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DISCIPLINA:EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) PROF: ESP. MAYRA RODRIGUES ROCHA A Diversidade Geracional na Educação de Jovens e Adultos (EJA) É a presença de alunos de diferentes idades e experiências em uma mesma sala de aula, o que exige metodologias flexíveis para que professores possam valorizar as vivências únicas de cada um, promovendo um ambiente de aprendizado inclusivo, motivador e que vá além do conteúdo tradicional. O que é a Diversidade Geracional na EJA Diferentes idades e experiências: A EJA reúne estudantes jovens, adultos e idosos, cada um com sua história, conhecimentos e desafios, como a necessidade de trabalhar ou cuidar da família. Riqueza cultural e social: Os alunos trazem consigo diferentes visões de mundo, o que torna a sala de aula um espaço rico para trocas e aprendizados que vão além dos livros. Como trabalhar a Diversidade Geracional na EJA: Estratégias Pedagógicas: Relacione o conteúdo à realidade: Conecte os temas das aulas com as experiências e vivências dos alunos, considerando a diversidade de idades para que todos se sintam contemplados e motivados. Como trabalhar a Diversidade Geracional na EJA: Estratégias Pedagógicas: Promova o diálogo e o debate: Crie espaços seguros para que os alunos expressem suas opiniões e compartilhem suas perspectivas, o que pode ser feito por meio de rodas de conversa e discussões. Como trabalhar a Diversidade Geracional na EJA: Estratégias Pedagógicas: Flexibilize o currículo: O currículo deve ser adaptável para atender às necessidades, ritmos e habilidades de cada aluno, permitindo que todos participem e se sintam acolhidos. Como trabalhar a Diversidade Geracional na EJA: Estratégias Pedagógicas: Use recursos didáticos variados: Utilize recursos como vídeos, materiais digitais e metodologias ativas para tornar o ensino acessível e interessante para diferentes faixas etárias. Como trabalhar a Diversidade Geracional na EJA: Estratégias Pedagógicas: Estimule a autoexpressão e o protagonismo: Incentive os alunos a se expressarem, compartilharem suas histórias e assumirem um papel ativo no processo de aprendizagem. Como trabalhar a Diversidade Geracional na EJA: Estratégias Pedagógicas: Metodologias ativas e colaborativas: Usar a aprendizagem baseada em problemas, projetos ou em resolução de casos, que estimulam a interação e a colaboração entre os alunos, valorizando a contribuição de cada um, independentemente da idade. EXEMPLO NA PRÁTICA: Aula com o tema: A evolução dos produtos de limpeza: O que será trabalhado: comparar os produtos de limpeza de diferentes épocas, abordando a química de bases, ácidos e misturas. 1-Sabão artesanal vs. sabão industrial Adultos e idosos: Compartilham a receita e o processo de fabricação do sabão caseiro, feito com soda cáustica e gordura animal (reação de saponificação). Jovens: Pesquisam a composição química dos sabões e detergentes industrializados, explicando a diferença entre as misturas homogêneas e heterogêneas. PAULO FREIRE Principais obras: Pedagogia do Oprimido (1987); Pedagogia da Autonomia (1996); Educação como prática da liberdade (1967). Sua pedagogia dialógica e humanizadora valoriza o saber de cada sujeito e reconhece as diferentes experiências de vida — inclusive as que derivam da idade e da trajetória social. Freire defende que todo educando traz saberes prévios, fruto de sua história e de seu tempo de vida, e que a escola deve acolher essas diferenças como ponto de partida para a construção do conhecimento. MOACIR GADOTTI Principais obras: Educação e Compromisso Social (2005); Educação de Adultos: teoria, prática e proposta (com Carlos A. Torres, 1999). Contribuição:Gadotti amplia a perspectiva freireana e enfatiza a educação ao longo da vida. Ele entende a EJA como um espaço onde diferentes gerações convivem, trocam saberes e aprendem mutuamente. Defende que a escola deve valorizar a aprendizagem intergeracional, reconhecendo o potencial educativo das experiências de vida dos adultos e idosos. Carlos Rodrigues Brandão Principais obras: O que é Educação Popular (2002); Educar o olhar, ler o mundo (2005). Contribuição:Brandão destaca a educação como um processo cultural e comunitário. Ele reconhece o valor dos saberes trazidos pelos sujeitos, independentemente da idade, e defende uma pedagogia construída coletivamente. Em sua visão, a diversidade de idades e experiências é um dos pilares da educação popular, pois promove trocas de saberes e solidariedade entre gerações. REFERÊNCIAS ARROYO, Miguel. Ofício de Mestre: Imagens e auto-imagens. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação popular. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 2002. DI PIERRO, Maria Clara. “Educação de Jovens e Adultos: democratização, qualidade e equidade.” Educação & Sociedade, Campinas, v. 26, n. 92, p. 1115–1135, 2005. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GADOTTI, Moacir. Educação e Compromisso Social. São Paulo: Cortez, 2005. image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png