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Módulo Controle da Incidência Tributária
Aluno: Mateus Padovan Siviero
SEMINÁRIO V - COMÉRCIO EXTERIOR, TRIBUTAÇÃO ADUANEIRA E A REPERCUSSÃO DA REFORMA TRIBUTÁRIA
Leitura básica
•	CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. São Paulo: Noeses. Segunda Parte Capítulo III, item 3.3.4 (Impostos aduaneiros - completo).
•	CARVALHO, Paulo de Barros. Regra-matriz de incidência do imposto sobre importação de produtos estrangeiros. Revista da Receita Federal: estudos tributários e aduaneiros. Brasília, v. 01, n. 01, ago./dez. 2014.
•	SEHN, Solon. Curso de direito aduaneiro. Rio de Janeiro: Forense. Capítulo III, item 1 (lançamento tributário); e Capítulo V, item 8 (reclassificação aduaneira).
Leitura complementar
•	BRITTO, Lucas Galvão de. Tributar na era da técnica: como as definições feitas pelas agências reguladoras vêm interpretando as normas tributárias. São Paulo: Noeses, 2018.
•	SEHN, Solon. Imposto de importação. São Paulo: Noeses. Itens 3.1 a 3.1.2.3. 
•	HILU NETO, Miguel. Imposto sobre importações e imposto sobre exportações. São Paulo: Quartier Latin. Capítulos 2, 4 e 5.
•	TREVISAN, Rosaldo. O Imposto de Importação e o Direito Aduaneiro Internacional. São Paulo: Aduaneiras, 2017.
• 	TÔRRES, Heleno Taveira. Base de cálculo do imposto de importação e o acordo de valoração aduaneira. In: TÔRRES, Heleno Taveira. Comércio internacional e tributação. São Paulo: Quartier Latin, 2005.
• 	VITA, Jonathan Barros. Valoração aduaneira. São Paulo: RT-Fiscosoft, 2014.
Leitura complementar – Reforma Tributária
• 	MEIRA, Liziane Angelotti. O impacto da reforma tributária no comércio exterior (parte 1). https://www.conjur.com.br/2024-mai-21/o-impacto-da-reforma-tributaria-no-comercio-exterior-parte-1/ 
• 	MEIRA, Liziane Angelotti. O impacto da reforma tributária no comércio exterior (parte 2): as empresas comerciais exportadoras. https://www.conjur.com.br/2024-jul-30/o-impacto-da-reforma-tributaria-parte-2-as-empresas-comerciais-exportadoras/#:~:text=Nessa%20opera%C3%A7%C3%A3o%2C%20o%20produtor%2Dvendedor,incobr%C3%A1vel%20para%20o%20fisco%20federal. 
• 	MEIRA, Liziane Angelotti. O impacto da reforma tributária no comércio exterior (parte 3): regimes aduaneiros especiais. https://www.conjur.com.br/2024-set-03/impacto-da-reforma-tributaria-parte-3-regimes-aduaneiros-especiais/ 
• 	MEIRA, Liziane Angelotti. O impacto da reforma tributária no comércio exterior (parte 4): comércio exterior e PLP 68/2024. https://www.conjur.com.br/2024-out-08/impactos-da-reforma-tributaria-parte-4-comercio-exterior-e-plp-68-2024/ 
• 	MEIRA, Liziane Angelotti. O impacto da reforma tributária no comércio exterior (parte 5): a nova Lei Geral Aduaneira e os regimes aduaneiros especiais. https://www.conjur.com.br/2024-nov-12/impactos-da-reforma-tributaria-parte-5-a-nova-lei-geral-aduaneira-e-os-regimes-aduaneiros-especiais/ 
Questões
1.	Construa a regra-matriz de incidência tributária do:
(a)	Imposto de Importação;
RESPOSTA: A RMIT para o imposto de importação, devemos observar o Antecedente e o Consequente, sendo:
a. Antecedente:
Critério Material: Importação de produtos estrangeiros
Critério Espacial: Em território nacional, nas repartições aduaneiras;- 
Critério Temporal: Momento da entrada da mercadoria em território nacional, nomomento do registro da declaração de importação.
b. Consequente- 
Sujeito Ativo: União.
Sujeito Passivo: Importador ou pessoa equiparada por lei - destinatário da remessapostal internacional, adquirente de mercadoria.
Critério Quantitativo: Base de Cálculo: quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo é ovalor aduaneiro do produto apurado segundo as normas do art. 7º do Acordo sobre Tarifas e Comércio GATT, quando a alíquota for específica é a quantidade demercadoria, expressa na unidade de medida indicada.
Alíquota: estabelecida pela natureza do produto, com base na NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL).
(b)	Imposto de Exportação. 
