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Suzy Hood

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Ao amanhecer de um canteiro urbano, Luciana ajusta o tablet e observa no painel em nuvem as métricas que definem a rotina daquele dia: avanço físico, cronograma atualizado por algoritmos, zonas com maior risco detectadas por sensores e o trajeto do drone que fará a inspeção de fachada. A cena traduz uma mudança de paradigma na construção civil: a Tecnologa da Informação (TI) aplicada à automação de processos já não é apenas um conjunto de ferramentas, é a espinha dorsal de projetos que desejam ser mais rápidos, seguros e sustentáveis.
Expositivo e informativo por natureza, o tema exige uma definição clara: automação de processos em construção civil é a integração entre softwares, dispositivos IoT (Internet das Coisas), robótica, plataformas de modelagem e gestão (como BIM, ERP e digital twins) para executar, monitorar e otimizar tarefas rotineiras ou críticas, reduzindo intervenção manual e aumentando previsibilidade. O Building Information Modeling (BIM) atua como repositório semântico da informação — geometria, especificações, cronogramas e custos — permitindo que diferentes sistemas conversem por meio de APIs e padrões abertos. A automação se estabelece quando dados de campo (sensores de umidade, vibração, posição) alimentam algoritmos que acionam rotinas: alarmes, ordens de serviço automatizadas, recalendários e ajustes de logística.
Na prática descritiva, o canteiro pulsa com detalhes sensoriais: betoneiras monitoradas por sensores de vibração que indicam necessidade de manutenção; lasers e scanners 3D que mapeiam desvios e geram relatórios em minutos; robôs assentando blocos com precisão milimétrica; impressoras 3D de concreto formando elementos complexos. Drones sobrevoam alinhamentos, capturam imagens térmicas que detectam perdas térmicas em instalações e fornecem ortofotos para acompanhamento progressivo. Essas imagens se fundem ao gemelo digital do projeto, um "clone virtual" que simula comportamentos estruturais sob cargas e avalia riscos, antecipando problemas e reduzindo retrabalho.
Narrativamente, a transformação não é linear. Luciana enfrentou resistências: operadores receosos, contratos que não previam integração de dados, e fornecedores relutantes em abrir suas plataformas. A solução incluiu pilotos em pequena escala, criação de dashboards simples e visíveis e treinamentos práticos que privilegiaram resultados mensuráveis — redução do tempo de inspeção em 60% e diminuição de desperdício de materiais em 15% nas primeiras frentes testadas. A automação mostrou-se especialmente eficaz em processos repetitivos e críticos: controle de qualidade de concretagem, gestão de estoque em tempo real, logística de entregas just-in-time e monitoramento de condições ambientais que afetam cura do concreto.
Do ponto de vista técnico, a arquitetura típica combina edge computing — processamento local para ações em tempo real — com nuvem para análises históricas e integração com sistemas corporativos. Robotic Process Automation (RPA) automatiza tarefas administrativas: emissão de notas fiscais, conciliação de compras e geração de relatórios. Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) alimentam previsões de produtividade, detecção de anomalias em imagens e otimização de cronogramas. A interoperabilidade é um desafio central; por isso, padrões como IFC (Industry Foundation Classes) e protocolos abertos facilitam a troca entre plataformas.
Os benefícios são amplos: maior previsibilidade, menor custo total de obra, aumento de segurança — com monitoramento contínuo de zonas perigosas e controle de EPI — e rastreabilidade de materiais, essencial para certificações ambientais. Além disso, processos automatizados tendem a gerar dados estruturados que alimentam melhoria contínua, criando um ciclo virtuoso de aprendizado e redução de incertezas. No entanto, há desafios: segurança cibernética, governança de dados, investimento inicial e necessidade de qualificação da mão de obra. A automação pode deslocar funções, mas também cria novas especializações: analista de dados de construção, operador de drones, programador de robôs e gestor de modelos BIM.
Para implantar automação com sucesso recomenda-se um roteiro prático: mapear processos críticos e gargalos; escolher pilotos de alto impacto; garantir interoperabilidade; investir em treinamento e mudança cultural; estabelecer políticas de segurança e privacidade; mensurar ganhos com KPIs claros e escalar progressivamente. Projetos bem-sucedidos combinam tecnologia com processos e pessoas: a máquina otimiza, mas o julgamento humano permanece central para decisões complexas.
Ao fechar o canteiro por aquela tarde, Luciana registra novas entradas no diário digital do projeto: menos retrabalhos, equipe mais engajada e uma atmosfera onde tecnologia e tradição se entrelaçam. A construção passa, assim, a ser menos uma sequência de tarefas manuais isoladas e mais um ecossistema integrado, guiado por dados e automações que transformam risco em previsibilidade e desconhecido em informação acionável. O futuro aponta para uma cadeia cada vez mais conectada, onde o canteiro físico e seu gêmeo digital convergem para obras mais rápidas, seguras e responsáveis.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Quais tecnologias são essenciais para automação na construção civil?
Resposta: BIM, IoT (sensores), drones, robótica, RPA, IA/ML, cloud e digital twins. Interoperabilidade e APIs são cruciais.
2) Quais ganhos imediatos a automação pode trazer?
Resposta: Redução de retrabalho, controle de estoques, inspeções mais rápidas, segurança aprimorada e previsibilidade de cronograma.
3) Quais os maiores obstáculos para a adoção?
Resposta: Cultura organizacional, integração de sistemas legados, investimento inicial e requisitos de cibersegurança e governança de dados.
4) A automação substitui trabalhadores?
Resposta: Substitui tarefas repetitivas, mas cria novas funções técnicas; foco deve ser requalificação e gestão de transição.
5) Como começar um projeto de automação?
Resposta: Mapear processos críticos, executar pilotos de alto impacto, medir KPIs, treinar equipes e escalar com governança e padrões abertos.

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