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E-BOOK
Traumatologia
Veterinária 
Traumatologia
Veterinária 
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Impressão do Ebook
Introdução 
De acordo com o Instituto Brasileiro de
Veterinária – IBV:
As doenças do sistema locomotor em cães
compreendem 15% a 35% dos atendimentos em
clínicas veterinárias. 
Pets: agitados e curiosos
estão sujeitos a sofrer quedas. 
envolvimento em brigas, atropelamento ou
sofrer fraturas em função da idade avançada.
Conceitos 
Ortopedia veterinária: especialidade que estuda,
diagnostica e trata casos de traumatismos (luxações e
fraturas) e patologias relacionadas aos ossos,
músculos, articulações e ligamentos dos animais.
Objetivo: oferecer melhor tratamento aos animais e
proporcionar a eles alívio de dores e mais qualidade
de vida.
Traumatismo: uma lesão ou ferida mais ou menos
extensa, produzida por ação violenta, de natureza
física ou química, externa ao organismo. Refere-se às
consequências locais e gerais do trauma para a
estrutura e o funcionamento do organismo.
Anatomia 
Estudo das formas e estruturas que compõem o corpo
das principais espécies domésticas
Anatomia sistêmica: sistemas, estruturas e órgãos que
desempenham uma função comum. Ex: sistema
respiratório, nervoso, digestório, genitourinário,
circulatório, tegumentar (tecidos), locomotor
(esquelético, articular e muscular), endócrino,
imunológico. 
 
Anatomia topográfica: descreve a posição relativa e a
interação funcional de órgãos e estruturas de várias
regiões do corpo. 
Anatomia topográfica 
Corpo é dividido em:
Cabeça
Pescoço
Tronco
Cauda
Membros
Anatomia – Esqueleto Axial
Composição:
Esqueleto da cabeça:
Crânio
Parte neural
Parte facial
Mandíbula
Aparelho hióide
Ossículos da audição
Coluna vertebral
Esqueleto torácico
Pelve – ílio, ísquio, pubis e acetábulo
Fêmur
Patela
Tíbia e fíbula
Ossos do pé – ossos tarsais (tálus e calcâneo),
metatarsais e dígitos
Anatomia – Esqueleto Apendicular
Membros torácicos ou anteriores:
Escápula
Úmero
Rádio e ulna 
Ossos da mão – ossos carpais, metacarpais e
dígitos
Membros pélvicos ou posteriores:
Anatomia – Sistema locomotor 
Função prioritária: trabalho mecânico, formação
e conservação de corpos individuais (partes do
organismo), para a movimentação de segmentos
do corpo ou de todo o organismo
Esqueleto: ossos, cartilagens, ligamentos,
articulações – parte passiva do aparelho
locomotor
Músculos: parte ativa do aparelho locomotor
Juntas: unidade funcional que se integra os
demais sistemas
Anatomia – Sistema esquelético
Osteologia: 
Composição dos ossos:
Tecido ósseo: revestido interna e externamente
por
Endósteo e periósteo,
Medula óssea,
Vasos sanguíneos e nervos
Forma de tecidos ósseos:
Ossos tubulares ou longos – úmero, tíbia, fêmur 
Ossos curtos (cilíndricos, cubóides e
arredondados) - vértebras
Ossos planos - escápula, ílio e costelas
Ossos pneumáticos – alguns ossos do crânio
Ossos irregulares – esfenóide (na cunha do
crânio), sesamóides
Artrologia: estudo das articulações
Articulação: da mobilidade entre dois ou mais ossos/
duas ou mais estruturas cartilaginosas 
Articulação sinovial: caracterizada por fenda de
articulação e uma cavidade de articulação, preenchida
com fluido articular (líquido sinovial)
Cápsula articular (camada fibrosa e camada
interna)
Cavidade articular (membrana sinovial, líquido
sinovial)
Cartilagem articular 
Anatomia – Sistema esquelético
Tipos de articulação:
Quantidade de ossos que compõem a articulação:
Articulação simples – envolvem 2 ossos 
Articulações compostas – envolvem mais de 2
ossos (ex. articulação do punho)
Tipo de movimento
Uniaxiais: Em dobradiça ou gínglimo (cotovelo e
tibiotarsiana) e trocóide ou pivô (atlantoaxial,
entre a 1ª e 2ª vértebras)
Biaxiais
Multiaxiais: esferóide (ombro e coxofemoral)
Rígidas (anfiartrosis): sacroilíaca
Fornecem energia para movimentar a estrutura
esquelética
As extremidades dos músculos sempre se inserem
em ossos ou cartilagens 
Atuam como alavancas que geram o movimento -
tendão
Anatomia – sistema muscular
Musculatura esquelética: parte ativa do sistema
locomotor
Muito vascularizados e inervados
Nervos cerebroespinhais (sensoriais e motores) e
nervos autônomos vegetativos (simpático e
parassimpático)
Instituto Brasileiro de Veterinária -
https://ibvet.com.br/ 
Konig, H.E, Liebich, H.G. Anatomia dos animais
domésticos. Artmed, 4ª edição, 2012
Secad. Programa de atualização em medicina
veterinária, Ciclo 7, vol. 3, Cap. 1
Bibliografia
Traumatologia
Traumatismo: uma lesão ou ferida mais ou menos
extensa, produzida por ação violenta, de natureza
física ou química, externa ao organismo. Refere-
se às consequências locais e gerais do trauma
para a estrutura e o funcionamento do
organismo.
