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Gestão de instituições privadas de
educação
Você vai entender os fundamentos operacionais do cotidiano das escolas privadas, a fim de praticar o
planejamento como forma de aprimoramento do processo de aprendizagem.
Profa. Luciane Porto Frazão de Sousa
1. Itens iniciais
Propósito
A partir dos estudos exercitados neste conteúdo, você estará apto a dialogar com as diferentes interfaces do
cotidiano escolar: desde ações emergenciais que se interligam com o dia a dia das escolas até o planejamento
estratégico que pontua ações para melhoria do cenário escolar.
Objetivos
Reconhecer os conceitos básicos de gestão escolar que fundamentam a interlocução administrativo-
pedagógica.
Identificar a estrutura de um sistema educacional inclusivo nas instituições privadas de educação 
básica.
Aplicar estratégias educacionais que potencializem a aprendizagem de todos os estudantes.
Introdução
A discussão sobre as ações de práticas inclusivas que efetivamente têm sido desenvolvidas, para além da
formulação de leis e documentos, vem atravessando o tempo sem fornecer esclarecimentos sobre o que
possa estar dificultando o processo. É comum o apontamento feito por alguns profissionais de que as
estratégias são superficiais e não atingem a globalidade do contexto educacional. Ao observar os estudos
acerca da problemática que dificulta a implementação de uma educação para todos, a ênfase maior esteve em
estudos que enfocam a formação de professores. O professor, por ser considerado o detentor do processo de
ensino-aprendizagem (em sala de aula), era também responsabilizado sozinho pelo sucesso ou fracasso da
educação.
Ao tratar dos inúmeros desafios para estabelecer escolas mais includentes, a rede de educação privada
precisa lidar não só com um ensino atraente para a população, de modo a justificar o engajamento das
famílias que optam por essa rede, mas também apresentar propostas diferenciadas, ao mercado que se
intitula competitivo e emergente, de ocupação de vagas diferenciadas na sociedade.
Os gestores das escolas particulares precisam atuar em esferas que sinalizem uma filosofia educacional capaz
de atender a diferentes premissas, como a organização da política educacional equilibrando as
regulamentações legais e a autonomia que elas possuem, bem como às relações entre estudantes e
professores e, estudantes e estudantes no cotidiano escolar. Na rede privada de ensino, as famílias têm uma
contribuição financeira que, por vezes, precisa de esclarecimento para que não seja um obstáculo para a
oferta educacional.
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1. Planejando o dia a dia na educação básica privada
Como estruturar o organograma e as funções nas escolas
A construção da comunidade educativa
Quando nos debruçamos sobre o cotidiano de uma escola, é muito comum olharmos unicamente para a
relação de aprendizagem que acontece somente entre professores e estudantes. Essa dinâmica, por vezes,
colabora para uma compreensão da escola como palco de uma percepção tradicional de educação: professor
que ensina, estudante que aprende. Ao lançarmos um olhar mais profundo sobre as relações que compõem o
processo de ensino-aprendizagem, podemos identificar diferentes atores nesse processo bem como mapear
funções e atribuições.
A partir dessa percepção das relações
cotidianas, pode-se construir uma proposta
diferenciada de aprendizagem, que não
acontece somente quando há livro, papel e um
professor ensinando um conteúdo. A
aprendizagem também ocorre na forma como
as pessoas se comunicam, no trato com a
comunidade de pertencimento e na
funcionalidade do conhecimento partilhado. Por
esse motivo, todas as pessoas/profissionais
são importantes para a escola.
Do portão de entrada da escola ao gabinete da
gestão, podemos contemplar uma organização
do espaço escolar de modo a operacionalizar
os diferentes modelos de aprendizagem e a caracterização dos instrumentos pedagógicos. Das funções mais
administrativas, destacam-se o acolhimento aos estudantes e as atribuições de higienização e manutenção da
escola, que ofertam uma ambiência que traduz a filosofia educacional. Das funções técnico-pedagógicas, o
professor possui uma responsabilidade enorme em traçar as principais abordagens a serem realizadas com o
estudante. Das funções técnico-organizacionais, a figura do gestor emerge de forma a orquestrar as
necessidades da escola e as metas a serem alcançadas.
Em várias situações o alcance pedagógico da gestão deve estar presente, vejamos!
 
No estabelecimento de políticas.
No planejamento e na avaliação.
Na articulação com a comunidade escolar.
Na defesa das necessidades dos estudantes.
No estabelecimento de prioridades.
No respeito à liberdade e individualidade.
Na defesa dos interesses do coletivo escolar.
Na destinação e alocação de recursos.
O gerenciamento das políticas de educação demanda uma escola bem estruturada, tanto do ponto de vista
físico quanto de recursos humanos, o que cria e assegura condições pedagógico-didáticas, organizacionais e
operacionais que propiciam o bom desempenho dos professores em sala de aula, de modo que todos os seus
estudantes sejam bem-sucedidos na aprendizagem escolar. Certamente, as práticas de gestão são meios
para o alcance de um resultado de sucesso na aprendizagem dos educandos; porém, também carregam
consigo uma dimensão educativa, que corresponde ao caráter de atuação na interlocução entre professores e
estudantes. Isso propicia uma mudança de postura e prática a partir do cotidiano escolar e do conhecimento
educacional que fundamenta a prática pedagógica.
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A importância da gestão reside no fato de que sua atuação estabelece o tônus da integração na
escola.
A gestão promove a unidade da ação educativa, viabilizando o desenvolvimento dos recursos humanos da
escola, de modo que ela alcance os objetivos propostos, em uma demanda de diversidade que oportunize a
todos os estudantes obterem sucesso em suas trajetórias de aprendizagem. O gestor, portanto, configura-se
na perspectiva de coordenação e orientação, provendo esforços no sentido de que a escola disponibilize as
melhores situações, tendo como foco o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes dos
professores da organização.
Para entender a participação e a divisão de trabalho dos gestores, é preciso conhecer os profissionais que
fazem parte da gestão. No passado, o conceito de gestão na esfera das escolas (públicas ou privadas)
abrangia diversos papéis e funções profissionais: o diretor, o diretor adjunto (ou vice-diretor), o supervisor
pedagógico, o orientador educacional, o coordenador etc., hierarquizando e estratificando as tomadas de
decisão, impedindo uma ação integrada e uma visão do estudante em sua totalidade. Essa postura dos papéis
também impedia uma visão global do espaço escolar, burocratizando a organização da instituição de ensino.
Segundo Lück (2000), o processo educativo necessitava de uma divisão de trabalho, para que as pessoas
pudessem estar disponíveis para um bom desempenho. As funções da administração da escola, da supervisão
escolar e da orientação educacional faziam-se presentes para cumprir esse papel. Na administração, o diretor,
em sua capacidade de liderança, era responsável pela qualidade do ambiente e do clima escolar. Segundo
Lück (2000, p.17-18), aqui estão as responsabilidades do diretor. Confira! 
É possível perceber que, a partir dessa postura, há uma divisão clara de quem administra os recursos e de
quem se utiliza dos recursos da escola. Não são mais todas as escolas que possuem essa divisão de trabalho.
Resumindo
Na atualidade, o conceito de gestão remete à identificação e formação de um profissional que consiga
acompanhar a dinâmica cotidiana da escola, gerenciar recursos financeiros e interceder nas relações
interpessoais, envolvendo docentes e discentes, para o alcance da aprendizagem de todos os
estudantes. 
É fácil administrar uma escola?
Confira no vídeo o relato de um importante nome no cenário da educação, compartilhando sua experiência naadministração de um escola. 
Administrativamente 
“Organização e articulação de todas as
unidades componentes da escola; controle
dos aspectos materiais e financeiros da escola;
articulação e controle dos recursos humanos;
articulação escola-comunidade; articulação
da escola com o nível superior de
administração do sistema educacional;
formulação de normas, regulamentos e
adoção de medidas condizentes com os
objetivos e princípios propostos; supervisão e
orientação a todos aqueles a quem são
delegadas responsabilidades.” 
Pedagogicamente 
“Dinamização e assistência aos
membros da escola para que promovam
ações condizentes com os objetivos e
princípios educacionais propostos;
liderança e inspiração no sentido de
enriquecimento desses objetivos e
princípios; promoção de um sistema de
ação integrada e cooperativa;
manutenção de um processo de
comunicação claro e aberto entre os
membros da escola e entre a escola e a
comunidade; estimulação à inovação e
melhoria do processo educacional.” 
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Relatórios e dados para governos e inspeção das
secretarias
Instrumentos de coleta e análise educacionais
A defesa da legitimidade de uma autonomia administrativa, financeira e pedagógica da escola, em que se
vislumbre o alcance pedagógico da gestão no estabelecimento de políticas, no planejamento e na avaliação, é
um dos desafios que se enfrenta ao equacionar as necessidades apresentadas pelos órgãos governamentais.
Na articulação com e entre a comunidade escolar, na destinação e alocação de recursos, no estabelecimento
de prioridades, no respeito à liberdade e a individualidades, na defesa dos interesses do coletivo escolar e na
defesa das necessidades das crianças e dos jovens, margeiam os instrumentos elaborados pela escola para
acompanhar o desempenho acadêmico dos estudantes e validar as orientações das secretarias de educação.
Não cabe encaminhar este texto com tipologias ou listas de recomendações que parecem indicar o que é
necessário aplicar de uma série de “receitas” que facilmente se adaptem à figura do gestor escolar. Mas sim
cabe apresentar uma proposta de reflexão sobre o papel desse agente educativo no seio da comunidade
escolar. Primeiramente, precisamos considerar que cada escola é um organismo vivo, com uma história única,
e reconhecer esse fato significa que os gestores poderiam dirigir suas atividades de aperfeiçoamento
elaborando suas próprias vias de progressão, de sucesso. Além disso, ao fazê-lo, são sensíveis aos fatores
culturais e organizacionais locais, bem como à forma como eles influenciam o modo como a equipe vivencia
uma cultura mais inclusiva.
Comentário
Na modelagem de uma gestão participativa, cabe pensarmos nos instrumentos que dialogam com a
comunidade e alinham possibilidades de monitoramento do processo educacional de cada escola. 
Em relação à produtividade educacional, o primeiro documento interessante é o Projeto Político Pedagógico
(PPP), cujo objetivo é definir a filosofia, a missão, os valores e as metas de uma instituição de ensino. É um
documento que orienta as ações da escola e estabelece uma direção clara para o desenvolvimento de suas
atividades pedagógicas. Esse documento necessita ter a participação de todos os atores escolares, para que
a comunicação possa ser fluida e o alcance das metas seja efetivado.
De posse do PPP, a instituição escolar necessita regular como as metas serão alcançadas e o espaço escolar
será gerenciado. Para tanto, o regimento escolar é o documento no qual são registrados todo o
funcionamento, a estrutura, a organização e as normas de uma instituição de ensino. As regras contidas nele
regem as esferas administrativa, didática, pedagógica e disciplinar. A escola possui autonomia para elencar as
prioridades de cada esfera a ser contida no regimento, lembrando que as instituições escolares devem
compartilhar essas informações com as orientações mais amplas das esferas governamentais.
Em relação à produtividade educativa, os
instrumentos de monitoramento envolvem o
desempenho dos estudantes. Uma excelente
ferramenta é o relatório de desempenho, cujo
desenvolvimento deve ser composto por todas
as informações sobre o rendimento do
estudante, ou seja, o que ele alcançou ao longo
do ano e também aquilo que ele não conseguiu
alcançar.
 