RESPOSTA: A RMIT para o imposto de importação, devemos observar o Antecedente e o Consequente, sendo:
a. Antecedente: 
Critério Material: Exportação de produto nacional ou nacionalizado para oestrangeiro.
Critério Espacial: Na saída das fronteiras do território nacional.
Critério Temporal: na saída do território nacional, no momento da expedição da Guia de Exportação ou documento equivalente.
b. Consequente: 
Sujeito Ativo: União.
Sujeito Passivo: exportador de produto nacional ou nacionalizado ou pessoa a eleequiparada por lei.
Base de Cálculo: quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo é o preçonormal do produto, ou seu similar, ao tempo da exportação, quando a alíquota forespecífica, é a quantidade de mercadoria, expressa na unidade de medida indicada.
Alíquota: estabelecida pela natureza do produto, com base na NCM (NomenclaturaComum do MERCOSUL).
Explique fundamentadamente qual o marco temporal para que possa se materializar a incidência de cada um desses impostos. Qual o conceito de produto para fins de incidência desses tributos?
RESPOSTA: Referente ao conceito de produto para a incidência dos impostos de importação e exportação, é possível vislumbrar um termo produto gênero, enquanto as espécies podem ser mercadoria ou bem móvel corpóreo. 
Para corroborar tal afirmação, leciona o doutrinador Sebastião de Oliveira Lima que: 
“Sabendo-se que produto é gênero do qual mercadoriaé espécie e conceituados o primeiro com o sendo um bem móvel e corpóreo,enquanto que o segundo é um bem móvel, corpóreo e destinado ao comércio”.
Deste modo, pode-se concluir que produto é o objeto da operação, tanto de importação quanto de exportação, que deverá possuir valor econômico expresso em moeda, a fim de possibilitar a aplicabilidade dos consequentes da RMIT, principalmente no que serefere a base de cálculo.
2.	A reimportação de mercadoria exportada em caráter definitivo se equipara à importação, ou seja, a mercadoria exportada perde a condição de nacional, devendo se submeter ao Imposto de Importação ao ser reimportada? (Vide anexo I)
RESPOSTA: Em relação a reimportação de mercadoria exportada em caráter definitivo,faz-se necessário analisar alguns detalhes.No caso de bens que retornem ao país em virtude de não efetivação davenda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação; defeitotécnico, para reparo ou substituição, alteração nas normas aplicáveis à importaçãodo país importador; ou guerra ou calamidade pública, não há que se falar emincidência do imposto de importação, sendo necessário o preenchimento daDeclaração Simplificada de Importação, com fulcro no art. 3º, VI, da IN SRF nº611/2006.Para reforçar essa ideia, o STF, no RE 104.306-7/SP, entendeu que:Não se poderia, pois, sem ferir o artigo 21, I da Constituição Federal,entender a expressão "produto estrangeiro", como igualmenteabrangendo as mercadorias nacionais retiradas temporariamente doBrasil, para a exposição em feiras no Exterior, numa prática habitualde incentivo à exportação.No Anexo III do presente seminário apresenta um caso concreto em que o sujeitopassivo enviou produtos para serem beneficiados no exterior, com a intenção deretorno ao país de origem. Nesse caso, foi decidido que não deveria incidir oimposto de importação. Foi decidido por meio do REsp n. 662.882/RJ:Importa ressaltar que, conforme reconhece a própria FazendaNacional, a situação fática não configura hipótese de incidência detributo a reimportação de fitas de vídeo exportadas para fins dedublagem pelo regime de exportação temporária, nos termos dosartigos 369, do Regulamento Aduaneiro, e 92, do Decreto-lei 37/66,respectivamente.Já em relação à reimportação de mercadorias exportadas em caráterdefinitivo, tanto a Constituição Federal quanto o Código Tributário Nacional sãoomissos neste ponto. O art. 1º, § 1º do Decreto-Lei 37/1996 leciona que seráconsiderada também estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retornar ao País, com exceção das que retornarem ao país pelas condiçõespresentes nas alíneas de a até e, quais sejam:a) enviada em consignação e não vendida no prazoautorizado; (Incluído peloDecreto-Lei nº 2.472, de 01/09/1988)b) devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição;(Incluído pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 01/09/1988)c) por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do paísimportador; (Incluído pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 01/09/1988)d) por motivo de guerra ou calamidade pública; (Incluído pelo Decreto-Lei nº2.472, de 01/09/1988)e) por outros fatores alheios à vontade do exportador.Tanto a Constituição Federal, no art. 153, quanto o CTN, no art. 19,disciplinam que o imposto será sobre importação de produtos estrangeiros. Ditoisso, faz-se necessário recorrer à jurisprudência para melhor entendimento. Deacordo com o RE nº 662.882/RJ, é possível verificar o entendimento de que areimportação de mercadoria anteriormente exportada a título definitivo não seconfunde