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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – POLO CRICIÚMA/ SC
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
SERVIÇO SOCIAL AO CONTEXTO URBANO E RURAL
DANIELI BIAVA FURLAN – RA 390999
DEISE PAES DOMINGOS – RA 350920
JULIANA SILVA DA LUZ FELICIO – RA 392463
SIDNEI ROSA CRISTIANO – RA 394767
SERVIÇO SOCIAL AO CONTEXTO URBANO E RURAL
Prof. Maria Elisa Cléia Nobre
Prof.ª Michele da Silva Piccollo
CRICIÚMA, SETEMBRO 2015.
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – POLO CRICIÚMA/ SC
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
SERVIÇO SOCIAL AO CONTEXTO URBANO E RURAL
DANIELI BIAVA FURLAN – RA 390999
DEISE PAES DOMINGOS – RA 350920
JULIANA SILVA DA LUZ FELICIO – RA 392463
SIDNEI ROSA CRISTIANO – RA 394767
SERVIÇO SOCIAL AO CONTEXTO URBANO E RURAL
Trabalho apresentado à disciplina deServiço Social ao Contexto Urbano e Rural do Curso Serviço Social, orientado pela Prof.ª Michelle Piccollo.
CRICIÚMA, SETEMBRO 2015.
REFORMA AGRÁRIA
Este trabalho vem nos oportunizar um melhor conhecimento dos movimentos sociais no âmbito rural e de como aconteceuareforma agrária no Brasil.
	Definimos reforma agrária como um sistema em que ocorre a divisão de terras, ou seja, propriedades particulares são compradas pelo governo a fim de lotear e distribuir para as famílias que não possuem terras para plantar. Dentro deste sistema, as famílias que recebem os lotes, ganham também condições para desenvolver o cultivo: sementes, implantação de irrigação e eletrificação, financiamentos, assistência social e consultoria. Tudo isso oferecido pelo governo.
	Uma das dimensões importantespara o progresso da reforma agrária no país, acontece pela ampliação do conhecimento sobre o Brasil Rural e seu amplo desenvolvimento junto à sociedade. Compreende-se que as reformas já eram propostas do vice-presidente João Goulart em 1960, representante do partido Trabalhista Brasileiro, assumindo como presidente após a renúnciade Jânio Quadros, e começo da década proporcionou o fortalecimento dos movimentos sociais urbanos e rurais. 
	Pesquisas feitas pelo Ibope, às vésperas do golpe de 31 de março de 1964, mostraram que, o então presidente da República, João Goulart, deposto pelos militares, tinha amplo apoio popular. 
	Por meio desta pesquisa, vimos que um dos maiores articuladores da reforma agrária, foi o governador do estado do Rio Grande do Sul, na época, Leonel Brizola. Dentro deste contexto vários setores da sociedade se organizavam por reformas, ou seja, surgiram várias bandeiras de lutas, e uma delas a reforma agrária,cuja proposta era a divisão das terras que estavam e permanecem atualmente, nas mãos de uma minoria, conhecida como latifundiários. 
	Para ajustar este disparato no meio rural, nos últimos anos em nosso país, as políticas públicas, acontecem através de manifestações, principalmente pelo o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que pressiona o governo, através de manifestações e ocupações, para conseguir acelerar a reforma agrária e garantir o acesso à terra para milhares de trabalhadores rurais.
	A agricultura familiar, é um exemplo depolítica pública que contribui para que êxodo rural não aconteça, pois há um grande inchaço nas cidades, nas periferias urbanas e as questões sociais aumentam ainda mais.
Um novo olhar sobre as áreas rurais é lançado, afim de resgatar o cidadão,trazendo um crescimento participativo, não só nas suas questões locais, mas também de âmbito nacional e internacional, além de um processo de diferenciação e profissionalização. 
FILMES
“Fruto da Terra” relata a vida de Marcos Tiarajú, que foi o primeiro bebê nascido na Fazenda Annoni, em 1985. Os pais fizeram parte das 1500 famílias na ocupação realizada pelo MST, início de uma nova etapa na luta pela reforma agrária no Brasil. Sua mãe, Rose, foi morta durante essa luta. A história dessa ocupação, que culminou com a conquista da terra e de novas oportunidades de vida, é contada nos dois premiados documentários de Tetê Moraes, Terra para Rose e O Sonho de Rose, 10 anos depois. 
O filme mostra um pouco do que foi e ainda é uma luta por espaço, que deveria ser direito de todos, porém na história da humanidade o menos favorecido numa sociedade capitalista, sofre muitas lutas para conquistar alguma coisa.
