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O texto a seguir fornecerá os principais conceitos e informações necessários para a 
 realização das atividades 01 e 02. Recomenda-se uma leitura atenta para que você possa 
 compreender plenamente os conteúdos abordados e realizar as atividades com segurança. 
 Abolição gradual do tráfico de escravos 
 Em 1807, a Inglaterra, por motivos econômicos e sob a influência do ideário 
 Iluminista, proibiu a escravidão. Logo em seguida, a Coroa britânica promoveria 
 uma onda de pressões exigindo a extinção do Tráfico de Escravos em todo 
 mundo. Frente à postura inglesa,o Império português, desde os primeiros 
 tratados comerciais firmados com a Grã-Bretanha após a transferência da família 
 real para o Brasil, em 1810, se comprometera em abolir o comércio de escravos 
 africanos. 
 Em 1815, por ocasião do Congresso de Viena, as contínuas pressões dos 
 ingleses levaram à instituição da interrupção do tráfico negreiro ao norte da linha 
 do Equador. Em seu papel de mediadora para o reconhecimento da 
 independência do Brasil, a Inglaterra forçava ainda mais uma decisão do 
 governo de Pedro I, uma vez que suas colônias nas Antilhas não mais utilizavam 
 esse tipo de mão de obra, o que encarecia o açúcar e levava o país a ter 
 prejuízos na concorrência com a produção brasileira. 
 Ao mesmo tempo, para os britânicos, era interessante preservar a monarquia para evitar a 
 fragmentação do território. Assim, o Brasil teve mais tempo para se adequar, pois o fim imediato da 
 escravidão desagradaria os grandes proprietários de terras e escravos, justamente o grupo que sustentava 
 o Império. A Assembleia de 1826 estabeleceria, por conseguinte, um prazo de três anos para o fim do 
 tráfico e, passado esse período, seria esta prática considerada pirataria. Em novembro de 1831, outra lei 
 para a extinção do tráfico foi elaborada pelo regente Feijó, a qual, por falta de fiscalização e controle, 
 acabou não obtendo êxito. Apesar de todos esses esforços, o tráfico de escravos da África para o Brasil 
 somente foi interrompido em 1850, com a lei Eusébio de Queirós. 
 Fonte: Arquivo Nacional, 2022. 
 1 - De acordo com o texto, qual foi a principal razão para a Inglaterra pressionar o Brasil a abolir o tráfico de 
 escravos? 
 A) A Inglaterra queria expandir seu comércio de açúcar nas colônias brasileiras. 
 B) As colônias britânicas nas Antilhas já não utilizavam mais escravos, o que tornava a produção brasileira mais 
 competitiva e onerosa para a Inglaterra. 
 C) A Inglaterra pretendia apoiar os grandes proprietários brasileiros para fortalecer o Império. 
 D) A Inglaterra queria que o Brasil adotasse o ideário Iluminista sem restrições. 
 E) A Inglaterra queria enfraquecer a economia brasileira para favorecer seus próprios produtos no mercado 
 internacional. 
 2 - Com base no texto, explique os desafios que o Brasil enfrentou para acabar com o tráfico de escravos. Fale sobre a 
 pressão da Inglaterra, os interesses dos grandes donos de terra e escravos, e a importância de manter a monarquia. 
 Como esses fatores juntos fizeram o Brasil demorar até 1850 para realmente acabar com o tráfico? 
 ESCOLA ESTADUAL ANTONIO FERREIRA BARBOSA – ITURAMA-MG 
 TRABALHO AVALIATIVO DE HISTÓRIA- 4º BIMESTRE 2025 
 De acordo com a Resolução SEE Nº 4.948, 25 DE JANEIRO DE 2024, Título V da Avaliação de Aprendizagem, Art. 106. 
