Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

A moeda é um objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens e serviços. Suas
principais funções são:
Meio de troca: Utilizada para adquirir bens, serviços e pagar dívidas, facilitando
trocas indiretas e superando as limitações do escambo.
Unidade de medida (ou unidade de conta): Permite expressar o valor de todos os
bens e serviços em unidades monetárias, facilitando comparações e agregações de
valores. Por exemplo, R$ 5,00 pode representar o preço de diferentes produtos.
Reserva de valor: Pode ser guardada para uso futuro, mantendo seu poder de
compra em economias estáveis.
A oferta de moeda refere-se ao estoque disponível para uso pelo setor privado não
bancário, sendo composta por:
Moeda em poder do público (PP)
Depósitos à vista (DV)
Fórmula:
Existem diferentes conceitos de meios de pagamento:
M1: Papel moeda em poder do público + depósitos à vista
M2: M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos
por instituições depositárias
M3: M2 + quotas de fundos de renda �xa + operações compromissadas registradas
no Selic
M4: M3 + títulos públicos de alta liquidez
M2, M3 e M4 incluem ativos �nanceiros de alta liquidez, conhecidos como quase moeda.
O Lado Monetário da Economia
1. Conceito e Funções da Moeda
2. Oferta de Moeda e Meios de Pagamento
1 / 6
Figura 1: Mapa-múndi formado por moedas, ilustrando a universalidade da moeda.
Durante períodos de in�ação elevada, a participação de M1 diminui (desmonetização).
Em períodos de in�ação baixa, a relação entre M1 e M4 aumenta (monetização).
A criação ou destruição de moeda ocorre quando há alteração no saldo dos meios de
pagamento M1:
Criação: Exportadores trocam dólares por reais no Banco Central; empréstimos dos
bancos comerciais ao setor privado.
Destruição: Banco Central vende dólares aos importadores; resgate de empréstimos
bancários; depósitos a longo prazo.
Neutro: Depósitos à vista.
O Banco Central controla a oferta de moeda utilizando instrumentos como:
Emissão de moeda
Reservas compulsórias: Percentual dos depósitos à vista que os bancos devem
manter no Banco Central
Open market: Compra e venda de títulos públicos
Redescontos: Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais
Regulamentação sobre crédito e taxa de juros
Taxa Selic: Taxa básica de juros da economia
O COPOM (Comitê de Política Monetária) considera fatores como in�ação, atividade
econômica, cenário externo e contas públicas em suas decisões, realizando 8 reuniões
anuais.
3. Criação e Destruição de Moeda
4. Política Monetária
2 / 6
Figura 2: Fatores considerados pelo COPOM em suas decisões de política monetária.
Banco emissor: Monopólio da emissão de moeda.
Banco dos bancos: Recebe depósitos dos bancos comerciais, realiza transferências e
concede redescontos.
Banco do governo: Canal para implementação da política monetária e
administração dos fundos do governo.
Banco depositário das reservas internacionais: Gerencia o câmbio e as reservas
internacionais do país.
Os bancos comerciais, mesmo sem poder de emissão, ampliam a oferta de moeda via o
multiplicador monetário. Exemplo:
Depósito inicial: R$ 100,00
Reserva obrigatória: 40% (R$ 40,00)
Empréstimo: 60% (R$ 60,00)
O processo se repete, formando uma progressão geométrica de razão 0,6.
5. Funções do Banco Central
6. Bancos Comerciais e o Multiplicador Monetário
3 / 6
Figura 3: Esquema do novo depósito, mostrando a divisão entre reservas e empréstimos.
A soma dos depósitos gerados é dada por:
onde é o primeiro termo e a razão da PG. No exemplo, o depósito inicial de R$ 100,00
gera R$ 250,00 em depósitos totais, multiplicando o valor inicial por 2,5.
O valor do multiplicador depende da taxa de reservas dos bancos e da taxa de retenção do
público, variando inversamente com ambas.
Base monetária (B): Total de moeda com o público (PP) + reservas dos bancos
comerciais (R)
Fórmula:
Multiplicador da base monetária:
Taxa de retenção do público (c): Relação entre moeda com o público e depósitos à
vista
Taxa de reservas bancárias (r): Relação entre reservas e depósitos à vista
Motivos para demanda de moeda:
Transação: Relacionado à renda
Precaução: Relacionado à renda
Especulação: Relacionado à taxa de juros (quanto maior a taxa, menor a demanda
por moeda para especulação)
Clássica: Oferta de moeda é �xada institucionalmente, não afetada pela taxa de
juros.
7. Base Monetária e Multiplicador
8. Demanda de Moeda
9. Equilíbrio Monetário: Visão Clássica e Keynesiana
4 / 6
Figura 4: Oferta de moeda �xa na visão clássica.
Teoria Quantitativa da Moeda: , onde é a velocidade de circulação
da moeda.
Exemplo: Se e , então .
Keynesiana: A taxa de juros resulta do equilíbrio entre oferta e demanda de moeda,
a um dado nível de renda.
Figura 5: Equilíbrio monetário na visão keynesiana.
5 / 6
Clássica: Aumento da oferta de moeda pode gerar in�ação se a economia estiver
plenamente empregada; se houver desemprego, pode aumentar o emprego.
Keynesiana: Aumento da moeda reduz a taxa de juros, estimula o investimento e
aumenta a renda real, mantendo o nível de preços constante em situação de
desemprego. Em depressão, a política monetária pode ser ine�caz se a taxa de juros
estiver muito baixa.
Política monetária: Mais rápida na implementação, mas seus efeitos sobre a
atividade econômica não são imediatos.
Política �scal: Mais profunda, pois altera diretamente custos e a estrutura
produtiva, com impactos mais fortes sobre a distribuição de renda.
10. Efeitos da Política Monetária
11. E�cácia das Políticas Monetária e Fiscal
6 / 6