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TCC EXECUÇÃO PENAL UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ - CURSO DE DIREITO MAIQUE MATHIAS DA SILVA DE SOUZA RESUMO LIVRO CURSO DE EXECUÇÃO PENAL GUILHERME DE SOUZA NUCCI SÚMARIO INTRODUÇÃO 11 1. Capítulo I (Fundamentos Constitucionais) 1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA 15 2. PRINCÍPIOS DOS DIREITOS HUMANOS 18 1. AUMENTO DO TRÁFICO DE PESSOAS: CONJULTURA SOCIAL/SOCIOECONOMICA. 19 2. O PERFIL DA VÍTIMA 21 3. O PERFIL DOS ALICIADORES 22 3. POLÍTICAS PÚBLICAS: COMBATE AO TRÁFICO DE PESSOAS 24 4. A LEI Nº 13.344/2016: TRÁFICO DE PESSOAS 27 1. TRÁFICO INTERNACIONAL 28 2. EDUCAÇÃO: CONHECIMENTO/DIREITOS/LIBERDADES 29 3. FORMAÇÃO SOCIAL: EDUCAÇÃO 30 5. DISCUSSÃO 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35 O Objetivo do presente trabalho é de mostrar a importância de investimentos em esferas socioeconômicas, educacionais e a ampliação do Estado forte para combater o tráfico de pessoas. Metodologia: Revisão bibliográfica. Revisão bibliográfica: Mostra a importância de políticas públicas, socioeconômicas e o papel do Estado no combate ao tráfico. Discussão: Conclui sobre a importância de fatores econômicos/educacionais e a atuação de políticas públicas para uma ampliação melhor ao combate do tráfico de pessoas para fins sexuais. Conclusão: Este estudo sobre Tráfico de pessoas para fins sexuais demonstra a importância de uma atuação de esferas entre sociedade/informações/econômicas/educacionais. Palavras chaves: Direitos Humanos. Tráfico. Humanidade. The objective of the work is to show the importance of investments in socioeconomic and educational spheres and expansion of the strong State to combat human trafficking. Methodology: Bibliographic review. Bibliographic review: Shows the importance of public and socioeconomic policies and State action in the fight against trafficking. Discussion: It concludes on the importance of economic/educational factors and the performance of public policies for a better expansion of a fight against trafficking in persons for sexual purposes. Conclusion: This study on Trafficking in persons for sexual purposes demonstrates the importance of a performance of spheres between society/information/economic/educational. Keywords: Human Rights. Traffic. Humanity. Curso de execução penal CAPÍTULO 1 1 - Fundamentos Constitucionais Princípios conectados à execução penal: Qualquer ramo do direito precisa de suporte constitucional, especialmente os que dizem respeito às ciências criminais, pois lidam com a liberdade do ser humano. Em princípio, as ciências criminais concentram-se no Direto Penal e no Processo Penal. Por opção legislativa, o Brasil elegeu o Direito de Execução Penal, entregando ao judiciário o controle principal sobre o cumprimento da pena, Por isso, as ciências criminais ganharam um novo ramo, tratando-se da execução penal. No art. 5º da CF, pode ser mencionar os seguintes princípios conectados à execução penal: a) dignidade da pessoa humana (art. 1º; III; CRFB: dignidade da pessoa humana); Dever de o Estado assegurar a cada indivíduo a sua autoestima e a sua respeitabilidade como ser humano; b) devido processo legal (art. 5º; LIV. CF; Ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Regente das ciências criminais, gerando contornos de direito penal e processo penal, somente há uma condenação e seu cumprimento de maneira justa, caso todos os princípios penais e processuais penais sejam respeitados, fazendo emergir o devido processo penal; c) legalidade ou reserva legal (art. 5º; XXXIX, CF; Não há crime sem lei anterior que o defina, nem há pena sem lei anterior que a comine); Liga-se, indissociavelmente, ao princípio anterioridade previsto no preceito constitucional. Há de ressaltar sua aplicação na etapa da execução penal, para evitar que se possa criar falta grave, sem prévia definição legal, por exemplo, já que a existência dessa espécie de falta, quando registrada no prontuário do condenado, acarreta-lhe vários gravames (perda de dias remidos, bloqueio à progressão, dentre outros prejuízos; d) retroatividade da lei penal benéfica (art. 5º, LX, CF. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem); Visto que é competência do juiz da execução penal aplicar aos condenados os benefícios advindos da edição de lei penal favorável, alterando o conteúdo da anterior decisão condenatória, que serviu de título para a execução da sanção; e) personalidade ou responsabilidade pessoal (art. 5º, XLY,CF; Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido); enfocando que a pena não passará da pessoa do delinquente, jamais atingindo inocentes, que nada têm a ver com o crime praticado; é vedada a imposição de sanção coletiva, no cenário da execução penal, sem que possa individualizar de maneira correta qual preso cometeu a falta grave; f) individualização da pena (art. 5º, XLVI, 1ªparte, CF; A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos); cuja terceira etapa concentra-se, justamente, no momento de cumprimento da pena aplicada, fazendo com que cada sentenciado a execute de maneira individualizada, obtendo os benefícios e sofrendo so malefícios de seu comportamento. Quanto a esse relevante princípios constitucional, haver três aspectos a considerar: 1) individualização legislativa: o primeiro órgão estatal responsável pela individualização da pena é o Poder Legislativo, afinal, ao criar um tipo penal incriminador inédito, deve estabelecer a espécie de pena (detenção ou reclusão) e a faixa na qual o juiz pode mover-se na sua materialidade (ex.: 1 a 4 anos; 2 a 8 anos; 12 a 30 anos); 2) individualização judicial: na sentença condenatória, deve o magistrado fixar a pena concreta, escolhendo o valor cabível, entre o mínimo e o máximo, abstratamente previstos pelo legislador, além de optar pelo regime de cumprimento da pena e pelos eventuais benefícios (penas alternativas, suspensão condicional da pena etc); 3) individualização executória: a terceira etapa da individualização da pena se desenvolve no estágio da execução penal. A sentença condenatória não é estática, mas dinâmica. Um título executivo judicial, na órbita penal, é mutável. Ilustrando, um réu condenado ao cumprimento da pena de reclusão de doze anos, em regime inicial fechado, pode preencher exatamente os doze anos, no regime fechado(basta ter péssimo comportamento carcerário, recusar-se a trabalhar etc) ou cumpri-la em menor tempo, valendo-se de benefícios específicos (remição, comutação, progressão de regime, livramento condicional etc); g) humanidade (art 5º, XLVII, CF, não haverá penas : a) de morte, salvo em caso de guerra declarada nos termos do art.84. XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; c) cruéis; XLVIII- a pena será cumrprida em estabelecimento distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado(evitando-se a promiscuidade e a vulnerabilidade dos mais fracos); XLIX- é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão assegurados condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação); Este é um dos princípios mais polêmicos, tendo em vista a superlotação dos estabelecimentos penais e a falta de empenho do Poder Executivo em resolver essa situação. O judiciário tem trabalhado....... Desde logo, vale lembrar que a vedação ao trabalho forçado não se confunde com o dever do preso de desenvolver uma atividade laborativa. Esta atividade concerne ao panorama da sua ressocialização, que atualmente envolve igualmente o estudo. Os princípios constitucionais expressos do direito penal, constantes das letras c a g, são aplicáveisà execução penal, sem prejuízo dos demais princípios constitucionais implícitos (intervenção mínima, culpabilidade, taxatividade, proporcionalidade, vedação da dupla punição pelo mesmo fato), conforme o caso concreto assim demandar. São princípios constitucionais processuais penais explícitos, aplicáveis à execução penal, considerando-se incluídos os regentes, já mencionados(dignidade da pessoa humana e devido processo legal): a) ampla defesa(art 5º, LV, CF; aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inrentes); constituindo um dos mais relevantes, pois o condenado, me estabelecimento penal, pode ser acusado da prática de faltas, que poderão influir na individualização da sua execução, caso comprovadas, devendo éter uma defesa técnica e eficiente; b) contraditório (art. 5º, LV, CF); Associado à ampla defesa, permite ao sentenciado refutar e contrariar as acusações que lhe forem feitas, tanto no estabelecimento prisional quanto fora dele, ilustrado, ele pode estar em regime aberto (prisão albergue domiciliar) e ser apontado como autor de um crime, motivo pelo qual tem o direito de contrariar essa imputação, antes de sofrer qualquer prejuízo, como a regressão a regime mais rigoroso; c) presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF, Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória); Nesse princípio decorrem os relevantes princípios da prevalência do interesse do acusado e do in dubio pro reo (na dúvida, resolve-se em favor do acusado), com aplicação ás situações em geral, em que há uma imputação e o imputado não a reconhecer; noutros termos, exemplificando, quando se tratar do cometimento de falta grave, não se presume a culpa do sentenciado, mas usa inocência, assim sendo, em caso de dúvida, deve-se absolve-lo da acusação feita; d) juiz natural e imparcial (art.5º, LIII, CF. Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; XXXVII. não haverá juízo ou tribunal de exceção); aplica-se ao réu, que deve ser julgado por um juiz previamente estabelecido em lei para apreciar o processo criminal, de modo que possa atuar de maneira imparcial. Veda-se com isso, o tribunal de exceção, que seria o juízo constituído ou indicado, após a prática da infração penal, especialmente para julgar determinado réu. A aplicação do princípio não deve ser afastada do cenário da execução penal. O ideal é haver a Vara de Execução Penal, provida por um juiz titular, inamovível, razão pela qual é o indicado para acompanhar as execuções que lhe são concernentes, porém, o mais importante é ter o condenado, como qualquer outro acusado, o direito a um juiz imparcial, não se afasta a imparcialidade do judiciário somente porque se adentra a fase de execução penal, visto que esta encerra uma etapa fundamental na vida do apenado e deve proferir decisões relativas à individualização da sua sanção de maneira justa e equânime. 2 - CONCEITO DE EXECUÇÃO PENAL Fase processual em que o Estado faz valer a pretensão executória da pena, tornando efetiva a punição do agente e buscando a concretude das finalidades da sanção penal. Com o trânsito em julgado da decisão, a sentença torna-se título executivo judicial, passando-se do processo de conhecimento ao processo de execução. Embora seja este um processo especial, com particularidades que um típico processo executório não possui (ex.; tem o seu início determinado de ofício pelo juiz, na maior parte dos casos) é a fase do processo penal em que o Estado faz valer a sua pretensão punitiva, desdobrada em pretensão executória. 2.1 - SENTENÇA E DECISÃO CRIMINAL LIVRO MANUAL DE DIREITO PENAL GUILHERMME DE SOUZA NUCCI Ponto relevante para debate A prisão no Brasil e a humanidade A Consituição Federal consagra o princípio da humanidade, voltando-se, particularmente, às penas apontadas, internacionalmente, como cruéis, tais como à morte, a prisão perpétua, o banimento e os trabalhos forçados. Não considera, por óbito, como cruel a pena privativa de liberdade, que, aliás, consta da relação do Art. 5º, XLVI, a, da CF, uma das sugeridas para adoção pela lei ordinária. O ponto relevante para ser destacado é a real condição do cárcere na maioria das comarcas brasileiras. É de conhecimento público e notório que vários presídios apresentam celas imundas e superlotadas, sem qualquer salubridade. Nesses locais, em completo desacordo ao estipulado em lei, inúmeros sentenciados contraem enfermidades graves, além de sofrerem violências de toda ordem. Parte considerável dos estabelecimentos penais não oferece, como também determina a lei, a oportunidade de trabalho e estudo aos presos, deixando os entregues à ociosidade, o que lhes permite dedicar-se às organizações criminosas. Sob outro prisma, observa-se carência de vagas igualmente no regime semiaberto, obrigando a que presos aguardem, no fechado, o ingresso na colônia penal, direito já consegrado por decisão judicial. Outras várias mazelas poderiam ser apontados, indicando a forma desumana com que a população carcerária é tratada em muitos presídios. Entretanto, não se registra, com a frequência merecida, a insurgência expressa da doutrina penal e, principalmente, da jurisprudência, no tocante a tal situação, que por certo configura pena cruel, logo, inconstitucional Parece-nos que a questão automaticamente relevante não é a alegada falência da pena de prisão, como muitos apegam, em tese, mas, sim, a derrocada da administração penitencária, conduzida pelo Poder Executivo, que não cumpre a lei penal, nem a lei de execução penal. Não se pode argumentar com a falência de algo que nem mesmo foi implementado. Diante disso, haveria de se demandar do judicário uma avaliação realista do sistema carcerário, impedindo a crueldade concreta na ecxecução das penas privativas de liberdade, por se tratar de tema diretamente ligado à CF. Quando o juiz da execução penal tomar conhecimento de situação desastrosa no estabelecimento penal sob sua fiscalização, deve tomar as medidas legais cabíveis para sanar a flagrante ilegalidade e consequente inconstitucionalidade. Se a parcela da sociedade que se encontra no cárcere não tiver seus direitos, expressamente previstos em lei, respeitados, nem puder confiar no Poder Judiciáirio, prejudica-se seriamente o Estado Democrático de Direito. CAPÍTULO 9 DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE 1- INÍCIO DA EXECUÇÃO DA PENAL Preceitua o art. 105, Da LEP que “transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser preso, o juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução”. Vide arts. 674 a 685 da CPP. Súmula 716 e 717 do STF. Art. 674. Transitando em julgado a sentença que impuser pena privativa de liberdade, se o réu já estiver preso, ou vier a ser preso, o juiz ordenará a expedição de carta de guia para o cumprimento da pena. Parágrafo único. Na hipótese do art. 82, última