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ATENÇÃO PRIMÁRIA A
SAÚDE (APS) E
ESTRATÉGIA SAÚDE
DA FAMÍLIA (ESF)
Aula 1
ATENÇÃO PRIMÁRIA A
SAÚDE (APS)
Atenção Primária a Saúde (APS)
Seja bem-vindo à disciplina de Saúde Pública!
Convidamos todos vocês a participarem da próxima aula, na qual
exploraremos a evolução e desafios enfrentados pela Atenção
Primária à Saúde (APS) no Brasil. A APS, incorporando os princípios
da Reforma Sanitária, desencadeou mudanças significativas no
Sistema Único de Saúde (SUS), adotando a designação Atenção
Básica à Saúde (ABS) e buscando a reorientação do modelo
assistencial em direção a um sistema universal e integrado de
atenção à saúde.
Contamos com a sua participação!
Ponto de Partida
A Atenção Primária à Saúde (APS) geralmente representa o ponto
inicial de contato, proporcionando cuidados abrangentes, acessíveis
e centrados na comunidade, capazes de atender de 80% a 90% das
necessidades de saúde de uma pessoa ao longo de sua vida. Em
sua essência, a APS está focada no cuidado das pessoas, indo além
do tratamento de doenças ou condições específicas.
Esse setor oferece assistência integral o mais próxima possível do
ambiente diário dos indivíduos, famílias e comunidades. Abrangendo
um leque de serviços que vão desde a promoção da saúde (como
orientações para uma alimentação saudável) e prevenção (incluindo
vacinação e planejamento familiar) até o tratamento de doenças
agudas e infecciosas, o gerenciamento de doenças crônicas,
cuidados paliativos e reabilitação.
Vamos Começar!
No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS), incorporando os
princípios da Reforma Sanitária, desencadeou a adoção da
designação Atenção Básica à Saúde (ABS) pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), evidenciando a reorientação do modelo assistencial
em direção a um sistema universal e integrado de atenção à saúde.
Diante dos elevados custos nos sistemas de saúde globalmente, do
uso excessivo de tecnologia médica e da baixa eficácia, países
desenvolvidos buscaram novas formas de organização da atenção à
saúde para assegurar a sustentabilidade econômica. Em
contrapartida, nações em desenvolvimento enfrentavam
desigualdades nos sistemas de saúde, falta de acesso a cuidados
básicos, elevada mortalidade infantil e condições socioeconômicas e
sanitárias precárias.
A I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde
em Alma-Ata, em 1978, promovida pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef), propôs a Atenção Primária à Saúde (APS) como meio de
atingir o mais alto nível de saúde até o ano 2000, conforme a
Declaração de Alma-Ata, assinada por 134 países. Essa definição
de APS abordava a organização de serviços locais de saúde
centrados nas necessidades da população, com enfoque
interdisciplinar e participação social na gestão.
Embora as metas de Alma-Ata não tenham sido plenamente
alcançadas, a APS tornou-se referência nas reformas sanitárias das
décadas de 80 e 90. Contudo, abordagens mais focalizadas da APS
foram adotadas por muitos países e organizações internacionais,
como o Banco Mundial, para lidar com ações de saúde de baixa
complexidade destinadas a populações de baixa renda,
distanciando-se do caráter universalista proposto na Declaração de
Alma-Ata.
Com o avanço da reforma sanitária, a APS foi integrada ao
pensamento reformista, reconhecendo a necessidade de
reorientação do modelo assistencial e rompimento com o modelo
médico-privatista até então predominante. Durante a crise do
modelo médico-previdenciário representado pelo Instituto Nacional
de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), surgiram as
Ações Integradas de Saúde (AIS), visando fortalecer um sistema
unificado e descentralizado de saúde.
A Atenção Primária à Saúde, conforme definido por Mendes (2002),
deve cumprir três funções especiais: resolver a grande maioria dos
problemas de saúde da população, organizar os fluxos de usuários
pelos diversos pontos de atenção no sistema de serviços de saúde e
responsabilizar-se pela saúde dos usuários em quaisquer pontos de
atenção. Starfield (2002) destaca que a APS deve ser a porta de
entrada de fácil acesso ao sistema de serviços de saúde.
A acessibilidade possibilita que os cidadãos cheguem aos serviços,
ou seja, é o elemento estrutural necessário para a primeira atenção.
Portanto, o local de atendimento deve ser facilmente acessível e
disponível para não postergar e afetar adversamente o diagnóstico e
manejo do problema de saúde.
No campo da saúde, o acesso é concebido como o conjunto de
circunstâncias, de diversas naturezas, que viabiliza a entrada de
cada usuário, ou paciente, na rede de serviços, em seus diferentes
níveis de complexidade, bem como em suas diversas modalidades
de atendimento. O acesso está relacionado com as dificuldades e as
facilidades em obter tratamento desejado, estando, portanto,
intrinsecamente ligado às características da oferta e da
disponibilidade de recursos. O que está, portanto, em pauta é a
possibilidade de obter serviços necessários no momento e no local
adequados, em quantidade suficiente e a um custo razoável.
Siga em Frente...
As demandas de saúde da população brasileira na
contemporaneidade estão passando por transformações devido às
mudanças demográficas no país, que indicam um aumento no
envelhecimento da população. Além disso, há um notável aumento
nas condições crônicas como parte do perfil de morbimortalidade,
impulsionado não apenas pela prevalência de doenças crônico-
degenerativas, mas também pelo aumento da sobrevida de
pacientes com outras patologias, cujo controle foi possibilitado pelos
avanços científicos e tecnológicos incorporados ao setor de saúde.
Essas condições coexistem com doenças infecciosas e com um
aumento significativo na morbimortalidade devido a causas
externas. Esse panorama epidemiológico complexo requer
mudanças substanciais no Sistema Único de Saúde (SUS) para ser
enfrentado adequadamente.
Um dos problemas centrais da crise dos modelos de atenção à
saúde consiste no enfrentamento das condições crônicas na mesma
lógica das condições agudas. No sistema integrado, a APS deve ser
orientada para atenção às condições crônicas, com o objetivo de
controlar as doenças/agravos de maior relevância, por meio da
adoção de tecnologias de gestão da clínica, tais como as diretrizes e
a gestão das patologias.
