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Resumo 
 
O Projeto Integrado Multidisciplinar IX do curso de Gestão Tecnológica em 
Agronegócios tem por objetivo apresentar uma análise da utilização prática dos 
conhecimentos obtidos nas matérias de Centro de Distribuição: Estratégias e 
localização, Energia na Agricultura e Linhas de Financiamentos e Créditos, através 
de pesquisa realizada superficialmente na empresa “JBS S.A”. 
A Companhia JBS, fundada em 1953, uma multinacional do ramo do 
agronegócio de origem brasileira, reconhecida como uma das líderes globais da 
indústria de alimentos, sendo uma das primeiras empresas do setor a ter ações 
negociadas dentro do estado entre os agricultores e agroindústrias, tornando-se 
referência no seu segmento. 
 
Palavras-chave: Empresa, Centro de Distribuição, Estratégias e localização, 
Energia na Agricultura, Linhas de Financiamentos e Créditos aprendizagem, 
agronegócio. 
 
Abstract 
The Integrated Multidisciplinary Project IX of the Technological Management in 
Agribusiness course aims to present an analysis of the practical use of the 
knowledge obtained in the subjects of the Distribution Center: Strategies and 
location, Energy in Agriculture and Lines of Financing and Credits, through research 
carried out superficially. at the company “JBS SA”. 
Companhia JBS, founded in 1953, a Brazilian agribusiness multinational, recognized 
as one of the global leaders in the food industry, being one of the first companies in 
the sector to have shares traded within the state between farmers and agro-
industries, making reference in its segment. 
 
Keywords: Company, Distribution Center, Strategies and location, Energy in 
Agriculture, Lines of Financing and Learning Credits, Agribusiness. 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 6 
 A empresa ......................................................................................................... 6 
2.1.1. Missão ........................................................................................................ 6 
2.1.2. Valores........................................................................................................ 7 
2.1.3. Sustentabilidade ......................................................................................... 8 
3. CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO: ESTRATÉGIA E LOCALIZAÇÃO ....................... 9 
3.1.1. Definição ................................................................................................... 10 
 Polos Concentradores de Atividades Logísticas no Brasil ............................ 10 
 Processo para decisão do local do Centro de Distribuição ........................... 11 
 Funções básicas de Um Centro de Distribuição ............................................ 11 
3.4.1. Recebimentos .......................................................................................... 12 
3.4.2. Movimentação .......................................................................................... 12 
3.4.3. Armazenagem .......................................................................................... 12 
3.4.4. Separação do pedido ............................................................................... 13 
3.4.5. Expedição ................................................................................................. 13 
 A importância da Logística para as empresas ............................................... 14 
 Logística reversa da JBS ................................................................................ 15 
3.6.1. PROLATA ................................................................................................. 15 
3.6.2. Acordo setorial de embalagens ............................................................... 16 
 Matriz Brasileira de Transporte e seu reflexo no Brasil ................................. 16 
3.7.1. Modal Rodoviário ..................................................................................... 18 
3.7.2. Modal Ferroviário ..................................................................................... 19 
 O Transporte da JBS ...................................................................................... 20 
3.8.1. Bovinos ..................................................................................................... 20 
3.8.2. Aves e suínos ........................................................................................... 21 
 
 
 
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 Distribuição Física de Produtos ...................................................................... 21 
 Vantagens na Adoção do CD ...................................................................... 23 
4. ENERGIA NA AGRICULTURA ............................................................................ 25 
 A Produção Agrícola e o Meio Ambiente ....................................................... 27 
 As principais matrizes energéticas ................................................................. 29 
 Economizando energia na agricultura ............................................................ 31 
 Desenvolvimento e Agricultura - Biomassa, Biocombustível, Biofuturo. ...... 32 
 Uso racional da energia. ................................................................................. 33 
 Energia - JBS .................................................................................................. 34 
5. LINHAS DE FINANCIAMENTO E CRÉDITOS .................................................... 35 
 Crédito rural no Brasil ..................................................................................... 37 
 Análise da disponibilidade de crédito rural no Brasil ..................................... 39 
 Crédito para agropecuária sustentável .......................................................... 41 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 42 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
O presente Projeto Integrado Multidisciplinar IX, requisito obrigatório para 
conclusão do primeiro semestre do Curso Superior Tecnológico em Gestão do 
Agronegócio da Universidade Paulista - UNIP tem por objetivo aplicar o 
conhecimento adquirido durante o período de estudo das disciplinas Centro de 
Distribuição: Estratégias e localização, Energia na Agricultura e Linhas de 
Financiamentos e Créditos, através de pesquisa realizada superficialmente na 
empresa “JBS S.A”. 
A Companhia JBS, fundada em 1953, uma multinacional do ramo do 
agronegócio de origem brasileira, reconhecida como uma das líderes globais da 
indústria de alimentos, sendo uma das primeiras empresas do setor a ter ações 
negociadas dentro do estado entre os agricultores e agroindústrias, tornando-se 
referência no seu segmento. 
A empresa está presente em 15 países, à mesma vem buscando se 
consolidar no mercado de forma produtiva e sustentável, visando contribuir com a 
preservação do meio ambiente. 
Serão expostos os resultados atingidos e as perspectivas voltadas à produção 
agrícola, abrangendo a atuação da empresa JBS bem como seus Centros de 
Distribuição, logística e estratégia, os tipos de energias utilizadas na mesma e a 
importância das linhas de créditos para seus clientes. Às buscas destinam-se para a 
assimilação dos procedimentos no campo e suas técnicas, apresentando algumas 
particularidades das prestações do serviço. 
O objetivo final do estudo é inserir o aluno nas práticas gerenciais de 
Agronegócio fundamentadas nos conhecimentos teóricos assimilados durante as 
aulas. Por meio de pesquisas qualitativas com levantamentoatividades do entorno. Localizada no Parque Industrial de Lins (SP), tem capacidade 
de geração de cerca de 50 megawatts de energia por hora, volume suficiente para 
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abastecer uma cidade de 300 mil habitantes. A maior parte dessa energia abastece 
o Complexo Industrial da JBS e o restante é distribuído para outras unidades e 
também vendido para o mercado nacional. A geração de vapor, por sua vez, 
abastece exclusivamente as fábricas da JBS que são adjacentes à Biolins. 
 A Biolins é a unidade de cogeração da JBS, ela gera sozinha, o equivalente a 
mais de 20% da energia total que é utilizada por todas as unidades da JBS no Brasil. 
 A Companhia também conta com a JBS Biodiesel, a maior produtora mundial 
verticalizada de biodiesel a partir do sebo bovino. Além disso, utiliza como matéria-
prima óleo de cozinha coletado em residências e estabelecimentos comerciais, por 
meio do Projeto Óleo Amigo, e sebo de aves provenientes das operações da JBS. 
Nas operações brasileiras, a JBS registra como principais tendências na 
gestão de energia a crescente migração para o Mercado Livre de Energia, o uso de 
equipamentos mais eficientes, a substituição de lâmpadas convencionais por 
modelos LED e a redução no consumo de gás natural, cedendo espaço a outros 
combustíveis mais limpos. 
 
 
5. LINHAS DE FINANCIAMENTO E CRÉDITOS 
 O agronegócio, no Brasil, realiza contribuição significativa para o 
desenvolvimento e crescimento do País, ao colocá-lo em uma posição de destaque, 
especialmente no que se refere à produção de alimentos e à exportação de produtos 
primários. Além do mais, de acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de 
Empregados e Desempregados (Caged), a agropecuária gerou cerca de 9,8 milhões 
de empregos em 2015. O setor foi o único a apresentar saldo positivo, 
principalmente em função da ampliação da produção e das exportações. 
Contribuem para o desempenho positivo das atividades agropecuárias, as 
condições climáticas favoráveis, tecnologia e gestão das propriedades rurais (MAPA, 
2015). Outro fator expressivo que faz o Brasil apresentar vantagens competitivas em 
relação aos demais países produtores agrícolas do mundo refere-se à vasta 
extensão territorial brasileira para o cultivo. 
Segundo estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 
o total de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade no Brasil é de 388 
milhões de hectares, dos quais 106 milhões ainda não foram explorados (MAPA, 
2004). 
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A articulação de políticas públicas, através da criação de programas que 
possam fortalecer as atividades rurais e promover a dinamização econômica, são 
iniciativas que buscam a melhoria constante e o desenvolvimento da produção local, 
trazendo eficiência no trabalho, qualidade dos produtos, geração de emprego e 
aumento da renda no meio rural. 
 Com isso, tem-se por resultado o abastecimento do mercado doméstico e a 
maior competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Segundo 
Schultz e Waquil (2011), a principal finalidade para intervenção governamental, 
através de políticas agrícolas, é para corrigir possíveis imperfeições e falhas no 
funcionamento dos mercados provenientes das particularidades que compõem o 
setor agrícola, como, por exemplo, a sazonalidade e a perecibilidade dos produtos. 
A fase de modernização da agricultura (1965-1985) contemplou a reforma do 
crédito rural; a reformulação da Política de Garantia de Preços Mínimos; o 
lançamento de Programas Especiais para Ocupação dos Cerrados, dentre outras 
ações. Os principais resultados positivos da nova política traduziram-se em estímulo 
à produção de grãos e à diversificação das exportações. 
Nesse período, manteve-se a Política do Café e do Açúcar, com maiores 
intervenções relacionados à geração de álcool, com o objetivo de reduzir a 
dependência do Brasil às importações de petróleo. Foi também criado o programa 
Proálcool (COELHO, 2001). 
 A fase da transição da agricultura (1985 a 1995) foi marcada pela aplicação 
de uma política restritiva, com a decisão de o Governo Federal eliminar o subsídio 
ao crédito, por meio do uso de indexadores e por reduzir de forma drástica a oferta 
do crédito rural. Este período sofreu influência dos vários planos que buscavam a 
estabilização dos altos índices de inflação e, também, a abertura comercial. Nesta 
fase, utilizou-se, frequentemente, a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) 
e observou-se forte endividamento do setor rural, antecedendo à reformulação geral 
dos instrumentos de política agrícola (COELHO, 2001). 
Mais recentemente, a fase da agricultura sustentável (1995) traz a tentativa 
de o governo resolver o endividamento rural através da securitização, com o 
desenvolvimento e utilização de novos instrumentos de política agrícola. Também, 
nessa fase, intensifica-se a proposta de sustentabilidade, o tratamento cada vez 
mais recorrente de variáveis ambientais e do princípio da agricultura sustentável nas 
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decisões de política agrícola e no cálculo econômico dos empresários rurais 
(COELHO, 2001). 
 Durante o interstício analisado, foram influentes sobre a dinâmica das 
políticas agrícolas os programas de estabilização da economia brasileira. Neste 
sentido, vale mencionar que, após inúmeros planos de estabilização malsucedidos, 
finalmente, em 1994, é lançado o Plano Real, que conseguiu controlar os altos 
índices de inflação. Contudo, em 2008, com a instalação da crise mundial, como 
forma de controle para conter a crise, o governo reduziu os financiamentos dos 
setores de produção que até então estavam quase totalmente nas mãos do setor 
privado, e direcionou, em partes, para a gestão do setor público. O setor público 
assume uma parte dos financiamentos de importantes setores, tais como o industrial 
e o agrícola (IPEA, 2011). 
O Banco do Brasil mantém maior parcela de participação nas operações 
direcionadas ao agronegócio, consolidando-se como o maior parceiro do 
agronegócio brasileiro (BANCO DO BRASIL, 2015). Além do mais, percebem-se 
inúmeras iniciativas do governo federal através de políticas relacionadas à 
sustentabilidade, para o melhor aproveitamento dos recursos naturais, sem 
agressão ao meio ambiente. 
Nesse aspecto, destaca-se a importância da Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária, (EMBRAPA), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), que “atua fomentando a agricultura e pecuária nacional, 
através do desenvolvimento e transferência de novas tecnologias para os produtores 
nacionais” (EMBRAPA, 2015). 
Tendo em vista a importância dos agronegócios para o desenvolvimento 
socioeconômico do Brasil, legitima-se a existência de aparato legal e institucional de 
apoio aos setores primários e agroindustriais. Nesse sentido, a próxima seção 
encarrega-se da apresentação das modalidades de crédito rural ofertadas aos 
produtores rurais brasileiros, das condições da oferta monetária, bem como de suas 
implicações sobre os processos de endividamento e inadimplência. 
 
