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TECTÔNICA DE PLACAS Sumário Histórico; Evolução do conhecimento; Placas tectônicas; Os ambientes tectônicos; Placas tectônicas: terremotos e vulcanismo; CTG - Dept. de Geologia Questões Como se formam as placas? Como os continentes se movem? CTG - Dept. de Geologia Tectônica de Placas A teoria fala que os continentes não estiveram sempre nas posições em que se encontram hoje; Quando proposta e posteriormente comprovada, revolucionou o conhecimento geológico e a visão que a humanidade tinha a respeito do planeta; CTG - Dept. de Geologia Sua constatação apresentou forte influência nas teorias evolutivas e na forma como os geocientistas passaram a interpretar a dinâmica do interior do planeta e sua relação com a litosfera; CTG - Dept. de Geologia Fonte: http://www.propertiesofmatter.si.edu/Density_Creates.html Exemplo de células de convecção Histórico Século XV - Confecção dos primeiros mapas da costa africana e da América (expansão ultramarina européia); A linha da costa do continente americano passa a ser conhecido e desperta curiosidade pelo fato de apresentar um encaixe com o continente africano; CTG - Dept. de Geologia Abraham Ortelius (1527 – 1598) – geógrafo e cartógrafo belga, foi um dos primeiros a propor a deriva continental; Compilou o primeiro atlas mundial Theatrum Orbis Terrarum (Teatro do Mundo), surgido em 1570; Ortelius sugere a possibilidade de deriva continental a partir da forma dos continentes; CTG - Dept. de Geologia Francis Bacon (1620), filósofo inglês percebeu encaixe perfeito entre América do Sul e África = Continentes unidos no passado. Deixa registrado na história a sugestão do movimento das massas continentais; CTG - Dept. de Geologia Planisfério de Cantino – Um dos primeiros mapas da América do Sul. Representando as descobertas portuguesas. Fonte: MAGALHÃES (2009). CTG - Dept. de Geologia Além de Bacon, Benjamim Franklin e Antonio Snider-Pellegrini sugeriram possibilidade de deriva continental; CTG - Dept. de Geologia Ilustração de Snider-Pellegrini, em 1858, antes da separação e depois da separação. Abordagens sobre a deriva continental são esquecidas por serem apenas especulações; Volta à tona em outros momentos; Mas, cai novamente no esquecimento por falta de suporte científico; CTG - Dept. de Geologia Séculos seguintes, retomada da idéia com suporte científico; Alfred Wegener (1880 – 1930), meteorologista alemão - publica 4 trabalhos sobre A origem dos continentes e oceanos (1915-1929); Só alcança a comunidade científica a partir de 1922 quando passa a ser traduzido para o inglês; Propõe que todos os continentes estavam juntos formando um mega continente, o qual denominou de Pangea; CTG - Dept. de Geologia Evidências da deriva continental propostas por Wegener: Encaixe dos continentes; CTG - Dept. de Geologia Distribuição de fósseis; CTG - Dept. de Geologia Feições paleoclimáticas (glaciação); CTG - Dept. de Geologia Depósitos glaciais e direção do movimento das geleiras; Distribuição de rochas e cadeias de montanhas; CTG - Dept. de Geologia Todos os continentes estavam juntos há ~200Ma constituindo o Mega continente que denominou Pangea (Pan = toda e Geae = terra); CTG - Dept. de Geologia Alexander Du Toit (1878 – 1948) – Refina a teoria de Wegener propondo separação do Pangea em dois grandes continentes – Laurasia (H. Norte) e Gondwana (H. Sul); com a publicação dos livros: Comparação Geológica da América do Sul e da África (1927) e os Nossos continentes errantes: Uma hipótese de deriva continental (1937). Alexander Du Toit. Fonte: http://www.insugeo.org.ar/libr os/cg_24/20.htm CTG - Dept. de Geologia Suporte Científico CTG - Dept. de Geologia Teoria Rejeitada – questões remanescentes: Quais forças moveriam os blocos continentais? Como deslizar duas crostas rígidas, uma sobre a outra, sem quebrá-las? Teoria cai no esquecimento! Desconhecimento da astenosfera (propriedades plásticas do manto). CTG - Dept. de Geologia Evolução dos Conhecimentos Anos 1950: Ressurgimento da Teoria da Deriva Continental; Expedições militares para mapeamento do assoalho oceânico (desenvolvimento de sonares); CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Entre 1940 e 1950 – pesquisadores das Universidades de Columbia e Princeton (EUA) mapeiam o assoalho oceânico e coletam rochas; Os cientistas observam dinâmica ativa do assoalho, ao contrário do que se esperava (cadeias de montanhas, fendas, fossas, atividade sísmica e vulcânica); CTG - Dept. de Geologia Dá-se o nome de dorsal atlântica ou meso-oceânica a cadeia