citou em seu 
discurso (At 7.51), porque isso não fazia 
parte da cultura dos gentios. Em vez de 
enfatizar que Jesus era o Messias, eles 
destacavam que Ele é o Senhor. Ou seja, 
estavam dizendo que os pagãos preci­
savam deixar seus falsos deuses e se 
voltar para o único e verdadeiro Senhor 
(At 14.15; 26.18,20). Dessa forma, sem 
comprometer a verdade da mensagem, 0 
Evangelho foi se espalhando e alcançando 
diferentes culturas.
III - UMA IGREJA QUE 
FORMA DISCÍPULOS 
1. A base do discipulado. Ao serem 
informados de que 0 Evangelho havia 
chegado a Antioquia (At 11.22), a partir 
de Jerusalém, os apóstolos enviaram 
Barnabé para lá. Chegando ali, Barnabé 
viu uma igreja viva e cheia da graça de 
Deus (At 11.23). Como um homem de bem 
e cheio doEspírito Santo, Barnabé os 
encorajou na fé (At 11.24). Contudo, logo 
se percebeu que aquela igreja precisava 
de mais instrução, ou seja, precisava 
ser discipulada. Com esse propósito, 
Barnabé foi em busca de Saulo para que 
0 auxiliasse nesta missão. E assim foi 
feito: “ E sucedeu que todo um ano se 
reuniram naquela igreja e ensinaram 
muita gente” (At 11.26). Esse episódio 
nos mostra que não basta ganhar almas, 
é preciso ensiná-las. Sem 0 ensino, a 
igreja não cresce em graça e conhe­
cimento. O crescimento saudável só é
possível por meio da obra da evange- 
lização e do discipulado.
2. Denominados de “cristãos”. Os 
cristãos de Jerusalém haviam sido cha­
mados na igreja de “ irm ãos” (At 1.16); 
“crentes” (At 2.44); “discípulos” (At 6.1) 
e “ santos” (At 9.13). Também passaram 
a ser identificados tanto pelos de dentro 
da igreja como pelos de fora dela como 
aqueles que eram do “ cam inho “ (At 
9.2; 19.9,23; 22.4; 24.14,22). Agora em 
Antioquia são chamados de “ cristãos” 
(At 11.26). O term o “ cristão s” tem 0 
sentido de “ pessoas de Cristo”.
3. A identidade cristã. O que real­
mente define um cristão não é apenas 
um nome ou um rótulo, mas sim sua 
vida, sua fé e suas atitudes. Embora 
a lgu n s estu d iosos acreditem que 0 
termo “ cristão” tenha sido usado em 
Antioquia como uma forma de zombaria, 
a verdade é que aqueles seguidores de 
Jesus dem onstravam um grande en­
tusiasm o e dedicação, assim como os 
primeiros crentes que vieram da igreja 
de Jerusalém para pregar naquela cidade.
O nome “cristão” aparece novamente 
na Bíblia em Atos 26.28 e 1 Pedro 4.16. 
Segundo a Bíblia, ser cristão significa 
crer em Jesus, abandonar o pecado e 
receber a salvação como um presente 
de Deus, dado pela sua graça.
CONCLUSÃO
Aprendemos como a providência de 
Deus faz com que 0 Evangelho chegue, 
por meio da Igreja, a povos ainda não 
alcançados. O que se destaca não é uma 
metodologia sofisticada de evangelismo, 
mas a graça de Deus, que capacita pes­
soas simples e anônimas a realizarem 
a sua obra. Quem deseja fazer, Deus 
capacita. Ninguém jam ais terá tudo 
de que precisa para cumprir a obra de 
Deus; no entanto, se Deus tiver tudo 
de nós, Ele nos habilitará a realizá-la.
5 8 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
REVISANDO O CONTEÚDO
l. Qual era o foco dos cristãos que foram dispersados?
2. Com o era a cidade de Antioquia?
3. Como os prim eiros cristãos con textualizavam a m ensagem do Evan­
gelho para os gentios?
4. O que 0 episódio de Atos 11.22,23,24,26 m ostra?
5. Qual é 0 sentido do term o “ cristão”?
VOCABULÁRIO
Cosmopolita: oriundo ou próprio dos grandes centros urbanos, das 
grandes cidades; que recebe influência cultural de grandes centros 
urbanos de outros países.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
O Discipuiado 
EFICAZ e o 
Crescimento 
da IGREJA
A FORCA
I0STALJ
’ í* 3
NTEu
A Força Pentecostal 
em Missões
Esta obra investiga o incrível 
crescimento do pentecostalismo, 
analisando-o desde suas origens 
históricas até o fenômeno mundial 
que é hoje como uma grande força 
missionária.
O Discipuiado Eficaz e 0 
Crescimento da Igreja
A obra se preocupa com o 
acompanhamento dos novos membros, 
ensina o que é ser discipulador e a 
importância do discipuiado para que a 
igreja cresça de forma saudável.
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 5 9
LIÇAO 13
28 de Setembro de 2025
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ASSEMBLÉIA DE JERUSALEM
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 12.12 Quinta - At 15.28
A igreja local como um Dando voz à igreja
organismo vivo Sexta - At 15.30,31
Terça - Tt 1.5 A necessidade de possuir
A igreja como organização parâmetros
Quarta - At 14.23 Sábado - 1 Co 14.40
Estabelecendo líderes
l
Tudo com decência e ordem
1
TEXTO AUREO
“Na verdade, pareceu bem ao 
Espírito Santo e a nós não vos 
impor mais encargo algum, 
senão estas coisas necessárias." 
(At 15.28)
VERDADE PRÁTICA
Em sua essência, a Igreja é 
tanto um organismo quanto 
uma organização e, como 
tal, precisa seguir princípios 
e regras para funcionar 
plenamente.
J
6 0 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO ■ AGOSTO • SETEMBRO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 15.22-32
22- Então, pareceu bem aos apóstolos 
e aos anciãos, com toda a igreja, eleger 
varões dentre eles e enviá-los com Paulo 
e Barnabé a Antioquia, a saber: judas, 
chamado Barsabás, e Silas, varões dis­
tintos entre os irmãos.
23- E por intermédio deles escreveram 0 
seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os 
irmãos, aos irmãos dentre os gentios que 
estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde.
24- Porquanto ouvimos que alguns que 
saíram dentre nós vos perturbaram com 
palavras e transtornaram a vossa alma 
(não lhes tendo nós dado mandamento),
25- pareceu-nos bem, reunidos concor- 
demente, eleger alguns varões e enviá-los 
com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26- homens que já expuseram a vida 
pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27- Enviamos, portanto, Judas e Silas, os 
quais de boca vos anunciarão também 
0 mesmo.
28- Na verdade, pareceu bem ao Espírito 
Santo e a nós não vos impor mais encargo 
algum, senão estas coisas necessárias:
29- Que vos abstenhais das coisas sacri­
ficadas aos ídolos, e do sangue, e da car­
ne sufocada, e da fornicação; destas coisas 
fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá.
30- Tendo-se eles, então, despedido, 
partiram para Antioquia e, ajuntando a 
multidão, entregaram a carta.
31- E, quando a leram, alegraram-se 
pela exortação.
32- Depois, Judas e Silas, que também 
eram profetas, exortaram e confirmaram 
os irmãos com muitas palavras.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Com esta lição, terminamos mais um 
trimestre de estudos sobre a igreja de 
Jerusalém. Aqui veremos como a igreja 
agiu para resolver seus conflitos de na­
tureza doutrinária. Um grupo composto 
por fariseus convertidos à fé insistia 
que os gentios convertidos deveriam 
guardar a Lei, especialmente o rito da 
circuncisão. No entendimento dos após­
tolos, se isso fosse exigido, a salvação 
deixaria de ser totalmente pela graça, o 
que era inaceitável. Devido à dimensão 
da questão e à sua importância para o 
futuro da Igreja, os líderes se reuniram 
em Jerusalém para buscar uma solução 
para 0 problema. Lucas deixa claro que
a decisão tomada pela Igreja naquele 
momento foi guiada pelo Espírito Santo. 
É isso que veremos agora.
I - A QUESTÃO DOUTRINÁRIA 
1. O relatório missionário. A questão 
doutrinária que se tornou objeto de 
discussão no Concilio de Jerusalém, 
abordada no capítulo 15 de Atos dos 
Apóstolos, teve seu início na igreja de 
Antioquia. Ela começou quando Paulo 
e Barnabé apresentaram à igreja de 
Antioquia um relatório sobre a Primeira 
Viagem Missionária que haviam reali­
zado. Nesse relatório, os missionários 
narraram o que Deus havia feito entre 
os gentios e como estes aceitaram a fé
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 6 l
(At 14.27). 0 relatório deixa implícito 
que a salvação dos gen tios ocorreu 
inteiramente pela graça de Deus, sem 
que nenhuma exigência da Lei, como a 
circuncisão, fosse imposta a eles. Tanto 
Paulo quanto Barnabé viam a ação de 
Deus — manifestada por meio de m i­
lagres extraordinários entre os gentios 
— como um sinal de sua aprovação, 
dem on stran do que nenhum a outra 
exigên cia , além da fé em Jesus, era 
necessária para a salvação. Em outras 
palavras, a salvação é um dom de Deus, 
concedido inteiramente por sua graça.
2. O legalismo judaizante. Lucas 
m ostra que um grupo de judaizantes 
se sentiu incomodado com 0 relatório 
dos missionários (At 15.1). Esse grupo, 
composto por fariseus supostam ente 
convertidos à fé, que haviam vindo de 
Jerusalém para Antioquia, se opôs ao 
ingresso de gentios na Igreja sem que 
estes, antes, cumprissem as exigências da 
Lei. Houve, portanto, um confronto entre
esse grupo judaizante e os missionários 
Paulo e Barnabé. A questão tomou grandes 
proporções, correndo 0 risco até mesmo 
de dividir a igreja em Antioquia, 0 que 
exigia uma resposta rápida por parteda 
liderança. Contudo, por se tratar de um 
tema complexo e de amplo alcance, a 
igreja de Antioquia considerou adequado 
remeter a questão para Jerusalém, a igre- 
ja-mãe, onde o assunto seria analisado e 
amplamente discutido pelos apóstolos e 
presbíteros (At 15.2).
I I - O DEBATE 
DOUTRINÁRIO
1. Uma questão crucial. A questão 
gentílica chegou a Jerusalém para ser 
tratada. Contudo, judaizantes, que ali se 
encontravam, deixaram claro que a igreja 
deveria circuncidar os gentios convertidos 
e ordenar que eles “guardassem a lei de 
Moisés” (At 15.5). No entendimento desse 
grupo, sem a observância da lei, ninguém 
podia se salvar. Pedro é 0 primeiro a
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“PARECEU BEM AO ESPÍRITO SANTO.
O Espírito Santo dirigiu aqueles que 
participaram do concilio de Jerusalém a 
tomarem as decisões certas. Jesus prometeu 
que 0 Espírito os guiaria em toda a verdade 
(Jo 16.13). As decisões da igreja não devem 
ser tomadas apenas pelos seres humanos. 
Os líderes devem buscar e aceitar a direção 
do Espírito através da oração, do jejum e da 
devoção à Palavra de Deus até que possam 
discernir claramente a sua vontade (cf.13.2-4). 
A igreja, se quiser ser verdadeiramente leal a 
Cristo, deve ouvir 0 que o Espírito lhe diz (cf. 
Ap 2.7).” Amplie mais o seu conhecimento, 
lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal Edição 
Global, edita pela CPAD, p.1973.