O SUS, da forma como está estruturado, mostra-se hoje mais
preparado para o manejo clínico das condições agudas presentes
nesse quadro de necessidades do que para o manejo clínico das
condições crônicas, já que isso se constitui em processo complexo
que envolve o desenvolvimento de práticas de autocuidado,
abordagens multiprofissionais e garantia de continuidade
assistencial, o que só pode ser obtido através de sistemas
integrados (LAVRAS, 2011).
A crítica à fragmentação dos sistemas de saúde globalmente, a
transição demográfica e epidemiológica prevalente na maioria dos
sistemas de saúde, e a diversidade das condições e necessidades
de saúde no Brasil têm motivado pesquisadores, gestores e
autoridades sanitárias a proporem novas estratégias de organização
dos sistemas de saúde, destacando-se entre elas as redes de
atenção à saúde.
Na literatura atual, encontramos diversos autores e propostas que
abordam as redes de atenção à saúde. Todas compartilham a
necessidade de reconhecer e atender às necessidades sociais de
saúde das populações, com foco na integralidade e na gestão
eficiente dos recursos disponíveis para aprimorar a qualidade da
atenção à saúde.
O Ministério da Saúde tem adotado a estratégia de redes de
atenção à saúde como resposta às necessidades de cuidado da
população. Identificando redes prioritárias, como gestantes, urgência
e emergência, atenção a pessoas com deficiência e atenção
psicossocial, busca-se organizar a prestação de serviços de forma
mais eficiente.
De acordo com o Ministério da Saúde (portaria nº 4.279, de 30 dez.
2010), as Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos
organizativos que integram diversas ações e serviços de saúde,
abrangendodiferentes níveis tecnológicos. Essas redes, apoiadas
por sistemas técnicos, logísticos e de gestão, têm como objetivo
garantir a integralidade do cuidado.
Vamos Exercitar?
A figura a seguir demonstra a transição de um sistema hierárquico,
com níveis distintos de atenção primária, secundária e terciária à
saúde, para uma rede integrada organizada em torno de um centro
de comunicação, sendo o ponto central a atenção primária à saúde
representada pelo círculo central.
Figura 1 | Sistema fragmentado e hierarquizado para
redes de atenção à saúde. Fonte: Mendes, 2002.
SISTEMA
FRAGMENTA
DO 
REDE DE
ATENÇÃO À
SAÚDE 
Organizado por
componentes
isolados 
Organizado por um
contínuo de
atenção 
Organizado por
níveis
hierárquicos 
Organizado por
uma rede
poliarquia 
Orientado para
atenção às
condições
agudas 
Orientado para
atenção a doenças
crônicas e agudas 
Voltado para
indivíduos 
Voltado para uma
população 
O sujeito é o
paciente 
O sujeito é agente
de saúde 
Reativo Proativo 
Tabela 1 | Diferença entre os sistemas fragmentado e redes de
atenção à saúde. Fonte: Mendes, 2011. 
Saiba Mais
Portaria sobre Redes de Atenção. PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE
DEZEMBRO DE 2010 Estabelece diretrizes para a organização da
Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS).
MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde
Coletiva, 15(5):2297-2305, 2010.
KUSCHNIRI, R., CHORNYI, A. H. Redes de atenção à saúde:
contextualizando o debate. Ciênc. saúde coletiva 15 (5). Agosto,
2010.
Referências Bibliográficas
Ênfase nas
ações
curativas 
Atenção integral 
Cuidado
profissional 
Cuidado
multiprofissional 
Gestão da
oferta 
Gestão de base
populacional 
Financiamento
por
procedimentos 
Financiamento por
captação ou por
desfecho de
condição de saúde 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html
https://www.scielo.br/j/csc/a/VRzN6vF5MRYdKGMBYgksFwc/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/VRzN6vF5MRYdKGMBYgksFwc/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/YWH9n3DqK6wRwB8VLdvpZYG/?lang=pt
FILHO, N. D. A.; BARRETO, M. L. Epidemiologia & Saúde -
Fundamentos, Métodos e Aplicações. Grupo GEN, 2011.
LAVRAS, C. Atenção primária à saúde e a organização de redes
regionais de atenção à saúde no Brasil. Saúde soc. 20 (4).
Dezembro, 2011. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/CrHzJyRTkBmxLQBttmX9mtK/?
lang=pt. Acesso em: 15 fev. 2024.
MATTOS, R. A. Desenvolvendo e Ofertando Ideias: um estudo
sobre a elaboração de propostas de políticas de saúde no âmbito do
Banco Mundial, 2000. Tese de Doutorado, Rio de Janeiro: IMS/Uerj.
MENDES, E. V. Atenção Primária à Saúde no SUS. Fortaleza:
Escola de Saúde Pública do Ceará, 2002.
MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde, 2011, 549 p.: il.
PAIM, J.S.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde Coletiva: teoria e prática. 1.
ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2014.
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Rouquayrol: epidemiologia
& saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018.
Aula 2
ORGANIZAÇÃO E
ESTRUTURA DA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA
FAMÍLIA
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/CrHzJyRTkBmxLQBttmX9mtK/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/CrHzJyRTkBmxLQBttmX9mtK/?lang=pt
Organização e Estrutura da
Estratégia Saúde da Família
Seja bem-vindo à disciplina de Saúde Pública!
Gostaríamos de convidar você para assistir a uma videoaula
abordando a Estratégia de Saúde da Família (ESF), uma iniciativa
que teve início com o Programa Saúde da Família (PSF) em 1994,
concebido pelo Ministério da Saúde. Essa estratégia se configura
como prioritária para a organização e fortalecimento da Atenção
Primária à Saúde (APS) no Brasil.
Contamos com a sua participação!
Ponto de Partida
A Estratégia Saúde da Família (ESF) emerge como uma abordagem
inovadora na Atenção Primária à Saúde (APS), introduzindo
transformações significativas no modelo assistencial. Consolidada
no Brasil a partir da década de 1990, a ESF visa redefinir a atenção
à saúde, deslocando o foco tradicional centrado na assistência
hospitalar para uma abordagem mais integral, na qual a família se
torna o epicentro do cuidado. Ao estabelecer equipes
multiprofissionais, a estratégia propõe uma atuação preventiva e
proativa, antecipando-se aos problemas de saúde, promovendo a
atenção contínua e personalizada, alinhada aos princípios do
Sistema Único de Saúde (SUS). A ESF não apenas representa uma
mudança paradigmática na organização dos serviços de saúde, mas
também se destaca como um elemento-chave na promoção da
equidade e na construção de uma rede integrada e eficiente de
atenção à saúde.