Fraturas 
Luxações
Displasias 
Conceitos 
Fratura: é uma rachadura ou quebra de um osso.
A maioria das fraturas resulta de uma força
aplicada ao osso, por lesões ou esforço excessivo. 
Biomecânica:
Forças incidentes:
Trabalho muscular
Ação da gravidade da Terra de acordo com a massa eu
gera o peso
Reação e atrito de outros objetos, como o chão ou
traumas incidentes.
As forças internas atuantes nos ossos geram
tração, compressão e cisalhamento no eixo axial.
A combinação dessas forças pode gerar cargas de
encurvamento/de flexão e torção.
ipos de fraturas:
Completa ou incompleta
Fechada ou exposta 
Transversa (A): forças de flexão laterais ao longo
de uma cortical óssea, e forças compressivas no
lado oposto
Oblíquas (B): combinação de forças carregadas
axialmente, força de cisalhamento
Com fragmento em borboleta (C): osso quebra em
mais de duas partes e as linhas de fratura se
comunicam. Podem ser reconstruídos se os
fragmentos estiverem íntegros. Causados pela
combinação de forças de compressão axial e de
flexão lateral
Tipos de fratura:
Tipos de fraturas
Espiral (D): durante a carregamento sob torção e
sujeitas a cisalhamento e arqueamento 
Múltipla ou cominutiva (E): combinação de forças
desproporcionais aplicadas de forma rápida e
violenta. Acompanhadas de danos graves aos tecidos
moles e dificilmente será reconstruída perfeitamente 
Luxação: perda da congruência articular entre
dois ossos. Em outras palavras, a articulação
perde sua anatomia habitual porque um dos ossos
se desarticula do outro movendo-se em outra
direção. “deslocou” ou “saiu do lugar”.
Displasia: caracterizado por uma incongruência,
grupo de doenças genéticas, que acomete o osso e
a cartilagem durante o desenvolvimento.
Provocam alterações na forma, tamanho e
constituição dos ossos e cartilagens.
Quando o animal chega na clínica
Realização de avaliação do estado geral do animal!
ABCDE do Trauma 
Fraturas e luxações: Letra E
Principais sinais de problemas
ortopédicos
Dificuldade para se locomover (normalmente têm
por traz alguma lesão)Perda de apetite
Dor ao se mover
Relutância para levantar ou deitar
Dificuldade para urinar e/ou defecar
Evitar apoiar ou usar um membro específico ao se
mexer
Morder ou lamber excessivamente alguma parte
do corpo
Não se mexer ou passar muito tempo em uma
mesma posição
Avaliação ortopédica inicial 
Ortopedia em pequenos animais: 
Realização de exames e técnicas.
Identificar a lesão e o grau em que se encontra.
Optar pelo método mais adequado para
estabilizar os ossos fraturados ou reposicionar
articulações que sofreram alguma lesão.
O primeiro passo para realização da avaliação:
Histórico e Anamnese
Avaliação de capacidade de sustentação (cabeça
caída, dorso arqueado, membros abduzidos)
Avaliar os sinais clínicos de claudicação, passo lento,
trote comprometido, dor
O animal fica livre para se locomover de um lado para
o outro
Verificar possíveis atrofias musculares ou
desenvolvimento anormal dos músculos
Identificar qual membro foi afetado
Realizar a palpação no membro afetado
Realização de exames específicos
Membros
torácicos
Membros
pélvicos
Avaliação e testes ortopédicos 
Membros torácicos
Unha 
Dígitos 
Punho (carpo e metacarpo)
Rádio e ulna 
Úmero 
Escápula
Membros pélvicos 
Unha 
Dígitos 
Tornozelo (carpo, calcâneo e metacarpo)
Tíbia e Fíbula 
Fêmur
Pelve (ílio, ísquio e púbis) 
Avaliação e testes ortopédicos
Articulações:
Movimentos isolados,
completo espectro de movimentos: estendidas e
flexionadas, abduzidas e aduzidas
Teste do ombro, 
Teste coxofemoral 
Teste joelho instável
Detectar possível crepitação, dor ou
anormalidades na amplitude do movimento.
Avaliação e testes ortopédicos
Músculos e tendões:
Devem ser palpados
Verificar qualquer anormalidade. 
