Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

S U C Ó T
Devarim [Deuteronômio] 16:13
O QUE É... SUCÓT
Na época de Sucót, o inverno está terminando em alguns países, como no Brasil, e começando em outros. Às vezes é 
um pouco frio para ficar fora de casa sem uma malha e, em alguns lugares, até começa a nevar. Mas justamente nesse 
tempo temos uma festa, Sucót, quando devemos ficar lá fora – bem, na verdade, numa pequena cabana chamada sucá. 
Durante uma semana inteira, a vida gira em torno da sucá. Comemos dentro dela, nós nos entretemos lá dentro e, em 
alguns lugares, se o clima é agradável, até dormimos dentro da sucá.
Os primeiros dois dias de Sucót (em Israel é apenas um dia) são como o Shabat. Em vez de ir para o trabalho ou para a 
escola, muitas pessoas ficam em casa com a família, vão à sinagoga... e, é claro, passam o tempo na sucá. Então vêm os 
cinco dias de Chol Hamoêd, que se parecem com dias comuns no que diz respeito a trabalho e escola, mas neles ainda 
passamos um tempo na sucá, pelo menos ao comer e relaxar. O último dia de Chol Hamoêd é chamado de Hoshaná Rabá. 
Assim que Sucót termina, temos mais uma festa curta, que dura dois dias fora de Israel. O primeiro dia é chamado de 
Shemini Atséret, que significa Reunião do Oitavo Dia; o segundo é chamado de Simchat Torá, que significa Alegria da 
Torá. Quando o Templo existia, os judeus realizavam serviços pelo bem de todas as pessoas e povos do mundo durante 
Sucót. De acordo com um antigo ditado, assim que Sucót termina, Deus diz ao povo judeu: “Agora é hora de termos uma 
festa especial, somente para vocês e Eu.” Em Shemini Atséret, rezamos por um inverno chuvoso, para que os agricultores 
de Israel possam colher uma boa safra. Em Simchat Torá, celebramos junto com a Torá. A cada Shabat, durante um 
ano inteiro, lemos a parashá – alguns capítulos da Torá. Em Simchat Torá, lemos tanto os últimos quanto os primeiros 
capítulos da Torá, para mostrar que, mesmo quando já terminamos de ler toda a Torá, devemos começar tudo de novo.
HISTÓRIA
Durante quarenta anos, os judeus vagaram pelo deserto, no caminho do Egito para a Terra Prometida. 
Eles não tinham tempo para construir casas de verdade, pois estavam sempre viajando. Em vez disso, 
montavam cabanas no local onde passariam a noite. Todos viviam nessas cabanas, desde Moisés [Moshe], 
o líder, até as pessoas mais pobres. Muito tempo se passou desde então, mas uma vez ao ano nós nos 
lembramos de como eram as coisas quando saímos do Egito.
A TERRA
Sucót pode ser uma época muito alegre 
para os agricultores. Se o ano que passou 
foi bom, eles já terminaram de reunir a 
colheita e podem agora relaxar durante o 
inverno. É por isso que Sucót também é chamada de Chag 
Haassíf – Festa da Colheita. Para mostrar como estavam 
agradecidas pela colheita, as pessoas levavam parte dela 
ao Templo de Jerusalém e a ofereciam a Deus. Lá, rezavam 
também por chuvas. Como não existem grandes rios em 
Israel, a chuva é a principal fonte de água. Mesmo hoje, 
ainda recitamos preces especiais por chuvas em Shemini 
Atséret.
COSTUMES
Existe uma porção de coisas para fazer 
em Sucót. Primeiro, construímos uma 
sucá e a decoramos. Quando ela fica 
pronta, podemos entrar nela. Em Sucót, 
também pegamos os arba minim, ou quatro espécies 
de plantas: um luláv (ramo de tamareira) e um etróg 
(tipo de cidra – espécie parecida com um limão), ramos 
de hadás (murta) e aravá (salgueiro). A cada manhã de 
Sucót (exceto no Shabat), carregamos os arba minim em 
uma marcha dentro da sinagoga.
O QUE É... SUCÓT
Na época de Sucót, o inverno está terminando em alguns países, como no Brasil, e começando em outros. Às vezes é 
um pouco frio para ficar fora de casa sem uma malha e, em alguns lugares, até começa a nevar. Mas justamente nesse 
tempo temos uma festa, Sucót, quando devemos ficar lá fora – bem, na verdade, numa pequena cabana chamada sucá. 