	Marcos diz não que ser só conhecido como Marcos, mais sim como fruto da terra, uma fala de Marcos em seu depoimento, o quanto este filme proporciona a ele conhecimento de sua historia, no filme ele vê o sonho de sua mãe que anseia por coisa melhor para ele. 
	Lá fora, distante dos seus, em busca de conhecimento de outras culturas e realidades de um país socialista, se depara com o compromisso de não só realizar o sonho de sua mãe, mas também de voltar as suas raízes ajudar nesta luta por reforma agrária, luta esta que levou sua mãe a morte. 
Luta de tantos “Marcos” e de tantas “Roses”, marginalizados por um sistema capitalista, lutas que fazem parte da vida de quem quer ser pintor de uma sociedade diferente.
Já o documentário “Por Longos Dias” é uma visão poética do Movimento dos Sem Terra e da Marcha Nacional pela Reforma Agrária. Inspirado em um texto de José Saramago. O roteiro é uma adaptação livre do prefácio de José Saramago (Prêmio Nobel de Literatura 1998) ao livro Terra de Sebastião Salgado. O roteiro mostra o cotidiano dos sem-terra revelado desde a intimidade dos acampamentos até a chegada da Marcha Nacional pela reforma agrária à Brasília, em 1997. O filme em forma de poema, relata um pouco da história do primeiro livro bíblico Gênesis, considerado um poema para muitos teólogos, pois mostra o sonho de Deus, que não pôde contemplar o homem e a mulher no paraíso, por provarem o fruto do conhecimento do bem e do mau, e dentro deste contexto a humanidade sofre as consequências até hoje. 
A desigualdade social é gritante seja no campo ou na cidade, a muito que lutar seja por reforma agraria, reforma politica por politicas publicas enfim, as lutas tem que continuar.
Destacamos os direitos conquistados pela Constituição Brasileira, mas que freqüentemente são negligenciados, conforme artigo 1º e 2º e 3º:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estadose Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e temcomo fundamentos:
I –a soberania;
II –a cidadania;
III –a dignidade da pessoa humana;
IV–os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V–o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representanteseleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I –construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II–garantir o desenvolvimento nacional;
III–erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais eregionais;
IV–promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
MOVIMENTO SEM TERRA
	O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) é um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do campo, principalmente no tocante à luta pela reforma agrária brasileira. Como se sabe, no Brasil prevaleceu historicamente uma desigualdade do acesso a terra, consequência direta de uma organização social patrimonialista e patriarcalista ao longo de séculos, predominando o grande latifúndio como sinônimo de poder. Desta forma, dada à concentração fundiária, as camadas menos favorecidas como escravos, ex-escravos ou homens livres de classes menos favorecidas teriam grandes dificuldades à posse da terra.
	Assim, do Brasil colonial da monocultura a este do agronegócio em pleno século XXI, o que prevalece é a concentração fundiária, o que traz à tona a necessidade da discussão e da luta política como a encabeçada pelo MST. Os objetivos do MST, para além dareforma agrária, estão no bojo das discussões sobre as transformações sociais importantes ao Brasil, principalmente àquelas no tocante à inclusão social. Se por um lado existiram avanços e conquistas nesta luta, ainda há muito por se fazer em relação à reforma agrária no Brasil, seja em termos de desapropriação e assentamento, seja em relação à qualidade da infraestrutura disponível às famílias já assentadas. Segundo dados do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o número de famílias assentadas nestes últimos anos foi de 614.093, sendo criados neste mesmo período 551 assentamentos. Ainda conforme o INCRA, no total, o Brasil conta com 85,8 milhões de hectares incorporados à reforma agrária e um total de 8.763 assentamentos atendidos, onde vivem 924.263 famílias.
Os números apresentados são positivos. Porém, se levarmos em consideração as afirmações do próprio MST e de especialistas no assunto, até 2010 havia ainda cerca de 90 mil famílias acampadas pelo país, o que representa uma demanda por terra considerável por se atender, a despeito dos avanços sugeridos anteriormente. Em relação à infraestrutura disponível a estas famílias, alguns dados apresentados pela Pesquisa de Avaliação da Qualidade dos 
	Assentamentos da Reforma Agrária promovida pelo INCRA em 2010 são muito significativos. A pesquisa mostra que 31,04% dos assentamentos possuem disponibilidade de energia, mas com quedas constantes ou com “pouca força” e 22,39% não possui energia elétrica, o que significa que mais da metade dos domicílios não contam plenamente com este benefício. 