 Prof(a): Letícia Damasceno Dantas Supervisora: Lucie Helaine Data: / /2025 
 Turno: Noturno Turma: 256 Valor: 5,0 pontos Nota: 
 Aluno(a): 
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 O texto a seguir apresenta informações fundamentais para a compreensão dos processos 
 relacionados à abolição da escravidão no Brasil. Leia com atenção para apoiar sua reflexão e o 
 desenvolvimento das atividades 3 e 4. Caso tenha dúvidas, releia o texto para garantir o 
 entendimento completo dos conceitos e fatos abordados. 
 A Abolição da Escravatura: Um Marco na 
 História da Humanidade 
 A Abolição da Escravatura representa um 
 dos momentos mais significativos na história da 
 humanidade, marcando o fim de uma era de 
 opressão e injustiça. Este evento histórico, que 
 teve desdobramentos políticos, sociais e 
 econômicos profundos, é um testemunho da luta 
 incansável pela liberdade e igualdade. 
 No Brasil, a Abolição da Escravatura foi 
 oficializada em 13 de maio de 1888, através da 
 assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel. 
 Esta lei, embora tenha representado o fim formal 
 da escravidão no país, não foi o resultado de 
 uma ação isolada, mas sim o produto de 
 décadas de resistência e mobilização por parte 
 dos movimentos abolicionistas e dos próprios 
 escravizados. 
 Desde os primórdios da colonização, milhões de africanos foram trazidos à força para o Brasil para 
 trabalhar como escravos nas plantações de cana de açúcar, café, entre outros. Sujeitos a condições 
 desumanas, privados de liberdade e dignidade, esses homens, mulheres e crianças resistiram bravamente 
 à sua condição, lutando por sua liberdade e direitos básicos. 
 O movimento abolicionista ganhou força ao longo do século XIX, com a atuação de intelectuais, 
 religiosos, políticos e líderes populares que denunciavam a injustiça da escravidão e defendiam a sua 
 abolição. Manifestações, revoltas e campanhas pelo fim do sistema escravista se multiplicaram, criando 
 uma pressão social e política que culminou na promulgação da Lei Áurea. 
 No entanto, é importante ressaltar que a Abolição da Escravatura não significou o fim das 
 desigualdades e do racismo no Brasil. Após a abolição, milhões de ex-escravizados foram deixados à 
 própria sorte, sem acesso à terra, à educação e ao trabalho digno. Além disso, as estruturas sociais e 
 econômicas que sustentavam a escravidão deixaram um legado de desigualdade que perdura até os dias 
 de hoje. 
 Assim, enquanto celebramos a Abolição da Escravatura como um marco na história da humanidade, 
 é crucial reconhecermos que a luta pela igualdade e pela justiça social ainda está longe de ser concluída. 
 Devemos nos inspirar no legado dos abolicionistas e dos escravizados, continuando a lutar por uma 
 sociedade verdadeiramente livre, justa e igualitária para todos os seus membros. 
 Fonte: Prefeitura de Ribeirão das Neves, 2024. 
 3 - O que é afirmado no texto sobre a Abolição da Escravatura no Brasil? 
 A) Foi uma decisão exclusiva da Princesa Isabel, sem participação popular.B) Eliminou completamente as desigualdades sociais no país. 
 C) Ocorreu sem pressões sociais ou políticas, sendo apenas um ato jurídico. 
 D) Foi resultado da resistência dos escravizados e da mobilização de movimentos abolicionistas. 
 E) Foi um processo rápido e pacífico, sem resistência ou conflito durante o período abolicionista. 
 4 - O texto afirma que a Abolição da Escravatura foi resultado da resistência dos escravizados e das lutas 
 abolicionistas. A autora Angela Alonso, no livro Flores, Votos e Balas, destaca que o movimento abolicionista 
 envolveu diferentes estratégias de ação, desde campanhas pacíficas até ações mais diretas e radicais, ainda que nem 
 sempre essas ações sejam lembradas. Como mostra a autora: "Contudo a relevância do movimento abolicionista para o 
 fim da escravidão não foi ainda plenamente reconhecida. Muito já se escreveu sobre abolição, já se discutiram causas 
 econômicas, seu processamento pelas instituições políticas, resistências judiciais e cotidianas, revoltas e fugas de 
 escravos. Trabalho feito e bem-feito. Mas o movimento abolicionista ficou na sombra". 