Durante uma semana inteira, a vida gira em torno da sucá. Comemos dentro dela, nós nos entretemos lá dentro e, em 
alguns lugares, se o clima é agradável, até dormimos dentro da sucá.
Os primeiros dois dias de Sucót (em Israel é apenas um dia) são como o Shabat. Em vez de ir para o trabalho ou para a 
escola, muitas pessoas ficam em casa com a família, vão à sinagoga... e, é claro, passam o tempo na sucá. Então vêm os 
cinco dias de Chol Hamoêd, que se parecem com dias comuns no que diz respeito a trabalho e escola, mas neles ainda 
passamos um tempo na sucá, pelo menos ao comer e relaxar. O último dia de Chol Hamoêd é chamado de Hoshaná Rabá. 
Assim que Sucót termina, temos mais uma festa curta, que dura dois dias fora de Israel. O primeiro dia é chamado de 
Shemini Atséret, que significa Reunião do Oitavo Dia; o segundo é chamado de Simchat Torá, que significa Alegria da 
Torá. Quando o Templo existia, os judeus realizavam serviços pelo bem de todas as pessoas e povos do mundo durante 
Sucót. De acordo com um antigo ditado, assim que Sucót termina, Deus diz ao povo judeu: “Agora é hora de termos uma 
festa especial, somente para vocês e Eu.” Em Shemini Atséret, rezamos por um inverno chuvoso, para que os agricultores 
de Israel possam colher uma boa safra. Em Simchat Torá, celebramos junto com a Torá. A cada Shabat, durante um 
ano inteiro, lemos a parashá – alguns capítulos da Torá. Em Simchat Torá, lemos tanto os últimos quanto os primeiros 
capítulos da Torá, para mostrar que, mesmo quando já terminamos de ler toda a Torá, devemos começar tudo de novo.
HISTÓRIA
Durante quarenta anos, os judeus vagaram pelo deserto, no caminho do Egito para a Terra Prometida. 
Eles não tinham tempo para construir casas de verdade, pois estavam sempre viajando. Em vez disso, 
montavam cabanas no local onde passariam a noite. Todos viviam nessas cabanas, desde Moisés [Moshe], 
o líder, até as pessoas mais pobres. Muito tempo se passou desde então, mas uma vez ao ano nós nos 
lembramos de como eram as coisas quando saímos do Egito.
A TERRA
Sucót pode ser uma época muito alegre 
para os agricultores. Se o ano que passou 
foi bom, eles já terminaram de reunir a 
colheita e podem agora relaxar durante o 
inverno. É por isso que Sucót também é chamada de Chag 
Haassíf – Festa da Colheita. Para mostrar como estavam 
agradecidas pela colheita, as pessoas levavam parte dela 
ao Templo de Jerusalém e a ofereciam a Deus. Lá, rezavam 
também por chuvas. Como não existem grandes rios em 
Israel, a chuva é a principal fonte de água. Mesmo hoje, 
ainda recitamos preces especiais por chuvas em Shemini 
Atséret.
COSTUMES
Existe uma porção de coisas para fazer 
em Sucót. Primeiro, construímos uma 
sucá e a decoramos. Quando ela fica 
pronta, podemos entrar nela. Em Sucót, 
também pegamos os arba minim, ou quatro espécies 
de plantas: um luláv (ramo de tamareira) e um etróg 
(tipo de cidra – espécie parecida com um limão), ramos 
de hadás (murta) e aravá (salgueiro). A cada manhã de 
Sucót (exceto no Shabat), carregamos os arba minim em 
uma marcha dentro da sinagoga.
Tami: Beto, aonde você está indo com todos esses galhos?
Beto: Oi, Tami! Isto não são galhos comuns. Eles são para 
o sechach. Você não se lembra do que a professora 
disse? Amanhã é Sucót e estou ajudando a construir 
uma sucá.
Tami: Posso ajudar em alguma coisa? 
Beto: Claro. Você pode arrumar os arba minim enquanto 
organizamos as mesas e as cadeiras. Depois, vamos 
fazer os enfeites.
Tami: Para que tantas cadeiras?
Beto: São para todas as visitas.
Tami: Visitas? Quem virá nos visitar?
Beto: Bem, todos os pais dos alunos e... mais alguns visitantes especiais, chamados ushpizin.