6 2 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
vv
Deus já havia mostrado 
aos antigos profetas 
que os gentios também 
fariam parte de seu 
povo.”
ver a gravidade da questão e percebe 
que ela não pode ser tratada de forma 
subjetiva. A questão deveria ser tratada 
com a objetividade que o caso exigia, e a 
experiência da salvação dos gentios em 
Cesareia, ocorrida anos antes, deveria 
servir de parâmetro (At 10.1-46). Pedro, 
então, evoca a experiência pentecostal 
gentílica como prova da aceitação deles 
por Deus: “E Deus, que conhece os cora­
ções, lhes deu testemunho, dando-lhes 
0 Espírito Santo, assim como também a 
nós” (At 15.8).
2. A experiência do Pentecostes na fé 
dos gentios. O derramamento do Espírito 
sobre os gentios, anos antes, em Cesa­
reia, na casa de Cornélio (At 10), havia 
sido uma experiência objetiva, física e 
observável por todos os presentes ali (At 
10.44-46; At 2.4). Pedro espera que seu 
argumento seja aceito da mesma forma 
que fora aceito, anos antes, pelos judeus 
que haviam questionado a salvação dos 
gentios de Cesareia. Convém lembrar 
que esse mesmo argumento de Pedro 
já havia sido usado pelo apóstolo Paulo 
por ocasião de seu debate com os crentes 
da Galácia. Da mesma forma, ali, Paulo 
deixou claro que o recebimento do Espí­
rito era um fato observável e que todos,
portanto, tinham consciência de que 0 
haviam recebido (G1 3.5).
3. A fundamentação profética da fé 
gentílica. Enquanto Pedro recorreu à 
experiência do Pentecostes como sinal 
de validação da fé gentílica. Por outro 
lado, Tiago, 0 irmão do Senhor Jesus, 
recorre às profecias para fundamentar 
sua defesa da aceitação dos gentios na 
Igreja. Para ele, a inclusão dos gentios 
na igreja estava predita nos profetas: 
“E com isto concordam as palavras dos 
profetas” (At 15.15). A aceitação dos 
gentios na Igreja não era uma inova­
ção sem respaldo nas Escrituras. Pelo 
contrário, Deus já havia mostrado aos 
antigos profetas que os gentios também 
fariam parte de seu povo. Esse era um 
favor divino, fruto de sua graça, e que 
nada mais precisava ser acrescentado.
III - A DECISÃO DA 
ASSEMBLÉIA DE JERUSALÉM
1. O Espírito na Assembléia. É digno 
de nota 0 papel atribuído ao Espírito 
Santo na tomada de decisões da Igreja: 
“ [...jpareceu bem ao Espírito Santo e a 
nós” (At 15.28). O Espírito Santo não 
era apenas visto como uma doutrina 
na Igreja, mas como uma pessoa com 
participação ativa nela. Esse texto faz 
um paralelo com Atos 5.32, onde tam ­
bém se destaca a participação ativa do 
Espírito Santo na vida da Igreja: “E nós 
somos testemunhas acerca destas pa­
lavras, nós e 0 Espírito Santo, que Deus 
deu àqueles que lhe obedecem” (v.32).
2. A orientação do Espírito na As­
sembléia. O texto de Atos 15.28 não 
nos diz como era feita a orientação do 
Espírito na primeira Igreja; contudo, 
a observação feita por Lucas, de que 
Judas e Silas “eram profetas” (At 15.32) 
e que eles fizeram parte da comissão 
que levou a carta com a decisão tomada
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 202 5 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 6 3
pela Assembléia, indica que o Espírito 
Santo se m an ifestava na Igreja por 
meio de seus dons (Cf. At 13.1-4). Isso 
explica por que as coisas funcionavam 
na primeira Igreja. Esse era o padrão 
da Igreja Primitiva e deve ser também 
0 padrão na Igreja de hoje.
3. O parecer fin al da Assem bléia. 
Depois dos intensos debates, 0 parecer 
da Assembléia foi de que os gentios de­
veríam se abster “das coisas sacrificadas 
aos ídolos, do sangue, da carne sufocada 
e da fornicação” (At 15.29). Fica óbvio 
que a Igreja procurou resolver a questão 
mantendo-se rigorosamente fiel à dou­
trina da salvação pela graça, isto é, sem 
os elementos do legalismo judaico, mas 
evitando os extremos de rejeitar os irmãos 
judeus que também com partilhavam 
da mesma fé. O legalism o deveria ser 
rejeitado, os crentes judeus, não. Assim,
ficou demonstrado que os gentios eram 
salvos pela graça, mas deveríam impor 
alguns limites à sua liberdade cristã, a 
fim de que 0 convívio com seus irmãos 
judeus não fosse conflituoso.
CONCLUSÃO
A Igreja sem pre será desafiada a 
enfrentar os problemas que surgem em 
seu meio. No capítulo 6 de Atos, vimos 
como ela resolveu um conflito de natu­
reza social, provocado por reclamações 
de crentes helenistas (hebreus de fala 
grega). Aqui, 0 problema foi de natureza 
doutrinária: uma questão melindrosa que 
requeria muita habilidade por parte da 
liderança para ser resolvida. Graças ao 
parecer de uma liderança sábia e orien­
tada pelo Espírito Santo, a Igreja tomou 
a decisão certa. A unidade da Igreja foi 
preservada e Deus foi glorificado.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como a questão doutrinária da salvação dos gentios se tornou objeto de 
discussão do Concilio de Jerusalém?
2. O que Lucas m ostra a respeito de um grupo de judaizantes?
3. O que Pedro evoca como prova da aceitação dos gentios por Deus?
4. A que o apóstolo Tiago recorre para fundamentar a defesa da aceitação 
dos gentios na Igreja?
5. Qual foi 0 parecer da Assem bléia de Jerusalém?
6 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
Você, provavelmente, está trabalhando em busca de alcançar um 
objetivo particular em sua vida, como melhorar suas finanças ou 
progredir seus relacionamentos. Talvez você tenha perdido seu 
emprego recentemente, e esteja atolado em dívidas ou, talvez, 
esteja passando por um momento de ruptura e não está certo de 
como começar sua vida novamente. Essas e diversas outras situa­
ções podem ser um gatilho para desequilibrar nosso sistema emo­
cional. Infelizmente, isso tem sido recorrente no meio cristão. Com 
a agitação da vida, é difícil discernir o tempo e a prioridade de 
cada coisa. Por isso, é necessário buscar entender como a ansie­
dade pode afetar diversas áreas de sua vida e saber como comba- 
tê-la usando a ferramenta correta: a Palavra de Deus.
0600
0000
r i f a
A Palavra de Deus é a m ensagem definitiva e 
eterna para a humanidade, independente da 
cultura em que os homens estejam. A sua leitura 
nos faz crescer e compreender o plano de Deus 
para nós.
Agora você pode fazer uma leitura, desde o 
Gênesis de Moisés, até o Apocalipse de João, 
tendo em rriâos auxílios com milhares de notas, 
diagramas, artigos, quadros com parativos, 
centenas de mapas, ilustrações, introduções 
de livros e muito mais.
“Eu João, que tam bém sou vosso irm ão e 
com panheiro na aflição, e no Reino, e na 
p aciên cia de Jesu s Cristo, estava na ilha 
chamada Patmos, por causa da palavra de Deus
e pelo testem unho de Jesus Cristo”.
A p o ca lip se 1.9
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I SS N 1 6 7 3 - 6 8 2 3
7 9 0 8 2 3 4 0 1 9 6 7 2relacionado à m orte, ressurreição e 
ascensão de Cristo (At 2.23,24, 32,33). 
Isso significa que, embora 0 Pentecos­
tes seja uma manifestação do Espírito 
Santo, ele também é cristocêntrico, ou 
seja, tem Cristo como seu centro. Sem 
a cruz de Cristo, 0 Pentecostes perderia 
seu verdadeiro significado, pois não há 
Pentecostes sem a cruz. Além disso,
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“UM VENTO VEEMENTE E IMPETUOSO 
[...] LÍNGUAS [...] DE FOGO. Em algumas 
ocasiões no passado, o fogo havia acompa­
nhado a presença de Deus (cf. Êx 3.1-6; 13.21; 
íRs 18.38-39), de modo que esse sinal pode ter 
assegurado particularmente os crentes judeus de 
que 0 que estava acontecendo realmente vinha 
de Deus. O ‘fogo’ também pode ter simbolizado 
a maneira como 0 povo de Deus foi consagrado 
(isto é, separado, purificado) para a obra e o 
propósito de trazer honra a Cristo (Jo 16.13-14) 
e para o testemunho a respeito dEle (veja 1.8; 
13.31, notas).” Amplie mais 0 seu conhecimento, 
lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal Edição 
Global, edita pela CPAD, p.1924.
JULHO ■ AGOSTO ■ SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 5
Pedro explicou que o Pentecostes foi o 
cumprimento da profecia de Joel (Jl 2.28), 
que anunciava que Deus derramaria o 
seu Espírito sobre toda a humanidade. 
Quando Pedro usou a expressão “ nos 
últim os d ias” (At 2.17), ele mostrou 
que esse evento tinha um significado 
escatológico, ou seja, estava ligado ao 
plano de Deus para os tempos finais.
II - O PROPÓSITO DO 
PENTECOSTES BÍBLICO
1. Prom over a verdadeira adora­
ção. As manifestações externas, como 
o som ou vento e o fogo ocorridas no 
Pentecostes, prendem nossa atenção. 
Contudo, não podemos perder de vista o 
que o Pentecostes produz internamente 
na vida do crente. Um dos propósitos 
marcantes do Pentecostes em Jerusalém 
foi promover a verdadeira adoração: 
“ tem os ouvido em nossas próprias 
línguas falar das grandezas de Deus” 
(At 2.11). Logo, o Pentecostes que não 
adora não é bíblico. De fato, quando os 
gentios experimentaram o Pentecostes, 
eles também “ m agnificavam ” a Deus 
(At 10.4.6). Da mesma forma, o apóstolo 
Paulo diz que um crente pentecostal, 
cheio do Espírito, dá “bem as graças” 
(1 Co 14.17). O fogo pentecostal promove 
o verdadeiro louvor.
2. Poder para testemunhar. O Pen­
tecostes tem uma dimensão escatoló- 
gica, pois aconteceu “antes de chegar 
o grande e glorioso Dia do Senhor” (At 
2.20). No entanto, essa realidade dos 
últim os tem pos não sign ifica que a 
Igreja deve ter uma visão escapista, ou 
seja, desejar fugir do mundo a qualquer 
custo. O Pentecostes não foi dado para 
que os crentes se isolassem, mas para 
que fossem capacitados a testemunhar 
e viver no mundo até a volta de Cristo. 
A Igreja deve aguardar com esperança,
mas também cumprir sua missão até 
o fim . Para cumprir essa m issão ela 
necessita de poder para testemunhar 
(Lc 24.49; At 1.8). De fato, é isso o que 
acontece depois do Pentecostes (At 4.-33).
III - CARACTERÍSTICAS DO 
PENTECOSTES BÍBLICO
1. Uma experiência específica. Em
Atos dos Apóstolos, o derramamento 
do Espírito no dia de Pentecostes é 
mostrado como o “batismo no Espírito 
Santo” dos crentes (At 1.5,8). Naquele 
dia o Senhor Jesus batizou quase 120 
pessoas no Espírito Santo (At 1.15; 2.4.). 
Essas pessoas já eram regeneradas, isto 
é, salvas. Jesus já havia dito que elas já 
estavam limpas pela Palavra (Jo 15.3); e 
que seus nomes estavam arrolados nos 
céus (Lc 10.20). Eram, portanto, cren­
tes. Contudo, Jesus as mandou esperar 
pela experiência pentecostal, isto é, o 
batismo no Espírito Santo (At 1.5). O 
Pentecostes bíblico é, por conseguinte, 
distinto da salvação. Na verdade, a obra 
salvífica de Cristo na Cruz proveu a 
bênção pentecostal (At 2.33).