	No tocante ao saneamento básico, os dados também mostram que ainda é necessário avançar, pois apenas 1,14% dos assentamentos contam com rede de esgotos, contra 64,13% (somados fossa simples e fossa “negra”) que possuem fossas. A dimensão negativa destes dados repete-se na avaliação geral de outros fatores como a condição das estradas de acesso e de satisfação geral dos assentados, tornando-se mais significativa quando quase a metade dos assentados não obteve algum financiamento ou empréstimo para alavancar sua produção. Isso mostra que muito ainda deve ser feito em relação aos assentamentos, pois apenas como acesso a terra não se garante a qualidade de vida e as condições de produção do trabalhador do campo. Se por um lado a luta pela terra além de ser louvável é legítima, por outro, os meios praticados pelo movimento para promover suas invasões em alguns determinados casos geram muita polêmica na opinião pública. 
	Em determinados episódios que repercutiram nacionalmente, o movimento foi acusado de ter pautado pela violência, além de ter permeando suas ações pela esfera da ilegalidade, tanto ao invadir propriedades que, segundo o Estado, eram produtivas, como ao ter alguns de seus militantes envolvidos em depredações, incêndios, roubos e violência contra colonos dessas fazendas. Contudo, vale ressaltar que em muitos casos a violência e a ação truculenta do Estado ao lidar como uma questão social tão importante como esta também se fazem presentes. Basta lembrarmos o episódio do massacre de Eldorado de Carajás, no Pará, em 1996, quando militantes foram mortos em confronto com a polícia. A data em que ocorreu este fato histórico, 17 de Abril, tornou-se a data do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. 
SEBASTIÃO SALGADO
 
As obras de Sebastião Salgado intitulada “Terra”, foram tiradas entre 1980 e 1996 e passaram a ser publicadas em 1997.
As imagens acima retratam o movimento dos trabalhadores sem terra entre outros grupos excluídos socialmente, marginalizados e desterrados no Brasil.
 Mostra também um grande acampamento com 2.800 famílias que foram formados na entrada da fazenda Cuiabá no sertão do Xingó as margens do rio São Francisco.
Durante vários meses estas famílias viveram penosamente na esperança do decreto de desapropriação que foi afinal adotado no dia 6 de maio de 1996 que foi aonde se deu também a manifestação dos camponeses em comemoração ao que consideram vitória, mais que na realidade foi somente um ato de justiça.
Observamos que a marcha dos sem terra está sempre em movimento: é o MST ocupando terras, resistindo e produzindo. É ele chegando às cidades, em manifestações e colunas, nas avenidas urbanas ou nas estradas, denunciando e mostrando para a sociedade a sua visão de mundo de trabalho e justiça.
EXÔDO RURAL
	O êxodo rural é uma forma de migração caracterizada pelo deslocamento de uma população da zona rural para as cidades. O desencadeamento do êxodo rural é consequência, de alguns fatores, como, a implantação de relações capitalistas modernas na produção agropecuária, onde o modelo econômico favorece significativamente os grandes latifundiários e a intensa mecanização das atividades rurais, expulsa os pequenos produtores do campo. O processo de mecanização das atividades agrícolas substitui a mão de obra humana e os pequenos produtores que não conseguem mecanizar sua produção têm baixo rendimento de produtividade, o que os coloca em desvantagem no mercado.
Observamos na obra Retirantes, de Candido Portinari a problemática de uma realidade social denunciando os problemas de miséria, ignorância, opressão nas relações de trabalho e a força da natureza sobre um homem completamente desprotegido. A natureza apresenta-se como uma paisagem desértica, onde não há florestas nem montanhas para distrair a visão.
O velho e a criança com semblante caveirado, tamanha debilidade física, assim como a outra criança que está no colo da mãe. O que possuem cabe em duas trouxas, uma com o pai e outra na cabeça da mãe. O céu limpo e com sol escaldante, contrasta ao fundo com urubus, parecendo à espreita do sinal de que a vida não mais habita o corpo. Todos apresentam fisionomia da desesperança. A criança no colo da menina mostra as costelas da fome, as pernas tortas da garota e a com barriga indicando vermes no menino ao lado do pai. Todos descalços, castigados pelo contato com a terra seca e cheia de pedras. Podemos vislumbrar no centro a mãe grávida, aguardando um novo ser. O problema que se abate sobre eles é o retrato de uma constante em várias famílias, a seca e a miséria que abate gerações consecutivas: avô, pai e filhos.