com a importação de mercadoria estrangeira, tendo em vista que nareimportação a mercadoria é nacional, não é estrangeira. Sendo assim, não há quese falar em incidência de imposto de importação.Ante o exposto, entendo que não restam dúvidas quanto à não incidência deimposto de importação sobre produtos enviados para o exterior a título transitório eque posteriormente retornarão ao território nacional.Já em relação a reimportação de produtos que foram anteriormenteexportados em caráter definitivo, entendo também não ser passível de incidência deimposto de importação, tendo em vista que a Constituição Federal afirma que ostributos somente podem ser exigidos de produtos estrangeiros. Dito isso, não cabe à lei infraconstitucional ampliar o conceito de mercadoria estrangeira, disciplinando que é considerada estrangeira a mercadoria nacional quando retornar ao País, conforme redação do art. 1º do Decreto-Lei nº 37/196
3. Um importador, ao registrar a declaração de mercadorias (DI - Declaração de Importação - no Siscomex ou DUIMP - Declaração Única de Importação – no Portal Único de Comércio Exterior), classificou determinado produto como equipamento de raio X para uso médico não destinado especificamente para diagnóstico (NCM 9022.19.9[footnoteRef:1]). A declaração foi parametrizada no canal vermelho de conferência aduaneira. A liberação[footnoteRef:2] ocorreu sem oposição da Receita Federal em relação ao enquadramento tarifário adotado. [1: 90.22 - Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem radiações alfa, beta, gama ou outras radiações ionizantes, mesmo para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários, incluindo os aparelhos de radiofotografia ou de radioterapia, os tubos de raios X e outros dispositivos geradores de raios X, os geradores de tensão, as mesas de comando, as telas de visualização, as mesas, cadeiras e suportes semelhantes para exame ou tratamento.
9022.1 - Aparelhos de raios X, mesmo para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários, incluindo os aparelhos de radiofotografia ou de radioterapia
9022.19 -- Para outros usos
9022.19.9 - Outros] [2: A expressão desembaraço vem sendo substituída por liberação, uma vez que os documentos são formatados em português e espanhol e a expressão “embaraço” em espanhol é gravidez.] 
Entretanto, após quatro anos, outro Auditor-Fiscal entendeu que, naquela oportunidade, houve uma interpretação equivocada das regras da Convenção Internacional do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (Decreto Legislativo nº 71/1988; Decreto nº 97.409/1988). 
Assim, em ato de revisão aduaneira, promoveu a reclassificação do produto para a NCM 9022.14.19[footnoteRef:3], relativa aos aparelhos de raios X destinados a diagnósticos, lavrando auto de infração para a constituição da diferença de crédito tributário e cominação das penalidades. [3: 90.22 - Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem radiações alfa, beta, gama ou outras radiações ionizantes, mesmo para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários, incluindo os aparelhos de radiofotografia ou de radioterapia, os tubos de raios X e outros dispositivos geradores de raios X, os geradores de tensão, as mesas de comando, as telas de visualização, as mesas, cadeiras e suportes semelhantes para exame ou tratamento.
9022.1 - Aparelhos de raios X, mesmo para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários, incluindo os aparelhos de radiofotografia ou de radioterapia
9022.14 -- Outros, para usos médicos, cirúrgicos ou veterinários
9022.14.1 De diagnóstico
9022.14.19 Outros] 
Diante disso, pergunta-se (Vide anexos II, III, IV, V, VI e VII):
a) Ao realizar a classificação aduaneira de um produto, a Receita Federal pode divergir das normas e de entendimentos técnicos de órgãos especializados? Fundamente sua resposta.
RESPOSTA:
b) Esse lançamento de ofício deve observar o art. 146 do CTN? Há diferença se a parametrização, ao invés do canal vermelho, tivesse ocorrido no canal verde? Justifique sua resposta.
RESPOSTA:
c) A reclassificação foi assentada no alegado equívoco de interpretação das regras da Convenção Internacional do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias. Porém, as consequências seriam as mesmas se a reclassificação fiscal tivesse se baseado na constatação de que o equipamento importado apresenta características diferentes das identificadas na conferência anterior? Avaliar, nas duas hipóteses, se há erro de direito ou erro de fato.
RESPOSTA:
4. Considerando o conceito de entrada de mercadoria estrangeira no território nacional colhido a partir da legislação aduaneira, pergunta-se: há hipótese de efetivação de tal evento sem que haja tributação, excetuando operações alcançadas por imunidades, isenções ou não incidência?
RESPOSTA:
5. A empresa Imperador Augustus Ltda. importa um determinado produto por conta própria e, depois do seu desembaraço aduaneiro, revende tal mercadoria nacionalizada para a empresa Matrix S.A.