2. Uma experiência definida e con­
tínua. Como resultado do enchimento do 
Espírito Santo, os crentes “começaram 
a falar em outras línguas, conforme o 
Espírito Santo lhes concedia que falas­
sem ” (At 2.4.). A Escritura é clara em 
mostrar que a evidência inicial do ba­
tismo pentecostal foi os crentes falarem 
em outras línguas. Não há dúvidas de 
que outros resultados ou evidências do 
batismo no Espírito Santo se seguem. 
Contudo, foi o falar em línguas, não o 
sentir uma grande alegria ou mesmo 
um amor afetuoso demonstrado por 
eles, que deixou os crentes judeus 
convencidos de que os gentios haviam 
recebido o batismo no Espírito Santo 
(At 10.44-46).
6 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO ■ AGOSTO ■ SETEMBRO 2025
3. As línguas e o amor. A evidência 
física e inicial ou sinal do batismo no 
Espírito Santo foi o falar em outras 
línguas. Não foi uma grande alegria ou 
um amor afetuoso que evidenciaram o 
batismo no Espírito Santo. Paulo, por 
exemplo, disse que “o amor de Deus 
está derramado em nosso coração pelo 
Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 
5.5). 0 apóstolo escreveu para uma igreja 
Pentecostal e o amor aparece aqui não 
como uma evidência de enchimento, 
mas de crescimento e maturidade em 
Cristo.
CONCLUSÃO
Como vimos, o Pentecostes marcou 
o início da era da Igreja. Jesus, agora 
glorificado, batizou os crentes no Espírito 
Santo (At 2.4), e o Espírito Santo os inseriu 
no Corpo de Cristo, que é a Igreja (1 Co 
12.13), cujo nascedouro foi no Pentecostes. 
Esse evento é essencial porque mostrou 
que Deus deseja uma Igreja capacitada 
para cumprir sua missão que é pregar 
o Evangelho ao mundo, tanto por pala­
vras quanto por ações. No entanto, essa 
missão só pode ser realizada com êxito 
pelo poder do Espírito Santo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quais fenômenos registrados em Atos 2.2,3 são considerados teofânicos?
2. Segundo o apóstolo Pedro, qual profecia do Antigo Testam ento se 
cum priu no Pentecostes, e como isso dem onstra o aspecto escatológico 
desse evento?
3. Cite um dos propósitos m arcantes do Pentecostes em Jerusalém, 
conform e Atos 2.11.
4. Segundo Atos 1.8, para que a Igreja necessita do poder do Espírito Santo?
5. Por que o Pentecostes bíblico é distinto da salvação, segundo Atos 
1.5 e Atos 2.33?
VOCABULÁRIO
Afetuoso: Amoroso, carinhoso, afeiçoado, querido, amável, 
gentil, bondoso.
Teofania: Manifestação visível de Deus ou uma aparição de sua pre­
sença de forma tangível, como no fogo ou na nuvem no Monte Sinai 
(Êxodo 19) ou no Pentecostes (Atos 2).
J U L H O • A G O S T O • S E T E M B R O 2 0 2 5 L I Ç Õ E S B Í B L I C A S • A L U N O 7
LIÇÃO 2
13 de Julho de 2025
A IGREJA DE JERUSALÉM : 
UM MODELO A SER SEGUIDO
\
TEXTO ÁUREO
“E perseveravam na doutrina 
dos apóstolos, e na comunhão, 
e no partir do pão, e nas 
orações.” (At 2.42)
VERDADE PRÁTICA
A Igreja de Jerusalém, como 
igreja-mãe, tornou-se 
exemplo para as demais. Um 
modelo a ser seguido por todas 
as igrejas verdadeiramente 
bíblicas.
V. J
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 1.12-14 Quinta - At 2.38,39
Esperando em oração Arrependimento, batismo e 0 dom
Terça - At 2.38 do Espírito Santo
A necessidade da conversão Sexta - At 2.39
espiritual A atualidade da promessa
Quarta - At 2.42 Sábado - At 2.43
Os pilares da igreja cristã 
_______________________
Uma igreja reverente
_________________________J
8 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E
Atos 2.37-47
37- Ouvindo eles isto, compungiram-se 
em seu coração e perguntaram a Pedro 
e aos demais apóstolos: Que faremos, 
varões irmãos?
38- E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, 
e cada um de vós seja batizado em nome 
de Jesus Cristo para perdão dos pecados, 
e recebereis 0 dom do Espírito Santo.
39- Porque a promessa vos diz respeito a vós, 
a vossos filhos e a todos os que estão longe: a 
tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
40- £ com muitas outras palavras isto 
testificava e os exortava, dizendo: Sal­
vai-vos desta geração perversa.
41- De sorte que foram batizados os que 
de bom grado receberam a sua palavra; 
e, naquele dia, agregaram-se quase três 
mil almas.
4 2 - £ perseveravam na doutrina dos 
apóstolos, e na comunhão, e no partir do 
pão, e nas orações.43- Em cada alma havia temor, e muitas 
maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44- Todos os que criam estavam juntos 
e tinham tudo em comum.
45- Vendiam suas propriedades e fazendas 
e repartiam com todos, segundo cada um 
tinha necessidade.
46- E, perseverando unânimes todos os 
dias no templo e partindo 0 pão em casa, 
comiam juntos com alegria e singeleza 
de coração,
47- louvando a Deus e caindo na graça de 
todo 0 povo. E todos os dias acrescentava 
0 Senhor à igreja aqueles que se haviam 
de salvar.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Por ser a Igreja-mãe, Jerusalém tor­
na-se o modelo para as demais igrejas 
que foram implantadas. É de Jerusalém 
que partem as decisões que buscam, 
por exemplo, disciplinar e padronizar 
determinadas práticas cristãs. A igreja 
de Jerusalém já nasce forte! Sendo de 
origem divina, cheia do Espírito Santo 
e supervisionada pelos apóstolos, essa 
igreja é bem alicerçada. Isso fica claro 
no m inistério da Palavra, a quem os 
apóstolos se devotaram inteiram ente 
e ao exercício dos diversos dons que 
abundavam no seu meio. É, portanto, 
uma igreja da Palavra e do Espírito. E 
mais - é uma igreja onde a observância 
das ordenanças de Cristo é praticada na
esfera do culto cristão. Assim, a igreja 
cristã prim itiva exibe m arcas que se 
tornaram um padrão para todas as 
igrejas em todas as épocas e lugares.
I - UMA IG REJA COM 
SÓLIDOS A LIC ER C ES
1. Uma igreja com fundamento 
doutrinário. A igreja de Jerusalém era 
uma igreja bem doutrinada. Lucas diz 
que, antes de ascender aos céus, Cristo 
deu “ mandamentos, pelo Espírito Santo, 
aos apóstolos que escolhera” (At 1.2). 
Uma igreja genuinamente cristã reflete 
a prática e os ensinos dos apóstolos. É 
exatamente isso 0 que 0 livro de Atos diz 
da primeira igreja: “E perseveravam na 
doutrina dos apóstolos” (At 2.42). Uma
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 9
igreja só pode ser considerada genui­
nam ente cristã quando ela consegue 
ensinar e doutrinar seus membros de 
tal forma que eles passem a refletir o 
caráter de Cristo.
2. “Perseveravam na doutrina dos 
apóstolos” (At 2.42). A expressão diz 
muito sobre 0 processo de discipulado da' 
igreja de Jerusalém. Era uma igreja bem 
doutrinada, e, portanto, bem discipulada. 
A palavra “ doutrina” traduz o termo 
grego didaché, que significa “ensinar” e 
“ instruir”. Tem a ver, portanto, com o 
discipulado cristão. O discípulo é alguém 
que consegue reproduzir, isto é, levar 
adiante 0 que aprendeu de seu Mestre. Os 
apóstolos aprenderam de Cristo; a igreja 
cristã primitiva aprendeu dos apóstolos 
e agora vivia isso a fim de transm itir 
a outros o que aprendeu. A tragédia da 
igreja acontece quando ela não consegue 
ser discipulada, nem tampouco discipular.
3. Uma igreja relacionai e piedosa. 
A igreja de Jerusalém perseverava na 
“ com unhão” (At 2.42). A maioria dos 
intérpretes entende que a palavra grega 
koinonia, traduzida aqui como “comu­
nhão” é um a referência às relações 
interpessoais dos primitivos cristãos. 
A primeira igreja era, portanto, uma 
igreja relacionai. Assim, perseverar na 
comunhão tem 0 sentido de “ se dedicar” 
à construção de bons relacionamentos. 
Tem a ver com 0 m odo de vida dos 
crentes. Sem 0 cultivo de relações in­
terpessoais fortes, a igreja cai em um 
mero ativismo. Há muita atividade, mas 
sem 0 calor humano que caracteriza a 
verdadeira vida cristã.
A mesma igreja que perseverava na 
doutrina dos apóstolos e na comunhão 
era a mesma igreja que vivia em oração 
(At 2.42). A igreja de Jerusalém orava! 
Assim, Pedro e João foram ao templo na 
hora nona de oração (At 3.1); os apóstolos
vv
A tragédia da igreja 
acontece quando ela 
não consegue ser 
discipulada, nem 
tampouco discipular.”
estabeleceram como prática dedicar-se 
à oração (At 6.4) e a Igreja reunida na 
casa de Maria, mãe de Marcos, se de­
dicava à oração (At 12.5).
II - UMA IGREJA OBSERVADORA 
DOS SÍM BOLOS CRISTÃOS 
1. 0 Batismo. Após 0 primeiro sermão 
do apóstolo Pedro na igreja de Jerusalém, 
e como resposta a uma pergunta, ele 
disse ao povo: “Arrependei-vos, e cada 
um de vós seja batizado em nome de 
Jesus Cristo para perdão dos pecados” 
(At 2.38). Naquela época, a primeira igreja 
batizava quem se convertia. Ela sabia 
que o batismo era uma das ordenanças 
de Jesus e que ele era um dos principais 
símbolos da fé cristã (Mc 16.16). O batis­
mo era um dos primeiros passos da fé 
cristã, um rito de entrada para a nova 
vida em Cristo. Mas para ser batizado, 
a pessoa precisava ter se arrependido 
dos seus pecados e crido em Jesus. Era 
preciso ter consciência do sentido desse 
símbolo de fé. Assim, 0 batismo era um 
testemunho público de que a pessoa havia 
se convertido. Por meio dele, os cristãos 
de Jerusalém mostravam ao mundo que 
sua vida agora era diferente, que eles 
tinham uma nova vida em Cristo.
2. A Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor 
é a outra ordenança dada por Jesus e que
1 0 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO ■ SETEMBRO 2025
foi observada pela igreja de Jerusalém. 
“E perseveravam... no partir do pão” (At 
2.42). A maioria dos estudiosos concorda 
que esse texto é uma referência à prática 
da Ceia do Senhor entre os primeiros 
cristãos. Donald Gee, um dos principais 
mestres do pentecostalismo britânico, 
disse que, quando tomada corretamente, 
a Ceia leva a Igreja ao próprio coração de 
sua fé; ao próprio centro do Evangelho; 
ao objeto supremo do amor de Deus. 
Portanto, quão abençoado é esse “partir 
do pão”! Parece provável que os primeiros 
cristãos, combinando essa ordenança 
simples com a “ festa do amor” de sua 
refeição comum, lem bravam assim a 
morte do Senhor “ todos os d ias” (At 
2.42-46).
