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Rodrigo Caldeira Nunes Oliveira
O preparo de dentes com finalidade protética é um processo de desgaste 
seletivo de esmalte e/ou dentina, em quantidades, extensões e formas 
predeterminadas, dentro de uma sequência de etapas preestabelecidas, 
empregando instrumentais corretos, com a finalidade de criar espaço para 
uma restauração individual ou para um retentor de prótese parcial fixa ou 
parcial removível - PPR de encaixe. 
Mezzomo et al., 2009
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=18y1vPHYRhvUsM&tbnid=nJH3bOewvTwwcM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.dentsply.com.br/hotsite/cercon/vantagens.html&ei=e2zeUv7JOYSrkQenn4GgCw&bvm=bv.59568121,d.eW0&psig=AFQjCNGeL9dAf-_Nora8THBhulOvpX_fLQ&ust=1390394680462982
Uma vez que esmalte e dentina não têm a capacidade de se regenerar, 
sendo seu desgaste um processo irreversível, o preparo desses tecidos 
deve-se fundamentar em princípios biomecânicos para que a restauração 
sobre ele instalada tenha um prognóstico previsível.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=18y1vPHYRhvUsM&tbnid=nJH3bOewvTwwcM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.dentsply.com.br/hotsite/cercon/vantagens.html&ei=e2zeUv7JOYSrkQenn4GgCw&bvm=bv.59568121,d.eW0&psig=AFQjCNGeL9dAf-_Nora8THBhulOvpX_fLQ&ust=1390394680462982
Pegoraro, 2013
SUCESSO DA PRÓTESE 
FIXA
Satisfação 
do paciente
Longevidade 
da prótese
Saúde 
pulpar e 
periodontal
Exame
Diagnóstico
Planejamento
Execução
Cimentação
Proservação
 SUCESSO
Pegoraro, 2013
 Princípios fundamentais para a execução dos 
preparos protéticos
1. Preservação da estrutura dentária
2. Retenção e resistência
3. Durabilidade da estrutura
4. Integridade das margens
5. Preservação do periodonto
Shilingburg et al.,1998
 Princípios fundamentais para a execução dos 
preparos protéticos
✓ Mecânicos Retenção
Resistência ou estabilidade
Rigidez estrutural
Integridade marginal
✓ Biológicos Preservação da polpa
Preservação da saúde periodontal
✓ Estéticos
Pegoraro, 2013
 Qualidade de um preparo em impedir o deslocamento da
prótese sobre ele instalada quando esta é submetida à forças
de tração no sentido contrário à sua inserção.
Shilingburg et al.,1998
Princípio básico - oposição de duas 
superfícies verticais
1. Paralelismo
2. Área de superfície preparada
3. Única via de inserção
4. Textura superficial
 1. Grau de paralelismo – 6º a 12° de
conicidade nos preparos é recomendado
Shilingburg et al.,1998
 2. Área de superfície preparada – quanto
maior a área do preparo, maior a sua
retenção.
Shilingburg et al.,1998
 3. Obtenção de uma única via de inserção –
a retenção aumenta quanto menor for o
número de trajetórias ao longo das quais a
restauração pode sair do preparo.
Shilingburg et al.,1998
 Preparos muito cônicos requerem retenções
auxiliares como caixas, sulcos, canaletas,
pinos um único eixo de inserção
retenção adequada
 4. Textura superficial - pode ser obtida por
meio de micro-retenções, uma vez que a
cimentação consiste em o agente cimentante
entrar nas microrrugosidades do dente e da
prótese, unindo-as.
Qualidade de um preparo em prevenir o
deslocamento da prótese sobre ele instalada
quando esta é submetida a forças oblíquas
que podem provocar sua rotação.
Fatores relacionados com a forma de resistência
do preparo:
1. Magnitude e direção da força
2. Relação altura/largura do preparo
3. Integridade do preparo
 1. Magnitude e direção da força – forças de grande
intensidade e direcionadas lateralmente (bruxismo) podem
ocasionar o deslocamento da prótese
Força
Pegoraro, 2013
2. Relação altura/largura
Quanto maior a altura das paredes, maior a resistência da
prótese em se deslocar.
Se a largura for maior que a altura, maior o raio de rotação
e menores as possibilidades de as paredes do preparo
oferecerem resistência adequada.
Pegoraro, 2013
 2. Relação altura/largura 
É importante que altura do preparo seja, no mínimo, 
igual a largura. Caso não seja possível: sulcos, canaletas 
ou caixas criarão novas áreas de resistência.
Pegoraro, 2013
 3. Integridade do preparo: Porção coronária íntegra –
estrutura dental, núcleo metálico ou em resina- resiste 
melhor às forças laterais do que coroas parcialmente 
restauradas ou destruídas. 
Pegoraro, 2013
 O preparo deve ser executado e tal forma que a
restauração apresente espessura suficiente para resistir às
forças mastigatórias sem comprometimento estético ou do
tecido periodontal.
