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Há uma poesia discreta nas engrenagens digitais: quando um cliente envia uma requisição HTTP, é como se tocasse uma campainha distante e, do outro lado, um conjunto de serviços orquestrados respondesse com promessas codificadas. No campo da Tecnologia da Informação, o desenvolvimento de APIs RESTful é essa música de interação entre sistemas — simples na aparência, complexa na intenção. A arquitetura REST, nascida dos estudos de Roy Fielding, oferece um vocabulário de recursos, métodos e representações que permite aos desenvolvedores transformar dados e comportamentos em contratos previsíveis. Porém, mais do que uma lista de regras, construir uma API RESTful é escrever um diálogo entre máquinas e pessoas, entre intenções humanas e rigor técnico.
Ao conceber uma API RESTful, parte-se do princípio básico: tratar cada entidade como um recurso identificável por uma URI. A escolha do nome, das relações e das representações é também uma escolha de semântica. É por isso que a disciplina do design importa — não apenas porque facilita integrações, mas porque modela convenções que perdurarão por anos. Os métodos HTTP (GET, POST, PUT, PATCH, DELETE) são verbos de uma língua técnica; usá-los corretamente é respeitar a gramática entre cliente e servidor. A ausência de estado no servidor, outra pedra angular do REST, transforma cada requisição em uma unidade autônoma de comunicação, conferindo escalabilidade e tolerância a falhas.
Em termos práticos, o desenvolvimento implica decisões constantes: como versionar sem quebrar consumidores? Como definir paginação, filtros e ordenação? Como documentar endpoints para que um novo desenvolvedor entenda a intenção do projeto sem contato prévio? Ferramentas como OpenAPI/Swagger e Postman ajudam a transformar intentos em documentação executável, possibilitando simular fluxos e gerar contratos que servem como referência para testes e integrações. Testes automatizados, pipelines de CI/CD e ambientes isolados são as guardiãs da qualidade, garantindo que mudanças não desfaçam acordos implícitos.
Segurança e governança são versos sérios dessa canção. Autenticação e autorização — via OAuth2, JWT ou outras estratégias — protegem recursos sensíveis e definem quem pode tocar quais notas. Rate limiting e políticas de uso preservam a estabilidade contra consumos acidentais ou maliciosos. Além disso, a observabilidade (logs estruturados, métricas, tracing distribuído) é o farol que revela comportamentos sutis em produção, permitindo intervenções cirúrgicas quando o sistema reclama. Em um ecossistema de microserviços, gateways de API e malhas de serviço (service mesh) assumem papéis de mediação e uniformização, implementando políticas transversais sem poluir a lógica de negócio.
A eficiência de uma API RESTful tem também uma dimensão performática: cacheamento apropriado, compressão de payloads e uso cuidadoso de consultas ao banco de dados podem reduzir latências e custos. Idempotência e tratamento correto de erros tornam as integrações robustas — um POST duplicado não pode deixar o estado inconsistente; um cliente que recebeu um 429 deve entender quando tentar novamente. A padronização de códigos de status HTTP, e de corpos de erro expressivos, é uma cortesia que favorece developers experience e acelera a resolução de problemas.
Existe, claro, um diálogo contemporâneo com outras abordagens. GraphQL oferece reflexão sobre consultas flexíveis e redução de overfetching, enquanto gRPC propõe comunicação eficiente entre serviços internos. Contudo, REST permanece relevante por sua simplicidade e interoperabilidade com a web. A escolha entre paradigmas deve ser guiada pelas necessidades do domínio, pela maturidade da equipe e pelos requisitos de performance e manutenção.
Por fim, desenvolver APIs é também praticar empatia: entender quem são os consumidores, quais casos de uso prevalecem e como mudanças impactarão integradores. Boas práticas incluem versionamento sem rupturas, depreciação comunicada com antecedência, documentação atualizada e exemplos reais de uso. Uma API bem projetada é previsível, segura e bonita na medida em que facilita a vida de quem a consome. É uma obra coletiva, que cresce com feedback, monitoramento e disciplina técnica.
Em suma, Tecnologia da Informação aplicada ao desenvolvimento de APIs RESTful é um cânone de escolhas arquiteturais, técnicas e humanas. É transformar recursos em contratos, intenções em endpoints e expectativas em garantias operacionais. Onde houver sistemas que precisem conversar, haverá necessidade desse ofício: conciliar padrões e pragmatismo, construir interfaces tão claras quanto possíveis e manter sempre um ouvido atento ao que as métricas e os usuários têm a dizer.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) O que define uma API RESTful?
Resposta: Ser baseada em recursos identificáveis por URIs, usar corretamente métodos HTTP, ser stateless e oferecer representações padronizadas (JSON/HTML).
2) Como versionar uma API sem quebrar consumidores?
Resposta: Usar versionamento na URI ou cabeçalhos, comunicar depreciações, manter compatibilidade retroativa e liberar mudanças em fases.
3) Quais práticas melhoram a segurança de APIs RESTful?
Resposta: Autenticação forte (OAuth2/JWT), TLS, rate limiting, validação de entrada, logs e políticas de autorização bem definidas.
4) Quando escolher REST em vez de GraphQL ou gRPC?
Resposta: Prefira REST quando interoperabilidade, simplicidade e integração com a web forem prioritárias; avalie alternativas para casos de consulta complexa ou performance interna.
5) Como garantir observabilidade e resiliência de uma API?
Resposta: Implementar logs estruturados, métricas, tracing distribuído, circuit breakers, retry com backoff e monitoramento contínuo.

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