I I I - UMA IG REJA MODELO
1. Uma igreja reverente e cheia de 
dons. É dito da igreja de Jerusalém: “Em 
cada alm a havia tem or” (At 2.43). A 
palavra grega traduzida como “ temor” 
é phóbos, que também significa “reve­
rência, respeito pelo sagrado”. Havia um 
forte sentimento da presença de Deus! 
Havia um clima da presença do sagrado, 
do que é santo, 0 mesmo sentido que 
teve Moisés quando 0 Senhor o mandou 
tirar os sapatos dos pés porque o lugar 
“ é terra san ta” (Êx 3.5). Precisam os 
aprender com a prim eira igreja! Não 
podemos perder 0 respeito pelo sagrado.
Lucas destaca que “ muitas maravi­
lhas e sinais se faziam pelos apóstolos” 
(At 2.43). “Sinais (gr. Téras) e maravilhas 
(gr. Sémeion)” são as mesmas palavras 
usadas pelo apóstolo Paulo para se re­
ferir aos dons do Espírito Santo que se 
m anifestavam em suas ações m issio­
nárias (Rm 15.19). Os dons espirituais 
ornamentavam a igreja cristã primitiva.
2. Uma igreja acolhedora. Dentre as 
muitas marcas de uma igreja relevante,
o acolhimento aparece como uma das 
suas principais. Uma igreja, para se 
tornar relevante, necessariamente deve 
ser acolhedora. A igreja de Jerusalém é 
um modelo de igreja acolhedora. Além 
de estarem juntos, 0 texto bíblico diz 
que naquela igreja “ todos os que criam 
estavam juntos e tinham tudo em co­
mum” (At 2.44). Não é fácil partilhar, 
muito menos acolher. A nossa tendência 
é nos fechar em nosso mundo e deixar de 
fora quem achamos ser inconveniente. 
Numa igreja acolhedora, os membros 
se sentem acolhidos e parte do grupo.
3. Uma igreja adoradora. A igreja 
de Jerusalém era tam bém uma igreja 
adoradora: “louvando a Deus” (At 2.47). 
“Louvando”, traduz o verbo grego aineo. 
É 0 mesmo termo usado para se referir 
aos anjos e pastores que louvavam a 
Deus por ocasião do nascim ento de 
Jesus (Lc 2.13,20); é usado também para 
descrever 0 paralítico que louvava a 
Deus depois que foi curado junto a Porta 
Formosa do Templo (At 3.8). É, portanto, 
uma expressão de júbilo e de gratidão. 
Louvar é muito mais que simplesmente 
“cantar” ; é uma expressão de rendição 
e total entrega! É 0 reconhecimento da 
grandeza de Deus e de seus poderosos 
feitos.
CONCLUSÃO
Vimos, nesta lição, algumas caracte­
rísticas que marcaram a primeira igreja. 
Frequentemente, nos referimos a ela comoa “Igreja Primitiva”. Vemos como sendo 
uma igreja ideal, modelo para todas as 
outras. De fato, ela é a igreja-mãe. Isso, 
contudo, não significa dizer que a igreja 
de Jerusalém não tivesse problemas. Pelo 
contrário, veremos em outras lições, que 
havia alguns bem desafiadores. Nada, 
contudo, que tire 0 seu brilho e nos impeça 
de nos espelharmos nela.
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 1 1
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual a expressão bíblica que diz m uito sobre o processo de d iscipu - 
lado da igreja de Jerusalém?
2. O que significa a palavra grega koinonia, m encionada no texto em 
referência à igreja de Jerusalém?
3. Como 0 batism o era visto na igreja de Jerusalém?
4. O que Donald Gee diz a respeito da Ceia do Senhor?
5. O que a igreja pode fazer para se tornar relevante?
LEITURAS PARA APROFUNDAR
“Antonio
Gilberto
V erdades
R . w
f Pentecostais
smm.
wí . ja s i
Verdades Pentecostais
Este livro enfatiza que conservar o 
genuíno avivamento pentecostal pode 
ser mais difícil do que conquistá-lo. 
Mas, além da riqueza doutrinária 
contida nesta obra, ela também 
apresenta - ainda que de modo 
resumido - os principais avivamentos 
pentecostais ocorridos ao longo da 
história. A obra nos incentiva a sempre 
depender do divino Ajudador, o bendito 
Espírito Santo.
THOM S. RA1NER
Tornando-se uma 
Igreja Acolhedora
Esse livro expõe de forma objetiva os 
pontos negativos que transformam 
a visita à igreja em uma experiência 
ruim, causando ao visitante a 
vontade de não retornar. Com 
base nesses pontos negativos, ele 
traz idéias de como melhorar cada 
área da igreja, aperfeiçoando o 
acolhimento aos possíveis novos 
membros.
1 2 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
LIÇAO 3
20 de Julho de 2025
UMA IGREJA FIEL 
À PREGAÇÃO DO EVANGELHO
LEITURA DIÁRIA
Segunda - l Co 1.23-25 Quinta - At 4.16
A necessidade da pregação Pregando Cristo
Terça - Mc 16.15 Sexta - At 4.19
Chamados para pregar Um chamado ao arrependimento
Quarta - Lc 4.18 Sábado - At 4.25
Ungido para pregar A ênfase da promessa abraâmica
i
r
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira pregação bíblica 
consiste em dar testemunho de 
Cristo no poder do Espírito.
J
TEXTO ÁUREO
“E, quando Pedro viu isto, disse 
ao povo: Varões israelitas, por 
que vos maravilhais disto? Ou, 
por que olhais tanto para nós, 
como se por nossa própria virtude 
ou santidade fizéssemos andar 
este homem?” (At 3.12)
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2 025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 1 3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 3.11-19
11- E, apegando-se ele a Pedro e João, todo 
0 povo correu atônito para junto deles no 
alpendre chamado de Salomão.
12- E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: 
Varões israelitas, por que vos maravilhais 
disto? Ou, por que olhais tanto para nós, 
como se por nossa própria virtude ou 
santidade fizéssemos andar este homem?
13- O Deus de Abraão, e de Isaque, e de 
Jacó, 0 Deus de nossos pais, glorificou a 
seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e 
perante a face de Pilatos negastes, tendo 
ele determinado que fosse solto.
14- Mas vós negastes 0 Santo e 0 Justo 
e pedistes que se vos desse um homem 
homicida.
15- E matastes 0 Príncipe da vida, ao qual
Deus ressuscitou dos mortos, do que nós 
somos testemunhas.
16- E, pela fé no seu nome, fez 0 seu nome 
fortalecer a este que vedes e conheceis; e 
a fé que é por ele deu a este, na presença 
de todos vós, esta perfeita saúde.
17- E agora, irmãos, eu sei que 0fizestes 
por ignorância, como também os vossos 
príncipes.
18- Mas Deus assim cumpriu 0 que já 
dantes pela boca de todos os seus profe­
tas havia anunciado: que 0 Cristo havia 
de padecer.
19- Arrependei-vos, pois, e convertei- 
-vos, para que sejam apagados os vossos 
pecados, e venham, assim, os tempos do 
refrigério pela presença do Senhor.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Esta lição mostrará uma das marcas 
de uma igreja bíblica: seu com pro­
m isso com a pregação da Palavra de 
Deus. Uma igreja verdadeira valoriza 
a m ensagem das Escrituras e coloca 
Jesus Cristo no centro de tudo o que 
en sin a. É por m eio da pregação da 
Bíblia que 0 mundo pode conhecer a 
Cristo. Além disso, uma igreja bíblica 
prega no poder do Espírito Santo. Não 
transmite apenas palavras vazias, mas 
a m ensagem viv a e transform adora 
que vem da inspiração do Espírito de 
Deus. Por fim, uma igreja bíblica traz 
esp eran ça para aqueles que já não 
enxergam saída. Ela anuncia que há 
um futuro de refrigério e renovação 
na presença do Senhor.
I - A IG REJA QUE PREGA 
AS ESCRITU RAS
1. As Escrituras revelam Deus. A 
Igreja deve pregar as Escrituras, pois 
elas revelam Deus. A segunda pregação 
de Pedro, registrada em Atos 3.11-26, é 
um grande exemplo disso. A mensagem 
do apóstolo é completamente baseada 
nas Escrituras e coloca Deus no centro.
Pedro usa trechos das Escrituras 
para fundamentar sua pregação, citando 
Deuteronômio 18.15-19 (v.23) e Gênesis 
22.18 (v.25). Há também uma conexão 
como 0 Salmos 22.1-31 (v.18) e a Daniel 
9.26 (cf. v.18). Além disso, Pedro mos­
tra que Deus sempre esteve presente 
e agindo na história do seu povo (At 
3.13), da mesma forma que os autores 
da Bíblia falavam sobre a revelação de
1 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
Deus ao longo dos tempos (cf. Gn 26.24; 
28.13; 31-4 2 ,53; 32.9 ; Êx 4.5; l Rs 18.36; 1 
Cr 29.18; 2 Cr 30.6; SI 47.9).
2. As Escrituras testemunham de 
Jesus. As E scritu ras apontam para 
Cristo. Jesus disse que as Escrituras 
davam testemunho dEle (Jo 5.39). Cristo 
é 0 centro da Bíblia. Essa era também a 
compreensão do apóstolo Pedro. Segundo 
suas palavras, os profetas anunciaram 
antecipadamente o sofrimento de Cristo 
(At 3.18). A pregação de Pedro invocou 0 
testemunho das Escrituras para m os­
trar que a rejeição de Jesus e sua morte 
não foram por acaso - já haviam sido 
preditas pelos antigos profetas.
3. As Escrituras confrontam o pe­
cado. A verdadeira pregação também 
mostra 0 problema do pecado e 0 con­
fronta (At 3.19). No texto citado, Pedro 
usa 0 termo grego metanoéõ, traduzido 
aqui como “arrependei-vos”. Essa pa­
lavra, além do já conhecido sentido de 
“ arrependim ento”, significa tam bém 
mudança de mente e mudança interior, 
especialm ente no que diz respeito à 
aceitação da vontade de Deus. A pregação 
bíblica deve confrontar 0 pecado e exige 
uma mudança radical dos seus ouvintes.
II - A IG REJA QUE PREGA 
NO PODER DO ESPÍR ITO
1. 0 Espírito capacita o mensageiro. 
Não podemos nos esquecer de que Pedro 
estava cheio do Espírito Santo quando 
pregou a mensagem registrada em Atos
3. Isso fica evidente no uso do verbo grego 
atenízõ, traduzido como “fixar os olhos” 
na passagem: “E Pedro, com João, fitando 
os olhos nele” (At 3.4). O estudioso Strong 
explica que, no Novo Testamento, esse 
termo é usado para descrever momentos 
de revelação, reconhecimento ou atenção 
especial, geralmente ligados a aconteci­
mentos divinos ou milagrosos.
2. “Fixar os olhos”. Essa mesma 
expressão também é usada para descre­
ver 0 apóstolo Paulo, cheio do Espírito 
Santo, quando olhou fixamente para um 
homem paralítico na cidade de Listra 
e 0 curou (At 14.9). Da mesma forma, 
aparece em Atos 13.9, quando Paulo, 
cheio do Espírito Santo, fixou os olhos no 
falso profeta Elimas para repreendê-lo. 
Retomando 0 episódio de Pedro, isso nos 
mostra que ele não apenas estava capa­
citado para curar, mas também estava 
ungido para pregar. O Espírito Santo é 
quem inspira e dá poder à pregação da 
Palavra. Portanto, pregar não é apenas 
fazer um discurso! Pregar é anunciar a 
mensagem de Deus com a autoridade e 
a unção do Espírito Santo.