 Crédito rural no Brasil 
Segundo o Manual do Crédito Rural (MCR), podem acessar o crédito rural 
“produtores rurais, pessoa física ou jurídica, cooperativas de produtores rurais e 
pessoas físicas ou jurídicas que, mesmo não sendo produtores do meio rural, 
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dediquem-se a alguma atividade ligada a este meio”. É considerado crédito rural o 
suprimento dos recursos financeiros, por instituições do Sistema Nacional de Crédito 
Rural, para aplicação exclusiva nas atividades do setor do agronegócio (BANCO DO 
BRASIL, 2015). 
O crédito rural é dividido em três modalidades, e estas três subdivididas em 
diversas linhas de crédito. De acordo com o MCR, a modalidade de custeio é 
direcionada às diversas despesas dentro do ciclo produtivo, desde a compra deinsumos até a fase de colheita. A modalidade de investimento refere-se à compra de 
bens ou serviços, cujos benefícios destes perdurem em longo prazo. Já a 
modalidade de comercialização destina-se ao armazenamento e à venda dos 
produtos agropecuários, ou para converter em espécie os títulos oriundos de sua 
venda ou para entregar os produtos em suas cooperativas (BACEN, 2015). 
É atribuição do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) conduzir este 
segmento, “de acordo com as diretrizes da política creditícia formulada pelo 
Conselho Monetário Nacional, em consonância com a política de desenvolvimento 
agropecuário”. 
Ao Banco Central do Brasil cabe o controle do SNCR e compete, entre outras 
obrigações, principalmente, dirigir, coordenar e fiscalizar o cumprimento das 
deliberações do Conselho Monetário Nacional, aplicáveis ao crédito rural (MCR, 
2016). 
 Em relação às taxas de juros e parcelamento, específicas dos financiamentos 
pelo crédito rural, uma das principais questões que atrai inúmeros adeptos, entre 
pequenos e grandes, segundo o MCR, são as baixas taxas de juros, o parcelamento 
facilitado, as vantagens em relação ao tempo de carência dos pagamentos e, em 
alguns casos, a facilidade na renegociação do financiamento (BACEN, 2015). 
Dentre tantas facilidades e atratividades, o produtor se mantém instigado a 
recorrer à obtenção do crédito desde a compra de insumos até a comercialização 
dos produtos. Ou seja, tem sua atividade financiada desde o início do processo, o 
desenvolvimento e as ferramentas necessária para manter e aperfeiçoar sua 
produção, incluindo as fases de finalização do processo durante a venda do produto. 
 Neste sentido, o propósito do crédito é o de habilitar e proporcionar ao 
produtor que alcance seus objetivos com o uso eficiente e consciente dos recursos 
disponíveis, nos quais se insere o crédito rural, para, com isso, movimentar e gerar 
riquezas para a economia do País. 
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 A partir de então, é possível identificar as fragilidades que envolvem a 
obtenção do crédito, isto é, o nível de endividamento dos produtores que adquirem o 
crédito rural. 
 
 Análise da disponibilidade de crédito rural no Brasil 
Devido à importância do setor rural para a economia do País, é possível 
observar uma constante evolução dos recursos direcionados a este setor pelo 
governo federal no decorrer dos anos, em uma tentativa de manter e desenvolver 
ainda mais esta atividade. Entretanto, este setor possui especificidades; quanto ao 
ciclo de produção, está sujeito a intempéries climáticas, oscilações nos preços de 
insumos, volatilidade cambial, entre outras características particulares. 
 Tais particularidades refletem na disponibilidade de recursos do crédito rural 
e, consequentemente, no acesso por parte dos produtores a estes recursos 
(AGUIAR; FREITAS, 2009). Anualmente, o Governo Federal, por meio do Plano 
Agrícola e Pecuário (PAP), divulga os valores direcionados ao agronegócio que 
serão distribuídos dentro das modalidades de crédito, aos bancos públicos, privados 
e cooperativas, para, então, chegar às mãos dos produtores rurais e suas 
respectivas propriedades, em forma de investimento, produção e geração de renda 
(MAPA, PAP 2015/2016). 
Em meio a oscilações em determinados períodos na disponibilidade de 
recursos ao crédito rural, verifica-se, ainda assim, uma tendência a cada safra de 
aumento significativo dos valores revertidos ao crédito rural. 
De acordo com os dados disponibilizados pelo Banco Central (2016), é 
possível identificar que, desde o ano de 1999, houve uma crescente injeção de 
recursos direcionados ao crédito rural, que se deu em função da implementação do 
Plano Real. 
O Plano Real foi fundamental para o controle inflacionário e, com isso, o setor 
rural deixou de atuar num cenário instável e de inflação alta (TOSCHI, 2006). Toschi 
(2006) destaca que, dentre algumas medidas adotadas pelo Plano Real, considera-
se de grande impacto a maior abertura ao comércio exterior, as mudanças de 
política industrial visando à inserção mais competitiva de produtos nos mercados 
internacionais e as reformas no ordenamento constitucional do País. 
Com o novo cenário de estabilização, o governo iniciou a reforma da política 
agrícola no País, instituindo uma taxa fixa de juros ao ano (TOSCHI, 2006). Com a 
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introdução de reformas constitucionais de ordem econômica e pública, houve, 
também, o reordenamento do cenário em que operavam os bancos. Assim, o setor 
rural passou a contar somente com a exigibilidade bancária sobre os depósitos à 
vista, o que agravou a situação de inadimplência no meio rural e, 
consequentemente, atingiu o sistema financeiro em seu todo. 
 O crédito rural provocou algumas distorções, ao mesmo tempo em que teve 
um importante papel na modernização da agricultura e, também alavancou 
endividamentos para o produtor, acarretando prejuízos aos cofres púbicos (FIALHO; 
REDIN, 2009). 
Segundo Braun e Shikida (2004), a valorização da moeda brasileira em 
relação ao dólar causou a queda de preços na economia brasileira, principalmente 
dos produtos do setor rural. Ao final de 1995, o governo federal iniciou a 
renegociação das dívidas rurais, de fundamental importância para a recuperação do 
setor. No ano de 1999, ano em que o governo adotou o sistema de taxa de câmbio 
flutuante, o setor rural reagiu de forma positiva e, a partir daí os valores destinados 
ao crédito rural, se mantiveram em ascensão (TOSCHI, 2006). 
 Em 2005, pôde-se observar uma retração nos valores destinados ao crédito 
rural. De acordo com Aguiar e Freitas (2009), neste ano, o setor do agronegócio 
sofreu com intempéries climáticas e queda de preços das commodities, associadas 
a uma superprodução de soja, o que reduziu, drasticamente, os preços no mercado 
internacional. 
Em 2008, as exportações do agronegócio chegaram ao recorde histórico de 
US$ 71,8 bilhões, com o boom dos preços das commodities agrícolas, porém, com a 
crise internacional, foram tomadas medidas provisórias para aumentar os 
investimentos de forma que a crise não afetasse o bom desempenho auferido pelo 
setor (AGUIAR; FREITAS, 2009). 
Nos anos de 2013 e 2014, o sistema chega ao ápice de recursos 
demandados ao financiamento das atividades do setor agropecuário. Nesses anos, 
deu-se a recuperação da economia mundial, que refletiu de forma positiva nas 
economias emergentes. 
O segmento de crédito rural possui especificidades que o fazem um sistema 
tratado de forma especial no mercado de crédito bancário. As taxas de juros 
vinculadas ao crédito são fixadas pelo governo federal e, assim como as condições 
de pagamento, são diferenciadas, inferiores às taxas e condições praticadas no 
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mercado livre. Sustentar as taxas e condições inferiores às do mercado financeiro se 
caracteriza como uma política econômica adotada pelos governos como forma de 
fortalecer o setor (AGUIAR; FREITAS, 2009). 
 Crédito para agropecuária sustentável 
As linhas de crédito voltadas ao aumento da sustentabilidade agropecuária, 
criadas na última década e operadas no contexto do SNCR, refletem a atenção 
especial que o Brasil está dando à conservação dos recursos naturais e ao 
crescimento agrícola de longo prazo. 
O Programa ABC, criado em 2010, é inovador por ser direcionado a práticas 
agropecuárias sustentáveis com taxas anuais de juros de 7,5% (para médios 
produtores) e 8,0% (para grandes produtores), valores do ano agrícola 2015-2016 
(BNDES, 2015c). O Programa ABC é uma das primeiras linhas de crédito do mundo 
a financiar especificamente práticas de baixas emissões de carbono. O Programa 
Inovagro, lançado em 2013, financia vários investimentos associados com melhoria 
tecnológica (maior produtividade, melhores práticas agrícolas e de gestão e maior 
competitividade no mercado)11 a 7,5% ao ano,valores do ano agrícola 2015-2016. 
 O Inovagro também se diferencia ao permitir que os produtores usem até 4% 
de seus empréstimos para contratar assistência técnica relacionada a planejamento, 
implementação, monitoramento e execução das atividades produtivas financiadas. 
Linhas de crédito tradicionais geralmente financiam assistência técnica com menos 
de 4% do empréstimo ou sequer a financiam (BNDES, 2015a). No ano agrícola 
2013-2014, o Programa ABC e o Inovagro somaram juntos, R$ 5,2 bilhões em 
crédito contratado com produtores (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2015b). 
Apesar da quantia significativa de crédito associado à sustentabilidade 
disponível, essas linhas de financiamento enfrentam problemas graves na promoção 
de práticas sustentáveis, em razão, pelo menos em parte, de sua criação recente e 
natureza inovadora. Isso se reflete, por exemplo, nas taxas de desembolso 
particularmente baixas apresentadas por essas linhas. O Programa ABC 
desembolsou 13,3% da quantia planejada durante seu ano de criação (2010) e, 
desde então, 42,8% em média. 
O Inovagro desembolsou 8,2% da quantia planejada durante seu ano 
inaugural (2013) (BRASIL, 2014a). Ainda que no ano agrícola 2014-2015 a demanda 
por esses programas tenha crescido, principalmente em função da percepção dos 
produtores quanto à piora das condições financeiras para o ano agrícola 2015-2016, 
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essas baixas taxas de desembolso devem-se, ao menos parcialmente, a ajustes 
culturais e institucionais que uma linha de crédito inovadora demanda, conforme 
pode ser depreendido com base em informações dos agentes financeiros que 
operam o programa. 
Para o sucesso desse tipo de iniciativa, é necessário, por exemplo, que os 
bancos eduquem suas equipes técnicas sobre as novas práticas sustentáveis 
financiadas pelas linhas de crédito e sobre os detalhes dessas linhas, como os 
requerimentos para tomada de crédito. Precisam também divulgar as linhas de modo 
a atrair produtores. 
Além disso, é importante que os produtores aprendam a respeito da 
viabilidade técnica e financeira das práticas sustentáveis para que passem a 
demandar tais linhas de crédito. Outra dificuldade para promover práticas 
sustentáveis é que o crédito ligado à sustentabilidade representa apenas uma 
pequena porção do total de crédito rural disponível por meio do SNCR. Do total de 
crédito rural contratado no ano agrícola 2014-2015 no Brasil (R$ 156,4 bilhões), a 
quantia ligada à sustentabilidade representa apenas 3,3% (Gráfico 3) (BANCO 
CENTRAL DO BRASIL, 2015b). 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho propiciou o contato com a prática da gestão do 
agronegócio no segmento de produção agrícola irrigado em grande escala e 
também todo o seu processo desde os Centros de Distribuição, sua logística e suas 
estratégias, sua energia utilizada e a importância do credito rural para o produtor. 
Além do planejamento e respeito ao meio ambiente até chega ao consumidor final. 
Ficou evidente que uma boa gestão e um bom planejamento com respeito ao 
meio ambiente é uma ferramenta eficaz para condução dos negócios, pois um bom 
relacionamento e confiança é a base para realização de bons negócios neste 
segmento tão variado que é o agronegócio. 
Destaca-se também a preocupação da empresa JBS com meio ambiente e 
sua conservação, que sempre estão em busca de mais conhecimento, qualificação e 
melhorias, a preocupação com o conhecimento é a chave para um bom 
desenvolvimento e melhoraria dos resultados. 
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 A realização da pesquisa proporcionou um aprendizado sólido do que ocorre 
no mercado de trabalho em frente a uma empresa de grande porte como a JBS, 
estimulando ainda mais a busca do conhecimento. Além de agregar mais 
conhecimento do que está sendo estudado no momento com a integração das 
disciplinas como forma de pesquisa. 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2006. 
 