Vamos Começar!
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) iniciou com o Programa
Saúde da Família (PSF), concebido pelo Ministério da Saúde em
1994. Desde então é definida como estratégia prioritária para a
organização e fortalecimento da Atenção Primária em Saúde (APS)
no país. Por meio dessa estratégia, a atenção à saúde é feita por
uma equipe composta por profissionais de diferentes categorias
(multidisciplinar) trabalhando de forma articulada (interdisciplinar)
que considera as pessoas como um todo, levando em conta suas
condições de trabalho, de moradia, suas relações com a família e
com a comunidade (BRASIL, 2009).
O Programa Saúde da Família (PSF) emerge no contexto brasileiro
como uma reorientação do modelo assistencial, centrando-se na
Atenção Básica e alinhando-se aos princípios do Sistema Único de
Saúde. Dessa forma, o PSF representa uma abordagem inovadora
para o cuidado em saúde, com a família assumindo um papel central
de atenção, indo além do enfoque exclusivo no indivíduo doente.
Essa abordagem introduz uma perspectiva inovadora no processo
de intervenção em saúde, pois não aguarda a chegada da
população para oferecer atendimento; ao contrário, atua
preventivamente por meio de um novo modelo de atenção. 
Para alcançar esse objetivo, é imperativo que a ESF adquira um
profundo entendimento da realidade da população sob sua
responsabilidade, compreendendo os contextos familiares e a
dinâmica comunitária. Isso implica a elaboração de um processo de
planejamento colaborativo em todas as suas fases: na programação,
na execução e na avaliação.
Apesar de inicialmente classificado como programa, o PSF, devido
às suas particularidades, distancia-se da concepção tradicional de
outros programas estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Isso se
deve ao fato de que o PSF não representa uma intervenção vertical
e independente das atividades dos serviços de saúde. Pelo
contrário, ele se configura como uma estratégia que favorece a
integração e estimula a organização das atividades em um território
específico, com o propósito de abordar e solucionar os problemas
identificados (ROSA; LABATE, 2005).
Segundo o Ministério da Saúde, o PSF é concebido como uma
estratégia destinada a abranger o indivíduo e a família de maneira
completa e contínua, implementando ações que englobam a
promoção, proteção e recuperação da saúde. Sua meta principal é
reestruturar a prática assistencial, antes centrada no ambiente
hospitalar, para direcionar o foco à família em seu contexto físico e
social (BRASIL, 2015). Definido como "um modelo de atenção que
pressupõe o reconhecimento da saúde como um direito de
cidadania, manifestado na melhoria das condições de vida", o PSF
busca traduzir essa melhoria por meio de serviços mais resolutivos,
integrais e, sobretudo, humanizados.
Siga em Frente...
As ESF, quando operando de maneira eficiente, têm a capacidade
de solucionar 85% dos problemas de saúde dentro de sua
comunidade. Elas oferecem atendimento de qualidade, prevenindo
doenças, evitando hospitalizações desnecessárias e contribuindo
para a melhoria significativa da qualidade de vida da população
(BRASIL, 2000).
Nesse sentido, a ESF, como é atualmente denominada, emerge
como elemento fundamental na transformação do modelo
assistencial com o objetivo de promover a qualidade de vida da
comunidade.
A ESF assume um papel prioritário na expansão e fortalecimentoda
Atenção Básica no país, alinhada aos princípios do Sistema Único
de Saúde. Essa estratégia propicia uma reorientação do processo
de trabalho, ampliando a resolutividade e o impacto na saúde das
pessoas e comunidades, ao mesmo tempo em que oferece uma
significativa relação custo-efetividade.
A composição da ESF é multiprofissional, requerendo, no mínimo, a
presença de médico, de preferência especializado em medicina de
família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista em
saúde da família, auxiliar e/ou técnico de enfermagem, agente
comunitário de saúde (ACS), podendo incluir o agente de combate
às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-
dentista, preferencialmente especializado em saúde da família, e
auxiliar ou técnico em saúde bucal.
Cada ESF é designada para atender uma população adscrita de
2.000 a 3.500 pessoas, localizada em seu território, assegurando os
princípios e diretrizes da Atenção Básica. Além dessa faixa
populacional, podem ser estabelecidos outros arranjos de adscrição,
levando em consideração vulnerabilidades, riscos e dinâmica
comunitária. Isso proporciona aos gestores locais, em conjunto com
as equipes da Atenção Básica e o Conselho Municipal ou Local de
Saúde, a flexibilidade para definir outros parâmetros populacionais
sob a responsabilidade da equipe.
Existem duas modalidades de Equipes de Saúde da Família:
Modalidade I: destinada a municípios com até 30 mil habitantes
e/ou equipes que atendam a populações quilombolas ou
assentamentos.
Modalidade II: abrange todas as equipes que não se
enquadram na modalidade I.
Independentemente da modalidade, todas as equipes devem
assumir responsabilidade sanitária por um território de referência,
organizando seu processo de trabalho de maneira a garantir amplo
acesso, estabelecer vínculos entre usuários e profissionais de
saúde, assegurar continuidade, coordenação e longitudinalidade do
cuidado.
Conforme a publicação do Ministério da Saúde (MS) de 1997, que
trata sobre a Saúde da Família como uma estratégia para a
reorientação do modelo assistencial, as diretrizes operacionais para
a ESF são as seguintes:
Caráter Substitutivo do Modelo Assistencial Vigente: propõe a
substituição das práticas convencionais de assistência por um novo
processo de trabalho centrado na vigilância em saúde.
Hierarquização e Integralidade das Ações: a unidade de saúde da
família deve ser o primeiro contato da população com o serviço de
saúde do município, assegurando referência e contra-referência
para os diferentes níveis do sistema, sempre que houver a
necessidade de maior complexidade tecnológica para resolver
problemas identificados.
Territorialização e Adscrição da Clientela: a unidade de saúde
da família deve atuar em um território de abrangência
específico, delimitando a área sob sua responsabilidade. Isso
implica que a população atendida está localizada em uma área
demarcada que estabelece os limites de atuação da equipe,
levando em consideração o reconhecimento do ambiente e da
dinâmica social nessa região.