Tami: E você sabe quem são eles? Oh, veja todos esses lindos etroguim! Eles são tão cheirosos!
Beto: Esses etroguim vieram de Israel, provavelmente no mesmo avião que os ushpizin. 
Tami: Vou ter que contar para você um pouco sobre os ushpizin, Beto, mas antes vamos 
trabalhar. Temos muuuuito o que fazer!
Arba minim
Uma explicação bem popular sobre os arba minim (luláv, 
etróg, hadás e aravá) diz que eles representam os 
diferentes tipos de judeus. O etróg tem gosto e 
cheirobom, como os judeus que conhecem a Torá 
e fazem boas ações. As tâmaras do luláv têm 
gosto delicioso, mas o luláv não tem cheiro, 
como judeus que conhecem a Torá mas não 
fazem boas ações. Os hadassim cheiram 
bem mas não têm frutos, como aqueles que 
fazem boas ações mas não conhecem a Torá. Finalmente, 
a aravá não tem cheiro nem gosto, como aqueles que não 
conhecem a Torá e não fazem boas ações. Assim, seguramos 
os arba minim juntos, para que as partes boas de cada um 
completem o que falta nos outros. Somente quando estão 
todos juntos eles são completos. 
Sucá
A sucá pode ter duas e meia, três 
ou quatro paredes (assim como as 
letras hebraicas para sucá). Ela pode 
ser construída num jardim, numa varanda ou 
até num telhado.
Sechach
Sechach são as folhas e os galhos que colo-
camos em cima da sucá. O sechach não é um 
teto verdadeiro. À noite podemos ver as estrelas 
através dele, o que nos faz lembrar que, mesmo 
dentro da sucá, ainda estamos do lado de fora, 
e é Deus quem, lá do alto, sempre nos protege.
Enfeites
Para deixar a sucá bem bonita e decorada, 
costuma-se pendurar frutas e correntes de 
papel no teto e desenhos nas paredes.
Ushpizin
Você vai descobrir quem são eles no cantinho 
desta e das próximas páginas.
Chag Samêach! Eu sou 
Abrahão [Avraham], o primeiro 
judeu e o primeiro visitante 
de Sucót. Minha tenda estava 
sempre aberta às visitas, assim 
como a sua sucá.
A Visita 
todos os seus alunos e uma porção de 
mesa, esperando que o rabino 
a escolher as saladas. E quando algumas pessoas sugeriram 
Eu, Isaac [Its’chac], desejo 
a você Chag Samêach! Sou o 
filho de Avraham e o segundo 
visitante dos ushpizin.
Beto: Tami, você está acordada? 
Tami: Agora sim...
Beto: Desculpe-me, é que eu não consigo adormecer. Eu nunca tentei dormir numa sucá antes. 
Tami: Sei o que você quer dizer, mas é melhor tentar pegar no sono. Amanhã é Chol Hamoêd e 
nós temos aula. Você sabia que, no ano que vem, quando eu estiver em Israel, eu não vou 
ter aula? Lá, as escolas fecham durante todo o Chol Hamoêd!
Beto: Uau!
Tami: E não é só isso, não: lá, eles têm um dia a mais de Chol 
Hamoêd. Aqui no Brasil, por exemplo, o segundo 
dia das festas é Iom Tov Shení Shel Galuiót.
Beto: Então eles têm mais Chol Hamoêd do que 
nós? Uau, como eu gostaria de estar em 
Israel em Sucót! Os aeroportos também 
estão fechados em Chol Hamoêd?
Tami: Acho que não, mas, de qualquer jeito, você não tem 
passagem...
Beto: É mesmo, você tem razão. Mas posso sonhar que estou indo...
Tami: Boa ideia! Então, vê se dorme agora!
Dormir na Sucá
A mitsvá mais importante 
de Sucót era dormir na 
sucá. Quando os judeus 
foram para o exílio, 
muitas vezes passaram a 
morar em países onde era 
frio e chuvoso demais para continuar fazendo isso, 
então eles passaram apenas a comer na sucá. No 
entanto, em lugares mais quentes, especialmente 
em Israel, ainda há muitas pessoas que dormem na 
sucá em todas as noites de Sucót.
Chol Hamoêd
Os últimos cinco dias de Sucót são chamados 
de Chol Hamoêd, os “dias de semana da festa”. 