VERGARA Sylvia Constant - “Projetos e Relatórios de Pesquisa em 
Administração”, Editora Atlas 6ª edição – (2005).bibliográfico. Sendo o 
mesmo de relevância primordial para a evolução das habilidades fundamentais de 
um excelente gestor. 
 
 
 
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#PÚBLICA#
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2. DESENVOLVIMENTO 
 A empresa 
A empresa em estudo é a JBS S.A. é uma multinacional do ramo do 
agronegócio de origem brasileira, reconhecida como uma das líderes globais da 
indústria de alimentos com sede na cidade de São Paulo, a Companhia está 
presente em 15 países, à mesma vem buscando se consolidar no mercado de forma 
produtiva e sustentável, visando contribuir com a preservação do meio ambiente. 
Em 2018, a JBS completou 65 anos de muita dedicação e conquistas. A 
origem dessa história remonta a 1953, quando seu fundador, José Batista Sobrinho, 
iniciou as operações em uma pequena planta com capacidade de processamento de 
cinco cabeças de gado por dia, na cidade de Anápolis, em Goiás, na região Centro-
Oeste do Brasil. 
Desde o início dessa longa jornada, a Companhia criou parcerias 
estratégicas, evoluiu em processos e contou com o trabalho de milhares de 
colaboradores, que ajudaram todos os dias a alcançar a Missão da JBS. 
Em todos os locais onde atuam, os mais de 250 mil colaboradores seguem as 
mesmas diretrizes em relação aos aspectos de sustentabilidade – econômico social 
e ambiental, inovação, qualidade e segurança dos alimentos, com a adoção das 
melhores práticas, sempre pautados pela mesma Missão e Valores. 
A JBS conta com um portfólio de produtos diversificado, com opções que vão 
desde carnes in natura e congelados até pratos prontos para o consumo, 
comercializados por meio de marcas reconhecidas no Brasil e no exterior, 
como Friboi, 1953, Swift, Seara, Seara Gourmet, Doriana, Massa Leve, Pilgrim’s 
Pride, Plumrose, Primo, entre outras. A Companhia também atua com negócios 
correlacionados, como Couros, Biodiesel, Colágeno, Envoltórios para embutidos, 
Higiene & Limpeza, Embalagens Metálicas, Transportes e soluções em gestão de 
resíduos, operações inovadoras e que promovem também a sustentabilidade de 
toda a cadeia de valor do Negócio. 
Guiada por fortes valores e com base em um rico legado, a JBS trabalha com 
objetivo de concretizar a visão de um futuro seguro e sustentável, contribuindo para 
o esforço global de prover sustento para uma população crescente. 
 
2.1.1. Missão 
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Serem os melhores naquilo que se propuserem a fazer, com foco absoluto em 
suas atividades, garantindo os melhores produtos e serviços aos clientes, solidez 
aos fornecedores, rentabilidade aos acionistas e a oportunidade de um futuro melhor 
a todos os seus colaboradores. 
 
2.1.2. Valores 
• Atitude de Dono 
Comprometido com o resultado, conhece com profundidade aquilo que faz e 
tem a visão do todo. Agem com obstinação, disciplina e foco no detalhe. É mão na 
massa, busca sempre ser o melhor naquilo que faz e não desiste nunca. Está 
sempre disponível e dá o exemplo. Indigna-se, não se conforma, não fica quieto nem 
se omite quando vê algo que não funciona bem ou possa ser melhorado. É atento 
aos gastos e à economia de cada centavo. Está engajado com a cultura da 
organização. 
• Determinação 
É obstinado, entrega resultados superiores e cumpre seus compromissos. 
Faz as coisas acontecerem, busca alternativas para os problemas e engaja as 
pessoas em prol de um objetivo comum. Tem senso de urgência, atitude de dono e 
não desiste nunca. 
• Disciplina 
Cumpre o combinado, é pontual com horário e seus compromissos. Executa 
suas tarefas de forma disciplinada. É focado, pragmático, otimiza o tempo, 
atividades e recursos. Entrega resultados, não cria justificativas e desculpas. 
• Disponibilidade 
É receptivo, acessível, disponível, não tem dia e não tem hora, está sempre 
pronto e tem o trabalho como prioridade. Está aberto ao novo, às mudanças e 
motivado para novos desafios. 
• Simplicidade 
Faz as coisas acontecerem de forma simples e prática, é mão na massa, vai 
direto ao ponto, descomplica e desburocratiza respeitando as normas. 
• Franqueza 
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#PÚBLICA#
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É direto, sincero, verdadeiro e transparente em suas relações, sempre com 
respeito, de forma positiva, agregadora e acolhedora. Não se omitem expressa suas 
opiniões mesmo quando contrária aos demais. Sabe dizer não. 
• Humildade 
Sabe ouvir, é atencioso, considera a opinião dos outros, não importa quem 
fez, importa que fizessem. Não tem vergonha de perguntar nem de dizer que não 
sabe. Não é arrogante nem vaidoso e age com respeito. Não se preocupa com 
status nem se acha dono da verdade. Prioriza o nós e não o eu. 
 
2.1.3. Sustentabilidade 
A sustentabilidade na JBS é um compromisso transversal das Unidades de 
Negócios e áreas da Companhia, em todos os países onde a empresa mantém 
operações e realiza negócios, com base na atuação ética e transparente, no 
relacionamento construtivo com seus stakeholders e responsabilidade no tratamento 
dado às pessoas, aos animais e ao meio ambiente. 
A JBS conduz a gestão de sua sustentabilidade com base em objetivos bem 
definidos. São eles: 
• Desenvolvimento Sustentável do Setor de Alimentos; 
• Conservação e Recuperação de Florestas; 
• Apoio às Comunidades em que Estamos Presentes; 
• Promover a Modernização do Ambiente de Negócios, Alinhada com a 
Sustentabilidade. 
O objetivo é fazer da JBS uma empresa líder no uso sustentável dos recursos 
naturais, minimizando a sua demanda e reduzindo a geração de resíduos para 
alcançar uma produção de qualidade cada vez melhor. 
Corporativamente, a empresa mantém dois gestores globais – um no Brasil e 
outro nos Estados Unidos – responsáveis em gerir e disseminar o tema, engajar as 
áreas de Negócios e toda a cadeia de valor na gestão da sustentabilidade. A 
Diretoria brasileira acompanha as operações no Brasil e suas ramificações em 
outros países, enquanto o Time sediado nos EUA é focado no mercado norte-
americano, além do Canadá, Austrália, Nova Zelândia, México, Porto Rico e Europa. 
Entre as funções da área de Sustentabilidade estão a de ser uma interface da 
JBS com seus principais stakeholders - mercado, fornecedores, clientes, 
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#PÚBLICA#
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consumidores, entre outros -, possibilitando o constante diálogo entre as partes 
interessadas. 
A Companhia mantém uma importante instância de governança no tema com 
o Comitê de Sustentabilidade da JBS, responsável por discutir questões estratégicas 
e de âmbito global. O comitê se reporta diretamente ao Conselho de Administração 
(CA). 
 
3. CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO: ESTRATÉGIA E LOCALIZAÇÃO 
São inúmeros os fatores que interferem na escolha da localização de um 
novo Centro de Distribuição e devem ser determinados caso a caso. Podemos 
destacar como principais, em primeiro lugar, o modelo de negócio a empresa e seus 
segmentos de atuação. 
A partir desse direcionamento estratégico, influem à concentração 
da demanda (clusters), oferta, as estratégias de nível de serviço planejado para 
o atendimento dos clientes, os eventuais incentivos fiscais e tributários 
como comodato de terrenos, isenção ou redução de alíquota de alguns impostos, a 
oferta de serviços na região, como acessibilidade e infraestrutura. 
Não podemos esquecer as modalidades de transportes 
disponíveis, existência de mão de obra capacitada e as restrições impostas pela 
legislação para edificação, como aspectos de meio ambiente e regiões de proteção 
ambiental, possibilidade de ocupação do terreno e sua própria configuração 
geológica. E por último, claro, o valor e a forma de investimento. 
A empresa buscou como grande desafio realizar um gerenciamento logístico 
objetivando a satisfação dos clientes e assim buscando um grande diferencial no 
mercado. 
A logística é um ponto importante, intermodal para o potencial da empresa, 
buscando manter estoques para atender o mais rápido prontamente aos clientes, e 
isso caro se for feito individualmente pelos agricultores,então a necessidade de uma 
solução encontrada para facilitar estas operações é a implantação de Centros de 
Distribuição (CD). 
E escolhendo essa opção foi escolhido um ponto estratégico de localização 
para a instalação, o mais próximo possível de seus clientes e tem a função de 
receber mercadorias de diversos fornecedores, armazém e abastecer o mercado 
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#PÚBLICA#
#PÚBLICA#
onde está inserido. Visam agilidade no recebimento e despacho de mercadorias, 
evitando assim acumulo de mercadorias no estoque e redução de custos. O 
presente trabalho pretende mostrar a importância do CD dentro da logística. 
 