	No âmbito de revisão aduaneira, a fiscalização aduz que a empresa Imperador Augustus Ltda. não teria montante suficiente para suportar tal operação, o que restaria comprovado pelo fato do seu capital social equivaler a 10% do valor da mercadoria importada. 
	Alega a fiscalização, ainda, que a importadora recebeu um sinal da empresa Matrix S.A. no percentual de 5% do valor de revenda do bem, cujo pagamento teria sido efetuado após o embarque do bem importado para o Brasil e depois do fechamento do câmbio realizado pela Imperador Augustus Ltda. 
	Argumenta também que a estrutura física da importadora (Matrix S.A.) não seria suficiente para suportar a operação empresarial, o que seria reforçado pelo fato de tal empresa tercerizar os serviços de armazenagem e transporte. 
	Por fim, alega que entre o desembaraço da mercoria e sua remessa para a empresa Matrix S.A. teria transcorrido um curto espaço de tempo, apenas sete dias, o que demonstraria a existência de um encomendante prédeterminado para tal bem. 
	Sustenta a fiscalização que a real operação de importação seria na modalidade por conta e ordem de terceiros e, como não encontra o bem importado, constitui multa aduaneira em montante equivalente ao valor da mercadoria importada sob a acusação de interposição fraudulenta, imputando tal sanção ao real adquirente do bem (Matrix S.A.) e indicando como responsável solidário a empresa Imperador Augustus Ltda., utilizando como fundamento o art. 124, inciso I do CTN.
	Diante desse cenário, responda às seguintes perguntas:
a) Quais as modalidades de importação e suas principais características?
RESPOSTA:
b) No presente caso, os fundamentos apontados pela fiscalização são suficientes para a comprovação da interposição fraudulenta? Quais fundamentos poderiam ser desenvolvidos para rebater tal exigência? Quais provas poderiam ser apresentadas para infirmar tal exigência?
RESPOSTA:
c) Há alguma ilegalidade na responsabilização da empresa Imperador Augustus Ltda.? Justifique.
RESPOSTA:
Sugestão para pesquisa suplementar
•	GOULART, Paula Jacques Goulart. Imposto sobre a importação e a tributação de mercadorias extraviadas ou avariadas. In: CARVALHO, Paulo de Barros.Regra-matriz de incidência tributária: da teoria à prática. São Paulo, Noeses, 2021. p.27-55.
•	Artigo: CARVALHO, Paulo de Barros. IPI – Comentários sobre as regras gerais de interpretação da tabela NBM/SH (TIPI/TAB). Revista Dialética de Direito Tributário. São Paulo: Dialética, nº 12, p. 42-60, nov. 1996.
•	Artigo: COSTA, Regina Helena. Notas sobre a existência de um direito aduaneiro. In: FREITAS, Vladmir Passas de. Importação e exportação no direito brasileiro. São Paulo: RT, p. 15-37, 2004.
•	Artigo: HILÚ NETO, Miguel. O elo jurídico entre a valoração aduaneira e os preços de transferência. In: FERNANDES, Edison Carlos (Coord.). Preços de transferência. São Paulo: Quartier Latin, 2007, p. 63-86.
•	SOUSA, Hamilton Dias de. Estrutura do Imposto de Importação no Código Tributário Nacional. São Paulo: Resenha Tributária. 
•	LACOMBE, Américo Lourenço Masset. Imposto de importação. São Paulo: RT.
•	Artigo: “Mercosul e tributos estaduais, municipais e distritais”, de Roque Antonio Carrazza. Revista de direito tributário, São Paulo, n. 64, p. 182-191, 1994.
•	Artigo: “Segurança na ordem tributária nacional e internacional: tributação no comércio exterior” de Luís Eduardo Schoueri. In: CONGRESSO NACIONAL DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS, v. 2, 2005, São Paulo. Segurança jurídica na tributação e estado de direito. São Paulo: Noeses.
Anexo I
REsp 662.882/RJ
PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. IMPORTAÇÃO. REIMPORTAÇÃO. ATIVIDADES DISTINTAS. TIPICIDADE. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA.
1. Inexiste ofensa ao art. 535 do CPC, quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.
2. A importação e a reimportação de mercadorias são atividades distintas, cabendo, portanto, à legislação tributária prever quais as hipóteses de incidência de IPI para cada uma das mesmas respeitando-se suas especificidades.
3. O princípio mor da legalidade exige tipicidade estrita em sede tributária. Inocorrendo a hipótese de incidência, tal como prevista na lei, inexigível é a exação, e por isso mesmo, qualquer punição administrativa decorrente da obrigação tributária.