A obra nos impõe uma leitura de que o homem em busca de melhores condições de vida, abandonando suas origens, mas sem perspectiva do futuro, desconhecendo o futuro que lhe aguarda.
Dentro deste contexto analisamos a questão do êxodo rural, como uma ação que não caracteriza mudança do cenário econômico e social. Vários fatores interferem para essa mudança, que vão desde a área territorial, saúde, qualidade de vida, educação, entre outros.
A partir de meados do século XVIII, foram observadas grandes mudanças na distribuição da população. O modelo econômico capitalista avançava para um estágio de acumulação de capitais e, com isso, toda a sociedade se reestruturava aos moldes industriais. 
Desencadeou-se um crescimento das aglomerações urbanas, simultaneamente o esvaziamento demográfico das áreas rurais. O advento da indústria imprimiu novas configurações espaciais em várias regiões do globo, com a aparente consumação da separação entre as áreas urbanas e rurais. 
A produção agrícola tornou-se um setor da produção industrial, o que fez com que as áreas rurais ficassem submissas às exigências do capital urbano-industrial. 
A explosão demográfica na área urbana determina o predomínio de diversas manifestações na cidade.
Nas primeiras décadas do século XX a sociedade brasileira se configurava como amplamente rural. Em paralelo ao expressivo crescimento da população verificado no país entre 1940 e 1980, observou-se uma inversão da distribuição populacional entre as áreas rurais e urbanas. Nesse sentido, o esvaziamento das áreas rurais, impulsionou o crescimento desordenado de grandes cidades e a formação de centros metropolitanos. 
Surgiram ainda, a partir da década de 1980, mudanças significativas no meio rural brasileiro. Observa-se a emergência de um espaço ruralmultifuncional com a introdução de uma maior diversificação econômica, em meio a novas formas de produção e subsistência, em visível contraste com o que dominava no passado. 
A expansão da área urbana sobre as áreas rurais e o crescimento do número de trabalhadores ocupados em atividades consideradas até então como exclusivamente urbanas, indicam a existência de um novo modelo sócio espacial no Brasil.
Destacamos ainda algumas diferenças marcantes entre as áreas rurais e urbanas que se relacionam principalmente com as seguintes características:
Ocupacionais: diferenças no envolvimento das atividades. No rural, desde jovens, as pessoas se ocupam com um único tipo de atividade, a coleta e o cultivo; 
Ambientais: os rurais sofrem influência direta do contato com a natureza e das condições climáticas; 
Tamanho das comunidades: correlação negativa entre tamanho da comunidade e pessoas ocupadas na agricultura; 
Diferenças na densidade populacional: as rurais são relativamente mais baixas do que as urbanas, devido ao cultivo;
 Diferenças na homogeneidade e heterogeneidade da população: os rurais tendem a adquirir características semelhantes por se envolverem nas mesmas funções, são mais homogêneos, pois não sofrem os problemas de uma intensiva divisão do trabalho.
A partir da década de 1980, diversas mudanças foram analisadas no Brasil, com o aumento da urbanização do campo e o surgimento de novas dinâmicas que apontam para uma nova ruralidade, muitas vezes distante do contexto das atividades agropecuárias, proporcionaram a retomada e a intensificação desses debates, diante de sua crescente importância.
Um novo significado surge, sobre a urbanização das áreas rurais, onde sua atuação foi mais expressiva. O espaço rural brasileiro se torna diferenciado, de acordo com o grau de intensidade da atuação deste processo. Este fenômeno torna-se mais perceptível nas áreas rurais que possuem maior contato com as grandes cidades que compõem um núcleo mais movimentado da economia brasileira.
Nos últimos anos, foram publicados vários trabalhos que mostram transformações significativas no meio rural brasileiro, destacando novas formas de produção e de sobrevivência, que não se inserem no contexto das atividades agropecuárias, essa crescente urbanização das áreas rurais, reproduz um novo significado ao campo, pois algum tempo atrás, muitos temiam o esvaziamento no campo, porém mesmo que ainda exista algum êxodo rural, este já não consegue evitar a tendência de recuperação de parte expressiva das áreas rurais no país.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL URBANA E RURAL
Como podemos analisar as conceituações acerca do entendimento do rural/ urbano, entende-se que já não se pode mais caracterizar o rural brasileiro apenas sob a ótica das atividades agropecuárias, haja vista este ter adquirido nas ultimas décadas novos sentidos, ocupações e funcionalidades.