Shilingburg et al.,1998; Pegoraro.,2013
Redução oclusal
Biselamento das cúspides 
funcionais
Redução axial
Reforço da estrutura Mezzomo et al., 2006
 As margens cervicais dos preparos devem permitir uma boa
adaptação da restauração, com uma linha de cimento mínima (20
a 60 micras), para que ela possa permanecer o máximo de
tempo possível em função.
 O término gengival deve ser nítido, apresentar espessura
suficiente para acomodar a coroa sem sobrecontorno.
Pegoraro, 2013
 Preparos protéticos do tipo coroa total podem
expor até 2 milhões de túbulos dentinários.
 O potencial de irritação pulpar depende de
fatores como:
Calor gerado ao desgaste
Qualidade das pontas diamantadas
Qualidade da caneta de alta rotação
Quantidade de dentina remanescente
Permeabilidade dentinária
Reação exotérmica de materiais empregados
Infiltração marginal
Pegoraro, 2013
 Dentina superficial X Dentina profunda
Número/mm
2 Diâmetro
(µm)
Túbulos/área
(%)
Proximidades da
polpa
50.000 2,5 22
Porção média da
dentina
30.000 1,1 2,8
Altura da CEJ 10.000 0,9 0,9
Brännström e Garberoglio., 1972
 Após 25 segundos de corte ininterrupto da dentina sem
refrigeração, a temperatura pulpar pode elevar-se
aproximadamente para 42oC - comprometimento da
vitalidade.
 Preparos cavitários executados com aparelhos de AR (acima
de 50.000 rpm) produzem respostas menores do que os de BR
sob as mesmas condições.
 Em geral, 2 mm de espessura de dentina entre a parede da
cavidade e a polpa poderão proporcionar adequada barreira
protetora contra as agressões de corte.
 Preservar a vitalidade do órgão pulpar de acordo com as
necessidades estética e funcional da prótese planejada.
 Evitar sobretratamento.
100% dos dentes que se fraturam em seu longo eixo têm
núcleos metálicos.
Desgaste excessivo leva à perda de retenção e ao
comprometimento pulpar.
Desgaste insuficiente leva à sobrecontorno da prótese e a
prejuízos periodontais consequentemente.
 Preservar a saúde periodontal
também é objetivo do trabalho 
protético.
1. Volume de estrutura removida.
2. Limite e a qualidade da terminação 
cervical.
3. Cuidados durante o ato operatório 
em evitar danos às estruturas 
gengivais.
“As próteses não deveriam agradar aos nossos pacientes
e nem a nós dentistas. O ideal é que elas agradassem
às gengivas” (Glickman in Lascala, 1997)
 Localização ideal para o término cervical: onde o profissional
controle os procedimentos clínicos e o paciente a higienização
=> SUPRAGENGIVAL ou mínimo necessário dentro do sulco
gengival, por razões estéticas, para o ganho de retenção e
resistência, presença de cárie, restaurações antigas,
traumas...
05,0 a 1,0 mm subgengival
Pegoraro, 2013; Mezzomo et al., 2006
Razões para términos supragengivais:
▪ Quando não houver comprometimento da retenção e estabilidade da 
prótese.
▪ Quando a estética não for fator importante.
Razões para términos subgengivais:
▪ Razões estéticas, com intuito de mascarar a cinta metálica de alguns 
tipos de coroas.
▪ Restaurações de amálgama ou resina composta em cavidades cujas 
paredes já se encontram no nível intrassulcular.
▪ Presença de cáries ou fraturas que se estendam para dentro do sulco 
gengival.
▪ Razões mecânicas, para obtenção de maior área do dente preparado e, 
consequentemente, maior retenção e estabilidade.
Influenciado pela saúde gengival do dente preparado e daforma, 
contorno e cor da restauração protética, fatores estes diretamente 
relacionados à quantidade e qualidade do desgaste da estrutura 
dentária. PEGORARO e cols. (2013)
Forma
Contorno
Cor
Saúde periodontalE
S
T
É
T
IC
A
SATISFAÇÃO DO PACIENTE
O sucesso de uma prótese fixa consiste em confeccionar restaurações 
longevas, que preservem a saúde gengival e pulpar dos dentes 
envolvidos e que satisfaçam o paciente. Para isso, todas as fases do 
tratamento, desde os exames iniciais até a confecção da prótese, 
devem ser cuidadosamente valorizadas e executadas pelos CDs. 
Dentre todas essas fases, a confecção do preparos é a mais crítica, dada 
a irreversibilidade das manobras de desgaste dentário.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=18y1vPHYRhvUsM&tbnid=nJH3bOewvTwwcM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.dentsply.com.br/hotsite/cercon/vantagens.html&ei=e2zeUv7JOYSrkQenn4GgCw&bvm=bv.59568121,d.eW0&psig=AFQjCNGeL9dAf-_Nora8THBhulOvpX_fLQ&ust=1390394680462982

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