Continuamos vivendo na sucá e usando o luláv e 
o etróg, mas podemos também trabalhar e ir para 
a escola e fazer tudo o que fazemos normalmente 
durante a semana.
Iom Tov Sheni Shel Galuiót
Muitas das festas, inclusive Sucót, duram 
um dia a menos em Israel, diferentemente 
de todos os outros lugares. Antigamente, 
o tribunal de Jerusalém anunciava o início 
do mês hebraico de Tishrei, e aí todos 
contavam quinze dias até Sucót. Mas, às 
vezes, levava muito tempo para a decisão do tribunal chegar aos 
locais mais afastados e as pessoas acabavam celebrando Sucót 
no dia errado. Então foi decidido que certas festas, como Sucót, 
seriam celebradas por um dia a mais em todos os lugares – exceto 
em Israel, onde as pessoas ficavam sabendo da decisão do tribunal 
imediatamente. Mesmo que hoje em dia tenhamos calendários, 
ainda assim celebramos o Iom Tov Shení Shel Galuiót, o “Segundo 
Dia da Diáspora”, em todos os países – exceto em 
Israel.
Chag Samêach! Você se lembra de mim? Eu 
sou seu visitante Jacob [Iaacov]. Passei um 
tempão como hóspede do meu sogro Lavan e 
do Faraó no Egito.
Tami: Beto, vamos logo! Não quero me atrasar para a 
festa de Simchat Bêt Hashoevá!
Beto: Desculpe-me, Tami, mas preciso me trocar antes. 
Pensei em preparar algo especial para a festa e 
decidi fazer malabarismos com ovos.
Tami: E o que aconteceu?
Beto: Olhe só para mim!... Por que você não treina 
com seu violino ou, melhor ainda, dança um 
pouco, enquanto eu troco de roupa?
Tami: Tudo bem. Falando nisso, ainda bem que você 
não tentou fazer malabarismos com tochas...
Beto: Eu bem que queria, mas minha mãe não gostou 
nada da ideia...
Simchat Bêt Hashoevá
Este era o nome da festa que acontecia no Templo durante 
o Chol Hamoêd de Sucót. Significa “Alegria da Retirada das 
Águas” e nos lembra que somente em Sucót derramava-se 
água no altar, como uma prece por chuvas no inverno que se 
aproximava. Hoje, muitas pessoas fazem festas especiais com 
música e dança nas noites do Chol Hamoêd de Sucót para 
recordar a celebração de Simchat Bêt Hashoevá no Templo.
Chag Samêach a todos de Moisés [Moshe]! 
Fui eu que conduzi os judeus para fora do Egito 
e, por isso, acho que você pode dizer que eu 
tive a primeira sucá.
Malabarismos
No Templo, 
até mesmo os 
maiores rabinos 
e mestres faziam 
todo tipo de truques 
e apresentações 
para mostrar como 
estavam felizes 
durante a celebração 
de Simchat Bêt 
Hashoevá. Um dos 
melhores momentos 
era observar Raban Shimon ben Gamliel, o homem 
mais sábio de sua época, fazendo malabarismos 
com tochas acesas diante de todos.
Tami: Beto, vamos logo! Não quero me atrasar para a 
festa de Simchat Bêt Hashoevá!
Beto: Desculpe-me, Tami, mas preciso me trocar antes. 
Pensei em preparar algo especial para a festa e 
decidi fazer malabarismos com ovos.
Tami: E o que aconteceu?
Beto: Olhe só para mim!... Por que você não treina 
com seu violino ou, melhor ainda, dança um 
pouco, enquanto eu troco de roupa?
Tami: Tudo bem. Falando nisso, ainda bem que você 
não tentou fazer malabarismos com tochas...
Beto: Eu bem que queria, mas minha mãe não gostou 
nada da ideia...
Simchat Bêt Hashoevá
Este era o nome da festa que acontecia no Templo durante 
o Chol Hamoêd de Sucót. Significa “Alegria da Retirada das 
Águas” e nos lembra que somente em Sucót derramava-se 
água no altar, como uma prece por chuvas no inverno que se 
aproximava. Hoje, muitas pessoas fazem festas especiais com 
música e dança nas noites do Chol Hamoêd de Sucót para 
recordar a celebração de Simchat Bêt Hashoevá no Templo.
Chag Samêach a todos de Moisés [Moshe]! 