Além disso, vale a pena escrever sobre as
medidas e as intervenções adotadas para
estimular o desenvolvimento do estudante. A
identificação das lacunas no processo significa trabalhar com evidências concretas, sendo um recurso ideal
para compreender o tempo de desenvolvimento de cada estudante.
No sistema educacional brasileiro, as avaliações de aprendizagem fazem parte de uma estrutura que tem
como objetivo proporcionar aos agentes educacionais e à sociedade uma visão clara dos resultados dos
processos de ensino e aprendizagem e das condições em que são desenvolvidos. Entre as avaliações
nacionais de ampla escala e divulgação, estão: Enade, Enem, Saeb e a Provinha Brasil, todas realizadas pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Apesar de as instituições da rede privada não vivenciarem o ordenamento político-governamental como uma
forma de controle das suas ações, as secretarias de educação funcionam em um formato de fiscalização, para
que a referida rede siga algumas orientações de funcionamento básico; desde o administrativo até o
pedagógico.
Sistemas escolares e o diálogo com sistemas regionais
Assista ao vídeo e conheça alguns exemplos e desafios da integração entre os sistemas e suas
representações.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Organização de fluxos de pagamento e práticas contra a
inadimplência
Alcance da base nacional de educação
No cerne das políticas governamentais e no desdobramento das orientações administrativas para lidar com o
gerenciamento de recursos, o pensar e repensar a dotação orçamentária para cada ação implica,
primeiramente, o planejamento das ações. Em segundo plano, para as instituições escolares da rede privada,
a captação de recursos ora está vinculada ao pagamento das mensalidades por parte dos alunos, ora pode
vincular-se a projetos parceiros que agreguem valor educacional à instituição.
Segundo as portarias do Ministério da Educação, um dos focos de implementação pedagógica envolve a
legitimação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a partir da qual as escolas passam a tratar o
conhecimento ofertado nas instituições como competências, e não conteúdos hierarquizados por disciplinas
que não traduzem o cotidiano dos estudantes fora do espaço escolar. Tal mudança acarreta remodelagem
curricular, por exemplo, e o desenvolvimento das propostas educativas necessita de assistência financeira e
assistência técnica. Entenda!
Além disso, temos o aspecto do funcionamento geral da escola que, em alguns itens, perpassa em paralelo o
aspecto técnico-financeiro.
Falar de BNCC e objetivos de aprendizagem pautados em competências lida com a relação do currículo com
os atores locais que trazem suas experiências particulares para a formação do sujeito. Caberá, ao gestor
escolar, pactuar com as secretarias de educação e seus representantes sobre a alocação de recursos. Confira
a finalidade desse processo!
 
