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FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE 
 
Ana Lara Cardoso, Brenda Ferreira, Daniel Araújo Luz, Deiveid Magnum F. Santana, Ian 
Vinícius Costa Pires 
 
 
 
TERRITORIALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória da conquista – BA 
2025 
 
 
Ana Lara Cardoso, Brenda Ferreira, Daniel Araújo Luz, Deiveid Magnum F. Santana, Ian 
Vinícius Costa Pires 
 
 
 
 
 
 
 
TERRITORIALIZAÇÃO 
 
Trabalho apresentado à disciplina 
 de Estágio em Saúde da Família 
como requisito para obtenção de 
 nota parcial do bloco formativo I 
 
 
 
 
 
 
 
 Vitória da conquista – BA 
2025 
 
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SUMÁRIO 
 
1.0 INTRODUÇÃO_________________________________________________ 3 
2.0 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO __________________________ 4 
3.0 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA USF ___________________ 5 
 3.1Agente comunitária de saúde _____________________________________ 5 
 3.2 Porteiro ______________________________________________________ 5 
 3.3 Recepcionista _________________________________________________ 5 
 3.4 Farmácia _____________________________________________________ 5 
 3.5 Tec. De enfermagem ____________________________________________ 6 
 3.6 Médica _______________________________________________________ 6 
4.0 REFLEXÃO SOBRE PROBLEMAS OBSERVADOS ____________________7 
5.0 APRESENTAÇÃO DO MAPA _____________________________________ 8 
6.0 REFERÊNCIAS _________________________________________________ 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.0 INTRODUÇÃO 
 Este trabalho é construído como componente de avaliação para o estágio em Saúde da 
Família, voltado a nos inserir no meio prático do funcionamento da Unidade de Saúde da 
Família (USF) que atua como Estratégia de Saúde da Família (ESF) no bairro Nova Cidade, 
na cidade de Vitória da Conquista Bahia. 
O principal ponto trabalhado foi quanto a territorialização, que é o processo de 
reconhecimento e apropriação do território pelas equipes de atenção básica, fazendo possível 
o planejamento de ações de saúde a partir das necessidades reais da população adscrita 
(PNAB, 2017). A territorialização permite compreender o território não apenas como espaço 
geográfico, mas como espaço social dinâmico, essencial para planejar políticas públicas de 
saúde(TEIXEIRA, 2002). O conceito de território é fundamental na Saúde Coletiva, pois 
articula a análise epidemiológica com as condições sociais e históricas que determinam a 
saúde das populações (PAIM, 2014). 
Para a construção desse trabalho, fizemos uma visita prática com a agente de saúde Nenza, 
que nos auxiliou e apresentou toda área de sua responsabilidade, demonstrando conhecimento 
sobre as queixas principais que sua microárea apresenta e citando necessidades diferentes de 
outras, assim deixando claro a importância da implementação da territorialização para o 
devido funcionamento da atividade em promoção e prevenção em saúde, já que a divisão faz 
com que as intervenções sejam aplicadas de maneira direta ao problema apresentado em 
determinada região, assim aumentando as chances de alcançar melhores resultados para 
população. Essa visita foi de grande proveito não só para confecção deste trabalho, mas 
também por ter favorecido o nosso aprendizado e entendimento de como realmente ocorre a 
territorialização. 
2.0 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO 
A unidade de saúde da família Nova Cidade, localizado na rua Projetada s/n- Nova Cidade, 
onde possui 6 microáreas, e 4464 usuários cadastrados, onde em sua estrutura possui um 
consultório médico e de enfermagem, sala de vacinação, sala de esterilização, sala de 
medicamentos (farmácia),consultório odontológico, sala de espera e banheiros. O horário de 
funcionamento da unidade e de 7:00 as 17:00, onde sua equipe é composta por por 6 agentes 
de comunitários, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem, dois técnicos de 
enfermagem, um médico clínico, um médico da Estratégia saúde da família, um dentista, e 
um auxiliar de saúde Bucal, farmacêutico, recepcionista, e porteiro. Os serviços oferecidos 
pela unidade são: vacinação, consulta médica, exames básicos e preventivos, 
acompanhamento de doenças crônicas, atendimento odontológico e atendimentos pré-natal. 
Na comunidade pode-se observar que há uma boa organização em relação à coleta de lixo e 
as ruas são bem asfaltadas, entretanto percebe-se o acúmulo de entulhos em frente a algumas 
residências, o que pode favorecer a proliferação de vetores e agravos como dengue, 
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leptospirose e acidentes domésticos. O território conta com praças, onde são desenvolvidas 
atividades e esportes para crianças, representando um fator de proteção à saúde por estimular 
lazer, socialização e bem-estar físico e mental. Além disso, existem creches municipais e 
escolas que atendem até o ensino fundamental, o que garante acesso à educação, embora a 
ausência de ensino médio na própria comunidade possa gerar vulnerabilidade entre os jovens. 
Outro ponto observado é a presença de mais de um bar no bairro. Segundo relatos da agente 
de saúde, há um aumento no consumo de álcool e drogas entre os adolescentes, bem como 
crescimento nos casos de gravidez na adolescência. Esses fatores refletem vulnerabilidades 
sociais importantes, que impactam no processo saúde–doença ao favorecer maior risco de 
doenças sexualmente transmissíveis, complicações gestacionais, evasão escolar e situações de 
violência. 
É possível identificar a atuação dos Determinantes Sociais da Saúde: as condições de 
saneamento e infraestrutura (asfalto, coleta de lixo, áreas de lazer), de educação (creches e 
escolas), de cultura e lazer (praças e bares), além das questões sociais (uso de drogas, 
gravidez precoce). Esses determinantes mostram como a população vive, em que condições e 
como isso cria riscos ou proteção para sua saúde. Importante destacar que nem sempre tais 
situações resultam de escolhas individuais, mas de contextos estruturais, como ausência de 
políticas públicas efetivas, falta de oportunidades para os jovens e fragilidade das redes de 
apoio social. 
 