Fui eu que conduzi os judeus para fora do Egito 
e, por isso, acho que você pode dizer que eu 
tive a primeira sucá.
Malabarismos
No Templo, 
até mesmo os 
maiores rabinos 
e mestres faziam 
todo tipo de truques 
e apresentações 
para mostrar como 
estavam felizes 
durante a celebração 
de Simchat Bêt 
Hashoevá. Um dos 
melhores momentos 
era observar Raban Shimon ben Gamliel, o homem 
mais sábio de sua época, fazendo malabarismos 
com tochas acesas diante de todos.
Beto: Tami, onde você estava ontem?
Tami: Fui para o campo colher aravót para Hoshaná Rabá.
Beto: Estou um pouco confuso sobre Hoshaná Rabá. É Sucót, mas é também um pouco como 
Iom Kipúr, certo?
Tami: É verdade. Mesmo que Deus já tenha decidido o que vai acontecer com a gente no próximo 
ano, ainda temos uma chance antes que Ele feche os Portões do Céu. Hoje é o último dia, 
digamos assim.
Beto: Ainda dizemos Hoshanót na sinagoga, não é?
Tami: Sim, mas em vez de fazer apenas uma hacafá, fazemos sete, e então pegamos as nossas 
aravót e batemos com elas no chão.
Beto: Agora estou lembrando. Acho que vou tentar me comportar muito melhor no ano que 
vem. Assim não vou precisar bater tão forte com as minhas aravót. 
Hacafá
Hacafá é um desfile especial 
que fazemos dentro da 
sinagoga com os arba 
minim durante Sucót. 
Normalmente,marchamos 
ao redor da mesa central 
apenas uma vez, mas em Hoshaná Rabá damos sete 
voltas e, a cada vez, recitamos uma prece diferente.
Portões do Céu
De acordo com a 
tradição judaica, 
Deus abre os 
Portões do Céu 
para nossas pre-
ces em Rosh 
Hashaná, decide 
o que acontecerá 
conosco no próxi-
mo ano e escreve Sua decisão num grande livro. Em Iom 
Kipúr, Ele assina e sela esse livro. Mas temos ainda uma 
última chance – Hoshaná Rabá – para mostrar a Deus que 
nossa intenção era boa realmente. Depois disso, Ele fecha 
os Portões do Céu (mesmo assim, se tentarmos de verdade, 
nossas preces sempre podem entrar).
Hoshaná Rabá
O último dia de Sucót é chamado de Hoshaná Rabá – Grande 
Hoshaná. A cada dia de Sucót, recitamos preces especiais 
chamadas de Hoshanót (Hoshána quer dizer “Salve-nos!”) 
durante as hacafót. Em Hoshaná Rabá, repetimos todas as 
Hoshanót que recitamos em Sucót e adicionamos mais uma, 
para completar sete. Nelas, pedimos a Deus que nos ajude 
e, caso não mereçamos, que Ele nos auxilie por causa dos 
nossos ancestrais, que realmente mereciam.
Aravót
Quando terminamos as hacafót, 
pegamos cinco aravót e batemos 
com elas no chão até as 
folhas caírem. Assim, 
expressamos a esperança 
de que nossos pecados 
desapareçam, como 
as folhas da aravá que 
caíram e se perderam.
Chag Samêach! Eu sou Aarão 
[Aharon], o sumo-sacerdote. Quando os 
judeus deixaram o Egito, Deus também 
teve de morar numa casa temporária, o 
Mishcan, onde eu trabalhei. 
Beto: Shemini Atséret é realmente um dia estranho! 
Todo mundo fica rezando pela chuva... mas já 
está chovendo!
Tami: Beto, não estamos rezando por nós 
mesmos! Rezamos a Tefilat Haguéshem 
pelos agricultores de Israel, que 
precisam da chuva para suas plantações. 
Falando nisso, você ouviu a previsão do 
tempo?
Beto: Ouvi. Disseram que vai parar de chover hoje à 
noite.
Tami: Isso é bom, pois amanhã é Simchat Torá e 
todos estarão dançando nas ruas.
Simchat Torá
Simchat Torá é o último 
dia de um longo período 
de festas que começou 
com Rosh Hashaná. É um 
dia muito especial, como 
você vai descobrir na próxima 
página.
Tefilat Haguéshem
A prece pela chuva 
– Tefilat Haguéshem 
– marca o começo 
do inverno em Israel. 