Adquirir materiais com regularidade e atualização que dialoguem com a formação dos estudantes.
Ofertar espaços de formação aos professores que contribuam para as reflexões do novo formato
curricular.
Ofertar lugar de fala aos professores que legitime as transformações nas práticas docentes.
Organizar a estrutura escolar para que as vivências dos estudantes sejam produtivas e compartilhadas
em diferentes grupos.
Ampliar a participação dos familiares, levando-os a contribuírem com o processo, de modo a oferecer
transparência ao processo de alocação de recursos.
O investimento na formulação e desenvolvimento de seus projetos políticos pedagógicos com as expectativas
de consolidar formas coletivas e democráticasde gestão e ganhar maior espaço no âmbito das decisões
curriculares, atravessa o cotidiano das escolas. Todas essas formulações desembocam na sala de aula, que
interliga docência, ensino e aprendizagem.
Para que tal processo ocorra de forma eficaz, o gestor escolar pode-se pautar em um instrumento básico de
planejamento e controle financeiro, denominado fluxo de caixa. O objetivo dessa ferramenta é acompanhar o
saldo disponível no momento do pagamento das mensalidades e projetar o futuro, para que exista sempre
capital de giro acessível tanto para o custeio das operações da escola (folha de pagamento, impostos, entre
outros) quanto para os investimentos em melhorias (reforma da quadra poliesportiva, por exemplo).
Na ferramenta de fluxo de caixa, devem ser registrados:
Todos os recebimentos, de acordo com as mensalidades pagas.
Pagamentos discriminados em dinheiro, cheque, cartões, para que se tenha noção do montante de
recursos e os seus prazos de utilização.
Todos os pagamentos, de acordo com a previsibilidade de gastos.
Saídas de recursos à vista e a prazo, aquisição de materiais, aquisição de insumos, pagamento de
despesas e outros pagamentos.
Ao elaborar o fluxo de caixa, o gestor escolar terá uma visão financeira do presente e do futuro da instituição.
Dessa forma, a escola pode: antecipar algumas decisões fundamentais para o seu funcionamento, como
despesas que não comprometam o lucro; planejar investimentos pedagógicos interessantes para a
comunidade escolar; organizar promoções de eventos educacionais; avaliar a necessidade de seleção de
novos profissionais a fim de ampliar sua oferta educacional ou negociar prazos e outras medidas, evitando ou
minimizando, assim que ocorram, dificuldades financeiras futuras.
Após mapear exatamente o fluxo de caixa da escola, será possível tomar decisões embasadas na
realidade.
No aspecto da assistência financeira 
O primeiro cálculo necessita regular valores
que compreendem a entrada de capital por
meio das mensalidades praticadas pelos
estudantes e a saída de valores ao
desenvolver as tarefas necessárias para a
execução dos projetos pedagógicos. 
No aspecto da assistência técnica 
A inclusão da formação continuada e
em serviço dos professores, como parte
fundamental da alocação de recursos, é
necessária para que eles compreendam
e desenvolvam a proposta pedagógica. 
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A boa aplicabilidade dos recursos reverte-se em uma boa oferta de produtos educacionais à comunidade,
acarretando uma sensação de satisfação aos familiares e trazendo melhor resultado por parte dos estudantes.
Outra consequência interessante é a geração da qualidade educacional sem gerar maiores custos a nenhuma
das partes interessadas, ou seja, a balança custo-benefício fica equilibrada e apoia tanto a escola quanto os
familiares.
A oferta de um gerenciamento financeiro-pedagógico equilibrado é fator importante para que as escolas da
rede privada não sofram com a evasão e inadimplência dos estudantes, pois o gerenciamento equitativo
interfere inclusive no marketing positivo das instituições de ensino.
Desafios financeiros
Assista ao vídeo para perceber que é viável adotar uma abordagem inclusiva e equilibrada, lidar com questões
de inadimplência e implementar uma gestão democrática. Abordaremos as particularidades da gestão em
contraposição às tendências gerencialistas na educação. Não perca!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Verificando o aprendizado
Questão 1
Das normativas e dos instrumentos que fazem parte do repertório educacional, está o Projeto Político-
Pedagógico (PPP) de uma instituição escolar da rede privada e que possui princípios e finalidades específicas.
Considerando essa temática, qual dos seguintes princípios é fundamental para a construção de um PPP
consistente?
A
Flexibilidade curricular, permitindo alterações constantes nos objetivos e conteúdos do ensino.
B
Ênfase no conteudismo, priorizando a transmissão de informações e conhecimentos predeterminados.
C
Participação ativa de toda a comunidade escolar na elaboração e implementação do PPP.
D
Valorização exclusiva de resultados quantitativos e de desempenho acadêmico dos alunos.
E
Centralização da gestão, com tomadas de decisão exclusivas da equipe diretiva.
A alternativa C está correta.
A partir do entendimento de que o PPP deve atender os anseios educacionais e identificar a filosofia da
escola, a participação de toda a comunidade educativa é primordial.
Questão 2
Ao organizar a gestão de uma escola privada, articulam-se aspectos administrativos e aspectos pedagógicos.
A gestão financeira escolar é a reunião de procedimentos administrativos que envolvem o planejamento das
finanças da instituição. Isso inclui a análise e o controle de tudo o que for relacionado à entrada e saída de
dinheiro.
 
Entre os aspectos citados nas opções, sinalize o que faz parte do planejamento dos recursos de forma
equitativa entre os aspectos administrativos e os aspectos técnicos:
A
Aumento dos valores das mensalidades a cada seleção de novos profissionais.
B
Cumprimento de regras estabelecidas em um formato conteudista de aprendizagem.
C
Investimento somente na esfera estrutural da edificação da escola.
D
Avaliação da necessidade de seleção de novos profissionais a fim de ampliar sua oferta educacional.
E
Mudanças no comportamento dos estudantes para não evadirem da escola.
A alternativa D está correta.
Na gestão dos recursos financeiros, entre os aspectos administrativos e pedagógicos, a capacidade de
análise das despesas perpassa pelo investimento na contratação de profissionais.
2. Compromissos da gestão com a inclusão no ensino privado no Brasil
Demandas e estratégias de inclusão – diversidade
A construção da diversidade na cultura escolar
No processo de quilombagem, a população negra passou por diferentes situações para se desfazer da
escravidão e buscar novos territórios de assentamentos. Parecia impossível para os negros africanos retornar
para seus países de origem, sendo então criados novos espaços de ocupação e uma possível transposição
cultural e de sobrevivência.
Os agrupamentos em quilombos influenciaram em novas formas de construção social que, na
atualidade, assemelham-se às favelas, tornando-se redutos da africanidade que se adaptou aos
costumes europeus presentes no Brasil.
Os quilombos construíram as lavouras, utilizando as sementes e o conhecimento de como cultivar. Plantaram
arroz vermelho, oriundo da África Ocidental, e sementes de cana-de-açúcar e milho que trouxeram das
fazendas nas quais estavam escravizados. Já em junção de conhecimentos, implementaram o cultivo de
raízes comestíveis, como a mandioca. Por trabalharem sem separação de terrenos de forma individualista,
cultivavam a terra como um grupo.
Nesse contexto, as tranças utilizadas como adorno de cabeça se tornam ferramentas de sobrevivência para a
população negra. Observe como essas tranças podem ser interpretadas!
 