3.0 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA USF 
Para entendermos melhor sobre organização e funcionamento da USF, fizemos um momento 
de conversa com diferentes profissionais e atuantes da USF, com isso podemos tirar 
conclusões e comparar a realidade com o que é idealizado para o SUS. 
3.1 AGENTE COMUNITÁRIA DE SAÚDE 
A agente comunitária de saúde (ACS) atua a 10 anos em sua função e fez conosco mais que 
uma entrevista, fez um passeio por toda sua microárea de atuação, passando por cada rua, 
contabilizando 2 ruas e meia sobre sua responsabilidade chegando a 232 famílias ou 655 
pessoas ela ainda comparou seu número com uma colega de trabalho da mesma função que 
contava com mais do dobro de sua quantidade, além disso trouxe que existem ruas que não 
tem nenhuma cobertura, não sendo nem mesmo assistidos pela UBS do bairro, tendo que se 
deslocar para outras regiões para ter acesso ao acolhimento de saúde oferecido comumente 
pelas UBS's. 
A ACS apontou como uma de suas queixas principais para sua região a questão do uso de 
bebidas alcoólicas e outras drogas por jovens em uma pracinha do bairro, apontando a 
necessidade de um CAPS(Centros de Atenção Psicossocial) mais próximo da região do 
bairro, já que os existentes são distantes. 
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3.2 PORTARIA 
O porteiro atua no posto há 5 anos, informa que é um trabalho tranquilo principalmente após 
a chegada de agentes de polícia que estão trabalhando na região, isso por se tratar de um 
bairro carente e vítima da violência. Diz que sua função é buscar proteger o local de pessoas 
má intencionadas e que os principais problemas que já enfrentou foi com pessoas com 
deficiências mentais que não estavam sob uso do remédio. Aponta também que parte do 
público de usuários tratam os funcionários de maneira rude, sem ter educação, respeito ou 
paciência, citando como uma das causas dessa revolta a falta de medicaçãoprocurada. 
3.3 RECEPÇÃO 
A recepcionista informou que o horário de funcionamento do posto de saúde é das 07h00 às 
12h00, de 13h00 às 17h00 e, posteriormente, das 17h00 às 22h00, quando inicia o 
atendimento de outra equipe. Foi ressaltado que o período da manhã é o mais movimentado. 
O agendamento é realizado presencialmente, mediante apresentação do Cartão SUS e do 
Cartão da Família. A unidade conta com cerca de 15 profissionais, sendo a triagem realizada 
pela enfermeira, que define as prioridades de atendimento. 
Apesar do bom funcionamento, foram levantadas algumas necessidades de melhoria, como a 
marcação de exames, que gera reclamações da população. Também foi destacado que seria 
importante fornecer maior esclarecimento sobre o funcionamento da Estratégia de Saúde da 
Família, uma vez que há grande demanda da comunidade por atendimento pediátrico. 
A solicitação de exames é encaminhada ao CEMAE (Centro Municipal de Atendimento 
Especializado) e ao Hospital São Vicente. Em relação às vacinas, foi relatado que a vacina 
contra a gripe ficou em falta por aproximadamente um mês, sendo restabelecida 
recentemente. O público mais frequente da unidade é composto por idosos e gestantes. 
Os funcionários recebem treinamento prévio antes de iniciar suas atividades, o que contribui 
para a qualidade do serviço prestado. Além disso, a cada 15 dias é realizada uma reunião do 
conselho, na qual são discutidas questões relacionadas ao atendimento e ao funcionamento do 
posto. 
3.4 FARMÁCIA 
A atendente da farmácia é uma estudante da UFBA e é responsável somente no turno 
vespertino, com base no que foi dito percebe-se que a população em sua maioria vai em 
busca de medicamentos para infecção viral, doenças crônicas e anticoncepcionais. 
O fluxo de usuários nessa sala é pequena pelo menos no que tange o período das 13-17 horas, 
foi informado também que pessoas mesmo não cadastradas no posto de saúde podem fazer 
uso da medicação apresentando cartão do sus, isso independente do horário. 
3.5 TEC. DE ENFERMAGEM 
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A técnica de enfermagem centraliza todas as responsabilidades do setor de vacinação. Suas 
atribuições incluem a aplicação de vacinas, o gerenciamento da refrigeração e do estoque, a 
solicitação de novas doses, o monitoramento da cobertura vacinal da população e a orientação 
aos pacientes. 
Além de suas funções primárias, ela acumula tarefas de apoio em outros setores, como 
farmácia, recepção, triagem e administração, evidenciando uma sobrecarga de trabalho. Os 
principais desafios enfrentados são a equipe reduzida e a falta de paciência e empatia por 
parte de alguns pacientes. Adicionalmente, a profissional cumpre uma segunda jornada como 
recepcionista no terceiro turno. 
3.6 MÉDICA 
A médica da unidade relatou que os atendimentos são destinados prioritariamente à 
população cadastrada, sendo feitos para não cadastrados apenas em casos de urgência ou 
situações agudas. A principal demanda atendida por ela envolve pacientes com diabetes, 
hipertensão e dores lombares, especialmente no público acima de 35 anos. Sua carga horária 
de atendimento ocorre no período da manhã, das 08h00 às 12h00, e no período da tarde, das 
14h00 às 17h00, realizando em média de 20 a 24 atendimentos por dia, com 
aproximadamente 16 minutos destinados a cada paciente. 
Ela destacou que é difícil atender a todas as solicitações devido à grande demanda, sendo que 
a maior parte está relacionada a encaminhamentos para fisioterapia. Além disso, ressaltou a 
necessidade de mais equipamentos de urgência e emergência para suprir as necessidades da 
unidade. Em relação aos serviços de fisioterapia, informou que os encaminhamentos são 
feitos para o Hospital São Vicente e para o Municipal. 
4.0 REFLEXÃO SOBRE PROBLEMAS OBSERVADOS 
Com as entrevistas foi possível notar uma série de problemas que podem prejudicar o devido 
funcionamento da USF. 
Primeiramente, a maior parte dos entrevistados citou que os usuários muitas vezes agem de 
forma rude com os profissionais principalmente aqueles que atuam na portaria e na recepção, 
grande parte das vezes é por conta de demora por atendimento, a responsabilidade por conter 
esses usuários exaltados é do porteiro que já é um senhor de idade avançada que acaba tendo 
dificuldades maiores para cumprir seu cargo. 
Percebemos com as respostas dadas que parte desse desgosto exibido pelos usuários podem 
ser explicados (por mais que desnecessário) como por exemplo a falta de remédios e de 
vacinas para uso da população, além disso por não explicarem o funcionamento da ESF 
aqueles que frequentam a UBS acaba por não saber qual é a função e como ocorre com esse 
método, quando eles pedem por médicos especialistas em pediatria, estão na realidade 
buscando algo que não é oferecido por esse sistema, logo se isso fosse explicado a eles parte 
das reclamações poderiam deixar de existir. 
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Outra queixa presente nas falas dos profissionais é a maneira que ocorre a distribuição de 
demanda entre os funcionários, alguns deles reclamam da grande quantidade de pacientes que 
ele deve tratar em um dia, fazendo com que seja rápido e acabe perdendo a devida 
humanidade que deve ser implementada nesses atendimentos enquanto outros devem 
cumprir as suas funções e a de outras pessoas, mostrando desorganização dentro do 
funcionamento da USF. 
Por último a necessidade de uma nova territorialização que englobe todo o bairro, sem deixar 
ruas desassistidas e que ocorra divisões mais igualitárias no que tange o número de famílias 
para cada ACS, para que seja possível o desenvolvimento de um SUS (Sistema Único de 
Saúde) mais próximo do desejado e planejado. 
 