3.1.1. Definição 
O termo Centro de Distribuição surgiu como uma expressão moderna de se 
tratar a armazenagem, mas com alguns conceitos diferentes e que interferem 
diretamente em sua operacionalização. Nestes Centros de Distribuição ocorrem as 
seguintes operações de uma forma bem sistematizada para que se possa dar 
agilidade nos processos: as mercadorias veem de diversos fornecedores em 
grandes quantidades (cargas consolidadas). 
 São armazenadas e sua distribuição é feita de forma fracionada a fim de 
poder oferecer aos seus clientes a opção de aquisição de vários itens em 
quantidades menores. Deixando de ser um deposito ou armazém, para ser um 
moderno Centro de Distribuição, um local específico para a acomodação de 
mercadorias e materiais. 
Atualmente, é utilizado de forma estratégica para a colocação de produtos no 
mercado e, quando bem posicionado, ele proporciona muitos benefícios para o 
empreendimento e seus clientes, promovendo uma grande diferença perante a 
concorrência. 
A sua montagem necessita de uma preparação e uma mudança de processos 
e procedimentos dentro da companhia, a fim de se obter uma boa eficiência dessa 
estrutura. 
Uma grande diferença entre os depósitos e os centros de distribuição é que 
estes são instalações que objetivam receber os produtos para atender às 
necessidades dos clientes; já aqueles são instalações que priorizam a 
armazenagem de produtos para ofertar a eles. 
 
 Polos Concentradores de Atividades Logísticas no Brasil 
No Brasil, existem locais que já se consolidaram como grandes 
polos concentradores de atividades logísticas, como alguns municípios da Grande 
São Paulo (Barueri, Jandira, Guarulhos), eixo da rodovia Anhanguera (região 
de Jundiaí), São José dos Pinhais, no Paraná, Cachoeirinha e Canoas, no Rio 
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#PÚBLICA#
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Grande do Sul, Manaus no Amazonas e região de Contagem, em Minas Gerais, 
Recife para atender o Nordeste, entre outros. 
Porém conheço muitos centros de distribuição bastante lucrativos localizados 
fora dessas regiões como Uberaba, Cuiabá e Joinville, que, embora sejam centros 
de menor concentração populacional, apresentam demandas específicas a serem 
atendidas. O que definirá a lucratividade do investimento é a correta localização do 
centro de distribuição em função da necessidade específica de cada negócio. 
 
 Processo para decisão do local do Centro de Distribuição 
Para o processo de tomada de decisão, é necessário definir claramente a 
estratégia de negócio da empresa, que identifique sua visão de longo prazo quanto à 
demanda, níveis de serviços planejados e expansões de atuação geográfica. A partir 
daí, avaliar e colocar na balança aspectos quantitativos e qualitativos da operação. É 
necessário definir um modelo matemático para as análises quantitativas de custos, 
sendo que as ferramentas adequadas podem variar de uma simples planilha a 
um algoritmo mais sofisticado de pesquisa operacional. 
Com isso, podemos gerar cenários para comparação de alternativas de 
localização e então pontuar os aspectos qualitativos envolvidos, realizando 
análises de sensibilidade quanto à importância maior ou menor de um ou outro 
aspecto, além da necessidade de forte envolvimento de uma equipe multifuncional, 
composta por representantes de diversas atividades, como logística, operações, 
comercial, marketing, finanças e a direção da empresa. 
 
 Funções básicas de Um Centro de Distribuição 
As funções básicas de um CD, segundo Calazans (2001), são: recebimento, 
movimentação, armazenagem, separação de pedidos e expedição. 
A mercadoria chega do fornecedor e é recebida pelo CD; essa pode ser 
armazenada para futura expedição ou pode ser diretamente encaminhada para 
expedição (crossdocking - é a operação na qual o produto é recebido e 
encaminhado diretamente para a expedição, de acordo com Apte & Viswanathan 
(2000), com o mínimo de tempo possível a fim de não manter estoque); quando 
destinada à armazenagem, a mercadoria é movimentada até o seu devido local no 
estoque, até que seja solicitada em um determinado pedido; é então separada e 
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#PÚBLICA#
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encaminhada para expedição, onde será transportada até o destino adequado. Cada 
etapa realizada no CD será detalhada a seguir. 
 
3.4.1. Recebimentos 
A atividade de recebimento é a primeira etapa da trajetória do produto no CD. 
Essa etapa é essencial para a realização das outras atividades, envolvendo o 
descarregamento das cargas e a conferência da quantidade e da qualidade dos 
produtos entregues pelos fornecedores. Após registrar os produtos, o sistema de 
gerenciamento do armazém indica o endereço na área de armazenagem e, assim, o 
estoque é atualizado para haver a exata localização onde as mercadorias 
estarão acomodadas até que ocorra a sua solicitação. 
 
3.4.2. Movimentação 
A movimentação interna dos produtos acontece desde o recebimento até a 
entrega para quem vai redistribuí-los ou para o consumidor final, ela é responsável 
pelo transporte de pequenas quantidades de produtos no armazém. 
 Internamente, é possível ocorrer à movimentação, o que envolve receber, 
conferir e transportar até o local do armazenamento. No entanto, a realocação em 
outros centros de distribuição também poderá acontecer. 
 Invariavelmente, a movimentação e o manuseio de materiais absorvem 
tempo, mão-de-obra e dinheiro. Assim, é preciso minimizar o manuseio dos 
materiais, a fim de não provocar movimentos desnecessários, além de aumentar o 
risco de dano ou perda do produto. A oportunidade de reduzir a intensidade da mão-
de-obra e aumentar sua produtividade reside nas novas tecnologias de 
movimentação e manuseio de materiais que estão emergindo atualmente. Segundo 
Moura (1998), o tipo de equipamento utilizado na movimentação de materiais afeta a 
eficiência e o custo de operação do CD. 
 
3.4.3. Armazenagem 
A armazenagem é a guarda temporária de produtos para posterior 
distribuição. Os estoques são necessários para o equilíbrio entre a demanda e a 
oferta. No entanto, as empresas visam manter níveis de estoques baixos, pois estes 
geram custos elevados: custos de pedir – custos administrativos associados ao 
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#PÚBLICA#
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processo de aquisição das mercadorias; custos de manutenção – referentes a 
instalações, mão-de-obra e equipamentos; custo de oportunidade – associado ao 
emprego do capital em estoque (HONG, 1999). A área de armazenagem dos CDs é 
composta, segundo Calazans (2001), por estruturas como porta-paletes, drive-in, 
estanterias e racks, que são separadas por corredores para ter acesso às 
mercadorias. Esses corredores são sinalizados para facilitar a operação do CD. 
 
3.4.4. Separação do pedido 
A separação de pedidos (picking) é a “coleta do mix correto de produtos, em 
suas quantidades corretas da área de armazenagem para satisfazer as 
necessidades do consumidor” (LIMA, 2002 p.2). É uma etapa fundamental do ciclo 
do pedido, pois consome cerca de 60% dos custos operacionais de um CD 
(TOMPKINS, 1996). 
É importante, nessa fase, a separação de forma correta dos itens solicitados 
no pedido para evitar possíveis problemas e insatisfação dos clientes, visto que essa 
etapa é a que mais gera custos aos centros por conta das suas operações. 
A área de estocagem na maioria dosarmazéns ocupa um grande espaço, 
devido ao acondicionamento dos estoques. Assim, a separação de pedidos, que é 
realizada nessa área, implica em grandes deslocamentos por parte dos operadores. 
No entanto, existem algumas alternativas intermediárias, segundo Lima (2002), para 
diminuir esse tempo gasto com o deslocamento, como: algoritmos para definição 
das rotas de coleta, lógicas de endereçamento e métodos alternativos de 
organização do trabalho. 
 
3.4.5. Expedição 
Assim, chegando à etapa final, a expedição, a mesma é essencial para a 
verificação e conferência de mercadorias separadas antes da expedição dos 
pedidos no CD. Consiste basicamente na verificação e no carregamento dos 
produtos nos veículos, podendo envolver algumas atividades como: conferência do 
pedido, preparação dos documentos de expedição e pesagem da carga para 
determinação do custo de transporte, Além de ser essencial a verificação e 
conferência de mercadorias separadas antes da expedição dos pedidos. 
 Para Calazans (2001), alguns complicadores são encontrados na operação 
da expedição que podem afetar sua eficiência: atrasos de transportadoras, atrasos 
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#PÚBLICA#
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na emissão da lista de separação, quebra da sincronia entre os processos de 
recebimento e expedição nas operações de crossdocking e picos de demanda que 
não foram adequadamente planejados. 
Após a conferência, embalam-se as mercadorias para serem enviadas em 
seu trajeto final juntamente às documentações. 
Dessa forma, quando incrementamos o sistema logístico nos centros de 
distribuição, uma melhoria em seu desempenho é notada, como a obtenção de 
melhores preços ao negociar com os fornecedores, evitando o fracionamento da 
entrega, melhoria nos espaços onde se encontram o seu estoque e redução de mão 
de obra. 
 
 A importância da Logística para as empresas 
Na atual condição da empresa para recebimento de dívidas o proprietário por 
diversas vezes teve que repor aos bancos o crédito de cheques sem fundos e alguns 
até hoje não honraram suas dívidas com a empresa. O total em cheques sem 
fundos chega a um montante de 10% ao mês, cerca de R$3000,00 que deixam de 
entrar no caixa. Uma pesquisa de concorrência demonstra que esse é o meio de 
recebimento utilizado por todos os distribuidores. 
 
"Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento 
que planeja programa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e 
econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos 
acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de 
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências 
dos clientes" (Carvalho, 2002, p. 31). 
 