Cadastramento: a equipe de saúde é encarregada de realizar o
cadastramento das famílias inseridas em seu território de
abrangência. A partir desse processo, analisa-se a situação de
saúde e seus determinantes por meio do levantamento de
dados socioeconômicos, demográficos, de morbidade, entre
outros. 
Formação de Equipes Multiprofissionais: Aa equipe mínima
deve ser composta por médico de família ou generalista,
enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de
saúde. Entretanto, outros profissionais podem ser adicionados
conforme as demandas e características da organização dos
serviços de saúde locais.
As atribuições pertinentes a todos os profissionais estão
fundamentadas no encontro entre os princípios do SUS e da
Atenção Primária à Saúde. Dentre elas se destacam: participar das
ações de vigilância em saúde, garantir realização de atividades de
promoção da saúde, prevenção de agravos e curativas, construção
de vínculo, manter a coordenação do cuidado, promover a
mobilização e a participação da comunidade, participar do
planejamento e avaliação das ações, identificar parceiros e recursos
na comunidade que possam potencializar as ações intersetoriais,
garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas
nacionais de informação da Atenção Básica e participar das
atividades de educação permanente (BRASIL, 2006).
Vamos Exercitar?
Composição mínima da equipe
multiprofissional
Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe
multiprofissional (equipe de Saúde da Família – ESF) composta por,
no mínimo: I. médico generalista, ou especialista em Saúde da
Família, ou médico de Família e Comunidade; II. enfermeiro
generalista ou especialista em Saúde da Família; III. auxiliar ou
técnico de enfermagem; e IV. agentes comunitários de saúde.
Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de
Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em
Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
Cada equipe de Saúde da Família (ESF) deve ser responsável por,
no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000
pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição.
Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o
grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que,
quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a
quantidade de pessoas por equipe.
O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da
população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e
de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o
limite máximo recomendado de pessoas por equipe.
Saiba Mais
Para uma exploração mais detalhada, apresento algumas sugestões
de leitura. 
Linha do Tempo - Trajetória do PSF.
A Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica do SUS.
MACINKO, J.; MENDONÇA, C. S. Estratégia Saúde da Família, um
forte modelo de Atenção Primária à Saúde que traz resultados.
Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 42, número especial 1, p. 18-37,
setembro 2018.
PEREIRA, R. C. A. O trabalho multiprofissional na Estratégia
Saúde da Família: estudo sobre modalidades de equipes.
Dissertação (Mestrado) – Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro,
2011.
http://www.ccms.saude.gov.br/asaudebateaporta/timeline.php
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/Kr7jdgRFHmdqnMcP3GG8JTB/abstract/?lang=pt
PAIM, J.S.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde Coletiva: teoria e prática. 1.
ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2014.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde.
Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma
estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília:
Ministério da Saúde, 1997. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd09_16.pdf. Acesso em:
20 fev. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção
Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. Série A. Normas e
Manuais Técnicos. Série Pactos pela Saúde.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. A
implantação da Unidade de Saúde da Família. (Cadernos de
Atenção Básica, 1) Brasília: Ministério da Saúde, 2000. Disponível
em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica
_n1_p1.pdf. Acesso em: 20 fev. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. O trabalho do agente
comunitário de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf.
Acesso em 20 fev. 2024.
FILHO, Naomar de A.; BARRETO, Mauricio L. Epidemiologia &
Saúde - Fundamentos, Métodos e Aplicações. Grupo GEN, 2011.
PAIM, J.S.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde Coletiva: teoria e prática. 1.
ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2014.
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Rouquayrol: epidemiologia
& saúde. 8. ed. Rio de Janeiro:Medbook, 2018.
ROSA, W. A. G.; LABATE, R. C. Programa Saúde da Família: a
construção de um novo modelo de assistência. RevLatino-am
Enfermagem, 2005 novembro-dezembro 13(6):1027-34. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n6/v13n6a16.pdf. Acesso em 20
fev. 2024.
Aula 3
A IMPORTÂNCIA DA
TERRITORIALIZAÇÃO NA
SAÚDE.
A importância da territorialização
na saúde
Seja bem-vindo à disciplina de Saúde Pública!
Nesta aula, exploraremos a importância do acesso à saúde como
um direito fundamental, respaldado pela Constituição Federal de
1988, e a responsabilidade do Estado em organizar os serviços de
saúde conforme o território. O conceito de "território" será discutido
em sua amplitude, indo além do espaço físico e abrangendo
relações de poder e territorialidades. Destacaremos a
territorialização em saúde como uma ferramenta metodológica
crucial para reconhecer as condições de vida e saúde da população
assistida por uma Estratégia Saúde da Família (ESF), visando
construir um modelo de assistência adaptado à realidade social.
Preparem-se para uma aula enriquecedora.
Ponto de Partida
A ESF introduziu uma abordagem distinta do modelo médico-
hospitalocêntrico dominante, incorporando o conceito de saúde
ampliada. Esse novo modelo considera aspectos relacionados à
qualidade de vida das pessoas, promovendo a realização de ações
tanto individuais quanto coletivas, abrangendo áreas de promoção,
proteção, cura e recuperação. Essas ações são conduzidas por
equipes multidisciplinares, visando melhorar o acesso aos serviços e
fundamentando-se no estabelecimento de vínculos e no acolhimento
às demandas da população.
É relevante destacar que a caracterização do território e o
entendimento das condições de vida dos residentes constituem
atividades cruciais na Atenção Básica. Essas ações visam
estabelecer vínculos e corresponsabilidade da ESF com a
comunidade, além de fornecer subsídios para o processo decisório e
de ação. O objetivo é aumentar a capacidade de resposta às
necessidades básicas de saúde da população (MACHADO et al.,
2012).
A territorialização em saúde será apresentada como um processo
contínuo, contribuindo para a integralidade, humanização e
qualidade da atenção e gestão em saúde. A responsabilidade pelos
impactos das práticas adotadas será destacada, promovendo a
autonomia dos sujeitos. A abordagem transcenderá a dimensão
técnico-científica, envolvendo a reorientação de saberes e práticas
no campo da saúde.
A importância da coleta e análise de dados na territorialização será
discutida, ressaltando a transformação desses dados em
informações significativas para compreender a situação de saúde da
população e planejar ações efetivas.
Vamos Começar!