Desse dia em diante, 
acrescentam-se nas 
rezas as palavras mashiv 
harúach umoríd haguéshem 
(“Aquele que faz o vento 
soprar e a chuva cair”). Fora 
de Israel, fazemos isso só no 
início do mês de dezembro.
Shemini Atséret
Logo depois de 
Sucót, vem uma 
nova festa, Shemini 
Atséret. Agora não 
usamos mais a 
sucá nem damos 
voltas ao redor da 
sinagoga com os 
arba minim. Agora que Sucót já passou, podemos rezar 
pela chuva.
Chag Samêach! Eu sou José 
[Iossef]. Pena que a festa 
acabou... Sua sucá estava tão 
colorida quanto meu manto! 
Tami: Ei, Beto! Pegue uma bandeira e espete uma maçã na ponta.
Beto: Valeu, Tami! Estou pronto para as hacafót. Como estou?
Tami: Eu acho que você está bem. Por que está tão preocupado?
Beto: É que hoje eu vou ter a minha primeira aliá com todos os 
meninos em Col Hanearím.
Tami: Uau! Isso, sim, é que é legal! Se você continuar assim, poderá ser 
o Chatan Torá algum dia. Já contei para você quem é o Chatan 
Bereshit?
Beto: Não, mas já ouvi dizer que é o seu pai. É uma grande honra. Mazal Tov!
Tami: E Mazal Tov pra você por sua primeira aliá!
Chatan Torá
Em Simchat Torá lemos Vezot Haberachá, 
a última parashá (trecho) da Torá. 
Geralmente, a última pessoa a ter essa 
aliá é um dos membros mais respeitados 
da congregação, como o rabino. A pessoa 
que recebe a aliá é chamada de Chatan 
Torá, o noivo da Torá.
Aliá
Esta palavra significa “subir” em hebraico. Nós subimos 
quando nos mudamos para Israel, e subimos para fazer 
as berachót (bênçãos) e ler a Torá. Normalmente, apenas 
algumas pessoas recebem a aliá para a Torá, mas em 
Simchat Torá todos na sinagoga recebem uma aliá.
Hacafót
Em Sucót, marchamos 
ao redor da mesa 
central da sinagoga 
com os arba minim. 
Em Simchat Torá, 
damos sete voltas ao 
redor da mesa central da sinagoga 
carregando os rolos da Torá. 
Col Hanearím
Até as crianças são chamadas 
para uma aliá na Torá em 
Simchat Torá. Elas ficam 
juntas debaixo de um 
grande talit e, juntas, 
recitam as berachót 
antes e depois da leitura 
da Torá. Quando terminam, 
seus pais jogam balas sobre elas.
Chatan Bereshit
Logo depois que o Chatan Torá conclui 
sua aliá, a Torá é enrolada novamente até 
o início e outra pessoa é chamada para a 
primeira aliá do Livro de Bereshit [Gênesis]. 
A pessoa que recebe essa aliá é chamada 
de Chatan Bereshit, o noivo do Livro de Bereshit. Essa 
aliá também é reservada a um membro respeitado na 
comunidade, como o pai de Tami.
Chag Samêach! Eu sou o rei David! Você 
sabia que, antes de ser rei, eu era um pastor? 
Naquele tempo, eu vivia numa sucá o ano 
inteiro. 
Simchat Torá na antiga União Soviética
a sinagoga. 
– Todos, exceto o papai. Vamos lá!
com medo, mas, ao mesmo tempo, agradecidos pela 
conseguiram alcançar a porta. A 
Os meninos conheciam muitas 
uma completa surpresa. 
Chag Samêach! Sou o rei 
Salomão [Shlomo]. Escrevi o 
Livro de Cohélet [Eclesiastes], 
que lemos no Chol Hamoêd.
Os sorrisos desapareceram rapidamente: 
na sinagoga em Simchat Torá.
Beto: Você mentiu para mim, Tami. Não fale mais comigo!
Tami: Menti? O que foi que eu falei de errado?
Beto: Você me prometeu que teríamos uma festa a cada mês. Hoje, a professora disse que 
não há nenhuma festa neste mês. Eu quero uma festa em novembro também!
Tami: Em primeiro lugar, a professora não disse nada sobre novembro. 
Ela disse Mar-Cheshvan. 