Sobrevivência quilombola ao produzir roteiros para que os negros fugitivos das fazendas escravistas
pudessem chegar aos quilombos.
Sobrevivência quilombola por permitir armazenar sementes para o cultivo de alimentos no plantio dos
quilombos.
Sobrevivência na atualidade por promover geração de renda a parcela da população que, como uma
das facetas do racismo estrutural, não se encontra inserida no mercado de trabalho formal.
Ainda diante das questões emergentes pelo racismo estrutural, as tranças se apresentam como instrumento
de proteção e aceitação, uma vez que promovem a autoestima de quem as utiliza.
As comunidades quilombolas ficaram em evidência nacional como parte do movimento afro-brasileiro no final
do século XX, reclamando sua identidade cultural e exigindo respeito por seus direitos. O mapeamento dos
quilombos e a identificação das heranças históricas, culturais e políticas são ações importantes para o
movimento antirracismo, pois tornam públicas informações importantes para a compreensãodas origens da
discriminação em relação aos povos negros.
Quando o Brasil promulgou uma nova constituição em 1988, a população negra apresentou suas
preocupações e demandas ao governo brasileiro. Seus esforços resultaram no artigo constitucional que
reconhece os quilombolas como um grupo cultural e lhe concede a propriedade das terras que ocuparam
historicamente. A Constituição brasileira também criou a Fundação Palmares, uma entidade governamental
dedicada a reconhecer as terras quilombolas.
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Comentário
Na esfera educacional, cabe aos profissionais se constituírem agentes antirracistas ao terem acesso às
informações corretas e não permitirem a propagação de atitudes discriminatórias. 
A gestão educacional das escolas privadas de ensino básico, ao abordar o legado e as lutas dos quilombos,
não apenas resgata uma parte essencial da história brasileira, mas também reflete sua responsabilidade para
com a sociedade. Ao integrar debates sobre a quilombagem e seus paralelos com as atuais lutas contra o
racismo estrutural nos projetos pedagógicos, a escola se compromete com uma educação antirracista,
construindo pontes entre o passado e o presente.
Esse engajamento, ao tornar-se palpável através de projetos integradores, incentiva os estudantes a se
conscientizarem e se posicionarem frente às injustiças históricas e contemporâneas, criando um ambiente
educacional que valoriza a diversidade e reconhece a riqueza das contribuições afro-brasileiras na formação
da identidade nacional.
Ao adotar uma postura comprometida com essa
causa, a gestão escolar reforça seu papel não
apenas como espaço de aprendizado
acadêmico, mas também como catalisador de
mudanças sociais. A sensação de
pertencimento, identidade e acolhimento se
torna mais tangível para toda a comunidade
escolar, construindo uma atmosfera inclusiva
que fortalece a gestão privada.
Além disso, ao abordar e discutir demandas
críticas relacionadas ao racismo e à inclusão, a
escola se prepara para enfrentar e mitigar
eventuais conflitos internos, fomentando um ambiente de respeito mútuo e compreensão. Esse
posicionamento, além de ser fundamental para o desenvolvimento holístico dos alunos, eleva a reputação da
instituição, mostrando que seu compromisso vai além das salas de aula e se estende à construção de uma
sociedade mais justa e equânime.
Incluir em uma sociedade resistente, é possível?
Acompanhe neste vídeo os processos de construção de uma educação antirracista em ambientes de gestão
privada nas escolas.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Educação para a diversidade e participação social
A escola, ao pautar-se no ensino colaborativo, permite aos estudantes experimentarem vivências que
contribuem para sua formação pessoal, e não só acadêmica. As interações proporcionadas pelas situações de
aprendizagem provocam os estudantes a aprenderem a lidar com diferentes modelos familiares, diferentes
formas de aprender, diferentes formas de ser e estar no mundo. É um exercício de convivência coletiva com
diferentes gêneros, etnias, credos e corpos.
Em uma proposta de compreender a
diversidade de corpos presentes na sociedade,
a aproximação do conceito de corporeidade
perpassa, sob diferentes aspectos, por
vivenciar possibilidades de autoconhecimento,
considerando que um ser é complexo e único
no mundo. Em outras palavras, o sujeito é o
único capaz de testemunhar sua própria
existência, mergulhado em uma complexa rede
de interrelações no processo de construção de
sua vivência singular.
Nesse sentido, o movimento em prol de um
modelo que inclua todas as pessoas apoia a
construção de atitudes voltadas para lidar com
a diversidade de opiniões e de formas de participação. A partir desse movimento, a escola influencia fazeres
mais democráticos de participação, porque oportuniza diferentes dinâmicas para que haja acesso a todas as
informações bem como transparência nos processos de tomada de decisão.
Exemplo
As reuniões de responsáveis com o objetivo de democratizar o acesso às informações do cotidiano; os
conselhos consultivos com representantes de pais, estudantes e funcionários da escola para tomada de
decisões; a realização de assembleia de estudantes, com temas que envolvem o cotidiano escolar e
temas sociais de acordo com a faixa etária dos envolvidos, e, por fim, a apresentação de balancetes
financeiros do fluxo de recursos da escola. 
Ao adotar essas estratégias, as escolas estão apontando caminhos para a construção de uma gestão
democrática e promovendo a identificação de maneiras de participação social que podem ser replicadas em
seus grupos sociais de pertencimento.
A gestão de escolas privadas no Brasil enfrenta desafios singulares em um mercado educacional cada vez
mais competitivo. Nesse cenário, a busca por diferenciais não se restringe apenas a excelência acadêmica,
mas também à capacidade da instituição de promover uma educação inclusiva e participativa.
O envolvimento ativo da comunidade escolar – através de conselhos consultivos, reuniões de responsáveis e
assembleias de estudantes – torna-se um ativo valioso. Ao adotar uma gestão democrática, a escola não só
evidencia seu compromisso com a formação cidadã dos alunos, mas também constrói uma imagem de
instituição progressista e alinhada com as demandas contemporâneas da sociedade.
Do ponto de vista econômico, essa abordagem participativa pode traduzir-se em vantagens
tangíveis para as escolas privadas. Em tempos nos quais a informação circula rapidamente e as
opiniões são formadas em questão de segundos, uma gestão transparente e inclusiva pode ser o
diferencial que atraia e retenha famílias, fortalecendo a reputação da instituição.
Mais do que um ambiente de aprendizagem, pais e responsáveis buscam escolas que se posicionem como
comunidades ativas e acolhedoras, onde a participação é valorizada e os processos decisórios são
transparentes. Esse compromisso com a democracia interna, além de ser eticamente louvável, pode-se tornar
um robusto argumento de marketing, destacando a escola em um mercado repleto de opções.
Diversidade e participação social, quais são os desafios?
Assista ao vídeo para compreender a relevância da participação social, percebendo a complexidade dessa
ação e, adicionalmente, reconhecendo como as instituições privadas devem considerar isso como um
princípio orientador em sua observação e organização.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Integração com a comunidade escolar
A função da escola na comunidade
Desencadeada pelo fluxo migratório, a inserção de diferentes pessoas no território brasileiro instiga a
observação de diversos costumes e crenças. Há de se identificar, inicialmente, quais demandas estavam em
jogo. No caso da população europeia, a maior demanda era de ocupar o território brasileiro com certa
“branquitude” que pudesse promover uma mestiçagem biológica e cultural. Essa população recebeu inúmeros
incentivos financeiros e status social elevado para poderem ocupar um lugar de destaque na nova sociedade
brasileira. A situação está completamente diferente da inserção de pessoas negras no Brasil.
Na dimensão interracial, que já vinha ocorrendo no Brasil antes do incentivo migratório por parte do governo
brasileiro, o elemento branco é inserido entendendo a mestiçagem como uma forma de redenção ao país. Há
de se ter clareza que o elemento branco é inserido como forma de aplacar a negritude, pois a atuação dos
eugenistas está muito presente nessas tomadas de decisões. Primeiro, a desigualdade biológica ainda
persiste em uma crença de inferioridade em relação à população negra, mas, nesse momento histórico, não há
como frear as relações sociais.
O negro está livre, mas, embora a população negra seja fisicamente forte, não é fortalecida
culturalmente.
Da anuência da desigualdade biológica à dissolução da diversidade racial e cultural, a constatação das
relações inter-raciais abre uma discussão para a constituição das classes sociais. Um ponto de vista é quea
constatação da existência da diversidade racial e cultural poderia ter como consequência a identificação de
possíveis manifestações no cenário político brasileiro por parte da população negra, fazendo surgir a ideia de
igualdade política.
Comentário
A expressão antirracista começa a ganhar vida nesse processo de mestiçagem também, pois essa
interlocução interracial faz com que diferentes atores do cenário político cultural brasileiro comecem a
questionar a forma velada como a discriminação acontece. 
Uma vez que a discussão de uma construção da cultura antirracista faz parte do tom da sociedade atual e a
função da escola propõe uma preparação para a vida em sociedade, a questão da interseccionalidade de
fatores sociais vai atravessar a construção de uma cultura de paz, é uma faceta da gestão democrática e
colabora para a escolha do repertório curricular. Para a escola privada, tais mecanismos de aporte
educacional fazem um discurso dialógico com a participação dos responsáveis.
No capitalismo neoliberal do século XXI, a escola, ao ser percebida como um “serviço”, e o estudante, ao ser
tratado como um “cliente”, desencadeia dilemas pedagógicos profundos. Essa perspectiva mercantilista pode
desviar a educação de sua missão essencial de formar cidadãos críticos e conscientes, priorizando, em vez
disso, resultados palpáveis e metas de curto prazo.
Assim, ao atender alunos sob esse prisma, emerge o risco de uma educação mais voltada para o mercado,
muitas vezes, em detrimento da construção de uma cidadania ativa e reflexiva. É imperativo que as escolas
reconheçam e enfrentem essa realidade, buscando abordagens pedagógicas que respeitem a complexidade e
a humanidade do processo educacional.
Em oposição a uma visão reducionista da educação, é essencial a construção de uma comunidade
escolar viva, cuja participação ativa não seja apenas incentivada, mas intrínseca ao processo
educativo.
A gestão democrática se estabelece como uma ferramenta vital para integrar todas as vozes no ambiente
escolar. Projetos integradores que envolvam a participação ativa das famílias podem promover a
corresponsabilidade e a co-construção do conhecimento. Tais iniciativas podem explorar desde questões
locais até desafios globais, incentivando um ambiente de aprendizagem colaborativo e engajado, em que a
comunidade escolar seja protagonista. 
Por outro lado, a constante evolução
tecnológica na vida dos alunos traz consigo
novos desafios, principalmente no que tange às
relações interpessoais. A fragilidade emocional,
