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AULA DE REVISÃO 
EXCLUSIVA DO QLR
ERIKA DOS SANTOS FRAGA - erikafraga4@gmail.com - CPF: 143.868.048-11
Constitucional 
antes do QLR
Constitucional 
depois do QLR
ERIKA DOS SANTOS FRAGA - erikafraga4@gmail.com - CPF: 143.868.048-11
TEORIA DA 
CONSTITUIÇÃO
ERIKA DOS SANTOS FRAGA - erikafraga4@gmail.com - CPF: 143.868.048-11
Teoria da Constituição
Os movimentos constitucionalistas nascem como uma 
tentativa de criar limites aos poderes do Estado (absolutista) 
Neste sentido, é possível dizer que um Regime Ditatorial 
tem uma Constituição? 
O que é uma Constituição? 
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Teoria da Constituição
💡 O que a banca quer que você saiba sobre esse tema? 💡
- Classificação das Constituições
- Constituição Federal de 1988
- Mutação constitucional
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Classificação das constituições
Quanto ao conteúdo das normas
● Materialmente constitucionais 
● Formalmente constitucionais 
Quanto à forma da Constituição 
● escrita 
● não-escrita 
Quanto à criação 
● Promulgada 
● Outorgada (imposta) 
Quanto à extensão 
● Sintética (apenas materialmente) 
● Analítica 
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Classificação das constituições
Quanto a mutabilidade 
● Imutável: não admite alterações no texto 
● Rígida: pode ser alterada, mas por um procedimento mais difícil 
do que a aprovação de leis ordinárias 
● Semirrígida/semiflexível: as normas materialmente 
constitucionais terão um procedimento mais difícil, enquanto as 
formalmente constitucionais terão o mesmo procedimento de 
leis ordinárias 
● Flexível: a mudança na Constituição se dá pelo mesmo rito da 
aprovação de leis ordinárias 
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Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988
- Escrita
- Foi promulgada em 05 de outubro de 1988
- Analítica
- Rígida (PECs no art. 60, PLs no art. 61)
É chamada de Constituição Cidadã porque foi a 
que teve maior participação popular e inclusão, 
quando comparada com as anteriores.
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Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988
CUIDADO
- Normas materialmente constitucionais x formalmente: não há 
hierarquia entre as normas da Constituição
- Constituição Rígida x Cláusulas pétreas
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OAB 1ª FASE - Exame XXXIII (2021)
Você, como advogada(o) atuante na defesa dos Direitos Humanos, 
foi convidada(o) para participar de um programa de debate na 
rádio local sobre a questão da pena de morte. Um dos 
debatedores, em certo ponto do programa, afirmou que, caso fosse 
aprovada uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 
suprimindo a vedação da pena de morte presente na Constituição, 
o Brasil poderia adotar esse tipo de pena. Na opinião desse 
debatedor, tratar-se-ia apenas de vontade política e não de 
questão jurídica. Diante disso, cabe a você esclarecer que:
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a) essa PEC poderia ser aprovada pelo Congresso Nacional e surtir seus 
efeitos jurídicos mas, por se tratar de uma questão política, o ideal seria que 
essa decisão fosse precedida de amplo debate popular.
b) essa PEC poderia ser aprovada pelo Congresso Nacional mas, de acordo 
com a Constituição da República, uma decisão nesse sentido somente 
poderia ser implementada após aprovação em referendo popular. 
c) essa PEC não é juridicamente adequada, porque tal vedação é cláusula 
pétrea da Constituição e porque o Brasil promulgou o Protocolo Adicional à 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos referente à abolição da 
pena de morte. 
d) de acordo com a Constituição da República e a Convenção Americana 
sobre Direitos Humanos, apenas o Supremo Tribunal Federal poderia 
admitir a pena de morte, porque possui competência para relativizar a 
proteção a um direito fundamental, desde que para proteger outro direito 
fundamental.