Em outras palavras, a logística é a parte da organização que gerencia o fluxo 
do produto/matéria-prima desde a fabricação até o consumidor final. A logística tem 
como objetivo controlar com eficiência todo este processo da cadeia produtiva 
passando por inúmeras etapas até o consumidor final. 
No ponto de vista do cliente, a logística tem como objetivo atender a 
necessidade do mesmo, entregando o produto/serviço desejado dentro do prazo 
combinado, atendendo assim a expectativa esperada com um custo razoável, 
conforme BALLOU, Ronald H (1993). 
Através de uma gestão com eficiência, com uso de tecnologias, 
infraestrutura/equipamentos e mão de obra qualificada, obtêm-se excelentes 
resultados econômicos, segundo a Revista “Valor Setorial – Logística” (Março, 
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#PÚBLICA#
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2016). Realizando um bom planejamento da logística, por consequência, há 
influência no custo final do produto, barateando-o e não transferindo assim a 
responsabilidade do custo de transporte para o cliente: afinal, ninguém quer pagar 
mais caro. Sendo assim, adequar à logística visando à redução de custos e manter a 
competitividade das empresas/produtores torna-se um grande desafio para o Brasil, 
segundo a Revista “Valor Setorial – Logística” (Março, 2016). 
A competitividade tornou-se um paradigma para a economia mundial e a 
logística está totalmente interligada a ela, pois possui inúmeros elementos que 
podem ser harmonizados e otimizados para aumentar a eficiência de um processo 
logístico e majorando, consequentemente, a competitividade. 
Alguns exemplos destes fatores são: a tecnologia de informação, a 
armazenagem, os modais de transporte, equipamentos, entre outros. Porém, mesmo 
que os produtores tenham feito um grande investimento nos fatores citados para 
obterem maiores resultados econômicos, é imprescindível que o governo também 
faça a sua parte. 
 
 Logística reversa da JBS 
A JBS possui, no Brasil, um programa nacional para promoção da logística 
reversa de embalagens, de forma a reduzir o volume de resíduos destinados a 
aterros e aumentar a reciclagem no Brasil. 
Em atendimento à Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos em 2014, a JBS integrou o Acordo Setorial de Embalagens e o Programa 
Prolata, e desde então tem demostrado desempenhos relevantes. Entre as ações 
adotadas há treinamentos para catadores de materiais recicláveis e investimento em 
estrutura e equipamentos para cooperativas e associações de catadores. 
 
3.6.1. PROLATA 
O Programa Prolata é uma ação da Associação Brasileira de Embalagens de 
Aço (Abeaço), com atuação definida em três pilares: 
• Centros de recebimento/entreposto: estrutura voltada para recebimento 
de grandes volumes; 
• Cooperativas de catadores de materiais recicláveis: trabalho de 
inclusão social; 
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#PÚBLICA#
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• Pontos de Entrega Voluntária (PEV): interface direta como consumidor 
final. 
Segundo dados fornecidos pela Abeaço, o programa já reciclou mais de 31 
mil toneladas de aço. 
 
3.6.2. Acordo setorial de embalagens 
Para o cumprimento do Acordo Setorial de Embalagens, a JBS adotou as 
seguintes medidas: 
• Associou-se, de 2015 a 2018, ao ILOG para apoio à implantação da 
Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR) em Maringá 
(PR). A CVMR de Maringá, juntamente com as outras centrais do 
programa, recolheu aproximadamente 9.500 toneladas de resíduo. 
• Apoiou a Associação Nacional de Catadores (ANCAT), que, de 2015 a 
2017, foi responsável pela comercialização de cerca de 90 mil 
toneladas de recicláveis por meio de apoio às cooperativas de 
catadores. 
• Criou o Programa de Logística Reversa JBS: cooperativas nos estados 
de São Paulo e Mato Grosso do Sul responderam pela venda de mais 
de 650 toneladas de materiais recicláveis até o ano de 2017. Entre as 
ações do Programa estão treinamentos de catadores de materiais 
recicláveis e investimento em estrutura e equipamentos para 
cooperativas e associações de catadores. 
• Apoio à Campanha “Separe. Não Pare”, iniciativa da Coalizão para 
Conscientização e Educação Ambiental sobre o descarte correto de 
resíduos recicláveis por meio das redes sociais e ações em São Paulo 
(SP). 
• A partir de 2018, passou a integrar o Programa Cidade+, que apoia a 
gestão da coleta seletiva e das cooperativas de catadores de 
municípios selecionados. 
 
 Matriz Brasileira de Transporte e seu reflexo no Brasil 
 A Matriz brasileira de transporte é composta por cinco modais: 
• Aéreo. 
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#PÚBLICA#
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• Aquaviário; 
• Dutoviário; 
• Ferroviário; 
• Rodoviário; 
A importância relativa de cada tipo pode ser medida pela distância coberta 
pelo sistema, pelo volume de tráfego, pela receita e pela natureza da composição do 
tráfego, conforme Bowersox e Closs (2007). Porém, os dois modais mais utilizados 
hoje pelo agronegócio no Brasil são: 
• Ferroviário; 
• Rodoviário; 
O ideal para todas as empresas que utilizam no mínimo dois modais de 
transportes para a distribuição de seus produtos é a multimodalidade, o que diminui 
tempo de entrega. 
As cargas brasileiras são movimentadas através de rodovias, quando 
deveriam ser utilizadas com mais intensidade também atravésde ferrovias e 
hidrovias. Isso em tese, pois a realidade histórica do país não favorece a integração 
de modais. – É o que afirma o professor Paulo Resende, coordenador do Núcleo de 
Logística, Supply Chain e Infraestrutura da Fundação Dom Cabral em reportagem 
para a Revista “Valor Setorial – Logística” (Março, 2019). Segundo ele, o Brasil vive, 
desde a colonização, uma “cultura de substituição”, criada a partir dos ciclos de 
exploração de produtos brasileiros. Ou seja, ouro sendo substituído por cana-de-
açúcar, depois por café, e assim sucessivamente. O País não consegue criar uma 
cultura de planejamento de longo prazo, e isto levou a outro ponto crítico, que é a 
questão da conexão com o modal de transporte mais apropriado para o ciclo 
vigente. 
Apesar da realidade histórica do País não favorecer a integração de modais, 
ela garante expressivos ganhos para as empresas, como aumento de produtividade 
e eficiência. 
Segundo a Revista “Valor Setorial – Logística”, calcula-se que cerca de 60% 
do tempo de transporte de cargas é dedicado às etapas de carregamento e 
descarregamento. Este tempo elevado nas pontas, seja em terminais ou em portos, 
tem reflexo na ferrovia com a formação de filas de caminhões. Quando se integra os 
ativos, é possível reduzir este tipo de ineficiência do sistema logístico. 
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Apesar de todos os benefícios da multimodalidade para as empresas, o 
Governo não apoia esta função no país, inclusive há pagamento de dois seguros, 
duas vezes o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do frete 
quando se utiliza: rodo/aéreo, rodo/fluvial ou rodo/cabotagem. 
Dentro deste tema de logística, o Brasil está ainda longe do ideal, 
consequentemente regride na matriz de transporte por causa de sua “cultura de 
substituição”, burocracias e legislações. 
3.7.1. Modal Rodoviário 
No Brasil, aproximadamente 70% das mercadorias e 90% dos passageiros 
são transportados pelas rodovias. Porém, este modal acumula defasagem histórica 
que continua impondo limitações à competitividade do país. Da malha total de 1,72 
milhão de quilômetros, apenas 12,4% são rodovias pavimentadas ou 213.000 
quilômetros, sendo que mesmo nas estradas asfaltadas, onde o tráfego de veículos 
é mais intenso, prevalece à má qualidade das vias, conforme mostram as tabelas 1 
e 2 (Dados e informações retirados da CNT divulgada na Revista “Valor Setorial – 
Logística” (Março, 2016)). 
Segundo a própria CNT em reportagem para a Revista “Valor Setorial – 
Logística” (Março, 2016), há 80,3% de rodovias sob gestão pública e 19,7% de vias 
sob concessão da iniciativa privada. Nos trechos concedidos os resultados foram 
melhores: 78,3% da extensão foram classificada como ótima ou boa e 21,7% como 
regular, ruim ou péssima. Já o estado geral das rodovias públicas é bastante crítico. 
Neste caso, 65,9% das vias foram consideradas regulares ruins ou péssimas e 
somente 34,1% ótimas ou boas. 
A precariedade das rodovias brasileiras impacta negativamente o caixa das 
empresas. Segundo estudo da Fundação Dom Cabral (FDC) publicado na Revista 
“Valor Setorial – Logística” (Março, 2016), caminhões que rodam em estradas com 
situação precária, sem pavimento, pista simples e sem sinalização adequada – que 
é o caso da maioria das rodovias públicas – registram acréscimo de 32% nos custos 
relativos a pneus, combustíveis e peças de manutenção, sem considerar o cálculo 
da vida útil do veículo. Já os caminhões que trafegam por rodovias com pedágios 
têm aumento médio nos custos de 18%. 
“Como o governo federal não consegue realizar os investimentos necessários, 
a diferença de qualidade entre as rodovias concedidas, onde há cobrança de 
pedágio, e as mantidas pelo poder público tende a se ampliar”, afirma Bruno Batista, 
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Diretor-Executivo da CNT em reportagem para a Revista “Valor Setorial – Logística” 
(Março, 2016, na página 79). 
Devido à crise econômico-política que o Brasil atravessa, o poder público 
quebrou, inibindo assim os investidores. Mesmo existindo trechos rodoviários que 
podem ser atraentes para eles, o risco regulatório e a baixa credibilidade do governo 
dificultam. 
Entretanto, as concessões são viáveis apenas em locais com grande 
movimentação de veículos, capazes de gerar receita nos pedágios, caso contrário, a 
administração pública seria o ideal. 
Este é o contexto encontrado pelos produtores rurais no estado do Rio de 
Janeiro, há um grande tráfego diário de veículos, onde a maioria das rodovias é 
concedida, o que resulta no encarecimento do frete devido aos pedágios. Por outro 
lado, as rodovias são mais preservadas e bem cuidadas, diminuindo os riscos de 
perda/dano do produto, acidente com o veículo ou problemas de manutenção do 
mesmo. 
Este modal é o mais utilizado pelos produtores rurais do estado, já que a 
ferrovia é quase inexistente. O transporte através de caminhões é mais flexível e 
também mais rápido que devido a curta distância entre as fazendas e os centros 
urbanos. O fato é que o produtor deve escolher o modal de transporte mais 
adequado ao seu tipo de negócio, levando em consideração tempo, confiabilidade e 
preço de cada um. 
 
3.7.2. Modal Ferroviário 
Segundo relatórios da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT 
divulgados na Revista “Valor Setorial – Logística” (Março, 2019), o Brasil conta com 
cerca de 30.000 quilômetros em concessões de ferrovias com o setor privado. No 
entanto, apenas de 12 mil a 15 mil quilômetros estão em operação. O resto da 
malha está subutilizado ou ocioso. 
A malha ferroviária brasileira necessita de investimentos para a expansão da 
capacidade, melhorias, produtividade e eficiência. Com isso, haverá redução de até 
25% no preço do frete, segundo Luís Henrique Teixeira Baldez, presidente da 
Associação Nacional dos Usuários de Carga - ANUT em reportagem para a Revista 
“Valor Setorial – Logística” (Março, 2019). 
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Segundo dados da própria ANUT, em 2015 foram transportados 475 milhões 
de toneladas de produtos e a perspectiva para este ano é de um crescimento entre 
4% e 5%, por conta de alguns investimentos em melhorias, como por exemplo, a 
velocidade da locomotiva. A velocidade média no Brasil é baixa em relação a outros 
países, oscilando entre 20 e 45 quilômetros por hora, quando deveria ser de 40 
quilômetros por hora. Com o aumento de velocidade média, permite a empresa 
transportar um volume maior de mercadorias, segundo Baldez. 
De acordo com último Balanço do Transporte Ferroviário de Cargas 2014, 
divulgado pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) para a 
reportagem Revista “Valor Setorial – Logística” (Março, 2016), aponta que os 
investimentos por parte das concessionárias ferroviárias somam R$ 46,9 bilhões de 
1997 a 2014. 
 O Transporte da JBS 
A Companhia JBS trabalha para garantir as melhores práticas no transporte 
dos animais, das fazendas até a fábrica. 
 