muitas vezes intensificada pelo uso exacerbado
das redes sociais, exige das escolas uma
abordagem educacional que transcenda o
conteúdo programático tradicional. É vital que a
escola, como comunidade, promova práticas
que eduquem para o mundo digital, valorizando
a interação consciente e crítica, e fomentando
habilidades socioemocionais que preparem os
alunos para a complexidade das novas
dimensões humanas.
Finalmente, para fortalecer ainda mais essa noção de comunidade escolar viva e coesa, práticas como
círculos de paz e projetos integradores de mediação são fundamentais. A implementação desses métodos,
especialmente em escolas privadas, requer um planejamento que alie eficácia pedagógica e viabilidade
econômica. 
Formar grupos de trabalho com representantes de todos os segmentos da comunidade escolar pode ser uma
estratégia eficiente, permitindo que tais práticas sejam adaptadas e incorporadas de maneira orgânica. Ao
investir em uma educação participativa e engajada, as escolas não apenas reafirmam seu compromisso
pedagógico, mas também se posicionam de forma inovadora em um cenário educacional em constante
transformação.
A escola, a comunidade e a tecnologia
Assista ao vídeo e e compreenda a influência da tecnologia e do compromisso social da escola, além de
explorar a discussão sobre como equilibrar esses elementos.
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Verificando o aprendizado
Questão 1
A gestão democrática, no sentido lato, pode ser entendida como espaço de participação, de descentralização
do poder e de exercício de cidadania. Assinale a alternativa que não se vincula ao princípio da gestão
democrática.
A
Definição coletiva de diretrizes gerais para a educação nacional.
B
Desarticulação entre os diferentes níveis de ensino.
C
Fortalecimento das unidades escolares por meio da efetivação da autonomia das unidades.
D
Planejamento e coordenação descentralizados dos processos de decisão e de execução.
E
Gratuidade do ensino.
A alternativa B está correta.
Para que a gestão democrática se efetive, diferentes estratégias devem ser desenvolvidas, incluindo a
articulação dos diferentes segmentos da comunidade escolar.
Questão 2
Um desafio para as escolas pautarem a questão étnico-racial é definir estratégias apropriadas e estabelecer
um conjunto de iniciativas em suas práticas pedagógicas que sejam antirracistas. É exemplo de iniciativa a ser
tomada:
A
Limitar a discussão das relações étnico-raciais ao ensino médio, para educar e empoderar adolescentes nas
questões identitárias.
B
Pautar o debate étnico-racial, envolvendo prioritariamente o corpo docente, uma vez que são os mediadores
habilitados para a relação ensino-aprendizagem.
C
Dar maior relevância às disciplinas do eixo de humanidades quanto à questão étnico-racial, devido ao seu
escopo histórico na articulação do pensamento crítico.
D
Fomentar projetos que incentivam os estudantes a pensarem nas contribuições afro-brasileiras para
construção da identidade nacional.
E
Discutir a equidade na educação e o rompimento com o racismo que estrutura a sociedade brasileira de forma
intensa nas campanhas da Consciência Negra.
A alternativa D está correta.
A construção de medidas antirracistas deve ser entendida como um conjunto de iniciativas democráticas e
voltadas para todos os segmentos e participantes do dia a dia da escola, logo, limitar a grupos, direcionar
especificamente a professores ou a disciplinas são dados equivocados. O foco deve ser garantir a
percepção, fomentando projetos, visualizações, trocas coletivas de uma maneira diferenciada. É preciso ter
cuidado com os estereótipos, como a noção de racismo reverso, que não é aplicável pela ausência de
benefício daquele que supostamente receberia o discurso.
3. Implementação de desafios de novas práticas
Sistemas informatizados
Sistematização dos processos educacionais
Com o advento da contemporaneidade, a sociedade se deparou com a necessidade de acompanhar as
informações que circulam sobre todas as realizações da humanidade. Para tanto, dois aspectos precisam ser
abordados: a quantidade de informação que as pessoas passaram a compartilhar, entendendo que quantidade
de conhecimento é diferencial para participação social; e, a velocidade na qual as informações circulam pelos
grupos sociais, ocasionando uma corrida pelo saber e pelo retorno da funcionalidade da informação.
Tal contexto, em alinhamento com o cenário escolar, trouxe algumas considerações interessantes, tanto para
o aspecto pedagógico quanto para o aspecto administrativo das escolas privadas.
No tocante ao aspecto pedagógico, as inovações tecnológicas trouxeram, como uma das questões, o desafio
de construir novas práticas de ensino, que se alimentaram do aparato tecnológico que hoje faz parte da nossa
convivência diária, e também de processos informatizados de aprendizagem.
Vejamos dois importantes conceitos relativos à pedagogia!
Nesse sentido, cabe alguns questionamentos. O que é oferecido ao estudante, hoje, nos ambientes on-line,
colabora com suas atividades domésticas? O responsável consegue participar? E como podemos dimensionar
as redes educativas sem o uso do computador? Afinal, a tecnologia não se resume ao computador.
Outro ponto que merece destaque é a otimização do trabalho na instituição escolar por meio da
informatização dos processos cotidianos de funcionamento das escolas. A informatização em rede, por
exemplo, permite ao professor tanto acompanhara trajetória escolar do estudante em qualquer espaço físico
quanto oferecer feedback das suas atividades escolares. É possível reconhecer, também, a possibilidade de
desburocratização dos serviços que envolvem matrícula e confecção de documentos como relatórios,
acompanhamento de notas e declarações diversas, propondo agilidade ao serviço e permitindo que o gestor
possa se debruçar sobre outras prioridades.
Tecnologia e seu potencial de dramas e soluções
Assista ao vídeo e acompanhe um debate importante sobre tecnologia e educação, contribuindo para a
formação da nossa perspectiva sobre a gestão de redes e instituições de ensino privado.
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Redes educativas 
Referem-se a diferentes espaços de acesso ao
saber. Então, podemos dialogar com sites da
internet, com vídeos no YouTube, com
plataformas educativas em diferentes
momentos, ao longo do tempo em uma
situação de aprendizagem. Entende-se que o
ensino remoto não se resume a ficar horas
seguidas em frente a um dispositivo
assistindo ao professor e fazendo atividades
do livro didático. 
Processos colaborativos 
Referem-se a cada diálogo que carrega
consigo um conjunto específico de
conhecimento, oferecendo a
oportunidade de assimilar esse
conhecimento e reconfigurar a vida
cotidiana. Nesse momento, o estudante
precisa reconhecer os saberes escolares
atrelados às suas vivências domésticas e
comunitárias a fim de contrastá-las com
o saber adquirido na experiência escolar.
Gestão da informação
Tecnologia e inovação na comunicação escolar
O desenvolvimento de oportunidades de aprendizagens e participação escolar, capazes de promover no
estudante habilidades e competências que incorram em capacidade de superação do seu status de excluído,
quando a exclusão se torna real, é objetivo da educação. Dessa forma, determinados componentes da escola
passam a ser discutidos: corpo docente bem-preparado profissionalmente, consistência do Projeto Político
Pedagógico, currículo estruturado, experiência dos professores na metodologia e no manejo da turma,
atenção à aprendizagem dos estudantes, boa prática de avaliação, disponibilidade da equipe, entre outros.
A relação entre a inovação tecnológica e a educação a fim de promover o aprofundamento das
reflexões acerca da inclusão de diferentes estudantes é um suporte promissor para a construção de
um sistema educacional inclusivo.
Assim como acontece com todo conhecimento sistematizado e construído para ser aplicado à solução de
problemas ou à melhoria da vida dos seres humanos, a utilização da tecnologia deve ser feita no sentido de
emancipar o estudante, de torná-lo mais competente para resolver suas limitações e superá-las, ou
potencializar suas habilidades. Dessa forma, compreendida como um produto sociocultural, a tecnologia
torna-se inovadora e ocupa um lugar de gerenciamento do saber.
Em relação à ação docente mediada pela tecnologia, há uma forma sensivelmente lógica para tratar da relação
dialética, inclusão/exclusão. Se o professor não tem conhecimento a respeito de que tecnologias estão
disponíveis para a educação, como ele poderá reconhecer quais são as aplicabilidades dessas tecnologias
como mediadoras no ensino, na aprendizagem, na reelaboração de conhecimentos existentes e na construção
de novos conhecimentos? Na sua atuação pedagógica, a opção por um recurso ou ferramenta será o
destaque facilitador (ou não) da participação do estudante em determinada situação de aprendizagem.
Atenção
O desafio encontra-se na formação do professor e no reconhecimento das ferramentas que possui no
seu entorno. 
Sob a perspectiva da formação, o desafio é ultrapassar uma conduta de aprendizagem na qual a
concentração do saber esteja na figura do professor, para alinhar uma proposta de ativismo no e para o
processo de aprendizagem, no qual o estudante seja o foco. Nesse contexto, as metodologias ativas são
estratégias de ensino que têm por objetivo incentivar os estudantes a aprenderem de forma autônoma e
participativa, por meio de problemas e situações reais, realizando tarefas que os estimulem a pensar além, a
ter iniciativa, a debater, e a assumir a responsabilidade pela construção do conhecimento. Nesse modelo de
ensino, o professor torna-se coadjuvante nos processos de ensino e aprendizagem, permitindo aos
estudantes o protagonismo de seu aprendizado.
Estamos tratando aqui de uma oferta de aprendizagem por meio da interação com os objetos de
conhecimento e com os pares. Com esse objetivo, chama a nossa atenção a importância das interações no
processo de aprendizagem do estudante. Além de possibilitar ações e trocas entre o sujeito e o objeto de
conhecimento, é fundamental possibilitar trocas entre os sujeitos, mediações. A qualidade das interações é
essencial para todos. A efetividade desse processo é constituída pelas formas de interação/mediação e pode
produzir êxitos ou fracassos, dependendo da maneira como ele é conduzido.
Os modernos recursos tecnológico-
informacionais, como o computador e a
internet, hoje, figuram como os principais
recursos de informação e comunicação.
Valorizam-se muito as novas tecnologias. Cada
vez mais as relações interpessoais são
intermediadas por relações simbólicas
midiatizadas e tanto antigas como novas
tecnologias estão sendo utilizadas para
transmissão de informações em programas
educacionais que atendem às grandes
demandas educativas.
As TICs são tecnologias intelectuais que nos
proporcionam novas formas de
armazenamento, processamento e redistribuição das representações culturais, gerando novos valores e novas
formas culturais que conduzem a um novo perfil de humanidade. Essas tecnologias influem nos processos de
subjetivação individuais e coletivos, mas não são determinantes do pensamento.
A entrada de tecnologia digital no âmbito escolar permitiu a coexistência de diferentes possibilidades de uso
de materiais e ferramentas que dão suporte à utilização de metodologias ativas que colaboram para a
transformação do ensino em um formato colaborativo. Aqui estão as metodologias ativas amplamente
utilizadas, veja!
 