3. 0 Espírito glorificará a Jesus. Jesus 
disse que 0 Espírito Santo 0 glorificaria 
(Jo 16.14). O Espírito nunca cham a a 
atenção para si mesmo, m as sempre 
aponta para Cristo. Isso é exatamente 
o que vemos na cura do paralítico na 
Porta Formosa, em Atos 3. Pedro, cheio 
do Espírito Santo, não poderia aceitar 
ser 0 centro das atenções. Ele deixou 
claro queo milagre não aconteceu por 
seu próprio poder ou santidade: “Varões 
israelitas, por que vos maravilhais disto? 
Ou, por que olhais tanto para nós, como 
se por nossa própria virtude ou santidade 
fizéssemos andar este homem?” (At 3.12). 
Da mesma forma, qualquer pregação que 
tira 0 foco de Cristo e coloca 0 homem 
no centro não é uma pregação bíblica. 
Isso não passa de um discurso humano.
I I I - A IG REJA QUE PREGA
A ESPERAN ÇA VINDOURA
1. Alerta a uma sociedade indiferente 
e insensível. O apóstolo Pedro já havia 
exortado os seus ouvintes na sua pri­
meira pregação a salvarem -se daquela 
“geração perversa” (At 2.40). Agora, ele
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 1 5
reconhece que aquela era também uma 
geração “ ignorante” (At 3.17). Era uma 
cultura indiferente e insensível para a 
realidade espiritual. Era, portanto, uma 
geração sem esperança (1 Ts 4.13). A 
insensibilidade às coisas espirituais é 
a marca daqueles que não conhecem a 
Deus (1 Ts 4.5). É a essas pessoas que 
a mensagem da cruz deve ser pregada.
2. A prom essa da Segunda Vinda. 
Concluindo a sua pregação, Pedro deixa 
uma m ensagem de esperança: “ e ve­
nham, assim, os tempos do refrigério 
pela presença do Senhor” (At 3.19). 
Por um lado, os ouvintes do apóstolo 
já podiam experimentar a bênção pro­
metida a Abraão, que fora trazida por 
Jesus, 0 Messias. Essa bênção, portanto, 
já era uma realidade. Por outro lado, 
essas palavras de Pedro olham para 0 
futuro, apontando para um “refrigério” 
dos últimos dias que fora prometido a
Israel. Trata-se da futura “ restauração 
de todas as coisas”. A Igreja, portanto, 
tem uma mensagem de esperança para 
aqueles que estão sem esperança. É 
uma realidade que, no tempo de Deus, 
se cumprirá.
CONCLUSÃO
Chegamos ao fim de mais uma lição. 
Nela, vimos a grande importância que a 
pregação bíblica tem e como devemos ser 
fiéis na exposição do texto sagrado. Pe­
dro, mesmo sendo um simples pescador, 
com uma gram ática e conhecimentos 
lim itados, sabia expor com m aestria 
as Escrituras Sagradas. Assim como 
ele, devem os nos render totalm ente 
ao Espírito Santo, sendo cheios dEle, 
para serm os exitosos no m inistério 
da Palavra de Deus. Uma igreja bíblica 
é uma igreja que vive e sabe expor as 
Sagradas Escrituras.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Em que a pregação do apóstolo Pedro é baseada?
2. O que a pregação de Pedro invocou?
3. Como a expressão “ fixar os o lh os” é usada para descrever 0 apóstolo?
4. Como podem os identificar um a pregação não bíblica?
5. De quem é a m arca da insensibilidade espiritual?
1 6 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
LIÇAO 4
27 de Julho de 2025
fgfr
UMA IGREJA CHEIA 
DO ESPÍRITO SANTO
a r
TEXTO ÁUREO
“ E , t e n d o o r a d o , m o v e u - s e 0 
l u g a r e m q u e e s t a v a m r e u n i d o s ; 
e t o d o s f o r a m c h e i o s d o E s p í r i t o 
S a n t o e a n u n c i a v a m c o m 
o u s a d i a a p a l a v r a d e D e u s . ” 
( A t 4 3 i )
\ ______________ _____________
VERDADE PRÁTICA
U m a ig r e j a c h e i a d o E s p í r i t o 
S a n t o s u p o r t a a f l i ç õ e s , o r a c o m 
p o d e r e o u s a n o t e s t e m u n h o 
c r i s t ã o .
J
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 10.19,23 Quinta - Rm 8.11,12
Suportando as provações Poder sobre 0 pecado
Terça - Ef 5.18,19 Sexta - Rm 5.5
Adorando no Espírito Capacidade de amar
Quarta - At 13.9,10 Sábado - At 4.31
Autoridade espiritual 
L.___________________
Orando com poder
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 1 7
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 4.24-31
24- E, ouvindo eles isto, unânimes levan­
taram a voz a Deus, e disseram: Senhor, 
tu és 0 Deus que fizeste 0 céu, e a terra, 
e 0 mar e tudo 0 que neles há;
25- Que disseste pela boca de Davi, teu 
servo: Por que bramaram os gentios, e 
os povos pensaram coisas vãs?
26- Levantaram-se os reis da terra, E os 
príncipes se ajuntaram à uma, contra 0 
Senhor e contra 0 seu Ungido.
27- Porque verdadeiramente contra 0 
teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se 
ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio 
Pilatos, com os gentios e os povos de Israel;
28- Para fazerem tudo 0 que a tua mão 
e 0 teu conselho tinham anteriormente 
determinado que se havia de fazer.
29- Agora, pois, ó Senhor, olha para 
as suas ameaças, e concede aos teus 
servos que falem com toda a ousadia a 
tua palavra;
30- Enquanto estendes a tua mão para 
curar, e para que se façam sinais e prodí­
gios pelo nome de teu santo Filho Jesus.
31- E, tendo orado, moveu-se 0 lugar 
em que estavam reunidos; e todos foram 
cheios do Espírito Santo, e anunciavam 
com ousadia a palavra de Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos como uma igreja 
cheia do Espírito Santo se comporta. A 
partir do capítulo 4.24-31 do livro de 
Atos dos Apóstolos, encontramos uma 
das principais marcas que caracterizam 
a igreja de Jerusalém: a perseverança. 
Uma igreja perseverante é capacitada para 
dar testemunho de sua fé mesmo que em 
meio ao fogo da provação (1 Pe 4.12). Essa 
igreja suporta as provações porque é cheia 
do Espírito. Por causa do Evangelho, ela 
renuncia seu próprio bem -estar e não 
aceita ficar na “ zona de conforto”. Na 
verdade, sem a capacitação do Espírito 
0 Corpo de Cristo não suporta as provas 
para cumprir sua missão no mundo. Outra 
marca uma igreja cheia do Espírito Santo 
é a sua capacidade de orar com poder e, 
por isso, impactar 0 mundo ao seu redor. 
Essa oração fortalece a igreja, capacita-a a 
testemunhar de maneira eficaz. Da mesma
forma, uma igreja cheia do Espírito Santo 
é marcada pela ousadia para proclamar 
0 Evangelho com poder. E, por isso, se 
tornar relevante para o mundo.
I - UMA IG REJA 
PERSEVERAN TE
1. Suporta o sofrimento. Após sua 
pregação junto à Porta Formosa, Pedro 
e João são levados presos (At 4.3) e, pos­
teriormente, ameaçados por pregarem 0 
nome de Jesus (At 4.17). Foi dito a eles que 
não falassem nem ensinassem no nome 
do Senhor (At 4.18). A ordem era clara, 
mas os apóstolos estavam dispostos a 
pagarem 0 preço de não segui-la. Eles su­
portariam tudo por amor a Jesus. Agiam 
com perseverança. Isso só foi possível 
porque Pedro, que falava por si e pelos 
demais apóstolos, havia sido cheio do 
Espírito Santo (At 4.8). O tempo verbal 
do grego usado no versículo 8 (tendo sido
1 8 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO ■ AGOSTO ■ SETEMBRO 2025
vv
A ordem era clara, mas 
os apóstolos estavam 
dispostos a pagarem o 
preço de não segui-la. 
Eles suportariam tudo 
por amor a Jesus.”
cheio) demonstra que o apóstolo, que já 
havia sido batizado no Espírito Santo, 
no Pentecostes (At 2.4), foi revestido 
novamente do poder do alto. Uma igreja 
continuamente cheia do Espírito suporta 
as provas e 0 sofrimento.
2. Não negocia seus valores. Quando 
a classe sacerdotal intimou os apóstolos 
e lhes deram ordem expressa para que 
eles não falassem nem ensinassem no 
nome de Jesus, a resposta dos apóstolos 
foi: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, 
ouvir-vos antes a vós do que a Deus” (At 
4.19). Em outras palavras, os apóstolos 
afirmaram que não negociariam a sua 
fé. Não abririam mão dos valores da fé 
que haviam recebido, pois eles são ine­
gociáveis. Uma das marcas de uma igreja 
que perdeu ou está perdendo 0 poder do 
Espírito é a sua aceitação de princípios 
e práticas que afrontam as Escrituras.
3. Está convicta de sua fé. Uma igreja 
cheia do Espírito Santo está convicta de 
sua fé. Não se apoia em suposições, mas 
em fatos (At 4.20). Os primeiros cristãos 
não apenas ouviram sobre Deus, mas 
tam bém testem unharam suas obras. 
Quando Filipe pregou em Samaria, os 
sam aritanos se convenceram porque 
“ouviam” e “viam" os sinais que Filipe 
fazia (At 8.6). Alguém já disse que Deus
é plenamente obedecido no céu porque 
lá Ele é visto, enquanto na terra, muitas 
vezes, é desobedecido por ser apenas 
ouvido. No entanto, a igreja cheia do 
Espírito não apenas proclama a Palavra, 
mas também manifestaa obra de Deus 
(Rm 15.18,19). Jesus foi poderoso tanto 
em palavras quanto em obras (Lc 24.19).
II - UMA IG REJA QUE ORA 
COM PODER
1. Orando com propósito. Obser­
vam os na oração do capítulo 4.24-30 
de Atos dos Apóstolos que os crentes 
oram para que Deus seja glorificado por 
meio de um evangelismo de poder. Eles 
oraram com um propósito e, por isso, 
foram específicos. Não foi, portanto, uma 
oração vaga. Nela, eles oraram para que 
Deus exercesse a sua soberania e agisse 
por meio deles dando-lhes poder para 
testem unhar do Senhor Jesus. Nesse 
sentido, o propósito da oração foi para 
que Deus fosse glorificado na resposta.
2. Orando em unidade. “E, ouvindo 
eles isto, unânimes levantaram a voz a 
Deus” (At 4.24). A Concordância de Strong 
explica que a palavra “unânimes” vem 
do termo grego homothymadon, que sig­
nifica um grupo de pessoas agindo com 
0 mesmo propósito e em total harmonia. 
Isso mostra que havia unidade e concor­
dância na oração. Uma igreja cheia do 
Espírito Santo é unida. Ela sabe respeitar 
as diferenças e entende que unidade não 
significa que todos são iguais. No meio 
da igreja, há crentes mais experientes e 
outros que ainda estão aprendendo; há 
aqueles que são maduros na fé e há os que 
ainda estão amadurecendo na caminhada 
cristã. Mas nada disso impede que a igreja 
se una em oração, buscando a Deus com 
0 mesmo propósito.