Exames complementares 
Radiografia:
Pelo menos 2 projeções 
Membros tensionados e relaxados 
Enfermidades ósseas
Tipos de fraturas
Processo de cicatrização
Ultrassonografia:
Tendões
Meniscos
Ligamentos
Musculatura adjacente
Tomografia computadorizada 
Ressonância magnética 
Bibliografia 
Instituto Brasileiro de Veterinária -
https://ibvet.com.br/ 
Konig, H.E, Liebich, H.G. Anatomia dos animais
domésticos. Artmed, 4ª edição, 2012
Secad. Programa de atualização em medicina
veterinária, Ciclo 7, vol. 3, Cap. 1
Anatomia dos Membros Torácicos 
Avaliação e testes ortopédicos
Unhas:
possíveis quebras e até soltura completa
Coxins e face palmar:
lacerações e a presença de corpos estranhos
perfurantes. 
Anatomia dos Membros Torácicos 
Avaliação e testes ortopédicos –
membros torácicos
Falanges e as articulações falangeanas:
tendões flexores e extensores precisam estar
contraindo e relaxando adequadamente. 
Ossos da região do carpo:
luxações e fraturas
quando submetidos a caminhada e a uma leve
manipulação, demonstram o não apoio do
membro e dor
Avaliação e testes ortopédicos -
Membros torácicos 
Anatomia dos Membros Torácicos 
Anatomia rádio e ulna:
Avaliação e testes- Membros torácicos 
Fraturas em rádio e ulna:
comuns entre os traumas do esqueleto
animais provenientes de traumas e
principalmente de quedas.
Avaliação e testes- Membros torácicos 
Cotovelo: 
articulação complexa e pode ser acometida por
mais de uma doença concomitante
Edema articular:
É resultado de um processo inflamatório e
normalmente é encontrado na face lateral e
medial da articulação (próximo aos epicôndilos),
seguindo caudalmente ao olecrano
A articulação deve ser flexionada e estendida em
sua totalidade
Edema articular com aumento de volume e a
diminuição da amplitude do movimento
provocando dor
Durante a extensão se houver sinais de
crepitação ou ranger: pode haver fraturas /
fissuras ou luxações
Anatomia dos Membros Torácicos 
Anatomia do Cotovelo úmero-radio-ulnar
Displasia do cotovelo 
Má-formação dos componentes articulares, seja
por incongruência ou por fragmentações ósseas. 
Fragmentação do processo coronóide medial da
ulna, que pode ser palpado pela face medial da
articulação
Ao realizar a hiperextensão do cotovelo, a dor é
aparente
Úmero 
Deve ser palpado em toda sua extensão
Possíveis fissuras, fraturas ou lesões musculares
podem ser identificadas
Ombro:
Flexão e extensão completa da articulação em
vários sentidos e se possível, estabilizando a
escápula. 
Deve segurar a extremidade do membro e
direcioná-lo cranialmente e caudalmente. 
Diminuição do movimento quando tem lesão
muscular. 
Edema e efusão articular: de difícil identificação,
pois a musculatura que recobre esta articulação
é muito espessa
Luxações do ombro 
Pode ser diagnosticada pelo exame clínico
Deve segurar a região do úmero proximal com
uma das mãos e a outra mão estabilizar a
escápula, 
Fazer um deslocamento lateral ou medial da
cabeça do úmero
Osteocondrite dissecante da cabeça umeral – OCD:
Distúrbio de ossificação endocondral
Resulta em atraso na ossificação e espessamento
da cartilagem, 
Inflamação: quando há um destacamento de flaps
de material cartilaginoso da articulação dos ossos
dos animais
Pode ser identificada durante a movimentação
caudal do membro e palpação digital à cabeça
umeral
A escápula deve ser manipulada em todos os
sentidos para verificar subluxações, luxações
completas, lesões nervosas e neoplasias
Imobilizações ortopédicas
Objetivos:
Gerar conforto
estabilidade temporária rigidez no local da
fratura (permitindo a função)
Evitar agravamento de lesões como feridas
cutâneas e consequente fratura aberta
Minimizar a dor relacionada à instabilidade no
local da fratura
Contemplar articulações proximal e distal ao
local da lesão
Utilizar material que proporcione rigidez e o
acolchoamento adequado
Tipos de bandagem – Membros
torácicos 
Bandagem rígida com calha
Algodão ortopédico
Atadura de crepom
Fita adesiva – esparadrapo
Fita adesiva hipoalergênica
Fita adesiva Vetrap
Tala Metálica
Material utilizado:
Fraturas e luxações do carpo
Fraturas e luxações do tarso e dedos
Fraturas dos metacarpos e dedos
Fraturas do Rádio-Ulna
Indicações:
Muleta de Thomas
Algodão ortopédico
Atadura de Crepom
Aparelho de Thomas
Fita adesiva – esparadrapo
Material utilizado:
Fraturas do cotovelo e Rádio-Ulna
Fraturas da tíbia e do joelho
Indicações:
Bandagem em Spica
Algodão ortopédico
Atadura de Crepom
Fita elástica – Vetrap
Fita adesiva – esparadrapo
Fita adesiva hipoalergênica
Gesso sintético
Malha tubular
Material utilizado:
Fraturas acima do cotovelo e joelho
Luxação do ombro e quadril
Indicações:
Bandagem de Velpeau
Atadura de Crepom
Fita adesiva – esparadrapo
Fita adesiva hipoalergênica
Fita elástica – Vetrap
Material utilizado:
Fratura da escápula
Luxação do ombro
Indicações:
Bibliografia 
Konig, H.E, Liebich, H.G. Anatomia dos animais
domésticos. Artmed, 4ª edição, 2012
Secad. Programa de atualização em medicina
veterinária, Ciclo 7, vol. 3, Cap. 1
Boletim Pet. Atendimento ao paciente
ortopédico. Volume 1, 2019
Anatomia dos Membros Pélvicos 
Unhas, 
Falanges
Metatarsos 
examinados quanto a luxações, fraturas e corpos
estranhos perfurantes.