4. O E. STJ assentou no Resp n.º 614.849, da Relatoria do e.
Ministro Castro Meira, publicado no DJ de 04.10.2004, verbis: "Por outro tanto, a cobrança de multa advém da aplicação da legislação aplicável da importação de mercadorias, hipótese distinta da reimportação, onde não se exige a emissão de guias de importação, por se revestir de operação singular de reimportação de bens nacionais (no caso fitas de videotape de gravação de novelas produzidas pela Rede Globo, no território nacional).
Merece ressalvar o fato da exigência mencionada pela Fazenda somente ser capaz de fazer sentido ao tempo em que outra era a sistemática do imposto de importação, onde era previsto, como fato gerador da exação, a importação de quaisquer mercadorias, inclusive as produzidas no Brasil, desde que de procedência estrangeira.
No caso em exame não há qualquer previsão legal para a apresentação de guia de importação, nas hipóteses de reimportação e, assim sendo, é incabível a sua exigência com base na legislação atinente à importação, porquanto configura ofensa ao princípio da legalidade" 5. O Supremo Tribunal Federal, por seu turno, manifestou-se no RE 104.306-7/SP acerca do tema em análise, em voto de relatoria do eminente Ministro Octavio Gallotti, cuja conclusão se destaca: "Não se poderia, pois, sem ferir o artigo 21, I da Constituição Federal, entender a expressão "produto estrangeiro", como igualmente abrangendo as mercadorias nacionais retiradas temporariamente do Brasil, para a exposição em feiras no Exterior, numa prática habitual de incentivo à exportação."
6. É insindicável pelo E. STJ ( Súmula 07) a premissa fática da configuração da violação da lei, firmada pelo tribunal local. In casu, restou inequívoca do aresto recorrido, a conclusão de que:
"Importa ressaltar que, conforme reconhece a própria Fazenda Nacional, a situação fática não configura hipótese de incidência de tributo a reimportação de fitas de vídeo exportadas para fins de dublagem pelo regime de exportação temporária, nos termos dos artigos 369, do Regulamento Aduaneiro, e 92, do Decreto-lei 37/66, respectivamente.
Ademais, a multa é imposta em razão da equivocada infração administrativa ao controle das importações, que consiste na ausência ou não da apresentação de guia de importação, para o desembaraço aduaneiro.
 (...) Por outro tanto, a cobrança da multa advém da aplicação da legislação aplicável à importação de mercadorias, hipótese distinta da reimportação, onde não se exige a emissão de guias de importação, por se revestir de operação singular de reimportação de bens nacionais (no caso fitas de videotape de gravação de novelas produzidas pela Rede Globo, no território nacional).
Merece ressalvar o fato de exigência mencionada pela Fazenda somente ser capaz de fazer sentido ao tempo em que outra era a sistemática do imposto de importação, onde era previsto como fato gerador da exação a importação de quaisquer mercadorias, inclusive as produzidas no Brasil, desde que de procedência estrangeira.
No caso em exame não há qualquer previsão legal para a apresentação de guia de importação, nas hipóteses de reimportação e, assim sendo, é incabível a sua exigência com base na legislação atinente à importação, porquanto configura ofensa ao princípio da legalidade."
7. Forçoso concluir , à semelhança do julgado atacado que in casu, o que houve foi a reimportação de mercadorias, sob o regime de exportação temporária, não incidindo a obrigação de apresentação de guia de importação na hipótese, prevista nos artigos 432 c/c 526, II do Regulamento Aduaneiro, por se tratar de fato distinto do previsto na lei, restando vedada qualquer interpretação extensiva por força do artigo 111 do CTN.
8. Recurso especial improvido.
(REsp n. 662.882/RJ, relator Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 6/12/2005, DJ de 13/2/2006, p. 672.)
Anexo II
REsp 1.555.004/SC
TRIBUTÁRIO. PRODUTO IMPORTADO. SABÃO ANTIACNE. CLASSIFICAÇÃO PERANTE À ANVISA COMO COSMÉTICO. AUTORIDADE ADUANEIRA QUE ENTENDE SER MEDICAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. ATRIBUIÇÃO DA AUTORIDADE SANITÁRIA (ANVISA) NA CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
1. Incumbe à ANVISA regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvam à saúde pública (art. 8o. da Lei 9.782/99).
2. Não pertence às atribuições fiscais e aduaneiras, alterar a classificação de um produto, inclusive porque os seus agentes não dispõem do conhecimento técnico-científico exigido para esse mister.
3. Produto classificado pela ANVISA como cosmético. Atribuição privativa da Autoridade Sanitária, que refoge à competência da Autoridade Aduaneira.
4. Recurso Especial do contribuinte provido para restabelecer a sentença de fls. 974/975.
(REsp n. 1.555.004/SC, relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 16/2/2016, DJe de 25/2/2016.)
