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Laser em Dermatologia: uma resenha sobre a abordagem terapêutica moderna
O emprego de lasers em dermatologia transformou-se, nas últimas décadas, de tecnologia de nicho para ferramenta central na prática clínica. Esta resenha aborda princípios físicos, indicações terapêuticas contemporâneas, escolhas tecnológicas, estratégias de segurança e perspectivas futuras, integrando evidência científica com observações práticas úteis ao clínico que busca decisões racionais e individualizadas.
Princípios e mecanismos
A eficácia do laser repousa no conceito de fototermólise seletiva: comprimentos de onda são escolhidos para corresponder a cromóforos teciduais (melanina, hemoglobina, água), gerando calor suficiente para dano terapêutico com mínimo efeito colateral. Parâmetros como fluência, duração do pulso, taxa de repetição e diâmetro do spot modulam o efeito. Além do fototérmico clássico, tecnologias recentes exploram efeitos fotomecânicos (picos ultracurtos) e fotobiomodulação, ampliando o espectro de respostas biológicas desejáveis.
Classificação e aplicações clínicas
Os sistemas podem ser sumarizados em ablativos (p. ex., CO2, Er:YAG), não ablativos (p. ex., 1550 nm fracionado, Nd:YAG 1064 nm) e tecnologias de pulso ultracurto (picosegundo). Lasers ablativos promovem remoção epitelial e remodelamento do colágeno, sendo indicados para resurfacing, cicatrizes atróficas e lesões queratóticas extensas; seu perfil de eficácia é elevado, porém com maior risco de eritema prolongado, hiper ou hipopigmentação e infecção. Lasers não ablativos causam coagulação dermal preservando a epiderme, resultando em menos downtime e menor risco, indicados para rejuvenescimento, melhora de textura e lesões vasculares superficiais. Fractionalização (ablativa ou não) equilibra eficácia e segurança ao criar coluna de dano intercaladas com pele preservada, acelerando cicatrização.
Na indicações vasculares, dispositivos como o KTP e o pulsed-dye laser (PDL) continuam sendo referência para telangiectasias, rosácea e angiomas. Para manchas pigmentares e remoção de tatuagem, seleções baseadas na teoria da fototermólise seletiva e duração de pulso são críticas: Q-switched e picosegundos são preferidos para partículas de tinta, enquanto lasers de 755–1064 nm são usados para lentigos e melasma com cuidadosa estratégia de resfriamento.
Abordagem modernizada: integração e individualização
A prática contemporânea privilegia tratamento multimodal e personalizado. Exemplos: laser fracionado combinado com ácido retinoico ou TCA para cicatrizes; associação de Nd:YAG com luz intensa pulsada (IPL) para telangiectasias profundas; uso de laser como facilitador para drug delivery transdérmico (laser-assisted drug delivery) amplifica a penetração de agentes tópicos (corticosteroides, 5-FU, imiquimode), ampliando indicações sem aumentar toxicidade sistêmica. Protocolos fracionados pré e pós-tratamento com fatores de crescimento ou PRP demonstram sinergia na aceleração da recuperação e melhora clínica.
Segurança, seleção e manejo de complicações
Avaliação pré-procedimento deve incluir fototipo, histórico de herpes, uso de isotretinoína recente, tendência a cicatrizes hipertróficas e expectativas do paciente. Resfriamento adequado, testes de spot, e documentação fotográfica são essenciais. Complicações mais comuns: eritema prolongado, edema, hiperpigmentação pós-inflamatória (especialmente em fototipos mais altos), infecção e cicatrização aberrante. Manejo envolve protocolos de profilaxia (ex.: antivirais quando indicado), cuidado tópico, proteção solar rigorosa e uso de agentes despigmentantes quando necessário. Treinamento do operador é fator crítico para reduzir eventos adversos.
Evidência e custo-efetividade
A literatura apresenta níveis variados de evidência; para algumas indicações clássicas (PDL em rosácea, CO2 fracionado em cicatrizes), meta-análises confirmam benefício clínico. Entretanto, proclamadas inovações nem sempre trazem vantagens proporcionais ao custo — picosegundos, por exemplo, têm valor claro em partículas tatuagens resistentes, mas sua superioridade para rejuvenescimento facial ainda é debatida. Decisões devem integrar eficácia demonstrada, perfil de risco, custos e preferências do paciente.
Perspectivas futuras
Tendências incluem dispositivos híbridos (combinação de comprimentos de onda), integração com inteligência artificial para planejamento e monitoramento de resposta, sensores de feedback em tempo real (detecção de temperatura e resposta tecidual) e terapias combinadas com biológicos ou moduladores moleculares. A expansão da laser-assisted drug delivery e o refinamento de protocolos para fotobiomodulação sugerem um futuro em que lasers não serão apenas destrutivos, mas também vetores de modulação tecidual precisa.
Conclusão
Lasers em dermatologia representam um campo dinâmico em que conhecimento físico, habilidade clínica e evidência científica convergem. A abordagem moderna prioriza seleção personalizada do dispositivo e parâmetros, estratégias combinadas para otimização de resultados e protocolos de segurança robustos. A adoção crítica e baseada em evidências das inovações garantirá que os benefícios terapêuticos superem riscos e custos, beneficiando pacientes com maior previsibilidade e qualidade de vida.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Quais são os principais fatores na escolha do laser para um paciente?
Resposta: Fototipo, cromóforo alvo, profundidade da lesão, objetivo terapêutico, histórico de cicatrização e expectativas. Teste de spot e experiência do operador também influenciam.
2) O que diferencia lasers ablativos de não ablativos?
Resposta: Ablativos removem epiderme e parte da derme (resurfacing intenso), com maior eficácia e downtime; não ablativos coagulação dermal preservando epiderme, menos risco e recuperação mais rápida.
3) Quando usar laser fracionado?
Resposta: Em cicatrizes, fotoenvelhecimento e redução de downtime ao buscar remodelamento colagênico; adequado quando se deseja equilíbrio entre eficácia e segurança.
4) Quais são os riscos mais frequentes e como preveni-los?
Resposta: Hiper/hipopigmentação, infecção, eritema prolongado; prevenção por seleção adequada, resfriamento, profilaxia antiviral quando indicada e proteção solar rigorosa.
5) Há indicações comprovadas para combinação laser + terapias tópicas?
Resposta: Sim — laser-assisted drug delivery aumenta eficácia de agentes tópicos (p.ex. corticosteroides, 5-FU) em cicatrizes e queratoses; evidência crescente suporta abordagens combinadas para melhores resultados.

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