Articulação do Tornozelo (tibiotársica)
Avaliação e testes- Membros Pélvicos
Articulação do tornozelo (tibiotársica): 
deve ser fletida e estendida
Em extensão, avaliação da integridade e
funcionalidade do tendão de Aquiles (músculo
gastrocnêmio)
Fonte: Boletim Pet - Atendimento ao Paciente
ortopédico. Volume 1, 2019
Anatomia dos Membros Pélvicos
Fonte: Konig, H.E. - Anatomia dos animais
domésticos, 4ªEdição
Tíbia:
Palpação em toda sua extensão até o joelho. 
Possui pouca cobertura muscular - o osso
fraturado perfura a pele e torna-se contaminado
(fratura exposta)
Animais jovens que sofreram trauma podem
apresentar avulsão da crista tibial
Anatomia joelho
Luxação de patela
Origem:
congênita, sendo a luxação de patela medial
congênita a mais frequentemente observada
ou traumática 
Sinais clínicos:
Histórico, lacerações, abrasões, fraturas -
diagnóstico da luxação patelar traumática.
variam com o grau de luxação
claudicação intermitente ou consistente,
defeitos conformacionais, dor erelutância em se
mover, não apoiar o membro no chão
A intensidade das deformidades depende da
severidade da luxação patelar e da idade do
animal. 
Luxação de patela:
Segurar com uma das mãos na extremidade do
membro (próximo ao tornozelo) e com a outra
abraçar o fêmur distalmente, fazendo flexão e
extensão da articulação do joelho. 
Notar se há algum sinal de crepitação - artrose já
instalada. 
Fazer uma rotação interna e externa da
extremidade do membro 
Fazer leve compressão da patela medialmente e
lateralmente
observar se há algum grau de luxação 
Luxação de patela e integridade dos ligamentos
colaterais:
Joelho estendido e forçando a articulação para
abrir em ambas as faces medial e lateral. 
Com uma das mãos, abraçar o fêmur distal,
segurando pelos côndilos femorais e com a outra
mão segura a tíbia proximal. 
O fêmur fica estabilizado e a tíbia deve fazer
adução e abdução
Caso haja elasticidade fora do normal, os
ligamentos podem estar acometidos
Diagnóstico:
Palpação do joelho afetado
Exame radiográfico - grau de deformidade e o
grau de osteoartrite presente na articulação do
joelho.
Tratamento:
Dependente do grau da luxação
Maioria realizado por meio de procedimentos
cirúrgicos de reconstrução dos tecidos moles e
ósseos. 
Objetivo é conseguir que a patela se posicione
adequadamente no sulco troclear e permaneça
durante toda a amplitude do movimento
Ruptura do Ligamento cruzado:
Uma das principais causas de doença
degenerativa da articulação do joelho
Associada a um estresse excessivo sobre a
articulação, 
Maioria das vezes em cães jovens de raças de
grande porte.
Ligamentos: estruturas de estabilidade da
articulação do joelho
Ligamento cruzado cranial é o mais acometido: 
Relacionado ao movimento articular, 
Impedindo o deslocamento cranial da tíbia em
relação ao fêmur, 
limitando a rotação interna e consequentemente
a hiperextensão do joelho
Ruptura do Ligamento cruzado
ruptura completa, com visível instabilidade
ruptura parcial, com instabilidade secundária
ambas exibem alterações articulares
degenerativas dentro de poucas semanas
O mecanismo de ruptura do ligamento cruzado
cranial:
rotação súbita do joelho com a articulação em
20° a 50° de flexão, 
os ligamentos torcem sobre si mesmos ou um
sobre o outro para limitar a rotação interna da
tíbia em relação ao fêmur.
Ruptura do Ligamento cruzado:
teste principal o “teste de gaveta” 
Com o animal em decúbito lateral, colocar uma de
suas mãos abraçando a extremidade distal do fêmur,
com o dedo indicador sobre a patela e o dedo polegar
caudalmente ao fêmur, em cima da fabela lateral. 
Com a outra mão, o dedo indicador deve ser
posicionado na crista tibial e o dedo polegar na fíbula. 
Para realizar o movimento, a mão que está segurando
o fêmur permanece parada e o que move-se em
sentido cranial é a mão que segura a tíbia. 