3. Orando fundamentada na Pa­
lavra de Deus. Ao orarem, os crentes
JULHO ■ AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 1 9
vv
[...] Uma igreja 
verdadeiramente bíblica 
sofrerá rejeição e 
oposição
citaram o Salmos 2.1,2: “ que disseste 
pela boca de Davi, teu servo: Por que 
bramaram as gentes, e os povos pen­
saram coisas vãs?” (At 4.25). Não basta 
orar. É preciso orar tomando por base 
a Palavra de Deus. Orar fundamentado 
na Palavra é orar crendo e afirmando 
as suas verdades. Uma oração feita fora 
da Palavra de Deus não terá nenhuma 
garantia de ser respondida porque Ele 
vela pela sua Palavra para a cumprir 
(Jr 1.12). Não há dúvidas de que a falta 
de fundam entação bíblica pode estar 
por trás do fracasso na vida de oração.
III - UMA IGREJA OUSADA NO 
SEU TESTEMUNHO 
1. Ousadia para enfrentar oposi­
ção ao Evangelho. Os crentes oraram 
conscientes dos obstáculos que estavam 
enfrentando: “Olha para suas ameaças” 
(v.29). Já foi dito que uma igreja cheia do 
Espírito é uma igreja perseverante. Ela 
suporta a oposição e 0 sofrimento por 
causa do Evangelho. Deve ser destacado 
ainda que uma igreja verdadeiramente 
bíblica sofrerá rejeição e oposição: “ E 
na verdade todos os que querem viver 
piam ente em Cristo Jesus padecerão 
perseguições” (2 Tm 3.12). Uma igreja 
que procura se ajustar à agenda do Es­
tado perdeu à sua autoridade espiritual 
e sua legitimidade bíblica.
2. Ousadia no exercício dos dons 
espirituais. O evangelista nos informa 
que, tendo eles orado, todos “ foram 
cheios do Espírito Santo” (At 4.31). No 
ensino de Lucas (como em Paulo, cf. 1 Co 
14.12; Ef 5.18), o enchimento do Espírito 
está diretamente relacionado à prática 
dos dons espirituais na igreja cristã. 
Não se trata, portanto, apenas do uso de 
uma frase de efeito. No livro de Atos dos 
Apóstolos, é 0 Espírito Santo quem dá 0 
crescimento da Igreja e opera milagres 
extraordinários, não somente por meio 
dos apóstolos, mas também pelos demais 
cristãos. É a ação do Espírito de Deus 
entre eles que realiza essas obras (At 
6.3,5; At 8.5-7; 13-9)- Devemos, portanto, 
nos encher do Espírito Santo para que 
seus dons tragam edificação à Igreja.
3. Ousadia na exposição da Palavra. 
As Escrituras dizem que, após a oração 
da igreja, “ todos foram cheios do Espí­
rito Santo e anunciavam com ousadia 
a palavra de Deus” (At 4.31). É in te­
ressante observarmos 0 uso da palavra 
“ousadia” nesse texto. Ela aparece, por 
exemplo, em Atos 4.13 para se referir à 
coragem de Pedro e João quando foram 
interrogados pelos anciãos e escribas. 
O cristão cheio do Espírito se torna 
corajoso em sua vida cristã. Ele prega 
a Palavra de Deus com poder.
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos o que caracteriza, 
de fato, uma igreja pentecostal. Suas 
características se tornam visíveis e estão 
diretamente associadas à plenitude do 
Espírito Santo. A Primeira Igreja não foi 
perfeita, como 0 livro de Atos deixa bem 
claro. Contudo, suas lim itações eram 
superadas por um viver diário sob a ca­
pacitação do Espírito Santo. Se queremos, 
de fato, ser uma igreja relevante, devemos 
nos deixar encher do Espírito Santo.
2 0 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Suportar provas e sofrim ento é um a m arca de que tipo de igreja?
2. Cite um a das m arcas da igreja que perdeu ou está perdendo o poder 
do Espírito.
3. O que podem os observar em Atos 4.24-30?
4. No ensino de Lucas, de acordo com a lição, a que o enchim ento do 
Espírito está relacionado?
5. A palavra “ ousadia” se refere a quê em relação a Pedro e João?
LEITURAS PARA APROFUNDAR
COMENTÁRIO
EXEGÉTICO
ATOS
CRAIG S. KEENER
C om entário E xegético A tos 
- Volum e 02
Fruto de uma pesquisa de mais de 
vinte anos, o altamente respeitado 
estudioso do Novo Testamento Craig 
S. Kenner escreveu uni dos maiores 
e mais documentados comentários 
de Atos já escrito. Neste segundo 
volume, Keener nos apresenta uma 
extensa e relevante introdução 
bem como os comentários 
pormenorizados de Atos 3.1 a 14.28.
Comentário Bíblico - Atos
Neste livro, o leitor entenderá 
porque os Atos dos Apóstolos são 
conhecidos também como os Atos do 
Espírito Santo. Este não é um mero 
comentário de Atos. É um grande 
inanual de evangelismo e missões.
A obra mostra como o Espírito 
Santo conduzia a igreja em meio aos 
desafios e perseguições, em que a 
oração e o poder acompanhavam os 
passos do povo de Deus.
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 1
3 de Agosto de
~ \ r
TEXTO ÁUREO
“E era um o coração e a alma 
da multidão dos que criam, 
e ninguém dizia que coisa 
alguma do que possuía era sua 
própria, mas todas as coisas 
lhes eram comuns.” (At 4.32)
____________________ _
VERDADE PRÁTICA
0 amor é 0 elo que mantém 
a unidade da igreja local. 
Sem 0 amor, não existe 
relacionamento cristão 
saudável.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 13.34 
O amor como mandamento divino 
Terça - Rm 5.5
O amor de Deus derramado nos 
corações
Quarta - 1 Ts 4.9
O amor como um dever cristão da 
fraternidade
Quinta - Mt 22.39
Amando 0 próximo como a nós
mesmos
Sexta - 1 Jo 3.18
Amando de coração
Sábado - 1 Pe 4.8
O amor cobre a multidão de
pecados
2 2 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 4.32-37
32- E era um 0 coração e a alma da 
multidão dos que criam, e ninguém dizia 
que coisa alguma do que possuía era sua 
própria, mas todas as coisas lhes eram 
comuns.
33- £ os apóstolos davam, com grande 
poder, testemunho da ressurreição do 
Senhor Jesus, e em todos eles havia 
abundante graça.
34- Não havia, pois, entre eles necessitado 
algum; porque todos os que possuíam
herdades ou casas, vendendo-as, traziam 
0 preço do que fora vendido e 0 deposi­
tavam aos pés dos apóstolos.
35- £ repartia-se a cada um, segundo a 
necessidade que cada um tinha.
36- Então, José, cognominado, pelos 
apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho 
da Consolação), levita, natural de Chipre,
37- possuindo uma herdade, vendeu-a, 
e trouxe 0 preço, e 0 depositou aos pés 
dos apóstolos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos como 0 amor de 
Deus se m anifesta numa igreja genui­
namente cristã. Ele capacita a igreja a 
enxergar os mais necessitados e a buscar 
caminhos para que suas carências sejam 
atendidas. Esse amor, contudo, não é 
um mero sentimento humano. Em vez 
disso, ele é a expressão máxima da graça 
de Deus que foi derramada abundante­
mente nos corações daqueles que creem 
em Jesus. Somente através do amor de 
Deus 0 cristão aprende a ser solidário 
e generoso com aqueles que precisam 
ter suas necessidades supridas.I - O AMOR M ANIFESTADO NA 
COMUNHÃO C R ISTÃ
1. O crescimento da Igreja Cristã. 
Nesse ponto de sua narrativa, Lucas 
se refere à igreja como a “ m ultidão 
dos que criam ” (v.32). Essa expressão 
pode ser entendida com o sentido de 
um “ grande número” ou “assembléia”. 
A Igreja que havia começado com 120
discípulos, agora é uma grande m ul­
tidão. Uma igreja pequena possui a 
m esm a natureza e essência de uma 
igreja grande. Assim como uma igreja 
grande, uma pequena igreja também 
enfrenta seus problem as e desafios. 
Contudo, os desafios e problemas de um 
grande povo são maiores em proporção 
em relação a uma pequena. Eles se 
tornam m ais com plexos e, portanto, 
mais desafiadores.
2. Os desafios do crescimento. Assim, 
vemos a Igreja de Jerusalém crescer em 
escala geométrica. Ela se multiplicava 
(At 6.7) e com isso os desafios também 
eram maiores. Como essa igreja, que 
até pouco tempo não passava de um 
pequeno número, se comportaria com 
o novo formato adquirido? Ela manteria 
a unidade em meio à com plexidade? 
Somente 0 amor poderia manter 0 elo 
fraterno entre os crentes. De fato, Paulo 
dirá que 0 “amor de Deus” foi derramado 
nos corações dos crentes pelo Espírito 
Santo (Rm 5.5); aos colossenses, o após­
tolo dos gentios disse que o amor “ é 0
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 3
vínculo da perfeição” (Cl 3.14). Somente 
através do amor cristão a igreja pode 
m anter-se unida. Quando uma igreja 
se fragmenta e se divide, isso significa 
que 0 egoísmo tomou 0 lugar do amor 
em algum ponto.
3. A vida interior. A expressão “era 
um 0 coração e a alma” (At 4.32) mostra 
a igreja em sua essência, revelando 
sua união interna. O Espírito Santo 
capacitou poderosamente os cristãos 
para cumprir a m issão fora da igreja 
(At 1.8), para a tarefa do evangelism o 
(At 4.31,33; 8.6,7), mantendo os crentes 
unidos internamente.
I I - O AMOR COMO M A N IFES­
TAÇÃO DA GRAÇA
1. A graça como manifestação do 
Espírito. O m elhor am biente para a 
manifestação dos dons do Espírito é em 
uma igreja onde 0 amor de Deus está 
presente. Lucas nos inform a que “ os 
apóstolos davam, com grande poder, 
testemunho da ressurreição do Senhor 
Jesus” (At 4.33). O contexto nos mostra 
que o Espírito opera em um ambiente 
que lhe é propício, isto é, onde a igreja 
está banhada no amor cristão. Muitos 
podem cair na tentação de achar que 0 
segredo para ter uma igreja imersa no 
Espírito, isto é, onde os dons espiritu­
ais se m anifestam com regularidade, 
tem a ver com cumprir determinadas 
regras e normas estabelecidas. Regras 
são importantes e não podemos viver 
sem elas. Contudo, o Espírito opera no 
ambiente onde há comunhão entre os 
irm ãos. Às vezes, podem os quebrar 
a comunhão com os outros, achando 
que não tem im portância, m as Jesus 
ensina que, para ser perdoado por Deus, 
devemos perdoar sinceramente nossos 
irmãos (Mt 6.15; 18.35). Qualquer ensino 
contrário a isso é falso.
2. A graça como favor imerecido.
Há ainda um outro aspecto da graça de 
Deus revelada neste texto: “ em todos 
eles havia abundante graça” (At 4.33). 
Isso significa que a graça de Deus estava 
manifestada tanto nos apóstolos como 
em toda a igreja. Esse texto não se en­
contra deslocado, mas é posto aqui com 
0 propósito de mostrar a razão ou motivo 
daquele contagiante ambiente cristão. 
Uma igreja dinâmica, que demonstra 
amor para com seu próximo e na qual 
0 Espírito Santo se manifesta de forma 
abundante, é uma igreja que reflete a graça 
de Deus. Na Bíblia, podemos perceber que 
a graça de Deus gerou entre os crentes 
um sentimento de gratidão por terem 
sido, sem merecimento algum, capaci­
tados por Deus para viverem uma vida 
abundante. Isso se torna um padrão nas 
demais igrejas do Novo Testamento (1 Ts 
4.9). Vemos, por exemplo, esse sentimento 
de gratidão como uma resposta à graça 
de Deus na pessoa do apóstolo Paulo (l 
Co 15.10). Somente a graça gera tamanho 
sentimento de gratidão.