3.8.1. Bovinos 
As fazendas fornecedoras da JBS ficam a uma distância média de 167 km 
das unidades produtivas da Companhia. Para fomentar a qualidade no transporte, os 
motoristas boiadeiros, próprios e terceiros, são treinados, no mínimo, a cada 12 
meses, pela JBS e por empresas terceiras especializadas. Para que o conteúdo da 
Política de Bem-estar Animal da Companhia, disseminada aos motoristas da JBS 
Transportadora por meio da assinatura de um termo de responsabilidade, alcance os 
motoristas terceiros, as suas diretrizes também estão contempladas no contrato de 
prestação de serviço. 
È investido em frotas modernas que minimizem o estresse dos animais desde 
o embarque até o desembarque, e que reduzam os riscos de contusões e acidentes 
com os animais, são realizados de forma frequente. 
A JBS lidera um projeto inédito no mercado brasileiro e lançou, em 2016, um 
modelo de carreta totalmente projetadapara promover o bem-estar animal durante o 
transporte do gado, e que vem passando por melhorias contínuas. 
A nova frota de, aproximadamente, 250 carretas e operada pela JBS 
Transportadora, possui divisórias internas sem pontas, piso antiderrapante e um 
elevador hidráulico, que torna o embarque e desembarque dos animais mais 
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#PÚBLICA#
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silenciosos, menos agitados e, consequentemente, menos estressantes para os 
animais e para o motorista. Além disso, todas essas características contribuem para 
que a carne levada ao consumidor seja da melhor qualidade. 
Essas melhorias são frutos de um acordo de cooperação técnico-científica, 
estabelecido em 2014, com duas das maiores referências globais no assunto, Dra. 
Temple Grandin, da Colorado State University, e o Prof. Mateus Paranhos, da 
Universidade Estadual Paulista (UNESP), por meio do qual a JBS investe em 
pesquisas e trabalhos científicos relacionados a bem-estar animal. 
Os veículos boiadeiros são inspecionados periodicamente por profissionais 
capacitados para incentivar que as condições estruturais sejam mantidas adequadas 
para um transporte seguro e confiável. 
 
3.8.2. Aves e suínos 
O transporte de animais das granjas para as unidades produtivas é realizado 
apenas por equipe treinada, de forma a minimizar o estresse do animal, evitar lesões 
durante os trajetos e garantir o espaçamento adequado dentro das caixas de 
transporte ou do caminhão. 
Orientações sobre procedimentos de emergência são passadas pela 
Companhia aos motoristas para casos de pane no veículo, interrupção ou bloqueio 
no trajeto, acidente com a carreta, incêndio ou necessidade de troca de pneus. 
Para reduzir ao máximo o tempo que os animais passam em trânsito, equipes 
de planejamento logístico observam as melhores rotas, origens e destinos. São 
definidas distâncias máximas entre as granjas e as unidades produtivas, garantindo 
o conforto dos animais. 
A rotina de transporte é gerenciada por meio de indicadores, como densidade 
e peso por gaiola no carregamento, além de percentual de mortalidade, a fim de 
garantir a adoção de práticas adequadas. 
 
 Distribuição Física de Produtos 
Conforme BALLOU (1993) pode-se entender como suprimento de materiais a 
fase do fluxo de insumos necessários para a produção envolvendo seus 
fornecedores, e a de distribuição física como a fase de distribuição dos produtos até 
o seu destino final, envolvendo armazenamento e transporte. 
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Em outras palavras, a distribuição física de produtos trata da movimentação, 
estocagem e processamento dos pedidos de produtos acabados (ou semi) da 
empresa/fábrica ao mercado e absorve cerca de 2/3 dos custos logísticos. 
Por este motivo, as empresas focam no processo de distribuição como “ultima 
fronteira” para diminuição de custos, uma vez que os mesmos são muito elevados 
dentro deste processo, principalmente no Brasil. O foco em escoar o produto de uma 
forma mais rápida por um custo baixo também deve ser levado em conta para 
aumentar a lucratividade da produção. 
Um dos vários motivos para o alto custo no processo é devido à distribuição 
de materiais, no Brasil, basicamente ser realizada através de apenas um modal 
(Rodoviário), este que por sua vez é mais rápido e flexível. 
Este modal é muito utilizado no transporte de matéria-prima, envolvido no 
processo de colheita até os silos/armazéns, seguido da expedição, utilizado também 
no transporte de insumos e adubos, e no transporte de produtos semiacabados, 
como no caso do gado que é levado do campo até o frigorífico para ser abatido e 
suas peças separadas para serem distribuídas também através das rodovias, onde a 
maioria destina-se a centros de distribuição – CD. 
Os centros de distribuição são fundamentais no sistema de logística de uma 
empresa, situados geralmente em rodovias ou próxima a elas, em locais de fácil 
acesso a grandes caminhões e carretas, além de funcionarem como peças 
estratégicas para o abastecimento de lojas ou entregas de produtos aos 
consumidores finais. Eles se multiplicam pelo País, seguindo a rota de expansão das 
empresas e a necessidade de estar cada vez mais perto do cliente, encurtando 
distâncias e reduzindo os custos de transporte das mercadorias até o destino final 
(CASTRO, 2006). 
Para especialistas - em reportagem à Revista “Valor Setorial – Logística” 
(Março, 2016) - a construção de CD próprio torna-se viável quando a operação exige 
espaços superiores a dez mil metros quadrados, facilitando o ganho em escala, 
quando a empresa tem experiência em operar o equipamento e o empresário está 
disposto a fazer um investimento de longo prazo. Por isso, é preciso avaliar 
cuidadosamente as características da operação e da própria empresa antes de 
decidir. 
 
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 Vantagens na Adoção do CD 
Nos últimos anos, a logística se tornou parte do planejamento estratégico das 
empresas. Foi percebido que ela está totalmente ligada à eficiência em atender aos 
pedidos dos clientes de forma rápida e dentro de suas expectativas. Por esse 
motivo, é tão importante que as empresas busquem mudanças que aperfeiçoem e 
otimizem os processos, como é o caso da adoção de um centro de distribuição. 
Os impactos positivos de uma gestão voltada para a eficiência refletem, 
também, em outras áreas, beneficiando o negócio como um todo, gerando vantagem 
competitiva e diferenciação em um mercado tão sobrecarregado de empresas 
prestando um mesmo serviço. 
A decisão de gerenciar um centro de distribuição ajuda a criar vantagem 
competitiva para o negócio. Algumas das vantagens são: 
• Centralizam os estoques 
Quando se opta por ter centros de distribuição, todo o estoque da empresa 
passa a ficar centralizado em apenas um lugar. Ou seja, em vez de fazer com que o 
fornecedor entregue poucos itens em diversas unidades, tudo é enviado diretamente 
para o CD. 
Isso ajuda a estreitar o relacionamento com os parceiros de negócios, além 
de melhorar o controle de estoque — o que possibilita diminuir os índices de faltas, 
excessos e perdas, por exemplo. 
• Mantêm maior controle dos processos 
Quando um estoque é centralizado em uma única localização, todas as 
atividades de separação e expedição acontecem em um mesmo local. O controle 
dos processos torna-se mais simples, visto que não há mais de um estoque para 
inventariar. 
Com um centro de distribuição, o endereçamento das mercadorias é mais 
preciso, pois geralmente há mais espaço. Assim, nenhuma mercadoria será perdida 
no armazém e será facilmente localizada, economizando o tempo dos separadores 
de pedido. 
• Proporcionam localização estratégica 
Um dos fatores básicos na hora de tomar a decisão de ter um CD é 
a localização. Ao fazer o planejamento, alguns fatores, como a tributação do local, a 
proximidade da fábrica, dos clientes e dos fornecedores precisa ser verificada. 
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A ideia é a otimização, portanto, tanto o fluxo de recebimento quanto o de 
expedição devem ser levados em consideração ao se calcular o custo benefício de 
cada localização. Assim, a escolha feita atenderá a todos os requisitos e trará reais 
benefícios ao negócio. 
• Agilizam a entrega 
Um centro de distribuição, se bem administrado, pode tornar o processo de 
entrega de mercadorias muito mais rápido. Porém, o fato de ter um estoque 
centralizado não vai fazer com que as atividades se tornem mais eficientes por si só. 
O endereçamento dos materiais precisa estar correto, as mercadorias 
precisam estar dispostas de acordo com ele. Além disso, se forem investidos em 
sistemas de códigos de barras e gestão do estoque, que determinam rapidamente a 
localização do material, a otimização estará praticamente completa. 
• Ajudam a aumentar o controle da sazonalidade 
Falamos anteriormente sobre a centralização dos estoques e como isso ajuda 
a aprimorar o controle dasmovimentações dos produtos. A vantagem de manter 
todos os itens sob uma gestão unificada é que a sazonalidade pode ser mais bem 
gerida. 
Ou seja, as variações dos níveis de estoque causam menos impactos na 
venda, já que existe uma estrutura capaz de comportar a demanda. Mesmo que haja 
excesso de alguns itens, dificilmente ele terá as mesmas proporções negativas de 
quando isso ocorre em uma unidade menor, por exemplo. 
• Geram redução de custos 
A redução de custos pode ser alcançada por diversos meios. Dentre os 
principais, podemos citar: 
❖ Frete dos fornecedores, que ocorre devido ao ponto de entrega ser 
único; 
❖ Manutenção de estrutura própria, quando se opta pela locação de 
galpões; 
❖ Perdas e desperdícios de estoque, por meio da otimização dos 
processos relacionados a essa área. 
Para alcançar vantagem competitiva, é preciso buscar novas soluções e 
otimizar os métodos de trabalho, de maneira que os resultados sejam aprimorados e 
façam a empresa se destacar dos concorrentes. 
• Ajudam a fornecer um atendimento de qualidade 
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Ao ter uma operação mais enxuta, com todas as atividades de distribuição 
acontecendo em um mesmo local, prevenindo falhas e com os processos mais 
otimizados, a capacidade da empresa em atender o cliente vai melhorar. 
Os prazos serão atendidos mais rapidamente, a resposta ao cliente será, 
também, mais rápida, e ele logo vai perceber que a empresa está se preocupando 
em atendê-lo da melhor forma, gerando valor ao negócio. 
• Auxiliam no planejamento eficiente de investimentos 
O gerenciamento da demanda e o atendimento dos clientes feitos de forma 
mais eficiente auxiliam no processo de planejamento de investimentos. O gestor 
consegue entender melhor cada processo e verificar qual deles precisa de ajustes. 
Ter um local específico para distribuição do produto pode facilitar ao gestor 
enxergar gargalos que podem ser eliminados com a implementação de novas 
tecnologias, detalhes difíceis de serem percebidos. Assim, cada atividade pode ser 
aperfeiçoada. 
Há muitas tecnologias que podem melhorar os processos de distribuição e 
controle dos estoques. O gestor precisa decidir qual é a mais adequada para sua 
operação, e qual trará mais benefícios para o negócio como um todo. 
• Exponenciam o desempenho empresarial 
Se tirarmos o conceito de exponencial da matemática para a aplicação no dia 
a dia, a palavra pode significar algo mais potente, de maior valor. Nada mais é do 
que crescimento e desenvolvimento. 
Com todos os benefícios citados, a empresa vai trazer uma melhoria geral em 
seu desempenho, visto que vai proporcionar melhorias internas, como a otimização, 
redução de custos e aumento no controle, além de agregar valor ao cliente. 
A decisão de adotar o centro de distribuição contribui para que a empresa 
melhore sua imagem no mercado e crie uma vantagem competitiva difícil de ser 
atingida pelos concorrentes. Os benefícios trarão melhorias operacionais e 
financeiras para a empresa e os clientes também notarão a mudança no 
atendimento, visto que influencia diretamente na eficiência da distribuição de 
mercadorias, nos prazos de entrega e na qualidade do serviço prestado. 
 