Quando este movimento acontece, significa que o
ligamento cruzado cranial não está conseguindo
conter o movimento de anteroposição da tíbia com
relação aos côndilos femorais - “gaveta positivo”
Ruptura do Ligamento cruzado:
 “teste de gaveta” 
Fonte: Boletim Pet - Atendimento ao Paciente
ortopédico. Volume 1, 2019
Ruptura do Ligamento cruzado:
Teste de compressão tibial 
simula exatamente o movimento que o paciente
faz para caminhar.
quando o ligamento cruzado cranial está
rompido, o paciente não consegue colocar o peso
na passada. 
Segurar com uma das mãos a extremidade distal
do fêmur, posicionando o dedo indicador na
crista tibial 
Com a outra mão fazer compressão nos dedos,
direcionando-os no sentido da patela
Ruptura do Ligamento cruzado:
Teste de compressão tibial 
Fonte: Boletim Pet - Atendimento ao Paciente
ortopédico. Volume 1, 2019
Ruptura do Ligamento cruzado:
O exame radiográfico revela o grau de
comprometimento articular. Cães com ruptura
crónica do ligamento cruzado cranial
desenvolvem um espessamento medial da
cápsula articular.
A cirurgia é requerida para estabilizar as
superfícies articulares, minimizando as
alterações degenerativas progressivas 
Anatomia Fêmur
Fêmur:
Deve ser palpado em toda sua extensão 
Possíveis fissuras ou lesões musculares podem
ser identificadas.
Articulação coxofemoral:
Leve palpação feita por um movimento de
rotação do membro, flexão, extensão, adução e
abdução da coxa - Gerar dor e qualquer limitação
da amplitude do movimento 
Pode ser um indicador de doença articular
degenerativa ou contratura muscular. 
Sobrepor a articulação com uma das mãos para
sentir algum grau de mobilidade ou até
crepitações anormais. 
Fêmur e articulação coxofemural:
A: Palpação de toda extensão do grupamento
muscular do quadríceps. 
B: Durante o exame do quadril, o examinador
posiciona uma das mãos no fêmur distal e a
outra mão identifica o trocânter maior do fêmur.
Este posicionamento garante um bom
movimento de rotação da articulação e permite
sentir algum tipo de alteração. 
Hiperextensão do membro pélvico posterior
esquerdo a fim de avaliar dor. 
D: Imagem do mesmo membro retornando para
posição inicial e sendo direcionado
cranialmente para uma flexão
Displasia coxofemoral (DCF): 
Alteração do desenvolvimento que afeta a cabeça
e colo femoral, e o acetábulo. 
Hereditária, recessiva, intermitente e poligênica. 
Fatores nutricionais, biomecânicos e de meio
ambiente, associados à hereditariedade
mais comum nas de grande porte
As articulações coxofemorais de cães que
eventualmente desenvolvem displasia são
estrutural e funcionalmente normais ao
nascimento. 
Displasia coxofemoral (DCF): 
Displasia coxofemoral (DCF): 
Sinais clínicos: claudicação uni ou bilateral,
dorso arqueado, peso corporal deslocado em
direção aos membros anteriores, com rotação
lateral desses membros e andar bamboleante.
Diagnóstico radiográfico: entre seis e nove
meses de idade. Cerca de 80% dos cães
displásicos mostram evidências radiológicas aos
doze meses e, em alguns casos, só são
identificadas aos dois anos.
cuidado: animais jovens, especialmente antes do
fechamento das placas epifisárias
Luxação coxofemoral traumática: 
sentido crânio dorsal e completa: ocorre a ruptura
dos ligamentos e da cápsula articular. 
encurtamento do membro afetado com consequente
aumento de volume do lado acometido devido a
sobreposição do trocânter maior do fêmur. 
alteração visível: nestes casos o membro não
consegue apoiar com carga, e o joelho apresenta-se
rotacionado externamente e normalmente com
aspecto de “solto”
Luxação coxofemoral traumática 
A. Posicionamento do membro posterior de um cão
com luxação coxofemoral esquerda. Note que o
membro está pendular e com aspecto de solto. 
Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur (NACF):
degeneração espontânea da cabeça e do colo femorais,
resultando no colapso da articulação coxofemoral e
MAD (moléstia articular degenerativa / osteoartrite).
A causa é desconhecida: uma lesão vascular não
identificada com pontos de infarto nos vasos da parte
superior do fêmur e causando um processo de falta de
suprimento sanguíneo nesse local. Ocorre necrose do
osso na parte que se localiza abaixo da cartilagem o
que leva ao colapso e deformação da cabeça femoral
principalmente durante a pisada.
B. Quadril canino demonstrando as diferenças de
uma articulação coxofemoral luxada e normal. Nota-
se que a cabeça do fêmur esta deslocada e luxada
dorsalmente, causando alteração anatômica e fácil
identificação.
Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur (NACF):
Radiografia: podem revelar uma diminuição da
densidade óssea da porção superior do fêmur, e
ou alargamento do colo (“pescoço”) femoral com
ou sem achatamento e deformidade da cabeça
femoral, osteoartrite do local
Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur (NACF):
As raças toy, miniatura e pequena de cães,
principalmente Terriers, Pinschers, Poodles,
Pugs, Malteses e Yorkshires
Hereditário 
Geralmente de 5 a 8 meses de idade
Uni ou Bilateral 
Manipulação do quadril, podendo apresentar
atrofia da musculatura da coxa. 
Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur (NACF):
Tratamento de eleição: a ressecção (remoção por
osteotomiaou corte do osso) da cabeça e do colo
femorais, com fisioterapia especializada
imediatamente após o ato cirúrgico (24-36 horas)
visando o apoio precoce do membro operado.
Imobilizações ortopédicas
Fonte: Boletim Pet - Atendimento ao Paciente ortopédico. Volume 1, 2019
Tipos de bandagem – Membros pélvico 
Bandagem de Robert Jones
Algodão ortopédico
Atadura de Crepom
Fita elástica – Vetrap
Fita adesiva – esparadrapo
Fita adesiva hipoalergênica
Haste rígida
Malha tubular
Material utilizado:
Indicações:
Lesões da extremidade do membro até a região
diafisária do úmero e fêmur
Fraturas diafisárias de úmero e fêmur
Bandagem de Ehmer
Atadura de Crepom
Fita adesiva – esparadrapo
Fita adesiva hipoalergênica
Fita elástica – Vetrap
Material utilizado:
Fratura acetabular
Fratura da cabeça do fêmur
Luxação coxofemoral
Indicações:
Fonte: Boletim Pet - Atendimento ao Paciente ortopédico. Volume 1, 2019
Coluna do cão é dividida:
7 vértebras cervicais, 13 torácicas, 7 lombares, 3
sacrais e 20 caudais. 
A medula espinhal é dividida em segmentos:
8 nervos espinhais cervicais, 13 torácicos, 7
lombares, 3 sacrais e 4-7 caudais
Bibliografia 
Konig, H.E, Liebich, H.G. Anatomia dos animais
domésticos. Artmed, 4ª edição, 2012
Secad. Programa de atualização em medicina
veterinária, Ciclo 7, vol. 3, Cap. 1
Boletim Pet. Atendimento ao paciente
ortopédico. Volume 1, 2019
Anatomia da coluna vertebral
Quando o animal chega na clínica 
ABCDE do trauma
Estabilizar o paciente 
D – Nível de consciência 
Testes neurológicos 
Testes neurológicos
I – Olfatório
II – Óptico
III – Oculomotor
IV – Troclear
V – Trigêmeo
VI – Abducente
VII – Facial
VIII – Vestibulococlear
IX – Glossofaríngeo
X – Vago
XI – Acessório
XII – Hipoglosso
Pares de nervos cranianos:
Testes:
Resposta a ameaça: II e VII 
Reflexo pupilar a luz: III 
Reflexo palpebral e sensibilidade facial: V (ramos
oftálmico, maxilar e mandibular) e VII
Estrabismo patológico e posicional: III, IV e VI e
VIII 
Nistagmo: III, IV, VI e VIII
Reflexo de deglutição e/ou o reflexo de ânsia: IX e
X
Tônus de língua: XII
Anatomia Neurônios Motores
Superiores e Inferiores
NMS: 
ação inibitória sobre a atividade motora intrínseca
de cada segmento medular
lesão em NMS - “Síndrome do NMS”, caracterizada
entre outros por hiperreflexia 
NMI 
compõe o neurônio efetor do arco reflexo
Lesão em NMI – sem reflexo
Trato motor ascendente - segmento medular
lombar L1-L7
inibem os neurônios motores extensores dos
membros torácicos
lesões: sinal de Schiff-Sherrington
(hiperextensão de membros torácicos e flacidez
de membros pélvicos)
Pinçamento de membranas interdigitais: 
integridade do segmento espinhal C6-T2 e das
raízes nervosas associadas, além dos nervos que
compõem o plexo braquial (axilar,
musculocutâneo, mediano, ulnar e radial).
Reflexo de retirada do membro demonstra
apenas um arco-reflexo, e não presença ou
ausência de nocicepção
Pinçamento de membranas interdigitais
Reflexo de retirada do membro:
Avalia a integridade do segmento espinhal L4-S1
e de raízes nervosas associadas, além dos nervos
ciático e femoral
Reflexo patelar:
avalia a integridade dos segmentos espinhais L4-
L6 e do nervo femoral. 
Para avaliá-lo, o membro testado deve ser
mantido relaxado, em flexão parcial, de forma que
se possa desferir um golpe suave no tendão
patelar com um martelo de Taylor
Reflexo do membro que se encontra em
decúbito:
A resposta esperada consiste em extensão do
membro devido à contração reflexa do músculo
quadríceps femoral. 
Respostas diminuídas ou ausentes geralmente
indicam lesão no segmento espinhal L4-L6 ou no
nervo femoral.
Cuidado: animais idosos, com hipotrofia e
contratura grave do quadríceps femoral, ou
pacientes com artropatias nessa articulação
podem apresentar esse reflexo diminuído,
mesmo que não haja lesão no segmento espinhal
e nos nervos.
Reflexos aumentados:
lesão cranial a L4 - pode resultar em aumento do
tônus extensor
alguns casos específicos - lesão restrita no
segmento L6-S1 e diminuição do tônus da
musculatura, que contrapõe a extensão do
joelho, ocasionando a chamada pseudo-
hiperreflexia patelar. 