I I I - A M ANIFESTAÇÃO DO
AMOR NA SO LID ARIED AD E 
CR ISTÃ
1. A busca pela equidade. 0 Dicionário 
Aurélio de Língua Portuguesa conceitua 
“equidade” como a “disposição de reco­
nhecer igualmente 0 direito de cada um”. 
Assim, diferentemente da igualdade, a 
equidade não enxerga as pessoas como 
sendo todas iguais e, por isso, busca 
formas de ajustar 0 desequilíbrio entre 
elas. Em Jerusalém não havia um nive­
lamento social, nem todos possuíam as 
mesmas condições. Havia pessoas mais 
abastadas, e havia pobres também. Estes, 
geralmente, em maior número. Logo, a 
igreja demonstrou ser sensível a essa re­
alidade, procurando tratar dessa situação
2 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO ■ AGOSTO ■ SETEMBRO 2 025
(At 4.34), sendo solidária com a situação 
dos menos favorecidos.
2. Propriedade e compartilhamento. 
Estudiosos observam que a igreja de 
Jerusalém vivia uma com unidade de 
compartilhamento, não de domínio. Os 
crentes mantinham a propriedade de seus 
bens, mas os disponibilizavam conforme 
a necessidade de cada um. Desse modo, 
eles compartilhavam tudo o que tinham. 
Isso pode ser observado com Maria, mãe 
de João Marcos. Ela também pertencia à 
igreja de Jerusalém e em vez de vender 
sua casa, a pôs a serviço da igreja, trans- 
formando-a em uma casa de oração onde 
a igreja se reunia (At 12.12). A prática da 
generosidade pode mudar de acordo com 
0 tempo, lugar e circunstâncias; contudo, 
0 princípio que a governa permanece o 
mesmo. Podemos fazer 0 bem a quem 
necessita de uma forma ou de outra.
3. Um exemplo da voluntariedade. 
Lucas destaca que “ os que possuíam 
herdades ou casas, vendendo-as, tra­
ziam 0 preço do que fora vendido e 0 
depositavam aos pés dos apóstolos”
(At 4.34). Nada aqui foi feito de forma 
obrigatória. Ninguém contribuiu porque 
foi constrangido a isso. O texto bíblico 
deixa claro que havia voluntariedade 
nos crentes em ajudar uns aos outros. 
Havia uma consciência de pertencimento 
e, por isso, ninguém deseja ver 0 outro 
excluído. Isso era a m anifestação do 
grande amor de Deus derramado nos 
corações daqueles crentes.
CONCLUSÃO
C h egam os à con clu são de m ais 
uma lição bíblica. Vimos como 0 amor 
de Deus, derramado nos corações da 
Primeira Igreja, mobilizou os crentes 
a socorrer os m ais necessitados. Isso 
aconteceu de forma voluntária quando 
cada um, de acordo com suas posses, 
se prontificava a dar do que lhe per­
tencia. Não há igreja cristã verdadeira 
sem essa identificação com 0 outro. 
Ninguém pode fechar os olhos diante da 
necessidade alheia e se autointitular de 
cristão. O verdadeiro amor se realiza no 
atendimento da necessidade do próximo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como 0 evangelista Lucas se refere à igreja?
2. O que a expressão “era um 0 coração e a alm a” mostra?
3. De acordo a lição, qual é o melhor ambiente para a manifestação dos dons 
do Espírito?
4. O que a equidade busca fazer?
5. O que 0 texto bíblico deixa claro em relação aos crentes de Atos 4?
J U L H O • A G O S T O ■ S E T E M B R O 2025 L I Ç Õ E S B Í B L I C A S • A L U N O 2 5
A
TEXTO ÁUREO
“ D i s s e , e n t ã o , P e d r o : A n a n i a s , 
p o r q u e e n c h e u S a t a n á s o t e u 
c o r a ç ã o , p a r a q u e m e n t i s s e s a o 
E s p í r i t o S a n t o e r e t i v e s s e s p a r t e 
d o p r e ç o d a h e r d a d e ? ” ( A t 5.3)
l_______________
r
VERDADE PRÁTICA
C o m o t o d a f o r m a d e e n g a n o , 
a m e n t i r a é p e c a d o . D e v e m o s , 
p o i s , a n d a r s e m p r e n a l u z d a 
v e r d a d e .
__________ )
2 6 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 5.1-H
1- Mas um certo varão chamado Ananias, 
com Safira, sua mulher, vendeu uma pro­
priedade
2- e reteve parte do preço, sabendo-o 
também sua mulher; e, levando uma 
parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3- Disse, então, Pedro: Ananias, por que 
encheu Satanás 0 teu coração, para que 
mentisses ao Espírito Santo e retivessesparte do preço da herdade?
4 - Guardando-a, não ficava para ti? 
E, vendida, não estava em teu poder? 
Por que formaste este desígnio em teu 
coração? Não mentiste aos homens, 
mas a Deus.
5- E Ananias, ouvindo estas palavras, 
caiu e expirou. E um grande temor 
veio sobre todos os que isto ouviram.
6- E, levantando-se os jovens, cobriram
0 morto e, transportando-o para fora, 0 
sepultaram.
7 - E, passando um espaço quase de três 
horas, entrou também sua mulher, não 
sabendo 0 que havia acontecido.
8- E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes 
por tanto aquela herdade? E ela disse: 
Sim, por tanto.
9 - Então, Pedro lhe disse: Por que é que 
entre vós vos concertastes para tentar 
0 Espírito do Senhor? Eis aí à porta os 
pés dos que sepultaram 0 teu marido, 
e também te levarão a ti.
10- E logo caiu aos seus pés e expirou. E, 
entrando os jovens, acharam-na morta e 
a sepultaram junto de seu marido.
11- E houve um grande temor em toda a 
igreja e em todos os que ouviram estas 
coisas.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Um casal, aparentemente despreten­
sioso, achou que podia lucrar às custas da 
santidade da Igreja. Ao combinarem um 
ardil para enganar os apóstolos, Ananias 
e Safira estavam, na verdade, a serviço 
do Diabo, 0 pai da mentira. Nesta lição, 
aprenderemos que é possível um crente 
não vigilante estar a serviço do Diabo em 
vez de agir em favor do Reino de Deus. 
Foi exatamente isso 0 que aconteceu com 
Ananias e Safira - tentaram obter lucro 
negociando valores do Reino. Como cren­
tes não podemos usar de engano porque 
Deus sonda os corações. Cabe, portanto, 
a nós, nos afastarm os do pecado pelo 
temor do Senhor.
I - O DIABO, O PAI 
DA M EN TIRA
l. É da natureza satânica mentir. A
Escritura afirm a que Satanás induziu 
Ananias a mentir: “Disse, então, Pedro: 
A nan ias, por que encheu Satanás 0 
teu coração...?” (At 5.3). Motivado pela 
cobiça, pelo desejo de obter lucro fácil, 
Ananias deu lugar ao Diabo, que 0 levou 
a mentir. Jesus já havia afirmado que 
o Diabo é o pai da m entira (Jo 8.44). 
Satanás está por trás de toda mentira 
e engano (2 Ts 2.9,10). O apóstolo Paulo 
viu esse espírito de engano quando 
enfrentou Elimas, 0 mágico (At 13.10). 
O Diabo será sempre mentiroso, nunca 
mudará.
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 7
2. A mentira como um ardil maligno.
Satanás não obrigou nem forçou Ananias 
a mentir, mas, evidentemente plantou a 
semente do engano e da mentira em seu 
coração. A mentira é um dos seus ardis. A 
Escritura é bem clara: “não deis lugar ao 
diabo” (Ef 4.27). Por certo, Ananias sabia 
disso, pois estava numa igreja doutrina­
da pelos apóstolos (At 2.42). A questão, 
portanto, não estava em não saber fazer 
a coisa certa, mas em subestimar 0 ardil 
do Inimigo que possui a capacidade de 
induzir a fazer a coisa errada. É possível 
que 0 casal tenha flertado com a possi­
bilidade de ganhar lucro e fama fingindo 
estar fazendo a coisa certa. Duas coisas 
que não são em si mesmas pecaminosas, 
mas quando buscadas com a intenção 
errada, se tornam pecado.
3. Não superestime o Inimigo! O 
apóstolo Paulo orienta os crentes a 
perdoarem e a não guardarem nenhuma 
raiz de amargura (2 Co 2.10,11). Se por 
um lado não podemos superestimar 0 
inim igo, visto ele ter sido derrotado 
na cruz (Cl 2.15); por outro lado, não 
podemos subestim á-lo. Paulo orienta 
os cren tes a se revestirem de toda 
arm adura de Deus para que possam 
ficar firmes contra as “ astutas ciladas 
do diabo” (Ef 6.11). A expressão grega 
“ astutas ciladas” traduz 0 termo gre­
go methodeias, de onde procede nosso 
termo português “ método”. O Diabo é 
meticuloso e trabalha metodicamente 
para enganar os cristãos. Vigiemos!
II - O CRISTÃO E A MENTIRA
1. Mentir é uma escolha. Um fato fica 
evidente em Atos 5.1-11: tanto Ananias 
quanto sua mulher, Safira, agiram livre­
mente na questão envolvendo a venda 
de uma propriedade (At 5.1,2). Isso fica 
ainda mais claro quando Pedro, sob 0 
discernimento do Espírito Santo, reprova
vv
Para haver
responsabilidade moral 
é necessário que os 
nossos atos sejam feitos 
livrem ente
Ananias por ter tentado enganar a igreja 
acerca do real valor da propriedade (v.3). 
Ananias não foi obrigado, nem tampou­
co constrangido, a agir da forma como 
agiu. Tanto ele como sua esposa, que 
foi conivente com a ação dele, tom a­
ram uma decisão livre. Mentir é uma 
escolha que envolve a natureza moral. 
Ora, para haver responsabilidade moral 
é necessário que os nossos atos sejam 
feitos livremente, isto é, não estejam sob 
nenhuma força externa que nos obrigue 
a praticá-los. Nesse aspecto, como ve­
remos mais a frente, eles não poderiam 
culpar a ninguém, nem mesmo 0 Diabo, 
pelo que fizeram.
2. Atraídos pela mentira. Se por
um lado A nan ias e Safira tom aram 
decisões livres, por outro lado, sofre­
ram implicações de suas decisões: “ E 
Ananias, ouvindo estas palavras, caiu 
e expirou” (At 5.5). Não podemos saber 
0 que se passou pela cabeça de Ananias 
e Safira para agirem como agiram. O 
certo é que quiseram obter vantagem 
com a negociação feita. É possível que, 
ao verem os dem ais crentes fazendo 
ações louváveis, quando doavam seus 
bens, tivessem visto nesse gesto uma 
oportunidade de obterem, além do re­
conhecimento, 0 lucro pelo patrimônio 
que fora vendido e, supostamente, doado.
28 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
Vi
Ninguém pode agir 
na Igreja de Deus da 
forma que achar mais 
conveniente, pensando 
que não estará sujeito ao 
julgamento divino.”
3. Mentir tem consequências. Ao
agirem assim , A nanias e Safira não 
pensaram nas consequências de suas 
ações. Mesmo fazendo parte de uma 
igreja pen tecostal, onde os dons do 
Espírito Santo estavam em evidência, 
se expuseram a uma ação mesquinha 
quando resolveram m entir, não so ­
mente aos apóstolos, mas ao próprio 
Deus. Contudo, 0 preço pago por essas 
ações foi muito caro - custou-lhes suas 
próprias vidas. Antes de se praticar 
qualquer ação de natureza pecaminosa, 
é necessário pensar nas consequências 
que isso produzirá. Quantos crentes, 
muitos deles experientes, hoje lam en­
tam por não terem levado em conta as 
consequências de suas ações? Vigiemos!