 Considerando o texto e a análise da autora, por que é importante reconhecer o papel do movimento abolicionista na 
 história da abolição? O que perdemos quando deixamos essas ações na sombra? 
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 O texto a seguir trata das condições de vida da população negra no Brasil após a abolição 
 da escravatura. Leia com atenção, pois ele será essencial para responder às próximas questões 
 sobre o tema. Releia sempre que necessário para garantir uma boa compreensão. 
 Como ficou a vida dos ex-escravizados após a Lei 
 Áurea? 
 Existiram senhores de escravos que não aceitavam pagar 
 salários para os ex-escravizados. Após a Lei Áurea, os 
 libertos passaram a questionar as condições que lhes eram 
 oferecidas e essa atitude passou a ser vista como 
 insolência. A repressão foi uma das respostas dos grandes 
 fazendeiros a isso. 
 Se os libertos não encontrassem condições que lhes 
 agradassem, e se tivessem outras condições, a migração 
 era sempre uma opção. Os pagamentos exigidos eram 
 realizados diariamente ou semanalmente e a jornada 
 deveria ter um limite. Aqueles que se mudavam para as 
 cidades acabavam aprendendo diferentes ofícios, tais como 
 o de marceneiro, charuteiro (produtor de charuto), servente, pedreiro etc. As mulheres, na maioria dos 
 casos, assumiram posições relacionadas com o trato doméstico. 
 Logo após a abolição da escravatura, uma das questões mais importantes, e que foi definidora para 
 garantir a manutenção do liberto como um indivíduo marginal e subalterno na pirâmide social, foi a questão 
 da terra. Não foi realizada reforma agrária e, assim, a grande maioria dos 700 mil libertos, a partir de 1888, 
 não teve acesso à terra, sendo esses forçados a sujeitarem-se aos salários baixos oferecidos pelos 
 grandes proprietários. 
 A falta de acesso à educação por parte dos liberto era uma preocupação para esses e foi uma 
 questão fundamental para manter esse grupo marginalizado. Sem acesso ao estudo, esse grupo 
 permaneceu sem oportunidades para melhorar sua vida. 
 Fonte: Adaptado de Silva, [2025]. 
 5 - De acordo com o texto, qual foi uma das principais dificuldades enfrentadas pelos ex-escravizados após a 
 assinatura da Lei Áurea? 
 A) Acesso livre às terras e salários altos oferecidos pelos antigos senhores. 
 B) Repressão por parte dos grandes fazendeiros quando exigiam melhores condições de trabalho. 
 C) Apoio governamental imediato para garantir acesso à educação e moradia. 
 D) Garantia de trabalho digno e acesso igualitário aos cargos públicos. 
 E) Participação direta na divisão das terras por meio de uma reforma agrária. 
 6 - Os ex-escravizados, após a assinatura da Lei Áurea, não receberam nenhum tipo de indenização ou apoio para 
 recomeçar suas vidas em liberdade. No entanto, como aponta Walter Fraga, "Ao longo dos anos 1888 e 1889, 
 representantes dos fazendeiros defenderam no Parlamento indenização pelas perdas financeiras decorrentes do fim do 
 cativeiro. O fato de não verem atendida sua reivindicação explica por que muitos desistiram da monarquia e 
 embarcaram no projeto de República pouco mais de um ano depois do Treze de Maio." Mesmo depois de séculos de 
 escravização, os ex-senhores ainda queriam ser compensados pelo fim do sistema que sustentava seus privilégios, 
 enquanto os próprios ex-escravizados não receberam qualquer reparação. Comente sobre essa contradição: por que é 
 importante refletir sobre a postura dos senhores de escravizados após a abolição e como isso ajuda a entender a 
 manutenção das desigualdades no Brasil? 
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 Ao invés de perseguir o brilho, 
 é melhor ser o brilho!

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