de montanha submarina que emerge do fundo oceânico ao longo do eixo do oceano atlântico; Constatou-se que emerge do interior quente da Terra um fluxo de material vulcânico, sendo ambientes de intensa atividade sísmica; Esta cadeia se estende por 84.000 km ao longo do eixo central do oceano atlântico ,e em seu centro ocorrem depressões que variam de 1 a 3km CTG - Dept. de Geologia DORSAL NO PACÍFICO DORSAL NO ATLÂNTICO Perfil Batimétrico A dorsal emerge na Islândia formando ilhas vulcânicas com atividade termal e vulcânica intensa; Zona de ruptura dividia a crosta em duas simetricamente; Hipótese retomada (Separação dos continentes?) CTG - Dept. de Geologia DORSAL ATLÂNTICA CTG - Dept. de Geologia Anos 1960 – aperfeiçoamento de datação de rochas (determinação da idade verdadeira das rochas do assoalho); Do contrário que se pensava a crosta oceânica tem uma idade de formação jovem ~200 Ma; Estudos de paleomagnetismo identificam faixas simétricas nas rochas do assoalho oceânico em ambos os lados da dorsal atlântica decorrentes das inversões magnéticas da Terra no passado geológico; Faixas simétricas de idades dos dois lados da dorsal – rochas mais jovens próximas à cadeia oceânica e cada vez mais antigas à medida que se aproxima dos continentes; CTG - Dept. de Geologia Isócronas paralelas à dorsal meso-oceânica. À medida em que se afasta da dorsal as rochas são mais antigas. CTG - Dept. de Geologia Descobrimento das anomalias geomagnéticas ; CTG - Dept. de Geologia Final dos anos 1950 - Estudos geofísicos das rochas do oceano Pacífico apresentam desvios de valores magnéticos (padrão bandado); 1963 - Vine & Mathews sugerem que as bandas magnéticas são o registro do campo magnético terrestre à época da extrusão das lavas geradas sucessivamente (Magnetização remanescente); Harry Hess (1962) em Princeton - reúne as evidências de rochas bandadas com inversões magnéticas, bem como o aumento da idade das rochas a partir da dorsal e propõe a expansão do assoalho oceânico; O material fluido que emerge no centro da dorsal empurra as rochas mais antigas, lateralmente, logo, este material se resfria dando origem a nova crosta; CTG - Dept. de Geologia Calor gerado no centro da Terra promove transporte de massa por aquecimento, que se torna menos denso e sobe; Em seguida, parte do material se resfria movimentando-se lateralmente sendo reincorporado para zonas mais profundas dando início a um novo ciclo – célula de convecção; CTG - Dept. de Geologia Esquema de circulação mantélica e expansão do assoalho oceânico proposto por Harry Hess. CTG - Dept. de Geologia Explicação de Harry Hess permitiu, enfim, identificar os mecanismos de deriva continental e expansão do assoalho por correntes de convecção – a fenda não aumenta, material novo é adicionado; Também explica a formação dos oceanos; Termo “deriva continental” torna-se incorreto. Surge então o conceito de placas tectônicas; CTG - Dept. de Geologia Placas tectônicas Camadas concêntricas com composição e propriedades físico- químicas inerentes; CTG - Dept. de Geologia Litosfera – camada rígida mais externa constituída da crosta (continental e oceânica) e parte superior do manto; Crosta continental (Si + Al = granitos) < densa; Crostaoceânica (Si + Mg = basaltos) > densa; Placas tectônicas - compartimentos litosféricos limitadas por falhas e fraturas profundas; CTG - Dept. de Geologia Astenosfera – zona do manto superior com profundidades entre 100 – 350 km; Zona de baixa velocidade (ondas P e S < Vel.) – região superior da astenosfera possui propriedade plástica > litosfera – rochas em estado de fusão parcial, alta T; CTG - Dept. de Geologia Placas rígidas (litosfera) deslizam sobre astenosfera plástica; Tectônica Global; CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia http://www.scotese.com/future.htm CTG - Dept. de Geologia http://www.scotese.com/future2.htm “Pangea Ultima” Ambientes tectônicos Ambientes tectônicos = associados aos limites das placas, onde ocorre intensa atividade geológica; Tipos de Limites: Divergentes: afastamento de placas - dorsais oceânicas; Convergentes: colisão de placas - zonas de subducção, fossas oceânicas e cadeias de montanhas; depende da densidade das placas; Conservativos ou Transformantes: colisão oblíqua com movimento relativo entre si ao longo de falhas; CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Limites divergentes entre placas (extensionais): CTG - Dept. de Geologia OCEANO ATLÂNTICO RIFTE DO LESTE AFRICANO Limites convergentes (compressionais): CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Cordilheira