4. ENERGIA NA AGRICULTURA 
A agricultura é uma das atividades econômicas mais importantes de qualquer 
país e também uma das que demandam maior quantidade de 
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recursos. Insumos como água e energia na agricultura são indispensáveis para a 
obtenção de uma boa safra. 
As fontes renováveis têm se mostrado boas alternativas para o produtor 
rural que deseja manter a produção e, ao mesmo tempo economizar com a energia. 
Além de serem mais baratas, elas também são mais sustentáveis, pois 
consomem recursos que se renovam na natureza. 
Há diversas fontes energéticas que o produtor pode aproveitar. Escolher a 
melhor delas para a sua propriedade é o segredo para conseguir os melhores 
resultados. Essa decisão deve levar em consideração o clima da sua região e os 
recursos disponíveis na sua propriedade. 
A energia elétrica é essencial para a agricultura, pois todas as etapas da 
cadeia de produção agrícola, desde a preparação dos insumos para a produção, até 
as estratégias de comercialização do produto final, passando pelas práticas de 
atividades de estocagem, conservação, industrialização e distribuição são 
impactados pelo abastecimento de energia. 
O conceito de energia somente começou a ser delineado de forma “precisa” 
no século XIX, quando os físicos a definiram como a capacidade de “algo” fazer 
“algo”. Atualmente a definição mais aceita é de Halliday (2008) que a define como a 
quantidade escalar (valor da energia) associada com o estado (condição) de um ou 
mais objetos. 
No entanto a ciência munida com o método científico, embora engatinhe nos 
conceitos mais básicos, consegue definir leis universais que possibilitam a 
compreensão da natureza. E em termos de energia a lei mais importante e 
incontestável é o princípio da conservação da energia: “A energia pode ser 
transformada de um tipo para outro, mas a quantidade total é sempre a mesma”, ou 
seja, a energia não pode ser destruída nem criada, mas somente transformada. 
Neste contexto quando se escreve ou se fala de energia na agricultura 
estamos nos referindo a sistemas agrícolas onde ocorrem transformações de 
energia. De forma mais simples e clara, não geramos, não consumimos, não 
produzimos energia na agricultura, somente realizamos operações que em ultima 
estância convertem energia de uma forma em outra. 
Quando “consumimos” álcool etílico proveniente da cana-de-açúcar em 
nossos carros, na verdade estamos realizando inúmeras transformações energéticas 
que envolvem inúmeros processos que em ultima análise não consomem a energia 
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do álcool etílico, mas somente a transforma em movimento mecânico do motor, que 
chamamos de energia útil e por outro lado o mesmo motor ocasiona o aquecimento 
do bloco do motor, o ruído do motor, o aumento de temperatura dos gases de 
escape e etc., que chamamos de energia desperdiçada. 
O grande mote em todas as transformações da energia na agricultura não é a 
quantidade de energia transformada, mas sim a eficiência destas transformações, 
que está relacionada com o custo-benefício destas. 
 Uma forma de medir esta eficiência é através do balanço energético da 
transformação. Por exemplo, ao se analisar a produção de álcool proveniente de 
milho em comparação ao álcool de cana-de-açúcar tem-se que para cada unidade 
de energia proveniente do álcool de milho é necessária à transformação 0,81 
unidades de energia do petróleo, ou seja, o balanço energético é de 1: 1,24, 
enquanto que para a cana-de-açúcar a cada unidade de energia proveniente da 
cana é necessária à conversão de 0,124 unidades de energia do petróleo, portanto o 
balanço energético é de 1: 8,06. Neste exemplo fica claro que a energia proveniente 
do álcool de cana-de-açúcar tem um custo-benefício muito melhor do que o álcool 
de milho. 
Na verdade as questões de energia na agricultura sempre vão se deparar 
com comparações de custo-benefício técnicas e econômicas, mas não menos 
importantes são as dimensões ambientais e sociais que a sociedade cada vez mais 
exige. 
 
 A Produção Agrícola e o Meio Ambiente 
O setor agrícola, como qualquer setor da economia mundial é dependente de 
energia, pois toda ação agrícola compreende transformações físicas, químicas e 
biológicas de materiais, substâncias e componentes, o que demanda energia nas 
mais diversas formas. Um efeito colateral destas transformações é a geração de 
resíduos, que em sua maioria são nocivos ao meio ambiente, exceto aqueles que 
podem ser reciclados, inclusive alguns em processos energéticos, tais como os 
resíduos vegetais. 
Neste contexto uma medida relativa da ação do homem nos processos de 
transformações energéticas é a pegada ecológicaque segundo Scarpa (2012) é 
uma forma de medir o uso dos recursos naturais do planeta pelo homem e o seu 
resultado corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, 
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necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentem determinados 
estilos de vida. Em outras palavras é um tipo de medida da eficiência na conversão 
energética de nossa civilização. 
Segundo WWF-Brasil (2007), para o cálculo da pegada ecológica é levados 
em consideração: terra bioprodutiva, mar bioprodutiva, terra de energia, terra 
construída e terra de biodiversidade. A terra bioprodutiva é a área de terra para 
colheita, pastoreio, corte de madeira, etc. O mar bioprodutiva é a área necessária 
para pesca. A terra de energia é a área de florestas e mar para absorção de 
emissões de carbono. Terra construída é a área necessária para construções, 
casas, estradas, etc. Terra de biodiversidade é a área de terra e água destinada à 
preservação da biodiversidade. Cada tipo de consumo e utilização dos recursos 
naturais é convertido por tabelas específicas em uma medida em hectare. 
Atualmente a humanidade consome 50% mais recursos do que a Terra é 
capaz de oferecer e a tendência é de aumento (WWF-Brasil, 2007), os EUA nos 
atuais índices de consumo tem uma pegada ecológica de 9,6 ha, ou seja, para que 
sejam disponibilizado para um norte-americano todos os alimentos, bens e serviços 
que ele usufrui hoje são necessários quase 10 ha do planeta Terra, isto equivale à 
necessidade de 5,3 planetas Terra para sustentar os EUA. A título de comparação, o 
Brasil tem uma pegada de 2,1 ha e precisamos de 1,1 planetas Terra para 
sobrevivermos com nosso atual nível de consumo. 
Portanto é imperativo o uso com mais eficiência de nossas fontes de energia 
tais como o petróleo, energia solar, eólica, biomassa e etc. Pois segundo a ONU 
(2013) a população mundial é de 7,2 bilhões de pessoas, e toda esta gente precisa 
de uma pegada ecológica mínima, que hoje é em torno de 1,8 ha. Isto considerando 
que o aumento populacional pare o que vai demorar muito ainda. 
Este panorama nos leva a uma conclusão direta sobre a sobrevivência do 
planeta: é essencial que haja uma diminuição da “pegada humana”. O desafio é 
difícil, pois temos que repensar a forma como o mundo capitalista desenvolve suas 
atividades. 
No entanto alguns passos já estão sendo dados, afinal o uso de energias 
renováveis principalmente as advindas da agricultura é uma realidade. Mas o ponto 
chave deste desafio sem dúvida é o uso racional dos recursos naturais, que só será 
possível quando os fatores econômicos deixarem de ser o único combustível do 
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#PÚBLICA#
#PÚBLICA#
desenvolvimento e que as pessoas, sociedades e governos comecem a superar o 
velho dilema: poucos com muito e muitos com pouco. 
 As principais matrizes energéticas 
Existe uma série de fontes energéticas obtidas a partir de fontes renováveis. 
Além de mais baratas, elas ainda representam uma agressão menor para o meio 
ambiente. Veja a seguir as principais: 
• Energia eólica 
A energia eólica, ou energia obtida pela força dos ventos, é uma fonte muito 
comum no Nordeste do país. Quem viaja pelas estradas da região pode reparar nos 
enormes “cata-ventos” espalhados por áreas enormes. 
Esses equipamentos, na verdade, são chamados de aero geradores ou 
turbinas eólicas. Eles também transformam a energia mecânica gerada pelo 
movimento das pás das turbinas em eletricidade, que pode ser armazenada para 
fazer funcionar todo tipo de equipamento. 
Cada turbina tem um mecanismo que controla a velocidade do movimento 
das hélices. Assim, mesmo que haja ventos muito fortes, não há risco de o 
equipamento quebrar e causar um acidente no entorno. 
Uma das desvantagens dessa matriz energética é que ela só funciona bem 
em áreas com incidência constante de ventos. Por isso, ela é uma excelente fonte 
complementar de energia, que é muito bem combinada com as outras matrizes que 
abastecem o país. 
• Energia hidrelétrica 
As usinas hidrelétricas são movidas pela força das águas e é o tipo mais 
comum no Brasil. Usinas como as de Itaipu, Belo Monte e Tucuruí geram 
aproximadamente 80% de toda a energia consumida no país. 
Ou seja, quando você liga a televisão da sua casa ou o sistema de irrigação 
da sua plantação, há grandes chances de ser a energia hidrelétrica que você está 
usando. ~ 
Essas usinas usam a força mecânica das águas dos rios para movimentar 
turbinas. Em um gerador, a energia mecânica é transformada em energia elétrica, 
que serve para ligar e abastecer todo tipo de máquinas e aparelhos. 
No Brasil, ela é a principal fonte energética porque temos vários rios muito 
caudalosos. Eles são capazes de produzir energia para abastecer a maior parte das 
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#PÚBLICA#
#PÚBLICA#
casas e fábricas do país. Além disso, a força hidrelétrica não emite poluição e nem 
gera resíduos para a sua produção. 
Uma das principais desvantagens da energia hidrelétrica é que ela depende 
muito das condições do tempo. Chuvas irregulares ou estiagens duradouras podem 
comprometer a geração de energia no país. Nesses casos, o governo faz uso de 
fontes complementares, como a energia térmica e a eólica. 
• Energia solar 
A energia solar vem sendo explorada no Brasil já há vários anos. Nas 
residências e nos prédios residenciais, os sistemas de aquecimento solar da água 
economizam centenas de reais todos os meses. Porém, há outra forma de 
aproveitar essa energia do sol, que é nas usinas fotovoltaicas. 
Nesses complexos, as placas fotovoltaicas captam a energia solar, que é 
transformada em energia elétrica em um gerador. Essa força pode ser usada para 
abastecer máquinas e equipamentos no local ou pode ser enviada para a rede 
elétrica nacional, caso a produção seja maior do que o uso. 
Uma das principais vantagens dessa matriz energética é que ela pode ser 
instalada em propriedades particulares. Quem opta por fazer esse investimento pode 
ter uma fazenda praticamente autossuficiente em termos de energia elétrica. 
O Brasil é um país onde o uso da energia solar é altamente recomendado, 
pois o nosso território tem uma excelente exposição solar durante o ano todo. 
• Energia biomassa 
A biomassa é um tipo de energia térmica. As usinas desse tipo usam resíduos 
orgânicos na produção de força. Praticamente qualquer rejeito orgânico pode ser 
usado para servir de combustível nas usinas térmicas de biomassa. 
O método mais comum para transformar esses resíduos em energia é a 
queima. Da mesma forma que em uma usina que usa carvão mineral, a energia 
térmica gerada na queima da matéria-prima é transformada em eletricidade em um 
gerador. A partir daí, pode ser usada para ligar todo tipo de aparelhos e 
equipamentos. 
No Brasil, há uma série de subprodutos da agricultura e até da pecuária que 
são usados na geração de energia biomassa. O mais comum deles é o bagaço da 
cana-de-açúcar. Depois do beneficiamento para a produção do etanol, do açúcar ou 
outros derivados da cana, a fibra do bagaço é um ótimo combustível para as usinas 
de biomassa. 
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#PÚBLICA#
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Atualmente, somente grandes indústrias e fazendas do agronegócio podem 
optar por utilizar a energia biomassa. As usinas necessitam de uma estrutura 
grande, que não pode ser implementada em áreas pequenas. 
• Energia de biodiesel 
O biodiesel é um tipo de combustível que pode ser usado para alimentar 
diferentes tipos de motores. Depois de passar por um processo que reduz o número 
de átomos, os óleos vegetais ficam com uma estrutura parecida com o diesel feito 
de petróleo. 
Assim, pode ser usado como combustível para tratores, caminhões, máquinas 
de beneficiamento e outros equipamentos de grande porte necessários na 
agricultura. 
• Energia de ondas 
Todo tipo de movimento gera energia mecânica. Com o tipo certo de 
tecnologia, ela pode ser transformada em energia elétrica.É isso que acontece com 
as ondas do mar e o movimento das marés. 
Em parques instalados em alto-mar, grandes equipamentos captam a energia 
mecânica do deslocamento das águas pelo vento. Depois, um gerador transforma 
essa energia em eletricidade, que pode ser armazenada e incorporada à rede 
elétrica normal. 
Esse tipo de matriz energética ainda está em fase de início de exploração no 
Brasil e também no mundo. Tem muito potencial para crescer nos próximos anos, 
com o avançar tecnológico na área. 
 