Aprendizagem baseada em problemas
Aprendizagem baseada em projetos
Sala de aula invertida
Gamificação
Estudo de caso
Na contemporaneidade das instituições de ensino privadas, a gestão do trabalho pedagógico não pode ser
vista isoladamente; ela faz parte de um ecossistema de aprendizagem profundamente influenciado por
inovações tecnológicas e transformações socioculturais. Essas instituições, frequentemente associadas no
imaginário social à busca de resultados palpáveis, como aprovação em concursos ou garantia de empregos de
prestígio, devem reconfigurar sua visão.
No cerne de suas práticas, o objetivo central deve ser o desenvolvimento integral dos estudantes. Isso
significa investir em habilidades e competências que ultrapassem o conteúdo programático, mas que
preparem os alunos para enfrentar desafios em um mundo em constante mudança. Dessa maneira, a escola
privada se torna um espaço não só de transferência de conhecimento, mas de formação de cidadãos críticos,
autônomos e preparados para atuar de forma colaborativa e inovadora em qualquer contexto ou área de
atuação.
Por que, então, é essencial repensar a aprendizagem e abraçar novas abordagens? 
Porque vivemos em uma era na qual a informação é abundante, mas será a capacidade de filtrar, analisar e
aplicar essa informação de maneira eficaz que distinguirá os indivíduos. Além disso, habilidades como
pensamento crítico, empatia, colaboração e resolução de problemas complexos são cada vez mais valorizadas
no mercado de trabalho e na sociedade como um todo.
No entanto, a busca pela excelência pedagógica não deve ser vista apenas como uma estratégia
mercadológica. Embora instituições que se destacam por sua inovação pedagógica possam, de fato,
fortalecer sua marca e criar diferenciais no mercado educacional, o verdadeiro valor dessas práticas está na
transformação profunda que elas podem promover na vida dos estudantes.A escola, ao adotar práticas
pedagógicas inovadoras e alinhadas com as demandas do século XXI, não só prepara seus alunos para os
desafios futuros, mas também contribui para a formação de uma sociedade mais justa, criativa e solidária.
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Entre a propaganda e a aprendizagem: as TICs na educação contemporânea
Assista ao vídeo e saiba mais sobre os problemas das TICs e seu potencial transformador do modelo
pedagógico.
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Gestão e integração em grandes redes privadas de ensino
Gestão estratégica
Quando se pensa em educação em rede, o primeiro destaque é a extensão de rede como um processo
contínuo de crescimento de pessoas e, consequentemente, de desenvolvimento da comunidade. Isso se torna
possível com o fomento da aprendizagem individual e coletiva por meio de projetos que priorizem reflexão,
experiência e interação. Dessa forma, para que uma articulação em rede possa ser efetivada, os gestores da
rede precisarão ter um plano estratégico muito bem fundamentado e elaborado a fim de compreender as
situações específicas de cada espaço que compõe a rede; além de também contribuir para a harmonia da
equipe em prol da atenção às metas educacionais.
Ao trabalhar com a gestão estratégica, há de se entender que, para otimizar a rede escolar, o foco deve estar
voltado para dois campos em paralelo, a gestão educacional e a gestão escolar. De maneira geral, a diferença
entre esses dois tipos de gestão é bem simples. Vamos lá!
Saiba mais
Rotinas administrativas: Gestão escolar pedagógica, gestão escolar administrativa, gestão escolar
financeira, gestão de recursos humanos, gestão da comunicação, gestão do cotidiano escolar e gestão
da tecnologia educacional. 
Uma das etapas fundamentais do planejamento estratégico é a elaboração da estratégia. Após entender os
fatores ambientais que cercam a rede de ensino, o próximo passo é pensar na estratégia propriamente dita.
Na etapa que visa à compreensão dos fatores ambientais, os gestores da rede de ensino precisam analisar os
aspectos externos que podem impactar a rede. Essa análise precisa estar atenta a alguns elementos. Tome
nota!
 