Anexo III
Parecer Normativo Cosit nº 06/2018
CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO. COMPETÊNCIA DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL.
A legislação brasileira determina o cumprimento das normas internacionais sobre classificação fiscal de mercadorias. Nos países que internalizaram em seu ordenamento jurídico a Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, a interpretação das normas que regulam a classificação fiscal de mercadorias é de competência de autoridades tributárias e aduaneiras. No Brasil, tal atribuição é exercida pelos Auditores-Fiscais da RFB.
As características técnicas (assim entendidos aspectos como, por exemplo, matérias constitutivas, princípio de funcionamento e processo de obtenção da mercadoria) descritas em laudos oupareceres elaborados na forma prescrita nos artigos 16, inciso IV, 18, 29 e 30 do Decreto nº 70.235, de 1972, devem ser observadas, salvo se comprovada sua improcedência, devendo ser desconsideradas as definições que fujam da competência dos profissionais técnicos.
Para fins tributários e aduaneiros, os entendimentos resultantes da aplicação da legislação do Sistema Harmonizado devem prevalecer sobre definições que tenham sido adotadas por órgãos públicos de outras áreas de competência, como, por exemplo, a proteção da saúde pública ou a administração da concessão de incentivos fiscais.
Dispositivos Legais: Constituição Federal, art. 37, XVIII, e art. 237; Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 96, art. 98, art. 108, art. 142, art. 194 e art. 196; Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, art. 154 e art. 155; Decreto-Lei nº 1.154, de 1º de março de 1971; Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, arts. 16 a 18 e art. 30; Decreto Legislativo nº 71, de 11 de outubro de 1988; Decreto Legislativo nº 197, de 25 de setembro de 1991; Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, art. 8º; Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, arts. 48 a 50; Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, art. 2º; Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, art. 464, art. 465 e art. 470; Decreto nº97.409, de 22 de dezembro de 1988; Decreto nº 97.410, de 23 de dezembro de 1988; Decreto nº 350, de 21 de novembro de 1991; Decreto nº 435, de 27 de janeiro de 1992; Decreto nº766, de 3 de março de 1993; Decreto nº 1.765, de 28 de dezembro de 1995; Decreto nº 2.092, de 10 de dezembro 1996; Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, art. 813; Decreto nº 9.003, de 13 de março de 2017, Anexo I, art. 25, XIX; Instrução Normativa RFB nº 1063, de 10 de agosto de 2010; Instrução Normativa RFB nº 1.800, de 21 de março de 2018, e Instrução Normativa RFB nº 1.747, de 28 de setembro de 2017. E-Dossiê nº 10030.000144/0718-31.
Anexo IV
REsp 1.576.199/SC
RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC/1973. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO Nº 2. PROCESSUAL CIVIL. ADUANEIRO. TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 535, CPC/1973. REVISÃO ADUANEIRA REALIZADA NA VIGÊNCIA DO DECRETO N. 6.759/2009 (RA-2009) DENTRO DA SISTEMÁTICA DE LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. ALTERAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO TARIFÁRIA. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 50, 51, 52, 54, DO DECRETO-LEI 37/66, E DOS ARTS. 149, V E 150, §4º DO CTN. APLICABILIDADE DA SÚMULA N. 227 DO EXTINTO TFR APENAS PARA AS DECLARAÇÕES DE IMPORTAÇÃO DENTRO DA SISTEMÁTICA DE LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO (ART. 147, DO CTN), OU SEJA, DECLARAÇÕES REGISTRADAS DURANTE A VIGÊNCIA DO DECRETO N. 91.030/85 (RA-85).
1. Ausente a alegada violação ao art. 535, do CPC/1973, tendo em vista a manifestação suficiente sobre os artigos de lei e teses invocados pelo recorrente.
2. O "Despacho Aduaneiro" é um procedimento que se inicia com o registro da "Declaração de Importação" (art. 44, do Decreto-Lei n. 37/66), passa pela "Conferência Aduaneira" nos chamados canais "Verde", "Amarelo", "Vermelho" e "Cinza" (art. 50, do Decreto-Lei n. 37/66 e art. 21, da IN/SRF n. 680/2006), depois pelo "Desembaraço Aduaneiro" onde se libera a mercadoria importada (art. 51, do Decreto-Lei n. 37/66) e pode ter sua conclusão submetida a condição resolutória por 5 (cinco) anos, em razão da homologação ("Conclusão do Despacho" via "Revisão Aduaneira") prevista no art. 54, do Decreto-Lei n. 37/66 e art. 638, do Decreto n. 6.759/2009 - RA-2009).
3. Assim, o lançamento efetuado pela autoridade fiscal e aduaneira no procedimento de "Revisão Aduaneira" tem por base o art. 54, do Decreto-Lei n. 37/66, o art. 150, §4º, do CTN, e o art. 638, do Decreto n. 6.759/2009 (RA-2009) que permitem a reclassificação fiscal da mercadoria na NCM. Sua autorização legal está nos incisos I, IV e V, do art. 149, do CTN.
