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Laser em Dermatologia Pediátrica

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Título: Aplicações do laser em dermatologia pediátrica: fundamentos, práticas e perspectivas
Resumo
O uso de lasers em populações pediátricas tem se expandido devido à eficácia no tratamento de lesões vasculares, pigmentares e de cicatrizes, bem como na remoção de pelos e nevos selecionados. Este artigo descreve bases físico-biológicas, indicações comuns, seleção do comprimento de onda e parâmetros, cuidados anestésicos e precauções específicas da criança. Também aborda resultados, complicações e diretrizes práticas para otimização do benefício terapêutico com segurança, propondo direções futuras de pesquisa e prática clínica.
Introdução
Crianças não são adultos em miniatura: diferenças anatômicas e fisiológicas da pele, comportamento e desenvolvimento psicológico exigem adaptações na terapia a laser. A intervenção precoce em determinadas condições — especialmente malformações vasculares e pigmentares visíveis — pode reduzir dano físico e impacto psicossocial. A escolha do laser e do protocolo deve balancear eficácia, risco de hiperpigmentação/hipopigmentação e o conforto do paciente.
Fundamentos físico-biológicos
O sucesso terapêutico depende do princípio de fototermólise seletiva: absorção de energia por cromóforos alvo (hemoglobina, melanina, água), produzindo dano térmico controlado. Em crianças, a maior vascularização dérmica e menor espessura epidérmica influenciam a penetração e dissipação térmica. Ajustes de fluência, duração de pulso e tamanho de ponto são essenciais para respeitar os tempos de relaxamento térmico do alvo e minimizar lesão colateral. Técnicas de resfriamento (contato, spray, ar frio) reduzem dor e risco de efeitos adversos.
Indicações e escolha do sistema laser
- Lesões vasculares: o laser de corante pulsado (PDL, 585–595 nm) é padrão para hemangiomas superficiais e máculas de vinho do porto, com boa seletividade para hemoglobina. Para vasos profundos ou mais calibrosos, Nd:YAG 1064 nm atinge maior profundidade, embora com maior risco de necrose e pigmentação.
- Lesões pigmentares e tatuagens: lasers Q-switched (532/1064 nm) e picosegundos são eficazes para tatuagens e manchas epidérmicas/melânicas, com necessidade de cuidado para evitar hiperpigmentação pós-inflamatória em fototipos mais altos.
- Crescimento piloso indesejado: alexandrita (755 nm), diodo e Nd:YAG; escolha depende do fototipo cutâneo e do risco de alterações pigmentares.
- Cicatrizes e estrias: lasers ablativos (CO2 fracionado) e não ablativos fracionados promovem remodelamento colágeno; em pediatria, indica-se cautela e seleção rigorosa de casos.
- Nevos congênitos e lesões pigmentares complexas: avaliação multidisciplinar; laser pode ser parte de manejo, mas remoção cirúrgica ainda é frequentemente indicada.
Anestesia, preparo e condução do procedimento
Avaliação prévia detalhada (história de fotossensibilidade, medicações, tratamentos prévios) e teste em área limitada são recomendados. Analgesia depende da idade e procedimento: cremes tópicos (EMLA) para procedimentos menores em crianças cooperantes; sedação consciente ou anestesia geral pode ser necessária em lactentes e procedimentos extensos. Monitorização pediátrica e equipe treinada são mandatórias. Proteção ocular apropriada para paciente e equipe é obrigatória.
Complicações e manejo
Complicações incluem dor, edema, bolhas, crostas, infecção, cicatriz e alterações pigmentares. Risco de hiperpigmentação pós-inflamatória é maior em fototipos altos; educação quanto à proteção solar e uso de emolientes e corticoterapia tópica quando indicado auxiliam na recuperação. Seguimento longitudinal é importante para avaliar recidiva e crescimento da lesão em sincronia com o desenvolvimento cutâneo.
Resultados e avaliação de eficácia
Múltiplas sessões espaçadas conforme tipo de lesão são a regra. Em hemangiomas, a intervenção precoce com PDL pode reduzir volume e evitar fibrose residual; em máculas de vinho do porto, tratamento repetido melhora a cor e textura, mas raramente resulta em cura completa. Protocolos padronizados são escassos; registros prospectivos e escalas validadas de desfecho funcional e estética são necessários.
Ética, comunicação e impacto psicossocial
Decisões terapêuticas devem considerar impacto estético, risco do procedimento e preferências familiares, com consentimento informado adequado. Manejo multidisciplinar (dermatologia, cirurgia pediátrica, psicologia) otimiza resultados, sobretudo em lesões que comprometem imagem corporal.
Perspectivas e pesquisas futuras
Avanços em lasers picosegundo, alvos fotomoleculares e terapias combinadas (laser + medicamento sistêmico ou intralesional) prometem maior eficácia com menor dano colateral. Estudos randomizados em pediatria, registros de segurança e protocolos padronizados por faixa etária são prioridades para consolidar recomendações baseadas em evidência.
Conclusão
O laser é uma ferramenta eficaz e versátil na dermatologia pediátrica quando empregada com compreensão das diferenças biológicas e necessidades específicas da criança. A seleção cuidadosa do dispositivo, parâmetros e estratégias analgésicas, aliada à comunicação clara com responsáveis, maximiza benefício enquanto minimiza riscos. Pesquisa contínua é necessária para refinar protocolos e ampliar segurança.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Qual a melhor idade para tratar máculas de vinho do porto?
Resposta: Quanto mais precoce (preferivelmente antes da infância tardia), melhor resposta ao PDL; ajustar técnica conforme tolerância e necessidade de sedação.
2) PDL ou Nd:YAG para hemangiomas profundos?
Resposta: PDL é ideal para superficiais; Nd:YAG penetra mais e pode tratar vasos profundos, porém com maior risco de complicações.
3) Quando usar anestesia geral?
Resposta: Para crianças pequenas, procedimentos longos ou dolorosos e quando cooperação não é possível; sempre com equipe preparada.
4) Risco de afetar crescimento cutâneo a longo prazo?
Resposta: Não há evidência consistente de prejuízo no crescimento cutâneo quando parâmetros apropriados são usados; monitoramento é recomendável.
5) Como reduzir hiperpigmentação pós-laser em crianças?
Resposta: Uso de fluências adequadas, resfriamento, evitar exposição solar, e aplicação de emolientes/corticoterapia quando indicada.

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