O acesso à saúde é um direito fundamental garantido pela
Constituição Federal de 1988, e é incumbência do Estado organizar
os serviços de saúde de acordo com o território em que estão
situados. O conceito de "território" vai além de um simples espaço
físico, envolvendo relações de poder e territorialidades. A
territorialização em saúde, como ferramenta metodológica, visa
reconhecer as condições de vida e saúde da população assistida
por uma Estratégia Saúde da Família (ESF), buscando construir um
modelo de assistência adaptado à realidade social.
Para desenvolver um modelo de assistência fundamentado nas
necessidades locais e na integralidade da atenção, é crucial
compreender as diversas relações sociais influenciadas por
condições econômicas, sociais, culturais, de saúde e de vida. A
caracterização da população e a identificação de seus problemas de
saúde e necessidades específicas do território são passos
essenciais para avaliar os impactos dos serviços sobre os níveis de
saúde.
Denominamos territorialização em saúde como o processo de
reconhecimento do território, uma prática que envolve o
reconhecimento do ambiente, das condições de vida e da situação
de saúde da população em um determinado local. É uma técnica
que viabiliza o desenvolvimento de práticas de saúde voltadas à
realidade cotidiana das pessoas. Ao atuar em um território, os
profissionais de saúde necessitam de informações provenientes de
diversas fontes, como exame clínico, anamnese, exames
complementares, entre outros, para compor um diagnóstico do
território. Esse diagnóstico, cuidadoso e preciso, é essencial para a
tomada de decisão.
A territorialização da saúde é um processo contínuo que contribui
para a construção da integralidade, humanização e qualidade da
atenção e gestão em saúde. Isso implica responsabilidade pelos
impactos das práticas adotadas, na efetividade dos projetos
terapêuticos e na afirmação da vida pela autonomia dos sujeitos
(usuários, população e profissionais de saúde). Essa abordagem vai
além da dimensão técnico-científica, envolvendo a reorientação de
saberes e práticas no campo da saúde.
Ao falar sobre dados, é fundamental distinguir os conceitos de dado
e informação. Dados são símbolos quantificáveis que representam
numericamente um fato, enquanto informação é o conhecimento
obtido a partir dos dados, resultando da análise e combinação de
vários dados. A produção de informações envolve a coleta e análise
de dados, categorizados como primários (ainda não coletados) e
secundários (coletados por outras fontes).
A coleta de dados na territorialização pode ser realizada por meio de
formulários, entrevistas com informantes-chave e observação in
loco. A análise situacional é essencial para transformar os dados em
informações, compreender a situação de saúde da população e
planejar as ações em saúde de maneira efetiva. A situação de saúde
é resultado da relação dos grupos sociais com o território. Esse
processo, quando conduzido de forma cuidadosa e participativa,
contribui para o sucesso da atuação dos profissionais de saúde.
Entendemos que a análise e intervenção exclusiva com base nos
limites territoriais para as condições ambientais e de saúde são
artificiais. Ambiente e processos sociais não podem ser
completamente contidos em um território específico. Por exemplo,
ao considerar a qualidade da água em um bairro, é necessário
compreender que ela provém de uma fonte compartilhada e é
distribuída para várias áreas. Portanto, a coleta e a organização de
dados sobre ambiente e saúde ultrapassam esses limites
(MONKEN, BARCELLOS, 2007).
Siga em Frente...
O uso de indicadores demográficos permite compreender as
características populacionais e a sua evolução ao longo do tempo
no território. A transição demográfica no Brasil, caracterizada pela
diminuição da taxa de crescimento populacional e mudanças na
estrutura etária, destaca-se, especialmente, pelo aumento da
população idosa. Isso coloca desafios para as políticas públicas,
exigindo consistência nas políticas de seguridade social para
garantir uma vida justa e ativa para essa população (TOMASI et al,
2011).
Além disso, as desigualdades em saúde, decorrentes das condições
sociais em que as pessoas vivem e trabalham, são denominadas
iniquidades. O Brasil enfrenta desigualdades sociais significativas,
evidenciadas em diferentes níveis de desenvolvimento regional,
concentração de renda e desenvolvimento científico. Essas
desigualdades estão associadas a agravos à saúde que afetam
predominantemente as populações mais pobres e vulneráveis,
perpetuando a pobreza e a exclusão social.
A delimitação de uma área de risco pode variar de acordo com a
natureza do evento indesejado. Para a Defesa Civil, por exemplo,
essas áreas são identificadas como aquelas mais propensas a
enchentes ou desmoronamentos. Já na perspectiva da ESF,
consideram-se como áreas de risco aquelas em que os residentes,
de maneira geral, apresentam níveis de saúde inferiores aos da
população geral do território. Isso implica em maior probabilidade de
adoecimento ou, ainda, quando, ao contrair uma determinada
doença, a manifestam de maneira mais grave ou com complicações
mais severas em comparação com pessoas de outras localidades.
Alguns exemplos de condições que caracterizam uma área como de
risco incluem acesso precárioa serviços essenciais (tratamento de
água, saneamento, coleta de lixo etc.), presença de poluição,
índices elevados de violência, consumo de drogas, altas taxas de
desemprego e analfabetismo. A presença de um maior número
dessas características corresponde a um aumento do risco para a
saúde da população.
Na análise socioambiental, não nos restringimos apenas ao
saneamento, mas consideramos a vegetação, o clima, o solo e a
hidrografia, elementos que constituem a base para as atividades
humanas e a produção de doenças. A distribuição desigual desses
elementos no espaço está associada a diferentes condições de
saúde e demanda uma compreensão mais ampla do território.
A análise assistencial enfatiza a acessibilidade como um princípio
fundamental da Atenção Básica. Embora a ESF tenha avançado
como porta de entrada do SUS, ainda existem barreiras de acesso
que precisam ser eliminadas para garantir atendimento oportuno e
contínuo. A acessibilidade é considerada um elemento estrutural
necessário para a primeira atenção, e sua ampliação é essencial
para o sucesso da Atenção Básica. A continuidade do cuidado é um
atributo central, mas muitas vezes as unidades enfrentam desafios
para atender à demanda, levando a demoras e descontinuidade no
cuidado.