I I I - A IG REJA QUE R EP ELE 
A M EN TIRA
1. Uma igreja temente. Lucas destaca 
que os fatos ocorridos com Ananias e 
Safira trouxeram um grande tem or 
dentro e fora da Igreja (At 5.11). A pa­
lavra “ tem or” traduz o termo grego 
phobos, que tam bém aparece no ver­
sículo 5 deste mesmo capítulo. Muitas 
vezes essa palavra é traduzida com 0 
sentido de “ medo” (Mt 28.4; Lc 21.26;
Jo 7.13). Contudo, aqui nesse contexto 0 
sentido é de “ reverência” e “ respeito” 
como em Atos 2.43 e outras passagens 
neotestam entárias (cf At 9.31; 19.17; 1 
Co 2.3; 2 Co 7.1; 2 Co 7.15). Se Deus não 
tivesse usado Pedro para parar 0 intento 
daquele casal, o pecado teria entrado na 
Primeira Igreja e, sem dúvidas, causado 
danos irreparáveis. Esse julgamento de 
Deus, além do fato de punir 0 pecado do 
casal, serviu para mostrar quão séria é 
a Igreja de Deus. Ninguém pode agir na 
Igreja de Deus da forma que achar mais 
conveniente, pensando que não estará 
sujeito ao julgamento divino.
2. Uma igreja forte. Mais uma vez, 
Lucas destaca que “muitos sinais e prodí­
gios eram feitos entre 0 povo pelas mãos 
dos apóstolos” (At 5.12). Isso mostra que 
uma igreja santa, que trata 0 pecado como 
pecado e não arranja desculpas para jus- 
tificá-lo, é uma igreja forte. A prova disso 
é a manifestação dos dons espirituais que 
levou os apóstolos a fazerem milagres 
extraordinários. Uma igreja fraca, anê­
mica por falta de disciplina espiritual e 
que aprendeu a tolerar 0 pecado em seu 
meio, torna-se inoperante.
CONCLUSÃO
É possível um crente pecar e se 
acostumar com 0 pecado sem se arre­
pender. É possível que ele encontre até 
mesmo justificativas plausíveis para 
com portam entos notadamente peca­
minosos. Contudo, uma coisa é certa: 
não é possível escapar do juízo divino. 
No caso da igreja deJerusalém, 0 juízo 
divino veio de forma rápida e precisa. 
Contudo, em outros, como no caso de 
Corinto, 0 apóstolo Paulo cobrou uma 
ação enérgica por parte da igreja que 
havia se tornado tolerante em relação 
ao comportamento pecaminoso de um 
crente (1 Co 5.1-13). Em outra situação,
JULHO ■ AGOSTO • SETEMBRO 2 025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 9
Paulo deixou claro que Deus exerceu seu pecado (1 Co 11.30-32). Fica o alerta: 
direito de juiz com aqueles que havia ninguém é capaz de enganar a Deus.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Segundo a lição, 0 que m otivou A nanias a m entir?
2. O que Satanás sem eou no coração de Ananias?
3. O que fica evidente em Atos 5.1-11?
4. O que é necessário pensar antes de qualquer prática de natureza p e­
cam inosa?
5. O que, de acordo com a lição e 0 contexto de Atos 5.1-11, Atos 5.12 mostra?
LEITURAS PARA APROFUNDAR
K i v e n d q c o m .
integridade
l i m l I n s l i r
| a C r is e de 3
WTEGRIDADE 
NO INISTER1Q
A ST ORAL
I íf iàM IN I
K
Vivendo com Integridade
O autor convida-nos a recuperar 
as práticas antigas de se viver 
com honestidade, compaixão, 
simplicidade e humildade além 
de fazer um apelo desafiador para 
que se resgatem os fundamentos 
da liderança espiritual baseado na 
sustentação da integridade e da 
santidade de vida.
Crise de Integridade no 
Ministério Pastoral
De que forma o obreiro pode se 
precaver para não cair em erros e 
perder a integridade? Qual o preço 
pago pelo ministro do Evangelho 
se abrir mão dos preceitos bíblicos 
de conduta pessoal? Estas e outras 
perguntas são respondidas nesta 
importante obra.
3 0 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025
LIÇAO 7
17 de Agosto de 2027
UMA IGREJA QUE NAO 
TEM E A PERSEGUIÇÃO
"\ r
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
“Porém, respondendo Pedro e 
os apóstolos, disseram: Mais 
importa obedecer a Deus do que 
aos homens.” (At 5.29)
^ ____________________________
Em relação à verdadeira 
Igreja Cristã há duas verdades 
inegáveis: 1) a Igreja será 
perseguida; 2) Deus a protegerá.
___________________________ )
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 16.33
A perseguição na rota da fé cristã
Terça - 2 Tm 3.12
A perseguição como marca do viver
cristão piedoso
Quarta - 2 Co 4.9
Mantendo 0 ânimo em meio à
perseguição
Quinta - At 4.13
Mantendo a ousadia cristã 
Sexta - At 16.25 
Adorando a Deus mesmo em 
perseguição 
Sábado - At 12.5 
Perseverando em oração em 
meio à perseguição
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3 1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 5.25-32; 12.1-5
Atos 5
25- E, chegando um, anunciou-lhes, dizen­
do: Eis que os homens que encerrastes na 
prisão estão no templo e ensinam ao povo.
26- Então, foi 0 capitão com os servidores 
e os trouxe, não com violência (porque 
temiam ser apedrejados pelo povo).
27- E, trazendo-os, os apresentaram ao 
conselho. E 0 sumo sacerdote os interro­
gou, dizendo:
28- Não vos admoestamos nós expressa­
mente que não ensinásseis nesse nome?E 
eis que enchestes Jerusalém dessa vossa 
doutrina e quereis lançar sobre nós 0 
sangue desse homem.
29- Porém, respondendo Pedro e os após­
tolos, disseram: Mais importa obedecer 
a Deus do que aos homens.
30- 0 Deus de nossos pais ressuscitou a 
Jesus, ao qual vós matastes, suspenden- 
do-o no madeiro.
31- Deus, com a sua destra, 0 elevou a
Príncipe e Salvador, para dar a Israel 0 
arrependimento e remissão dos pecados.
32- E nós somos testemunhas acerca destas 
palavras, nós e também 0 Espírito Santo, 
que Deus deu àqueles que lhe obedecem.
Atos 12
1- Por aquele mesmo tempo, 0 rei Herodes 
estendeu as mãos sobre alguns da igreja 
para os maltratar;
2- e matou à espada Tiago, irmão de João.
3- E, vendo que isso agradara aos judeus, 
continuou, mandando prender também a 
Pedro. E eram os dias dos asmos.
4- E, havendo-o prendido, 0 encerrou na 
prisão, entregando-o a quatro quaternos 
de soldados, para que 0 guardassem, 
querendo apresentá-lo ao povo depois 
da Páscoa.
5 Pedro, pois, era guardado na prisão; 
mas a igreja fazia contínua oração por 
ele a Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Desde 0 seu início, a Igreja enfrenta 
oposição e perseguição. Por sua própria 
natureza, a fé cristã atrai sobre si a 
rejeição e a perseguição. Isso porque a 
fé cristã, por defender princípios ex­
clusivos, muitas vezes se choca com os 
valores seculares e mundanos. Foi assim 
no primeiro século e é assim ainda hoje. 
Contudo, devemos destacar que a igreja 
não está sozinha nem abandonada no 
mundo. Deus é o seu dono e, portan­
to, 0 seu protetor. Vemos ao longo da 
história da Igreja 0 Senhor agindo de
diferentes formas para dar livramento 
e vitória a seu povo. Assim, nesta lição, 
veremos como Deus faz isso capacitando 
e empoderando 0 seu povo para viver 
no meio de um mundo hostil.
I - A IG REJA PERSEG U ID A
l. Os perseguidores. Na Bíblia, vemos 
que as autoridades religiosas da época 
dos apóstolos começaram a se opor à 
Igreja (At 5.17,24). Atos 5 menciona três 
grupos: os sacerdotes, os saduceus e o 
capitão do templo. Os saduceus eram um 
grupo muito influente, com grande poder
32 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 202 5
político e religioso. Eles tinham o apoio 
dos sacerdotes e dos anciãos, e, dentro 
dessas classes religiosas, eram os mais 
poderosos. Esse grupo já havia tentado 
atrapalhar o ministério de Jesus várias 
vezes, criando dificuldades sempre que 
podiam (Lc 20.27-40). Os anciãos eram 
líderes judaicos influentes, represen­
tando tanto aspectos religiosos quanto 
políticos, m as sem exercer fun ções 
sacerdotais no Templo. Já 0 capitão do 
Templo, mencionado também em Atos 
4.1, era um sacerdote de nível inferior, 
mas que tinha autoridade policial dentro 
do Templo. Esses grupos, cada um com 
sua influência, viram a Igreja como uma 
ameaça e fizeram de tudo para impedir 
a pregação do Evangelho.
2. Esferas da perseguição. A 
p e rse g u iç ã o dos ju d eu s aos c r is ­
tãos se dava em duas esferas: a re ­
l ig io s a , por v e re m a m e n s a g e m 
de C risto com o am eaça; e p o lítica ,
os rom anos procuravam aum entar 0 
capital político com os judeus.
a) Na esfera religiosa. Lucas registra 
que os religiosos judeus prenderam os 
apóstolos (At 5-17,18). À m edida que 
os cristãos testem unhavam da sua fé 
com poder, gan havam m ais e m ais 
admiração popular (At 2.47). Muitos já 
havia aceitado a fé (At 4.4). Esse nú­
mero continuava crescendo (At 5.14). A 
inveja, portanto, provocou a ira desses 
líderes. Enquanto a Igreja crescia, 0 
velho judaísmo farisaico regredia.
b) Na esfera política. Em Atos 12.1- 
5, vem os que a perseguição se dá na 
esfera estatal e é de n atureza m ais 
política, na esfera pública. Ali, 0 rei 
H erodes, um dos g o v ern a n tes que 
represen tava 0 im pério Romano na 
Judeia, mandou executar Tiago e pren­
der 0 apóstolo Pedro. Sabendo que Pe­
dro era um líder de destaque entre os 
apóstolos, queria com isso aumentar 0
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“CONTÍNUA ORAÇÃO.
Os crentes do Novo Testam ento res­
pondiam às oposições e às perseguições 
com intensas orações. A situação parecia 
impossível: Tiago já havia morrido, e 
Herodes tinha Pedro sob a custódia de 
dezesseis soldados. No entanto, a igreja 
vivia com a absoluta certeza de que “ a 
oração feita por um justo pode muito 
em seus efeitos” (Tg 5.16), e eles oravam 
intensamente e persistentemente pela 
situação de Pedro. A oração deles logo 
foi respondida (vv. 6-17; veja o artigo 
A ORAÇÃO EFICAZ, p. 600). ” Amplie 
mais 0 seu conhecimento, lendo Bíblia 
de Estudo Pentecostal Edição Global, 
edita pela CPAD, p.1964.
JULHO • AGOSTO • SETEMBRO 2025 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3 3
vv
A Bíblia diz que eles [os 
anjos] estão a serviço 
daqueles que vão herdar 
a salvação.”
seu capital político perante os judeus 
que se opunham à Igreja (At 12.3).
3. A Igreja enfrentará oposição. A 
Igreja sempre enfrentará opositores, 
de um jeito ou de outro. Isso acontece 
porque 0 Cristianismo Bíblico, por sua 
natureza, acolhe a todos, mas também

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