Beto: Mar o quê? Mar Heshenbaum, aquele novo professor que chegou de Israel?
Tami: Não, Mar-Cheshvan é o nome de um mês judaico.
Beto: Ah, eu me lembro que a professora falou alguma coisa sobre um calendário judaico, 
mas não entendi muito bem...
Tami: Tenho uma ideia! Você não ganhou um telescópio de presente de aniversário?
Beto: Sim, é o máximo! Posso ver a lua e todas as estrelas.
Tami: Vá buscar e me encontre na próxima página. Vou explicar a você algumas coisas sobre o 
calendário judaico.
Mar-Cheshvan
O mês de Cheshvan é o único mês do calendário 
judaico que não tem dias especiais. Alguns dizem que é 
por isso que o chamamos de Mar-Cheshvan – Amargo 
Cheshvan. De acordo com outra lenda, todos os meses 
foram juntos consolar Cheshvan e, por isso, deram a ele 
o título de “Mar”, ou seja, “senhor Cheshvan”. 
Calendário Judaico
As festas judaicas são celebradas 
de acordo com o calendário judaico. 
Ele tem doze meses: Tishrei, Cheshvan, 
Kislev, Tevêt, Shevat, Adar, Nissan, Iyar, Sivan, Tamúz, 
Av e Elul. Às vezes, em alguns anos, um mês extra – 
chamado de Adar Bet – é acrescentado.
Beto: Aqui está o telescópio. Como é pesado! Pra que você precisa dele?
Tami: Vamos montá-lo e você vai ver. Diga se consegue ver a Lua. 
Beto: Ei, lá está ela. Uau! Veja como está minúscula. Mal consigo vê-la. 
Tami: É verdade. Isso quer dizer que é Rosh Chódesh, ou o começo do 
novo mês judaico. 
Beto: Rosh Chódesh? Hummm, é como um Rosh Hashaná, certo?
Tami: Isso! Rosh Hashaná é o começo do novo ano, e o Rosh Chódesh 
é o começo do novo mês. Ele começa assim que vemos a lua 
nova. 
Beto: E o que as pessoas faziam antes de existirem telescópios?
Tami: Muito tempo atrás, o tribunal de Jerusalém decidia quando era o 
Rosh Chódesh. Assim que algumas pessoas viam a lua nova, elas 
corriam para contar ao tribunal. Então o tribunal proclamava que 
o novo mês tinha começado e acendia uma fogueira no topo de uma montanha 
alta. Assim, todos que viam a fogueira sabiam que já era Rosh Chódesh. Além disso, 
eles faziam uma grande festa em homenagem às pessoas que tinham ido testemunhar.
Beto: Ei, eu fui o primeiro a ver a Lua, então você precisa fazer uma festa para mim!
Tami: Que tal leite com biscoitos?
Beto: Hummm, nada mal!
Lua
O calendário que usamos 
normalmente é baseado no 
tempo que a Terra leva para 
fazer a órbita do Sol – 365 
dias. O calendáriojudaico é 
baseado no tempo que a Lua 
leva para fazer a órbita da 
Terra – 29 dias e meio. Como doze meses de 29 ou 
30 dias não equivalem a um ano inteiro, as festas 
mudariam de estação a cada alguns anos. É por 
isso que, em tempos antigos, os sábios decidiram 
acrescentar um mês a cada alguns anos – para que 
Chanucá sempre caia no inverno e Pêssach sempre 
ocorra na primavera.
Rosh Chódesh
Rosh Chódesh é celebrado por um ou dois dias, dependendo 
da extensão do mês anterior. Se o mês que acabou foi de 29 
dias, o Rosh Chódesh é celebrado no primeiro dia do novo 
mês; se o mês que acabou foi de 30 dias, o Rosh Chódesh 
é celebrado no último dia do mês antigo (o 30º) e no 
primeiro dia do novo mês. O Rosh Chódesh era um dia muito 
importante no Templo. Hoje celebramos o Rosh Chódesh 
recitando preces especiais e lendo a Torá na sinagoga.
Fogueira
Assim que as 
pessoas distantes 
viam a fogueira 
anunciando o 
novo mês, elas 
também acendiam 
fogueiras perto 
delas. Em algumas 
horas, havia uma 
corrente de fogueiras desde Jerusalém até a Babilônia, e 
assim todos sabiam que era Rosh Chódesh.