A identificação de obstáculos ao acesso aos serviços de saúde vai
além de fatores óbvios. Aspectos organizacionais, como o horário de
funcionamento da unidade de saúde, a dificuldade de atendimento à
demanda espontânea e os métodos de agendamento também
desempenham um papel crucial. No âmbito sociocultural, a
percepção individual sobre a gravidade da doença, o receio do
diagnóstico e das intervenções, crenças, hábitos e a formação dos
profissionais são elementos que influenciam. Do ponto de vista
geográfico, ladeiras, escadarias e alagamentos são fatores que
podem dificultar o acesso. Considerações econômicas, como o
consumo de tempo, energia e recursos financeiros para buscar
assistência, prejuízos decorrentes da perda de dias de trabalho e
custos do tratamento, também representam barreiras relevantes.
Em resumo, a territorialização em saúde exige uma abordagem
abrangente que considere a interconexão entre ambiente, condições
sociais e saúde, reconhecendo que os processos sociais e
ambientais transcendem os limites territoriais, impactando a
população de maneiras complexas (FARIA, 2020).
Vamos Exercitar?
Você já considerou os desafios enfrentados por um trabalhador cujo
horário de expediente vai das 8h às 18h ao buscar atendimento em
uma unidade de saúde? Já refletiu sobre a possibilidade de esse
trabalhador precisar realizar exames e, posteriormente, retornar à
unidade de saúde para apresentar os resultados ao médico,
resultando em mais duas ausências do trabalho? E já ponderou que
o número de ausências desse cidadão pode aumentar caso a
marcação de consulta seja possível apenas de forma presencial na
unidade de saúde? Alguma vez você pensou que a impossibilidade
de obter atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) quando
necessário pode resultar em desmotivação ou perda de confiança
na equipe de saúde de referência? E que isso, muito provavelmente,
levará à fragilização do vínculo, fazendo com que a pessoa repense
a sua escolha em situações futuras de necessidade de cuidados de
saúde, podendo optar por uma Unidade de Pronto Atendimento, por
exemplo?
Saiba Mais
GONDIM G. M. M., MONKEN, M. Dicionário da Educação
Profissional em Saúde. Todos os direitos reservados. Fundação
Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Av.
Brasil - 4365 - Manguinhos - Rio de Janeiro – RJ.
FARIA, R. M. A territorialização da Atenção Básica à Saúde do
Sistema Único de Saúde do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva,
25(11):4521-4530, 2020.
GONDIM et al. O TERRITÓRIO DA SAÚDE: A ORGANIZAÇÃO DO
SISTEMA DE SAÚDE E A TERRITORIALIZAÇÃO. Escola de
Saúde do Paraná. Curso de Vigilância.
PAIM, J.S.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde Coletiva: teoria e prática. 1.
ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2014.
Referências Bibliográficas
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Sistema Único de Saúde do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva,
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FILHO, N. D. A.; BARRETO, M. L. Epidemiologia & Saúde -
Fundamentos, Métodos e Aplicações. [Digite o Local da Editora]:
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MACHADO, M. C. et al. Territorialização como ferramenta para a
prática de residentes em Saúde da Família: um relato de
experiência. Revista de Enferm. UFPE online, v. 6, n.11, p.2851-7,
nov.2012. Disponível em:
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http://www.escoladesaude.pr.gov.br/arquivos/File/TEXTOS_CURSO_VIGILANCIA/20.pdf
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http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/
index.php/revista/article/download/2960/4769. Acesso em: 19 fev.
2024.
PAIM, J.S.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde Coletiva: teoria e prática. 1.
ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2014. [MINHA BIBLIOTECA]
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Rouquayrol: epidemiologia
& saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018. [MINHA
BIBLIOTECA]
TOMASI, E. et al. Características da utilização de serviços de
Atenção Básica à saúde nas regiões Sul e Nordeste do Brasil:
diferenças por modelo de atenção. Ciênc. saúde coletiva, Rio de
Janeiro, v. 16, n. 11, p. 4395-4404, Nov. 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n11/a12v16n11.pdf. Acesso em: 15
fev. 2024.
Aula 4
EQUIPES DE SAÚDE DA
FAMÍLIA RIBEIRINHAS,
FLUVIAIS, CONSULTÓRIO
DE RUA E EQUIPES DE
ATENÇÃO BÁSICA
PRISIONAL
Equipes de Saúde da Família
Ribeirinhas, Fluviais, Consultório
de Rua e Equipes de Atenção
Básica Prisional
Seja bem-vindo à disciplina de Saúde Pública!
Esta aula abordará a diversidade na implementação da Atenção
Básica à Saúde (APS) em um país heterogêneo, destacando a
presença de equipes de consultório de rua e o cuidado específico às
populações Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal Sul-mato-
grossense.
Ponto de Partida
Inicialmente, discutiremos a implementação de equipes de
consultório de rua para assegurar o cuidado integral à população em
situação de rua. Em seguida, exploraremos as opções
organizacionais das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e
Fluviais, considerando as particularidades locais. Destacaremos a
importância da participação dos usuários nos conselhos gestores e
a complexidade do cuidado na integração com outras equipes e
instituições. Além disso, examinaremos as características das
equipes de consultório de rua, com composição variável e atuação
itinerante. Finalizaremos abordando as equipes de Saúde da Família
para populações Ribeirinhas e Fluviais, assim como as Equipes de
Atenção Básica Prisional, ressaltando a integralidade no cuidado
prisional e a sua organização na Rede de Atenção à Saúde.
Vamos Começar!
Em um país de grande diversidade, a Atenção Básica assume
diferentes formas para atender às distintas realidades, entre elas as
equipes de consultório de rua e as populações Ribeirinha da
Amazônia Legal e Pantanal Sul-mato-grossense. Começando pela
população em situação de rua, observamos a implementação das
equipes de consultórios na rua, vinculadas à Atenção Básica,
visando garantir maior acesso e oferta de cuidado integral. Essas
equipes operam itinerantemente, em locais específicos, na unidade
móvel e/ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do território,
mantendo uma carga horária semanal de 30 horas. A complexidade
do cuidado demanda a integração dessas equipes com outras do
território, como a Unidade Básica de Saúde, os Centros de Atenção
Psicossocial à Rede de Urgência e outras instituições ligadas ao
Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
No caso de municípios sem consultórios de rua, a responsabilidade
pelo cuidado integralrecai sobre as equipes da UBS do território
(BRASIL, 2011).