Dados demográficos da região de implantação da rede, como idade, gênero, classe social etc.
Cenário econômico municipal, estadual ou federal, a depender da capilaridade da rede de ensino: quais
as condições econômicas atuais? Quais os seus impactos para a rede de ensino?
Cenário de inovações tecnológicas: quais as principais novidades no mercado tecnológico? Como a
rede de ensino pode-se beneficiar dessas inovações?
Gestão educacional 
Diretamente ligada às normas, à legislação
e aos regulamentos da educação. 
Gestão escolar 
Preocupa-se com as rotinas
administrativas adotadas nas
instituições de ensino. 
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Nível de competitividade do mercado: qual a posição dos concorrentes no mercado? A competição
está acirrada?
Comportamento do público-alvo: quem é o público-alvo da rede de ensino, a partir da identificação
do(s) segmento(s) que pretende atender? O que o público-alvo espera, quais seus desejos e
expectativas?
Ainda analisando o ambiente da rede de ensino, uma vez já iniciada sua implementação, cabe um olhar para a
sua organização interna. Nesse caso, merecem destaque alguns aspectos. Confira!
 
Pontos fortes e fracos das escolas da rede de ensino: quais aspectos positivos das escolas podem ser
potencializados? Quais os pontos de melhoria?
Recursos disponíveis: quais recursos humanos, financeiros e materiais podem ser utilizados?
Riscos envolvidos: quais os riscos em que as escolas estão envolvidas?
Uma vez finalizadas as análises, o próximo passo é elaborar os objetivos estratégicos e consolidar o plano de
integração da rede. Cada escola que compõe a rede de ensino pode ser uma incubadora de ideias a fim de
alimentar toda a rede com propostas exitosas de processos de aprendizagem e de administração. Uma
estratégia, dentro da gestão estratégica, é ter um conselho consultor para acompanhar as ações da rede de
ensino.
Gestão de escolas e suas especificidades
Assista ao vídeo e observe os desafios da gestão e o olhar que devemos lançar para a educação privada hoje.
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Planejamento estratégico
O planejamento estratégico nas instituições de ensino privadas é um instrumento fundamental para guiar a
direção e os esforços da escola em um caminho que combine qualidade educacional e sustentabilidade
financeira. Diferentemente de outros setores, as escolas privadas têm a missão dual de garantir a excelência
na formação de seus estudantes enquanto mantêm sua saúde financeira e operacional, fator esse que justifica
a complexidade do planejamento nesse setor.
Em primeiro lugar, é imperativo que essas instituições observem tanto as tendências educacionais quanto as
demandas do mercado. Afinal, um estabelecimento de ensino que não está em sintonia com as mudanças
pedagógicas, tecnológicas e sociais corre o risco de se tornar obsoleto. Por outro lado, é vital que elas
estejam atentas às exigências dos pais e alunos, que são seus clientes diretos, bem como às tendências
demográficas, socioeconômicas e competitivas da região onde atuam.
Conheça agora duas etapas importantes nesse processo. 
Gestão de riscos
Etapa crucial nesse processo. Escolas privadas, assim como qualquer outra organização, estão
suscetíveis a uma série de riscos – desde riscos financeiros e regulatórios até os ligados à imagem e
reputação. A identificação proativa desses riscos permite que a instituição se antecipe, minimizando
impactos negativos ou mesmo transformando potenciais ameaças em oportunidades. Para isso, é
essencial estabelecer um processo contínuo de monitoramento e revisão desses riscos, considerando
tanto o contexto interno da escola quanto o ambiente externo e suas constantes mudanças.
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Gerenciamento de projetos pedagógicos e administrativos
Nessa etapa um controle rigoroso é vital. Cada projeto deve ser encarado como um investimento, com
objetivos claros, métricas de desempenho definidas e um cronograma estruturado. Contudo, a
natureza dinâmica do ambiente educacional exige que esses projetos não sejam rígidos. Pelo
contrário, devem ser reavaliados periodicamente, adaptando-se às necessidades emergentes dos
alunos, às inovações pedagógicas e às mudanças do mercado. Essa reavaliação constante garante
que a escola se mantenha relevante, atualizada e alinhada com sua missão e visão de longo prazo.
Players e as grandes redes de educação
No paradigma contemporâneo da educação básica, uma transformação notável tem sido protagonizada pelas
redes de ensino. Compreendidas como sistemas integrados de escolas com gestão compartilhada ou
padronizada, buscam otimizar a educação por meio da união de recursos, troca de experiências e
implementação de práticas pedagógicas consagradas. Modelos variados dessas redes surgiram, com
destaque para sistemas que adotam pacotes completos de serviços, desde materiais didáticos até softwares
especializados.
Uma das principais características dessas
redes é a adoção compartilhada de serviços e
materiais didáticos. Ao centralizar a escolha e
aquisição de recursos pedagógicos, as redes
conseguem não só garantir uma
homogeneidade na qualidade educacional
oferecida, mas também negociar preços mais
vantajosos junto aos fornecedores, dada a
escala de compra. Essa economia, em muitos
casos, é reinvestida na própria rede,
financiando inovações pedagógicas,
capacitações para professores e melhorias de
infraestruturas.
Outro aspecto relevante é a gestão de dados.
Em um mundo cada vez mais orientado por informações, as redes de ensino têm-se beneficiado da coleta, da
análise e do compartilhamento de dados sobre o desempenho dos alunos, a eficácia de métodos
pedagógicos, entre outros. Essa gestão data-driven permite uma avaliação contínua do ensino, possibilitando
ajustes rápidos e eficazes na abordagem educacional. A centralizaçãotambém facilita a disponibilização de
materiais de apoio, plataformas educacionais e ferramentas de ensino a distância, tornando o processo
educativo mais dinâmico e adaptável às necessidades dos alunos.
O mercado educacional, em resposta, está vivenciando uma intensa competição entre grandes players. Essas
redes, muitas com abrangência nacional ou até internacional, disputam espaço, oferecendo pacotes
educacionais que englobam desde o material didático até soluções tecnológicas avançadas. Tal
competitividade tem impactos diretos. Por um lado, incentiva a inovação e os diferenciais de ensino; por outro,
pode promover uma homogeneização da oferta educativa, limitando a pluralidade de abordagens
pedagógicas.
Comentário
O contexto atual do mercado educacional tornou-se particularmente desafiador para escolas menores e
regionalizadas. Sem os recursos ou o poder de negociação de grandes redes, enfrentam obstáculos para
competir em termos de preço, infraestrutura ou oferta tecnológica. Isso pode resultar na fragilização ou,
em situações extremas, no encerramento dessas instituições, restringindo a diversidade educacional e
limitando opções para famílias que procuram abordagens pedagógicas alinhadas a contextos locais. 
A questão da identidade educacional é outro ponto de reflexão. Em uma vasta rede, manter uma cultura
escolar que respeite e valorize singularidades de cada comunidade é um desafio. A padronização excessiva
pode omitir valores regionais, gerando um ensino eficaz academicamente, mas que pode falhar em atender
especificidades culturais de alunos.
Além disso, a tendência de franquias educacionais se estabelece como um modelo popular, permitindo que
escolas adotem uma marca e metodologia consolidadas, em troca de royalties ou taxas. Essas franquias, por
vezes, disponibilizam plataformas integradas de gestão de dados e materiais didáticos padronizados,
garantindo uma experiência de ensino consistente.
No entanto, os modelos de franquia, ao passo que proporcionam certa segurança e estrutura, também podem
limitar a autonomia pedagógica das escolas. E aqui reside um equilíbrio delicado a ser alcançado: como
manter a singularidade e a flexibilidade de uma instituição educacional dentro de um modelo mais rígido e
padronizado?
Resumindo
As redes de ensino, com todos os seus benefícios e desafios, representam uma evolução lógica da
educação em um mundo cada vez mais interconectado e globalizado. É imperativo, no entanto, que
sejam conduzidas com sensibilidade, visão crítica e um compromisso inabalável com a diversidade e a
inclusão, garantindo que cada aluno seja valorizado em sua individualidade. 
E para onde vamos?
Assista ao vídeo e venha finalizar conosco seu entendimento sobre a gestão da educação nas instituições
privadas na atual conjuntura, olhando para o futuro da educação.
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Verificando o aprendizado
Questão 1
Sobre as abordagens do ensino de informática nas escolas, avalie as seguintes assertivas.
 