4. São inconfundíveis a "Conferência Aduaneira" e o "Desembaraço Aduaneiro" e a "Conclusão do Despacho" ("Revisão Aduaneira") que pode se dar 5 (cinco) anos depois, tendo em vista a condição resolutória prevista tanto no art. 54, do Decreto-Lei n. 37/66, quanto no art. 150, §4º, do CTN, e no art. 638, do Decreto n. 6.759/2009 (RA-2009) que adotaram a sistemática do lançamento por homologação.
5. É pacífica a jurisprudência desta Casa no sentido de que a "Conferência Aduaneira" e o posterior "Desembaraço Aduaneiro" (arts.
564 e 571 do Decreto n. 6.759/2009) não impedem que o Fisco realize o procedimento de "Revisão Aduaneira", respeitado o prazo decadencial de cinco anos da sistemática de lançamento por homologação (art. 638, do Decreto 6.759/2009). Precedentes: REsp. n. 1.201.845/RJ, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 18.11.2014; REsp. n. 1.656.572 / RS, Segunda Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 18.04.2017; AgRg no REsp. n. 1.494.115 / SC, Segunda Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 03.03.2015; REsp. n. 1.452.531 / SP, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 12.08.2014; REsp. n. 1.251.664/PR, Segunda Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 18.08.2011.
6. Indiferente os canais adotados para a "Conferência Aduaneira" ("Verde", "Amarelo", "Vermelho" ou "Cinza"), somente há que se falar em lançamento efetuado no ato de "Conferência Aduaneira" se houver a apresentação da Manifestação de Inconformidade a que se refere o art. 42, §2º, da IN/SRF n. 680/2006. Não ocorrendo esse lançamento, as retificações de informações constantes da Declaração de Importação - DI são atos praticados pelo próprio contribuinte na condição de "autolançamento", dentro da sistemática de lançamento por homologação, apenas se cogitando da incidência do art. 146, do CTN (modificação de "critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa"), se esses atos se deram em razão de orientação expressa dada pelo fisco no momento de sua feitura que há de ser comprovada nos autos.
7. A partir do advento do Decreto n. 4.543/2002 (RA-2002), a classificação da mercadoria passou a ser ato praticado pelo CONTRIBUINTE importador na "Declaração de Importação", o que passou a caracterizar portanto, a figura do "autolançamento" ou lançamento por homologação e não mais o lançamento por declaração que vigorava anteriormente na vigência do Decreto n. 91.030/85 (RA-85), pois o contribuinte passou a apontar todos os elementos constitutivos do fato gerador e a adiantar o pagamento. Neste mesmo momento, a inserção da "Revisão Aduaneira" dentro da sistemática do lançamento por homologação se deu também com o advento do art. 570, §2º, I, do Decreto n. 4.543/2002 (RA-2002), que passou a fazer alusão ao prazo do art. 54, do Decreto-Lei n. 37/66 (lançamento por homologação) e não mais ao do art. 149, parágrafo único (revisão de ofício de lançamento), como o fazia o art. 456, do Decreto n. 91.030/85 (RA-85).
8. O registro é importante porque invariavelmente os contribuintes invocam jurisprudência deste STJ, respaldada na Súmula n. 227 do extinto TFR ("A mudança de critério jurídico adotado pelo fisco não autoriza a revisão do lançamento") construída para a situação anterior [vigência do Decreto n. 91.030/85 (RA-85)] onde o lançamento era por declaração para as situações que tais (art. 147, do CTN), o que impossibilitava a realização de lançamento suplementar pelo fisco para corrigir a classificação fiscal, já que seria um segundo lançamento efetuado com base no art. 149, parágrafo único, do CTN, havendo, portanto, o óbice do art. 146, do mesmo CTN.
Contudo, em se tratando de Declaração de Importação registrada após a revogação do Decreto n. 91.030/85 (RA-85), na "Revisão Aduaneira" o que existe é o lançamento em si efetuado por vez primeira dentro da sistemática do lançamento por homologação (art. 150, §4º, do CTN) e não uma revisão de lançamento já efetuado, que seria um segundo lançamento realizado consoante o art. 149, parágrafo único, do CTN.