Neste contexto, o conjunto das atividades consideradas não agrícolas, como por exemplo, o comércio, a prestação de serviços, indústrias, agroindústrias, dentre outras, estão cada vez mais suscetíveis a população rural. Ou ainda concentram-se em atividades que exijam pouca qualificação, como a construção civil, por exemplo.
No entanto, o fato de o rural e o urbano estarem integrados por relações complexas dentro da nova realidade de produção no Brasil, não quer dizer que não apresentem diferenças evidentes. 
Ao se analisar os conceitos de rural e urbano no país percebe-se que a utilização dos mesmos, dada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta grandes limitações, visto que de forma incoerente, muitas áreas reconhecidas como urbanas, apresentam na verdade, características e dinâmicas econômicas, sociais e culturais, eminente rurais. 
Seria necessário a obtenção de recursos destinados à formação profissional de mão de obra rural, especialmente no que tange a população mais jovem, visando atender as novas demandas do espaço rural, ou ainda a garantia de infra estrutura básica e necessária ao campo (água, comunicação, eletricidade), visando amenizar a mobilidade do mundo rural e também a urbanização deste.
Entende-se a partir de tal constatação, que os dados apresentados pelas pesquisas do IBGE, não refletem a realidade atual do território Brasileiro, quanto aos setores rural/urbano.
O conceito de cidade e campo confunde-se com o urbano e o rural, a cidade, vista como área da centralidade administrativa e territorial, onde se fabrica , origina o conceito de urbano, estende-se para além dela, não restringindo-se a um território fixo, mas passa a ser visto como um modo de vida, um estilo de vida onde se propagam costumes e hábitos urbanos, os quais influenciam por meio dos instrumentos de comunicação e transporte e meio rural .
O rural atualmente desenvolvendo atividades múltiplas além das primarias, passou a ser visto como uma questão territorial, onde o uso do solo e as atividades da população residente no campo se vinculam a várias atividades terciárias, sendo compreendido como não urbano, ou seja, o que não pertence à cidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Agricultura familiar leva dignidade para o campo. Disponível em: http://www.incra.gov.br/. Acesso em 12 set.2015.
Água para agricultura. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/.Acesso em 12 set.2015.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal.
BUARQUE, Chico. Brejo da Cruz. 1984, São Paulo.
CALDAR, Roseli Salete. O MST e a formação dos sem terra: o movimento social como princípio educativo. Estd.av. [online].2001,vol.15,n.43,pp.207-224.ISSN0103-4014.
Centro de Documentação e Memória da UNESP. MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Disponível em: http://www.cedem.unesp.br/acervos/acervo_mst.htm. Acesso em: 12 set.2015.
FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "Êxodo Rural"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/exodo-rural.htm>. Acesso em 13 de setembro de 2015.
FRUTO da Terra. Direção: Tetê Moraes. Brasil, Rio de Janeiro: 2008. Disponível em: http://portacurtas.org.br/filme/?name=fruto_da_terra. Acesso em 12 set.2015.
GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais e Redes de Mobilização no Brasil Contemporâneo. 3.3ed.São Paulo: Vozes,2012.
História do Incra com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário Disponível em: http://www.incra.gov.br/. Acesso em 12 set.2015.
PICOLOTTO, Everton Lazzaretti. Movimentos sociais rurais no sul do Brasil: novas identidades e novas dinâmicas. Revista Ideas,v.1,n.1,p.60-77, jul.dez.2007.
POR LONGOS dias. Direção: Mauro Giuntini. Brasil, Distrito Federal: 1998. Disponível em: http://portascurtas.org.br/filma/?name=por_longos_dias. Acesso em: 12 set.2015.
PORTINARI, Candido. Retirantes, 1944-1945. Óleo sobre tela; 190cm x 180cm.
SALGADO, Sebastião. TERRA. Imagens. Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"&HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"biw=1366HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"&HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"bih=667HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"&HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"source=lnmsHYPERLINK"https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"&HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"tbm=ischHYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"&HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"sa=XHYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"&HYPERLINK "https://www.google.com.br/search?q=obra+intitulada+terra+de+sebasti%C3%A3o+salgado+1997&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A"ved=0CAgQ_AUoAmoVChMIlLnZ6dK3xwIVC4KQCh2cZAgm#imgrc=UqJrzAcQ6CDXXM%3A. Acesso em 12 set.2015.
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