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c) essa PEC não é juridicamente adequada, porque tal vedação é 
cláusula pétrea da Constituição e porque o Brasil promulgou o 
Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos 
referente à abolição da pena de morte. 
As cláusulas pétreas significam proteções que não podem ser reduzidas. 
No caso dessa questão, a proteção à vida estaria sendo reduzida em uma 
situação que a própria Constituição veda, expressamente.
Outros exemplos:
- O Brasil não poderia adotar uma única religião oficial, porque o Estado 
Laico é uma cláusula pétrea (garante que todos tenham liberdade 
religiosa)
- Não seria possível separar uma parte do Brasil, porque a nossa atual 
configuração territorial federalista é cláusula pétrea
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Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988
Estrutura da Constituição Federal
- Preâmbulo (ADI 2076/AC – não possui força normativa) 
- Corpo constitucional 
- ADCT 
- Tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados 
segundo o rito do art. 5º, §3º da CF
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Mutação Constitucional
A Constituição pode sofrer modificações formais (reforma 
constitucional, por meio de emendas) ou modificações 
informais 
Mutação constitucional: texto continua o mesmo, mas o 
sentido dele, o significado das palavras, muda com o passar do 
tempo. 
Ex.: O termo “família”, em 1988, tinha o mesmo sentido de hoje? 
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DIREITOS E 
GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS
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Direitos Fundamentais x DH
A diferença entre eles reside na amplitude e no local de 
aplicação. Como assim? 
Enquanto os Direitos Humanos estão em uma ordem 
internacional (Declaração Universal dos Direitos Humanos), 
os Direitos Fundamentais são firmados na ordem nacional 
(instituídos na Constituição Federal de 1988).
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Rol taxativo de Direitos?
Ainda nesse sentido, o art. 5, §2º 
“Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não 
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por 
ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte.
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Direitos em Espécie
Proteção de Dados - Art. 5º, CF\88. LXXIX - é assegurado, nos 
termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, 
inclusive nos meios digitais.
Não ser extraditado - Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será 
extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, na forma da lei. 
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Direitos em Espécie
Religião, Opinião Filosófica ou Política - Art. 19. É vedado à 
União, aos Estados, ao DF e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, 
na forma da lei, a colaboração de interesse público. 
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo 
se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta 
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei
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Direitos em Espécie
Assistência Religiosa na Prisão - A Constituição da 
República de 1988 dispõe que, nos termos da lei, é 
assegurada assistência religiosa nas entidades civis e 
militares de internação coletiva (Art. 5º,VII, CF/88).
Direito de Reunião de forma pacífica, em locais públicos, 
mesmo sem autorização e desde que não frustre reunião 
anteriormente convocada. É preciso o aviso prévio - Art. 5º. 
XVI - local. Flexibilização - Tema 855, STF.
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Direitos em Espécie
O Direito de Associação é livre, vedada a de carácter 
paramilitar - Art. 5, XVII
Não precisa de autorização e é vedada a intervenção do 
Estado - Art. 5º, XVIII
Atividades só podem ser suspensas mediante decisão judicial, 
sendo preciso que tenha transitado em julgado para que sejam 
dissolvidas - Art. 5º, XIX
Ninguém é obrigado a se associar ou permanecer associado 
- Art.5º, XX
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Direitos em Espécie
Direito de Petição e de Obtenção de Certidão - Artigo 5º, 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxa: 
a) o direito de petição de Poderes Públicos em defesa de 
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) obtenção de certidões em repartições públicas, para 
defesa de direitos e esclarecimentos de situações de 
interesse pessoal.
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DIREITO EM ESPÉCIE ARTIGO DA CF/88
Direito à Saúde Pública Art. 196
Direito de Acesso à Informação Art. 5.º, XXXIII
Acesso ao Poder Judiciário Art. 5º, LXXVIII
Direito de Acesso à Informação (sigilo 
excepcional) 
Art. 5.º, XXXIII
Inviolabilidade do Domicílio (o STF estendeu 
o conceito de domicílio)
Art. 5º, XI
Livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz
Art. 5º, XV
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Incidente de Deslocamento de 
Competência
O Art. 109, Sº5 da Constituição prevê um mecanismo bastante 
importante contra as violações aos direitos humanos 
assegurados pelos tratados e acordos internacionais e assinados 
pela Constituição Federal.