9. Assim, para as Declarações de Importação registradas após a revogação do Decreto n. 91.030/85 (RA-85) é inaplicável a Súmula n. 227 do extinto TFR ("A mudança de critério jurídico adotado pelo fisco não autoriza a revisãodo lançamento") e, por conseguinte, são inaplicáveis os precedentes: REsp. n. 1.112.702/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20.10.2009; AgRg no REsp. n. 1.347.324 / RS, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 06.08.2013; REsp. n. 1.079.383 / SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 18.06.2009; AgRg no REsp 478389 / PR, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 25.09.2007; REsp 654076 / RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 19.04.2005; REsp 412904 / SC, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 07.05.2002; REsp. n. 27.564 / RJ, Segunda Turma, Rel. Ari Pargendler, julgado em 02.05.1996; dentre outros que se referem à sistemática de lançamento anterior.
10. Recurso especial não provido.
(REsp n. 1.576.199/SC, relator Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 13/4/2021, DJe de 19/4/2021.)
Anexo V
TRF4 - Apelação/Reexame Necessário 5001545-79.2012.404.7201/SC
EMENTA: TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO. IMPORTAÇÃO. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. REVISÃO ADUANEIRA DE DI PARAMETRIZADA PARA O CANAL VERMELHO DE CONFERÊNCIA ADUANEIRA. DETERMINAÇÃO DE RECLASSIFICAÇÃO. MODIFICAÇÃO DE CRITÉRIO JURÍDICO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A revisão aduaneira trata-se procedimento administrativo previsto no art. 638 do Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759/2009), ato pelo qual é apurada, após o desembaraço aduaneiro, a regularidade do pagamento dos impostos e dos demais gravames devidos à Fazenda Nacional, da aplicação de benefício fiscal e da exatidão das informações prestadas pelo importador na declaração de importação, ou pelo exportador na declaração de exportação. 2. Caso a DI revisada tenha sido selecionada para o canal vermelho de conferência aduaneira - no qual há criteriosa análise documental de toda a operação realizada, inclusive com a verificação física da mercadoria -, o fato de a autoridade não ter, à época do desembaraço aduaneiro, apontado nenhum erro quanto à classificação fiscal, embora não configure homologação formal expressa dos procedimentos realizados pelo importador, sem dúvida causaria neste uma expectativa de direito de utilizar-se novamente dos mesmos procedimentos em importações futuras. Nesse contexto, seria possível concluir por uma verdadeira mudança de critério jurídico, ainda que limitada à seara fática da controvérsia. (TRF4, APELREEX 5001545-79.2012.4.04.7201, SEGUNDA TURMA, Relator OTÁVIO ROBERTO PAMPLONA, juntado aos autos em 05/07/2013)
Anexo VI
CARF – Súmula 161
Aprovada pela 3ª Turma da CSRF em 03/09/2019
O erro de indicação, na Declaração de Importação, da classificação da mercadoria na Nomenclatura Comum do Mercosul, por si só, enseja a aplicação da multa de 1%, prevista no art. 84, I da MP nº 2.158-35, de 2001, ainda que órgão julgador conclua que a classificação indicada no lançamento de ofício seria igualmente incorreta.
Acórdãos Precedentes:
3201-000.007, 3102-002.198, 9303-006.331, 9303-006.474 e 9303-008.194.
(Vinculante, conforme Portaria ME nº 410, de 16/12/2020, DOU de 18/12/2020).
Anexo VII
CARF - Processo 10830.727851/2016-50
Número do Processo 10830.727851/2016-50
Contribuinte GE POWER & WATER EQUIPAMENTOS E SERVICOS DE ENERGIA E TRATAMENTO DE AGUA LTDA. 
Tipo do Recurso: RECURSO ESPECIAL DO CONTRIBUINTE
Data da Sessão 15/05/2024
Relator(a) LIZIANE ANGELOTTI MEIRA
Ementa(s)
ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS
Período de apuração: 01/01/2012 a 31/12/2013
COMBINAÇÕES DE ELEMENTOS OU MÁQUINAS DIFERENTES. EXECUÇÃO EM CONJUNTO DE FUNÇÃO ESPECÍFICA, BEM DETERMINADA. CLASSIFICAÇÃO. FUNÇÃO DESEMPENHADA PELO CONJUNTO.
Nos termos das regras de classificação fiscal de mercadorias, as combinações de máquinas ou as máquinas constituídas de elementos distintos, destinadas a desempenhar em conjunto uma função bem determinada compreendida em uma das posições do capítulo 84 ou capítulo 85, classificam-se na posição correspondente à função que desempenham.
LAUDOS OU PARECERES. ASPECTOS TÉCNICOS. OBSERVAÇÃO OBRIGATÓRIA. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA AUTORIDADE FISCAL.
Os laudos ou pareceres do Laboratório Nacional de Análises, do Instituto Nacional de Tecnologia e de outros órgãos federais congêneres serão adotados nos aspectos técnicos. A interpretação da legislação tributária aplicável na classificação fiscal de mercadorias, assim como a decisão sobre sua correta classificação, são de competência exclusiva do Auditor-Fiscal da Receita Federal.
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