dos Andes CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Limite Transformante CTG - Dept. de Geologia Sentido dos movimentos das placas tectônicas; CTG - Dept. de Geologia Formação e fragmentação de massas continentais durante a evolução da Terra Ciclo de Wilson: Formação de crosta – Margens passivas (fragmentação de continentes (hot spots) – limite divergente; magma basáltico, formação de crosta, expansão do assoalho); Destruição e reciclagem de crosta – Margens ativas (crosta mais densa mergulha sob a menos densa – subducção, limites convergentes, incorporação da crosta no manto – fusão); CTG - Dept. de Geologia Ciclo de Wilson. Processos de formação e reciclagem das placas tectônicas. CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Hot Spots Possuem origem em profundidades diversas do manto (plumas mantélicas – anomalias térmicas); O fluxo de material através do manto, em ascensão por convecção, é muito lento, da ordem de centímetros por ano acredita-se que as temperaturas no núcleo externo podem chegar a cerca de 6.000 °c CTG - Dept. de Geologia Modelo de convecção do manto Relativamente estacionárias, deixando marcas de atividades magmáticas na superfície terrestre (placas se movimentam sobre o hot spot); Nos oceanos formam vulcões alinhados (ilhas vulcânicas), cordilheiras submarinas; CTG - Dept. de Geologia a) Formação de ilhas vulcânicas por hot spots; b) e c) arquipélagos de ilhas formando-se pelo movimento das placas sobre hot spot estacionário; d) idades das ilhas (mais distantes do vulcão recente, mais antigo).CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Quando ocorre sob placas continentais pode gerar cadeias de vulcões ou causar fragmento da crosta (rompimento em fraturas com 120º - junção tríplice ou ponto tríplice); CTG - Dept. de Geologia Locais com diferentes fases do Ciclo de Wilson; CTG - Dept. de Geologia Placas tectônicas: terremotos e vulcanismo Terremotos ou abalos sísmicos – tremores de terra oriundos da acumulação e liberação de energia gerada pela ruptura de rochas (movimentos das placas); Ambiente: limites convergentes e conservativos; Intensidade: é classificada pelos efeitos que as ondas sísmicas provocam em determinado lugar (escala Richter); Distribuição dos tremores: ocorrem nos limites das placas e intraplacas; CTG - Dept. de Geologia Distribuição das atividades sísmicas pela análise de redes sismológicas ao redor do mundo. Coincidem com os limites litosféricos. CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Foco dos abalos Tsunamis CTG - Dept. de Geologia Grandes terremotos marinhos que ocasionalmente resultam em ondas marinhas massivas (ondas sísmicas marinhas). CTG - Dept. de Geologia Tsunamis também podem se formar por deslizamentos de blocos e explosões submarinas; CTG - Dept. de Geologia Simulação de Tsunami no Atlântico CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Vulcanismo – conjunto de processos ígneos associados ao derramamento do magma na superfície terrestre; Magma = possui densidade < que rochas ao redor, ascende por rupturas na crosta podendo dar origem a erupção vulcânica (derrame de lavas); Vulcões: origem nos limites das placas (80% convergentes, 15% divergentes e 5% intraplaca – hot spots); CTG - Dept. de Geologia Distribuição global dos vulcões. Nota-se que os vulcões ativos encontram-se em sua maioria nos limites convergentes. CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Forças que movem as placas Harry Hess explicou o mecanismo principal que move as placas; Atualmente, alguns cientistas afirmam que as correntes de convecção do manto, não são suficientes de movimentar as placas; Conjunto de fatores produziria o movimento: Processo de subducção dá início a uma ação conjunta – placas empurradas pela formação de novas cadeias; Esfriamento e afastamento da meso-oceânica torna porção mais distal da placa mais densa causando mergulho para o interior do manto; Placa se torna espessa à medida em que se afasta da meso- oceânica; Peso e inclinação induz ao movimento; CTG - Dept. de Geologia Exemplos das possíveis causas da movimentação das placas tectônicas. a) Criação de crosta (empurra); c) Placa espessa = mais pesada, limite com a astenosfera torna-se inclinado; b) Litosfera mergulha para o interior do manto por ter maior densidade. CTG - Dept. de Geologia Recapitulando Como se formam as placas? Como os continentes se movem? CTG - Dept. de Geologia Próxima aula Aula 05 Minerais e suas propriedades CTG - Dept. de Geologia
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