 Economizando energia na agricultura 
O consumo de energia nas fazendas costuma ser alto, principalmente se a 
propriedade tem algum sistema de irrigação. Porém, algumas boas práticas ajudam 
a trazer uma conta de luz mais baixa no fim do mês e manter uma prática mais 
sustentável na fazenda, com menos desperdício de recursos. 
Veja algumas dicas: 
• Dê manutenções regulares nos equipamentos, para que tenham melhor 
condição de trabalho e suguem menos energia; 
• Cuide para que as instalações não tenham desperdício de energia em 
conectores e fios quebrados ou em más condições; 
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#PÚBLICA#
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• Faça boas instalações elétricas, para que os equipamentos não puxem mais 
energia do que o necessário para funcionarem; 
• Planeje bem as suas ações, evitando desperdícios e otimizando os seus 
recursos; 
• Adote processos automatizados, que operam somente nos momentos em 
que são estritamente necessários e evitam desperdícios. 
Com exceção do biodiesel e da biomassa, que geram energia a partir de 
combustíveis, todas as outras fontes de energia renováveis sofrem a interferência do 
clima. 
Por isso, conhecer bem o clima e o tempo da sua região ajuda o produtor a 
optar pelo melhor modelo de energia na agricultura. Com a escolha certa, ele 
conseguirá fazer um bom investimento e economizará dinheiro em sua propriedade. 
 
 Desenvolvimento e Agricultura - Biomassa, Biocombustível, Biofuturo. 
Todas as atividades dependem de energia para acontecer. Na verdade, cada 
ser vivo é uma máquina de transformação de energia e, portanto, é ela que permite 
a vida no nosso planeta. Os vegetais, por fazerem fotossíntese, são especialistas 
em transformar a energia solar em uma energia melhor aproveitável por eles e por 
outros organismos. É daí que veio o nosso interesse em domesticar alguns desses 
vegetais e criar todo um sistema de produção que conhecemos como agricultura. 
No caso das atividades humanas, viemos por muito tempo explorando 
diferentes fontes de energia. Combustíveis fósseis, por exemplo, estão entre as mais 
utilizadas da história. Contudo, apesar de formadas a partir de um processo natural, 
hoje sabemos que seu uso leva a um aumento de gás carbônico (CO2) atmosférico, 
um dos responsáveis pelo efeito estufa e que contribui para o aquecimento global e 
mudanças climáticas. Na busca por alternativas mais amigáveis para o meio e nosso 
futuro, temos recorrido a fontes sustentáveis, como é o caso da biomassa e seu 
aproveitamento como biocombustível. 
Biomassa compreende tanto organismos vivos (ou que estavam 
recentemente vivos) quanto quaisquer subprodutos desses organismos, sendo eles 
animais ou plantas. Isso significa que carvão, petróleo e demais restos fósseis são 
excluídos da definição. No caso da energia derivada de biomassa, entram na lista 
materiais biológicos que podem ser usados de forma a substituir combustíveis 
fósseis na produção de energia e de outros produtos. E essa substituição 
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#PÚBLICA#
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atualmente faz muito sentido, pois a biomassa consome CO2 atmosférico enquanto 
está crescendo e, quando queimada, gera uma quantidade do gás equivalente 
àquela que foi consumida. Ou seja, o aumento líquido de CO2 na atmosfera pode 
ser considerado zero, fazendo dessa uma fonte mais limpa de energia do que as 
mais tradicionalmente utilizadas. 
Isso é justamente o que caracteriza um biocombustível: o combustível 
derivado da biomassa. Um dos mais conhecidos é o etanol destinado para 
transporte. O Brasil, graças ao histórico de cultivo de cana-de-açúcar, a matéria-
prima mais eficiente para produzi-lo, tornou-se referência internacional em geração 
sustentável e eficiente do produto. Ficamos atrás apenas dos Estados Unidos, hoje 
líder mundial que utiliza como fonte de produção o milho, um vegetal de menor 
rendimento quando comparado com a cana. 
Entretanto, não é só de cana-de açúcar e do milho que se faz etanol. Soja, 
canola e palma são importantes insumos para biocombustíveis no atual mercado 
global. E algumas empresas do setor têm buscado alternativa que irão compor uma 
segunda e mais avançada geração de biomassa, como lixo, algas, gramíneas 
perenes e pequenos pedaços de madeira resultantes de trituração. Cada matéria-
prima terá suas vantagens e deverá ser associada a tecnologias que permitam seu 
melhor aproveitamento energético. Independentemente da fonte, o uso sustentável 
desses insumos mais modernos irá melhorar consideravelmente a forma como o 
nosso transporte, a geração de calor e outros processos impactam o meio ambiente. 
Em última análise, caminharemos para mitigar os diversos efeitos das atividades 
antrópicas que necessitam da utilização de energia. 
Todo esse contexto evidencia o papel fundamental da Agricultura Moderna na 
sustentabilidade da economia mundial. Ao passo que inovamos e incorporamos 
novas tecnologias aos nossos sistemas de produção agrícola, conseguiremos 
produzir ainda mais biomassa e biocombustível, e garantir um Biofuturo mais limpo 
para a vida no nosso planeta. 
 
 Uso racional da energia. 
A energia elétrica é essencial para a agricultura, pois todas as etapas da 
cadeia de produção agrícola, desde a preparação dos insumos para a produção, até 
as estratégias de comercialização do produto final, passando pelas práticas de 
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atividades de estocagem, conservação, industrialização e distribuição são 
impactados pelo abastecimento de energia. 
Um exemplo do impacto da energia, são os equipamentos de irrigação que 
são muito utilizados nas áreas agrícolas. São eles que auxiliam a manter a lavoura 
verdinha e a fartura dos alimentos. No entanto, para que essa irrigação aconteça é 
necessário utilização de pivôs de irrigação, o que demanda energia elétrica para 
bombear a água. Os produtores desejam aumentar a área irrigada, mas nem sempre 
a empresa que fornece a energia elétrica da região consegue atender a demanda, 
deixando os produtores de mãos atadas. 
 Esse fato evidencia a importância da utilização de grupos geradores no setor 
agrícola, tanto para a manutenção da produtividade quanto para a realização das 
atividades do campo. As principais preocupações nesse setor giram em torno da 
confiabilidade, disponibilidade e a eficiência da operação de máquinas e 
equipamentos como: estruturas de silos, aviários, frigoríficos, abatedouro, irrigação, 
processamento de laticínios, entre outros. Para garantir a autonomia destas 
operações, mesmo em caso de falha do fornecimento por parte da concessionária, é 
preciso investir em um sistema de energia seguro, fazendo com que tudo continue 
funcionando sem perdas na operação. 
 
 Energia - JBS 
A gestão dos recursos energéticos é um tema tratado pela JBS no dia a dia 
de suas operações, e conta com profissionais dedicados para trazer as melhores 
soluções. A estratégia da Companhia está pautada nas seguintes ações: 
• Crescente uso de energias renováveis; 
• Eficiência energética de seus processos; 
• Reutilização de materiais que poderiam se transformar em resíduos 
para geração de energia. 
A JBS prioriza a utilização de fontes renováveis de energia em suas 
operações, como bagaço de cana, madeira de reflorestamento, e resíduos orgânicos 
de suas plantas. 
A Companhia conta com a Biolins, operação que gera energia termoelétrica e 
vapor, por meio de resíduos de biomassa das indústrias sucroalcooleiras e outras

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