I. Modelo instrucionista: o computador, ao ensinar o estudante, assume o papel de máquina de ensinar e a
abordagem educacional é a instrução auxiliada por computador. Essa abordagem tem suas raízes nos
métodos de instrução programada tradicionais, porém, no lugar do papel ou do livro, é usado o computador.
II. São exemplos do modelo instrucionista: tutoriais e programas de exercício e prática.
III. Modelo construcionista: nessa abordagem, o computador pode dar uma grande contribuição para a
formação integral do indivíduo. Nessa perspectiva, ele é utilizado para enriquecer ambientes de aprendizagem
e é empregado como uma ferramenta educacional, permitindo aos alunos resolverem problemas de uma forma
significativa. Nesse caso, propicia ao aluno a construção do conhecimento a partir de suas próprias ações.
IV. São exemplos do modelo construcionista: atividades com ambientes de aprendizagem ativa, em que o
educando testa as suas próprias teorias e hipóteses. O erro permite uma reformulação reflexiva do processo e
depuração, promovendo aprendizagem e desenvolvimento.
 
Sobre as assertivas lidas, marque a alternativa que faz uma afirmação correta.
A
Apenas III e IV são corretas.
B
Apenas I e III são corretas.
C
I, II, III e IV são corretas.
D
Apenas I e II são corretas.
E
Nenhuma das assertivas está correta.
A alternativa C está correta.
Cada modelo apresentado propõe ações de acordo com as abordagens de informática pretendidas para as
escolas.
Questão 2
É “o desenvolvimento contínuo de normas de uso apropriado, responsável e capacitado da tecnologia”. Essa
definição remete
A
à cidadania digital.
B
ao ensino a distância.
C
à inclusão digital.
D
ao ensino virtual.
E
à tecnologia híbrida.
A alternativa A está correta.
A cidadania digital é uma realidade cada vez mais presente no cotidiano das escolas e, portanto, necessita
de regulamentação apropriada.
4. Conclusão
Considerações finais
Como vimos, a gestão de uma instituição de ensino converge com diferentes fatores para o alcance da sua
função primordial: disponibilizar acesso ao currículo escolar e promover aprendizagem para todos. A escola
privada foi apresentada como um espaço vivo que triangula com as políticas públicas, as culturas de inclusão
e as construções de uma práxis pedagógica assertiva para com todos os estudantes. Mas, além disso, ela
também concorre com um mercado competitivo, pois precisa assegurar os pressupostos de uma educação de
qualidade com apoio de recursos próprios.
O gerenciamento de uma rede de ensino privada envolve a alocação de recursos com investimentos de
diferentes áreas, e uma visão administrativo-financeira que amplie sua capilaridade de recursos sem onerar
em demasia os estudantes com as mensalidades. Da mesma forma, a oferta de apoio aos processos de
aprendizagem dos estudantes, que promova bom resultado, é um fator contribuinte para evitar a evasão e a
inadimplência.
A promoção de uma rede integrada precisa do desenvolvimento de estratégias de gestão pautadas em uma
análise criteriosa dos ambientes externo e interno, e pode ser acompanhada por um conselho consultivo da
rede. A gestão da informação é apontada como um recurso no desenvolvimento de ações estratégicas.
Explore +
Confira as indicações que separamos especialmente para você!
 
Assista ao vídeo O que é e para que serve o plano de gestão escolar? Nele você conhecerá um documento
que traz informações relativas ao papel da escola, que é o de planejar, acompanhar e monitorar as ações que
influenciam a qualidade do ensino.
 
A gestão estratégica na esfera pedagógica inclui promover um diálogo sobre diversidade e inclusão, que não
apenas fomenta uma cultura de respeito às diferenças e promove a paz nas escolas, mas também previne
situações que poderiam levar à evasão escolar. Para aprofundar essa temática, assista ao filme Estrelas além
do tempo de 2016, que aborda estereótipos relacionados a raça, gênero e habilidade intelectual, assim como
comportamentos padrão do contexto histórico retratado no filme.
 
Pesquise o artigo A gamificação da educação na compreensão dos profissionais da educação, de autoria de
Paula e Fávero (2016), e entenda um pouco mais sobre essa metodologia ativa de ensino-aprendizagem para
promover o engajamento dos alunos.
 
Pesquise sobre Gestão escolar e tecnologia na educação do Brasil, no site da Unesco, para conhecer as
iniciativas oferecidas às autoridades na área da educação na elaboração de planos de desenvolvimento no
setor educacional.
 
Explore mais o tema sobre a educação como recurso comunicacional em tempos de cibercultura, em que o
aluno tem sido colocado em uma posição mais autônoma de aprendizagem. Leia o livro Educomunicação:
Recepção midiática, aprendizagens e cidadania, de Guilhermo Orozco Gómes.
Referências
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Humanos. Estudos Avançados, v. 11, n. 30, p. 95-115, ago. 1997.
 
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Routledge, 1999.
 
ARANHA, M. S. Fábio. Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola –
necessidades educacionais especiais dos alunos. Brasília: MEC/Seesp, 2000.
 
BECK, U.; GIDDENS, A.; LASH, S. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social
moderna. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1997.
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial:
livro 1. Brasília: MEC/ Seesp, 1994.
 
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CASTANEDA, L. A. Apontamentos historiográficos sobre a fundamentação biológica da eugenia. Episteme, v.
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LÜCK, H. Ação integrada: administração, supervisão e orientação educacional. 17. ed. Rio de Janeiro: Editora
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MORIN, E. Cultura de massa no Século XXI: neurose. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.
 
SILVA, D. T. Eugenia, saúde e trabalho durante a Era Vargas. Em Tempo de Histórias, Dossiê Dimensões do
regime de Vargas. v. 1, n. 33, p. 190-213, 2018.
	Gestão de instituições privadas de educação
	1. Itens iniciais
	Propósito
	Objetivos
	Introdução
	1. Planejando o dia a dia na educação básica privada
	Como estruturar o organograma e as funções nas escolas
	A construção da comunidade educativa
	Resumindo
	É fácil administrar uma escola?
	Conteúdo interativo
	Relatórios e dados para governos e inspeção das secretarias
	Instrumentos de coleta e análise educacionais
	Comentário
	Sistemas escolares e o diálogo com sistemas regionais
	Conteúdo interativo
	Organização de fluxos de pagamento e práticas contra a inadimplência
	Alcance da base nacional de educação
	Desafios financeiros
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	2. Compromissos da gestão com a inclusão no ensino privado no Brasil
	Demandas e estratégias de inclusão – diversidade
	A construção da diversidade na cultura escolar
	Comentário
	Incluir em uma sociedade resistente, é possível?
	Conteúdo interativo
	Educação para a diversidade e participação social
	Exemplo
	Diversidade e participação social, quais são os desafios?
	Conteúdo interativo
	Integração com a comunidade escolar
	A função da escola na comunidade
	Comentário
	A escola, a comunidade e a tecnologia
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	3. Implementação de desafios de novas práticas
	Sistemas informatizados
	Sistematização dos processos educacionais
	Tecnologia e seu potencial de dramas e soluções
	Conteúdo interativo
	Gestão da informação
	Tecnologia e inovação na comunicação escolar
	Atenção
	Entre a propaganda e a aprendizagem: as TICs na educação contemporânea
	Conteúdo interativo
	Gestão e integração em grandes redes privadas de ensino
	Gestão estratégica
	Saiba mais
	Gestão de escolas e suas especificidades
	Conteúdo interativo
	Planejamento estratégico
	Gestão de riscos
	Gerenciamento de projetos pedagógicos e administrativos
	Players e as grandes redes de educação
	Comentário
	Resumindo
	E para onde vamos?
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	4. Conclusão
	Considerações finais
	Explore +
	Referências

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