Art. 109, S5º - Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o 
Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o 
cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de 
direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o 
Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, 
incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
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REMÉDIOS 
CONSTITUCIONAIS
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Introdução
Os remédios constitucionais servem para assegurar as 
prerrogativas jurídicas tanto de um único indivíduo como de 
uma coletividade de pessoas, de modo que algumas são até 
mesmo cabíveis para proteção do direito de pessoas 
jurídicas.
Podem ser classificados entre Administrativos (Direito de 
Petição e Direito de Certidão) e Judiciais (Habeas Corpus, 
Habeas Data, Mandado de Injunção, Mandado de 
Segurança, Ação Popular).
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Habeas Corpus
Expressão de origem latina que remete a ideia de corpo 
disponível, o Habeas Corpus tem como principal foco 
assegurar a liberdade de locomoção (ir, vir, permanecer), 
podendo ser utilizado quando houver um ATO de 
ILEGALIDADE ou ABUSO DE PODER - Art. 5º, LXVIII, CF/88.
● Preventivo (antigo salvo-conduto)
● Repressivo (liberatório)
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Habeas Corpus
Denomina-se quem impetra o Habeas Corpus de 
Impetrante. Já o Paciente é aquele que está tendo sua 
restrição na liberdade de locomoção ou a tem sob ameaça. A 
Autoridade Coatora é a pessoa responsável pelo ato que 
está ameaçando o direito ou já violando.
Ele tem natureza universal, ou seja, qualquer pessoa pode 
impetra-lo em favor de si mesmo ou de terceiros. (Pessoa 
física ou jurídica pode impetrar).
Não cabe contra multa ou confisco.
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Liberte minha lancha, sr. juiz
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Habeas Corpus
O HC não pode ser realizado de forma apócrifa.
Não se permite o uso de língua estrangeira.
Em se tratando de punições militares de natureza 
disciplinar, a regra é que não caberá a impetração de Habeas 
Corpus (exceção da legalidade). 
Cabível para impugnar inserção de provas ilíticas.
Não existem prazos e é gratuito.
Não pode apócrifa
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Habeas Data
O Habeas Datas trata-se de um remédio constitucional, com 
previsão legal no artigo 5º, LXXII, da Carta Magna, e objetiva 
assegurar que um cidadão possa acessar dados que estejam 
em poder do Estado, ou de entidades do setor privado que 
detenham informações de caráter público. 
Sendo as hipóteses de cabimento, de acordo com o artigo 7º, 
a Lei Federal n.º 9.507, de 1997, as seguintes: 
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Habeas Data
I – Para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou 
banco de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público;
II – Para a retificação de dados, quando não se prefira 
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
III – Para a anotação nos assentamentos do interessado, de 
contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas 
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
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Habeas Data
A regra é que somente o interessado nas informações pode 
impetrar, ou seja, qualquer pessoa física ou jurídica, br ou 
estrangeira que tenha interesse em ter acesso ou corrigir 
informação a seu respeito, que conste nos dados públicos, 
pode impetrar um habeas data. 
No entanto, tem-se entendido como possível que os 
sucessores legítimos de determinada pessoa possam 
impetrar tal remédio no caso do falecimento daquele, com 
base na necessidade de preservação da memória do extinto.
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Mandado de Injunção
De acordo com o Art. 5º, LXXI, CF - conceder-se-á mandado 
de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Para que possam ser plenamente eficazes, alguns direitos 
necessitam de uma lei infralegal que os regulamente em 
seu exercício, de modo que a ausência desta lei pode 
prejudiciar o exercícío deles.