5.0 APRESENTAÇÃO DO MAPA 
 
 
 
 
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6.0 REFERÊNCIAS 
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2017. (Série E. Legislação em Saúde). 
2. TEIXEIRA, Carmen Fontes. Planejamento em saúde: conceitos, métodos e 
experiências. Salvador: EDUFBA, 2002. 
3. PAIM, Jairnilson Silva; ALMEIDA-FILHO, Naomar de. Saúde coletiva: teoria e 
prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014. 
4. prefeitura municipal de vitória da conquista. Unidade de Saúde da Família Nova 
Cidade será entregue à população totalmente reformada nesta quinta (4). Vitória da 
Conquista, 03 abr. 2024. Disponível em: 
https://www.pmvc.ba.gov.br/unidade-de-saude-da-familia-nova-cidade-sera-entregue-
a-populacao-totalmente-reformada-nesta-quinta-4/. Acesso em: 19 ago. 2025. 
 
 
 
 
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https://www.pmvc.ba.gov.br/unidade-de-saude-da-familia-nova-cidade-sera-entregue-a-populacao-totalmente-reformada-nesta-quinta-4/
https://www.pmvc.ba.gov.br/unidade-de-saude-da-familia-nova-cidade-sera-entregue-a-populacao-totalmente-reformada-nesta-quinta-4/
https://www.pmvc.ba.gov.br/unidade-de-saude-da-familia-nova-cidade-sera-entregue-a-populacao-totalmente-reformada-nesta-quinta-4/