parte, a expedição da carta de guia será ordenada pelo juiz competente para a soma ou unificação das penas. Art. 675. No caso de ainda não ter sido expedido mandado de prisão, por tratar-se de infração penal em que o réu se livra solto ou por estar afiançado, o juiz, ou o presidente da câmara ou tribunal, se tiver havido recurso, fará expedir o mandado de prisão, logo que transite em julgado a sentença condenatória. § 1o No caso de reformada pela superior instância, em grau de recurso, a sentença absolutória, estando o réu solto, o presidente da câmara ou do tribunal fará, logo após a sessão de julgamento, remeter ao chefe de Polícia o mandado de prisão do condenado. § 2o Se o réu estiver em prisão especial, deverá, ressalvado o disposto na legislação relativa aos militares, ser expedida ordem para sua imediata remoção para prisão comum, até que se verifique a expedição de carta de guia para o cumprimento da pena. Art. 676. A carta de guia, extraída pelo escrivão e assinada pelo juiz,que a rubricará em todas as folhas, será remetida ao diretor do estabelecimento em que tenha de ser cumprida a sentença condenatória, e conterá: I - o nome do réu e a alcunha por que for conhecido; Il - a sua qualificação civil (naturalidade, filiação, idade, estado, profissão), instrução e, se constar, número do registro geral do Instituto de Identificação e Estatística ou de repartição congênere; III - o teor integral da sentença condenatória e a data da terminação da pena. Parágrafo único. Expedida carta de guia para cumprimento de uma pena, se o réu estiver cumprindo outra, só depois de terminada a execução desta será aquela executada. Retificar-se-á a carta de guia sempre que sobrevenha modificação quanto ao início da execução ou ao tempo de duração da pena. Art. 677. Da carta de guia e seus aditamentos se remeterá cópia ao Conselho Penitenciário. Art. 678. O diretor do estabelecimento, em que o réu tiver de cumprir a pena, passará recibo da carta de guia para juntar-se aos autos do processo. Art. 679. As cartas de guia serão registradas em livro especial, segundo a ordem cronológica do recebimento, fazendo-se no curso da execução as anotações necessárias. Art. 680. Computar-se-á no tempo da pena o período em que o condenado, por sentença irrecorrível, permanecer preso em estabelecimento diverso do destinado ao cumprimento dela. Art. 681. Se impostas cumulativamente penas privativas da liberdade, será executada primeiro a de reclusão, depois a de detenção e por último a de prisão simples. Art. 682. O sentenciado a que sobrevier doença mental, verificada por perícia médica, será internado em manicômio judiciário, ou, à falta, em outro estabelecimento adequado, onde Ihe seja assegurada a custódia. 1. § 1o Em caso de urgência, o diretor do estabelecimento penal poderá determinar a remoção do sentenciado, comunicando imediatamente a providência ao juiz, que, em face da perícia médica, ratificará ou revogará a medida. 2. § 2o Se a internação se prolongar até o término do prazo restante da pena e não houver sido imposta medida de segurança detentiva, o indivíduo terá o destino aconselhado pela sua enfermidade, feita a devida comunicação ao juiz de incapazes. Art. 683. O diretor da prisão a que o réu tiver sido recolhido provisoriamente ou em cumprimento de pena comunicará imediatamente ao juiz o óbito, a fuga ou a soltura do detido ou sentenciado para que fique constando dos autos. 1. Parágrafo único. A certidão de óbito acompanhará a comunicação. Art. 684. A recaptura do réu evadido não depende de prévia ordem judicial e poderá ser efetuada por qualquer pessoa. Art. 685. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será posto, imediatamente, em liberdade, mediante alvará do juiz, no qual se ressalvará a hipótese de dever o condenado continuar na prisão por outro motivo legal. 1. Parágrafo único. Se tiver sido imposta medida de segurança detentiva, o condenado será removido para estabelecimento adequado (art. 762). Súmula 716 - Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Súmula 717 - Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial. Desse modo, o formal início da execução se dá com a expedição da guia de recolhimento. Esta, somente será emitida quando o réu, após o trânsito um julgado da sentença condenatória, vier a ser preso ou já se encontrar detido. Deve o cartório do juízo da condenação providenciar a expedição da guia, enviando-a, com as peças necessárias, ao juízo da execução penal. Cópias serão igualmente remetidas à autoridade administrativa onde se encontra preso o condenado. 2- EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA Trata-se de uma realidade no cenário jurídico brasileiro, já regulamentada pelos Tribunais dos Estados e, também, pelo Conselho Nacional de Justiça. Por isso, o juízo da condenação, assim que o réu vier a ser preso ou se já se encontrar detido, deve determinar a expedição da guia de recolhimento, ainda que haja recursos das partes, portanto, antes do trânsito em julgado, colocando a observação de se tratar de guia de recolhimento provisória. Seguem as peças ao juiz da execução penal, que decidirá, conforme o seu convencimento, se, como e quando deve o preso, condenado provisório, obter algum benefício, como, por exemplo, a progressão de regime. 3- GUIA DE RECOLHIMENTO LEI Nº 13.163, DE 9 DE SETEMBRO DE 2015 Modifica a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 - Lei de Execução Penal, para instituir o ensino médio nas penitenciárias. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º ( VETADO). Art. 2º A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos: "Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de nível médio, será implantado nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua universalização. § 1º O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á ao sistema estadual e municipal de ensino e será mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio da União, não só com os recursos destinados à educação, mas pelo sistema estadual de justiça ou administração penitenciária. § 2º Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas cursos supletivos de educação de jovens e adultos. § 3º A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal incluirão em seus programas de educação à distância e de utilização de novas tecnologias de ensino, o atendimento aos presos e às presas." "Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar: I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e o número de presos e presas atendidos; III - a implementação de cursos profissionais em nível de iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de presos e presas atendidos; IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo; V - outros dados relevantes para o aprimoramento educacional de presos e presas." Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de setembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo - é um jurista, advogado e político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores. Foi deputado federal, ministro da Justiça e advogado-geral da União do Brasil. (Era ligado aos donos da empresas investigadas na lava jato). Joaquim Vieira Ferreira Levy - é um engenheiro naval brasileiro de ascendência patrilinear judaica com doutorado em economia, e foi ministro da Fazenda.(Respondeu ao inquérito das pedaladas) Renato Janine Ribeiro - é professor de ética e filosofia política na USP. Foi Ministro da Educação, diretor de avaliação da Capes(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Nelson Barbosa - é um economista e professor brasileiro. Foi Ministro do Planejamento e Ministro da Fazenda do Brasil no governo Dilma Rousseff. Também foi Secretário de Política Econômica e Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda no governo Lula, entre 2007 e 2010.(Investigado pelas pedaladas fiscais que acarretaram o impetchman da presidente em questão). LEI Nº 12.433, DE 29 DE JUNHO DE 2011. Altera a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), para dispor sobre a remição de parte do tempo de execução da pena por estudo ou por trabalho. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Os arts. 126, 127, 128 e 129 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passam a vigorar com a seguinte redação: “ Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. § 1º A contagem de tempo referida no caputserá feita à razão de: I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. § 2º As atividades de estudo a que se refere o § 1º deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. § 3º Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem. § 4º O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição. § 5º O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação. § 6º O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1º deste artigo. § 7º O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. § 8º A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa.” (NR) “ Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.” (NR) “ Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.” (NR) “ Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, com informação dos dias de trabalho ou das horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada um deles. § 1º O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente, por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a frequência e o aproveitamento escolar. § 2º Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de junho de 2011; 190º da Independência e 123º da República. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Fernando Haddad 9