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Legislador
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Mandado de Injunção
Suas principais características são o efeito declaratório 
quanto à omissão e a possibilidade de se implementar o 
exercício de forma direta ou intermediária. 
Sabendo que por vezes a regulamentação irá demorar (isto 
é, se acontecer), pode o judiciário aplicar outra lei de forma 
analógica para que a parte não seja prejudicada pela 
omissão legislativa.
Efeito Ex Nunc como regra.
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Mandado de Segurança
Este remédio constitucional tem por escopo a proteção do 
direito líquido e certo – aquele que claramente foi violado e 
pode ser demonstrado através de provas. 
Assim sendo, entende-se que o MS não admite dilação 
probatória (produção de provas), de modo que caso uma 
questão mencione uma situação de ilegalidade em que se 
mostre a necessidade de prova pericial, por exemplo, não 
será possível a apresentação do mandado de segurança. 
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Mandado de Segura na Mão de 
Deus e vai
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Mandado de Segurança
Não caberá mandado de segurança quando se tratar de: 
I- Contra ato em queseja possível a impetração de recurso 
administrativo com efeito suspensivo, independente de 
caução (conforme artigo 5º, da Lei nº 1.533/51); 
II- Contra decisão judicial que caiba recurso com igual efeito. 
III- Contra lei em tese, pois este remédio não pode ser 
utilizado como forma de controle abstrato de 
constitucionalidade.
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Mandado de Segurança
Ao tratar do sujeito ativo, é válido mencionar que este pode 
ser tanto individual (quando o direito invocado é do próprio 
impetrante), quanto coletivo (quando há coletividade, 
categoria). 
O objeto do MS Coletivo é a proteção dos seguintes direitos 
(Art. 21, Parágrafo Único, Lei 12.016): 
I - coletivos;
II - individuais homogêneos.
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Mandado de Segurança
São legitimados para impetração do Mandado de 
Segurança Coletivo: 
a) Partido Político com representação no Congresso 
Nacional; 
b) Organização Sindical, Entidade de Classe ou Associação 
legalmente constituída há pelo menos 1 (um) ano, em defesa 
de seus membros associados.
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Ação Popular
A ação popular tem previsão constitucional no artigo 5°, 
inciso LXXIII da CF/88 e é regulamentada pela Lei 4717/65, 
tendo como objetivo anular os atos que sejam lesivos à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio (seja ele histórico, cultural ou público).
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade 
de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência;
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Ação Popular
A ação popular é exercida diretamente pelos cidadãos 
brasileiros, sendo que qualquer cidadão é parte legítima 
para propô-la. 
Considera-se como cidadão aqueles que possuem direito de 
participar do futuro da nação, ou seja, os que estão em gozo 
dos seus direitos políticos, o que na prática se demonstra 
com a apresentação do título de eleitor.
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Ação Popular
Diferentemente dos demais remédios constitucionais em 
que o foro de competência para julgamento se dá em razão 
da autoridade coatora, a Ação Popular em tese não possui 
prerrogativa de foro.
A Ação Popular se torna bastante relevante por ser um 
instrumento de controle da atuação da Administração 
Pública, pelo povo, revestido da condição de cidadão. 
É isenta de custas judiciais e do ônus de sucumbência 
para fins processuais (salvo comprovada má-fé).
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OAB 1ª FASE - Exame XXXVI (2022)
Um órgão público, detentor de banco de dados com informações 
passíveis de serem transmitidas a terceiros, possuía informações 
inexatas a respeito de João. Em razão disso, ele dirige petição ao 
referido órgão solicitando que providenciasse a devida retificação. 
A petição seguiu acompanhada dos documentos que informavam os 
dados corretos sobre a pessoa de João. Como o órgão público 
indeferiu tanto o pedido inicial quanto o recurso administrativo 
interposto, João contratou você, como advogado(a), para ajuizar a 
medida judicial cabível. 