Passando para as Equipes de Saúde da Família encarregadas da
População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal Sul-mato-
grossense, os municípios que abrigam essa população têm duas
opções organizacionais para essas equipes, além das existentes
para o restante do país. A primeira é a Equipe de Saúde da Família
Ribeirinha (ESFR), atuando em Unidades de Saúde em localidades
cuja comunidade pertence à área adscrita e o acesso se dá por via
fluvial. A segunda são as Equipes de Saúde da Família Fluviais
(ESFF), cujas equipes trabalham em Unidades Básicas de Saúde
Fluviais (UBSF) (BRASIL, 2011).
Ambas devem ter uma composição similar à já discutida, sendo que
as ESFRs, em regiões endêmicas, devem incluir um microscopista.
Já as ESFFs devem considerar a presença de um técnico de
laboratório e/ou bioquímico na equipe multiprofissional, além dos
profissionais de saúde bucal, sempre adaptando-se à realidade
epidemiológica e às necessidades de saúde da população.
A participação ativa dos usuários nos conselhos gestores, em
colaboração com gestores locais e profissionais de saúde,
desempenha papel fundamental na gestão do cuidado e na
resolução das demandas. Para a implantação das ESFFs e ESFRs,
os municípios devem seguir o fluxo previsto para a instalação das
Equipes de Saúde da Família (BRASIL, 2011).
A população em situação de rua, que à semelhança dos demais
cidadãos, deve receber atenção e cuidado por parte de todos os
profissionais do SUS. Entretanto, com o objetivo de maior acesso e
oferta de cuidado integral, foram criadas, vinculadas à APS, as
equipes dos consultórios na rua. Estas devem ter composição
variável, responsável por articular e prestar atenção integral à saúde
de pessoas em situação de rua ou com características análogas em
determinado território, em unidade fixa ou móvel, podendo ter as
modalidades e respectivos regramentos descritos em portaria
específica. São itens necessários para o funcionamento das equipes
de Consultório na Rua (eCR):
Realizar suas atividades de forma itinerante, desenvolvendo
ações na rua, em instalações específicas, na unidade móvel e
também nas instalações de Unidades Básicas de Saúde do
território onde está atuando, sempre articuladas e
desenvolvendo ações em parceria com as demais equipes que
atuam na atenção básica do território (eSF/eAB/UBS e Nasf-
AB), e dos Centros de Atenção Psicossocial, da Rede de
Urgência/Emergência e dos serviços e instituições
componentes do Sistema Único de Assistência Social entre
outras instituições públicas e da sociedade civil.
Cumprir a carga horária mínima semanal de 30 horas. Porém,
seu horário de funcionamento deverá ser adequado às
demandas das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer
em período diurno e/ou noturno em todos os dias da semana.
As eCR poderão ser compostas pelas categorias profissionais
especificadas em portaria específica. Na composição de cada
eCR deve haver, preferencialmente, o máximo de dois
profissionais da mesma profissão de saúde, seja de nível
médio ou superior. Todas as modalidades de eCR poderão
agregar agentes comunitários de saúde. O agente social,
quando houver, será considerado equivalente ao profissional de
nível médio. Entende-se por agente social o profissional que
desempenha atividades que visam garantir a atenção, a defesa
e a proteção às pessoas em situação de risco pessoal e social,
assim como aproximar as equipes dos valores, modos de vida
e cultura das pessoas em situação de rua.
Siga em Frente...
A complexidade do cuidado exige articulação dessas equipes com
outras do território, como a Unidade Básica de Saúde, o núcleo de
apoio à Saúde da Família, os Centros de Atenção Psicossocial à
Rede de Urgência e outras instituições ligadas ao Sistema Único de
Assistência Social (SUAS).
Abordaremos, agora, as Equipes de Saúde da Família. Elas
responsáveis pelo atendimento da População Ribeirinha e fluviais.
As Equipes de Saúde da Família para o atendimento da População
Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantaneira deve considerar as
especificidades locorregionais, os municípios da Amazônia Legal e
Pantaneiras e podem optar entre 2 (dois) arranjos organizacionais
para equipes Saúde da Família, além dos existentes para o restante
do país:
Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR): são equipes
que desempenham parte significativa de suas funções em UBS
construídas e/ou localizadas nas comunidades pertencentes à
área adstrita e cujo acesso se dá por meio fluvial e que, pela
grande dispersão territorial, necessitam de embarcações para
atender às comunidades dispersas no território. As eSFR são
vinculadas a uma UBS, que pode estar localizada na sede do
município ou em alguma comunidade ribeirinha localizada na
área adstrita.
Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): são equipes que
desempenham suas funções em Unidades Básicas de Saúde
Fluviais (UBSF), responsáveis por comunidades dispersas,
ribeirinhas e pertencentes à área adstrita, cujo acesso se dá
por meio fluvial. A eSFR será formada por uma equipe
multiprofissional composta por, no mínimo: 1 (um) médico,
preferencialmente da especialidade em Medicina de Família e
Comunidade; 1 (um) enfermeiro, preferencialmente especialista
em Saúde da Família; e 1 (um) auxiliar ou técnico de
enfermagem, podendo acrescentar a esta composição, como
parte da equipe multiprofissional, o ACS e ACE e os
profissionais de saúde bucal:1 (um) cirurgião dentista,
preferencialmente especialista em saúde da família; e 1 (um)
técnico ou auxiliar em saúde bucal. Devem contar também,
com um (01) técnico de laboratório e/ou bioquímico.
As Equipes de Atenção Básica Prisional (eABP) devem ser
compostas por uma equipe multiprofissional que deve estar
cadastrada no Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde
vigente, e com responsabilidade de articular e prestar atenção
integral à saúde das pessoas privadas de liberdade. Com o objetivo
de garantir o acesso dessas pessoas no sistema prisional ao
cuidado integral no SUS, é previsto, na Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema
Prisional (PNAISP), que os serviços de saúde no sistema prisional
passam a ser ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS)
do SUS, qualificando também a Atenção Básica no âmbito prisional
como porta de entrada do sistema e ordenadora das ações e
serviços de saúde, devendo realizar as suas atividades nas
unidades prisionais ou nas Unidades Básicas de Saúde a que
estiver vinculada, conforme portaria específica (Brasil 2017).
Vamos Exercitar?
