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MM. JUIZ DA VARA DE FAMILIA DA COMARCA DE SÃO PAULO Laura Silva , menor impúbere nascida em 10 de outubro de 2012 , neste ato representada por sua genitora Marcia Farias Rodrigues , divorciada , domiciliada na cidade de tupã , por meio de seu advogado que esta subscreve , vem respeitosamente perante vossa excelência , propor: AÇÃO DE ALIMENTOS , com fundamentos nos arts.1.694 e ss , do código civil brasileiro e art. 2 da lei 5.478 de 1968, em face de: Genoveva Rodrigues reside na cidade de Limão ... pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos : PRELIMINARMENTE DOS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Inicialmente, postulando o requerente os benefícios da justiça gratuita , com fundamento no art.5 , inciso LXXIV , da constituição federal de 1988, e arts. 98 e 99 do código de processo civil , em virtude de sua hipossuficiência e sem condições de arcar com os encargos decorrentes do processo e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua família . Para tanto , faz juntada de declaração de hipossuficiência . 1. DOS FATOS A senhora Márcia farias Rodrigues, representante do autor neste ato , manteve matrimônio com o Sr. Astolfo Rodrigues, relação que culminou no nascimento de Laura Silva , nascida em 10 outubro de 2012 . Márcia se divorciou de Astolfo em 2017. No mentindo do divórcio , foi ajustado o pagamento de pensão alimentícia no valor de R$1.500(um mil e quinhentos reais) pagos mensalmente pelo senhor Astolfo Rodrigues , onde cumpriu até a data de sua morte , 20 de novembro de 2021. Ocorre que pai do autor , não era detentor de bens, nos quais pudessem ser herdados por sua família. Atualmente a criança vive com a mãe , onde tem assumido total e absoluta responsabilidade do custeio e manutenção da filha . Encontra -se sem condições de arcar sozinha com a manutenção e educação de sua filha , já que percebe a pecúnia mínima salarial , valor absolutamente insuficiente para arcar com as necessidades do autor . A avó paterna do autor , Genoveva Rodrigues, ressalto , única avó viva , goza de confortável situação patrimonial e mora na cidade de Limão . Todos os demais avós faleceram antes de Laura nascer , assim , a autora da demanda pleiteia a concessão de alimentos avoengos , em face de sua avó paterna , diante da impossibilidade de oferecer o que a menor necessita para viver com dignidade. 2. DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS Desta forma, considerando a situação acima descrita, em que o genitor da criança faleceu, impossibilitando a menor de receber os alimentos do mesmo, a obrigação alimentar estende-se aos parentes remotos demandados, estendendo-se a obrigação alimentar, para os ascendentes mais próximos, neste caso, a avó paterna, ora demandada. A teor do disposto nos artigos 1.696 e 1.698 do Código Civil de 2002, o direito à prestação de alimentos compete tanto aos pais, quanto aos filhos, podendo se estender aos ascendentes com grau mais próximo, na falta de outros, considerando que quando o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato. Neste caso, pelo fato do genitor da menor não poder mais prestar os alimentos em razão do seu falecimento, a avó paterna, única parente mais próxima viva, passa a ter o dever de prestá-los, com natureza subsidiária. Desta forma, pautando pelo binômio necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante, a menor, sem sombras de dúvidas necessita da prestação alimentar, visto que sua mãe não recebe um salário que possa suprir todas as suas necessidades, e ainda, seu genitor prestava tais alimentos, fixados através de acordo no importe de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), demonstrando que a menor estava em uma situação mais confortável. Ademais, a requerente, avó da menor, tem uma situação confortável, sendo possível que a mesma contribua com o sustento de sua neta, de acordo com suas possibilidades econômicas e sem onerar seu auto sustento. 3. DOS ALIMENTOS PROVISORIOS Sobrepesando todos os argumentos anteriores, necessária se faz a fixação de alimentos provisionais devidos pela requerente, no importe de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), visto que não é admissível que as despesas essenciais da menor, sejam suportadas apenas pela genitora, que ora representar a menor nesta ação. Tais alimentos provisórios são perfeitamente cabíveis, uma vez que o artigo 4º da Lei n.º 5.478/68 define que o magistrado poderá despachar desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor. Assim, diante das dificuldades financeiras da genitora da menor, e da possibilidade da requerida em prestar tais alimentos, visto que a mesma possui situação econômica e financeira confortável, faz-se necessários a fixação, como tutela de urgência. Logo, requer-se a Vossa Excelência a fixação de alimentos provisórios no importe acima mencionado, em caráter de urgência, a serem depositados na conta corrente da genitora, para satisfação das necessidades da neta da requerida, nos termos desta peça. 4. DOS PEDIDOS Por todo exposto, requer: a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, conforme artigos 98 e 99 do CPC/2015; b) a designação da audiência de mediação ou conciliação, nos termos do artigo 319, inciso VII, do CPC/2015; c) a fixação dos alimentos provisórios no importe de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), a serem depositados em conta corrente da genitora da menor para satisfação das necessidades mesma; d) a intimação do representante ministerial para intervir no feito; e) a citação da requerida, para comparecer em audiência a ser designada por V. Ex., e caso a audiência reste frutada, que apresente a contestação em prazo legal, sob pena de confissão; f) a total procedência dos pedidos formulados nesta exordial, convertendo os alimentos provisórios em definitivos no valor pleiteado; g) seja a ré condenada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos moldes do artigo 546 do CPC/2015. Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, em especial, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em momento oportuno, depoimento pessoal da ré e novos documentos de se mostrarem necessários 5. DO VALOR DA CAUSA Da a causa o valor de 18.000,00 (dezoito mil reais)