A avaliação do nervo femoral também envolve a
presença de tônus extensor, que possibilita a
sustentação do peso do animal. Animais com
lesão nesse nervo femoral podem ter dificuldade
de suportar seu peso no membro acometido. 
Reflexo de períneo:
testa a integridade do nervo pudendo, dos
segmentos espinhais S1-S3 e da cauda equina
estimulação do períneo com uma pinça
hemostática resulta em contração do esfíncter
anal e flexão da cauda
Testes neurológicos – Avaliação
sensorial
Reflexo cutâneo do tronco (teste do panículo):
Observado após pinçamento da pele dorsal do
tronco bilateralmente ao processo espinhoso
entre as vértebras T2-L5. 
Espera-se contração do músculo cutâneo do
tronco bilateralmente. 
Nas lesões espinhais: redução ou ausência de
reflexo é indicativo de que a lesão se encontra
duas vértebras cranialmente ao ponto testado.
Informações sensitivas ascendem da medula
espinhal e realizam sinapses bilateralmente com
os segmentos espinhais C8-T1, que dão origem
ao nervo torácico lateral, responsável por
inervar o músculo cutâneo do tronco.
O teste é iniciado na altura das asas do íleo e, se
já estiver íntegro, indica que em todas as outras
regiões craniais também estarão, não sendo
necessária a continuação do exame.
O reflexo cutâneo do tronco estará diminuído ou
ausente em lesões que acometam qualquer uma
dessas estruturas: terminações nervosas
sensitivas, raiz nervosa dorsal, medula espinhal,
nervo torácico lateral
Avaliação da percepção consciente de dor:
Envolve a participação dos nervos periféricos, da
medula espinhal, do tronco encefálico e do
córtex prosencefálico. 
Avaliação de dor superficial
Pinçar as membranas interdigitais dos membros
torácicos e pélvicos 
Se a dor superficial estiver diminuída, realiza-se
avaliação da dor profunda. 
Avaliação de dor profunda 
Lesão grave bilateral da medula espinhal - estará
diminuída ou ausente 
Aplicar pressão nas falanges distais com pinça
hemostática
Reação consciente do animal, e não apenas a
retirada do membro (arco-reflexo): mudança
comportamental, como virar a cabeça, vocalizar
ou tentar morder.
Palpação da coluna
Detecta áreas dolorosas (hiperestesia) ou com
restrição de movimento na região da coluna
vertebral ou plexos. 
Última etapa do exame neurológico 
Aplicar pressão crescente (intensidade discreta,
moderada e intensa), lateralmente aos processos
espinhosos em uma sequência craniocaudal ou
caudocranial
A coluna cervical deve ser manipulada
suavemente, com movimentações laterais,
ventral e dorsal. 
hiperestesia na coluna cervical: pressão nos
corpos vertebrais cervicais enquanto efetiva-se o
suporte do pescoço dorsal com a outra mão
Afecções– Coluna vertebral
Fraturas e luxações vertebrais (FLV):
Causas: lesões traumáticas ou patológicas da
coluna vertebral
Consequências: compressão, laceração,
concussão e/ou secção das estruturas neurais.
Afecção grave- elevado risco de danos medulares
permanentes
Aproximadamente 7% das afecções neurológicas
em cães
Fraturas e luxações vertebrais (FLV):
Sinais clínicos: depende da gravidade da lesão
variam de hiperpatia vertebral à paralisia com
perda da nocicepção
Diagnóstico:
anamnese, 
sinais clínico e sinais neurológicos agudos, 
exame neurológico, 
exames de imagens da coluna vertebral e
medula espinal. 
Fraturas e luxações vertebrais (FLV):
Tratamento:
Conservativo: neuroprotetores, repouso e
imobilização
Cirúrgico: descompressão da medula espinal,
alinhamento do canal vertebral, estabilização da
coluna vertebral e remoção de possíveis
fragmentos ósseos de dentro do canal vertebral.
Trauma da articulação atlantoaxial:
Alteração da mobilidade da articulação entre as
primeiras vértebras cervicais (atlas e axis). 
Estas estruturas permitem que o cachorro possa
girar a cabeça sobre a coluna vertebral.
Origem: a cabeça do cachorro é forçada para
baixo devido a traumatismos e que produz uma
rupturados ligamentos
Subluxação ou luxação 
Trauma da articulação atlantoaxial:
Tratamento conservador: 
com colares imobilizadores do pescoço,
analgésicos, corticoides de ação curta e
repouso.