Considerando o contexto da População Ribeirinha, é essencial levar
em conta as particularidades do ambiente fluvial em que vivem. Por
exemplo, ao abordar a questão da coleta de lixo, deve-se notar a
logística de transporte fluvial e a dispersão geográfica das
comunidades ribeirinhas. Perguntas relevantes incluem: como
ocorre o manejo de resíduos sólidos nas áreas ribeirinhas? Existem
embarcações apropriadas para coleta de lixo? A frequência da
coleta é adaptada à realidade fluvial? Como as condições
ambientais impactam o acúmulo de lixo e as suas consequências na
saúde dessa população? Ao compreender esses aspectos, é
possível planejar intervenções mais eficazes e culturalmente
sensíveis para promover a saúde na população ribeirinha.
Saiba Mais
Avanços e desafios na saúde ribeirinha são temas de oficina
para gestores e profissionais do SUS. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção Primária a Saúde.
FRANCO, E. C. et al. Promoção da saúde da população
ribeirinha da região amazônica: relato de experiência. Rev.
CEFAC 17 (5) Out 2015.
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GAMEIRO, N. Cuidado e acesso à saúde da população em
situação de rua foi tema de debate. Fundação Oswaldo Cruz.
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Referências Bibliográficas
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Saúde. In: FONSECA, A. F.; CORBO, A. M. D. (Org.). O território e
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BRASIL. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a
Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a
Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial [da República
Federativa do Brasil], Brasília, n.204, p.55, 24 out. 2011. Seção 1,
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https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/19/Unidade1_Ca
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https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/19/Unidade1_Cachoeira_da_Serra/Atencao_Primaria_a_Saude/p_01.html
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Rouquayrol: epidemiologia
& saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018.
Encerramento da Unidade
ATENÇÃO PRIMÁRIA A
SAÚDE (APS) E
ESTRATÉGIA SAÚDE DA
FAMÍLIA (ESF)
Videoaula de Encerramento
Nesta unidade, abordamos a Atenção Primária à Saúde (APS) e a
Estratégia de Saúde da Família (ESF), destacando a organização da
ESF e a sua importância na promoção e assistência à saúde.
Exploramos a territorialização na saúde, vital para identificar
necessidades específicas da comunidade. Analisamos as
particularidades das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas,
Fluviais, Consultório de Rua e Atenção Básica Prisional, abordando
desafios e estratégias para oferecer cuidado integral adaptado às
especificidades territoriais e populacionais.
Ponto de Chegada
Nesta aula, exploramos a Atenção Primária à Saúde (APS), a
Organização e Estrutura da Estratégia de Saúde da Família (ESF), a
Importância da Territorialização na Saúde, assim como as Equipes
de Atenção Básica Prisional e a População em Situação de Rua. As
competências desenvolvidas englobam a compreensão da APS
como base do sistema de saúde, o conhecimento da estrutura da
ESF, a sensibilização para a territorialização, a capacidade de
atuação em contexto prisional e a abordagem adequada à
população em situação de rua, reconhecendo as suas necessidades
específicas.
É Hora de Praticar!
Estudo de Caso: Desafios no acesso à
saúde para trabalhadores em
saúdopolis
João Silva, um trabalhador assalariado em Saúdopolis, enfrenta
obstáculos significativos ao buscar atendimento em uma unidade de
saúde. João trabalha das 8h às 18h, um expediente comum para
muitos trabalhadores. Ele necessita de atendimento médico, mas as
barreiras organizacionais e legais criam complicações adicionais. 
Desafios
Horário de Expediente Rígido: João enfrenta a dificuldade de se
deslocar até a unidade de saúde durante o seu expediente de
trabalho, que é das 8h às 18h. 
Declaração de Comparecimento: ao buscar uma consulta, João
recebe uma declaração de comparecimento, que muitas empresas
recusam devido à falta de legalidade.
Exames e Retornos: a necessidade de realizar exames adicionais
implica em retornos à unidade de saúde para mostrar os resultados
ao médico, demandando mais ausências no trabalho.
Quais seriam as possíveis soluções para esses desafios?
Reflita
Você, como cidadão, tem conhecimento das condições de
saneamento básico na área em que reside, abrangendo aspectos
como abastecimento de água, coleta, tratamento e disposição de
esgotos sanitários, limpeza urbana, coleta de águas pluviais e
controle de vetores de doenças transmissíveis? Existe
homogeneidade ou diferenças significativas entre os diferentes
espaços do território do bairro e do município em que você reside?
Existem casos em que os problemas de saúde da população podem
estar relacionados à carência de saneamento básico? Como a
população percebe e relaciona a falta de saneamento como um
problema em sua comunidade?
Resolução do estudo de caso
Horários Flexíveis: implementar horários estendidos de atendimento,
incluindo noites e fins de semana, para acomodar trabalhadores
com expedientes fixos. 
Documentação Legal: educar as unidades de saúde quanto à
necessidade de documentos legais e implementar um formato aceito
pelas empresas. 
Agendamento e Resultados Online: introduzir um sistema de
agendamento eficiente e permitir que os resultados dos exames
sejam acessados online, reduzindo a necessidade de múltiplos
retornos.
Conclusão
Ao abordar esses desafios, Saúdopolis pode melhorar
significativamente o acesso à saúde para trabalhadores como João,
garantindo que as barreiras organizacionais e legais não impeçam a
obtenção de cuidados necessários.
Dê o play!
Assimile
A seguir, podemos comparar as características de dois modelos de
atenção à saúde após implemenntação do SUS.
Figura 1 |Comparação do modelo Biomédico com Estratégia
Saúde da Família. Fonte: Scherer et a.l 2015. 
Referências
FILHO, N. D. A.; BARRETO, M. L. Epidemiologia & Saúde -
Fundamentos, Métodos e Aplicações. Grupo GEN, 2011.
PAIM, J.S.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde Coletiva: teoria e prática. 1.
ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2014.
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Rouquayrol: epidemiologia
& saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018.
SCHERER, Z. A. P. et al. Modelo assistencial em saúde: conceitos e
desafios para a atenção básica brasileira. Ciência & Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 6, p. 1869-1878, 2015. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/csc/a/ZtnLRysBYTmdC9jw9wy7hKQ/?
format=pdf&lang=pt. Acesso em: 02 mar. 2024.
https://www.scielo.br/j/csc/a/ZtnLRysBYTmdC9jw9wy7hKQ/?format=pdf&lang=pt.
https://www.scielo.br/j/csc/a/ZtnLRysBYTmdC9jw9wy7hKQ/?format=pdf&lang=pt.

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