Agindo em conformidade com o sistema jurídico-constitucional 
brasileiro, você 
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A) ajuizou um Habeas Data, esclarecendo que o Mandado de Segurança, 
por ser um remédio de caráter residual, não seria o instrumento adequado 
para aquela situação específica, em que se almejava retificar informações 
pessoais. 
B) ajuizou uma Ação Ordinária, informando a João ser esta a única solução 
processual passível de atingir os objetivos pretendidos, já que a 
comprovação do direito líquido e certo pressupõe a dilação probatória. 
C) impetrou Mandado de Segurança, tendo o cuidado de observar que a 
impetração se desse dentro do prazo decadencial de 120 dias do 
conhecimento, por João, do improvimento do recurso. 
D) informou a João que a situação em tela é uma exceção à possibilidade 
de resolução no âmbito da esfera judicial, sendo que sua solução 
obrigatoriamente se esgota na esfera administrativa.
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a) ajuizou um Habeas Data, esclarecendo que o Mandado de 
Segurança, por ser um remédio de caráter residual, não seria o 
instrumento adequado para aquela situação específica, em que 
se almejava retificar informações pessoais.
Entre as hipóteses de cabimento do Habeas Data encontra-se a da 
solicitação de retificação de dados sobre o titular, conforme 
preceitua o Art. 7º, II da Lei 9.507/97: II – Para a retificação de dados, 
quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo;
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DIREITOS DE 
NACIONALIDADE
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Introdução
A nacionalidade é o vínculo de natureza jurídico-político 
que vincula uma pessoa a determinado país, tornando-o 
parte integrante desse Estado, bem como levando consigo 
parte dele em sua identidade. Não se confunde com 
cidadania. Pode ser adquirida através da: 
● Nacionalidade Primária ou Originária (Art. 12, I, CF/88)
● Nacionalidade Secundária ou Derivada (Art. 12, II, CF/88)
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Nacionalidade Originária
I- Critério Sanguíneo (Ius Sanguinis) - se a criança possui o 
sangue de pai ou mãe brasileiros, assim também será 
considerada mesmo que tenha nascido em outro local 
(desde que observadas as condições constitucionais). 
Sangue na veia, Samba no pé!
II- Critério Territorial (Ius Soli) - para que seja considerado 
brasileiro nato de acordo com esse critério, basta ter nascido 
em solo pátrio. Assim sendo, todos os que nascem no Brasil 
são automaticamente brasileiros natos. 
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Nacionalidade Originária
Existe uma ÚNICA exceção para o critério territorial, pois 
apenas NÃO será considerado Brasileiro o filho de pais 
estrangeiros quando um deles (pai ou mãe) estiver a serviço 
do seu país de origem no Brasil. 
Exemplo: 2 coreanos começam a morar no Brasil porque 1 
deles está a serviço da Coreia do Sul aqui no Brasil, assim 
sendo, o bebe que nascer no Brasil não será considerado 
brasileiro nato. 
Em TODOS os demais casos, nascerá um Brasileiro Nato.
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Nacionalidade Derivada
Esse tipo de nacionalidade também possui algumas 
hipóteses previstas no texto constitucional, que podem ser 
consideradas como:
Naturalização Ordinária (o preenchimento dos requisitos 
NÃO gera o direito público subjetivo à naturalização); ou
Naturalização Extraordinária (o preenchimento dos 
requisitos GERA o direito público subjetivo à naturalização).
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Nacionalidade Derivada
A previsão sobre esse tipo de nacionalidade está no Art. 12, II 
da CF\88. Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, 
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na 
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos 
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira;
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Naturalizado pode ser extraditado se tiver cometido crime 
comum antes da naturalização ou se envolvido no tráfico 
antes ou depois de naturalizado (Art. 5º, LI, CF/88).
Cargos Privativos de Natos (Art. 12, § 3º):
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	CONSTITUCIONAL - AULA DE REVISÃO QLR 01 .pptx

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