Tratamento cirúrgico:
estabilizar a articulação ou descomprimir a
medula, dependendo da gravidade do quadro
Trauma da articulação atlantoaxial:
Sinais clínicos:
Dor no pescoço, difícil mobilidade 
Déficits proprioceptivos que evoluem para
déficit motor das quatro extremidades
(tetraplegia)
Pode aparecer uma paralisia motora que pode
conduzir a uma morte por hipoventilação e
asfixia 
Doença do disco intervertebral (DDIV):
Afecção frequente na clínica neurológica de cães
Locais mais acometidos:
segmentos cervical cranial (C1-C5) 
segmentos toracolombar (T3-L3) 
Predisposição: 
Cães baixos e com a coluna muito comprida
Cães obesos
Doença do disco intervertebral (DDIV):
Duas doenças:
protusão ou a extrusão do material discal
dentro do canal vertebral (hérnias discais)
degeneração dos discos intervertebrais
Raças condrodistróficas
idade média varia entre três e sete anos
degeneração
Cães não condrodistróficos
entre seis e oito anos de idade
Degeneração do disco intervertebral:
se perde a elasticidade e pode calcificar o disco
Coluna cervical:
Dor de pescoço.
Espasmos musculares.
Paresia ou paralisia dos membros, especialmente
os pélvicos.
Coluna torácica e lombar:
frequentes entre as vértebras T11-T12 e L1-L2
dor na lombar, 
incoordenação de movimentos e 
paresias dos membros pélvicos 
Hérnia discal:
compressão da medula espinhal 
saídas do disco - extrusão 
abaulamento do disco – protrusão
Sinais clínicos:
Incoordenação motora
Paralisia
Arrastamento de membros ou movimentos com
dificuldade
Problemas ao esvaziar a bexiga ou defecar
Doença do disco intervertebral (DDIV):
Os sinais de disfunção neurológica para DDIV
cervical e toracolombar são utilizados para a
classificação da gravidade:
Grau I: somente hiperestesia espinhal, sem
deficiências neurológicas; 
Grau II: tetraparesia/paraparesia ambulatória; 
Grau III: tetraparesia/paraparesia não
ambulatória; 
Grau IV: tetraplegia/paraplegia com presença de
nocicepção;
Grau V: tetraplegia/paraplegia com ausência de
nocicepção caudal a lesão.
Doença do disco intervertebral (DDIV):
Diagnóstico:
Exame físico e neurológico
Radiografia, mielografia, tomografia
computadorizada ou ressonância magnética,
possibilitando a localização da compressão da
medula
Diagnósticos diferenciais:
 trauma, embolia fibrocartilaginosa, mielopatia
degenerativa, discoespondilite, neoplasias e
meningomielite
Doença do disco intervertebral (DDIV):
Tratamento clínico: 
indicado para cães com hiperestesia associada ou
não a mínimas deficiências neurológicas 
repouso absoluto em gaiola entre quatro a seis
semanas
analgésicos opióides, relaxantes musculares,
anti-inflamatórios esteroidais e não esteroidais e
fisioterapia.
Doença do disco intervertebral (DDIV):
Tratamento cirúrgico:
cães com deficiências neurológicas graves
(tetraparesia não ambulatória, tetraplegia,
paraplegia com ou sem nocicepção em menos de
48 horas),
cães refratários ao tratamento clínico ou que
apresentem recidiva da doença
Variam de acordo com o local da lesão e
posicionamento da compressão 
DDIV cervical: a fenda (slot) ventral é o
procedimento principal; a laminectomia dorsal e
a hemilaminectomia são menos frequentes.
Síndrome da cauda equina:
complexo de sinais neurológicos 
decorrentes da compressão das raízes nervosas
L7-Co5 
em decorrência à estenose dorsoventral do canal
vertebral
protrusões de disco agudas, espondilose, e a
estenose congênita do canal, fraturas ou
luxações vertebrais, discoespondilite e
neoplasias de vértebra
DDIV toracolombar: os procedimentos
frequentemente realizados são
hemilaminectomia, minihemilaminectomia e
pediculectomia, associadas à fenestração do
disco intervertebral
Síndrome da cauda equina:
Sinais clínicos:
dor lombossacra
claudicação dos membros pélvicos com ou sem
fraqueza das mesmas
distúrbios dos esfíncteres e incontinência
urinária ou fecal 
sente dificuldade de subir escadas
déficits proprioceptivos, 
atrofia muscular, 
Paraparesia progressiva, 
debilidade da cauda, 
automutilação 
Síndrome da cauda equina:
Diagnóstico:
Exame físico
Testes neurológicos
Exames de imagem: radiografia, mielografia,
epidurografia, tomografia computadorizada,
ressonância magnética
Tratamento 
Conservativo: repouso e anti-inflamatório,
Cirúrgico: técnicas de laminectomia dorsal,
hemilaminectomia, facetectomia e
foraminotomia. 
Síndrome da cauda equina:
Bibliografia 
Konig, H.E, Liebich, H.G. Anatomia dos animais
domésticos. Artmed, 4ª edição, 2012
Boletim Pet. Atendimento ao paciente
ortopédico. Volume 1, 2019
Neurologia em cães e gatos. Caderno Técnico de
Veterinária e Zootecnia. Nº 69, 2013. 
 Gonsalez, P.P.B. Lesão medular aguda e crônica
em cães. FMU, 2009.
M.V. Lara Kriger
 
CRMV – SP 53635
E-book oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro
 em parceria com o Professor Lara Kriger para o
curso de "Traumatologia Veterinária ".

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